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Prova - Realismo - Natu - Parn. - Caetno (1) Aluno

O documento apresenta uma avaliação de literatura com questões sobre obras e autores brasileiros, abordando temas como linguagem, estilo e características do Realismo e Naturalismo. As questões incluem análises de trechos de obras de Machado de Assis, Aluísio Azevedo e outros, além de discutir a estética parnasiana. O texto também inclui um fragmento de 'Casa de Pensão', que ilustra a caracterização de personagens e o estilo narrativo.

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Prova - Realismo - Natu - Parn. - Caetno (1) Aluno

O documento apresenta uma avaliação de literatura com questões sobre obras e autores brasileiros, abordando temas como linguagem, estilo e características do Realismo e Naturalismo. As questões incluem análises de trechos de obras de Machado de Assis, Aluísio Azevedo e outros, além de discutir a estética parnasiana. O texto também inclui um fragmento de 'Casa de Pensão', que ilustra a caracterização de personagens e o estilo narrativo.

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ESCOLA DE EDUCAÇÃO BASICA CAETANO BEZ BATTI

AVALIAÇÃO DE LITERATURA
PROFESSORA: GI-LINDA
ALUNO(A)

1. (Ufsc 2016) Quanto à linguagem apresentada nas obras literárias mencionadas nas
proposições abaixo, é CORRETO afirmar que:
a) Brás Cubas utiliza, como recurso estilístico, em falas de personagens de seus contos, uma
linguagem típica de descendentes de açorianos residentes na Ilha de Santa Catarina.
b) Aluísio Azevedo, em O cortiço, apresenta um Rio de Janeiro povoado por camadas sociais,
diferenciadas, no texto, entre outras características, por seus respectivos falares.
c) os autores de Poesia marginal, reverberando ideias contestadoras presentes na década de
1970, registram traços de uma linguagem inovadora, perpassada de oralidade, com tom
humorístico e crítico.
d) no relato do narrador de O Cortiço podemos perceber a facilidade e a rapidez com que os
imigrantes russos assimilaram a língua portuguesa pela semelhança morfossintática entre o
idioma de sua terra natal e o do Brasil.
e) na coletânea Além do ponto e outros contos, Machado de Assis emprega um uso vocabular
bastante conservador em relação a seus contemporâneos.

2. (Uepg 2013) Quanto aos fragmentos abaixo e a sua relação com a obra a que pertence,
assinale o que for correto.
a) "D. Isabel, sua sobrinha, que os companheiros de D. Antônio, embora nada dissessem,
suspeitavam ser o fruto dos amores do velho fidalgo por uma índia que havia cativado em
uma das suas explorações". (O Cortiço).
b) "Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor da gardênia dos nossos campos,
orvalhada pelo sereno da noite; o hálito doce e ligeiro exalava-se formando um sorriso. Sua
tez alva e pura como um froco de algodão, tingia-se nas faces de uns longes cor-de-rosa,
que iam, desmaiando, morrer no colo de linhas suaves e delicadas. (...) Esta moça era
Cecília". (O Ateneu).
c) "Capitu era Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem. Se
ainda o não disse, aí fica. Se disse, fica também. Há conceitos que se devem incutir na
alma do leitor, à força de repetição". (Dom Casmurro).
d) "Na verdade, para Zana eu só existia como rastro dos filhos dela." (Memórias Póstumas de
Brás Cubas).

3. (Ufms 2010) Com relação à obra O cortiço, de Aluísio Azevedo, assinale a(s)
proposição(ões) correta(s).
a) O escritor propõe uma pesquisa voltada apenas para o caráter das personagens e não para
suas manias, taras e vícios.
b) Baseada em métodos científicos, faz crítica à organização da família de forma impessoal e
objetiva.
c) As personagens femininas surgem como objetos no romance, descartáveis quando vistas,
mas amadas.
d) De estilo ágil, jornalístico, apresenta léxico e sintaxe consoantes com o caráter objetivo da
narração, que assinala a língua culta brasileira até a chegada do Modernismo.
e) O narrador evidencia o comportamento humano condicionado pelo meio, momento e raça.

4. (Uepg 2010) Sobre as características da prosa realista-naturalista, assinale o que for


correto.
a) Desenvolve-se, em geral, uma preferência pela abordagem do tipo, do característico, como
forma de explicitar a realidade.
b) Dentro do ideário realista-naturalista, o romance mergulha nas tradições tradicionais, no
legendário, dando espaço ao maravilhoso e sobrenatural.
c) As personagens não são moldadas de acordo com a realidade, sem idealizações; o retrato
do corpo e de comportamentos exteriores (tendência naturalista); retrato do espírito e da
vida interior da personagem (tendência realista).
d) O romance é encarado como instrumento de denúncia e combate, uma vez que focaliza os
desequilíbrios sociais.

5. (Ufsc 2009) TEXTO


"A seu turno a gramática abria-se como um cofre de confeitos pela Páscoa. Cetim cor de céu e
açúcar. Eu escolhia a bel-prazer 3os adjetivos, como amêndoas adocicadas pelas
circunstâncias adverbiais da mais agradável variedade; os amáveis substantivos! voavam-me à
roda, próprios e apelativos, como 1criaturinhas de alfenim alado; a etimologia, a sintaxe, a
prosódia, a ortografia, quatro graus de doçura da mesma gustação. Quando muito, as
exceções e os verbos irregulares 4desgostavam-me a princípio; como esses feios confeitos
crespos de chocolate: levados à boca, 2saborosíssimos."
POMPÉIA, Raul. O Ateneu. 2. ed. São Paulo: FTD, 1991. p. 44.

Com base no texto, é CORRETO afirmar que:


a) o narrador (Sérgio) não gostava de etimologia, de sintaxe, de prosódia nem de ortografia.
b) as palavras criaturinhas (ref. 1) e saborosíssimos (ref. 2) são adjetivos, e estão,
respectivamente, no grau diminutivo e aumentativo.
c) a passagem "[...] as exceções e os verbos irregulares " [...] (ref. 3) pode ser exemplificada
pelos termos destacados na oração Este livro é BEM INTERESSANTE.
d) o narrador compara os substantivos a "criaturinhas de alfenim ALADO" (ref. 1) com base na
relação entre "ter asas" e "voar".
e) da última frase do texto, pode-se inferir o provérbio: "Quem tem boca vai a Roma".

6. (Ufsc 2008) Considere os trechos I e II:


I. "Se eu pagar a comissão que eles exigem pra eu poder continuar trabalhando na
arquibancada, onde o pessoal tem mais grana, não sobra nada pra mim."
(NEVES, Amilcar. "Relatos de sonhos e de lutas". São Paulo: Fundação Nestlé de Cultura,
1991. p. 87.)

II. (a) "A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão
fixa, tão apaixonadamente fixa, que não lhe admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e
caladas..."
[...]
(b) "Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o
pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se
quisesse tragar também o nadador da manhã."

(ASSIS, Machado de. "Dom Casmurro". São Paulo: FTD, 1991. p. 183.)

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

a) No trecho I, todas as palavras sublinhadas são pronomes.


b) No trecho II (a), ambas as palavras sublinhadas têm por função indicar procedência.
c) No trecho I, o vocábulo onde, que inicia uma oração subordinada, se refere a mais grana.
d) "Olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa...", do trecho II (a), remete ao modo como
estava a mãe de Capitu no caixão: morta, inerte, fixa.
e) No trecho II (b), as palavras sublinhadas introduzem comparações.

7. (Uepg 2008) Sobre a poesia parnasiana, assinale o que for correto.


a) Acima de todas as características do Parnasianismo ressalta o primado da emoção e a
aparente rejeição do racionalismo.
b) A poesia parnasiana é um ritual mágico, uma combinação alquímica de palavras de outras
dimensões de existência, uma simbiose do som e do sentido.
c) A ênfase formalista do estilo parnasiano levou-o a desprezar o assunto em função da
supervalorização da técnica e, portanto, separar o sujeito criador de seu objeto criado.
d) A ênfase na característica formal induz a associação mais analógica do que lógica entre as
palavras e permite a criação do poema-prosa.
e) O fazer artístico fundamenta-se na "inspiração", ou seja, no cuidado com a linguagem, a
forma, a lapidação e o refinamento do texto.

8. (Uepg 2001) Sobre o Realismo, assinale o que for correto.


a) Preconizava substituir a razão pelo sentimento.
b) Valorizava a arte comprometida com seu tempo, documental e denunciadora.
c) Foi o Realismo que criou a literatura nacional.
d) Envolve também o Naturalismo, numa quase idêntica perspectiva estética. O Reaalismo
seria o Naturalismo exacerbado, salientando o fator biológico e sociológico do
comportamento humano.
e) O romance naturalista é antes de tudo a crítica ao romance romântico

9. (Ufsc 2001) Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) sobre o romance Quincas


Borba de Machado de Assis:

a) É um romance narrado em primeira pessoa, que analisa a desagregação psicológica e


financeira do professor Rubião.
b) Quincas Borba, personagem principal do romance, morre pobre e louco, acreditando ser
Napoleão Bonaparte.

c) Carlos Maria utiliza sua mulher, Sofia, para extrair a fortuna de Rubião, que está apaixonado
por ela.
d) Rubião é uma personagem submetida à cobiça material de dois indivíduos interesseiros:
Sofia e Quincas Borba.

e) Quincas Borba é um romance crítico a respeito da sociedade burguesa, revelando o jogo de


interesses financeiros que se esconde nas relações amorosas.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Casa de Pensão (fragmento)

Às oito horas, quando entrou em casa tinha já resolvido não ficar ali nem mais um dia.
− 1Era fazer as malas e bater quanto antes a bela plumagem!
Mas também, se por um lado não lhe convinha ficar em companhia do Campos; por
outro, a ideia de se meter na república do Paiva não o seduzia absolutamente. 2Aquela miséria
e aquela desordem lhe causavam repugnância. 3Queria liberdade, a boêmia, a pândega − sim
senhor! tudo isso, porém, com um certo ar, com uma certa distinção aristocrática. Não admitia
uma cama sem travesseiros, um almoço sem talheres e uma alcova sem espelhos. 4Desejava a
bela crápula, − por Deus que desejava! mas não bebendo pela garrafa e dormindo pelo chão
de águas-furtadas! − Que diabo! − não podia ser tão difícil conciliar as duas coisas! ...
Pensando deste modo, subiu ao quarto. 5Sobre a cômoda estava uma carta que lhe era
dirigida; abriu-a logo:
6
"Querido Amâncio.
7
Desculpe tratá-lo com esta liberdade; como, porém, já sou seu amigo, não encontro
jeito de lhe falar doutro modo. Ontem, quando combinamos no Hotel dos Príncipes a sua visita
para domingo, 8não me passava pela cabeça que hoje era dia santo e que fazíamos melhor em
aproveitá-lo; por conseguinte, se o amigo não tem algum compromisso, venha passar a tarde
conosco, que nos dará com isso grande prazer. Minha família, depois que lhe falei a seu
respeito, está impaciente para conhecê-lo e desde já fica à sua espera."

Assinava "João Coqueiro" e havia o seguinte post-scriptum: 9"Se não puder vir,
previna-mo por duas palavrinhas; mas venha. Resende n ... "
Amâncio hesitou em se devia ir ou não. O Coqueiro, com a sua figurinha de tísico, o
seu rosto chupado e quase verde, os seus olhos pequenos e penetrantes, de uma mobilidade
de olho de pássaro, com a sua boca fria, deslabiada, o seu nariz agudo, o seu todo seco
egoísta, desenganado da vida, não era das coisas que mais o atraíssem. No entanto, bem
podia ser que ali estivesse o que ele procurava, − um cômodo limpo, confortável, um
pouquinho de luxo, e plena liberdade. Talvez aceitasse o convite.
− 10Esta gente onde está? perguntou, indicando o andar de cima a um caixeiro que lhe
apareceu no corredor, com a sua calça domingueira, cor de alecrim, o charuto ao canto da
boca.
− 11Foram passear ao Jardim Botânico, respondeu aquele, descendo as escadas.
− Todos? ainda interrogou Amâncio.
− Sim, disse o outro entre os dentes, sem voltar o rosto. E saiu.
− Está resolvido! pensou o estudante. − Vou à casa do Coqueiro. Ao menos estarei
entretido durante esse tempo!
E voltando ao quarto:
− Não! É que tudo ali em casa do Campos já lhe cheirava mal!... Olhassem para o ar
impertinente com que aquele galeguinho lhe havia falado! ... E tudo mais era pelo mesmo teor.
− Uma súcia d'asnos!
12
Começou a vestir-se de mau humor, arremessando a roupa, atirando com as gavetas.
O jarro vazio causou-lhe febre, sentiu venetas de arrojá-lo pela janela; ao tomar uma toalha do
cabide, porque ela se não desprendesse logo, deu-lhe tal empuxão que a fez em tiras.
− Um horror! resmungava, a vestir-se furioso, sem saber de quê.
− Um horror!
E, quando passou pela porta da rua, teve ímpetos de esbordoar o caixeiro, que nesse
dia estava de plantão.

AZEVEDO, Aluísio. Casa de Pensão. São Paulo: Ática, 2009, p.59-60.

10. (Ufpb 2012) Considerando os elementos constitutivos desse fragmento do romance Casa
de Pensão, julgue os itens a seguir:
( a) O narrador se apresenta de forma onipresente, conhecedor até dos pensamentos dos
personagens.
( b ) O personagem Amâncio apresenta-se como narrador da trama, relatando experiências
vividas na corte.
( c ) A caracterização do personagem Cubas enquadra-se nos princípios da estética
naturalista.
( d ) O narrador refere-se frequentemente aos espaços relacionados aos fatos.
( e) O narrador omite completamente informações sobre o tempo em que os fatos ocorrem.

11. (Ufpe 2004) O Parnasianismo pode ser descrito como um movimento:


( a ) essencialmente poético, que reagiu a favor sentimentalismo romântico.
( b) cuja poesia é, sobretudo, forma que se sobrepõe ao conteúdo e às ideias.
( c ) cuja arte tinha um sentido utilitário e um compromisso social.
( d ) cuja verdade residia na beleza da obra, e essa, na sua perfeição informal.
( e ) que revela preferência pela subjetividade, pelos temas greco-latinos e por formas fixas,
como o soneto.

12. (Ufpe 2004) A estética antirromântica iniciou-se na segunda metade do século XIX, com o
Realismo e aprofundou-se com o Naturalismo. Sobre esses movimentos, analise as
proposições a seguir.
( a) As transformações econômicas, científicas e ideológicas impossibilitaram a revolução
industrial, na qual os valores burgueses e capitalistas suplantaram os valores românticos: a
fantasia e o mito da natureza entram, assim, em crise.
( b) Surge, na literatura, o Realismo, movimento em que o artista é, ao mesmo tempo, um
participante e um observador do mundo. Esse aspecto conduz à representatividade
histórico-social e à análise psicológica dos personagens, examinados à luz do racionalismo e
da contemporaneidade.
( c) Entre as características do Realismo brasileiro, estão a objetividade, a impessoalidade e o
uso da linguagem regional.
( d) O Realismo é um prolongamento do Naturalismo, pois acrescenta uma visão cientificista
da existência, a qual inclui o determinismo do meio ambiente, do instinto e da hereditariedade.
( e) O Realismo teve sua primeira manifestação importante com a publicação de "Memórias
Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, e o Naturalismo, com "Dom Casmurro", do
mesmo autor, ambos em 1881.

13. (Fuvest 2021) Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã. Quem o visse, com
os polegares metidos no cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo,
cuidaria que ele admirava aquele pedaço de água quieta; mas em verdade vos digo que
pensava em outra coisa. Cotejava o passado com o presente. Que era, há um ano? Professor.
Que é agora! Capitalista. Olha para si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu
recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para o jardim, para a enseada, para os morros e
para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação de
propriedade.
– Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana Piedade tem casado
com Quincas Barba, apenas me dano uma esperança colateral. Não casou; ambos morreram,
e aqui está tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça...

Machado de Assis, Quincas Borba.

O primeiro capítulo de Quincas Borba já apresenta ao leitor um elemento que será fundamental
na construção do romance:
a) a contemplação das paisagens naturais, como se lê em “ele admirava aquele pedaço de
água quieta”.
b) a presença de um narrador-personagem, como se lê em “em verdade vos digo que pensava
em outra coisa”.
c) a reversibilidade entre o cômico e o trágico, como se lê em “de modo que o que parecia uma
desgraça...”.
d) o sentido místico e fatalista que rege os destinos, como se lê em “Deus escreve direito por
linhas tortas”.
e) a sobriedade do protagonista ao avaliar o seu percurso, como se lê em “Cotejava o passado
com o presente”.

14. (Upf 2021) Sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, está
incorreto apenas o que se afirma em:
a) A estrutura da obra permite que o narrador guie o leitor na interpretação dos fatos que
considera mais conveniente.
b) A obra apresenta recursos narrativos e gráficos comuns para a prosa do país na época.
c) Apresenta recursos que serão ampliados e assimilados no século seguinte por movimentos
do Modernismo
d) Publicada em 1881, a obra aborda o contexto da sociedade carioca do século XX.
e) A narrativa revela a mesquinhez e o egoísmo de Brás Cubas, bem como sua desesperada
sede de glória.

15. (Enem 2020) Hino à Bandeira

Em teu seio formoso retratas


Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser!

Sobre a imensa Nação Brasileira,


Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!

BILAC, O.: BRAGA, F. Disponível em: www2.planalto.gov.br. Acesso em: 10 dez. 2017
(fragmento).

No Hino à Bandeira, a descrição é um recurso utilizado para exaltar o símbolo nacional na


medida em que
a) remete a um momento futuro.
b) promove a união dos cidadãos.
c) valoriza os seus elementos.
d) emprega termos religiosos.
e) recorre à sua história.

16. (Ufrgs 2020) Considere as seguintes afirmações sobre os romances abaixo.

I. A personagem Bertoleza, de O cortiço, representa um entrave às ambições de João Romão


de ascender socialmente, razão pela qual ele planeja devolvê-la ao seu antigo senhor, na
condição de escrava que era.
II. Machado de Assis narra, em “A luta”, terceira parte de Os sertões, as formas de organização
e as estratégias de combate dos sertanejos, liderados por Antonio Conselheiro, que
derrotam o Exército Republicano.
III. O romance "O Cortiço" de Aluísio Azevedo gira em torno da vida de um cortiço carioca. O
ambiente é retratado como local de promiscuidade, capaz de contaminar quem se aproxima
de lá.... -

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


A primeira publicação do conto O Alienista, de Machado de Assis, ocorreu como folhetim na
revista carioca A Estação, entre os anos de 1881 e 1882. Nessa mesma época, uma grande
reforma educacional efetuou-se no Brasil, criando, dentre outras, a cadeira de Clínica
Psiquiátrica. É nesse contexto de uma psiquiatria ainda embrionária que Machado propõe sua
crítica ácida, reveladora da escassez de conhecimento científico e da abundância de vaidades,
concomitantemente. A obra deixa ver as relações promíscuas entre o poder médico que se
pretendia baluarte da ciência e o poder político tal como era exercido em Itaguaí, então uma
vila, distante apenas alguns quilômetros da capital Rio de Janeiro. O conto se desenvolve em
treze breves capítulos, ao longo dos quais o alienista vai fazendo suas experimentações
cientificistas até que ele mesmo conclua pela necessidade de seu isolamento, visto que
reconhece em si mesmo a única pessoa cujas faculdades mentais encontram-se equilibradas,
sendo ele, portanto, aquele que destoa dos demais, devendo, por isso, alienar-se.

Texto 1

Capítulo IV
UMA TEORIA NOVA
Ao passo que D. Evarista, em lágrimas, vinha buscando o Rio de Janeiro, Simão
Bacamarte estudava por todos os lados uma certa ideia arrojada e nova, própria a alargar as
bases da psicologia. Todo o tempo que lhe sobrava dos cuidados da Casa Verde era pouco
para andar na rua, ou de casa em casa, conversando as gentes, sobre trinta mil assuntos, e
virgulando as falas de um olhar que metia medo aos mais heroicos.
Um dia de manhã, – eram passadas três semanas, – estando Crispim Soares ocupado
em temperar um medicamento, vieram dizer-lhe que o alienista o mandava chamar.
– Tratava-se de negócio importante, segundo ele me disse, acrescentou o portador.
Crispim empalideceu. Que negócio importante podia ser, se não alguma notícia da comitiva, e
especialmente da mulher? Porque este tópico deve ficar claramente definido, visto insistirem
nele os cronistas; Crispim amava a mulher, e, desde trinta anos, nunca estiveram separados
um só dia. Assim se explicam os monólogos que fazia agora, e que os fâmulos lhe ouviam
muita vez: – “Anda, bem feito, quem te mandou consentir na viagem de Cesária? Bajulador,
torpe bajulador! Só para adular ao Dr Bacamarte. Pois agora aguenta-te; anda; aguenta-te,
alma de lacaio, fracalhão, vil, miserável. Dizes amém a tudo, não é? Aí tens o lucro, biltre!”. – E
muitos outros nomes feios, que um homem não deve dizer aos outros, quanto mais a si
mesmo. Daqui a imaginar o efeito do recado é um nada. Tão depressa ele o recebeu como
abriu mão das drogas e voou à Casa Verde.
Simão Bacamarte recebeu-o com a alegria própria de um sábio, uma alegria abotoada
de circunspeção até o pescoço.
– Estou muito contente, disse ele.
– Notícias do nosso povo?, perguntou o boticário com a voz trêmula.
O alienista fez um gesto magnífico, e respondeu:
– Trata-se de coisa mais alta, trata-se de uma experiência científica. Digo experiência,
porque não me atrevo a assegurar desde já a minha ideia; nem a ciência é outra coisa, Sr.
Soares, senão uma investigação constante. Trata-se, pois, de uma experiência, mas uma
experiência que vai mudar a face da terra. A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora
uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente.
Disse isto, e calou-se, para ruminar o pasmo do boticário. Depois explicou
compridamente a sua ideia. No conceito dele a insânia abrangia uma vasta superfície de
cérebros; e desenvolveu isto com grande cópia de raciocínios, de textos, de exemplos. Os
exemplos achou-os na história e em Itaguaí mas, como um raro espírito que era, reconheceu o
perigo de citar todos os casos de Itaguaí e refugiou-se na história. Assim, apontou com
especialidade alguns célebres, Sócrates, que tinha um demônio familiar, Pascal, que via um
abismo à esquerda, Maomé, Caracala, Domiciano, Calígula etc., uma enfiada de casos e
pessoas, em que de mistura vinham entidades odiosas, e entidades ridículas. E porque o
boticário se admirasse de uma tal promiscuidade, o alienista disse-lhe que era tudo a mesma
coisa, e até acrescentou sentenciosamente:
– A ferocidade, Sr. Soares, é o grotesco a sério.
– Gracioso, muito gracioso!, exclamou Crispim Soares levantando as mãos ao céu.
Quanto à ideia de ampliar o território da loucura, achou-a o boticário extravagante; mas
a modéstia, principal adorno de seu espírito, não lhe sofreu confessar outra coisa além de um
nobre entusiasmo; declarou-a sublime e verdadeira, e acrescentou que era “caso de matraca”.
Esta expressão não tem equivalente no estilo moderno. Naquele tempo, Itaguaí, que como as
demais vilas, arraiais e povoações da colônia, não dispunha de imprensa, tinha dois modos de
divulgar uma notícia: ou por meio de cartazes manuscritos e pregados na porta da Câmara, e
da matriz; – ou por meio de matraca.
Eis em que consistia este segundo uso. Contratava-se um homem, por um ou mais
dias, para andar as ruas do povoado, com uma matraca na mão.
De quando em quando tocava a matraca, reunia-se gente, e ele anunciava o que lhe
incumbiam, – um remédio para sezões, umas terras lavradias, um soneto, um donativo
eclesiástico, a melhor tesoura da vila, o mais belo discurso do ano etc. O sistema tinha
inconvenientes para a paz pública; mas era conservado pela grande energia de divulgação que
possuía. Por exemplo, um dos vereadores, – aquele justamente que mais se opusera à criação
da Casa Verde, – desfrutava a reputação de perfeito educador de cobras e macacos, e aliás
nunca domesticara um só desses bichos; mas, tinha o cuidado de fazer trabalhar a matraca
todos os meses. E dizem as crônicas que algumas pessoas afirmavam ter visto cascavéis
dançando no peito do vereador; afirmação perfeitamente falsa, mas só devida à absoluta
confiança no sistema. Verdade, verdade, nem todas as instituições do antigo regime mereciam
o desprezo do nosso século.
– Há melhor do que anunciar a minha ideia, é praticá-la, respondeu o alienista à
insinuação do boticário.
E o boticário, não divergindo sensivelmente deste modo de ver, disse-lhe que sim, que
era melhor começar pela execução.
– Sempre haverá tempo de a dar à matraca, concluiu ele.
Simão Bacamarte refletiu ainda um instante, e disse:
– Suponho o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso
extrair a pérola, que é a razão; por outros termos, demarquemos definitivamente os limites da
razão e da loucura. A razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí insânia,
insânia e só insânia.
O Vigário Lopes, a quem ele confiou a nova teoria, declarou lisamente que não
chegava a entendê-la, que era uma obra absurda, e, se não era absurda, era de tal modo
colossal que não merecia princípio de execução.
– Com a definição atual, que é a de todos os tempos, acrescentou, a loucura e a razão
estão perfeitamente delimitadas. Sabe-se onde uma acaba e onde a outra começa. Para que
transpor a cerca?
Sobre o lábio fino e discreto do alienista roçou a vaga sombra de uma intenção de riso,
em que o desdém vinha casado à comiseração; mas nenhuma palavra saiu de suas egrégias
entranhas.
A ciência contentou-se em estender a mão à teologia, – com tal segurança, que a
teologia não soube enfim se devia crer em si ou na outra. Itaguaí e o universo à beira de uma
revolução.

ASSIS, Machado de. O Alienista. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro / USP. Disponível
em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=19
39>. Acesso em: 12/08/2019.

O soneto XIII de Via-Láctea, coleção publicada em 1888 no livro Poesias, é o texto mais
famoso da antologia, obra de estreia do poeta Olavo Bilac. O texto, cuidadosamente ritmado,
suas rimas e a escolha da forma fixa revelam rigor formal e estilístico caros ao movimento
parnasiano; o tema do poema, no entanto, entra em colisão com o tema da literatura típica do
movimento, tal como concebido no continente europeu.

Texto 2

XIII

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo


Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite, enquanto


A Via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!


Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!


Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

BILAC, Olavo. Antologia: Poesias. Martin Claret, 2002. p. 37-55. Via-Láctea. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000289.pdf>. Acesso em: 19/08/2019.
17. (Ime 2020) Sobre os Textos 1 e 2, analise as afirmações abaixo:

I. Ambos os textos fazem uma apologia à loucura, segundo a qual a condição de insanidade
pode revelar as mazelas morais da sociedade e da cultura.
II. Os dois textos abordam tipos de estados alterados de consciência que se contrapõem à
experiência da vida cotidiana.
III. Ambos estabelecem a apologia da razão compreendida como a faculdade superior do
homem.
IV. Os dois textos realizam uma crítica ao cientificismo que considera a possibilidade de
estabelecer uma linha de fronteira entre a sanidade e a loucura.

Em relação às afirmações, está(ão) correta(s):


a) apenas a afirmação I
b) apenas a afirmação II.
c) apenas as afirmações I e III.
d) apenas as afirmações II e IV.
e) todas as afirmações estão corretas.

18. (Ime 2020) Quanto aos textos apresentados, assinale a afirmativa que apresenta uma
incorreção.
a) O dois textos lidam com a oposição sanidade versus loucura.
b) Os dois textos pertencem ao mesmo movimento literário.
c) O Texto 1 elabora uma crítica ácida ao cientificismo e, por extensão, à psiquiatria da época,
enquanto o Texto 2, embora faça uma apologia à capacidade de amar que pode ser julgada
insanidade mental, o faz de forma descompromissada em relação à ciência e ao
cientificismo em voga na literatura do século XIX.
d) Uma leitura possível do Texto 1 é a análise da relação entre o poder estabelecido e o saber
técnico-científico, enquanto que o Texto 2 pode ser lido como uma singela ode ao amor.
e) A forma fechada do Texto 2 é representativa de um ideal de perfeição formal; o Texto 1 se
debruça sobre a questão da vaidade e da manipulação da verdade.

19. (Uel 1996) Com a poesia parnasiana, passaram a ser valorizados:


a) o culto preciosista da forma e o recurso aos padrões da estética clássica.
b) a expressão espontânea dos sentimentos e o idealismo nacionalista.
c) os obscuros jogos de palavras e o sentimento de culpa religioso.
d) a expressão em versos brancos e os detalhes concretos da vida cotidiana.
e) as paisagens de natureza melancólica e o estilo grave das confissões.

20. (Mackenzie 1996) "É um velho paredão, todo gretado,


Roto e negro, a que o tempo uma oferenda
Deixou num cacto em flor ensanguentado
E num pouco de musgo em cada fenda.

Serve há muito de encerro a uma vivenda;


Protegê-la e guardá-la é seu cuidado;
Talvez consigo esta missão compreenda,
Sempre em seu posto, firme e alevantado.

Horas mortas, a lua o véu desata,


E em cheio brilha; a solidão se estrela
Toda de um vago cintilar de prata;

E o velho muro, alta a parede nua,


Olha em redor, espreita a sombra, e vela
Entre os beijos e lágrimas da lua."
O soneto acima apresenta claras características:
a) barrocas.
b) românticas.
c) parnasianas.
d) realista
e) naturalista

21. (Uel 1996) Em DOM CASMURRO, o narrador machadiano


a) registra, de forma comovente, as memórias de sua adolescência, na qual veio a conhecer e
a perder o grande amor de sua vida.
b) rememora, de forma lírica, uma paixão antiga, que lhe valeu a ruptura definitiva com sua
família conservadora.
c) ciúme registra, com ironia, a impiedade de seus injustificáveis ciúmes pela mulher cuja
inocência tardiamente reconhece.
d) recupera, em tom trágico, a história de seu grande amigo, traído pela mulher fútil e
aventurosa.
e) rememora, com ressentimento, as origens, o desenvolvimento e o fim de uma paixão,
destruída pelo

22. (Mackenzie 1996) Não caracteriza a estética parnasiana:


a) a oposição aos românticos e distanciamento das preocupações sociais dos realistas.
b) a objetividade advinda do espírito cientificista, e o culto da forma.
c) a obsessão pelo adorno e contenção lírica.
d) a perfeição formal na rima, no ritmo, no metro e volta aos motivos clássicos.
e) a exaltação do "eu" e fuga da realidade presente.

23. (Ufpe 2013) Ainda que o fazer poético seja um tema recorrente na Literatura Brasileira,
suas diversas concepções são apresentadas de modo diferenciado de época para época.
Assim, a partir da leitura dos poemas abaixo, analise as proposições seguintes.

TEXTO I

Longe do estéril turbilhão da rua,


Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.

(Olavo Bilac – A um poeta)

TEXTO II

Catar feijão se limita com escrever:


jogam-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois joga-se fora o que boiar.

(...)
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
O de que entre os grãos pesados entre
Um grão qualquer, pedra ou indigesto,
Um grão imastigável, de quebrar dente.

Certo não, quando ao catar palavras:


A pedra dá à frase seu grão mais vivo;
Obstrui a leitura fluviante, flutual,
Açula a atenção, isca-a com o risco.

(João Cabral de Melo Neto – Catar Feijão)


( a) Para Olavo Bilac, criar poemas exige esforço. Em A um poeta, ele afirma que o escritor
deve ser como um monge beneditino, pois a boa poesia resulta unicamente do silêncio e
do isolamento, razão pela qual estabelece uma relação do poeta com um monge.
( b) Enquanto Bilac não apresenta preocupação formal com o fazer poético, o qual se restringe
a uma perspectiva conteudística, própria da estética parnasiana, João Cabral se revela
um perfeito engenheiro, para quem catar feijão metaforiza a produção escrita.
( c ) Olavo Bilac apresenta uma concepção estética aristocrática; João Cabral parte da
similitude entre o ofício do poeta e a atividade de catar feijão. Assim, o poeta
pernambucano, se alinha ao Parnasiano, enfatizando o cotidiano, a vida simples, o dia a
dia.
( d ) Nas duas últimas estrofes, João Cabral revela que o poético resulta não apenas da forma,
mas também do efeito que o texto pode provocar no leitor, o que traduz uma perspectiva
bem mais contemporânea, ou seja, a valorização do texto de acordo com sua recepção.
( e) Os dois poemas, escritos em épocas iguais, se constroem por uma linguagem que
discorre sobre si mesma; daí, serem designados como metapoemas, ainda que
apresentem diferentes pontos de vista sobre o mesmo tema.
1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23

FIM..

(FUVEST-SP) As questões 5, 6, 7 e 8 referem-se ao trecho seguinte:


"Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto
é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso
vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar
diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto,
mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o
escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua
morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: a diferença radical entre este livro e o
Pentateuco."
(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas).
5. (FUVEST-SP) o autor afirma que:
a. vai começar suas memórias pela narração de seu nascimento.
b. vai adotar uma seqüência narrativa invulgar.
c. que o levou a escrever suas memórias foram duas considerações
sobre a vida e a morte.
d. vai começar suas memórias pela narração de sua morte.
e. vai adotar a mesma seqüência narrativa utilizada por Moisés.
6. (FUVEST-SP) Definindo-se como um "defunto autor", o narrador:
a. pôde descrever sua própria morte.
b. escreveu suas memórias antes de morrer.
c. ressuscitou na sua obra após a morte.
d. obteve em vida o reconhecimento de sua obra.
e. descreveu a morte após o nascimento.
7. (FUVEST-SP) Segundo o narrador, Moisés contou sua morte no:
a. promontório.
b. meio do livro.
c. fim do livro.
d. intróito.
e. começo da missa.
8. (FUVEST-SP) O tom predominante no texto é de:
a. luto e tristeza.
b. humor e ironia.
c. pessimismo e resignação.
d. mágoa e hesitação
e. surpresa e nostalgia.
9. (E.E. Mauá-SP) Sobre o romance Memórias póstumas de Brás Cubas, não é
correto afirmar que:
a. é uma obra inovadora do processo narrativo, que introduz o Realismo
no Brasil.
b. Brás Cubas atua como defunto-narrador, capaz de alterar a seqüência
do tempo cronológico.
c. memorialismo exacerbado acaba por conferir à obra um caráter de
crônica.
d. constitui um romance de crítica ao Romantismo, deixando entrever
muita ironia em vários momentos da narrativa.
e. revela crítica intensa aos valores da sociedade e ao próprio público
leitor da época.
10. (UFRGS)
"Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria"
O texto acima é:
a. final do testamento de Quincas Borba, que faz de Rubião seu
herdeiro, sob a condição de que cuide de seu cachorro.
b. um comentário de Bentinho, o protagonista de Dom Casmurro, cujo
temperamento azedo e melancólico lhe valeu o apelido.
c. a conclusão pessimista do Dr. Bacamarte, ao final do conto O
Alienista, após dedicar sua vida ao estudo da "patologia cerebral".
d. desabafo do "defunto-autor" das Memórias Póstumas de Brás Cubas,
ao final da narrativa.
e. a reflexão do Conselheiro Aires ao encerrar a narrativa do drama de
Flora, em Esaú e Jacó.

01. (USF-SP) Pode-se entender o Naturalismo como uma particularização do


Realismo que:

a) se volta para a Natureza a fim de analisar-lhe os processos cíclicos de


renovação.
b) pretende expressar com naturalidade a vida simples dos homens rústicos
nas comunidades primitivas.
c) defende a arte pela arte, isto é, desvinculada de compromissos com a
realidade social.
d) analisa as perversões sexuais, condenando-as em nome da moral
religiosa.
e) estabelece um nexo de causa e efeito entre alguns fatores sociológicos e
biológicos e a conduta das personagens.

02. (UCS-RS) Embora tradicionalmente se considere o ano de 1893 como


data final do Realismo e suas manifestações no Brasil, sabe-se que, na
verdade, durante os primeiros vinte anos do século XX, essa estética
desenvolveu-se paralelamente:

a) ao Romantismo e ao Parnasianismo.
b) ao Pré-Modernismo e ao Modernismo.
c) ao Simbolismo e ao Modernismo.
d) ao Simbolismo e ao Pré-Modernismo.
e) ao Parnasianismo e ao Modernismo.

03. (PUC-PR) Assinale a alternativa que contém a afirmação correta sobre o


Naturalismo no Brasil.

a) O Naturalismo, por seus princípios científicos, considerava as narrativas


literárias exemplos de demonstração de teses e ideias sobre a sociedade e o
homem.
b) O Naturalismo usou elementos da natureza selvagem do Brasil do século
XIX para defender teses sobre os defeitos da cultura primitiva.
c) A valorização da natureza rude verificada nos poetas árcades se prolonga
na visão naturalista do século XIX, que toma a natureza decadente dos
cortiços para provar os malefícios da mestiçagem.
d) O Naturalismo no Brasil esteve sempre ligado à beleza das paisagens das
cidades e do interior do Brasil.
e) O Naturalismo do século XIX no Brasil difundiu na literatura uma
linguagem científica e hermética, fazendo com que os textos literários
fossem lidos apenas por intelectuais.

04. (FUVEST) “E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade


quente e lodosa, começou a minhocar, e esfervilhar, a crescer, um mundo, uma
coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele
lameiro, a multiplicar-se como larvas no esterco.”

O fragmento de “O cortiço”, romance de Aluísio Azevedo, apresenta uma


característica fundamental do Naturalismo. Qual?
a) Uma compreensão psicológica do Homem.
b) Uma compreensão biológica do Mundo.
c) Uma concepção idealista do Universo.
d) Uma concepção religiosa da Vida.
e) Uma visão sentimental da Natureza.
05. (PUC-PR) Sobre o Realismo, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O Realismo surgiu na Europa, como reação ao Naturalismo.


b) O Realismo e o Naturalismo têm as mesmas bases, embora sejam
movimentos diferentes.
c) O Realismo surgiu como consequência do cientificismo do século XIX.
d) Gustave Flaubert foi um dos precursores do Realismo. Escreveu Madame
Bovary.
e) Emile Zola escreveu romances de tese e influenciou escritores brasileiros.

06. (UFTM) Assinale a alternativa em que se encontram características da


prosa do Realismo:

a) Objetivismo; subordinação dos sentimentos a interesses sociais; críticas


às instituições decadentes da sociedade burguesa.
b) Idealização do herói; amor visto como redenção; oposição aos valores
sociais.
c) Casamento visto como arranjo de conveniência; descrição objetiva;
idealização da mulher.
d) Linguagem metafórica; protagonista tratado como anti-herói;
sentimentalismo.
e) Espírito de aventura; narrativa lenta; impasse amoroso solucionado pelo
final feliz.

07. (MACK-SP) Assinale a alternativa incorreta sobre a prosa naturalista:

a) As personagens expressam a dependência do homem às leis naturais.


b) estilo caracteriza-se por um descritivismo intenso, capaz de refletir a
visualização pictórica dos ambientes.
c) Os tipos são muito bem delimitados, física e moralmente, compondo
verdadeiras representações caricaturais.
d) Tem como objetivo maior aprofundar a dimensão psicológica das
personagens.
e) comportamento das personagens e sua movimentação no espaço
determinam-lhe a condição narrativa.

08. (UFPA) Os personagens realistas-naturalistas têm seus destinos


marcados pelo determinismo. Identifica-se esse determinismo:

a) pela preocupação dos autores em criar personagens perfeitos, sem


defeitos físicos ou morais.
b) pelas forças atávicas e/ou sociais que condicionam a conduta dessas
criaturas.
c) por ser fruto, especificamente, da imaginação e da fantasia dos autores.
d) por se notar a preocupação dos autores de voltarem para o passado ou
para o futuro ao criarem seus
personagens.
e) por representarem a tentativa dos autores nacionais de reabilitar uma
faculdade perdida do homem: o senso do mistério.

09. (VPNE) Das características abaixo, assinale a que não pertence ao


Realismo:

a) Preocupação critica.
b) Visão materialista da realidade.
c) Ênfase nos problemas morais e sociais.
d) Valorização da Igreja.
e) Determinismo na atuação das personagens.

10. (VPNE) O realismo, como escola literária, é caracterizado:

a) pelo exagero da imaginação;


b) pelo culto da forma;
c) pela preocupação com o fundo;
d) pelo subjetivismo;
e) pelo objetivismo.

11. (CEFET-PR) Assinale a alternativa que melhor caracteriza o Realismo:

a) Preocupação em justificar, à luz da razão, as reações das personagens,


seus procedimentos e os problemas sentimentais e metafísicos
apresentados.
b) A apresentação do homem como um ser dominado pelos instintos, taras,
pela carga hereditária, em detrimento da razão.
c) A preocupação em retratar a realidade como ela é, sem transformá-la. O
autor, ao relatar, deverá estar baseado na documentação e observação da
realidade.
d) amor é visto unicamente sob o aspecto da sexualidade e apresentado
como uma mera satisfação de instintos animais.
e) Aspectos descritivos e minuciosos, sempre que possível, baseados na
observação da realidade e do subjetivismo e sentimentalismo do autor.

12. (CEFET-PR) Assinale a alternativa que não diz respeito ao Realismo:

a) Finalidade subjetiva da emoção na prosa.


b) Causa e efeito é preocupação do autor.
c) As causas e circunstâncias são importantes.
d) Atitude mais contida que a do Romantismo.
e) empenho na defesa de opiniões.
13. A respeito de Realismo, pode-se afirmar:

I – Busca o perene humano no drama da existência .


II – Defende a documentação de fatos e a impessoalidade do autor perante a
obra.
III – Estética literária restritamente brasileira; seu criador é Machado de
Assis.

a) São corretas apenas II e III.


b) Apenas III é correta.
c) As três afirmações são corretas.
d) São corretas I e II.
e) As três informações são incorretas.

14. O realismo foi um movimento de:

a) volta ao passado;
b) exacerbação ultrarromântica;
c) maior preocupação com a objetividade;
d) irracionalismo;
e) moralismo.

15. (FEI-SP) "Desnudam-se as mazelas da vida pública e os contrastes da vida


íntima; e buscam-se para ambas causas naturais (raça, clima, temperamento)
ou culturais (meio e educação), que lhes reduzem de muito a área de liberdade.
O escritor tomará a sério as suas personagens e se sentirá no dever de
descobrir-lhes a verdade, no sentido positivista de dissecar os móveis do seu
comportamento." (Alfredo Bosi)

O texto refere-se ao:


a) Romantismo
b) Realismo.
c) Simbolismo.
d) Parnasianismo.
e) Modernismo.

16. (PUC-RJ) Estão relacionadas a seguir características de movimentos


literários. Delas, apenas uma não se refere ao Naturalismo. Qual?

a) Busca da objetividade científica.


b) Idealização da natureza.
c) Determinismo biológico.
d) Tematização do psicológico.
e) Aplicação do método experimental.
17. (COVEST-PE) Relacione a coluna I com a coluna II.

Coluna I
(1) Valorizou o indianismo com intuito nativista.
(2) Idealizou a vida campestre com verdadeiro estado de poesia.
(3) Analisou o momento histórico, revelando-o em sua miséria moral e
econômica.

Coluna II
Realismo
Romantismo
Arcadismo

A sequência correta, de cima para baixo, é:


a) 3, 1, 2.
b) 3, 2, 1.
c) 2, 3, 1.
d) 2, 1, 3.
e) 1, 3, 2.

18. (UCBA) É possível caracterizar o romance naturalista por vários traços,


entre os quais o fato de que nele:

a) as ações dos homens são consideradas resultantes de um compromisso


moral entre o ser humano e as forças espirituais, que transcendem a matéria
e tendem ao eterno.
b) há preferência por temas sociais e psicológicos, visto que o objetivo maior
dessa corrente literária é a análise percuciente das causas e consequências
dos fatos históricos.
c) se observa uma intenção consciente do escritor no sentido de imprimir à
narração um cunho animista, necessário para explicar a relação entre o
homem e a natureza.
d) a narração exalta o homem metafísico, em oposição ao homem animal,
cujas ações e intenções o escritor analisa e condena, na medida em que
defende uma conduta ética.
e) escritor evita julgar ações e personagens de um ponto de vista ético ou
moral, pois seu intuito é expor e analisar cientificamente a realidade.

19. (MACK-SP) Várias características do Realismo estão intimamente ligadas


ao momento histórico, refletindo, dessa forma, as posturas:

a) nacionalista e positivista.
b) positivista e evolucionista.
c) evolucionista e sentimentalista.
d) neoclassicista e socialista.
e) bucólica e antropocêntrica.

20. (FESP) Identifique o movimento literário, o autor e a obra que traz como
dedicatória a seguinte frase:

"Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como
lembrança estas..."

a) Realismo, Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.


b) Naturalismo, Aluísio Azevedo, O mulato.
c) Naturalismo, Júlio Ribeiro, A carne.
d) Pré-Modernismo, Lima Barreto, Triste fim de Policarpo Quaresma.
e) Romantismo, Álvares de Azevedo, Lembrança de morrer.

21. (UCBA) Os romances Memórias póstumas de Brás Cubas e O mulato, do


último quartel do século XIX, inauguram concepções estéticas e filosóficas
que se opõem ao:

a) Romantismo.
b) Realismo.
c) Arcadismo.
d) Naturalismo.
e) Simbolismo.

22. (FGV-SP) Machado de Assis, a rigor, não foi seguidor fiel de nenhuma
escola literária. No entanto, temos de convir que o autor não deixou de
aceitar concepções próprias do:

a) Neoclassicismo.
b) Ultrarromantismo.
c) Realismo.
d) Futurismo.
e) Modernismo.

23. (VPNE) Não é característica do Realismo:

a) Valorização da objetividade e dos fatos;


b) Impessoalidade, apagamento das ideias do autor;
c) Descrições de tipos sociais ou situações típicas;
d) Fim das idealizações: retratos de adultério, miséria e fracasso social;
e) Entendimento da poesia como uma visão da existência.

24. (VPNE) São características do Naturalismo, EXCETO:


a) A busca da arte pela arte.
b) Determinismo: o indivíduo não é mais sujeito, mas um figurante da
história, resultado das influências do meio;
c) Cientificismo: o homem é entendido como produto das leis naturais;
d) Patologias sociais: as obras naturalistas enfatizam esses temas, trazendo à
tona tópicos como as taras sexuais, os vícios, as doenças, o incesto, o
adultério;
e) Preferência por temas cotidianos, frequentemente priorizando as relações
e vivências das classes “inferiores”;

25. (VPNE) São autores do Realismo:

a) Aluísio Azevedo - Raul Pompéia - Machado de Assis


b) Adolfo Caminha - Aluísio Azevedo - Alberto de Oliveira
c) Cruz e Sousa - Raul Pompéia - Machado de Assis
d) Olavo Bilac - Adolfo Caminha - Aluísio Azevedo
e) Aluísio Azevedo - Raul Pompéia - Augusto dos Anjos

26. (VPNE) São características do Realismo, EXCETO:

a) Uso de pausas, reticências, espaços em branco e rupturas sintáticas para


representar o silêncio metafísico;
b) Prevalência das formas do romance e do conto;
c) Frequentes críticas às hipocrisias da moralidade da nova classe
dominante, a burguesia;
d) Aceitação da realidade tal como ela é, em oposição aos anseios de
liberdade dos românticos;
e) Esteticismo: linguagem culta e estilizada, escrita com proporção e
elegância.

27. (VPNE) São características do Naturalismo, EXCETO:

a) Objetividade e impessoalidade narrativas;


b) Preferência por temas cotidianos, frequentemente priorizando as relações
e vivências das classes “inferiores”;
c) Predominância da forma descritiva;
d) Obras comumente engajadas, denúncias de aspectos socialmente
retrógrados, da miséria e do sistema de desigualdades que fundamentava o
capitalismo que surgia;
e) Predomínio de vocabulários e estrutura sintática cultos.

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