FASES E TRANSIÇÕES DE FASE
→ TRANSIÇÃO DE FASE: conversão de uma substância
de uma fase para outra
► EQUILÍBRIO
→ em dada pressão uma substância sofre uma
transição de fase em temperatura específica
- nessa temperatura as fases estão em equilíbrio e não há
variação da energia livre de Gibbs
- quando a entropia do sistema aumenta, ocorre uma
redução na entropia da vizinhança quando o calor é retirado
dela
- entropia total do sistema é 0
PRESSÃO DE VAPOR
→ em uma temperatura fixa, o vapor exerce uma
pressão característica que é independente da
quantidade de água líquida presente
- ex: em 20ºC o mercúrio no barômetro cai 18mm, logo a
pressão exercida por um vapor é 18Torr
→ a pressão de vapor é característica do líquido em
certa temperatura
► MODELO DE EQUILÍBRIO ENTRE O LÍQUIDO E
SEU VAPOR
→ em recipiente fechado, o vapor se forma à medida
que as moléculas deixam a superfície do líquido
→ a evaporação ocorre na superfície do líquido pois é
onde as moléculas estão ligadas menos fortemente
→ porém, quanto mais moléculas na fase vapor se
formam, aumentam as chances delas se chocarem com
a superfície do líquido e voltarem para a fase líquida
→ por fim, o número de moléculas que voltam ao líquido
a cada segundo se iguala ao número que escapa
- vapor condensa com a mesma velocidade com que o líquido
vaporiza
- equilíbrio dinâmico (↔) estabelecido
H 2 O (l ) ⇄ H 2 O ( g)
produtos voltam a ser reagentes na mesma velocidade em que são
formados
→ PRESSÃO DE VAPOR: pressão exercida pelo vapor em
um equilíbrio dinâmico com o líquido
VOLATILIDADE E FORÇAS
INTERMOLECULARES
→ pressão de vapor é alta quando as moléculas de um
líquido são mantidas por forças intermoleculares fracas
→ líquidos formados por ligações de hidrogênio são
menos voláteis
VARIAÇÃO DA PRESSÃO DE VAPOR COM
A TEMPERATURA
→ em temperaturas mais elevadas, mais energia está
disponível para as moléculas escaparem das forças que
as mantem juntas
→ pressão de vapor aumenta com a temperatura
► EQUAÇÃO DE CLAUSIUS-CLAPEYRON
°
( )
P2 ∆ H vap 1 1
ln = . −
P1 R T1 T2
P1 P2 = pressões de vapor
T1 T2 = temperaturas
R = constante dos gases
∆Hvap = entalpia de vaporização
→ pressão de vapor aumenta com a temperatura e com
entalpias de vaporização menores
EBULIÇÃO
→ quando a temperatura alcança o ponto em que a
pressão de vapor é igual a pressão atmosfera, ocorre a
vaporização de todo o líquido
→ vapor pode afastar a atmosfera e criar espaço para si
mesmo
→ PONTO DE EBULIÇÃO: temperatura na qual um
líquido ferve quando a pressão atmosférica é 1 atm
- quanto maior a pressão atmosférica, maior o ponto de
ebulição do líquido
- quanto mais fortes as forças intermoleculares, maior o
ponto de ebulição
CONGELAMENTO E FUSÃO
→ um líquido solidifica quando a energia das moléculas
é tão baixa que elas são incapazes de mover-se
→ TEMPERATURA DE CONGELAMENTO: temperatura em
que as fases sólidos e líquidos estão em equilíbrio
dinâmico
→ PONTO DE CONGELAMENTO: temperatura na qual ele
congela em 1 atm
- diminui com a pressão
- um líquido que sobrevive abaixo de seu ponto de
congelamento é chamado de super-resfriado
→ ligações de hidrogênio da água fazem sua fase sólido
tem densidade menor que a sua fase liquida (ponto de
congelamento diminui com a pressão)
→ PONTO DE FUSÃO: temperatura de um sólido em que
se ele funde em um líquido em 1 atm
- igual a temperatura de congelamento do líquido
- se fundem em temperaturas altas pela alta densidade do
empacotamento das moléculas
DIAGRAMA DE FASES
→ gráfico que mostras as fases mais estáveis em
pressões e temperaturas diferentes
► LIMITES DE FASE
→ linhas que separam as regiões dos diagramas
→ em qualquer ponto que limita duas regiões, as fases
vizinhas coexistem em equilíbrio dinâmico
→ LIMITE VAPOR: pressão de vapor
→ LIMITE SÓLIDO-LÍQUIDO: ponto de fusão
- inclinação negativa = líquido mais denso
► PONTO TRIPLO
→ ponto em que três limites de fase se encontram
→ todas as fases estão em equilíbrio dinâmico
→ característico da substância
PROPRIEDADES CRÍTICAS
→ TEMPERATURA CRÍTICA: temperatura na qual a
substância não pode condensar em um líquido ou a um
sólido
- um gás só pode ser convertido em líquido pela aplicação de
pressão se ele estiver abaixo da temperatura crítica
- somente a fase de vapor pode existir
→ PRESSÃO CRÍTICA: pressão de vapor que corresponde
ao fim da linha limite das fases
→ essas duas propriedades definem o ponto crítico
→ FLUÍDO SUPERCRÍTICO: fluido denso que existe acima
da temperatura e pressão críticas
SOLUBILIDADE
→ a presença do soluto afeta as propriedades físicas do
solvente bem como as mudanças de fase
LIMITES DA SOLUBILIDADE
► EX: GLICOSE EM ÁGUA
→ quando os átomos de água se aproximam da
superfície do cristal, ligações de hidrogênio começam a
se formar
→ as moléculas de glicose da superfície são puxadas
para a solução por moléculas de água, mas também
são atraídas por outras moléculas de glicose
→ quando as duas interações forem comparáveis, as
interações glicose-glicose se soltam e passam para o
solvente
→ ficam cercadas por moléculas de água
► SATURAÇÃO
→ solvente dissolve todo o soluto possível, mas ainda
resta uma parte do soluto
→ SOLUBILIDADE MOLAR: concentração molar de uma
solução saturada
“IGUAL DISSOLVE IGUAL”
→ um líquido polar, como a água, é o melhor solvente
para compostos iônicos e polares
→ o mesmo para líquidos apolares
→ quando o soluto dissolve em solvente líquidos, as
atrações soluto-soluto são substituídas por atrações
soluto-solvente
→ a dissolução ocorre facilmente com interações
semelhantes às originais
LEI DE HENRY
→ solubilidade de gases em líquidos aumenta com a
pressão
→ se o gás for uma mistura, então a solubilidade
depende das pressões parciais
s=k H P
kh = constante de Henry (depende do gás, solvente e temperatura)
TEMPERATURA E SOLUBILIDADE
→ a maior parte das substâncias se dissolve em
temperaturas elevadas
- não são mais solúveis
- alguns a solubilidade é mais baixa em temperaturas mais
elevadas
→ a maioria dos gases fica menos solúvel quando a
temperatura aumenta
→ o que aumenta sempre é a velocidade de dissolução
ENTALPIA DE SOLUÇÃO
→ variação da entalpia por mol de fórmula unitária
quando uma substância se dissolve
→ medida a partir do calor liberado ou absorvido
quando a substância se dissolve em pressão constante
→ ENTALPIA DE SOLUÇÃO LIMITE: variação de entalpia
que acompanha a formação de uma solução muito
diluída em que as interações soluto-soluto são
desprezadas
→ em uma dissolução, íons se separam do sólido e
formam um “gás”
- variação de entalpia é endotérmica
- entalpia reticular (
→ então, os íons gasosos mergulham na água e formam
a solução final
- entalpia molar é chamada então de entalpia de hidratação
do composto
- hidratação de compostos iônicos é sempre exotérmica
∆ H sol =∆ H L +∆ H hid
→ entalpia de solução positiva = influxo líquido de
energia, na forma de calor, quando o sólido dissolve
→ entalpia de solução negativa = liberação de energia
na forma de calor
ENERGIA LIVRE DE GIBBS DE SOLUÇÃO
→ define a espontaneidade da dissolução, em
temperatura e pressão constantes
→ a desordem aumenta quando um sólido se dissolve
(entropia geralmente aumenta)
→ como T∆S é positivo, se ∆H for negativo, ∆G é
negativo
- a maior parte das substâncias com entalpias de solução
negativas é solúvel
→ em alguns casos a entropia do sistema diminui, pois,
as moléculas de solvente formam gaiolas em torno do
soluto
- T∆S negativo
- mesmo se ∆H for negativo, ∆G pode ser positivo
- então, mesmo se a energia é liberada, a substância não
dissolve
PROPRIEDADES COLIGATIVAS
→ dependem apenas da razão entre o número de
moléculas de soluto e de solvente
MOLALIDADE
quantidade de soluto(mol )
Molalidade do soluto ( b ) =
massa de solvente (kg)
quantidade de soluto (mol)
Fração molar do soluto=¿
quantidade total de soluto e solvente (mol)
nsoluto
x soluto =
nsoluto +n solvente
ABAIXAMENTO DA PRESSÃO DE VAPOR
► LEI DE RAOULT
→ a pressão de vapor de um solvente é proporcional a
sua fração molar em uma solução
P=x solvente . P puro
→ uma solução que obedece exatamente à lei de Raoult
em todas as concentrações é chamada de solução ideal
- as interações entre as moléculas de soluto e de solvente
são iguais às interações entre as moléculas de solvente e soluto
no estado puro
- moléculas de soluto se misturam livremente com
moléculas do solvente
- entalpia é zero
→ a pressão de vapor do solvente é mais baixa na
presença do soluto
- soluto aumenta a desordem (entropia)
- entalpia permanece inalterada
- diminuição da energia livre de Gibbs do solvente
- como no equilíbrio a energia livre de Gibbs do vapor tem
que ser igual a do solvente, a energia livre do vapor também
diminui
ELEVAÇÃO DO PONTO DE EBUILIÇÃO E
ABAIXAMENTO DO PONTO DE
CONGELAMENTO
► ABAIXAMENTO DO PONTO DE CONGELAMENTO
→ presença de soluto causa o abaixamento do ponto de
congelamento
∆ T f =k f . bsoluto
kf = constante do ponto de congelamento do solvente
→ em uma solução de eletrólito, cada íon contribui
independentemente para o abaixamento do ponto de
congelamento
∆ T f =ik f . bsoluto
i = fator i de van’t Hoff (determinado experimentalmente para cada íon)
► ELEVAÇÃO DO PONTO DE EBULIÇÃO
→ presença do soluto diminui a pressão de vapor
→ consequentemente o ponto de ebulição aumenta
∆ T b=ik b . bsoluto
OSMOSE
→ PRESSÃO OSMÓTICA (π): pressão necessária para
deter o fluxo de solvente entre a membrana
- quanto maior, maior será a altura da solução necessária
para reduzir o fluxo a zero
→ solvente flui até que sua energia livre de Gibbs seja a
mesma nos dois lados da membrana
→ EQUAÇÃO DE VAN’T HOFF
Π=iRT C soluto
C = concentração molar
► OSMOSE REVERSA
→ uma pressão maior do que a pressão osmótica é
aplicada do lado da solução na membrana
→ ocorre o aumento na velocidade com que as
moléculas de solvente deixam a solução
→ inversão do fluxo de solvente para o solvente puro
MISTURAS BINÁRIAS LÍQUIDAS
PRESSÃO DE VAPOR DE UMA MISTURA
BINÁRIA LÍQUIDA
→ mistura binária ideal de dois líquidos voláteis, A e B
→ cada componente tem pressão de vapor pela lei de
Raoult
P=P A + PB =x A P A + x B PB
→ o vapor em questão é mais rico no componente
mais volátil
DESTILAÇÃO
→ o ponto de ebulição normal de uma mistura binária
líquida é a temperatura na qual a pressão de vapor
total é 1 atm
→ quando o vapor de uma mistura de moléculas esfria e
se condensa, a primeira gota é o destilado
→ o destilado será mais rico do componente mais volátil
do que a mistura original, e o líquido no recipiente será
mais rico do componente menos volátil
→ esse processo de fervura e esfriamento pode ser feito
repetidamente, gerando uma quantidade cada vez mais
pura do líquido mais volátil
► DESTILAÇÃO FRACIONADA
→ usa o método de redestilação contínua para separar
misturas de líquidos com pontos de ebulição muito
próximos
→ mistura é aquecida até o vapor dentro de uma coluna
→ a medida que o aquecimento ocorre, o vapor se
condensa e vaporiza mais e mais, subindo na coluna
→ o líquido retorna a mistura que ferve e o vapor fica
progressivamente mais rico no componente cujo ponto
de ebulição é menor
→ esse componente então pode ser removido do topo
da coluna
AZEÓTROPOS
→ a maior parte das misturas de líquidos não são ideias
e não seguem a lei de Raoult
→ suas curvas de temperatura-composição são feitas
experimentalmente a partir do vapor
→ a direção do desvio da lei de Raoult pode ser
relacionada com a entalpia de mistura
- diferente de entalpia entre a mistura e os componentes
puros
- quando a entalpia é positiva, o processo de mistura é
endotérmico pois as interações entre as moléculas do soluto
são menos favoráveis do que a interação entre as moléculas de
líquidos puros (pressão de vapor maior do que na lei de Roult)
- condições inversas ocorre em entalpias negativas
► AZEÓTROPO DO PONTO DE EBULIÇÃO MÍNIMO
→ mistura na qual a temperatura de ebulição mais
baixa é inferior à dos componentes puros
→ esses componentes não podem ser separados por
destilação
→ desvios positivos da lei de Raoult
► AZEÓTROPO DO PONTO DE EBULIÇÃO MÁXIMO
→ mistura na qual a temperatura de fervura é mais alta
do que qualquer constituinte
→ desvios negativos da lei de Raoult