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A Era Vargas foi o período de 1930 a 1945 em que Getúlio Vargas governou o Brasil, caracterizado pela centralização do poder e pela aproximação com as massas. O governo passou por três fases: Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo, sendo este último um regime ditatorial que restringiu liberdades civis e utilizou intensa propaganda política. Vargas foi deposto em 1945 após pressões militares, encerrando um período significativo da história brasileira.
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A Era Vargas foi o período de 1930 a 1945 em que Getúlio Vargas governou o Brasil, caracterizado pela centralização do poder e pela aproximação com as massas. O governo passou por três fases: Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo, sendo este último um regime ditatorial que restringiu liberdades civis e utilizou intensa propaganda política. Vargas foi deposto em 1945 após pressões militares, encerrando um período significativo da história brasileira.
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Governo de getulio vargas

Era vargas

Era Vargas

A Era Vargas é a fase da história brasileira em que Getúlio Vargas governou o país de 1930 a
1945. Foi forçado a renunciar à presidência após um ultimato dos militares. Getulio Dornelles
Vargas foi presidente do Brasil de 1930 a 1945.*

Getúlio Dornelles Vargas foi presidente do Brasil de 1930 a 1945.*

Era Vargas foi um período iniciado em 1930, logo após a Revolução de 1930, e finalizado em
1945 com a deposição de Getúlio Vargas. Nesse período da história brasileira, o poder esteve
centralizado em Getúlio Vargas, que assumiu como presidente do Brasil após o movimento
que depôs Washington Luís da presidência.

Resumo

A Era Vargas foi o período de quinze anos da história brasileira que se estendeu de 1930 a
1945 e no qual Getúlio Vargas era o presidente do país. A ascensão de Vargas ao poder foi
resultado direto da Revolução de 1930, que destituiu Washington Luís e impediu a posse de
Júlio Prestes (presidente eleito que assumiria o país).

Ao longo desse período, Getúlio Vargas procurou centralizar o poder. Muitos historiadores,
inclusive, entendem o período 1930-1937 como a “gestação” da ditadura de Vargas. Vargas
também ficou marcado pela sua aproximação com as massas, característica que se tornou
muito marcante durante o Estado Novo.
Permaneceu no poder até 1945, quando foi forçado a renunciar à presidência por causa de um
ultimato dos militares. Com a saída de Vargas do poder, foi organizada uma nova Constituição
para o país e iniciada outra fase da nossa história: a Quarta República (1946-1

Características da Era Vargas

Resumir as características da Era Vargas é uma tarefa complexa, principalmente porque cada
fase assumiu aspectos diferentes. De maneira geral, as seguintes características podem ser
destacadas.

Centralização do poder → Ao longo de seus quinze anos no poder, Vargas tomou medidas
para enfraquecer o Legislativo e reforçar os poderes do Executivo. Essa característica ficou
evidente durante o Estado Novo.

Política Trabalhista → Vargas atuou de maneira consistente no sentido de ampliar os


benefícios trabalhistas. Para isso, criou o Ministério do Trabalho e concedeu direitos aos
trabalhadores. Era uma forma de reforçar seu poder aproximando-se das massas.

Propaganda Política → O uso da propaganda como forma de ressaltar as qualidades de seu


governo foi uma marca forte de Vargas e que também ficou evidente durante o Estado Novo a
partir do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP.)

Capacidade de negociação política → A capacidade política de Vargas não surgiu do nada,


mas foi sendo construída e aprimorada ao longo de sua vida política. Vargas tinha uma grande
capacidade de conciliar grupos opostos em seus governos, como aconteceu em 1930, quando
oligarquias dissidentes e tenentistas estavam no mesmo grupo apoiando-lhe.

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A postura de Vargas no poder do Brasil durante esse período pode ser também relacionada
com o populismo, principalmente pelos seguintes aspectos:

Relação direta e não institucionalizada do líder com as massas;

Defesa da união das massas;

Liderança baseada no carisma;

Sistema partidário frágil.

Transição de poder

Vargas e militares aliados em foto tirada quando a Revolução de 1930 estava em curso.**

A ascensão de Getúlio Dornelles Vargas à presidência aconteceu pela implosão do modelo


político que existia no Brasil durante a Primeira República. Ao longo da década de 1920,
inúmeras críticas foram feitas ao sistema oligárquico que vigorava em nosso país, sendo os
tenentistas um dos movimentos de oposição de maior destaque.

A implosão da Primeira República concretizou-se de fato durante a eleição de 1930. Nessa


eleição, a oligarquia mineira rompeu abertamente com a oligarquia paulista porque o
presidente Washington Luís recusou-se a indicar um candidato mineiro para concorrer ao
cargo. A indicação para presidente foi do paulista Júlio Prestes.

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Isso desagradou profundamente à oligarquia mineira, uma vez que a atitude do presidente
rompia com o acordo existente entre as duas oligarquias (Política do Café com Leite). Assim,
os mineiros passaram a conspirar contra o governo e, aliando-se às oligarquias paraibana e
gaúcha, optaram por lançar um candidato para concorrer à presidência: Getúlio Vargas.

A disputa eleitoral travada entre Júlio Prestes e Getúlio Vargas teve como desfecho a vitória do
primeiro. No entanto, mesmo derrotados, membros da chapa eleitoral de Vargas (chamada
Aliança Liberal) começaram a conspirar para destituir Washington Luís do poder (Vargas,
porém, havia aceitado a derrota).

Essa conspiração tornou-se rebelião de fato quando João Pessoa, vice de Getúlio Vargas, foi
assassinado em Recife por João Dantas. O assassinato de João Pessoa não tinha nenhuma
relação com a eleição disputada, mas o acontecido foi utilizado como pretexto para que um
levante militar contra Washington Luís fosse iniciado.

A revolta iniciou-se em 3 de outubro de 1930 e estendeu-se por três semanas. No dia 24 de


outubro de 1930, o presidente Washington Luís foi deposto da presidência. Uma junta militar
governou o Brasil durante 10 dias e, em 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas, que aderiu à
rebelião quando ela estava em curso, assumiu a presidência do Brasil.

Fases da Era Vargas

Os historiadores dividem a Era Vargas em três fases: Governo Provisório (1930-34), Governo
Constitucional (1934-37) e Estado Novo (1937-1945).

Acesse também: Olga Benário, a mulher que foi deportada por Vargas para a Alemanha
Nazista

Governo Provisório (1930-34)

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Getúlio Vargas no Palácio do Catete (palácio presidencial) após o sucesso da Revolução de
1930.***

O governo provisório, como o próprio nome sugere, deveria ter sido uma fase de transição em
que Vargas rapidamente organizaria uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova
Constituição para o Brasil. Getúlio Vargas, porém, nesse momento, já deu mostras da sua
habilidade de se sustentar no poder, pois adiou o quanto foi possível a realização da
Constituinte.

Nessa fase, Vargas já realizou as primeiras medidas de centralização do poder e, assim,


dissolveu o Congresso Nacional, por exemplo. A demora de Vargas em realizar eleições e
convocar uma Constituinte teve impactos em alguns locais do país, como São Paulo, que se
rebelou contra o governo em 1932 no que ficou conhecido como Revolução Constitucionalista
de 1932.

O movimento foi um fracasso e, após a sua derrota, Getúlio Vargas atendeu as demandas dos
paulistas, nomeando para o estado um interventor (governador) civil e nascido em São Paulo,
além de garantir a realização de uma eleição em 1933 para compor a Constituinte. Dessa
Constituinte, foi promulgada a Constituição de 1934.

A nova Constituição foi considerada bastante moderna para a época e trouxe novidades, como
o sufrágio universal feminino (confirmando o que já havia sido estipulado pelo Código Eleitoral
de 1932). Junto da promulgação da nova Constituição, Vargas foi reeleito indiretamente para
ser presidente brasileiro entre 1934 e 1938. Após isio, um novo presidente deveria ser eleito.

Nessa fase, a política econômica de Vargas concentrou-se em combater os efeitos da Crise de


1929 no Brasil. Para isso, agiu comprando milhares de sacas de café e incendiando-as como
forma de valorizar o principal produto da nossa economia. Nas questões trabalhistas, autorizou
a criação do Ministério do Trabalho em 1930 e começou a intervir diretamente na atuação dos
sindicatos.

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Governo Constitucional (1934-1937)

Na fase constitucional, o governo de Vargas, em teoria, estender-se-ia até 1938, pois o


presidente não poderia concorrer à reeleição. No entanto, a política brasileira como um todo –
o próprio Vargas, inclusive – caminhava para a radicalização. Assim, surgiram grupos que
expressavam essa radicalização do nosso país.

Ação Integralista Brasileiro (AIB): grupo de extrema-direita que surgiu em São Paulo em 1932.
Esse grupo possuía inspiração no fascismo italiano, expressando valores nacionalistas e até
mesmo antissemitas. Tinha como líder Plínio Salgado.

Aliança Libertadora Nacional (ANL): grupo de orientação comunista que surgiu como frente de
luta antifascista no Brasil e converteu-se em um movimento que buscava tomar o poder do
país pela via revolucionária. O grande líder desse grupo era Luís Carlos Prestes.

A ANL, inclusive, foi a responsável por uma tentativa de tomada do poder aqui no Brasil em
1935. Esse movimento ficou conhecido como Intentona Comunista e foi deflagrado em três
cidades (Rio de Janeiro, Natal e Recife), mas foi um fracasso completo. Após a Intentona
Comunista, Getúlio Vargas ampliou as medidas centralizadoras e autoritárias, o que resultou
no Estado Novo.

Essa fase constitucional da Era Vargas estendeu-se até novembro de 1937, quando Getúlio
Vargas realizou um autogolpe, cancelou a eleição de 1938 e instalou um regime ditatorial no
país. O golpe do Estado Novo teve como pretexto a divulgação de um documento falso
conhecido como Plano Cohen. Esse documento falava sobre uma conspiração comunista que
estava em curso no país.

Acesse também: Intentona Integralista, outra rebelião organizada durante a Era Vargas

Estado Novo (1937-1945)

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O Estado Novo foi a fase ditatorial da Era Vargas e estendeu-se por oito anos. Nesse período,
Vargas reforçou o seu poder, reduziu as liberdades civis e implantou a censura. Também foi o
período de intensa propaganda política e um momento em que Vargas estabeleceu sua política
de aproximação das massas.

No campo político, Vargas governou a partir de decretos-leis, ou seja, as determinações de


Vargas não precisavam de aprovação do Legislativo, pois já possuíam força de lei. O
Legislativo, por sua vez, foi suprimido e, assim, o Congresso e as Assembleias Estaduais e
Câmaras Municipais foram fechadas. Todos os partidos políticos foram fechados e colocados
na ilegalidade.

A censura instituída ficou a cargo do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP),


responsável por censurar as opiniões contrárias ao governo e produzir a propaganda que
ressaltava o regime e o líder. Para fazer a propaganda do governo, foi criado um jornal diário
na rádio chamado “A Hora do Brasil”.

Durante esse período, também se destacou a política trabalhista, destacando-se a criação do


salário-mínimo (1940) e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943. Os sindicatos
passaram para o controle do Estado.

A participação brasileira na Segunda Guerra e o desgaste desse projeto político autoritário


enfraqueceram o Estado Novo perante a sociedade. Assim demandas por novas eleições
começaram a acontecer. Pressionado, Vargas decretou para o fim de 1945 a realização de
eleição presidencial e, em outubro desse mesmo ano, foi deposto do poder pelos militares.

A minha opinião sobre o governo de getulio é que ele foi heroi para muitos e ajudou muitas
pessoas

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