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Apostila Reciclagem

O documento apresenta o Curso de Reciclagem para Condutores Infratores, enfatizando a importância do conhecimento das regras de trânsito para a segurança no Brasil. Destaca que a suspensão do direito de dirigir deve ser uma oportunidade para revisão de conceitos e que a metodologia Tecnodata proporciona um aprendizado eficiente. O curso é atualizado conforme as resoluções vigentes do CONTRAN e aborda aspectos legais, direitos e deveres dos condutores, além de diretrizes para a educação no trânsito.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Apostila Reciclagem

O documento apresenta o Curso de Reciclagem para Condutores Infratores, enfatizando a importância do conhecimento das regras de trânsito para a segurança no Brasil. Destaca que a suspensão do direito de dirigir deve ser uma oportunidade para revisão de conceitos e que a metodologia Tecnodata proporciona um aprendizado eficiente. O curso é atualizado conforme as resoluções vigentes do CONTRAN e aborda aspectos legais, direitos e deveres dos condutores, além de diretrizes para a educação no trânsito.
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CURSO DE RECICLAGEM PARA

CONDUTORES INFRATORES
29ª Edição - Julho 2024

As lamentáveis estatísticas do trânsito brasileiro permitem deduzir que nós, condutores, ainda não
compreendemos muito bem esse complexo sistema social.

Gostamos de pensar que somos bons motoristas, e que dirigimos muito bem. Mesmo que fosse
verdade, esquecemos de que isso não é suficiente. É preciso conhecer, compreender e adaptar-se a
um complexo conjunto de regras, criadas para estimular comportamentos coerentes com as atuais
exigências da sociedade brasileira, principalmente no que diz respeito à segurança.

Quando temos nosso direito de dirigir suspenso, é sinal que algo não deu certo. Independente de quais
tenham sido os motivos, uma decisão inteligente, é aproveitar o momento para fazer uma revisão real
de conceitos.

A metodologia Tecnodata oferece todos os recursos para que isso aconteça de forma completa,
eficiente e agradável.

Atualizada pelas Resoluções Vigentes do CONTRAN.

Série Ouro
Direitos reservados ao C.N.P.J. 03.282.218/0001-74
É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo eletrônico, reprográfico,
etc., sem a autorização por escrito da editora.
EXPEDIENTE
Projeto e Redação final Projeto Gráfico e Diagramação
César B. Bruns Tecnodata Educacional
Ilustrações
Pesquisa, Redação e Revisão
Carlos Alberto Noviski
Carlos B. Bruns
Cléberson Orcheski
Celso A. Mariano
César B. Bruns Marco Aurélio Pereira
Elaine Sizilo Paulo Roberto Cavalcanti
Mariana L. Czerwonka
Agradecimentos Especiais
Ruclécia Sottomaior
Dr. David Duarte Lima
Dr. Roberto Luiz d’Avila
Consultoria Técnica em Primeiros Socorros
Alessandro C. Martins
Francisco Félix da Costa Filho (socorrista)
Anna Maria Prediger
Capa Erico Bratfish
Fabrício Medeiros
Marcelo Peralta
Neuclair Silvestrini

A todos os instrutores do Brasil que


colaboram enviando sugestões para a
melhoria dos materiais.

FICHA CATALOGRÁFICA
Curso de Reciclagem para Condutores Infratores / pesquisa e redação final
César B. Bruns. Curitiba: TECNODATA, 2024. 120 P.: il.col.; 15x21 cm.

1. Trânsito - Legislação Brasil. 2. Trânsito - Sinais e sinalização - Brasil


3. Motoristas - Educação. I. Bruns, César B. II. TECNODATA.

CDD (20a ed.)


38 8.31

Dados internacionais de catalogação na publicação


Bibliotecária responsável: Mara Rejane Vicente Teixeira

TELEVENDAS 0800 600 1800


Vendas e Distribuição:

TECNODATA Trânsito Ltda


Rua Suécia, 623 - Tarumã CEP: 82.800-060 - Curitiba - PR
Fone/fax: (0**41) 3361-1800
E-mail: [email protected]

w w w . t e c n o d a t a e d u c a c i o n a l . c o m . b r
ÍNDICE
Legislação de trânsito Transportes e cargas 36
Pedestres e veículos não motorizados 36
Introdução 5
Sinistros de trânsito (acidentes) 37
Código de Trânsito Brasileiro 5
Questões 37
Direitos e deveres do cidadão no trânsito 6
Sistema Nacional de Trânsito 6
As vias 7 Sinalização
Velocidade máxima nas vias 8 Resolução 973/22 38
Classificação geral dos veículos 9 Sinalização vertical: 38
Identificação dos veículos 9 De regulamentação 38
Transferência de propriedade 11 De advertência 41
Identificação do condutor 12 Especial de advertência 43
Processo de habilitação 12 De indicação 44
Categorias de CNH 13 Sinalização horizontal 47
Renovação da CNH 14 Dispositivos auxiliares 48
Normas gerais de circulação e conduta 15 Semafórica 50
Trafegando 16 De obras 50
Restrições de uso das vias 16 Gestos dos agentes de trânsito 50
Prioridade de passagem 16 Gestos de condutores 51
Cruzamentos 17 Sinais sonoros 51
Mudanças de direção e manobras 17 Questões 51
Ultrapassagens 18
Reduzir, frear, parar e estacionar 19 Direção defensiva
Uso de luzes e buzina 20
Normas de circulação para ciclos 20 Introdução 52
Normas de circulação para pedestres 21 Negligência, imprudência e imperícia 52
Sinistros de trânsito (acidentes) 21 Elementos da direção e da pilotagem defensiva 53
Crimes de trânsito 21 Conhecimento 54
Questões 24 Condições adversas: 55
De iluminação 55
De tempo 56
Infrações de trânsito Das vias 59
Infração, penalidades e medidas administrativas 25 De trânsito 61
Condutor 28 Do veículo 62
Habilitação: dirigir ou permitir que alguém dirija 29 De cargas 62
Veículos 30 De passageiros 63
Veículo - identificação e documentação 30 Do condutor: 64
Circulação 31 Álcool 65
Parar ou imobilizar o veículo 31 Medicamentos 66
Não parar 32 Drogas 67
Transitar com veículo automotor 32 Uso do celular ao dirigir 67
Velocidade 32 Sono e fadiga 67
Não reduzir 33 Condições adversas – considerações finais 68
Efetuar retornos e conversões 33 Atenção 69
Não dar passagem ou preferência 33 Previsão 69
Efetuar ultrapassagens 34 Habilidade 70
Estacionar 34 Ação 70
Luzes e sinais 35 Cinto de segurança 70
Buzina e som 35 Equipamentos de segurança do motociclista 71
Motocicleta, motoneta e ciclomotor 35 Acidentes 72
ÍNDICE
Como evitar acidentes: 73 De crânio 101
Acidentes com motos 73 De costelas 101
Velocidade compatível 74 De quadril 101
Evitando colisões: 75 Queimaduras 102
Com o veículo da frente 75 Ferimentos nos olhos 103
Com o veículo de trás 76 Ferimentos no tórax e abdômen 103
Com os demais veículos 76 Acidentes envolvendo veículos que transportam
Com veículos em sentido contrário 77 produtos perigosos 104
Em ultrapassagens 77 Como prestar auxílio em caso de acidente
Em curvas 78 com motociclista 104
Em cruzamentos 79 Movimentação e transporte de emergência 104
Em marcha à ré 79 Questões 105
Veículos de pequeno X grande porte 79
Pontos cegos 80 Relacionamento interpessoal
Entre automóveis e motocicletas 81 Introdução 107
Com veículos não motorizados 82 O indivíduo, o grupo e a sociedade 107
Com pedestres 83 Diferenças individuais 108
Com animais 84 O bom relacionamento 108
Com elementos fixos 85 Bom relacionamento no trânsito 109
Direção ou pilotagem defensiva em rodovias 85 Qualidade no relacionamento interpessoal 110
Questões 86 O cidadão e o trânsito 111
Comportamento no trânsito 112
Primeiros socorros Tipos de comportamento 113
Introdução 88 Conflitos no trânsito 115
Quem deve prestar socorro às vítimas? 88 O estresse 115
Primeiros procedimentos em caso de acidente O estresse e o trânsito 116
de trânsito 90 Questões 117
Análise do local do acidente 91
Protegendo-se contra infecções 91 Gabarito das questões 118
Origem dos ferimentos em acidentes de trânsito 92 Bibliografia 118
Atendendo as vítimas 92 Anotações 119
Avaliação primária e suporte básico de vida 92
Parada cardiorrespiratória ou dificuldade para respi-
rar 93
RCP – Reanimação ou Ressuscitação Cardiopulmo-
nar 93
Respiração artificial (American Heart Association) 94
Avaliação secundária em vítimas de acidentes 95
Desmaio 95
Estado de choque 96
Convulsões 97
Hemorragias 97
Fraturas: 98
Fechadas 99
Abertas ou expostas 99
Lesão na coluna vertebral 100
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Introdução A legislação de trânsito no Brasil é formada pela Lei nº 9.503/97 –
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e por um conjunto de resoluções,
portarias, decretos e normatizações complementares.

Código de O Código de Trânsito Brasileiro – CTB fundamenta seu conteúdo na


segurança do trânsito, no respeito pela vida e na defesa e preservação
Trânsito do meio ambiente.
Brasileiro O CTB define atribuições das autoridades e órgãos ligados ao trânsito,
fornece diretrizes para a Engenharia de Tráfego, estabelece normas de
conduta, define infrações e penalidades para os usuários do trânsito.
Nesta obra analisamos e interpretamos a legislação de trânsito sob o
ponto de vista do usuário das vias, com ênfase para o condutor.
O Código de Trânsito Brasileiro tem como base a Constituição do Brasil,
respeita a Convenção de Viena e o Acordo do Mercosul.
Convenção de Viena – 1968
A padronização da sinalização e normas de trânsito internacionais, ado-
tadas pelo Brasil e diversos países, permite que condutores possam
trafegar com segurança, mesmo sem dominar o idioma local.
Acordo Mercosul – 1992
Estabeleceu normas para uniformizar o trânsito entre os países integrantes
do Mercosul - Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (suspensa
desde 2017).

Código de Trânsito Brasileiro


CTB: Lei 9.503 Todo condutor tem a obrigação de conhecer e cumprir a legislação de trân-
sito, e estará sujeito a multas e penalidades sempre que transgredi-la.
de 23/09/97
O condutor é responsável por todos os seus atos no trânsito. O desco-
nhecimento da lei não pode ser usado na defesa de um infrator.
O Código de Trânsito Brasileiro é composto de 22 capítulos e 341 artigos.
01. Disposições Preliminares.
02. Do Sistema Nacional de Trânsito.
03. Das Normas Gerais de Circulação e Conduta.
03-A. Da Condução de Veículos por Motoristas Profissionais.
04. Dos Pedestres e Condutores de Veículos não Motorizados.
05. Do Cidadão.
06. Da Educação para o Trânsito.
07. Da Sinalização para o Trânsito.
08. Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscalização e do
Policiamento Ostensivo.
09. Dos Veículos.
10. Dos Veículos em Circulação Internacional.
11. Do Registro de Veículos.
12. Do Licenciamento.

Legislação de Trânsito 5
13. Da Condução de Escolares.
13-A. Da Condução de Motofrete.
14. Da Habilitação.
15. Das Infrações.
16. Das Penalidades.
17. Das Medidas Administrativas.
18. Do Processo Administrativo.
19. Dos Crimes de Trânsito.
20. Das Disposições Finais e Transitórias.

O Capítulo I, das Disposições Preliminares, traz algumas definições e


atribuições interessantes em seu Artigo 1°:
• Trânsito é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
para circulação, parada, estacionamento e operação de carga e
Respeito à vida descarga (§ 1°).
• Trânsito em condições seguras é um direito de todos (§ 2°).
e preservação do
• Os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito respondem por danos
meio ambiente causados ao cidadão em virtude de ação, omissão ou erro (§ 3°).
• Será dada prioridade à segurança, defesa e preservação da vida e
do meio ambiente (§ 5°).

Direitos e deveres do cidadão no trânsito


Os direitos e obrigações do cidadão no trânsito são definidos no CTB.
É seu dever:
• Transitar sem constituir perigo ou obstáculo para os demais ele-
mentos do trânsito (Art. 26 do CTB). Todas as demais regras são
derivadas desse conceito.
São seus direitos:
• Utilizar vias seguras e sinalizadas. Em caso de sinalização defi-
ciente ou inexistente, a autoridade com jurisdição sobre a via deve
responder e ser responsabilizada (Art. 1° do CTB, § 2° e § 3°).
• Sugerir alterações a qualquer artigo ou norma do CTB e receber
resposta, bem como solicitar alterações em sinalização, fiscaliza-
ção e equipamentos de segurança e ser atendido ou receber res-
posta (Art. 72 e 73 do CTB).
• Cobrar das autoridades a educação para o trânsito (Art. 74), que
é prioridade definida pelo CTB.

Sistema Nacional de Trânsito


Sistema Nacional Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de entidades da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que tem por finalidade o
de Trânsito exercício das atividades de planejamento, administração, normatização,
pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e
reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema
viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos
e aplicação de penalidades (Capítulo II, Seção I, Art. 5° do CTB).

6 Legislação de Trânsito
São objetivos do Sistema Nacional de Trânsito (Art. 6° do CTB):
1 - segurança, fluidez, conforto, defesa ambiental e educação;
2 - padronização de critérios técnicos, administrativos e financeiros;
3 - fluxo de dados.

Órgãos normativos São órgãos com funções coordenadora, consultiva e normativa (Art. 7°
do CTB).
• CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito, órgão máximo do sistema.
• CETRAN: Conselho Estadual de Trânsito.
• CONTRANDIFE: Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
Órgãos executivos São órgãos responsáveis pelo cumprimento das leis de trânsito (Art. 8°
ao 25° do CTB).
Federais:
• SENATRAN: Secretaria Nacional de Trânsito.
• DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
• PRF: Polícia Rodoviária Federal.
Estaduais:
• DETRANs: Departamentos Estaduais de Trânsito.
• CIRETRANs: Circunscrições Regionais de Trânsito.
• DERs: Departamentos de Estradas de Rodagem.
• PMs: Polícias Militares e Polícias Rodoviárias Estaduais.
Municipais:
• Departamentos Municipais de Trânsito.
JARI: Junta Administrativa de Recurso de Infrações. Cada órgão de trân-
sito que emite multas possui uma JARI (DNIT, PRF, DETRANs, CIRETRANs,
DERs, PMs e Departamentos Municipais de Trânsito).

Os assuntos relativos a CONDUTOR e VEÍCULO são de responsabilidade


do DETRAN e das CIRETRANS de cada estado.

Nas cidades em que o trânsito está municipalizado é de responsabili-


dade dos Órgãos Municipais de Trânsito fiscalizar a circulação, parada
e estacionamento dos veículos, além de implantar, manter e operar o
sistema de sinalização nas vias urbanas.

As vias
Via Terrestre (Anexo I do CTB): é a superfície por onde transitam veícu-
los, pessoas e animais, compreendendo pistas de rolamento, acosta-
mentos, calçadas ou passeios públicos, ilhas e canteiros centrais.
As vias podem ser (Art. 2° do CTB): vias internas de condomínios, ruas,
avenidas, logradouros, caminhos, passagens, estradas, rodovias e praias
abertas à circulação pública e áreas de estacionamentos privados de
uso coletivo.
Vias rurais Classificação de Vias Rurais (Art. 60 e Anexo I do CTB):
• Rodovias: definidas pelo CTB como vias rurais pavimentadas.
• Estradas: vias rurais não pavimentadas (existem exceções).

Legislação de Trânsito 7
Vias urbanas Classificação de Vias Urbanas (Art. 60 e Anexo I do CTB):
• Vias de trânsito rápido: não possuem cruzamentos diretos (inter-
seções em nível), nem semáforos, nem travessia de pedestres em
nível (diretamente sobre a pista de rolamento).
• Vias arteriais: ligam diferentes regiões de uma cidade, com cruzamen-
tos ou interseções geralmente controlados por semáforos.
• Vias coletoras: coletam e distribuem o trânsito dentro das regiões
da cidade e dão acesso a vias de maior porte.
• Vias locais: vias de trânsito local, com cruzamentos geralmente
sem semáforos.

Velocidade máxima nas vias


A velocidade máxima em cada via é definida pela legislação e pela sinali-
zação. Em vias não sinalizadas, os limites de velocidade são os seguintes
(Art. 61 do CTB):
Em vias urbanas:
• 30 km/h nas vias locais.
• 40 km/h nas vias coletoras.
• 60 km/h nas vias arteriais.
• 80 km/h nas vias de trânsito rápido.
Em rodovias de pista dupla:
• 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) automóveis, camio-
netas, caminhonetes e motocicletas.
• 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para caminhões, ônibus,
micro-ônibus, motor-casa e etc.

Em rodovias de pista simples:


• 100 km/h (cem quilômetros por hora) automóveis, camionetas,
caminhonetes e motocicletas.
• 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para caminhões, ônibus,
micro-ônibus, motor-casa e etc.

Em estradas:
• 60 km/h (sessenta quilômetros por hora).

Velocidade mínima (Art. 62 do CTB):


• Não poderá ser inferior à metade da máxima permitida no local,
exceto na faixa da direita.

Velocidade Segura (Art. 43 do CTB):


• Em vias de grande movimento e rápido escoamento, é preciso
acompanhar o fluxo sem obstruir os demais veículos.
• Em vias locais, precisamos dirigir em baixa velocidade, prevendo
que as pessoas possam estar mais descontraídas e desatentas.

8 Legislação de Trânsito
Importante!

O condutor deve dirigir em velocidade compatível com a segurança,


levando em conta os fatores locais como: tráfego de veículos e
pedestres, condições climáticas, da via, etc.

Classificação geral dos veículos (Art. 96 do CTB)


Quanto à tração:
• automotor; de propulsão humana; de tração animal; reboque ou
semirreboque.
Quanto à espécie:
a) de passageiros: bicicleta, ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo,
quadriciclo, automóvel, micro-ônibus, ônibus, reboque ou semirrebo-
que, charrete.
b) de carga: motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, caminhonete,
caminhão, reboque ou semirreboque, carroça, carro de mão.
c) misto de passageiros e carga: camioneta, utilitário, outros.
d) de competição.
e) de tração.
f) especial: motocicleta, triciclo, automóvel, micro-ônibus, ônibus, rebo-
que ou semirreboque, camioneta, caminhão, caminhão-trator, cami-
nhonete, utilitário, motorcasa.
g) de coleção.
Quanto à categoria:
• oficial; de representações (diplomáticas, repartições consulares,
de carreira ou organismos internacionais reconhecidos junto ao
governo brasileiro); particular; de aluguel; de aprendizagem.
Camioneta ou caminhonete?
• Camioneta: veículo que transporta os passageiros e a carga no
mesmo compartimento.
• Caminhonete: veículo geralmente equipado com caçamba, que
leva a carga separada dos passageiros.
Motocicleta, motoneta ou ciclomotor?
• Motocicleta: veículo que o condutor pilota na posição montada.
• Motoneta: veículo que o condutor pilota na posição sentada.
• Ciclomotores: veículos com motores de até 50 cilindradas, incluin-
do cicloelétricos. O condutor deve ser habilitado. Mais detalhes em
Processo de Habilitação.

Identificação dos veículos


CRV - Certificado de Registro do Veículo (Art. 131 do CTB) – documento de
porte não obrigatório, que deve ser guardado em local seguro, e servirá
para transferir de propriedade (em caso de venda do veículo), alterar o
endereço do proprietário ou alterar as características do veículo.

Legislação de Trânsito 9
No verso da versão impressa do CRV consta a ATPV – Autorização para
Transferência de Propriedade do Veículo. Ambos documentos também
possuem suas versões digitais: CRV-e e ATPV-e, com o mesmo valor das
versões impressas.
No CRV constam as características do veículo: RENAVAM – Registro
Nacional de Veículos Automotores, placa e número do chassi, número
do motor, cor, marca/modelo, categoria, capacidade, nome e endereço
do proprietário, entre outras.
No verso do CRV impresso constam os campos a serem preenchidos em
caso de venda do veículo (para veículos cujos documentos foram emiti-
dos até 3 de janeiro de 2021)

CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo ou CLA -


Certificado de Licenciamento Anual – documento de porte obrigatório,
que pode ser impresso ou digital, onde constam, além das caracterís-
ticas do veículo, informações sobre o pagamento do IPVA, do Seguro
Obrigatório e ano em exercício.

O proprietário de um veículo apontado pelo fabricante para um recall,


terá que levar seu carro à concessionária em no máximo um ano, ou
essa informação irá constar no CLA, e o veículo somente será licenciado
se houver comprovação de que a pendência foi cumprida.

O porte obrigatório do CRLV ou CLA poderá ser dispensado quando, no


momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informati-
zado do órgão responsável para verificar se o veículo está licenciado.

O DPVAT mudou de nome e agora se chama SPVAT (Seguro Obrigatório


para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito). Ele deve ser pago
anualmente por proprietários de veículos automotores. Indeniza vítimas
de acidentes de trânsito por morte (R$ 13.500,00) ou invalidez perma-
nente (até R$ 13.500,00) e reembolsa despesas médicas e hospitalares
(até R$ 2.700,00).
O prazo para dar entrada em um pedido de indenização do SPVAT é de 3
anos, a contar da data do sinistro.

Placa de Identificação Veicular (PIV) – Res. 969/22


O novo modelo está valendo para os novos emplacamentos e substitui-
rá o modelo atual em processos de transferência de município ou de
estado, ou sempre que houver necessidade de substituição das placas.

Veja exemplos de cores de placas:


Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul)
PARTICULAR PARTICULAR MOTO ALUGUEL MOTO ALUGUEL

UF MUNICÍPIO

AAA
0000

10 Legislação de Trânsito
Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul)
EXPERIÊNCIA/
ALUGUEL COMERCIAL ESPECIAIS OFICIAL OFICIAL
FABRICANTE

APRENDIZAGEM
Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul)
DIPLOMÁTICO DIPLOMÁTICO COLEÇÃO COLEÇÃO

Transferência de propriedade
Há uma clara diferença de procedimentos para transferência de proprie-
dade do veículo, dependendo da data que o veículo foi registrado.
AUTORIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE DE VEÍCULO ATPV
AUTORIZO O DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO-DETRAN,
TRANSFERIR O REGISTRO DESTE VEÍCULO, PARA:

VALOR R$

NOME DO COMPRADOR:

RG: CPF/CNPJ:
Veículos cujos documentos foram emitidos até 3 de janeiro de 2021, e
ENDEREÇO:
que ainda possuem o CRV em papel moeda
LOCAL E DATA:

ASSINATURA DO PROPRIETÁRIO (VENDEDOR)


a) O vendedor tem a obrigação legal de comunicar a venda do veículo ao DETRAN no prazo máximo de
A ATPV – Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo, neste
caso, encontra-se impressa no verso do CRV, documento de porte não
30 dias, sob pena de ter que se responsabilizar solidariedade pelas penalidades impostas e suas
reincidências até a data da comunicação (lei Federal nº 9.503 - Art. 134 - Código de Trânsito Brasileiro
- CTB).
b) O adquirente terá prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data da aquisição para providenciar a
transferência do veícuoo para o seu nome, sob pena de incorrer em infração de trânsito (Art. 233 do CTB).
c) É obrigatório o reconhecimento de firmas do adquirente e do vendedor, exclusivamente na modalidade por

obrigatório que deve ser guardado para esta finalidade.


AUTENTICIDADE.

DE ACORDO:
ASSINATURA DO COMPRADOR

RECONHECIMENTO DE FIRMA DO PROPRIETÁRIO (VENDEDOR)


CONFORME ART. 369 C.P.C.

Neste modelo, os procedimentos são os seguintes:


• O vendedor (proprietário) preenche a ATPV com cuidado, em letra
legível, com o valor de venda, nome completo, números de docu-
mentos e endereço correto do comprador e a data.
• Vendedor e comprador assinam. É preciso reconhecer a firma de
ambos, em cartório, presencialmente, como verdadeira.
• Comunicar a venda ao DETRAN (Art. 134 do CTB) por escrito, em
até 60 dias, para não ser responsabilizado por infrações cometi-
das pelo novo proprietário.
• O comprador encaminha os documentos de transferência para o
DETRAN ou CIRETRAN.
• O prazo máximo para transferência é de 30 dias após a aquisição.
Ultrapassar esse prazo constitui infração média.

Veículos cujos documentos foram emitidos após 4 de janeiro de 2021


A partir desta data, o CRV e o CRLV deixam de ser fornecido pelos De-
trans em papel moeda e passam a ser fornecidos digitalmente.
Neste caso, os procedimentos para transferência mudam:
• O vendedor (proprietário) comunica a venda do veículo diretamente
no site do Detran ou pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT);
• Preenche o formulário digital da ATPV – Autorização para Transfe-
rência de Propriedade do Veículo, com os dados solicitados no for-
mulário: nome e número dos documentos do comprador e outros
complementares;
• É gerado um documento de compra e venda, que deverá ser as-
sinado em cartório, com reconhecimento de firma por verdadeira;
• Dependendo do estado, o processo pode ser feito integralmente
pelo CDT sem passar pelo cartório. Entre em contato com o Detran
onde o veículo será registrado para mais informações.

Legislação de Trânsito 11
Em caso de perda do CRV em papel, o proprietário pode requerer 2ª.
via (que não será emitida em papel), passando a proceder digitalmente,
conforme descrito acima.
A Transferência Digital, que dispensa procedimentos em cartório, está
em implantação desde agosto de 2021.

Identificação do condutor
O condutor deverá portar o documento original de habilitação, ou a ver-
são digital – CNH-e (que tem o mesmo valor da versão impressa) compa-
tível com a categoria do veículo que estiver conduzindo, dentro do prazo
de validade. (Art. 159 do CTB)
O porte do documento de habilitação será dispensado quando, no mo-
mento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado
para verificar se o condutor está habilitado.
• Permissão para Dirigir – PPD – documento válido por um ano.
• Autorização para Conduzir Ciclomotores – ACC.
• Carteira Nacional de Habilitação – CNH: a CNH atual contém fo-
tografia e os números dos principais documentos do condutor, ser-
vindo como documento de identificação em todo território nacional.
• Documento de identificação: obrigatório para condutores portado-
res de CNH sem foto.
O número RENACH – Registro Nacional de Carteiras de Habilitação é
definido no início do processo de habilitação e permite que o condutor
possa ser atendido ou autuado em qualquer estado do País.

Processo de habilitação
O processo de habilitação tem validade de um ano, com a possibilidade
de transferência e continuidade em outros estados. No caso da Primeira
Habilitação é possível candidatar-se à:
• ACC. • Categoria A. • Categoria B.
• Categorias A e B. • ACC e categoria B.

Obtenção da Para obter a ACC ou habilitar-se na(s) categoria(s) escolhida(s) o can-


habilitação didato deve:
• Ser penalmente imputável (ter 18 anos).
• Saber ler e escrever.
• Possuir documento de identificação e CPF.
Avaliação • Ser aprovado na avaliação psicológica, que permite detectar se o
Psicológica candidato é portador de distúrbios que o impeçam de dirigir.
Exame Médico • Ser aprovado no exame de aptidão física e mental, que avalia a
visão, força muscular, coração, pulmão e saúde mental.
Curso Teórico • Obter certificado de conclusão em curso teórico (45 horas/aula), em
um Centro de Formação de Condutores credenciado.
Exame Teórico • Ser aprovado em prova teórica do DETRAN, de, no mínimo, 30 ques-
tões (convencional ou eletrônica) com 70% de acertos ou mais.

12 Legislação de Trânsito
Curso Prático • Obter certificado de conclusão de curso prático de direção em CFC
credenciado, de no mínimo 20 horas/aula para categoria A.
• Para obter o certificado de conclusão do curso prático para a ca-
tegoria B, o candidato terá de fazer, no mínimo, 20 horas/aula em
veículo de aprendizagem. Dessas, poderá optar por fazer até 05
horas/aula em simulador de direção veicular, se estiver disponível
no CFC.
• Durante as aulas práticas, é obrigatório o porte da LADV – Licença
para Aprendizagem de Direção Veicular, no original, além de do-
cumento de identificação do candidato. Desrespeitar esta norma
suspende a LADV por 6 meses.
• O trajeto das aulas práticas deve ser feito em vias urbanas e ru-
rais, também para motos e ciclomotores.
Exame Prático • No exame para categoria B, o candidato será reprovado se cometer
faltas eliminatórias ou que somem mais de 3 pontos negativos.
• Para motos e ciclomotores, o exame continua sendo feito em cir-
cuito fechado.
Reprovação Se reprovar no exame teórico ou prático, o candidato terá de fazer novo
no exame exame, sem precisar repetir as etapas nas quais tiver sido aprovado.
Permissão Se for aprovado em todas as fases o candidato receberá a Permissão
para dirigir para Dirigir - PPD, válida por um ano. Durante esse período, se não for
multado, por infração gravíssima ou grave, nem reincidir em multa por
infração média, terá direito à sua CNH. Caso contrário, terá que reiniciar
todo o processo de habilitação.

Categorias de CNH (Anexos I e II da Res. 789/20)


Autorização para Conduzir Ciclomotores - ACC: habilita a conduzir ciclo-
motores (até 50 cilindradas). Pode ser obtida por condutores das categorias
B, C, D e E, constando como uma observação na CNH. Nesse caso, os can-
didatos à ACC deverão realizar, além do exame de aptidão física e mental:
• curso teórico de 20 horas/aula e exame teórico;
• curso prático de no mínimo 5 horas/aula.
Categoria A: habilita a conduzir veículos automotores de 2 ou 3 rodas,
com ou sem carro lateral, como motocicletas, ciclomotores, motonetas
e triciclos. Não permite dirigir nenhum outro tipo de veículo automotor.
• Para adição de categoria A, realizar curso prático de, no mínimo,
15 (quinze) horas/aula em veículo de aprendizagem.
Categoria B: habilita a conduzir veículos automotores com ou sem rebo-
que, com peso bruto total (PBT) de até 3.500 kg e lotação máxima de
8 lugares, fora o do condutor. Não permite dirigir veículos automotores
de 2 ou 3 rodas. Permite conduzir veículo automotor da espécie mo-
tor-casa cujo peso não exceda a 6.000 kg, ou cuja lotação não exceda
a 8 lugares, excluído o do condutor (Lei 12.452/11). Permite também
conduzir trator de rodas e máquinas agrícolas. (Lei 13.097/15)
• Para adição da categoria B, realizar curso prático de, no mínimo, 15
horas/aula.

Legislação de Trânsito 13
Categoria C: permite dirigir todos os veículos da categoria B, tratores,
máquinas agrícolas e veículos de carga com mais de 3.500 kg de PBT
com ou sem reboque, desde que o reboque não exceda a 6.000 kg de PBT.
Categoria D: permite dirigir todos os veículos das categorias B e C, e
veículos de passageiros com lotação maior que 8 lugares.
Categoria E: permite conduzir todos os veículos das categorias B, C e D,
e veículos que rebocam trailers ou unidades com mais de 6.000 kg de
PBT, ou com lotação superior a 8 passageiros. É a única categoria que
permite conduzir veículos com mais de um reboque.
São especializações dentro das categorias: Transporte coletivo de passa-
geiros, Transporte de escolares, Transporte de emergência, Transporte
de produtos perigosos, Transporte de cargas indivisíveis, mototáxi e
motofrete.

Renovação da CNH
A validade máxima da CNH é de:
• 10 anos, para condutores com idade inferior a 50 anos.
• 5 anos, para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e
inferior a 70 anos.
• 3 anos, para condutores com idade igual ou superior a 70 anos.
O prazo de validade pode ser diminuído de acordo com laudo médico.
Após a data de vencimento da habilitação (data de validade), o condu-
tor terá 30 dias para solicitar renovação junto ao DETRAN. Se perder
esse prazo e dirigir estará cometendo uma infração gravíssima, sujeito
à multa, 7 pontos no prontuário e retenção do veículo até apresentação
de condutor habilitado.
Para renovar a CNH é necessário:
• Exame de aptidão física e mental.
• Avaliação psicológica (para motoristas que exerçam atividade
remunerada).

Os Detrans deverão enviar aos condutores, com 30 dias de antecedência,


aviso de vencimento da validade da CNH e do exame toxicológico.

Condutores das categorias C, D e E precisam passar por exame toxicológico para obter ou
renovar a CNH e, periodicamente, a cada 2 anos e meio, independente dos demais exames.

Condutores com CNH emitida antes de 1998, que não tiveram cursos de
Direção Defensiva e Primeiros Socorros, deverão fazer uma das opções
abaixo:
• Fazer prova dessas disciplinas diretamente no DETRAN.
• Realizar curso a distância das duas disciplinas e fazer a prova.
• Realizar curso presencial com 15 horas/aula, sendo dispensado
de realizar prova.
• Ou atender determinação do DETRAN local.

14 Legislação de Trânsito
O condutor que estiver com o exame de aptidão física e mental vencido há mais de cinco
anos deverá fazer o curso de atualização para a renovação da CNH, de 15 horas/aula.

Normas gerais de circulação e conduta (Capítulo III do CTB)


As Normas Gerais definem comportamentos corretos dos usuários das
vias terrestres, principalmente dos condutores de veículos.
Muitas das Normas de Conduta são semelhantes às técnicas de Direção
Defensiva, porque ambas têm o mesmo objetivo: a segurança no trânsito.
Ao desrespeitar uma norma de circulação e conduta, o condutor estará
cometendo uma infração ou crime e sujeitando-se a multas, medidas ad-
ministrativas e outras penalidades, de acordo com o Art. 161 do CTB.

Regra Fundamental:
Evitar qualquer ato que possa constituir perigo ou obstáculo para os
demais usuários do trânsito. A responsabilidade do condutor começa
muito antes de conduzir o veículo pela via (Art. 26).

Portar documentos do condutor e do veículo, na validade (Art. 159).


• Portar próteses ou lentes corretivas indicadas na CNH.
Estado e condições do veículo (Art. 27).
• Veículo em bom estado de funcionamento e conservação.
• Combustível em quantidade suficiente.
• Presença dos itens obrigatórios, em boas condições, e que pode-
rão ser vistoriados pelas autoridades de trânsito.
De 0 a 1 ano Condições do condutor e dos passageiros.
• Estar emocionalmente equilibrado, bem disposto e sóbrio.
• Estar convenientemente calçado; não é permitido dirigir usando calça-
dos que não se firmem nos pés ou que comprometam a utilização dos
pedais (Art. 252).
• O número de passageiros e o volume de carga deve ser compatível
com a capacidade do veículo e com a categoria de CNH.
De 1 a 4 anos
• Crianças com idade inferior a 10 anos que não tenham atingido
1,45 m de altura devem ocupar o banco traseiro, usando individu-
almente cinto de segurança e equipamento de retenção adequado
à sua idade, peso e altura.
• Para bebês com até um ano de idade, utilizar bebê-conforto no
sentido contrário ao deslocamento do veículo.
• Crianças de um a quatro anos, usar a cadeirinha.
De 4 anos até 1,45 m
• De quatro anos até atingir 1,45 m, assento de elevação.
• Acima de 1,45 m, cinto de segurança.
• Em motocicletas é proibido transportar crianças menores de 10
anos ou sem condições de cuidar-se.
• Condutor e passageiros usando cinto de segurança (automóveis).
• Não haver qualquer parte do corpo do condutor ou de passageiro
para fora do veículo (automóveis).
Acima de 1,45 m
• Não jogar nem abandonar qualquer objeto sobre as vias.

Legislação de Trânsito 15
Trafegando
Dirigir exige grande responsabilidade. O condutor deve estar sempre
atento e utilizar as duas mãos, dominando totalmente o veículo.
• Conduzir o veículo pelo lado direito das vias, salvo em situações
justificadas e devidamente sinalizadas (Art. 29, inciso I).
• Não arrancar bruscamente e manter distância de segurança lateral
e frontal dos demais veículos e do bordo da pista. Lembre-se de que
a distância segura depende da velocidade, do tipo de piso e das con-
dições locais do trânsito e do veículo (Art. 29, inciso II).
• Não trafegar em pistas sinalizadas como exclusivas para outros
tipos de veículos.
• Em vias com faixas de mesmo sentido, as da direita são desti-
nadas aos veículos mais lentos e de maior porte; as faixas da
esquerda são utilizadas para ultrapassagem e deslocamento de
veículos mais rápidos, devendo todos respeitar o limite de veloci-
dade máxima definido para a via (Art. 29, inciso IV).
• Veículos de tração animal deverão trafegar pelo lado direito da
pista, próximo ao meio fio ou pelo acostamento, se não houver
faixa especial. Seus condutores deverão obedecer às normas de
circulação e sinalização (Art. 52 do CTB).

Restrições de uso das vias


• Os veículos motorizados só poderão trafegar nos passeios, calça-
das ou acostamentos para entrar e sair de imóveis ou áreas de
estacionamento (Art. 29, inciso V).
• Em rodovias e estradas com acostamento, são permitidas somen-
te as paradas de veículos com defeitos ou em emergências.
• O tráfego pelos acostamentos é permitido somente quando a pis-
ta de rolamento estiver danificada, em obras ou bloqueada por
acidentes.
• Em imobilizações temporárias, por motivo de emergência, o condu-
tor deverá providenciar sinalização de advertência (Art. 46 do CTB).

Prioridade de passagem
• Ao entrar e sair de estacionamentos e imóveis, o condutor deverá
parar e dar a preferência a pedestres que estejam na calçada e
aos veículos que estiverem transitando pela via.
• Veículos precedidos de batedores têm prioridade de passagem. Os
condutores deverão deixar livre a faixa da esquerda (Art. 29, inciso VI).
• Veículos de emergência em serviço, com sirene e luzes intermiten-
tes ligadas, têm prioridade sobre os demais (viaturas de polícia,
dos bombeiros, ambulâncias, etc.) (Art. 29, inciso VII).
• Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando
em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento
no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinali-
zados. (Veículos destinados à manutenção e reparo de redes de
energia elétrica, de água e esgotos e etc). (Art.29, inciso VIII).

16 Legislação de Trânsito
• Veículos que se deslocam sobre trilhos têm preferência de passa-
gem sobre os demais (Art. 29, inciso XII). A lei obriga o condutor a
parar antes do cruzamento com via férrea. (Art. 212 do CTB).

Cruzamentos
Os cruzamentos são os locais no trânsito onde ocorre o maior número de
acidentes e atropelamentos.

Preferências de passagem em cruzamento:


• Em cruzamentos sinalizados, é a sinalização que determina de
quem é a preferência de passagem.
• Em caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, terá pre-
ferência de passagem aquele que estiver circulando por ela. (Art.
29, inciso III, alínea a).
• Em rotatórias, a preferência é dos veículos que já estiverem por ela
trafegando (Art. 29, inciso III, alínea b).
• Nos demais casos em cruzamentos sem sinalização, tem prefe-
rência de passagem o veículo que se aproximar pela direita do
condutor (Art. 29, inciso III, alínea c).

Recomendações
O condutor deve aproximar-se dos cruzamentos com atenção redobrada,
reduzir a velocidade, sinalizar suas intenções com antecedência, obede-
cer à sinalização e aos critérios de preferência (Art. 44 do CTB).

Nos cruzamentos com semáforo:


• Planejar a travessia com antecedência, em função do fluxo dos
demais veículos.
• Não parar sobre a faixa de pedestres.
• Não parar sobre a área de interseção das vias.
• Jamais passar com sinal vermelho nem acelerar para aproveitar o
sinal amarelo.
• Ao sinal verde, avançar somente quando todos os pedestres tive-
rem concluído a travessia, e se o cruzamento estiver livre.

Nos cruzamentos sem semáforo:


• Sinalizados com a placa “R-2 Dê a preferência”, o condutor deverá
reduzir a velocidade, parar o veículo se necessário, e obedecer as
regras de preferência.
• Sinalizados com placa de “Pare”, o condutor é obrigado a parar com-
pletamente o veículo e olhar atentamente antes de prosseguir.

Mudanças de direção e manobras


ANTES de qualquer manobra, deve-se SEMPRE:
• Verificar as condições do trânsito à sua volta, certificando-se de
não criar perigo para os demais usuários.
• Verificar se é permitido e se é possível fazer a manobra com segurança.
• Sinalizar as intenções com antecedência (luz indicadora de direção).

Legislação de Trânsito 17
• Posicionar-se corretamente na via.
• Executar a manobra com cuidado, sempre atento à posição dos
demais veículos.
Para executar as manobras:
• Mudança de faixa em vias de mão única: manobra simples, mas
que exige verificação constante dos espelhos retrovisores e sinali-
zação com antecedência, porque também pode gerar situações de
risco, se for mal realizada.
• Conversão à direita: sinalizar, diminuir a velocidade e aproximar-se o
máximo possível do bordo direito da via, entrando na mão de direção
correta (Art. 38 do CTB).
• Conversão à esquerda em pista de mão única: sinalizar, diminuir
a velocidade e aproximar-se o máximo possível do bordo esquerdo
• É permitido? da via, entrando na mão de direção correta (Art. 38).
• Conversão à esquerda, em pista de mão dupla, em vias SEM
• É possível? acostamento: sinalizar, diminuir a velocidade, aproximar-se do
• É seguro? eixo central da pista, dar preferência aos veículos que transitam
em sentido contrário, bem como a pedestres e ciclistas da lateral
esquerda da via.
• Conversão à esquerda, em pista de mão dupla, em vias COM
acostamento: sinalizar, diminuir a velocidade, parar no acosta-
mento da direita e aguardar por condição favorável para concluir a
manobra (Art. 37 do CTB).
• Antes de usar a marcha à ré, é necessário verificar com cuidado
se o trajeto está livre. Não é permitido trafegar distâncias longas
em marcha à ré.
• É livre a conversão à direita diante de sinal vermelho do semáforo
onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão.

Ultrapassagens
Ultrapassagens mal feitas são responsáveis pelos acidentes mais gra-
ves e violentos.
Ao ultrapassar:
• Avaliar a movimentação e proximidade dos demais veículos, inclu-
sive os de trás, sinalizar e certificar-se de que a manobra poderá
• É permitido?
ser realizada com segurança (Art. 29, inciso X e XI).
• É possível? • Ultrapassar somente pela esquerda, em locais onde seja permitido
• É seguro? e com boa visibilidade (Art. 29, inciso IX).
• A ultrapassagem pela direita é permitida somente se o veículo da
frente estiver sinalizando uma manobra para a esquerda (Art. 29,
inciso IX).
• Em vias de mão dupla e pista única não é permitido ultrapassar
em curvas, aclives (subidas), pontes, viadutos e outros locais de
baixa visibilidade (Art. 32 do CTB).
• O condutor não deverá ultrapassar em cruzamentos (Art. 33 do CTB).
• Antes de ultrapassar coletivos parados que estejam embarcando
ou desembarcando passageiros: redobrar a atenção, reduzir a ve-
locidade e até parar, se necessário (Art. 31 do CTB).

18 Legislação de Trânsito
• Em vias de mão dupla, é proibido ultrapassar quando a linha di-
visória mais próxima for contínua ou se houver duas linhas con-
tínuas. Se a linha mais próxima for seccionada, significa que é
permitido ultrapassar.

Ao ser ultrapassado:
• Facilitar, deslocando-se para a direita, sem acelerar, deixando es-
paço para o outro veículo intercalar (Art. 30, inciso I).
• Quando houver mais de uma faixa de mesmo sentido, deslocar-se
para a faixa da direita, facilitando a ultrapassagem.
• Veículos lentos, quando em fila, devem manter entre si distância
suficiente para intercalar os veículos que os ultrapassem (Art. 30,
Parágrafo único).

Reduzir, frear, parar e estacionar


• Antes de reduzir, o condutor deve verificar o trânsito pelos retrovisores,
sinalizar e evitar obstruir o fluxo dos demais veículos (Art. 43 do CTB).
• Não frear bruscamente, a não ser em situações de emergência
(Art. 42 do CTB).
• As paradas, estacionamentos e operações de carga e descarga,
devem ser feitas em locais e horários permitidos, sempre no mes-
mo sentido do fluxo, geralmente paralelo ao bordo, ou conforme
sinalizado (Art. 48 do CTB).
• Em locais onde é “Proibido Estacionar”, é permitida a parada bre-
ve, somente para embarque e desembarque de passageiros, sem-
pre realizado pelo lado da calçada, sem obstruir o fluxo dos demais
veículos. Muito cuidado com a abertura de portas (Art. 47 do CTB).
• Nunca parar sobre a pista de rolamento. Se tiver que parar em
emergência, usar a sinalização obrigatória de pisca-alerta (Art. 40
do CTB) e colocar triângulo de segurança 30 metros antes do veí-
culo, no mínimo (Res. 36/98).
Não parar, nem estacionar:
• Em locais e horários não permitidos.
• Em fila dupla.
• Sobre calçadas ou canteiros.
• Sobre faixas de segurança e em esquinas.
• Na contramão.
• A mais de 50 cm da calçada.
Não estacionar:
• Em frente a pontos de ônibus e entradas e saídas de veículos.
• Perto de hidrantes.
• A menos de 5 metros do alinhamento do bordo da via transversal.
• Ao lado de outro veículo, formando fila dupla.

Legislação de Trânsito 19
Uso de luzes e buzina (Art. 40 E 41)
• Usar luz baixa à noite, em vias iluminadas e ao cruzar com outro
veículo.
• Usar luz baixa, mesmo durante o dia, em túneis e em situações de
baixa visibilidade (chuva, neblina ou cerração).
• Veículos de transporte coletivo de passageiros, motocicletas, mo-
tonetas e ciclomotores deverão rodar com farol de luz baixa ace-
sos, dia e noite.
• O uso de luz baixa, mesmo durante o dia, é obrigatório em rodovia
de pista simples, para veículos não equipados com luzes de roda-
gem diurna.
• Usar luz alta de forma intermitente, para ultrapassar ou comunicar
perigo.
• Usar luz alta à noite, em vias não iluminadas, se a pista estiver livre.
• Não trafegar à noite utilizando somente as luzes de posição.
• Não utilizar luz alta em vias iluminadas.
• À noite, com o veículo parado, utilizar somente as luzes de posição.
• Manter os faróis regulados e todas as lâmpadas funcionando.
• Usar o pisca-alerta em situações de emergência, ou quando o ve-
ículo estiver imobilizado, ou ainda, quando a sinalização da via
determinar.
• A buzina deverá ser usada de forma breve, somente para alertar e
evitar sinistros (acidentes). Em perímetro urbano, seu uso é proibi-
do entre às 22:00 e 6:00 horas da manhã.
• A buzina, desde que em toque breve, também poderá ser usada
fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um con-
dutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.

Normas de circulação para ciclos


Normas de circulação para condutores de motocicletas, motonetas e
ciclomotores:
• Conduzir utilizando sempre as duas mãos.
• Usar vestuário de proteção de acordo com especificações do CONTRAN.
• Condutor e passageiro devem usar obrigatoriamente capacete com
viseira ou óculos de proteção.
• Manter o farol ligado, mesmo durante o dia.
• Ciclomotores devem utilizar faixas próprias ou acostamentos.
Quando não houver, devem ser conduzidos pela direita da pista de
rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou
no bordo direito da pista. (Art.57 do CTB).
Normas de circulação para ciclistas:
• Utilizar ciclofaixas, ciclovias ou acostamentos. Quando não houver,
utilizar o bordo da pista, no mesmo sentido dos demais veículos.
• Em calçadas, passarelas e outras vias exclusivas para pedestres,
é proibido andar de bicicleta (montado).

20 Legislação de Trânsito
Normas de circulação para pedestres
• Ciclistas desmontados, empurrando suas bicicletas, são conside-
rados pedestres (Art. 68, § 1º).
• Em vias urbanas, pedestres devem utilizar calçadas e passeios.
• Em vias rurais, deverão utilizar o acostamento. Onde não houver,
deverão caminhar em sentido contrário ao fluxo de veículos, em
fila única (Art. 68, § 3º).
• Quando houver faixa de pedestres e semáforo, as travessias
deverão ser feitas na faixa de segurança, sob sinal favorável
(Art. 69 do CTB).
• Quando houver faixa de pedestre, mas não houver semáforo, pe-
destres terão preferência sobre veículos (Art. 70 do CTB).
• Quando não houver faixa, nem sinalização, o pedestre deverá
aguardar na calçada pelo momento oportuno, e atravessar a via na
menor distância possível (Art. 69 do CTB).

Sinistros de trânsito (acidentes)


Recentemente, no CTB, a palavra acidente foi substituída por sinistro. Para
o condutor, o significado é o mesmo.
Sinistros com vítimas
Sempre que se envolver em sinistro de trânsito (Art. 176 do CTB) ou presen-
ciar de terceiros (Art. 177 do CTB), com vítimas, é obrigação do condutor:
• Sinalizar a área para evitar novos acidentes.
• Providenciar imediatamente socorro ou atendimento especializado
para as vítimas.
• Avisar a autoridade de trânsito e permanecer no local.
• Na demora de atendimento especializado, é preciso avaliar a con-
dição dos sinistrados e prestar pessoalmente os primeiros socor-
ros às vítimas, se estiver capacitado.
• Facilitar e acatar a ação das autoridades.

Sinistros sem vítimas (Art. 178 do CTB)


• Não é necessário acionar a autoridade de trânsito, e se esta for
acionada, não está obrigada a atender.
• Os veículos devem ser removidos do local para desobstruir o tráfego.
• O Boletim de Ocorrência (BO) – pode ser registrado em até 180
dias após o sinistro, diretamente na delegacia ou pela internet, e
tem efeito legal, inclusive para seguros e ações judiciais.

Crimes de trânsito - Capítulo 19 do CTB


Neste capítulo não se pretende fazer uma análise jurídica rigorosa, mas
conscientizar, informar e alertar o condutor para as possíveis implica-
ções criminais dos seus atos.
Os crimes de trânsito estão previstos no Capítulo 19 do CTB, no Código
Penal, no Código de Processo Penal e na Lei 9.099 de 26/09/95.

Legislação de Trânsito 21
São crimes de trânsito previstos no CTB:
• Praticar homicídio culposo (não intencional – Art. 302 do CTB).
• Praticar lesões corporais culposas (não intencionais – Art. 303
do CTB).

O CTB prevê penalidades e pena de prisão para quem causar ferimentos


em outra pessoa no trânsito, mesmo sem ter sido intencional.
• Deixar de prestar socorro imediato ou abandonar o local para fu-
gir da responsabilidade civil ou criminal (Art. 304 e 305 do CTB).
Atenção: será considerado crime mesmo se a vítima já estiver
morta ou se o atendimento tiver sido prestado por outra pessoa.
• Dirigir sob influência de álcool ou de substâncias psicoativas de
efeitos similares (Art. 306 do CTB).
• Participar de rachas ou competição não autorizadas ou ainda de
exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo auto-
motor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situa-
ção de risco à incolumidade pública ou privada (Art. 308 do CTB).
• Transitar com velocidade incompatível com a segurança e as con-
dições locais (Art. 311 do CTB).

Responsabilidade Crimes dolosos, (Código Penal) são aqueles nos quais o condutor tinha a
intenção, ou ciência das consequências de seus atos. Por isso, são mais
criminal graves e preveem penalidades e penas mais severas. São eles:
• Dirigir ou permitir que alguém dirija: sem ser habilitado; com a ha-
bilitação suspensa ou cassada; embriagado ou sem condições fí-
sicas e mentais de dirigir com segurança (Art. 309 e 310 do CTB).
• Prestar informações errôneas a policiais ou agentes de trânsito,
sobre qualquer aspecto de uma ocorrência (Art. 312 do CTB).

Penalidades e Considerando-se a gravidade, as circunstâncias e a interpretação do ato


criminoso pelo Código Penal ou pelo CTB, o infrator estará sujeito às
penas gerais seguintes penalidades e penas:
• Suspensão da habilitação ou permissão; ou a proibição de obter
a habilitação ou permissão por um prazo de 2 meses a 5 anos.
• A violação da suspensão ou proibição impostas resulta na reapli-
cação dessas penalidades por igual período e multa, e sujeita o
infrator a pena de 6 meses a 1 ano de detenção.
• As penas de detenção podem variar de 6 meses a 10 anos, depen-
dendo do crime, da gravidade e das circunstâncias.
• Condutor que cometer homicídio ao dirigir alcoolizado ou sob o
efeito de qualquer outra substância psicoativa terá como pena a
reclusão de cinco a oito anos, além de outras possíveis sanções.
Já se o resultado for uma lesão corporal grave ou gravíssima, a
pena é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras
penas previstas (Art.302 e 303 do CTB).

22 Legislação de Trânsito
• Além das penas e penalidades citadas acima, o infrator poderá ser
condenado a reparar os danos causados ao patrimônio público ou
a terceiros, e também poderá ser multado.
• O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas, dando
especial atenção à culpabilidade do agente e às circunstâncias e
consequências do crime.

O juiz poderá aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por


pena restritiva de direitos, que será de prestação de serviço à comunida-
de ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades:
• trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos
de bombeiros e em outras unidades móveis especializadas no
atendimento a vítimas de trânsito;
• trabalho em unidades de pronto-socorro da rede pública que rece-
bem vítimas de sinistro de trânsito e politraumatizados;
• trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação
de sinistrados de trânsito;
• outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recupe-
ração de vítimas de sinistros de trânsito.
Essas penalidades podem ser requeridas em qualquer fase da investiga-
ção ou da ação penal, podendo ser impostas como penalidade principal,
isolada ou cumulativamente a outras penalidades.

Agravamento
Nos crimes de trânsito, algumas situações e circunstâncias podem agra-
var as penalidades e penas (Art. 298 e 302 do CTB):
• Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande
risco de grave dano patrimonial a terceiros.
• Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas.
• Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
• Com PPD ou CNH de categoria diferente da do veículo.
• Quando a profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o
transporte de passageiros ou de carga.
• Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos
ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcio-
namento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas
especificações do fabricante.
• Sobre faixa de trânsito destinada a pedestres.
• Se o condutor estiver sob a influência de álcool ou de qualquer
outra substância psicoativa que determine dependência.
As alterações no CTB indicam que a legislação brasileira de trânsito está
cada vez mais rigorosa. No entanto, o número de acidentes e mortes no
trânsito demonstram que ainda estamos muito distantes dos índices de
segurança apresentados pelos países desenvolvidos.

Legislação de Trânsito 23
Questões - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
01. É proibido buzinar, no perímetro urbano, no 07. É dever de todo condutor de veículo:
horário entre: a) transitar em velocidade compatível com a se-
a) 22:00 e 6:00 horas. gurança nos cruzamentos sem sinalização.
b) 20:00 e 7:00 horas. b) dar passagem, pela direita, quando solicitado.
c) 18:00 e 6:00 horas. c) manter acesa a luz alta dos faróis nas vias
d) 18:00 e 22:00 horas. com iluminação pública.
e) 8:00 e 18:00 horas. d) usar buzina para chamar alguém.
e) acelerar sempre que o sinal mudar para a
02. O condutor tem sua habilitação anulada cor amarela.
quando:
a) seu veículo for apreendido. 08. Dar passagem, pela esquerda, quando so-
licitado é:
b) seu veículo for retido.
c) sua CNH for roubada. a) uma opção do condutor.
d) sua CNH for perdida. b) válido só para motocicletas.
e) sua CNH for cassada. c) uma questão de educação do condutor.
d) válido só para veículo de carga.
03. A Carteira Nacional de Habilitação permite a e) dever de todo condutor.
quem a possuir, o direito de dirigir:
a) veículos para os quais foi habilitado, em 09. Todo condutor de veículo deve dar preferên-
todo território nacional. cia de passagem ao pedestre:
b) qualquer tipo de veículo, apenas na localida- a) quando este estiver concluindo a travessia.
de onde foi emitida. b) somente nas faixas de segurança.
c) qualquer tipo de veículo automotor. c) somente quando a luz vermelha estiver acesa.
d) veículos para os quais foi habilitado, apenas d) somente quando se tratar de pessoa com
na localidade onde foi emitida. deficiência.
e) qualquer tipo de veículo, de qualquer país. e) somente quando se tratar de idosos e crianças.
04. Parar por tempo superior ao necessário para 10. Tem prioridade de passagem:
embarque/desembarque caracteriza: a) veículo de transporte de carga.
a) parada. b) ambulância em serviço.
b) parada e estacionamento. c) motocicleta.
c) estacionamento. d) veículo de transporte coletivo.
d) ponto de parada. e) o automóvel.
e) parada rápida.
11. Dirigir com apenas uma das mãos é:
05. O condutor envolvido em sinistro de trân- a) permitido em qualquer situação.
sito, sendo considerado culpado, além da b) proibido em qualquer situação.
punição deverá prestar exames de aptidão
física e mental, de primeiros socorros e c) proibido para condutores recém-habilitados.
ainda: d) permitido para o condutor experiente.
a) exame de direção veicular. e) permitido quando o condutor faz sinais de
braço ou mudança de marchas.
b) exame escrito de legislação de trânsito,
apenas. 12. Aponte a alternativa INCORRETA. O pedes-
c) exame de reflexos. tre tem preferência de passagem:
d) reciclagem sobre legislação de trânsito, a) somente quando for idoso.
apenas. b) se o sinal para os veículos estiver vermelho.
e) curso de reciclagem, exame teórico e de di- c) quando estiver na faixa de segurança.
reção veicular.
d) se o sinal para pedestres estiver verde.
06. O veículo em movimento deve ocupar a fai- e) quando estiver concluindo a travessia.
xa mais à direita. Esta afirmativa é:
13. Ao se aproximar de um cruzamento com si-
a) falsa.
nal vermelho você deve:
b) verdadeira, somente para veículos de passeio.
a) aumentar a velocidade do veículo e passar.
c) verdadeira.
b) diminuir a velocidade e parar o veículo.
d) verdadeira, somente para veículos de carga.
c) diminuir a velocidade do veículo e passar.
e) verdadeira, somente para motocicletas.
d) observar o tráfego dos veículos e passar.
e) frear bruscamente o veículo.

24 Legislação de Trânsito
INFRAÇÕES DE TRÂNSITO
Infração Infração de trânsito é qualquer desobediência às leis e normas contidas no
Código de Trânsito Brasileiro.
Penalidades São sanções impostas aos infratores, aplicadas pelo DETRAN, Prefeitura,
Polícia Rodoviária, e outros órgãos com jurisdição sobre a via.
• Advertência por escrito: benefício dado ao condutor que cometer
uma infração leve ou média, desde que não tenha cometido nenhu-
ma outra infração nos últimos 12 meses.
• Multa: penalidade imposta à quase totalidade das infrações, com
anotação de pontos no prontuário do condutor infrator. Os pontos e
valores são proporcionais à gravidade da infração.
• Suspensão do direito de dirigir: ao atingir o limite de pontos no
prontuário, no período de 12 meses, a CNH será suspensa por 6
meses a 1 ano e, se reincidir no período de um ano, a suspensão
será de 8 meses a 2 anos. No caso de infrações que levam à
suspensão direta do direito de dirigir, o prazo será de 2 a 8 meses
e, em caso de reincidência, a suspensão será de 8 a 18 meses.
• Cassação da CNH: é a perda do direito de dirigir por 2 anos. Após
esse período o interessado poderá requerer sua reabilitação, subme-
tendo-se a todos os exames necessários à habilitação.
• Cassação da Permissão para Dirigir – PPD: apesar de estar previs-
ta no CTB, na prática, o condutor perde o direito à CNH.
• Curso de reciclagem: penalidade imposta ao condutor com CNH
suspensa, ou que tenha provocado sinistro grave, ou ainda, que
tenha sido condenado por delito de trânsito.
• Curso preventivo de reciclagem: opção para o condutor com regis-
tro de EAR na CNH (Exerce Atividade Remunerada) que atingir 30
pontos no prontuário no período de 12 meses. Após o curso, os
pontos são cancelados (as multas não).

Medidas Podem ser impostas pelo agente de trânsito no local da infração, depen-
dendo da ocorrência.
administrativas • Retenção do veículo: quando a irregularidade puder ser sanada
no local da infração. Se a irregularidade não oferecer riscos à cir-
culação, o veículo será liberado, com prazo de 15 dias para que o
proprietário regularize a situação.
• Remoção do veículo: quando a irregularidade não for sanada no
local da infração, ou se não houver condições de liberar o veículo
para regularização posterior, ou ainda, em caso de estacionamento
irregular, sem a presença do condutor.
• Recolhimento do Documento de Habilitação – CNH e PPD: quan-
do houver suspeita de documento falso ou adulterado, além de
situações e infrações que preveem o recolhimento da CNH.
• Recolhimento do CRLV: em caso de suspeita de documento falso ou
adulterado; no caso de não cumprimento do prazo de transferência
e em outras infrações que preveem o recolhimento; em caso de
retenção do veículo, quando não for possível sanar a irregularidade no
local, mas que o veículo possa ser liberado para solução posterior. Em
caso de documento digital, a informação será registrada no Renavam.

Infrações de Trânsito 25
• Transbordo do excesso de carga: sempre que o veículo apresentar
excesso de peso ou de carga.
• Teste de alcoolemia ou perícia: em caso de sinistro; quando soli-
citado por agente de trânsito; condutor sob suspeita de estar sob
efeito de álcool ou substância psicoativa.
• Realização de exames: a legislação prevê que a autoridade de
trânsito pode requerer ao condutor a realização de novos exames.

Multas Todas as infrações de trânsito são passíveis de punição por multa que,
dependendo da gravidade, poderão ser:

Gravidade Pontos Valores (R$) Gravidade Pontos Valores (R$)


Leve 3 88,38 Gravíssima (2 X) 7 586,94
Média 4 130,16 Gravíssima (3 X) 7 880,41
Grave 5 195,23 Gravíssima (5 X) 7 1.467,35
Gravíssima 7 293,47 Gravíssima (10 X) 7 2.934,70
Gravíssima (20 X) 7 5.869,40
Gravíssima (60 X) 7 17.608,20

Infrações Algumas infrações gravíssimas podem ter o valor da multa multiplicado


Agravadas por 2, 3, 5, 10, 20 ou 60, proporcionalmente à gravidade da infração.

Apresentação O condutor é o responsável pelas infrações cometidas na direção do


veículo. (Art. 257 do CTB)
do condutor
• Se ele não puder ser identificado no momento da infração, o pro-
prietário do veículo receberá em seu endereço a notificação de
autuação.
• O proprietário poderá indicar ao órgão de trânsito o principal con-
dutor do veículo, o qual, após aceitar a indicação, terá seu nome
inscrito em campo próprio do cadastro do veículo no Renavam.
• Não sendo imediata a identificação do infrator, o principal condutor
ou o proprietário do veículo terão 30 dias de prazo, após a notifi-
cação da autuação, para apresentá-lo. Se isso não for feito, será
considerado responsável pela infração o principal condutor ou, em
sua ausência, o proprietário do veículo.
• Caso o proprietário seja pessoa jurídica, será mantido o valor da
multa original e será lavrada nova multa, cujo valor será igual a
duas vezes o da multa originária, garantidos o direito de defesa
prévia e de interposição de recursos previstos no CTB.
• É possível desagravar estas multas mediante a apresentação do
condutor, que assumirá os pontos e valores originais.

Caso o proprietário do veículo autuado cadastre-se no Sistema de No-


tificação Eletrônica e opte por não apresentar defesa ou recurso, terá
desconto de 40% para pagamento da multa, até a data de vencimento.

Defesa Prévia: recurso que deve ser apresentado ao órgão autuador re-
metente da notificação dentro de 30 dias a contar da data da notificação
da penalidade. (Art. 282 do CTB)

26 Infrações de Trânsito
Recurso Recurso em 1ª Instância: se não fizer Defesa Prévia, ou se esta for indefe-
rida, o infrator receberá a imposição de penalidade, podendo recorrer à
de multas JARI – Junta Administrativa de Recursos de Infrações – do mesmo órgão
de trânsito, até a data que consta no documento de imposição.
Recurso em 2ª Instância: se tiver seu recurso negado pela JARI, o infrator
poderá ainda recorrer ao CETRAN – Conselho Estadual de Trânsito.
Suspensão do O condutor poderá ter o seu direito de dirigir suspenso quando atingir,
no período de 12 meses:
direito de
• 20 pontos, caso constem duas ou mais infrações gravíssimas.
dirigir • 30 pontos, caso conste uma infração gravíssima.
• 40 pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima.
Condutor cuja CNH conste EAR – Exercício de Atividade Remunerada, terá
seu direito de dirigir suspenso quando atingir 40 pontos no prontuário, inde-
pendente da gravidade das infrações.
Ou a qualquer tempo quando:
• Cometer qualquer infração que determine a suspensão direta da
CNH, independente do número de pontos acumulados.
Sempre que tiver seu direito de dirigir suspenso, o condutor terá que cum-
prir o prazo de suspensão e fazer o curso de reciclagem.
As infrações do CTB que preveem a suspensão direta do direito de dirigir
do condutor ou do proprietário do veículo.
• Promover ou participar de competição não autorizada, racha, exi-
bição ou demonstração de perícia. (Art. 174)
• Disputar corrida por espírito de competição ou rivalidade. (Art. 173)
• Praticar manobras perigosas, arrancadas, derrapagens ou frena-
gens. (Art. 175)
• Ameaçar a segurança de pedestres ou outros veículos. (Art. 170)
• Dirigir em velocidade superior à máxima permitida em mais de 50%
em qualquer via. (Art. 218)
• Transpor bloqueio policial. (Art. 210)
• Em caso de sinistro, deixar de sinalizar, afastar o perigo, identi-
ficar-se, prestar informações ou acatar determinações da autori-
dade. (Art. 176)
• Deixar de prestar ou providenciar socorro à vitima ou abandonar o
local. (Art. 176)
• Dirigir sob a influência de álcool ou de outra substância psicoativa
que determine dependência (suspensão de 12 meses). (Art. 165)
• Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra
substância psicoativa. (Art. 165-A)
• Usar qualquer veículo para, interromper, restringir ou perturbar a
circulação, sem autorização do órgão de trânsito com circunscrição
sobre a via. (Art. 253-A)
Para motociclistas e condutores de ciclomotores, além das citadas:
• Não usar capacete e vestuário exigido por lei.
• Transportar passageiro sem capacete ou fora do banco.

Infrações de Trânsito 27
• Fazer malabarismos ou equilibrar-se em uma roda.
• Transportar criança menor de 10 anos ou sem condições de se cuidar.

Aplicação da “Lei Seca” segundo a Resolução 432/13 do CONTRAN:

Autuação Verificação do agente


Teste do bafômetro Exame de sangue Pena
do condutor de trânsito

Multa de R$ 2.934,70,
Igual ou superior a Maior do que zero dg
Capacidade psicomotora suspensão do direito
Infração 0,05 mg de álcool/ de álcool/litro de
alterada de dirigir por 12 meses
litro de ar sangue
e recolhimento da CNH.

Igual ou superior a Igual ou superior a Detenção de 6 meses


Capacidade psicomotora
Crime 0,34 mg de álcool/ 6 dg de álcool/litro a 3 anos, mais pena
alterada
litro de ar de sangue relativa à infração.

Cassação O CTB (Art. 263) determina a cassação da CNH nos seguintes casos:
• se o condutor for flagrado conduzindo qualquer veículo que exija
habilitação, estando com o direito de dirigir suspenso;
• se o condutor reincidir, no prazo de 12 meses, em infrações previs-
tas nos artigos 162 (inciso III), 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
• quando o condutor for condenado judicialmente por delito de trânsito;
• se for comprovada irregularidade na expedição da sua habilitação.

Decorridos dois anos, o infrator poderá requerer a sua reabilitação, após


ser aprovado nos exames necessários à obtenção da categoria que pos-
suía, ou de categoria inferior, preservada a data da primeira habilitação.

A fiscalização no trânsito é exercida por agentes dos órgãos e entidades


executivos de trânsito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar.

Papel do agente O papel do agente é fundamental para um trânsito seguro, pois, além das
de fiscalização atribuições de operação e fiscalização, exerce ainda um papel educativo,
pois cabe a ele informar, orientar e advertir os usuários.
Pontos

Artigo Penalidades –
Descrição das Infrações Gravidade Valor
CTB Medidas Administrativas

** Aplica-se em dobro a multa prevista em caso de reincidência no período de 12 meses.


Atenção! Com a entrada em vigor da Lei 13.281/16, a penalidade de apreensão do veículo continua prevista nas infrações, mas
não poderá ser aplicada devido à revogação do artigo 262 (e também do inciso IV do artigo 256).

Condutor

Gravíssima Multa, recolhimento da CNH, retenção


Dirigir sob efeito de álcool ou substância psicoati-
165 7 2.934,70 do veículo e suspensão do direito de
va que gere dependência ** (10X) dirigir por 12 meses.

Recusar-se a ser submetido a teste, exame


Gravíssima Multa, recolhimento da CNH, retenção
clínico, perícia ou outro procedimento que per-
165-A 7 2.934,70 do veículo e suspensão do direito de
mita certificar influência de álcool ou substância (10X) dirigir por 12 meses.
psicoativa **

28 Infrações de Trânsito
Condutor das categorias C, D ou E dirigir sem exa- Gravíssima Multa e suspensão do direito de dirigir
me toxicológico ou com ele vencido há mais de 165-B 7 1.467,35
(5X) (no caso de reincidência)
30 dias **

Condutor das categorias C, D ou E dirigir veículo Gravíssima Multa e suspensão do direito de dirigir
165-C 7 1.467,35
com resultado positivo no exame toxicológico ** (5X) (no caso de reincidência)

Deixar de realizar o exame toxicológico periódico Gravíssima


165-D 7 1.467,35 Multa
após 30 dias do vencimento do prazo estabelecido (5x)

Permitir que alguém dirija sem estar em condições


166 Gravíssima 7 293,47 Multa
físicas ou psíquicas

Transportar criança sem tomar as medidas de


168 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo
segurança necessárias

Dirigir com apenas uma das mãos por estar


252 Gravíssima 7 293,47 Multa
segurando ou manuseando o telefone celular

Não utilizar o cinto de segurança (condutor e


167 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo até sanar
passageiros)

Dirigir o veículo realizando a cobrança de tarifa


252 Média 4 130,16 Multa
com o veículo em movimento

Dirigir com incapacidade física ou mental


252 Média 4 130,16 Multa
temporária

Atirar do veículo ou abandonar objetos na via


172 Média 4 130,16 Multa
(condutor e passageiros)

Dirigir com apenas uma das mãos, com fones de


252 Média 4 130,16 Multa
ouvidos ou usando celular

Dirigir com o braço para fora, pessoas, animais ou


coisas à esquerda ou entre braços e pernas do 252 Média 4 130,16 Multa
condutor

Com calçado inseguro ou impróprio 252 Média 4 130,16 Multa

Habilitação: Dirigir ou permitir que alguém dirija

162 Gravíssima Multa, recolhimento do documento de


Com CNH, PPD ou ACC cassada ou sob suspensão
163 7 880,41 habilitação e retenção do veículo até a
do direito de dirigir (3X)
164 apresentação de condutor habilitado.

162 Gravíssima Multa e retenção do veículo até a apre-


Sem possuir CNH, PPD ou ACC 163 7 880,41
(3X) sentação de condutor habilitado.
164

162 Gravíssima
Com CNH ou permissão incompatível com a cate- Multa e retenção do veículo até a apre-
163 7 586,94
goria do veículo (2X) sentação de condutor habilitado.
164

162
Multa e retenção do veículo até apre-
Com CNH vencida há mais de 30 dias 163 Gravíssima 7 293,47
sentação de condutor habilitado.
164

162
Sem usar as lentes, próteses ou adaptações exigi-
163 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo
das no documento de habilitação
164

162
Sem possuir os cursos especializados ou especí- Multa e retenção do veículo até a apre-
163 Gravíssima 7 293,47
ficos obrigatórios sentação de condutor habilitado.
164

Infrações de Trânsito 29
Veículos
Danificando a via, suas instalações e equipamentos 231 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção para regularização

Portando equipamento antirradar 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção de veículo

Com som em volume ou frequência não autorizados 228 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização

Não submeter o veículo à inspeção 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização

Com cortinas ou persianas fechadas 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização

Equipamento obrigatório ausente, inoperante ou


230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
em desacordo
Com equipamento proibido, sistemas de ilumina-
ção e sinalização alterados, limpador de para-brisa 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
não acionado sob chuva

Com descarga livre ou silenciador com defeito 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização

Produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis


231 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
superiores aos fixados pelo CONTRAN
Características originais alteradas, vidros e lataria
cobertos por inscrições, adesivos ou painéis não 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
autorizados
Em mau estado de conservação, ou que não tenha
feito a inspeção veicular obrigatória, ou que tenha 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
sido reprovado na inspeção
Tacógrafo (registrador de velocidade e tempo) com
230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
defeito

Seguradora não comunicar a perda do veículo e Multa e recolhimento das placas e do-
243 Grave 5 195,23
devolver placas e documentos cumentos

Em desacordo com as especificações ou sem iden-


237 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
tificação exigida por lei

Iluminação e sinalização com defeito ou lâmpada


230 Média 4 130,16 Multa
queimada

Veículo - Identificação e documentação


Ausência, violação, falsificação ou falta de legibili-
230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
dade, das placas, do lacre e do número do chassi

Prestar falsa declaração de domicílio 242 Gravíssima 7 293,47 Multa

Não possuir licenciamento ou registro 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo

Não entregar documento para averiguação mediante


238 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
recibo

Falsificar ou adulterar documento de habilitação ou


234 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
identificação de veículo

Multa, recolhimento do CRV e


Não promover a baixa de veículo irrecuperável 240 Grave 5 195,23
licenciamento anual

Não registrar transferência de propriedade em 30


233 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
dias

Placas em desacordo com especificações e mode- Multa, retenção do veículo e apreensão


221 Média 4 130,16
los estabelecidos pelo CONTRAN das placas

Não portar os documentos obrigatórios 232 Leve 3 88,38 Multa e retenção do veículo

Não atualizar cadastro de registro de veículo ou


241 Leve 3 88,38 Multa
de habilitação

30 Infrações de Trânsito
Circulação
Gravíssima Multa, recolhimento da CNH, apreensão
Promover ou participar de competição não autori-
174 7 2.934,70 e remoção do veículo e suspensão do
zada, exibição demonstração de perícia** (10X) direito de dirigir

Gravíssima Multa, recolhimento da CNH, apreensão


Disputar corrida (competição ou rivalidade) em vias
173 7 2.934,70 e remoção do veículo e suspensão do
públicas** (10X) direito de dirigir

Gravíssima Multa, recolhimento da CNH, apreensão


Efetuar manobras perigosas, arrancadas, derrapa-
175 7 2.934,70 e remoção do veículo e suspensão do
gens, ou frenagens em vias públicas** (10X) direito de dirigir
Multa, recolhimento da CNH, retenção
Ameaçar pedestres ou veículos que cruzam a via 170 Gravíssima 7 293,47 do veículo e suspensão do direito de
dirigir
Trafegar em faixa ou via de trânsito exclusiva para
circulação de veículos do transporte público coleti- 184 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
vo de passageiros
Trafegar na faixa da esquerda, quando ela for des-
184 Grave 5 195,23 Multa
tinada a outro tipo de veículo

Arremessar água ou detritos sobre pedestres ou


171 Média 4 130,16 Multa
veículos

Trafegar fora da faixa destinada ao veículo, exceto


185 Média 4 130,16 Multa
em emergência

Veículo lento e de maior porte trafegando fora da


185 Média 4 130,16 Multa
faixa da direita
Não se deslocar para a faixa mais à direita ou mais
à esquerda para realizar conversões para um des- 197 Média 4 130,16 Multa
ses lados

Conduzir de forma desatenta ou descuidada 169 Leve 3 88,38 Multa

Trafegar na faixa da direita, quando ela for destina-


184 Leve 3 88,38 Multa
da a outro tipo de veículo

Parar ou imobilizar o veículo


Multa, suspensão do direito de dirigir
Gravíssima por 12 meses, remoção do veículo
Usar qualquer veículo para, deliberadamente, inter-
253-A 7 5.869,40
romper, restringir ou perturbar a circulação na via** (20X) * Multa agravada em 60X aos organi-
zadores.
Bloqueando a via com o veículo 253 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo

Sobre ciclovia ou ciclofaixa 182 Grave 5 195,23 Multa

Sobre a pista nas estradas, vias de trânsito rápido,


182 Grave 5 195,23 Multa
vias com acostamento, ciclovia ou ciclofaixa

Para reparos na via, em rodovia e via de trânsito


179 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
rápido

Em viadutos, pontes e túneis, locais e horários não


182 Média 4 130,16 Multa
permitidos
A menos de 5m das esquinas, nos cruzamentos,
na contramão de direção, ou afastado mais de 1m 182 Média 4 130,16 Multa
do meio-fio
Sobre faixa de pedestres na mudança de sinal 183 Média 4 130,16 Multa

Permanecer imobilizado por falta de combustível 180 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo

Afastado de 0,5 a 1m do meio-fio, na faixa para


pedestres, no passeio, ilhas, refúgios, canteiros,
182 Leve 3 88,38 Multa
divisores de pista e marcas de canalização em de-
sacordo às posições estabelecidas no CTB

Para reparo do veículo, nas demais vias 179 Leve 3 88,38 Multa

Infrações de Trânsito 31
Não parar
Antes de cruzamento com via férrea 212 Gravíssima 7 293,47 Multa

Em sinal vermelho do semáforo ou o de parada


obrigatória, exceto onde houver sinalização que
208 Gravíssima 7 293,47 Multa
permita a livre conversão à direita prevista no
art. 44-A

Para agrupamento de pessoas, passeatas, desfiles 213 Gravíssima 7 293,47 Multa

Retirar do local o veículo retido por agente de


239 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
trânsito
Multa, recolhimento da CNH, apreensão
Ao se aproximar de bloqueio policial (transpor) 210 Gravíssima 7 293,47 e remoção do veículo e suspensão do
direito de dirigir
Para agrupamento de veículos, cortejos, forma-
213 Grave 5 195,23 Multa
ções militares

Transpor bloqueio viário, área de pesagem ou


209 Grave 5 195,23 Multa
evadir-se de pedágio

Desobedecer ordens de autoridades ou agentes


195 Grave 5 195,23 Multa
de trânsito
No acostamento da direita, antes de fazer conver-
são à esquerda em vias com acostamento e sem 204 Grave 5 195,23 Multa
local apropriado para retorno

Transitar com veículo automotor


Nas calçadas, passeios, passarelas, ciclovias,
ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, can- Gravíssima
teiros centrais e divisores de pista de rolamento, 193 7 880,41 Multa
acostamentos, marcas de canalização, gramados (3X)
e jardins
Na contramão, em vias de sentido único 186 Gravíssima 7 293,47 Multa

Na contramão, em vias de sentido duplo 186 Grave 5 195,23 Multa

De ré em trechos longos ou com perigo 194 Grave 5 195,23 Multa

Sem manter distância segura lateral ou frontal dos


192 Grave 5 195,23 Multa
demais veículos ou do bordo da via

Em locais e horários não permitidos 187 Média 4 130,16 Multa

Ao lado de outro veículo, interrompendo o trânsito 188 Média 4 130,16 Multa

Com motor desligado ou com o câmbio desengre-


231 Média 4 130,16 Multa e retenção do veículo
nado, em declive

Velocidade
Transitar em qualquer via em velocidade superior à Gravíssima
218 7 880,41 Multa e suspensão do direito de dirigir
máxima em mais de 50% (3X)
Transitar em qualquer via em velocidade entre 20%
218 Grave 5 195,23 Multa
e 50% superior à máxima

Transitar em qualquer via em velocidade até 20%


218 Média 4 130,16 Multa
superior à máxima
Inferior à metade da velocidade máxima permi-
tida, exceto na faixa da direita ou em condições 219 Média 4 130,16 Multa
adversas

32 Infrações de Trânsito
Não reduzir
Ao aproximar-se de passeatas, cortejos, aglome-
rações, desfiles, hospitais, escolas, estações de 220 Gravíssima 7 293,47 Multa
embarque/desembarque

Ao ultrapassar ciclista 220 Gravíssima 7 293,47 Multa

Ao aproximar-se de interseção não sinalizada, da


guia de calçada, acostamento ou locais controla- 220 Grave 5 195,23 Multa
dos pelo agente
Em vias rurais, sem cercas ou com animais
220 Grave 5 195,23 Multa
próximos

Ao aproximar-se de trabalhadores na pista ou


220 Grave 5 195,23 Multa
obras sinalizadas

Sob chuva, neblina, cerração e condições de pouca


220 Grave 5 195,23 Multa
visibilidade

Em pista escorregadia, defeituosa ou avariada, cur-


220 Grave 5 195,23 Multa
vas fechadas ou declive

Efetuar retornos e conversões


Em curvas, aclives, declives, pontes, viadutos,
túneis, interseções e em locais proibidos pela 206 Gravíssima 7 293,47 Multa
sinalização
Passando por cima de calçadas, ilhas, canteiros,
faixas de pedestres ou passagem de veículos não 206 Gravíssima 7 293,47 Multa
motorizados
Prejudicando a livre circulação ou a segurança,
206 Gravíssima 7 293,47 Multa
ainda que em locais permitidos

Conversões em locais proibidos pela sinalização 207 Grave 5 195,23 Multa

Não dar passagem ou preferência


Para batedores ou veículos quando em serviço
de urgência e devidamente identificados por
dispositivos regulamentados de alarme sonoro 189 Gravíssima 7 293,47 Multa
e iluminação intermitente, ou veículos por eles
precedidos
A pedestres com deficiência, crianças, idosos e
214 Gravíssima 7 293,47 Multa
gestantes
A veículos não motorizados e pedestres em faixas
a eles destinadas ou que não tenham concluído a 214 Gravíssima 7 293,47 Multa
travessia ainda que o sinal tenha mudado
Seguir veículo em serviço de urgência, estando
este com prioridade de passagem devidamente
190 Grave 5 195,23 Multa
identificada por dispositivos regulamentares de
alarme sonoro e iluminação intermitente
Aos que trafegam por rodovia; aos que já estejam
circulando na rotatória; aos que se aproximem
215 Grave 5 195,23 Multa
pela direita em cruzamentos não sinalizados; de-
sobedecer ao sinal “Dê a preferência”
Aos pedestres que já tenham iniciado a travessia,
mesmo em cruzamentos sem sinal; ou que este- 214 Grave 5 195,23 Multa
jam atravessando a via transversal
Aos demais veículos e pedestres ao entrar ou sair
217 Média 4 130,16 Multa
de fila de estacionamento

Ao entrar ou sair de áreas laterais, sem posicionar


216 Média 4 130,16 Multa
adequadamente o veículo, e sem precauções

Não dar passagem pela esquerda, quando solicitado 198 Média 4 130,16 Multa

Infrações de Trânsito 33
Efetuar ultrapassagens
Efetuar ou tentar ultrapassagem sem que haja es- Gravíssima
paço suficiente para realizar a manobra com segu- 191 7 2.934,70 Multa e suspensão do direito de dirigir
rança (forçar passagem) ** (10X)
Pela contramão em curvas, aclives, declives, fai- Gravíssima
xas de pedestres, pontes, viadutos, túneis e locais 203 7 1.467,35 Multa
proibidos pela sinalização ** (5X)

Pela contramão em sinais luminosos, porteiras e Gravíssima


203 7 1.467,35 Multa
cruzamentos ** (5X)
Havendo faixa contínua, dupla ou simples, amarela, Gravíssima
203 7 1.467,35 Multa
dividindo o fluxo ** (5X)
Pelo acostamento, em cruzamentos e passagens Gravíssima
202 7 1.467,35 Multa
de nível (5X)
Pela direita de coletivo ou escolar parado para em-
200 Gravíssima 7 293,47 Multa
barque/desembarque
De veículos parados em fila por sinal luminoso,
cancela, em bloqueio parcial ou outro obstáculo, 211 Grave 5 195,23 Multa
com exceção dos não motorizados
Deixando menos de 1,5m ao passar ou ultrapassar
201 Média 4 130,16 Multa
bicicleta

Pela direita, salvo se o veículo da frente sinalizar


199 Média 4 130,16 Multa
que vai entrar à esquerda

De veículo que integre cortejo, desfile e formações


205 Leve 3 88,38 Multa
militares

Estacionar
Na pista das estradas, rodovias, vias de trânsito
181 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
rápido e vias com acostamento
Nas vagas reservadas às pessoas com deficiên-
cia ou idosos, sem credencial que comprove tal 181 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
condição
A mais de 1m da calçada, em fila dupla, ou sobre
passeios, áreas de cruzamento, faixas de pedes-
tres, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, canteiros
181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
centrais, marcas de canalização, divisores de pista
de rolamento, jardins, gramados, viadutos, pontes
e túneis

Em locais de estacionamento e de parada proibida 181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo

Em desacordo com as placas de estacionamento


181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
regulamentado
Nas esquinas, a menos de 5m da transversal,
perto de hidrantes, ou fora da posição indicada,
181 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
entrada e saída de veículos, a menos de 10m de
paradas de ônibus

Na contramão 181 Média 4 130,16 Multa

Impedindo a movimentação de outro veículo 181 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo

Em locais e horários em que é proibido por placa


181 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
de proibido estacionar

Afastado da calçada de 0,5 a 1m, ou no acosta-


181 Leve 3 88,38 Multa e remoção do veículo
mento

34 Infrações de Trânsito
Luzes e sinais
Com farol desregulado ou usando a luz alta para
223 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
ofuscar

Sem usar sinal luminoso ou gesto indicador de


196 Grave 5 195,23 Multa
mudança de direção, mudança de faixa ou parada

Sem sinalizar ao precisar remover o veículo da pis-


225 Grave 5 195,23 Multa
ta ou permanecer no acostamento
Veículos especiais de emergência que não man-
tenham ligado, nas situações de atendimento de
222 Média 4 130,16 Multa
emergência, o sistema de iluminação ainda que
parados
Sem manter as luzes de posição acesas à noite,
quando parado para embarque e desembarque ou 249 Média 4 130,16 Multa
para carga e descarga
Sem usar luz baixa à noite ou de dia nos túneis,
sob chuva, neblina ou cerração e em rodovias de
pista simples situadas fora dos perímetros urba- 250 Média 4 130,16 Multa
nos, no caso de veículos desprovidos de luzes de
rodagem diurna
Sem usar luz baixa de dia e à noite, veículos de
250 Média 4 130,16 Multa
transporte coletivo

Sem manter acesa, à noite, a luz de placa traseira 250 Média 4 130,16 Multa

Uso indevido de sinais de luz alta e do pisca-alerta 251 Média 4 130,16 Multa

Uso de luz alta em vias iluminadas 224 Leve 3 88,38 Multa

Buzina e som
Aparelho de som em desacordo com o CONTRAN 228 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo

Alarme em desacordo com o CONTRAN 229 Média 4 130,16 Multa, apreensão e remoção do veículo

Uso inadequado da buzina (local, horário e finalidade) 227 Leve 3 88,38 Multa

Motocicleta, motoneta e ciclomotor


Multa, retenção do veículo até regulariza-
Gravíssi-
Falta de capacete ou vestuário exigido por lei 244 7 293,47 ção, recolhimento da CNH e suspensão do
ma
direito de dirigir
Multa, retenção do veículo até regulariza-
Passageiro sem capacete ou fora do banco ou carro Gravíssi-
244 7 293,47 ção, recolhimento da CNH e suspensão do
lateral ma
direito de dirigir
Multa, retenção do veículo até regulariza-
Fazendo malabarismo ou equilibrando-se em uma Gravíssi-
244 7 293,47 ção, recolhimento da CNH e suspensão do
roda ma
direito de dirigir
Multa, retenção do veículo até regulariza-
Com criança menor de 10 anos ou sem condições Gravíssi-
244 7 293,47 ção, recolhimento da CNH e suspensão do
de cuidar-se ma
direito de dirigir
Pilotando com apenas uma das mãos, rebocando outro
Multa e apreensão do veículo para re-
veículo ou com carga incompatível ou em desacordo ao 244 Grave 5 195,23
gularização
CTB
Transitando em vias de trânsito rápido ou rodovias,
244 Média 4 130,16 Multa
salvo em acostamento ou faixa própria (ciclomotores)
Uso de capacete de segurança sem viseira ou óculos
de proteção ou com viseira ou óculos de proteção
Multa e retenção do veículo até regula-
em desacordo com a regulamentação do Contran ou 244 Média 4 130,16
rização
transportando passageiro com capacete nas condi-
ções citadas.
Deixar de manter a luz baixa acesa de dia, no caso
250 Média 4 130,16 Multa
de motocicletas, motonetas e ciclomotores.

Infrações de Trânsito 35
Transportes e cargas
Gravíssima
Transporte escolar sem autorização 230 7 1.467,35 Multa e remoção do veículo
(5X)
A multa poderá ser multiplicada em até
Criar obstáculo na via e não sinalizar 246 Gravíssima 7 293,47
5 vezes a critério da autoridade

Passageiro no compartimento de carga 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo

Derramar ou arrastar carga, objetos, ou combus-


231 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo
tível na via

Transporte remunerado não licenciado 231 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
Deixar o veículo de transporte público coletivo de
Multa e retenção do veículo até regula-
passageiros ou de escolares de manter a porta 250 Gravíssima 7 293,47
rização
fechada
Veículo ou carga fora das dimensões regulamentadas 231 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo

Autorização especial por excesso de dimensões


231 Grave 5 195,23 Multa, apreensão e remoção do veículo
vencida ou em desacordo

De passageiro, com excesso de carga 248 Grave 5 195,23 Multa, retenção do veículo e transbordo

Trafegar carregando pessoas, animais ou carga,


235 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
externamente

Não sinalizar carga derramada na via 225 Grave 5 195,23 Multa

Estacionar em aclive ou declive, sem freio e/ou


181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
sem calço (PBT superior a 3.500 kg)
Usar a via para depósito de materiais, sem auto-
245 Grave 5 195,23 Multa e remoção da mercadoria
rização
Motofretista (motoboy) ou mototaxista efetuando Multa e apreensão do veículo para re-
244 Grave 5 195,23
transporte em desacordo com a legislação gularização
Multa e retenção do veículo para cum-
Motorista de veículo de carga ou de passageiros:
primento do tempo de descanso. A in-
em desacordo com o tempo de permanência ao 230 Média 4 130,16
fração torna-se grave, se houver reinci-
volante e/ou intervalos para descanso.
dência no período de 12 meses
Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda 236 Média 4 130,16 Multa
Falta de inscrições e informações previstas para
230 Média 4 130,16 Multa
transporte de carga
Com excesso de peso ou lotação 231 Média 4 130,16 Multa e retenção do veículo
Usar objeto de sinalização temporária e não reti-
226 Média 4 130,16 Multa
rá-lo após o uso
4
De Média a 130,16 a Multa, retenção do veículo e transbordo
Excedendo a Capacidade Máxima de Tração (CMT) 231 a
Gravíssima 293,47 de carga excedente
7

Pedestres e veículos não motorizados


Condutores de veículos de propulsão humana e tra-
ção animal, que não trafegarem pelo bordo da pista, 247 Média 4 130,16 Multa
pelo acostamento ou pela faixa especial
Conduzir a bicicleta (pedalando) em passeios onde não
seja permitida sua circulação, ou de forma agressiva 255 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
(ciclos)
Ficar ou andar nas pistas de rolamento, exceto para
254 Leve 3 44,19 Multa
cruzá-las (pedestres)
Cruzar a pista em viadutos, pontes ou túneis e áreas
de cruzamento, fora da faixa, passarela ou passa- 254 Leve 3 44,19 Multa
gem especial (pedestre)
Promover aglomerações na via, sem permissão, ou
254 Leve 3 44,19 Multa
desobedecer à sinalização específica
Observação: parece incoerente falar de multas e pontos para pedestres e veículos não motorizados, pois se não existe habilitação,
não há como multar ou aplicar as penalidades. Mencionamos estes itens, porque constam do Código de Trânsito Brasileiro.

36 Infrações de Trânsito
Sinistros de trânsito (acidentes)
Deixar de: prestar ou providenciar socorro às víti-
mas ou evadir-se do local; preservar o local para Gravíssima Multa, recolhimento da CNH e suspen-
176 7 1.467,35
facilitar a perícia; remover o veículo quando deter- (5X) são do direito de dirigir
minado pela autoridade
Deixar de: sinalizar e afastar o perigo; identificar-se; Gravíssima Multa, recolhimento da CNH e suspen-
prestar informações ou acatar determinações da 176 7 1.467,35
(5X) são do direito de dirigir
autoridade
Deixar de prestar ajuda, quando solicitado pela
177 Grave 5 195,23 Multa
autoridade

Deixar de remover o veículo, em sinistros sem ví-


178 Média 4 130,16 Multa
timas

Questões - INFRAÇÕES DE TRÂNSITO

01. É responsável pelas infrações na direção do 06. A penalidade por ultrapassar na contramão
veículo: e nos cruzamentos é:
a) o proprietário do veículo. a) multa.
b) o proprietário do veículo e o condutor. b) remoção do veículo.
c) os pais ou responsáveis pelo condutor. c) retenção do veículo.
d) a pessoa que assumir a responsabilidade. d) recolhimento do veículo ao DETRAN.
e) o condutor. e) um acidente.
02. A penalidade por transitar em velocidade 07. A punição por dirigir com CNH cassada é:
incompatível com a segurança, diante de a) remoção do veículo, apenas.
escolas ou onde haja movimentação de b) retenção do veículo, apenas.
pedestres, é:
c) apreensão da CNH, apenas.
a) apreensão do veículo e multa. d) multa, recolhimento da CNH e retenção
b) multa. do veículo até a apresentação de condutor
c) retenção do veículo e multa. habilitado.
d) apreensão do veículo, da CNH e multa. e) duas multas.
e) advertência.
08. A punição para estacionar sobre calçada ou
03. É infração de trânsito a desobediência a a faixa de pedestres é:
qualquer sinal de: a) multa, apenas.
a) regulamentação. b) apreensão do veículo e multa.
b) indicação. c) remoção do veículo e multa.
c) educação. d) apreensão da CNH e multa.
d) advertência. e) advertência e multa.
e) orientação.
09. A punição por estacionar próximo a hidran-
04. A punição por estacionar junto aos pontos tes de incêndio é:
de parada de coletivos é: a) multa, apenas.
a) apreensão do veículo e multa. b) apreensão do veículo e multa.
b) apreensão do veículo. c) remoção do veículo e multa.
c) apreensão da CNH e multa. d) apreensão da CNH.
d) remoção do veículo e multa. e) cassação da CNH.
e) multa, apenas.
10. A punição por estacionar sobre a pista de
05. A punição por ultrapassar em curvas e acli- rolamento das estradas é:
ves sem visibilidade é: a) multa, apenas.
a) retenção do veículo e multa. b) apreensão da CNH e multa.
b) apreensão do veículo e multa. c) apreensão do veículo e multa.
c) recolhimento do veículo ao DETRAN. d) remoção do veículo e multa.
d) multa. e) cassação da CNH.
e) uma advertência.

Infrações de Trânsito 37
SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
ANEXO II DO CTB - RESOLUÇÃO 973/22 Obrigação de sinalizar: nenhuma via poderá
Os sinais de trânsito são usados para orien- ser aberta ou reaberta enquanto não estiver
tar, advertir e disciplinar a circulação dos completa e devidamente sinalizada (Art. 88).
usuários do trânsito ao longo das vias. Aplicação das Penalidades: as penalidades
Padronização: sempre será utilizada a sinali- das infrações de sinalização não serão aplica-
zação padronizada prevista no Art. 80. das aos condutores se a sinalização for inexis-
tente ou deficiente (Art. 90).
Direitos e Deveres quanto à sinalização: todo
Responsabilidade: o órgão com jurisdição so-
cidadão tem o dever de conhecer, proteger,
bre a via é que deverá sinalizá-la, podendo ser
respeitar e obedecer a sinalização de trânsito
responsabilizado em caso de insuficiência, falta
(Art. 72 e 73).
ou erros de sinalização.
Os usuários têm direito a vias sinalizadas e
seguras, Art 1°, §2° e §3° do CTB. Classificação:
1. Sinalização Vertical
Colocação: a sinalização deverá ser colocada
2. Sinalização Horizontal
onde seja facilmente visível e legível, tanto
de dia como à noite, em distância compatível 3. Dispositivos Auxiliares
com a segurança (Art. 80). 4. Sinalização Semafórica
5. Sinalização de Obras
Visibilidade: é proibido colocar luzes, obstru-
ções, construções, vegetação, publicidade e 6. Gestos
inscrições, que possam confundir, interferir ou 7. Sinais Sonoros
prejudicar a interpretação ou a visibilidade dos
usuários do trânsito, comprometendo sua se-
gurança (Art. 81).

1. Sinalização vertical
Os sinais viários, normalmente placas, estão fixados na posição vertical, ao lado da via ou sus-
pensos sobre ela. Transmitem mensagens através de legendas ou símbolos pré-estabelecidos e
servem para aumentar a segurança, ordenar os fluxos de tráfego e orientar os usuários das vias.
A sinalização vertical, de acordo com sua função, pode ser:
1.1 Sinalização de Regulamentação
1.2 Sinalização de Advertência
1.3 Sinalização de Indicação

1.1 Sinalização de regulamentação


A cor predominante VERMELHA indica imposição a OBRIGAÇÕES, PROIBIÇÕES ou RESTRIÇÕES
impostas no ponto ou trecho sinalizado. Desobedecer aos sinais de regulamentação significa
infringir as normas de trânsito e, portanto, estar sujeito a penalidades e medidas administrativas.
As proibições são sinalizadas pela tarja diagonal vermelha. O formato diferente dos sinais R-1 e
R-2 permite que estes sejam reconhecidos à distância.
Parada obrigatória Dê a preferência Sentido proibido
Obriga o condutor a parar com- Determina que o condutor reduza Assinala a proibição de se se-
pletamente o seu veículo antes a velocidade ou pare o veículo, guir em frente ou entrar na rua
de entrar na via. para dar a preferência aos veícu- ou área em restrição.
los que transitam pela via em que
R-1 R-2 pretende entrar ou cruzar. R-3
Proibido virar à esquerda Proibido virar à direita Proibido retornar à esquerda
Proíbe o condutor de realizar Proíbe o condutor de realizar Proíbe o condutor de realizar
conversão à esquerda. conversão à direita. retorno à esquerda.

R-4a R-4b R-5a

38 Sinalização de Trânsito
Sinalização de regulamentação (Continuação)

Proibido retornar à direita Proibido estacionar Estacionamento


Proíbe o condutor de realizar Determina ao condutor a proi- regulamentado
retorno à direita. bição de estacionar no trecho Permite ao condutor estacionar
abrangido pela restrição. na via, trecho ou área regula-
mentada.
R-5b R-6a R-6b
Proibido parar e estacionar Proibido ultrapassar Proibido mudar de faixa
Proíbe ao condutor parar, ainda Proíbe a operação de ultrapas- ou pista de trânsito da
que por pouco tempo, mesmo sagem no trecho regulamen- esquerda para a direita
em operações de embarque e tado. Proíbe o condutor de mudar
desembarque. de faixa ou pista no sentido
R-6c R-7 R-8a indicado.

Proibido mudar de faixa ou Proibido trânsito de Proibido trânsito de veículos


pista de trânsito da direita caminhões automotores
para a esquerda Proíbe a entrada ou passagem Proíbe a entrada ou passagem
Proíbe o condutor de mudar de veículos de carga na área de qualquer veículo automotor
de faixa ou pista no sentido sinalizada. na área ou via sinalizada.
R-8b indicado. R-9 R-10
Proibido trânsito de veículos Proibido trânsito de Proibido trânsito de tratores
de tração animal bicicletas e máquinas de obras
Proíbe a circulação de qualquer Proíbe a circulação de bicicle- Proíbe aos operadores a circu-
veículo de tração animal na via tas na área ou via sinalizada. lação de toda espécie de tra-
ou área sinalizada. tores e máquinas de obras na
R-11 R-12 R-13 área restrita.
Peso bruto total máximo Altura máxima permitida Largura máxima permitida
permitido Determina a altura máxima Determina a largura máxima
Determina o peso total máximo permitida aos veículo em circu- permitida aos veículos que cir-
permitido aos veículos em circu- lação no local sinalizado. culam no local sinalizado.
lação na área ou via sinalizada.
R-14 R-15 R-16
Peso máximo permitido Comprimento máximo Velocidade máxima
por eixo permitido permitida
Determina o peso máximo per- Determina o comprimento má- Determina o limite máximo
mitido, por eixo, aos veículos ximo permitido aos veículos de velocidade permitida. Esta
que transitam no trecho sina- ou combinação de veículos no deve ser considerada até onde
R-17 lizado. R-18 trecho sinalizado. R-19 houver outra que a modifique.
Proibido acionar buzina ou Alfândega Uso obrigatório de corrente
sinal sonoro Determina a presença de uma Assinala aos condutores o uso
Proíbe o condutor de acionar repartição alfandegária, onde a de correntes atreladas às ro-
buzina ou qualquer outro tipo parada é obrigatória. das do veículo. Pelo menos, ao
de sinal sonoro no local regu- par de rodas motrizes.
R-20 lamentado. R-21 R-22
Conserve-se à direita Sentido de circulação da Passagem obrigatória
Determina ao condutor que se via/pista Determina ao condutor que
mantenha à direita da pista de Obriga o condutor a circular no existe um obstáculo e que a
rolamento, deixando a faixa da sentido indicado. passagem é obrigatoriamente
esquerda livre. feita à direita do mesmo.
R-23 R-24a R-24b
Vire à esquerda Vire à direita Siga em frente ou à
Assinala ao condutor a obriga- Assinala ao condutor a obriga- esquerda
toriedade de virar à esquerda. toriedade de virar à direita. Permite ao condutor os senti-
dos de circulação à esquerda
ou em frente.
R-25a R-25b R-25c
Siga em frente ou à direita Siga em frente Ônibus, caminhões e
Permite ao condutor os senti- Determina que o sentido obri- veículos de grande porte,
dos de circulação à direita ou gatório de circulação é em mantenham-se à direita
em frente. frente. Assinala ao condutor de ônibus
ou caminhão a obrigação de cir-
R-25d R-26 R-27 cular pela faixa mais à direita.

Duplo sentido de circulação Proibido trânsito de Pedestre, ande pela


Determina ao condutor que pedestres esquerda
transitava por via de sentido Proíbe a circulação de pedes- Assinala ao pedestre a obriga-
único, que esta passará a ter tres na via ou área sinalizada. toriedade de andar pelo lado
sentido duplo. esquerdo da via.
R-28 R-29 R-30

Sinalização de Trânsito 39
Sinalização de regulamentação (Continuação)
Pedestre, ande pela direita Circulação exclusiva de Sentido de circulação na
Assinala ao pedestre a obriga- veículos de transporte rotatória
toriedade de andar pelo lado público coletivo Indica o sentido que o condutor
direito da via. Indica que a via destina-se à cir- deve circular na rotatória.
culação exclusiva de veículos de
R-31 R-32 transporte público coletivo. R-33
Circulação exclusiva de Ciclista, transite à esquerda Ciclista, transite à direita
bicicletas Indica ao ciclista a obrigatorie- Indica ao ciclista a obrigatorie-
Indica que a via destina-se à cir- dade de trafegar pelo lado es- dade de trafegar pelo lado direi-
culação exclusiva de bicicletas. querdo da via. to da via.

R-34 R-35a R-35b


Ciclistas à esquerda, Pedestres à esquerda, Proibido trânsito de
pedestres à direita ciclistas à direita motocicletas, motonetas e
Indica a obrigação do ciclista tra- Indica a obrigação do ciclista tra- ciclomotores
fegar pelo lado esquerdo da via fegar pelo lado direito da via e Proíbe a circulação de motoci-
e o pedestre pelo lado direito. o pedestre pelo lado esquerdo. cletas, motonetas e ciclomoto-
R-36a R-36b R-37 res na via sinalizada.

Proibido trânsito de ônibus Circulação exclusiva de Trânsito proibido a carros


Proíbe a circulação de ônibus na caminhão de mão
via sinalizada. Indica que a via é de uso exclu- Proíbe a circulação de carros de
sivo para caminhões. mão na via sinalizada.

R-38 R-39 R-40


Circulação exclusiva de VLT/ Ciclistas à esquerda, VLT à Ciclistas à direita, VLT à
bonde direita esquerda
Determina que a via se destina Determina que ciclistas trafe- Determina que ciclistas trafe-
à circulação exclusiva de VLT/ guem pela esquerda e VLT pelo guem pela direita e VLT pelo
bonde. lado direito da via. lado esquerdo da via.
R-41 R-42a R-42b
Veículos à esquerda, VLT à Veículos à direita, VLT à Circulação compartilhada de
direita esquerda ciclistas e pedestres
Determina que veículos leves Determina que veículos leves Indica a circulação compartilha-
trafeguem pela esquerda e VLT trafeguem pela direita e VLT da de ciclistas e pedestres.
pelo lado direito da via. pelo lado esquerdo da via.
R-43a R-43b R-44 A placa R-36c muda para R-44.

Informações complementares à sinalização de regulamentação


São informações adicionais à sinalização de regulamentação, podendo ser utilizada uma placa
adicional ou incorporada à placa principal, formando um só conjunto.

ESTACIONAMENTO 2ª a 6ª 7 - 20h
ROTATIVO

2ª a 6ª h Obrigatório o uso de cartão CARGA E


h 01 hora 1 cartão DESCARGA
INÍCIO TÁXI h
02 hora
2ª a 6ª
2 cartões
07 19h
PERMITIDA
2ª a 6ª 7 9h
Sábados 07 13h 18 20h

40 Sinalização de Trânsito
ÁREA
DE
PEDESTRES

CAMINHÕES
NA LINHA AMARELA OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO
E ÔNIBUS USO DO CARTÃO USO DO CARTÃO
2ª a 6ª h SÓ OBRIGATÓRIO EXCLUSIVO
EXCLUSIVO
ÔNIBUS
DEFICIENTE
h IDOSO
FAIXA DA FÍSICO
Sábados h
04 VAGAS A 60° 04 VAGAS A 60°
DIREITA

1.2 Sinalização de advertência


A cor predominante AMARELA indica ATENÇÃO, PERIGO, e serve para alertar, com antecedência,
sobre situações que o condutor irá encontrar na via, para que ele possa reagir de forma ade-
quada. Por isso, é preciso estar sempre alerta a esses sinais, saber interpretá-los, redobrar a
atenção, reduzir a velocidade e tomar os cuidados necessários para cada situação. Desrespeitar
a sinalização de advertência significa imprudência e negligência.

Curva acentuada à esquerda Curva acentuada à direita Curva à esquerda


Alerta o condutor que à frente Alerta o condutor que à frente Alerta o condutor que à frente
existe uma curva acentuada à existe uma curva acentuada à existe uma curva à esquerda.
esquerda. direita.
A-1a A-1b A-2a

Curva à direita Pista sinuosa à esquerda Pista sinuosa à direita


Alerta o condutor que à frente Alerta o condutor que à frente Alerta o condutor que à frente
existe uma curva à direita. existem três ou mais curvas existem três ou mais curvas
sucessivas, sendo a primeira sucessivas, sendo a primeira
à esquerda. à direita.
A-2b A-3a A-3b

Curva acentuada em “S” à Curva acentuada em “S” Curva em “S” à esquerda


esquerda à direita Adverte ao condutor da exis-
Alerta o condutor que Alerta o condutor que existem tência de duas curvas em “S”
existem à frente duas curvas à frente duas curvas sucessi- sucessivas adiante, sendo a
sucessivas em “S” sendo pelo vas em “S” sendo pelo menos primeira pela esquerda.
A-4a A-4b A-5a
menos uma delas acentuada uma delas acentuada e come-
e começando pela esquerda. çando pela direita.

Curva em “S” à direita Cruzamento de vias Via lateral à esquerda


Adverte ao condutor da exis- Alerta o condutor da exis- Alerta para a existência adian-
tência de duas curvas em “S” tência de um cruzamento te de uma via lateral à esquer-
sucessivas adiante, sendo a adiante. da.
primeira pela direita.
A-5b A-6 A-7a
Via lateral à direita Interseção em “T” Bifurcação em “Y”
Alerta para a existência adian- Alerta o condutor da existên- Alerta o condutor que à frente
te de uma via lateral à direita. cia à frente de uma interseção existe uma bifurcação em for-
em forma de T. ma de Y.
A-7b A-8 A-9

Entroncamento oblíquo à Entroncamento oblíquo à Junções sucessivas


esquerda direita contrárias 1a à esquerda
Adverte o condutor da existên- Adverte o condutor da existên- Adverte o condutor da presen-
cia adiante de um entronca- cia adiante de um entronca- ça adiante de junções contrá-
A-10a mento à esquerda. A-10b mento à direita. A-11a rias sucessivas, estando a
primeira via lateral à esquerda.

Junções sucessivas Interseção em círculo Confluência à esquerda


contrárias 1a à direita Adverte da presença adiante Adverte o condutor para a exis-
Adverte o condutor da de uma interseção de circula- tência adiante de uma conflu-
presença adiante de junções ção feita em rótula. ência de trânsito à esquerda
contrárias sucessivas, que se incorpora à via na qual
A-11b A-12 A-13a está circulando.
estando a primeira via lateral
à direita.

Sinalização de Trânsito 41
Sinalização de advertência (Continuação)

Confluência à direita Semáforo à frente Parada obrigatória à frente


Adverte o condutor para a Alerta o condutor para a PA R E Alerta o condutor para a exis-
existência adiante de uma existência de um semáforo tência adiante de uma parada
confluência de trânsito à adiante. obrigatória.
direita que se incorpora à via
A-13b na qual está circulando. A-14 A-15

Bonde/VLT Pista irregular Saliência ou lombada


Adverte o condutor da exis- Adverte o condutor, de que há Alerta o condutor para a exis-
tência, à frente, de passagem adiante um trecho de via com tência, sobre a superfície de
para bonde. superfície irregular. rolamento, de saliência ou
lombada.
A-16 A-17 A-18

Depressão Declive acentuado Aclive acentuado


Adverte o condutor para a exis- Adverte o condutor, que à fren- Adverte o condutor, que à frente
tência, na pista de rolamento, te existe uma descida forte. existe uma subida forte.
de uma depressão.

A-19 A-20a A-20b

Estreitamento de pista ao Estreitamento de pista à Estreitamento de pista à


centro esquerda direita
Adverte o condutor da existên- Adverte o condutor da existên- Adverte o condutor da existên-
cia adiante de estreitamento de cia de estreitamento de pista cia de estreitamento de pista
pista de ambos os lados. à esquerda. à direita.
A-21a A-21b A-21c

Alargamento de pista à Alargamento de pista à direita Ponte estreita


esquerda Adverte o condutor da existên- Alerta o condutor da existência
Adverte o condutor da existên- cia de alargamento de pista à de ponte mais estreita que a
cia de alargamento de pista à direita. pista de rolamento, adiante.
esquerda.
A-21d A-21e A-22

Ponte móvel Obras Mão dupla adiante


Alerta para a existência adiante Alerta o condutor da existência Adverte o condutor da altera-
de uma ponte móvel. de obras no leito de uma via, ção, adiante, do sentido único
adiante. da pista para duplo sentido de
trânsito.
A-23 A-24 A-25

Sentido único Sentido duplo Área com desmoronamento


Alerta o condutor da existên- Alerta o condutor da existên- Alerta para área adiante sujeita
cia, adiante, de uma mudança cia, adiante, de uma mudança a desmoronamento.
brusca de direção no sentido brusca de direção nos senti-
indicado. dos indicados.
A-26a A-26b A-27
Pista escorregadia Projeção de cascalho Trânsito de ciclistas
Adverte o condutor para a exis- Adverte o condutor para a Adverte o condutor para a exis-
tência de trecho de pista que existência adiante de trecho tência, adiante, de local de tra-
pode tornar-se escorregadio, onde pode ocorrer projeção de vessia de ciclistas ou onde há
adiante. cascalho. a possibilidade de circulação de
A-28 A-29 A-30a ciclistas.

Passagem sinalizada de Trânsito compartilhado por Trânsito de tratores ou


ciclistas ciclistas e pedestres maquinária agrícola
Alerta o condutor para a existên- Alerta o condutor para a pre- Adverte o condutor para a exis-
cia de trecho, adiante, onde há sença de ciclistas e pedestres tência de local de cruzamento
travessia sinalizada de ciclistas. na via. ou trânsito eventual de tratores
A-30b A-30c A-31 ou maquinário agrícola.

Trânsito de pedestres Passagem sinalizada de Área escolar


Alerta o condutor para a existên- pedestres Alerta o condutor para a existên-
cia de trecho, adiante, onde há Adverte que à frente, há uma cia de área escolar, adiante.
travessia de pedestres. faixa sinalizada para a passa-
gem de pedestre.
A-32a A-32b A-33a

42 Sinalização de Trânsito
Sinalização de advertência (Continuação)

Passagem sinalizada de Crianças Animais


escolares Alerta para a existência de Alerta o condutor para a exis-
Alerta que à frente há uma faixa área de lazer para crianças, tência de trecho onde pode de-
sinalizada para passagem de adiante. parar-se com animais, adiante.
escolares.
A-33b A-34 A-35
Animais selvagens Altura limitada Largura limitada
Alerta o condutor para a exis- Adverte o condutor para a exis- Adverte o condutor para a
tência de trecho, adiante, onde tência de local onde há restri- existência, adiante, de local
pode deparar-se com animais ção à altura dos veículos em onde há restrições à largura
selvagens cruzando a pista. circulação, adiante. permitida para os veículos em
A-36 A-37 A-38 circulação.

Passagem de nível sem Passagem de nível com Cruz de Santo André


barreira barreira Alerta o condutor para a existên-
Alerta o condutor para a exis- Adverte o condutor para a cia de um cruzamento com linha
tência adiante de cruzamento existência adiante de um cru- férrea, em nível, no local.
com linha férrea, sem barreira, zamento com linha férrea, em
A-39 em nível. A-40 nível, com barreira. A-41
Início de pista dupla Fim de pista dupla Pista dividida
Alerta o condutor que, adiante, Alerta o condutor que, adiante, Alerta que à frente, o fluxo de
os fluxos opostos de tráfego da os fluxos opostos de tráfego da tráfego, ainda na mesma dire-
via passam a ser separados por via deixam de ser separados ção, será dividido.
um canteiro central. por um canteiro central.
A-42a A-42b A-42c
Aeroporto Vento lateral Rua sem saída
Adverte o condutor da presen- Alerta o condutor para a exis- Adverte que o trânsito é local e
ça, adiante, de aeroporto ou tência de local onde frequen- a via não tem prosseguimento.
campo de pouso, onde pode temente há vento lateral forte.
A-43 haver aviões em baixa altura. A-44 A-45
Peso bruto total limitado Peso limitado por eixo Comprimento limitado
Adverte para a existência, adian- Adverte para a existência, adian- Adverte para a existência, adian-
te, de restrição para peso e te, de restrição para peso e te, de restrição, e informa o
informa o peso bruto total má- informa o peso máximo admis- comprimento máximo admissí-
ximo admissível. sível por eixo. vel do veículo.
A-46 A-47 A-48
Pedestres à esquerda, VLT Pedestres à direita, VLT à Veículos à esquerda, VLT à
à direita esquerda direita
Adverte que na via, à frente, Adverte que na via à frente, Adverte que na via à frente, veí-
pedestres trafegam pelo lado pedestres trafegam pelo culos trafegam pelo lado esquer-
esquerdo e VLT pelo lado lado direito e VLT pelo lado do e VLT pelo lado direito da via.
A-49a direito da via. A-49b esquerdo da via. A-50a
Veículos à direita, VLT à
esquerda
Adverte que na via à frente, veí-
culos trafegam pelo lado direito
e VLT pelo lado esquerdo da via.
A-50b

* Estamos de olho: Notamos algumas inconsistências nos manuais de sinalização, como o ícone das placas (A-49a
e A-49b) que mostra um ciclista e a descrição cita pedestre, dentre outras. A Tecnodata já alertou a Senatran que
consciente desse fato disse que os manuais passarão por revisão. Por enquanto, optamos por publicar como está
na legislação.

Sinalização especial de advertência


a) Para Faixas ou Pistas Exclusivas de Ônibus

ÔNIBUS PISTA EXCLUSIVA FIM DA FAIXA


NO CONTRA FLUXO DE ÔNIBUS EXCLUSIVA
A100m A 150m A 100m

Sinalização de Trânsito 43
Sinalização especial de advertência (Continuação)
b) Para Pedestres c) Para Rodovias, Estradas e Vias de Trânsito Rápido

100 6,0 m
km/h

Pedestre Pedestre 4,0 m


veículos nos bicicleta nos 40
km/h
dois sentidos dois sentidos

A 500 m A 1 km

Informações complementares aos sinais de advertência


Pode estar incorporada à placa principal ou em uma placa adicional abaixo da principal.

ATENÇÃO LOMBADA
ÚLTIMA
CURVA
SAÍDA
PERIGOSA FAIXA ADICIONAL

A 50 m A 50 m A 500m

1.3 Sinalização de indicação


Tem caráter informativo ou educativo. Servem para indicar vias, locais de interesse, distâncias e
orientar condutores sobre percursos, destinos e serviços auxiliares.
Placas de Identificação
De Rodovias e Estradas De Municípios Regiões de interesse de tráfego

BRASIL PR
PR Lapa
BR-116
410 GOIÂNIA Zona Oeste
Pan-Americana Federal Estadual
ÚLTIMA
De Pontes, Viadutos, Quilométrica De Limite de Municípios, Divisa de Estados, Fronteira,
SAÍDA Perímetro Urbano
A 50 m
Túneis e Passarelas A 50 m

km
Ponte LIMITE DE MUNICÍPIOS DIVISA DE ESTADOS
Cidade Jardim 123 Recife Minas Gerais
Zona Azul Jaboatão Espírito Santo

ÚLTIMA
Placas de Pedágio Placas Indicativas de Sentido SAÍDA
A 50 m FAIXA AD
A 50 m A 50 m
A 50 m A 50 m
PEDÁGIO 1 km PEDÁGIO 1 km A 50

AUTOMÓVEL ÔNIBUS
Zona Leste
UTILITÁRIO CAMINHÃO
Dutra
PR
BR-116

Placas Indicativas de Distância Placas Diagramadas

Rio de Janeiro PR
BR-116 Dutra

S. J. dos Campos 16 km Jacareí


Caraguatatuba
ÚLTIMA 85 km Zona Norte
ÚLTIMA
Campos
SAÍDAdo Jordão
FAIXA SAÍDA
95 km
ADICIONAL
ÚLTIMA Sta. Branca
Salesópolis
A 50 m FAIXA ADICIONAL
SAÍDA ÚLTIMA ÚLTIMA
A 50 m A A5050m FAIXA ADICIONAL Centro
mÚLTIMA A 500m
A 500m SAÍDA SAÍDA
SAÍDA AFAIXA
50ADICIONAL
m A 50 m A 500m
A 500m
A 50 m FAIXA ADICIONAL FAIXA ADICIONAL
A 50 m
A 50 m A 500m
A 50 m A 50 m
A 500m A 500m

44 Sinalização de Trânsito
Sinalização de indicação (Continuação)
Placas Educativas

MOTOCICLISTA NÃO FECHE USE O CINTO


USE SEMPRE
O CAPACETE O CRUZAMENTO DE SEGURANÇA

Placas Educativas para Pedestres

Pedestre Pedestre Utilize a


Atravesse na Aguarde o Passagem
Faixa Sinal Verde Protegida

Placas de serviços auxiliares


Identificam e orientam aos usuários das vias onde dispor dos serviços indicados.
PLACAS PARA PEDESTRES

PED-01 PED-02 PED-03 PED-04 PED-05 PED-06 PED-07 DEF-01


Símbolo de Travessia de Rampa de Acesso Rampa de Acesso Escada de Aces- Escada de Aces- Botoeira de Símbolo Interna-
Pedestre Pedestres Passarela Subterrânea so Passarela so Subterrânea Semáforo cional de Acesso
Exemplos de Placas

Travessia Travessia Travessia


DEF-02 DEF-03 DEF-04 de de de
Faixa de Rampa de Aces- Rampa de Acesso Pedestres Pedestres Pedestres
Travessia so Passarela Subterrânea

PLACAS PARA CONDUTORES

E
SAU-01 SAU-02 SAU-03 SAU-04 SAU-05 SAU-06 SAU-07 SAU-08
Área de Informações Câmbio Correio Rua 24 horas Serviço Serviço
Estacionamento Turísticas Telefônico Mecânico Borracharia

SAU-09 SAU-10 SAU-11 SAU-12 SAU-13 SAU-14 SAU-15 SAU-16


Abastecimento Pronto-socorro Serviço Sanitário Restaurante Hotel Área de Estacionamento Banho
Campismo de Trailler

SAU-17 SAU-18 SAU-19 SAU-20 SAU-21 SAU-22 SAU-23 SAU-24


Cemitério Pedágio Terminal Rodoviário Terminal Ferroviário e Aeroporto Heliporto Porto Transporte
Metroviário sobre Água
Exemplos de Placas

SAU-25 SAU-26 SAU-27 SAU-28 SAU-29


A 500 m 1 Km
Terminal Ponto de Cobrança Fiscalização Via Monitorada
Aquaviário Parada Automática Eletrônica

Sinalização de Trânsito 45
PLACAS DE ATRATIVOS TURÍSTICOS
ATRATIVOS TURÍSTICOS NATURAIS ATRATIVOS HISTÓRICOS E CULTURAIS

TNA-01 TNA-02 TNA-03 THC-01 THC-02 THC-03 THC-04 THC-05


Montanha Praia Ilha Arquitetura Religiosa Arquitetura Militar Arquitetura Histórica Monumento Museu

TNA-04 TNA-05 TNA-06 THC-06 THC-07 THC-08 THC-09 THC-10


Rio, Lago, Lagoa Cachoeira Patrimônio Natural Ruína Patrimônio Cultural Sítio Arqueológico Farol Centro de Cultura
Placas de Identificação de Atrativo Turístico

TNA-07 TNA-08 TNA-09 THC-11


Praia Parque Nacional
Gruta Turismo Rural Estância Biblioteca
de Pajuçara de Itatiaia
Hidromineral

ÁREAS PARA PRÁTICA DE ESPORTES

TAD-01 TAD-02 TAD-03 TAD-04 TAD-05 TAD-06 TAD-07 TAD-08


Esportes Esportes Equestres Esportes Automobilísticos Esportes Náuticos Mergulho Voo Livre Surfe Canoagem

TAD-09 TAD-10 TAD-11 TAD-12 TAD-13 TAD-14 TAD-15 TAD-16


Pesca Submarina Pesca Esportiva Montanhismo Golfe Aeroclube Marina Futebol Ciclismo

ÁREAS DE RECREAÇÃO

TAR-01 TAR-02 TAR-03 TAR-04 TAR-05 TAR-06 TAR-07


Praça Barco de Passeio Parque Urbano Represa Teleférico Mirante Parque de Diversões

LOCAIS PARA ATIVIDADES DE INTERESSE TURÍSTICO

TIT-01 TIT-02 TIT-03 TIT-04 TIT-05 TIT-06 TIT-07 TIT-08


Festas Populares Teatro Convenções Artesanato Zoológico Zoossafari Planetário Feira Típica
Placas Indicativas de Sentido Placas Indicativas de Distância
de Atrativo Turístico de Atrativo Turístico
Museu Regional Taperapuã 2 Km
TIT-09 TIT-10 TIT-11 Igr. Bom Jesus do Bonfim Rio do Mangue 4 km
Ponta Grande 6 km
Exposição Rodeio Pavilhão de Sobrados Mouriscos
Agropecuária Feiras e Pal. Boa Vista 6 km
Exposições Parque das Ruínas
Mus. Felícia Leirner 9 km
Mus. Chac. do Céu

46 Sinalização de Trânsito
2. Sinalização horizontal
São faixas, símbolos ou inscrições gravados na pista, que complementam a sinalização vertical,
e servem para orientar a circulação e direcionar o fluxo de veículos e pedestres.
Marcas Longitudinais: ordenam o tráfego, definem faixas de mesmo sentido, de fluxos opostos,
de uso exclusivo ou preferencial por tipo de veículo, de orientação para ultrapassagens, etc.

Linhas de Divisão de Fluxo Opostos Linhas de Divisão de Fluxos


no Mesmo Sentido
Linha simples contínua Linha simples seccionada Linha simples seccionada

Via de mão dupla - proibida a ultra- Via de mão dupla - permitida a ultra- Via de mão única - permitida mudança de faixa
passagem em ambos os sentidos passagem em ambos os sentidos

Linha dupla contínua Linha dupla contínua e seccionada Linha simples contínua

Via de mão dupla - proibida a ultra- Via de mão dupla - ultrapassagem Via de mão única - proibida mudança de faixa
passagem em ambos os sentidos proibida no lado contínuo e permitida
no lado tracejado

Marcas de Canalização: são colocadas no início e no fim de canteiros ou obstáculos centrais.

Dividindo ou unindo faixas de mesmo sentido Dividindo ou unindo faixas de sentidos contrários

Inscrições no Pavimento: informam as condições de operação da via.

Siga em Vire à Vire à Direita Siga em Frente Siga em Frente Retorno à Esquerda Retorno à Direita
Frente Esquerda ou Vire à Esquerda ou Vire à Direita

Deficiente Serviços de Cruzamento Ferroviário Bicicleta Dê a Mudança Obrigatória Curva Acentuada


Físico Saúde Preferência de Faixa

Sinalização de Trânsito 47
Exemplos de marcas viárias

Marcas para
Faixa de Travessia de Estacionamento
Pedestres Legenda Linha de Bordo Faixa de Integração

PARE
Linha de Marcação de Não Estacione Faixa de Desaceleração
Retenção Área de Conflito

3. Dispositivos auxiliares
Aumentam a visibilidade dos sinais e chamam a atenção para obstáculos perigosos. São refleti-
vos ou luminosos para melhor visualização, principalmente durante a noite.
Dispositivos Delimitadores
Tachas ou Tachões (não podem ser usados como redutores de velocidade
Balizador ou sonorizadores)

Exemplo de utilização em Ponte, Viaduto,


Túnel, Barreira e Defensa.

Elementos refletivos

Vermelho Amarelo Branco

Dispositivos de Sinalização de Alerta


A passagem poderá ser feita Utilizado na parte
por ambos os lados superior do obstáculo

A passagem A passagem
deverá ser deverá ser
feita pela feita pela
direita esquerda

48 Sinalização de Trânsito
Marcadores de Perigo Marcadores de Alinhamento
A passagem poderá ser feita por ambos os lados

A passagem
deverá ser feita A passagem deverá ser
pela direita feita pela esquerda

Alerta sobre alterações no alinhamento


Obstáculo horizontal da via

Dispositivos Luminosos
Painéis Eletrônicos Painéis com Setas Luminosas

Dispositivos de uso temporário


Utilizados em operações de trânsito, obras e situações de emergência ou perigo com o objetivo
de alertar condutores, canalizar o trânsito, proteger pedestres, trabalhadores, etc.

Cones Cilindro Balizador Móvel Tambores

Branco Retrorrefletivo Branco Retrorrefletivo

Laranja
Laranja

Barreiras Fixas
Fita Zebrada

O B R A S N A P I S TA O B R A S N A P I S TA
Faixas D E S V I O R E D U Z A A V E L O C I D A D E

O B R A S N A P I S TA
D E S V I O
O B R A S N A P I S TA USE CINTO DE SEGURANÇA
D E S V I O R E D U Z A A V E L O C I D A D E TAMBÉM NO BANCO TRASEIRO

D E S V I O
USE CINTO DE SEGURANÇA
TAMBÉM NO BANCO TRASEIRO

Sinalização de Trânsito 49
4. Sinalização semafórica
Sinais luminosos automatizados, que servem para controlar o fluxo de veículos e pedestres.
Regulamentação para Veículos Regulamentação para Pedestres Advertência

ou
ou
ou ou

Direção Controlada

Significados
Amarelo: Verde: Amarelo intermitente:
Indica atenção, sinalizando a iminência da parada obrigatória. Permissão para iniciar a travessia. Adverte a existência de
obstáculo ou situação
Vermelho: Vermelho: perigosa na via.
Indica parada obrigatória. Não pode iniciar a travessia.

Verde:
Indica permissão para passar, se o cruzamento estiver livre.

5. Sinalização de obras
Semelhantes aos sinais de advertência, porém de cor alaranjada e de caráter temporário, sempre
relacionado à realização de obras na pista.

MÁQUINAS
NA PISTA
A 100 m

6a. Gestos de agentes da autoridade de trânsito


Sempre que a sinalização for efetuada pelo agente, esta tem prioridade sobre as demais.

Ordem de parada para todos Ordem de parada para os veículos Ordem de parada para os veículos que estão transitando em
os veículos. que estão transitando em sentido sentido transversal ao braço.
transversal aos braços.

50 Sinalização de Trânsito
Ordem de diminuição da veloci- Ordem de parada para os veículos Ordem de seguir. Gestos com a palma da mão voltada para
dade. aos quais a luz é dirigida. trás.

6b. Gestos de condutores


São sinais auxiliares, indicativos de manobras.

Conversão à esquerda Conversão à direita Redução ou parada

7. Sinais sonoros
São os apitos do policial ou agente de trânsito.

1 silvo breve 2 silvos breves 1 silvo longo


Siga! Pare! Diminua a marcha!

Questões - SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

01. Os sinais de trânsito podem ser: placas, d) do agente de trânsito.


desenhos pintados na via, e ainda sinais: e) do passageiro de transporte coletivo.
a) luminosos e sonoros.
04. As faixas que permitem ultrapassagem são:
b) luminosos e por gestos.
c) sonoros e por gestos. a) amarelas contínuas.
d) luminosos, sonoros e por gestos. b) brancas contínuas.
e) luminosos. c) contínuas.
d) amarelas contínuas ou seccionadas.
02. O objetivo da sinalização é informar: e) seccionadas.
a) condições, restrições, obrigações e proibi-
ções no uso da via.
b) a situação do trânsito. 05. A placa obriga a:
c) a condição do veículo. a) circular somente para a direita.
d) a proibição de cometer imprudência. b) reduzir a velocidade ou parar, dando prefe-
e) a ausência de fiscalização constante. rência aos veículos que circulam pela via
preferencial.
03. O tipo de sinalização que prevalece sobre
os demais é: c) parar e olhar bem o trânsito antes de entrar
ou cruzar a via.
a) dos condutores de veículos.
d) manter a velocidade igual ou abaixo da indi-
b) dos pedestres para atravessar a via. cada na placa.
c) os sinais luminosos. e) ver que há veículo quebrado adiante.

Sinalização de Trânsito 51
DIREÇÃO DEFENSIVA

Introdução O número de vítimas de acidentes de trânsito no Brasil, atualmente, é


bem menor do que há 10 anos, mas ainda há muito a melhorar.
O impacto econômico e social causado pelos acidentes de trân-
Frota brasileira de veículos
sito é muito grande, porque a maioria das vítimas está em plena
atividade produtiva.
27
motos
%

Chama a atenção os acidentes envolvendo motos, que represen-


tam 27% da frota brasileira de veículos, mas correspondem a
mais de 50% dos acidentes graves.
É possível reduzir o número de acidentes e mortes no trânsito?
Sim, e aqui vamos tratar do principal fator para que isso aconteça:
o comportamento do condutor.

Causas de acidentes
• 90% dos acidentes são causados por falhas humanas.
• 6% são causados por falhas mecânicas.
• 4% são causados por má condição das vias.
Falhas Em qualquer acidente, uma dessas três falhas humanas está
sempre presente:
humanas
• Negligência.
• Imprudência.
• Imperícia.

Negligência Negligente é aquele que sabe o que é certo, mas não está nem aí. O
desleixo pode causar graves acidentes. Exemplos de negligência:
• Proprietários de veículos que não fazem manutenção correta ou
adiam consertos necessários.
• O condutor que sabe que está cansado ou que algo não está fun-
cionando bem, mas assim mesmo insiste em seguir em frente.
• Deixar de fazer as inspeções e verificações periódicas do veículo e
da carga durante a viagem.

Imprudência Imprudente é o condutor que se expõe a riscos desnecessários, sem


medir as consequências. Condutor imprudente é aquele que:
• Transgride intencionalmente as regras básicas de segurança.
• Se arrisca, dirige agressivamente, faz ultrapassagens perigosas.
• Conduz em velocidade incompatível com as condições locais.
• Dirige perigosamente, motivado pela pressa, pelo espírito competi-
tivo ou simplesmente porque gosta de se arriscar.

Imperícia A imperícia é a falta de habilidade ou de experiência em dirigir ou em


lidar com uma situação, e que pode resultar em um acidente:
• Não estar suficientemente capacitado ou familiarizado para conduzir
determinado tipo de veículo.
• Não saber como enfrentar situações adversas com segurança.
• Reagir de forma imprópria em situações de emergência.

52 Direção Defensiva
O que é direção defensiva?
Direção Defensiva, Direção Segura ou Condução Responsável é um con-
junto de técnicas que o condutor deve incorporar à sua maneira de dirigir
para torná-la mais segura para si mesmo e para os outros usuários do
trânsito. Na condução de motos essas técnicas podem ser chamadas de
pilotagem defensiva.

Definição Conduzir defensivamente é dirigir ou pilotar de forma a evitar acidentes


ou diminuir as consequências de acidentes, apesar das condições ad-
versas, da irresponsabilidade e de eventuais erros de outros condutores
e pedestres.
É necessário alterar Lembre-se: conhecer as técnicas não basta. É preciso praticá-las no dia
o comportamento a dia, reconhecer e abandonar antigos vícios, maus hábitos e alterar o
comportamento, automatizando procedimentos e atitudes corretas.

Pilotagem defensiva
As motocicletas modernas são mais seguras que as antigas, pois os
fabricantes trabalham constantemente para dotá-las de dispositivos de
segurança eficientes. Entretanto, os acidentes envolvendo motocicletas
continuam sendo muito graves e muitas vezes fatais.
Algumas características desse veículo contribuem para situações in-
seguras.
• As motos atingem altas velocidades em curtas distâncias.
• Por serem estreitas, acabam trafegando entre as faixas de circulação.
• O piloto e seu eventual acompanhante não estão protegidos por
uma cabine e também não contam com cintos de segurança ou
airbags.
• Motos possuem apenas duas rodas, portanto, quando ocorre derra-
pagem ou desequilíbrio do piloto, a queda é quase sempre inevitável.

Algumas atitudes do piloto também contribuem para a insegurança.


• A capacidade de aceleração da moto estimula o piloto a abusar
da velocidade.
• O excesso de autoconfiança de alguns motociclistas leva a uma
avaliação incorreta dos riscos.
• Subestimar situações de perigo aumenta a possibilidade de envol-
ver-se em acidentes.

Elementos da direção e da pilotagem defensiva


Conhecimento
As técnicas de direção e pilotagem defensiva estão agrupadas em
cinco elementos básicos:
Atenção • CONHECIMENTO.
Previsão • ATENÇÃO.
Habilidade
• PREVISÃO.
Ação • HABILIDADE.
• AÇÃO.

Direção Defensiva 53
Conhecimento
Conhecer leis É fundamental que o condutor defensivo conheça:
e normas • as leis e normas de trânsito;
• as particularidades do veículo, seus equipamentos e acessórios;
• as condições adversas e a maneira correta de enfrentá-las.

Conhecer as leis
O objetivo da legislação de trânsito, normas de circulação e conduta, e
das técnicas de direção e pilotagem defensiva é o mesmo: a segurança
no trânsito.
As leis e normas de trânsito estão em constante evolução. Portanto, é
necessário reciclar periodicamente esses conhecimentos. Está mais do
que comprovado: quem não conhece as regras comete mais infrações e
está mais exposto a acidentes.

Conhecer os veículos
Conhecer bem o veículo que se utiliza é fundamental para prevenir aci-
dentes.
Lembre-se: condutores e proprietários são responsáveis por acidentes
provocados por má conservação ou manutenção deficiente do veículo.
• As funções e a localização dos comandos não são iguais em todos
os veículos.
• O manual do proprietário contém informações importantes sobre o
veículo e seus equipamentos e realmente precisa ser lido.
• Redobrar o cuidado enquanto não estiver completamente familiari-
zado com o comportamento do veículo.
• Examinar frequentemente o veículo, os equipamentos e a carga,
tomando providências corretas e imediatas sempre que encontrar
irregularidades.
• Os itens que interferem diretamente na segurança dos veículos de
quatro rodas são: direção, freios, suspensão, pneus, faróis, lanter-
nas, sinalizadores, limpadores de para-brisas e buzina.

Conhecer a moto
Existem motocicletas para todas as finalidades. É fundamental que a
moto seja adequada à utilização pretendida. O tamanho da moto deve
ser compatível com o porte do condutor, que deverá conseguir apoiar
ambos os pés no solo quando estiver sentado na moto.
Um bom teste para saber se o tamanho da moto está apropriado para
seu porte físico é fazer um oito empurrando-a pelo guidão.
Os componentes da motocicleta que interferem diretamente na seguran-
ça devem ser verificados periodicamente, a fim de se evitar má conser-
vação e mau funcionamento.
• Freios: dianteiro e traseiro, manetes, cabos, pinças, lonas ou pas-
tilhas, cubos ou discos, nível do fluido de freios.

54 Direção Defensiva
• Suspensão: molas e amortecedores.
• Corrente de transmissão: condições de uso e folgas.
• Pneus: pressão e desgaste.
• Luzes: faróis, lanternas, sinalizadores e luz de freio.
• Buzina.
Conhecer as Condições adversas são fatores ou combinações de fatores que contri-
buem para aumentar as situações de risco no trânsito, podendo compro-
condições meter a segurança. O condutor deve ser capaz de identificar os riscos e
adversas agir corretamente diante dessas situações, adotando os procedimentos
adequados para cada uma delas.
Os principais tipos de situações adversas são:
• iluminação;
• tempo;
• vias;
• trânsito;
• veículo;
• cargas;
• passageiros;
• condutor.

Condições adversas de iluminação

Luz A luz, natural ou artificial, é um fator de segurança, pois é essencial para


vermos e sermos vistos. Ela se torna uma condição adversa quando está
em falta ou em excesso:
• ofuscamento;
• penumbra;
• noite.
Ofuscamento O ofuscamento, causado pelo excesso de luz, provoca uma cegueira
momentânea nos olhos do condutor, que poderá durar alguns segundos.
Enquanto isso, o veículo percorrerá dezenas de metros até que o condu-
tor recupere a visão plena.

Causas do ofuscamento
Incidência direta de raios solares
• O ofuscamento direto por luz solar pode ocorrer no início da manhã
e no final da tarde, quando o sol está próximo do horizonte. Esta
incidência pode ser evitada com o uso do para-sol, equipamento
obrigatório nos veículos.

Reflexos da luz solar


• No ofuscamento indireto, os olhos do condutor são atingidos pela
reflexão da luz solar em vidros ou espelhos de outros veículos.

Luz alta em sentido contrário


• Provoca uma cegueira momentânea e pode ser agravada por ou-
tras condições adversas, como chuva e neblina.

Direção Defensiva 55
Luz alta no retrovisor
• Causado quando veículo de trás está com luz alta. Retrovisor com
dispositivo antiofuscamento é muito útil para evitar isso.
Penumbra Penumbra ou lusco-fusco é a situação de pouca luminosidade que
ocorre ao anoitecer, ao amanhecer, no interior de túneis, viadutos e em
tempestades.
É uma condição adversa, pois contornos e cores ficam pouco definidos, o
que torna mais difícil reconhecer objetos, avaliar corretamente distâncias
e, principalmente, ver e ser visto.
Procedimentos para dirigir ou pilotar na penumbra:
• manter a luz baixa ligada;
• reduzir a velocidade;
• redobrar a atenção.

Noite Devido à ausência total de luz solar, à noite a visibilidade do condutor


depende da iluminação artificial das vias e está limitada ao alcance dos
faróis. São necessários alguns cuidados para se conduzir à noite com
segurança:
• manter as luzes do veículo em perfeito funcionamento;
• manter os faróis regulados e limpos;
• à noite, a velocidade segura é inferior a praticada durante o dia;
• aumentar a distância de segurança dos demais veículos.

Nas estradas: prefira sempre viajar de dia, é muito mais seguro!

Para evitar o ofuscamento por luz alta vinda de veículos que trafegam em
sentido contrário, o condutor deverá:
• diminuir a velocidade;
• solicitar luz baixa, com um breve lampejo de luz alta;
• não olhar diretamente para os faróis;
• se a luz alta persistir, manter luz baixa e orientar-se pela margem
direita da via.
Tomar cuidado para não ofuscar os demais condutores, pois esta é uma
causa frequente de acidentes. Usar luz baixa assim que surgirem veícu-
los em sentido contrário, não apenas quando estiverem próximos. Cuidar
também para não ofuscar pelos retrovisores o condutor do veículo que
vai à frente.

Condições adversas de tempo


Condições Interferem na segurança do trânsito, pois alteram as condições da via,
climáticas podem reduzir a visibilidade do condutor e alterar o comportamento
dinâmico do veículo.
As condições de mau tempo podem se agravar a ponto de impedir o des-
locamento seguro. As principais são: chuva, granizo e neblina. Condições
como vento, frio e calor também podem comprometer a segurança.

56 Direção Defensiva
A neve não é frequente no Brasil, mas quem trafega nos países do
MERCOSUL, como Argentina e Chile, deve estar preparado para dirigir
sob essa condição adversa.

Chuva A condição adversa que reduz a visibilidade, diminui a aderência dos


pneus, aumenta consideravelmente o espaço percorrido em frenagens e
dificulta manobras de emergência.
O início da chuva torna a pista ainda mais escorregadia, devido à mistura
de água com pó e outros resíduos.
Quando for inevitável dirigir sob chuva, deve-se observar os seguintes
pontos:
• redobrar a atenção;
• reduzir a velocidade;
• aumentar a distância dos demais veículos;
• redobrar o cuidado em curvas e frenagens;
• manter acesa a luz baixa;
• evitar passar sobre locais com acúmulo de água.
É preciso manter as palhetas do limpador de para-brisas em bom estado
e os vidros limpos, desengordurados e desembaçados.
Em motos, onde o condutor está exposto, é preciso manter a viseira ou
óculos de proteção limpos e desengordurados e usar roupa apropriada,
como capa ou macacão impermeável.

Aquaplanagem Durante ou após as chuvas, a água acumulada sobre a pista pode pro-
vocar a AQUAPLANAGEM, situação na qual os pneus não conseguem
remover a lâmina de água e perdem o contato com a pista. Nesse caso,
a direção fica repentinamente leve e o condutor pode perder o controle
do veículo.
A aquaplanagem ocorre pela combinação dos seguintes fatores:
• excesso de água na pista. Deve-se tomar muito cuidado ao trafe-
gar em locais onde há acúmulo de água;
• velocidade do veículo. Quanto maior a velocidade, maior a possi-
bilidade de ocorrer aquaplanagem;
• pneus desgastados não conseguem afastar a lâmina d’água e po-
dem perder a aderência com a pista.

Cuidado: se a moto aquaplanar, o controle torna-se muito difícil e a que-


da é praticamente inevitável.

Procedimentos de segurança para evitar a aquaplanagem:


• sob chuva, reduzir a velocidade e redobrar a atenção;
• evitar passar sobre áreas com acúmulo de água na pista;
• estabelecer um padrão de condução seguro para a situação.

Direção Defensiva 57
O que fazer em caso de aquaplanagem:
• segurar firmemente o volante ou o guidão, sem virá-lo;
• desacelerar o veículo sem frear bruscamente. Se as rodas esti-
verem viradas ou travadas no momento que voltar o contato dos
pneus com a pista, o veículo poderá se desgovernar.
Enchentes e O ideal é evitar circular por trechos alagados. A água pode esconder bu-
racos ou obstáculos e causar acidentes, danificar o motor, dependendo
alagamentos da profundidade, além do risco de ser arrastado pela correnteza. Se for
inevitável passar por um local alagado, deve-se escolher um trajeto onde
a água não ultrapasse a metade da altura da roda do veículo e manter
aceleração constante em primeira marcha.

Granizo A chuva acompanhada de pedras de gelo apresenta riscos adicionais:


• durante a ocorrência de granizo, a visibilidade é ainda menor;
• pode ferir pedestres, ciclistas e motociclistas e seus passageiros;
• pode quebrar vidros, faróis, danificar a pintura e lataria do veículo;
• o granizo pode assustar, levando as pessoas a comportamentos
imprevisíveis, que podem causar acidentes.

Além das recomendações para chuva, deve-se também:


• parar somente em locais seguros, para evitar acidentes com os
demais veículos;
• trafegar em velocidade compatível com a situação;
• sempre que possível, motociclistas devem procurar um lugar coberto.

Quebra de Em caso de quebra de para-brisas:


para-brisas • se o vidro for do tipo laminado, não haverá perda total da visibilida-
de, pois ele apresentará trincas maiores;
• se o vidro for temperado, irá trincar em milhares de pequenos pe-
daços, impossibilitando a visão. Nesse caso, é preciso reduzir a
velocidade, sinalizar e parar em local seguro;
• se for inevitável dirigir sem o para-brisa, conserve as janelas do
veículo fechadas, isso impede a entrada excessiva de ar.

Neblina ou Conduzir sob neblina exige muito cuidado e experiência. Graves acidentes
e engavetamentos podem ocorrer devido a essa condição adversa.
cerração
Precauções:
• nas estradas, trechos e horários sujeitos a neblina são previsíveis
e podem ser evitados;
• redobrar a atenção e aumentar a distância de segurança;
• reduzir a velocidade, mantendo um ritmo seguro e constante;
• manter o farol baixo ou farol de neblina aceso, mesmo de dia;
• não usar luz alta, pois ela piora a visibilidade;
• parar somente em emergências, em acostamento ou em locais
seguros; manter o pisca-alerta ligado;
• em pistas sem acostamento é preferível seguir em frente com cuidado.

58 Direção Defensiva
ATENÇÃO!
O pisca-alerta não deve ser usado com o veículo em movimento, exceto
em situações de emergência.

Fumaça Não é uma situação climática, mas provoca falta de visibilidade seme-
lhante à causada pela neblina, com diferenças importantes.
Ocorre de maneira localizada, mas é difícil avaliar a sua intensidade e
extensão. Pode provocar irritação nos olhos, tosse ou sufocação, princi-
palmente nos motociclistas, que estão sempre mais expostos.
Deve-se evitar, sempre que possível, trafegar sob fumaça densa. Porém,
se for inevitável, seguir as seguintes recomendações:
• antes de entrar na fumaça, ligar pisca-alerta e reduzir a velocidade;
• depois de entrar, é melhor não parar até sair do outro lado;
• no caso de automóveis, fechar todas as janelas;
• não frear bruscamente, pois pode resultar em colisão traseira.

Calor e frio Em motos e veículos sem ar-condicionado, além do desconforto, o calor


pode causar sonolência. Deve-se manter o veículo ventilado, o corpo bem
excessivos hidratado e a mente alerta.
Frio excessivo provoca rigidez das mãos e pés, principalmente em mo-
tociclistas, exigindo vestimentas corretas. A tendência a embaçamento
interno nos vidros dos veículos deve ser controlada com ventilação e
recursos disponíveis no mesmo.

Condições adversas das vias


O ideal seria transitar por vias bem projetadas; construídas, sinalizadas
e conservadas adequadamente. Porém, isso nem sempre é possível.
As principais condições adversas das vias são:
• sinalização inadequada ou deficiente;
• pavimentação inexistente ou defeituosa;
• aclives ou declives muito acentuados;
• pistas ou faixas de rolamento com largura inferior à ideal;
• curvas mal projetadas ou mal construídas;
• lombadas, ondulações e desníveis;
• acostamento inexistente ou com desnível excessivo;
• má conservação, buracos, falhas e outras irregularidades;
• pista escorregadia ou com drenagem deficiente, permitindo acú-
mulo de água;
• vegetação muito próxima da pista.

Planejar o É importante planejar o itinerário com antecedência, considerando as


condições das vias, em aplicativos do tipo Google Maps ou Waze.
itinerário
Todo condutor deve utilizar as vias de forma segura, reconhecendo seus
perigos e deficiências, e ajustando-se às suas condições.

Direção Defensiva 59
Vias mal A má conservação das vias pode danificar o veículo, principalmente a
suspensão e provocar acidentes. As principais recomendações são:
conservadas
• conduzir em velocidade compatível com a condição da via;
• no caso de automóveis, cuidar para não bater a parte de baixo
do veículo, pois poderá danificar o reservatório de óleo do motor;
• cuidar para não bater em outros veículos, ao frear ou tentar desviar
de buracos na pista;
• veículos de carga não devem trafegar com excesso de peso, pois
esta é a maior causa de deterioração do pavimento.

Motos
• Cuidar com pedras e buracos, que podem danificar pneus e aros,
além de desequilibrar a moto.
• Se for inevitável transpor obstáculos, lombadas, cruzar trilhos ou
sonorizadores, deve-se reduzir a velocidade, aproximar-se em ân-
gulo de 90 graus, em linha reta e erguer-se um pouco do assento
apoiando-se nas pedaleiras.
• Em caso de derrapagem, segurar firme o guidão no sentido da
derrapagem, sem acelerar, frear nem utilizar a embreagem, para
que a aderência se restabeleça.

As condições que podem deixar a pista com pouca aderência, são:


• pavimento molhado, particularmente, logo após começar a chover;
• manchas de óleo na pista;
• pisos de terra ou acúmulo de pedregulho e areia no pavimento;
• lama e gelo;
• faixas pintadas na pista;
• placas de aço, especialmente, quando molhadas.

Para pilotar uma moto com segurança em superfícies com pouca ade-
rência, deve-se:
• é preferível reduzir a velocidade antes dos pontos de baixa aderên-
cia, do que frear durante elas, principalmente em curvas;
• é preciso que haja um equilíbrio entre os freios dianteiro e traseiro
da moto, para evitar derrapagens e quedas;
• em motos mais antigas é o condutor que regula a pressão dos
freios, cuidando para não travar a roda traseira, que provoca derra-
pagens em pistas escorregadias;
• motos novas são equipadas com freios ABS, que são mais efi-
cientes e evitam o travamento das rodas; ou BBS, que distribui a
pressão de frenagem entre rodas dianteira e traseira;
• cuidado também para não derrapar ao acelerar, acionar a embrea-
gem ou trocar marchas durante as curvas;
• ter cuidado ao passar de um tipo de piso para outro, como por
exemplo, do asfalto limpo para o acostamento com areia;
• em piso molhado, deve-se trafegar sobre os rastros dos pneus dos
outros veículos, onde há menos água;
• evitar faixas de areia, sujeira e folhas soltas nas laterais da pista.

60 Direção Defensiva
Vias mal A inexistência ou deficiência de sinalização é um importante fator de
sinalizadas risco. Nesse caso, o condutor deverá redobrar a atenção, para não ser
surpreendido e não se envolver em acidentes.
Declives Em descidas íngremes ou longas, como rampas, ladeiras ou descidas de
acentuados serras, não se deve confiar apenas no freio. A técnica correta e segura
consiste em utilizar o freio motor, iniciando a descida com velocidade
reduzida, engrenando a mesma marcha que seria usada na subida.
Jamais descer desengrenado (banguela), porque depois que o veículo
embalar fica mais difícil reduzir a velocidade, principalmente para veícu-
los de grande porte como ônibus, caminhões e carretas. Nesse caso, os
freios irão superaquecer e perder eficiência, podendo incendiar os freios
e os pneus, e resultar em graves sinistros. Esses acidentes são muito
comuns em serras, que combinam descidas íngremes e curvas.
Conduzir o veículo de maneira incompatível com as condições da via
caracteriza imprudência e irresponsabilidade do condutor.

Condições adversas de trânsito


Para dirigir ou pilotar com segurança é fundamental avaliar e agir de
acordo com as condições do trânsito.
Fatores adversos mais comuns:
• trânsito lento ou congestionado;
• horários e locais de maior movimento;
• áreas de aglomeração ou grande circulação de pedestres;
• presença de ciclistas e outros veículos não motorizados;
• tráfego intenso de veículos pesados;
• comportamento imprudente ou agressivo dos demais condutores.

O condutor defensivo procura, sempre que possível:


• planejar seu itinerário, evitando os horários e os locais de conges-
tionamento;
• sair com antecedência, prevendo possíveis atrasos;
• lembrar que nem sempre o trajeto mais curto é o mais econômico,
em tempo e combustível.
Congestionamentos As pessoas aproveitam os congestionamentos para usar o celular, pas-
sar mensagens, etc. Ao ficar desatento, o condutor pode não notar a
movimentação do trânsito, além de ficar mais vulnerável a assaltos.
Assaltos e A maior parte dos assaltos ocorre quando o condutor está parado em
sequestros semáforos ou na frente de imóveis, ou ainda, entrando ou saindo do
veículo.
É preciso redobrar o cuidado nessas situações: condutores sozinhos,
mulheres e idosos são mais visados.
• Manter os vidros fechados.
• Usar película escura que dificulta avaliar o interior do veículo.
• Ao aproximar-se do semáforo, controlar a velocidade do veículo
para pegar o sinal verde, sem ter que parar.

Direção Defensiva 61
• Evitar o uso de objetos chamativos, como relógios e jóias.
• Não deixar bolsas e outros objetos sobre os bancos.
• Escolher criteriosamente seus roteiros e itinerários.
• Evitar exposição desnecessária, principalmente à noite e de
madrugada.
• Se for assaltado, obedeça, não discuta e não reaja.
Brigas e outros A violência no trânsito vai além dos acidentes e assaltos. É preciso evitar
discussões e brigas. Manter a calma, não provocar nem aceitar provoca-
incidentes ções, são recomendações decisivas para evitar uma tragédia.

Condições adversas do veículo

Economizar na Aqui vamos dar atenção aos principais itens e componentes do veículo,
cujo estado pode interferir seriamente na segurança.
manutenção
• Lâmpadas queimadas e faróis desregulados.
pode custar caro • Limpadores de para-brisas com defeito (no caso de automóveis).
• Espelhos retrovisores deficientes ou ausentes.
• Amortecedores em mau estado.
• Folga no sistema de direção ou no guidão.
• Rodas desbalanceadas ou aros empenados.
• Falta de buzina.
• Suspensão desalinhada.
• Pneus gastos, com defeitos ou mal calibrados.
• Freios deficientes.
• Quantidade insuficiente de combustível.
• Falta ou deficiência de um ou mais equipamentos obrigatórios.
• Existência de qualquer tipo de vazamento.

É importante ficar atento a todos estes itens, pois eles interferem na


segurança. Deve-se recusar dirigir ou pilotar veículos em mau estado de
conservação ou que não tenham todos os equipamentos obrigatórios.

Condições adversas de cargas


A carga pode O transporte de cargas e até de simples objetos ou bagagens pode com-
prometer a segurança se não forem tomados os cuidados necessários.
se tornar uma
condição adversa As causas mais comuns de acidentes provocados pela carga são:
• carga mal distribuída, mal embalada ou acondicionada inadequa-
damente;
• falha na imobilização e amarração dos volumes dentro do compar-
timento de cargas;
• desconhecimento do tipo de carga e das suas características.

Ao transportar cargas, o condutor deve observar os seguintes pontos:


• volume e peso devem ser compatíveis com a capacidade do veículo;
• não transportar passageiros nos compartimentos da carga ou vice-
versa;

62 Direção Defensiva
• certificar-se de que a carga está imobilizada e bem acondicionada;
• aproveitar as paradas para conferir as condições da carga;
• cargas externas não devem obstruir a visão do condutor, nem as
luzes de sinalização. Não podem oferecer riscos aos demais usuá-
rios, nem exceder as dimensões laterais do veículo.

Motocicletas – cuidados adicionais


Em motos, as condições da carga afetam diretamente a segurança.
O peso, o volume e a posição da carga alteram significativamente o com-
portamento da motocicleta nas acelerações, frenagens e curvas.
As principais causas de acidentes em motocicletas, provocados pela
carga são:
• compartimento de carga em mau estado ou mal fixado à motocicleta;
• carga muito volumosa ou muito pesada para a moto;
• carga mal colocada ou mal distribuída causando vibrações e osci-
lações na moto.

Recomendações de segurança para motos


• Compartimento de carga, se houver, deve estar bem instalado.
• Quanto mais alta a carga, maior o desequilíbrio que irá causar.
• As bolsas ou malas laterais podem distribuir melhor a carga.
• Transportar cargas maiores exige experiência.

Condições adversas de passageiros


Quando o comportamento dos passageiros pode afetar a segurança:
• barulho, desordem ou brigas entre os ocupantes;
• idosos, passageiros machucados ou passando mal;
• crianças pequenas desacompanhadas;
• excesso de passageiros;
• passageiros com estado psicológico alterado (irritados, nervosos,
inseguros, alcoolizados, drogados etc.).

Procedimentos
• Não permitir que ocupantes desviem a atenção do condutor.
• Crianças menores de 10 anos ou que não tenham 1,45 m devem
permanecer no banco de trás, utilizando corretamente os equipa-
mentos de retenção.
• Respeitar o limite de passageiros de cada veículo.

Motos
Transportar passageiro em moto exige mais habilidade e experiência.
O transporte de crianças menores de 10 anos é proibido por lei.
Para levar passageiro, a motocicleta deverá estar equipada com:
• assento apropriado, com espaço suficiente para o passageiro, sem
que o piloto tenha que se deslocar para frente;

Direção Defensiva 63
• pedaleiras para que o passageiro apoie os pés firmemente;
• equipamentos de proteção para o passageiro, iguais aos do piloto;
• pressão extra nos pneus e nova regulagem do farol e dos espelhos.

O comportamento da motocicleta muda devido ao aumento de peso. O


piloto precisa adequar as técnicas de pilotagem, considerando que:
• a motocicleta terá acelerações mais lentas e será necessário mais
espaço para se intercalar no fluxo do trânsito;
• frenagens e paradas deverão ser feitas com mais antecedência,
pois o espaço percorrido até a moto parar será maior;
• as curvas serão mais difíceis de fazer;
• a distância de segurança do veículo à frente deverá ser maior.

Instruções para o passageiro


• Subir na moto somente depois do piloto.
• Colocar os pés nas pedaleiras só depois que estiver sentado, e
não tirar os pés durante as paradas.
• Sentar próximo ao piloto segurando pela cintura ou quadril.
• Segurar mais firmemente nas arrancadas e freadas.
• Acompanhar a inclinação do corpo do piloto nas curvas.
• Evitar movimentos desnecessários.
• O piloto deve alertar o passageiro antes de manobras súbitas,
passagens sobre lombadas, etc.
• Evitar contato direto com o escapamento e a corrente da moto.

Condições adversas do condutor


Alterações no estado físico e mental do condutor afetam diretamente a
capacidade de dirigir com segurança. Os principais fatores são:
• deficiência visual, motora ou auditiva;
• uso de álcool, drogas ou medicamentos que alteram a percepção;
• cansaço, sono e fadiga;
• estados psicológicos alterados e fatores comportamentais, como:
pressa, distração, agressividade, irritação, competitividade, etc.;
• estresse: o indivíduo estressado apresenta reações inadequadas
diante de situações de perigo ou tensão.

Deficiências físicas
Algumas deficiências físicas não impedem o indivíduo de dirigir, mas tor-
nam obrigatório o uso de acessórios, como próteses corretivas, lentes
ou adaptações no veículo.
Com a utilização de equipamentos especiais é possível dirigir normalmente.

Capacidade necessária para dirigir


A habilidade de dirigir ou pilotar utiliza muito da capacidade intelectual do
condutor, afinal, é o cérebro que comanda tudo.

64 Direção Defensiva
Estados mentais alterados que podem afetar a capacidade de dirigir ou
pilotar com segurança, podem ser:
• psíquicos ou neurológicos: epilepsia, neuroses, psicoses, etc.,
cuja intensidade pode impedir seus portadores de dirigir;
• emocionais: estresse, depressão, irritação, raiva, insegurança ou
alterações devido a comoções, fatalidades, mortes, traumas, etc.
Além disso, o homem interfere artificialmente nessas condições ao uti-
lizar substâncias químicas, como bebidas alcoólicas, drogas e medica-
mentos, que alteram o funcionamento cerebral.

Álcool
Conduzir sob efeito de bebida alcoólica, conforme a legislação em vigor, é
um ato criminoso. Apesar disso, mais de 50% dos acidentes de trânsito
no Brasil, envolvem alguém alcoolizado.
O indivíduo alcoolizado “acredita” que está bem, com reflexos e reações
normais. Isso ocorre devido à falsa sensação inicial de leveza e bem-
estar que o álcool proporciona.
• O álcool induz as pessoas a fazer coisas que normalmente não
fariam, seja por excesso de autoconfiança ou pela perda da noção
de perigo e respeito à vida.

Alterações provocadas pelo álcool


• Diminuição da coordenação motora e dos reflexos.
• Visão distorcida, dupla e fora de foco.
• Tontura, torpor, sonolência e enjoo.
• Falta de concentração, raciocínio e reações lentas.
• Diminuição ou perda do espírito crítico.
• Baixa qualidade de julgamento e alteração da noção de perigo.

A médio e longo prazo, o alcoolismo poderá impor ao seu usuário alguns


processos degenerativos.
• Degeneração mental: comprometimento da memória e do raciocínio.
• Degeneração moral: o alcoólatra torna-se displicente e relaxado
com o trabalho, com os familiares e consigo próprio.
• Degeneração física: o álcool ataca diversos órgãos, comprometen-
do a saúde e o vigor físico.

Comportamentos No trânsito, os condutores alcoolizados têm práticas perigosas que se


tornam elementos de risco, tais como:
nocivos • excesso de velocidade;
• manobras arriscadas;
• desvios de direção e avaliação incorreta das distâncias;
• reflexos atrasados ou reações fora de tempo;
• perda de controle do veículo.
O etilômetro ou bafômetro é um aparelho que mede a dosagem de álcool
contida no sangue a partir do ar expelido pelo condutor.

Direção Defensiva 65
Dirigir ou pilotar alcoolizado não é apenas uma infração: é uma irrespon-
sabilidade, um crime que expõe pessoas inocentes a riscos desnecessá-
rios e danos irreversíveis (saiba mais em Crimes de Trânsito pág. 21).

Como você se sentiria


• Se seu filho fosse atropelado por um condutor alcoolizado?
• Se você provocasse a morte de alguém, ao dirigir alcoolizado?

É preciso ter consciência sobre essas questões antes de começar a


beber, para jamais dirigir ou pilotar depois de ter ingerido qualquer quan-
tidade de álcool.

“Se vai dirigir Comportamento seguro e responsável


não beba, se bebeu • “Se vai dirigir não beba, se bebeu não dirija”. Essa ainda é a me-
lhor de todas as regras.
não dirija” • Se vai sair e pretende beber, planeje deixar o carro em casa.
• Ao sair com amigos, escolham o “motorista da vez”, aquele que
ficará sem beber para poder dirigir.
• Decida o que irá fazer antes de beber e cumpra o planejado.
• Se beber, não dirija, mesmo que, aparentemente, o efeito da bebi-
da tenha passado, pois é provável que ainda haja álcool no sangue.
• Ao presenciar alguém alcoolizado que esteja prestes a dirigir, em-
penhe-se ao máximo para fazê-lo mudar de ideia, pois é grande a
chance dele envolver-se em um acidente. Vale a pena insistir.
• Providencie carona ou transportes alternativos para que a pessoa
alcoolizada chegue em casa com segurança.
• Recuse-se a ser conduzido por pessoas alcoolizadas.
• Tome o máximo cuidado também com outros condutores alcoolizados.
• Evite os horários mais perigosos (entre a noite de sexta e a ma-
drugada de domingo) onde ocorre o maior número de acidentes
envolvendo pessoas alcoolizadas.

Medicamentos
Alguns medicamentos podem provocar alterações sensoriais ou de com-
portamento, tonturas, sonolência, etc. Condutores que utilizam modera-
dores de apetite, antidepressivos, anti-histamínicos e outras substâncias
devem procurar conhecer os efeitos colaterais.
Alguns condutores que dirigem ou pilotam por longos períodos ingerem
drogas e medicamentos para afastar o cansaço e o sono. São os popu-
lares “rebites”, ingeridos com café, refrigerantes, energéticos e até com
bebidas alcoólicas. Quando cessa o efeito, a necessidade acumulada
de sono se manifesta repentinamente, fazendo o motorista “apagar” e,
consequentemente, envolver-se em graves acidentes.
O consumo de medicamentos com bebidas alcoólicas deve ser evitado,
pois é prejudicial à saúde e potencializa as alterações adversas.

66 Direção Defensiva
Drogas
Drogas ilegais O uso de estimulantes, relaxantes ou entorpecentes é comum em todos
os níveis da nossa sociedade. Nesse grupo de substâncias estão incluí-
dos maconha, cocaína, crack, ecstasy e muitos outros.
Essas drogas, assim como o álcool, alteram o funcionamento cerebral,
o padrão de percepção e consciência da realidade e do perigo. Por isso,
apesar de estar com sua capacidade comprometida, o indivíduo sob o
efeito de drogas sente-se como se estivesse em plenas condições.
A sensação de que tudo está sob controle é absolutamente falsa. Por
isso, é importante que o usuário de drogas, eventual ou não, antes de
consumi-las, tenha consciência de que não estará em condições de dirigir.
Algumas pessoas utilizam álcool e drogas juntos. Essa combinação é ex-
tremamente perigosa, pois multiplica o efeito nocivo dessas substâncias.

Uso do celular ao dirigir


A atividade de dirigir com segurança exige muita atenção, o tempo todo.
Qualquer distração ao volante pode provocar um acidente, e os motivos
para desviar a atenção são muitos, mas o campeão é o telefone celular.
As pessoas estão cada vez mais conectadas, não conseguem desligar
quando estão dirigindo: atendem chamadas e até digitam mensagens.
Tirar os olhos do trânsito por apenas 2 ou 3 segundos é o suficiente para
bater no carro da frente, mudar de pista, colidir com um objeto imóvel ou
atropelar alguém. Em apenas 5 segundos, a 80 km/h o veículo percorre
mais de 100 metros.
Utilizar o modo viva-voz também não é completamente seguro. Pesquisas
comprovam que conversar ao telefone rouba a atenção necessária para
dirigir com segurança.
Como proceder? O correto é, antes de dirigir, colocar o celular no modo
silencioso, e não olhar nem que seja “só para ver quem está chaman-
do”. Além disso, o condutor deve retornar as ligações apenas depois de
parar o veículo. Se estiver aguardando uma ligação importante, procure
primeiramente um local seguro para parar.

Sono e fadiga

Não dirigir A sonolência é responsável por mais de 10% dos acidentes de trânsito,
percentual extremamente elevado quando comparado às demais causas.
quando estiver
“pedindo cama” O sono diminui muito a capacidade de dirigir e pilotar com segurança.
Muitas pessoas acreditam que podem controlar o sono utilizando artifí-
cios como café, música alta ou vento no rosto, mas, sem perceber elas
podem “tirar” um cochilo fatal.

Sinais de sonolência
• É preciso se esforçar para manter a concentração.
• A visão perde o foco e fica difícil manter os olhos abertos.

Direção Defensiva 67
• A cabeça começa a pesar.
• A pessoa não para de bocejar.
• Os pensamentos começam a ficar vagos e desconexos.
• Ocorrem pequenos desligamentos, com desvios na trajetória do
veículo.

Cuidados são indispensáveis


• Nas primeiras horas da manhã redobre os cuidados, pois a maioria
dos acidentes, devido à sonolência, ocorre nesse período do dia.
• Só dirigir ou pilotar se estiver realmente descansado e bem dis-
posto.
• Ficar atento aos períodos em que há baixa do nível de energia,
como após refeições e durante a madrugada.
• Em trajetos longos, planeje paradas e revezamentos, para não che-
gar ao limite.

Motos
• O vento, o frio e a chuva fazem cansar mais depressa. No caso do
motociclista, manter-se aquecido é essencial.
• Vale a pena mandar instalar um para-brisa na motocicleta, para
fazer longas viagens.
• Para evitar o cansaço, pilotos experientes evitam pilotar mais do
que seis horas por dia.

Atenção!
Pilotar uma motocicleta cansa mais que dirigir um automóvel, principal-
mente em viagem.

Fadiga Fadiga é um cansaço permanente, resultante de certas doenças como


estresse, depressão e esgotamento, ou por má distribuição entre horas
de trabalho e descanso, por períodos prolongados.
A dificuldade de concentração, a falta de atenção e os reflexos mais
lentos do condutor, criam diversas pequenas situações de risco na con-
dução, aumentando a probabilidade de acidentes, principalmente para
quem passa muitas horas no trânsito.
Para amenizar os efeitos da fadiga, é necessário dormir e se alimentar
com regularidade, além de planejar corretamente os períodos de trabalho
e descanso. Se os sintomas persistirem, deve-se procurar ajuda médica.

Condições adversas – considerações finais


Uma última advertência sobre CONDIÇÕES ADVERSAS: muitas vezes,
encontraremos uma combinação de duas ou mais situações adversas.
São exemplos: dirigir ou pilotar à noite com chuva; dirigir ou pilotar na
chuva com pneus em mau estado; dirigir ou pilotar cansado, à noite, por
uma estrada mal sinalizada ou mal conservada, entre outras.
A combinação de condições multiplica os riscos e as possibilidades de
acidentes. Por isso, deve-se redobrar os cuidados, sem esquecer que o
melhor procedimento para qualquer situação adversa é tentar evitá-la.

68 Direção Defensiva
Atenção
A atenção é o segundo elemento da direção ou pilotagem defensiva.
Dirigir é uma atividade complexa e de muita responsabilidade. Qualquer
displicência ou distração pode ser a causa de acidentes. O ato de dirigir
exige do condutor atenção constante aos múltiplos fatores que vão se
apresentando durante o trajeto, tais como:
• a sinalização;
• o comportamento dos demais condutores;
• o comportamento de pedestres, ciclistas e demais veículos não
motorizados;
• as prováveis condições adversas.

Pequenas É necessário observar tudo constantemente, olhar de um lado ao outro


da pista, incluindo calçadas, bem como a situação atrás e dos lados do
distrações veículo, detectando possíveis situações de perigo. Estar atento significa
podem ser fatais ficar permanentemente alerta, em busca de todas as informações neces-
sárias para efetuar uma direção segura.
Qualquer distração pode ser suficiente para causar um acidente.

Previsão

Antecipar A previsão ocorre simultaneamente com a atenção. Enquanto o condutor


observa tudo com atenção, seu cérebro prevê e antecipa possíveis acon-
os possíveis tecimentos, agindo prontamente, sem ser tomado de surpresa.
acontecimentos
São muitos os exemplos que podem ilustrar as previsões.
• Dirigindo, o condutor VÊ uma bola rolando pela via: imediatamente
PREVÊ que uma criança distraída possa vir correndo atrás da bola.
• Ao passar por um ponto de parada de ônibus, o condutor VÊ passa-
geiros desembarcando: ele PREVÊ que alguém poderá tentar atra-
vessar a rua, saindo repentinamente de trás do ônibus.
• Dirigindo pela via, o condutor passa por veículos estacionados e
VÊ que alguns deles têm pessoas dentro e PREVÊ que alguém
possa tentar desembarcar, abrindo subitamente a porta do veículo.
• O condutor VÊ um veículo saindo de uma residência, cujo motorista
está olhando para o outro lado: PREVÊ que ele poderá entrar peri-
gosamente na via, porque não notou a sua aproximação.
• O condutor, VENDO que irá passar por um ciclista, PREVÊ um possí-
vel movimento lateral brusco, comum entre os ciclistas.
• Se o carro à frente está com a trajetória irregular, é fácil PREVER
que o motorista está desatento, ao celular ou com problemas.

Quanto melhor a capacidade de previsão do condutor, mais segura


será a sua condução.

Direção Defensiva 69
Habilidade
Adquirir habilidade para dirigir ou pilotar um veículo com segurança sig-
nifica conhecer o veículo e os seus equipamentos, ter recebido correto e
cuidadoso treinamento para manusear os controles e saber efetuar com
segurança todas as manobras necessárias.
Para decidir e agir corretamente no trânsito, além do conhecimento é
necessário ter experiência, que só se adquire com a prática e com o
tempo, dependendo das características de cada pessoa.
É muito importante aprender a fazer certo desde a primeira vez, do que
corrigir vícios ou aprendizado incorreto. Daí a importância de uma forma-
ção eficiente, completa e responsável.

Ação
A ação é uma A ação correta, principal ferramenta da direção ou pilotagem defensiva,
combinação é uma combinação de decisão e habilidade.

de decisão e Com os CONHECIMENTOS necessários, dedicando toda a ATENÇÃO pos-


sível ao ato de dirigir, o condutor poderá PREVER situações de risco corre-
habilidade tamente. Estando devidamente treinado, terá HABILIDADE para DECIDIR
e AGIR defensivamente, de modo a EVITAR ACIDENTES e PRESERVAR a
sua SEGURANÇA e a dos demais envolvidos no trânsito.

Cinto de segurança
O uso do cinto de segurança já se tornou um hábito, trazendo benefícios
para todos e evitando muitas mortes. Muitos condutores, porém, ainda não
exigem que os passageiros do banco de trás usem cinto de segurança.
• O cinto de segurança deve ser utilizado por todas as pessoas que
estão no veículo, inclusive as do banco traseiro.
• Menores de 10 anos que não tenham atingido 1,45 m deverão
ocupar o banco traseiro, utilizando equipamento de retenção ade-
quado para cada caso. Utilizar a trava de segurança das portas.
• Mulheres grávidas também devem utilizar cinto, de preferência o
de três pontos, com a faixa inferior passando por baixo do ventre.
• Os cintos devem ser mantidos em bom estado e prontos para o
uso. Não usar cintos torcidos.
• Retirar dos bolsos canetas, óculos e outros objetos. Em caso de
colisão, eles podem provocar ferimentos.
Em caso de acidentes, o uso correto do cinto de segurança pode aumen-
tar em até 25 vezes a chance de sobrevivência dos ocupantes, porque:
• evita que eles colidam contra as partes internas do veículo;
• evita que sejam arremessados uns contra os outros;
• evita que sejam arremessados para fora do veículo;
• diminui o risco de lesão interna grave ou fatal.

70 Direção Defensiva
É um grave erro pensar que os ocupantes do banco de trás não precisam
usar cintos de segurança, pois em caso de acidente, eles são arremes-
sados violentamente contra os bancos dianteiros, por sobre os ocupan-
tes da frente e contra o para-brisa.
O cinto deve ser usado sempre. Deixar de usá-lo nos percursos curtos é
um erro grave, pois é aí que acontece a maioria dos acidentes.

Cinto de dois e três pontos


Alguns veículos ainda estão equipados com os cintos subabdominais, de
dois pontos. É preciso ajustá-lo manualmente para que tenha eficiência.
O cinto de três pontos é mais seguro porque passa pelo quadril e pelo
tórax, além de ser retrátil e ajustar-se automaticamente.

Equipamentos de segurança do motociclista


Ao circular de moto, piloto e passageiro estão sempre muito expostos.
Quase todas as colisões ou quedas geram algum tipo de lesão ou feri-
mento, com graves consequências, se os usuários não estiverem utili-
zando equipamentos de proteção.
Capacete O capacete reduz em até 40% o risco de morte e em até 70% as chances
de ferimentos graves na cabeça, como o traumatismo craniano.
Deve-se utilizar o capacete em todos os deslocamentos com a moto,
mesmo nos trechos curtos ou muito conhecidos, pois é nessa situação
que ocorre a maioria dos acidentes.
A preocupação com a segurança começa na escolha do capacete ade-
quado.
Diferentes tipos de capacete oferecem diferentes níveis de proteção. Em
geral, os capacetes mais fechados e com viseira protegem mais do que
os capacetes abertos que exigem o uso de óculos.
Cores claras e adesivos refletivos aumentam a segurança.
É muito importante que o capacete tenha sido aprovado pelo INMETRO
e esteja dentro do prazo de validade.
O capacete deve ficar firme, bem ajustado na cabeça e bem afivelado.
Deverá ser substituído sempre que passar da validade, apresentar racha-
duras, tiver sofrido fortes impactos, estiver com o revestimento interno
solto ou com as correias desfiadas.
Viseiras e As viseiras protegem os olhos e parte da face contra chuva, poeira, inse-
óculos de proteção tos e detritos levantados por outros veículos. Em velocidade, o impacto
de um pequeno objeto pode causar um grande estrago se o piloto não
estiver suficientemente protegido.
Óculos comuns não protegem adequadamente, pois são facilmente
arrancados até pelo vento. Além disso, mantêm exposta parte da face
e não impedem o lacrimejamento causado pelo vento. Para capacetes
sem viseira, deve-se usar óculos de proteção especiais para motos, que
permitem o uso simultâneo com óculos de sol ou de grau.

Direção Defensiva 71
Os óculos de proteção ou viseiras devem:
• ser fabricados de material resistente, que não estilhace;
• permitir uma excelente visão lateral;
• permitir boa ventilação, para evitar o embaçamento;
• ficar ajustados para que não sejam arrancados pelo vento;
• estar em perfeito estado, sem rachaduras ou riscos.

Luvas Luvas de couro e sem forro dão melhor aderência às manoplas. Servem
para proteger as mãos do frio, das quedas e do impacto de detritos. Lu-
vas de punhos longos evitam a entrada de vento nas mangas da jaqueta.

Vestimentas Roupas adequadas oferecem uma boa proteção em caso de queda, além
de proteger das intempéries e das partes quentes e móveis da motoci-
cleta. O ideal é proteger também braços e pernas, com uma boa liberda-
de de movimentos, mas sem folgas que se agitem com o vento. Existem
jaquetas que proporcionam proteção à coluna vertebral.
As roupas em couro oferecem a proteção ideal. O tecido “jeans” também
oferece uma boa proteção, com a conveniência de ter um custo menor.
• No calor: é aconselhável usar calça e jaqueta, mesmo nos dias
quentes. O calor é amenizado pelo movimento.
• No frio: a vestimenta correta deve manter o piloto quente e seco.
A jaqueta de inverno deve se ajustar bem na cintura, no pescoço e
nos punhos. A capa ou agasalho de chuva deve resistir ao vento,
sem inflar nem rasgar, mesmo em velocidades maiores.
• Capacete e roupas de cores claras ou chamativas, com detalhes
refletivos, ajuda a ser visto pelos demais condutores.

Botas Calçados adequados protegem os pés do motociclista, que estão sem-


pre muito expostos, além de proporcionar bom apoio.
• Botas de cano alto protegem os tornozelos.
• Solas de borracha dão maior aderência.
• Precisa ter um pequeno salto, para firmar o pé na pedaleira.
• Se houver cordões, cuidar para que não se enrosquem na moto.

Acidentes
Acidentes ou sinistros de trânsito, como também são chamados, são
acontecimentos imprevistos, com consequências sempre indesejáveis.
Acidentes evitáveis Para efeitos meramente didáticos, os acidentes evitáveis são aqueles
que, se os condutores tivessem agido corretamente, provavelmente não
e inevitáveis teriam acontecido. Acidentes considerados inevitáveis, são os que ocor-
reram apesar de os condutores – supostamente – terem agido correta-
mente. Cabe, no entanto, a dúvida: será que realmente foi feito tudo que
era possível no sentido de evitar o acidente?
Se houver uma análise rigorosa das causas de um acidente, quase sem-
pre será possível pensar em como ele poderia ter sido evitado.
A direção defensiva, por princípio, deve considerar todos os acidentes
como evitáveis.

72 Direção Defensiva
Acidentes ocorrem devido a um fator causador ou a uma combinação
de fatores. A direção defensiva ajuda a prever esses fatores e ensina
técnicas para controlá-los, de forma a evitar que eles ocorram.

Como evitar acidentes

Objetivo maior da Todas as técnicas de direção ou pilotagem defensiva foram elaboradas


e desenvolvidas para evitar acidentes. Com a utilização dessas técnicas,
Direção Defensiva hoje podemos evitar sinistros que antes eram considerados inevitáveis.
Mesmo os condutores experientes e cuidadosos são expostos a situa-
ções perigosas. O condutor deverá estar treinado e qualificado para sair
do perigo. É necessário ter habilidade para reagir rápida e corretamente.

Revisão mental Antes de sair o condutor de automóveis deve:


• fazer uma breve revisão e certificar-se de que está tudo bem com
o veículo, com os passageiros e consigo mesmo;
• criar um ambiente tranquilo, evitando que os passageiros desviem
a sua atenção com conversas, assuntos polêmicos ou discussões;
• ao acionar a chave de ignição, prestar atenção a todos os indica-
dores do painel;
• verificar se há combustível suficiente para o deslocamento pretendido;
• colocar o cinto e certificar-se de que todos os ocupantes façam o
mesmo;
• ajustar corretamente o banco e os espelhos;
• cuidar para que ninguém coloque qualquer parte do corpo para fora;
• o lugar mais seguro para idosos e crianças é no banco de trás;
• posicionar corretamente as duas mãos no volante é decisivo para
executar manobras rápidas e evitar um acidente;
• não segurar na parte inferior do volante nem na travessa central;
• não fazer movimentos bruscos e precipitados: isso aumenta os riscos;
• adotar um padrão de segurança e praticá-lo constantemente.

Antes de sair, o motociclista deve:


• utilizar capacete, sempre;
• ajustar corretamente os espelhos para que se possa ver a pista
atrás e parte das laterais. O cotovelo ou ombro também aparecem;
• cuidado com os espelhos que diminuem o tamanho da imagem,
fazendo com que os objetos aparentem estar mais longe do que
realmente estão.

Acidentes com motos


Principais tipos de acidentes envolvendo motos:
• queda;
• colisão da moto contra outro veículo ou obstáculo;
• atropelamento de pedestre ou de ciclista;
• colisão de outro veículo contra a moto.

Direção Defensiva 73
Em caso de queda
• A moto e o piloto deslizarão até parar. É importante tentar separar-se
imediatamente da moto para não ser ferido por ela.
• Não aparar a queda com mãos e pés no solo, mas tentar deslizar de
costas, com o queixo encostado no peito e os braços levantados.
• O piloto deve permanecer imóvel até a chegada do resgate, pois
ainda não se sabe a gravidade dos ferimentos.

Em caso de colisão da moto com outro veículo ou obstáculo


• A parada súbita irá lançar o piloto por sobre o veículo ou obstáculo.
Neste caso, tentar encostar o queixo no peito e cair de costas.
O corpo poderá chocar-se contra o outro veículo, ocasionando
fraturas, por isso, é importante permanecer imóvel após a queda.

Em caso de colisão iminente de outro veículo contra a moto


• O piloto deverá levantar a perna que corre o risco de ser atingida,
procedimento muito importante para evitar fraturas nas pernas.

Como evitar acidentes – velocidade compatível

Velocidade A velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura.


O bom senso manda que a velocidade do veículo seja compatível com a
compatível situação e com os demais elementos do trânsito.
A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação
eficiente em caso de perigo. Em alta velocidade, muitas vezes não há
tempo suficiente para evitar o acidente.
• A velocidade deve ser compatível com as condições locais: o tipo
de piso, condições climáticas, quantidade de pessoas, veículos
presentes.
• Mesmo as baixas velocidades podem ser incompatíveis em caso
de aglomerações ou outras situações de risco.
• Nunca trafegar acima da velocidade máxima permitida para o local,
mesmo que não existam fatores adversos.
• Quanto maior e mais pesado o veículo, menor é a capacidade de
manobras em velocidade.
• Frenagens e reduções devem ser graduais e progressivas. Frena-
gens bruscas devem ser usadas apenas em emergências.
• Nas frenagens de emergência, instintivamente acionamos o freio
até o final, causando o bloqueio das rodas, fazendo com que os
pneus “arrastem” (a menos que o veículo seja equipado com freios
ABS).
• O travamento das rodas deve ser evitado, porque o veículo com as
rodas travadas percorre um espaço maior para parar, não obedece
à direção e pode sair pela tangente nas curvas.
• No Brasil, todos os veículos fabricados após 2014 são equipados
com freios ABS, que impedem o travamento das rodas.
• Em pisos molhados ou irregulares, o veículo precisa de mais espaço
para parar.

74 Direção Defensiva
Em motos
• Em frenagens de emergência os dois freios (dianteiro e traseiro)
devem ser acionados ao mesmo tempo na motocicleta. O freio
dianteiro é responsável por 70% da eficiência da frenagem.
• Nas motonetas o peso fica concentrado na roda traseira fazendo
com que o piloto utilize o freio traseiro com mais intensidade.
• Os freios devem ser acionados progressivamente, sem provocar o
travamento das rodas.

Evitando colisões com o veículo da frente

Tipo mais É responsabilidade do condutor do veículo de trás evitar a colisão com o


veículo da frente. Existem três cuidados essenciais:
frequente de
• trafegar em velocidade compatível com as condições do momento;
acidente • manter distância segura do veículo da frente;
• ficar atento, sem se distrair.
Distância de É o espaço que o condutor deve manter com o veículo da frente e deve
Segurança ser suficiente para evitar a colisão, caso ele pare repentinamente.
A distância segura depende, principalmente, da velocidade. Quanto maior
a velocidade, maior deverá ser a distância de segurança. Também deve-se
aumentar a distância se houver fatores adversos:
• pista mal pavimentada, esburacada, com piso molhado, etc.;
• situações de baixa visibilidade, como sob chuva e neblina;
• condições do veículo, eficiência dos freios e estado dos pneus;
• tempo de reação, que varia de um condutor para o outro.

É bom saber:
• tempo de reação: entre o momento em que o condutor decide
frear até o momento em que aciona o freio, o veículo percorre um
espaço, na velocidade em que estava;
• a partir do acionamento dos freios, o veículo desacelera, percor-
rendo a distância de frenagem;
• a 80 km/h, com pneus e freios em bom estado, em asfalto seco,
um automóvel leva aproximadamente 35 metros para parar;
• uma motocicleta de porte médio, a 80 km/h, nas mesmas condi-
ções, leva aproximadamente 40 metros para parar;
• a distância a ser mantida com piso molhado deve ser o dobro da
distância segura com piso seco;
• veículos mais pesados precisam de mais espaço para frear. Por
isso, muito cuidado quando transitar perto de ônibus ou caminhões;
• quanto maior a velocidade, maior será a distância percorrida na
frenagem.

Direção Defensiva 75
Qual a distância segura a se manter do veículo da frente?
Métodos usados para ajudar o condutor a calcular a distância de segu-
rança, como a regra dos dois segundos, são ineficazes porque não levam
em conta as variáveis e fatores de risco presentes em cada situação.
O BOM SENSO ainda é o melhor método, pois, instintivamente todos nós
sabemos quando estamos muito próximos do veículo da frente, levando
em conta a combinação de fatores presente em cada momento.
Condutores imprudentes têm o mau hábito de dirigir perto demais do
veículo da frente, porque confiam demais na sua habilidade, gostam de
desafiar o perigo, ou para pressionar o condutor da frente.
Dirigir ou pilotar defensivamente é ser previdente e cuidadoso, resistindo
à imprudência de andar próximo demais do veículo da frente, adquirindo
o bom hábito de deixar sempre uma distância segura e confortável.

Evitando colisões com o veículo de trás


O condutor do veículo da frente também pode tomar algumas medidas
de segurança para evitar acidentes com o veículo de trás.
• Usar retrovisores com frequência, principalmente antes de frear.
• Em estradas, ao perceber trânsito interrompido à frente, acionar o
pisca-alerta, para alertar os condutores que vêm atrás.
• Se outro veículo “colar” atrás, não deve-se acelerar para afastar.
Melhor diminuir a velocidade, sinalizar e facilitar a ultrapassagem.
• Manter distância de segurança, para ter espaço de manobra.
• Não frear bruscamente: o risco de acidente é muito grande.
• Ser previsível, sinalizando e antecipando as intenções de manobra.
• Manter as luzes de freio limpas e funcionando perfeitamente.
Procedimentos simples, que podem evitar acidentes e poupar vidas.

Evitando colisões com os demais veículos


O condutor deve estar consciente e atento a tudo o que acontece ao
seu redor, bem como fazer-se notar pelos demais elementos do trânsito.
Para evitar colisões com os demais veículos, é muito importante:
• sinalizar sempre e com antecedência as intenções de parada, con-
versões e outras manobras;
• ser previsível e regular, evitando mudar constantemente de faixa;
• manter velocidade regular, compatível com o fluxo dos demais veículos;
• dirigir com segurança exige atenção e concentração;
• nunca utilizar o telefone celular;
• ser cordial, permitir manobras dos outros condutores, dar a vez,
ceder passagem, permitir que intercalem nas ultrapassagens etc.;
• não aceitar provocações e não revidar agressões;
• não competir, não provocar, não reagir.

76 Direção Defensiva
Evitando colisões com veículos em sentido contrário

Colisões com veículos que vêm em sentido contrário são gravíssimas e


causadas principalmente por:
• ultrapassagens mal feitas;
• falta de perícia para fazer curvas;
• falta de habilidade para sair de situações críticas;
• reações inadequadas frente a condições adversas;
• conversões mal realizadas, principalmente à esquerda.
Quando a pista estiver ocupada por outro veículo vindo em direção con-
trária, deve-se:
• diminuir a velocidade;
• sinalizar e deslocar-se para a direita o máximo possível.
Nessa situação, o condutor deve assumir uma atitude responsável, cola-
borar para que o outro veículo possa concluir a manobra com segurança
e ficar satisfeito por ter ajudado a evitar um acidente.

Evitando colisões em ultrapassagens


Ultrapassagem: Ultrapassagens mal feitas, aliadas ao excesso de velocidade, patroci-
situação crítica nam os acidentes mais graves. Essa manobra é a que apresenta o maior
número de variáveis a serem levadas em conta pelo condutor. Qualquer
variável, quando avaliada erroneamente, pode levar a um acidente.

Na dúvida, não Para ultrapassar com segurança


ultrapassar • Ultrapassar somente em locais onde seja permitido, em plenas
condições de segurança e visibilidade.
• Ultrapassar somente pela esquerda.
• Antes de ultrapassar, não “colar” no veículo da frente para não
perder o ângulo de visão.
• Certificar-se de que há espaço suficiente para executar a manobra.
• Conferir, pelos retrovisores, a situação do tráfego atrás do próprio
veículo.
• Verificar os pontos cegos do veículo.
• Se tiver alguém iniciando uma manobra de ultrapassagem, facilitar
e aguardar outro momento.
• Se todas as condições forem favoráveis, incluindo potência sufi-
ciente do veículo para realizar a manobra, sinalizar e ultrapassar.
• Para alertar outros condutores, utilizar sinal de luz ou dois breves
toques na buzina.
• Para retornar à faixa, conferir pelo retrovisor da direita, sinalizar e
entrar, procurando não obstruir a via.
• Jamais ultrapassar em curvas, túneis, viadutos, aclives, lombadas,
cruzamentos e outros pontos de pouca visibilidade ou que não
ofereçam segurança.

Direção Defensiva 77
Se vier outro veículo em sentido contrário, durante a ultrapassagem:
• avaliar se é possível concluir a ultrapassagem com segurança, ou
tentar abortar a manobra, retornando à posição inicial;
• se não for possível, deslocar-se para a direita aproximando-se ao
máximo do veículo que está sendo ultrapassado;
• jamais trafegar no acostamento contrário.

Ao ser ultrapassado:
• não aumentar a velocidade: dar espaço à frente para que o outro
veículo possa intercalar. Em caso de dificuldades, facilitar imedia-
tamente, deslocando-se para a direita o máximo possível.

Evitando colisões em curvas


Acidentes em Algumas das causas
curvas são muito • Erros de engenharia: curvas mal projetadas ou mal construídas;
que apresentam inclinação na pista tendendo a jogar o veículo
frequentes para fora; ou que começam abertas e se acentuam no final; pista
escorregadia; piso irregular ou com defeitos, etc.
• Falta de sinalização que alerte para a presença de curva perigosa;
baixa visibilidade.
• Problemas com o veículo: pneus desgastados ou descalibrados;
deficiências nos freios, na direção ou na suspensão do veículo;
carga excessiva, muito alta ou mal distribuída.
• Erros na condução: velocidade incompatível com a acentuação da
curva, com o tipo de veículo, com as condições da via; falta de
experiência ou de habilidade para fazer curvas com segurança.

Evitar frear Principais procedimentos para evitar acidentes em curvas


durante a curva • Adotar velocidade compatível com a curva antes de entrar nela.
Entrar com velocidade muito alta e ter que frear durante a curva é
perigoso e pode ser fatal.
• Frenagens em curvas, se inevitáveis, devem ser feitas com cuida-
do, de forma progressiva. Frear bruscamente poderá desequilibrar
o veículo, além do risco de travar rodas e perder a direção.
• Aumentar a distância dos demais veículos e ficar atento para pos-
síveis imprevistos.

Moto
Ao fazer uma curva, a força centrífuga tende a jogar o veículo para fora. O
motociclista deve compensar essa força com a inclinação do próprio corpo:
• curvas em condições normais de pista e velocidade: corpo na
mesma inclinação da moto;
• curvas de pequeno raio ou com mudanças rápidas de direção:
corpo menos inclinado do que a moto;
• curvas rápidas ou com pavimento escorregadio: corpo mais incli-
nado do que a moto.
Qualquer que seja a inclinação do corpo, o motociclista deve tentar man-
ter a cabeça na vertical.

78 Direção Defensiva
Evitando colisões em cruzamentos
Perímetro urbano: Cruzamentos, bem como em entradas e saídas de veículos, são locais
cuidado redobrado onde ocorrem muitos acidentes. Para evitá-los, o condutor deve:
• redobrar a atenção;
• obedecer à sinalização e, na dúvida, parar;
• respeitar a preferência de quem transita por via preferencial, ou de
quem já esteja transitando nas rotatórias;
• aproximar-se do cruzamento com cuidado, mesmo tendo a prefe-
rência;
• cruzamentos com via férrea exigem parada obrigatória. Colisões
com trens são gravíssimas e relativamente frequentes;
• cuidado com as conversões, principalmente à esquerda;
• dar a preferência para pedestres e veículos não motorizados;
• não ultrapassar nos cruzamentos ou nas suas proximidades.

Evitando colisões em marcha à ré


É proibido trafegar com o automóvel por trechos longos em marcha à ré.
Deve-se usá-la apenas para pequenas manobras.

Cuidados
• Antes de manobrar, verificar se há o espaço disponível e a inexis-
tência de qualquer tipo de obstáculo.
• Se necessário, pedir o auxílio de outra pessoa.
• Não entrar de ré em esquinas ou lugares de pouca visibilidade.
• Evitar sair de ré de garagens e estacionamentos.
• Cuidar muito com objetos, animais e crianças de baixa estatura.

Evitando colisões: veículos de pequeno X grande porte


Geralmente estes De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os veículos de maior
acidentes são porte são responsáveis pela segurança dos veículos de menor porte,
os veículos motorizados são responsáveis pela segurança dos não mo-
trágicos torizados e todos juntos são responsáveis pela segurança do pedestre.
No dia a dia do trânsito, porém, existe uma espécie de competição:
veículos de menor porte têm a vantagem da agilidade, enquanto ônibus
e caminhões se impõem pelo tamanho dos veículos.
Na verdade, acidentes envolvendo veículos de pequeno e maior porte,
geralmente são trágicos para ambos. Apesar de o veículo maior levar
vantagem pelo tamanho, o deslocamento provocado pela colisão sempre
tem consequências imprevisíveis. Em acidentes envolvendo motos e ou-
tros veículos, geralmente o motociclista é o maior prejudicado, devido à
fragilidade da moto e à grande exposição do corpo do motociclista.

Direção Defensiva 79
Pontos cegos
Veículos de grande porte, caminhões, carretas, ônibus e articulados, têm
uma capacidade de manobra muito limitada, se comparada a veículos
menores. Todas as manobras são mais difíceis de executar.
• Em frenagens, os veículos de grande porte precisam do dobro ou
até do triplo da distância para parar.
• Veículos grandes precisam de mais espaço para manobrar.
• O comportamento em curvas fechadas é sempre inseguro e a tra-
jetória das rodas traseiras não segue a das dianteiras.
• Esses veículos apresentam uma grande limitação na área de visão.
• Ônibus e caminhões apresentam pontos cegos de ambos os la-
dos, maiores do que nos veículos de menor porte.
• Veículos grandes possuem ainda extensos pontos cegos na parte
de trás e nas duas laterais.

Precauções ao conduzir veículos de pequeno porte


• Ao trafegar à frente de veículos de grande porte, não ficar muito
próximo, pois a capacidade de frenagem deles é reduzida.
• Não disputar espaço com veículos de grande porte.
• Ao trafegar atrás de um veículo grande, o condutor estará em um
ponto cego. Para proteger-se, a distância de segurança deve ser
bem maior.
• Ser previsível e fazer-se notar, com luzes ou breves toques na buzina.
• Jamais passar por trás de veículos que estejam manobrando.
• Motoristas profissionais dirigem muitas horas diariamente. Deve-se
ficar atento a sinais de anormalidade: uma trajetória irregular,
por exemplo, pode indicar que o motorista está desatento ou
cochilando ao volante.

80 Direção Defensiva
Cuidados As ultrapassagens envolvendo veículos de grande porte exigem cuida-
dos complementares
complementares • Permanecer na área de ultrapassagem pelo menor tempo possível.
• Em subidas, veículos de grande porte perdem velocidade, o que
facilita a ultrapassagem por veículos mais ágeis.
• Em descidas, esses veículos ganham velocidade facilmente, difi-
cultando a ultrapassagem e aumentando a duração da manobra.
• Depois de ultrapassar, tomar cuidado para não voltar à pista mui-
to próximo do veículo ultrapassado. Antes de retornar, sinalizar e,
certificar-se de que é possível enxergar a frente do veículo ultrapas-
sado pelos retrovisores.
• Durante a ultrapassagem, o condutor irá trafegar por uma área
onde o motorista do caminhão não consegue enxergá-lo. É o espa-
ço localizado um pouco antes da porta do caminhão.
• Para evitar uma colisão lateral, certificar-se de que o motorista
do caminhão notou a sua presença, com leve toque na buzina ou
sinais de luz, principalmente à noite.
• Permanecer ao lado de um veículo de carga, pelo lado de fora de
uma curva, é muito perigoso. Em caso de deslocamento da carga
ou dificuldades em fazer a curva, fatalmente o veículo que estiver
do lado de fora da curva será atingido.
• Levar em conta que veículos de grande porte provocam turbulência
e deslocamento de ar que podem afetar a trajetória de veículos
leves, tanto em ultrapassagens como ao cruzar por eles.
• Evitar trafegar em velocidade muito inferior à média dos demais
veículos, para que eles tenham de ultrapassá-lo desnecessaria-
mente.
• Ao ser ultrapassado por veículos de grande porte, reduzir a veloci-
dade e facilitar a manobra.

Evitando colisões entre automóveis e motocicletas


Condutores de motos têm os mesmos deveres que os condutores dos
demais veículos motorizados.
Acidentes envolvendo motos sempre têm consequências trágicas para
os motociclistas, devido à fragilidade dos veículos de duas rodas.

Principais causas Principais causas de acidentes envolvendo motocicletas


de acidentes • É grande a agilidade com que trafegam esses veículos.
• Há imperícia dos condutores. Mais da metade de todos os aciden-
tes com motos envolvem motociclistas inexperientes.
• Imprudência ao realizar manobras: “costurar,” passar muito pró-
ximo dos demais veículos, trafegar em velocidade incompatível,
ultrapassar pela direita, desrespeitar normas e sinalização, etc.
• A capacidade de frenagem das motos, em geral, é menor do que
a dos automóveis.
• Muitas motocicletas trafegam em mau estado de conservação.
• Motos são menores e mais difíceis de enxergar do que automó-
veis, principalmente quando vistas de frente ou de trás.

Direção Defensiva 81
• É difícil de calcular a velocidade de uma moto, porque ela acelera
rapidamente e geralmente está mais veloz do que parece.
• Por ser menor, a moto se insere entre as fileiras de carros e pontos
cegos, dificultando que seja percebida.

Principais cuidados a serem tomados pelos motoristas


• Manter distância segura.
• Tomar cuidado em conversões à esquerda e à direita, pois os mo-
tociclistas costumam transitar nos pontos cegos.
• Conferir o que se passa atrás do veículo constantemente, pelos
retrovisores.
• Ter cuidado ao abrir as portas do veículo quando estiver estacio-
nado ou parado em congestionamentos e cruzamentos.
• Para ultrapassar uma motocicleta, obedecer aos mesmos procedi-
mentos da ultrapassagem de automóveis.
• Piloto sem capacete é sinal de negligência e imprudência: redo-
brar o cuidado ao se aproximar de um!

Atitudes do motociclista para melhor ser visto


• Utilizar os equipamentos de segurança: capacete, viseira, luvas,
botas e roupa adequada.
• Manter sua moto em perfeito estado.
• Manter um espaço de segurança em torno da moto.
• Posicionar-se corretamente no centro da faixa.
• Mudar de faixa quando estiver nos pontos cegos dos demais con-
dutores.
• Evitar trafegar do lado direito dos demais veículos. Os motoristas
não têm o hábito de usar o retrovisor da direita.
• Ao trafegar ao lado de um veículo é importante posicionar-se onde
outro condutor possa vê-lo diretamente ou pelo retrovisor.
• Cuidado ao passar perto de veículo parado: as portas podem se
abrir repentinamente. Também pode acontecer do veículo sair da
vaga sem que o condutor sinalize ou note a aproximação da moto.
• É obrigatório manter o farol aceso o tempo todo para que os outros
condutores vejam a moto.
• Sinalizar sempre, mostrando sua intenção antes de manobrar.

Evitando colisões com veículos não motorizados

Ciclistas têm Bicicletas e outros veículos não motorizados, são frágeis e vulneráveis e
têm a preferência sobre os veículos automotores.
preferência
sobre veículos Alguns deveres do condutor
automotores • Dar a preferência e facilitar a passagem de ciclistas e usuários de
outros veículos não motorizados, em cruzamentos e conversões.
• Manter distância lateral de 1,5 metros.
• Conferir constantemente os retrovisores, com especial atenção
para os pontos cegos.

82 Direção Defensiva
• Cuidar ao abrir portas do veículo quando estiver estacionado ou
parado, em congestionamentos ou cruzamentos.
• Entender que, à noite, é ainda mais difícil notar os ciclistas, pois
muitos ainda não usam os refletivos previstos em lei.
• Anunciar a presença com leves toques de buzina.
• Tomar os mesmos cuidados com usuários de skates, patins, pati-
netes etc. Seus usuários participam do trânsito e podem tornar-se
causadores ou vítimas de acidentes, se as precauções de segurança
não forem respeitadas.

Alguns deveres do ciclista


• Equipar a sua bicicleta com dispositivos refletivos de segurança.
• Usar o capacete adequado. Mesmo pequenos acidentes podem
resultar em traumatismos cranianos.
• Não utilizar fones de ouvido. Usar a audição exclusivamente para
os sons do trânsito.
• Conscientizar-se da sua fragilidade.
• Trafegar preferencialmente por pistas exclusivas (ciclovias ou ci-
clofaixas). Onde não houver, transitar próximo aos bordos da via e
na mesma direção dos veículos motorizados.
• Ser previsível, certificando-se de que está sendo visto.
• Respeitar a sinalização e a legislação de trânsito.

Veículos não motorizados, como os de coleta seletiva de lixo (carrinheiros),


disputam espaço no trânsito, apresentam um deslocamento lento e não
sinalizam suas manobras. A segurança deles depende, basicamente,
dos cuidados a serem tomados pelos demais condutores.

Evitando acidentes com pedestres

Atropelamento O CTB responsabiliza os condutores pela segurança dos pedestres. A


boa convivência no trânsito depende da cooperação, empatia e respeito
é sempre uma aos direitos e deveres de cada um.
tragédia
Regras de preferência
• Quando não houver sinalização, como semáforo ou faixa, o pedes-
tre deverá esperar que os veículos passem, para então efetuar a
travessia com segurança.
• Quando houver sinal luminoso, este determina quem deverá passar.
• Quando houver faixa de pedestre sem sinal luminoso, a preferência
é do pedestre, devendo o condutor parar e aguardar sua travessia.

Cuidados que o condutor deve tomar


• Dar uma oportunidade real para o pedestre utilizar as vias, princi-
palmente crianças, idosos e pessoas com deficiência.
• Na proximidade de pedestres, reduzir a velocidade e redobrar a
atenção.
• Tentar prever a reação do pedestre.

Direção Defensiva 83
• Respeitar as regras de preferência.
• Mesmo com sinal favorável o condutor deve aguardar que os pe-
destres concluam travessias já iniciadas.
• Lembrar que, na condição de pedestre, o condutor também se sente
vítima da intolerância de outros condutores.
• Algumas vítimas são pedestres embriagados. Mesmo que não haja
culpa do condutor, um atropelamento é sempre uma tragédia.
• Atropelar um pedestre com uma motocicleta é uma tragédia dupla,
pois geralmente ambos saem gravemente feridos.

Deveres do Alguns deveres do pedestre


pedestre • Atravessar sempre na faixa de segurança.
• Mesmo quando tiver a preferência, jamais descuidar da segurança.
• Procurar sempre ter certeza de que o motorista notou a sua
presença.
• Optar pelo momento mais seguro para atravessar as vias.
• Procurar atravessar a rua sempre em linha reta, percorrendo a
menor distância no menor tempo possível, sem correr.
• Evitar caminhar sobre a pista de rolamento.
• Não caminhar muito perto da rua.
• Aumentar sua capacidade de previsão, procurando identificar os sinais
do condutor.
• Estar sempre muito atento. Não caminhar utilizando o celular.
• Cuidado com os ciclistas. Às vezes eles trafegam ilegalmente
sobre calçadas e na contramão.

Evitando colisões com animais


Muitos condutores não sabem que choques com animais, mesmo os
de pequeno porte, podem trazer consequências graves. Dependendo da
velocidade, bater em um cachorro de porte médio poderá desestabilizar
completamente o veículo, gerando um acidente de grandes proporções.
Animais de grande porte, como cavalos e vacas, têm o centro de gravidade
a mais de um metro do chão e possuem grande massa corpórea. Em
caso de colisão, o impacto ocorrerá na altura do para-brisa do automóvel,
e o animal acabará atingindo os ocupantes do veículo. Para motociclistas,
esse tipo de acidente geralmente é fatal.

Os procedimentos de segurança são os seguintes:


• diminuir a velocidade assim que avistar um animal;
• evitar buzinar, para não o assustar;
• ficar atento ao passar por fazendas ou locais abertos;
• nunca tentar chutar o animal, para não se desequilibrar da moto;
• ficar atento na trajetória da moto, e não no animal.

84 Direção Defensiva
Evitando colisões com elementos fixos
Pontes, viadutos, São graves os acidentes em que veículos batem em elementos fixos da
postes, barrancos, pista, como cabeceiras de pontes, veículos, caçambas ou equipamentos
estacionados, entradas de viadutos, postes, árvores, muretas de prote-
muros, etc. ção, barrancos, muros, aterros e muitos outros.

As causas mais comuns podem ser:


• perda de controle do veículo por defeito na pista ou desnível acen-
tuado do acostamento;
• perda de controle do veículo por deficiência na suspensão, pneus
estourados, descalibrados ou em mau estado;
• falta de visibilidade devido à chuva, cerração, neblina, fumaça ou
iluminação deficiente;
• desvio de direção por distração, sono, utilização de celular etc.;
• erros por efeitos de bebidas alcoólicas, drogas ou medicamentos;
• tentativa de desviar de outro veículo, pedestre, animal, etc.;
• erros ao fazer curvas;
• deixar de observar sinais de advertência, de obras ou desvios.

Paraevitar esse tipo de acidente, deve-se:


• manter a suspensão e o sistema de direção sempre revisados;
• manter pneus corretamente calibrados e em bom estado;
• corrigir qualquer sinal de instabilidade, desequilíbrio, dificuldade
para trafegar em linha reta, volante ou guidão puxando;
• não dirigir quando estiver cansado ou indisposto;
• muito cuidado para não se distrair nem desviar a atenção;
• redobrar a atenção e reduzir a velocidade sob condições adversas.

Direção ou pilotagem defensiva em rodovias

Dirigir em Pessoas que dirigem ou pilotam bem nas cidades nem sempre são bons
condutores nas rodovias. Isso ocorre porque conduzir em estradas e rodo-
rodovias exige vias exige uma experiência diferente do que conduzir em trânsito urbano.
experiência
Deve-se começar conduzindo em trechos curtos, em estradas e rodovias
de baixo fluxo de veículos, durante o dia e com bom tempo, de preferên-
cia acompanhado por instrutor ou condutor experiente, para pegar umas
boas dicas e se familiarizar, até adquirir experiência.
Deixar para enfrentar viagens longas ou rodovias mais movimentadas,
dirigir à noite ou enfrentar mau tempo, somente quando estiver preparado.

Recomendações para transitar em rodovias


• Preferir sempre viajar de dia. É mais seguro.
• Evitar conduzir em condições de baixa visibilidade.
• Revisar o veículo antes de viajar.
• Planejar itinerários e paradas para abastecimento e descanso.

Direção Defensiva 85
• Informar-se das condições locais, principalmente em feriados.
• Não descuidar da sinalização.
• Aos primeiros sinais de cansaço, parar em lugar seguro para
descansar.
• Não parar na pista. Parar no acostamento somente em emergências.
• Não transitar no acostamento.
• Manter velocidade compatível com o fluxo geral de veículos.
• Verificar os instrumentos do painel em intervalos regulares.
• A qualquer indicação de mau funcionamento, não seguir em frente.
Parar em local seguro para verificar o problema.
• Nos declives acentuados ou longos, jamais descer desengrenado
(banguela). Usar sempre freio motor, utilizando para descer, a mesma
marcha que usaria para subir.
• Praticar os procedimentos de direção ou pilotagem defensiva.

Questões - DIREÇÃO DEFENSIVA

01. O condutor deve adotar uma postura ade- 06. O condutor precisa ver tudo o que acontece:
quada, sendo: a) apenas à frente e à direita do seu veículo.
a) agressivo e rápido. b) apenas à sua frente e nos lados do seu veículo.
b) decidido e agressivo. c) apenas à sua frente e atrás do seu veículo.
c) cuidadoso e ligeiro. d) à sua frente, à direita, à esquerda e atrás
d) cuidadoso e atento. do veículo.
e) cuidadoso e ousado. e) apenas à frente e nos espelhos retrovisores.
02. O cinto de segurança pode ser utilizado: 07. Todo condutor, antes de mudar de direção,
a) por mãe e criança com o mesmo cinto. deverá:
b) por duas crianças com o mesmo cinto. a) piscar os faróis.
c) por somente uma pessoa. b) dar um toque rápido na buzina.
d) por duas pessoas com o mesmo cinto. c) levar o veículo para a direita da via.
e) por três crianças com o mesmo cinto. d) acender os faróis altos.
e) ligar os dispositivos indicadores de direção.
03. A segurança na direção de um veículo depende:
a) da marca do veículo. 08. Ao levar várias fechadas de outro veículo
b) da categoria da CNH. que “costura” no trânsito, você:
c) do trânsito. a) procura ficar longe dele e mantém a tran-
d) do comportamento adequado do condutor. quilidade.
e) do licenciamento do veículo. b) segue aquele veículo porque está irritado.
c) mantém-se na faixa da direita necessariamente.
04. A segurança de trânsito na via depende: d) buzina sem parar até que ele mude de atitude.
a) apenas da atenção dos condutores. e) discute com o outro condutor.
b) apenas da sinalização das vias.
09. A velocidade compatível com a segurança
c) apenas da manutenção das vias.
permite ao condutor:
d) apenas da manutenção dos veículos.
a) forçar a saída do veículo que estiver à sua
e) do comportamento dos elementos envolvidos. frente para um dos lados da via.
05. O condutor, ao ser ultrapassado, deverá: b) frear rapidamente, sem se preocupar com
os demais veículos.
a) reduzir bastante a sua velocidade.
c) perceber antecipadamente os riscos e agir
b) parar o veículo e permitir a ultrapassagem. prontamente para evitá-los ou controlá-los.
c) aumentar a velocidade. d) realizar ultrapassagens pela direita.
d) buzinar para avisar que está permitindo a e) manter uma conversa animada com os
ultrapassagem. passageiros.
e) facilitar a ultrapassagem.

86 Direção Defensiva
10. Na passagem de vias urbanas para vias ro- c) buzinar antes de atravessar.
doviárias, você: d) acender os faróis do veículo.
a) confia no seu veículo e em sua habilidade e e) efetuar a travessia bem devagar.
faz a passagem confiante.
b) atravessa essas áreas buzinando. 16. Dirigindo com fortes ventos laterais você:
c) acelera e passa rapidamente. a) fecha as janelas e segue na mesma velo-
d) trafega bem devagar e nada lhe ocorrerá. cidade.
e) obedece à sinalização e redobra a atenção. b) abre as janelas do veículo e continua com a
mesma velocidade.
11. Se o motor do veículo começar a falhar à c) reduz a marcha do veículo, adotando uma
noite, o condutor deve: velocidade compatível com a situação.
a) deixar o veículo como está, com o motor d) mantém a velocidade normal.
ligado. e) deve aumentar a velocidade.
b) sinalizar, parar à direita da via e ligar o
pisca-alerta. 17. O limpador de para-brisa não está vencendo
a chuva forte. Nessa situação você:
c) desligar o limpador de para-brisa.
a) continua o trajeto sem se preocupar.
d) desligar o motor e ligar uma das lanternas.
b) abre as janelas e prossegue o trajeto.
e) acelerar mais, para que o motor não “morra”.
c) acelera mais para dissipar os pingos de
12. A utilização de aplicativos de mapas ou chuva.
GPS proporciona deslocamentos seguros, d) liga os faróis altos.
economia de tempo e de combustível. e) para o veículo em local seguro e aguarda.
Logo, você deve:
a) se orientar pelo aplicativo, mas não utilizar 18. Num cruzamento de pouco movimento e
o celular para fazer ligações ou trocar men- sem visibilidade, durante o dia, você:
sagens. a) buzina e segue em frente.
b) usar os aplicativos ou GPS apenas quando b) vai em frente confiando que está sendo vis-
for pegar a estrada. to.
c) decorar o nome de todas as vias da cidade. c) para e só atravessa com a certeza de que
d) só usar o mapa se for motorista de transpor- não vem ninguém.
te de aplicativo. d) reduz a velocidade e atravessa buzinando.
e) nenhuma das alternativas. e) reduz a velocidade, pisca os faróis e atra-
vessa.
13. Trafegar pelo acostamento é permitido:
a) quando a pista estiver congestionada. 19. Em Direção Defensiva, previsão significa:
b) quando, devido a problema mecânico, o seu a) dominar tecnicamente o veículo.
veículo estiver lento. b) conhecer macetes de manutenção do veí-
c) para acessar imóveis próximos ou fazer con- culo.
versões. c) dirigir o veículo com rapidez e desenvoltura.
d) para rebocar um veículo acidentado ou com d) antecipar situações de perigo para evitar
problemas mecânicos. acidentes.
e) para ultrapassagem de veículos muito lentos. e) não tirar os olhos do veículo da frente.

14. Em uma rodovia, sob neblina intensa, você 20. Em uma rodovia, ainda longe do seu desti-
deve: no, após o almoço e com sono, você:
a) parar em qualquer lugar, ligando as luzes de a) segue viagem, após tomar um café bem for-
emergência. te.
b) prosseguir a viagem com velocidade reduzi- b) segue viagem, acelerando mais e abrindo a
da, acionando as luzes de emergência. janela.
c) prosseguir a viagem com velocidade reduzi- c) segue viagem, ouvindo uma música suave.
da, acionando os faróis altos. d) segue viagem, pois acredita que dormir ao
d) procurar um local seguro para parar fora da volante raramente acontece.
pista e aguardar a melhoria da visibilidade. e) permanece no local do almoço até se sentir
e) manter a mesma velocidade, pois algum ve- em condições para prosseguir.
ículo pode bater na traseira do seu veículo.
15. Em um cruzamento com ferrovia, em nível e
sem cancela, você deve:
a) reduzir a velocidade e atravessar a via férrea.
b) parar o veículo, olhar para ambos os lados e
efetuar o cruzamento com segurança.

Direção Defensiva 87
PRIMEIROS SOCORROS
No trânsito, assim como em todas as atividades humanas, as pessoas
estão expostas a perigos e sujeitas a sofrer algum acidente que lhes
cause ferimentos ou traumatismos.

Introdução Primeiros socorros são as ações prestadas no atendimento de emergên-


cia a uma pessoa ferida, principalmente quando ela não estiver em con-
dições de cuidar de si própria, para mantê-la viva e evitar que a situação
se agrave, até que possa receber tratamento especializado.
No trânsito, muitas pessoas morrem ou sofrem danos irreversíveis por
não receberem os devidos cuidados a tempo ou por serem atendidas de
forma incorreta.
Vítimas de acidentes muitas vezes ficam entre a vida e a morte, com-
pletamente indefesas e incapazes de cuidar da própria sobrevivência.
É nesse momento que elas necessitam de ajuda imediata para evitar o
agravamento da situação.

Deixar de prestar Deixar de prestar socorro é crime?


socorro é crime? Sim. O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: “Deixar de
prestar socorro à vítima de acidente ou pessoa em perigo iminente,
podendo fazê-lo, é crime”. A pena é detenção de 1 a 6 meses ou multa,
podendo ser aumentada em 50% se a omissão resultar em lesão corporal
grave ou até triplicada se resultar em morte.
Chamar por ajuda especializada é a primeira maneira de prestar socorro
à vítima. Mesmo que uma pessoa seja só testemunha de um acidente
com vítimas, se tiver condições de prestar auxílio e não o fizer, estará
cometendo crime de omissão de socorro.
A omissão de socorro e a falta de pronto atendimento eficiente às
vítimas de acidentes de trânsito são as principais causas de mortes ou
danos irreversíveis que poderiam ser evitados. Os minutos imediatos
após o acidente, são os mais importantes para garantir a sobrevivência
e a recuperação de feridos.

Deixar de prestar ou providenciar socorro às vítimas é infração gravíssima, com notificação de


7 pontos no prontuário, multa de R$ 1.467,35, recolhimento da CNH e suspensão do direito
de dirigir.

Quem deve prestar socorro às vítimas?


A maioria das pessoas tem dúvidas sobre como e quando prestar
os primeiros socorros. Afinal, ajudar sem os devidos cuidados pode
prejudicar a vítima. Não ajudar significa omissão.
O Conselho Federal de Medicina recomenda que o socorro seja prestado
pela pessoa mais capacitada no momento e mais próxima do local do
evento de emergência.

88 Primeiros Socorros
1) Socorrista: é a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para,
com segurança, avaliar e identificar problemas que comprometam
a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado atendimento
pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões
já existentes. Estamos falando dos profissionais que trabalham
nos serviços de atendimento a acidentes como SAMU, SIATE etc.
2) Médico ou outro profissional de saúde presente no local: o socor-
rista tem prevalência porque nem todos os profissionais de saúde
estão devidamente treinados para prestar atendimento pré-hospi-
talar, seja em suporte básico ou avançado de vida.
3) Pessoas leigas com noções de primeiros socorros: aquelas que
tenham participado de curso prático de suporte básico ou que te-
nham noções sobre primeiros socorros. Esses conhecimentos são
úteis a toda e qualquer pessoa, e podem fazer toda a diferença em
uma situação de emergência.
4) Pessoas leigas sem noções de primeiros socorros: tendem a se-
guir o instinto natural para ajudar a vítima e, justamente por não
possuírem os conhecimentos necessários, correm o risco de agra-
var o estado do acidentado. É comum que, nessas situações, não
haja ninguém para alertar sobre esse risco. Por isso, a dissemina-
ção desses conhecimentos se mostra tão importante.

A situação de emergência justifica as limitações


A situação de emergência justifica o atendimento ou a ajuda, mesmo que
essa seja dada de forma limitada devido ao baixo nível de conhecimento
de quem está ajudando ou em razão da eventual precariedade das con-
dições no momento e local da emergência.
Obviamente, quanto mais conhecimento e experiência a pessoa tiver,
melhor será a qualidade do atendimento de emergência que ela poderá
prestar com segurança, afinal, quem sabe o que fazer não perde tempo
e poupa segundos preciosos que salvam vidas.
Exemplos de situações de emergência com as quais podemos nos de-
parar:
a) Uma pessoa idosa escorrega no banheiro e, ao cair de costas, para
de respirar. Não haverá tempo sequer para acionar socorro especiali-
zado. O que fazer?
b) Uma turma de adolescentes está em uma trilha da Serra do Mar, fora
do alcance do celular. Um dos jovens cai e quebra o braço. O que
fazer? O que não fazer?
c) Você está dirigindo por uma estrada do interior e o pneu dianteiro
estoura contra uma pedra. Seu filho bate o rosto, está desacordado,
sangrando muito pela boca e pelo nariz, com dificuldade para respirar.
O celular está fora do alcance. O que fazer?
d) O carro que você está dirigindo colide com uma moto. O motociclista
cai violentamente no meio da rua e não está se movendo. Que provi-
dências você deve tomar?
e) Dirigindo por uma rodovia você se depara com um grave acidente e é
a primeira pessoa a se aproximar. O que fazer?

Primeiros Socorros 89
Em todos esses exemplos há coisas que precisam ser feitas e outras
evitadas. É necessário tomar decisões e providências imediatas, dentro
das possibilidades e limitações. Ficar paralisado sem fazer nada é uma
decisão e também pode levar a sérias consequências. O que fazer?

Doação de órgãos Os órgãos de vítimas fatais podem salvar vidas de pessoas que estão
aguardando por cirurgia de transplante.
A legislação atual (Lei 10.211/2001) exige aprovação da família, para
que os órgãos sejam doados. Muitos familiares ainda ficam em dúvida,
por não saber se a vítima, em vida, concordaria ou não. Por isso, é muito
importante que cada membro da família expresse abertamente o seu
desejo de doar seus órgãos, em caso de uma fatalidade. Saber que a
vítima é doadora facilita o processo e permite dar imediato destino aos
órgãos e tecidos, garantindo sua correta preservação.
Uma decisão com poder de proporcionar vida à outras pessoas: diga SIM
à doação de órgãos.

Primeiros procedimentos em caso de acidente de trânsito


Chamar por ajuda especializada

Chamar por ajuda Em locais de acidentes, é comum encontrarmos cenas de sofrimento,


nervosismo e pânico, pessoas inconscientes e outras situações que exi-
especializada jam providências imediatas. Para isso, deve-se:
Quanto antes o socorro for acionado, maiores serão as chances de as
vítimas sobreviverem.
• Equipes de emergência especialmente treinadas para o atendimento
às vítimas de acidentes podem chegar ao local em poucos minutos.
• Esses socorristas contam com formação e equipamentos especiais.

190 – Polícia Militar 193 – Bombeiros


191 – Polícia Rodoviária Federal 199 – Defesa Civil
192 – SAMU: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. (Serviço não
disponível em todos os municípios do Brasil)

Algumas rodovias estaduais possuem seu próprio número de emergência.


É necessário prestar atenção à sinalização e anotar o número do telefone.
Ligações de emergência podem ser feitas de telefone móvel, fixo ou pú-
blico. A ligação é gratuita. Em rodovias pedagiadas, deve-se ligar para a
concessionária.

Ao solicitar socorro, deve-se informar:


• o local exato e o tipo de acidente;
• descrição das vítimas (sexo, idade);
• se há vítimas inconscientes;
• gravidade dos ferimentos das vítimas mais atingidas;
• acatar orientações que serão passadas.

90 Primeiros Socorros
Sinalizar o local Sinalizar o local para evitar novos acidentes e atropelamentos
• Acionar o pisca-alerta.
• Colocar o triângulo de segurança corretamente.
O triângulo de segurança deve ser colocado a uma distância proporcional
à velocidade máxima da via. (veja tabela abaixo)
A distância mínima é de 30 metros, devendo ser maior em curvas e locais
de baixa visibilidade.

Velocidade máxima Distância para início da Distância para início da sinalização


permitida sinalização (pista seca) (chuva, neblina, fumaça, à noite)

60 km/h 60 passos longos 120 passos longos

80 km/h 80 passos longos 160 passos longos

110 km/h 110 passos longos 220 passos longos

Análise do local do acidente


Seja qual for a gravidade da situação deve-se agir com calma, procurando
transmitir apoio aos acidentados. Informar que a ajuda especializada
está a caminho e, se for o caso, agir rapidamente, dentro dos próprios
limites, sem expor-se a riscos.

Quantas são e onde As vítimas podem ter sido lançadas para fora do veículo, estarem presas
em ferragens, caídas na pista de rolamento ou em outras situações.
estão as vítimas?

Muito cuidado para não ser VOCÊ a próxima vítima!

Protegendo-se contra infecções

A transmissão de doenças, infectocontagiosas como AIDS, hepatite e


Covid-19 pode ser facilitada em função da presença de ferimentos e
lesões e pelo contato direto com fluidos da vítima. É necessário proteger-
se tomando as seguintes precauções:
• usar luvas de borracha, item fundamental de segurança;
• evitar ferir-se durante o atendimento;
• não tocar a boca ou olhos com as mãos sem antes lavá-las com
sabão e água corrente.

Primeiros Socorros 91
Origem dos ferimentos em acidentes de trânsito
Existe uma forte relação entre o tipo de acidente e o tipo de ferimento,
dependendo da intensidade do impacto, do tipo de veículo e de como o
impacto afetou cada vítima.
Colisões provocam o impacto dos corpos contra as partes internas do
veículo podendo gerar lesões no rosto, na cabeça e pescoço, no tórax e
abdômen, além de traumatismos nos braços e pernas.
Quanto maior a velocidade no momento da colisão, maiores serão os
efeitos sobre os ocupantes. O uso correto de cintos de segurança e ou-
tros equipamentos como airbags pode salvar vidas, porque os corpos, ao
serem lançados contra as partes internas ou para fora do veículo, podem
sofrer lesões graves.

Acidentes com moto Motociclista caído no chão, suspeitar sempre de fratura de coluna cervi-
cal, fratura de quadril, pernas e braços.

Atropelamento Em um atropelamento geralmente ocorrem três fases de impacto:


• do veículo contra as pernas e o quadril;
• do tronco e cabeça da vítima contra o veículo;
• da vítima contra o solo.
Por isso, deve-se suspeitar de lesão de coluna cervical e de um grande
número de lesões (politraumatismos).

Atendendo as vítimas
Existem critérios internacionalmente aceitos no que se refere à abordagem
para prestar primeiros socorros a uma vítima. As principais etapas são:
• avaliação primária ou avaliação inicial da vítima;
• manutenção dos sinais vitais;
• avaliação secundária;
• procedimentos emergenciais (parada cardiorrespiratória, estado
de choque, hemorragias, fraturas etc.).

Avaliação primária e suporte básico de vida


Os procedimentos aqui descritos obedecem ao protocolo mundialmente
aceito da American Heart Association e são especialmente recomenda-
dos para atendentes leigos.

Reconhecendo a situação
Em qualquer situação em que a pessoa não responde a estímulo, não
está respirando ou está respirando com muita dificuldade, deve-se cha-
mar o serviço de emergência e iniciar imediatamente o processo de
RCP - Ressuscitação cardiopulmonar.

92 Primeiros Socorros
Parada cardiorrespiratória ou dificuldade para respirar
Essa é uma emergência que pode ocorrer em diversas situações: em
casa, no trabalho, durante a prática de esportes ou em qualquer outra
atividade, geralmente causada por problemas cardiovasculares.
Mais de 300 mil pessoas morrem anualmente de problemas cardiovas-
culares no Brasil. Essa é a maior causa de mortes. Quando ocorre esse
tipo de emergência, geralmente a vítima está acompanhada de outras
pessoas, mas que não sabem o que fazer.
A parada cardiorrespiratória leva à morte em poucos minutos, ou pode
causar danos irreversíveis devido à falta de oxigenação no cérebro. É pre-
ciso agir rapidamente, e qualquer pessoa pode realizar os procedimentos
e salvar vidas, desde que aja rápido e corretamente.
Na última revisão de procedimentos de Suporte Básico de Vida, a Ameri-
can Heart Association reafirmou a importância do início imediato da RCP
mesmo por socorristas leigos.

RCP - Reanimação ou Ressuscitação Cardiopulmonar


Ao certificar-se de que a vítima está passando mal, não está respirando
nem reagindo a estímulos, é preciso tomar certas providências enquanto
o socorro de emergência não chega.
1. Solicitar socorro ou certificar-se de que o socorro foi solicitado.
2. Iniciar imediatamente os procedimentos de RCP, que podem ser apli-
cados por qualquer pessoa.

Procedimentos
• Colocar a vítima deitada de costas em uma superfície rígida.
• Ajoelhar-se ao seu lado, na altura dos ombros.
• Com os braços esticados, apoiar as duas mãos, com os dedos
entrelaçados, sobre o peito do acidentado.
• O local exato para pressionar fica a dois dedos acima da ponta do
osso esterno, o osso do centro do peito (entre os mamilos).
• Utilizando o peso do seu corpo, fazer compressões curtas e fortes,
de aproximadamente 5 a 6 cm, comprimindo e aliviando regular-
mente.
• Essas operações têm como função comprimir o músculo cardíaco,
dentro do tórax, reanimando os batimentos naturalmente.
• Repetir essa operação, com uma frequência de, no mínimo, 100 a
120 compressões por minuto, até que haja sinais de recuperação
do batimento cardíaco.

As compressões fortes, profundas e ritmadas fazem o coração bombear


sangue, e isso manterá o cérebro da vítima minimamente oxigenado.

Primeiros Socorros 93
Desobstruir Desobstruir vias aéreas
vias aéreas Enquanto estiver fazendo compressões torácicas, se for notada qualquer
obstrução à passagem de ar, deve-se:
• elevar levemente o queixo da vítima, para facilitar a respiração;
• abrir a boca e remover, próteses, restos de alimentos, sangue, se
houver.
Cuidado Em caso de acidente, suspeitar sempre da possibilidade de fratura de
coluna cervical (pescoço quebrado) e evitar todos os movimentos de
cabeça e pescoço a fim de evitar lesões na medula.

Respiração artificial (de acordo com normas da American Heart Association)


Um atendente Quando houver apenas um atendente, e se este souber aplicar respira-
ção boca a boca, poderá fazer 2 insuflações depois de cada 30 compres-
sões torácicas. Se não souber ou não se sentir apto a fazê-las, deverá
continuar apenas com as compressões torácicas, sem parar.
Para fazer insuflações corretamente, após cada sequência de 30 com-
pressões:
• abrir a boca da vítima. Uma mão segura a mandíbula enquan-
to a outra fecha as narinas;
• o atendente deverá inspirar profundamente, selar seus lábios
em torno da boca da vítima e soprar com força, fazendo o ar
entrar sem escapar, inflando o peito e o abdômen da vítima;
• retirar a boca para o ar sair dos pulmões da vítima e repetir
o processo;
• depois de 2 insuflações, retornar imediatamente novo ciclo de
30 compressões torácicas.
Dois atendentes Quando houver dois atendentes e pelo menos um souber fazer insufla-
ções corretamente, deve-se aplicar a mesma sequência:
• um atendente faz primeiramente 30 compressões torácicas;
• o segundo atendente, que já está em posição, faz 2 insuflações;
• manter o ciclo até chegar socorro especializado.

Em crianças e bebês Em crianças e bebês, o processo é administrado com apenas uma


das mãos, sendo o ciclo de 30 X 2 – trinta compressões e duas
insuflações. Em recém-nascidos, usam-se dois dedos (no centro
do tórax, logo abaixo da linha do mamilo), fazendo-se aproxima-
damente duas compressões por segundo e o ciclo deve ser de
3 X 1 – três compressões e uma insuflação. Em ambos os casos
a respiração artificial é aplicada sobre a boca e o nariz.
Esses procedimentos devem ser mantidos sem interrupção, mes-
mo durante o transporte para um pronto-socorro ou hospital.

94 Primeiros Socorros
Verificar a circulação Verificar a circulação
Os novos procedimentos recomendam que não se perca tempo verifi-
Radial
cando a pulsação, principalmente porque em certas situações é difícil
Carótida
detectar e avaliar o pulso. Além disso, essa informação não altera os
procedimentos para suporte básico de vida: se a vítima não estiver
respondendo, não estiver respirando ou estiver respirando com muita
dificuldade, chamar por socorro enquanto inicia imediatamente a RCP
com as compressões torácicas.

Estado de Estado de consciência


consciência Se a vítima estiver consciente e se comunicando:
• transmitir calma e perguntar como ela se sente;
• evitar que se levante repentinamente ou que se movimente.

Se a vítima não estiver respondendo, poderá estar desmaiada, tendo um


AVC, sofrendo um ataque cardíaco ou entrando em estado de choque.
• Iniciar imediatamente os procedimentos de RCP descritos acima.
• Em caso de acidente, suspeitar sempre de fratura de coluna e
evitar movimentos desnecessários.

Proteção da vítima Proteção da vítima


• Manter a vítima agasalhada ou coberta para evitar a perda de calor
vital.
• Nunca dar água para uma vítima de acidente.

Avaliação secundária em vítimas de acidentes


É preciso verificar a extensão dos ferimentos, a quantidade de sangue
perdida, fraturas e outras lesões, iniciando os procedimentos adequados
para cada caso, de acordo com as prioridades, cuidando sempre da ma-
nutenção dos sinais vitais.

Desmaio
É a súbita perda dos sentidos, normalmente passageira, com perda de
consciência. Pode ser causado por contusões, choques emocionais, ex-
cesso de esforço físico e mental, cansaço, fome, problemas de metabo-
lismo, dentre outros. A vítima deverá se submeter a assistência médica,
para investigação das possíveis causas.
Os principais sintomas do desmaio são: suores frios, palidez, pulso fra-
co, respiração lenta, vista embaralhada ou nublada e perda temporária
de consciência.

Procedimentos
• Deitar a vítima de costas, em local ventilado.
• Se houver queda, verificar os possíveis danos causados.
• Afrouxar suas roupas.

Primeiros Socorros 95
• Elevar-lhe as pernas em nível um pouco superior à cabeça (30 a
45 cm).
• Se a vítima desmaiar novamente ou se ficar inconsciente por mais
de 2 minutos, agasalhá-la e providenciar assistência adequada.
• Ficar atento aos sinais vitais. Desmaios longos podem levar ao
estado de choque.
• Quando a consciência voltar, procurar tranquilizar a vítima.

Estado de choque
Vários fatores podem levar uma pessoa ao estado de choque: emoções
fortes, choques elétricos, hemorragias, queimaduras, envenenamentos,
intoxicações, ataques cardíacos, fraturas, exposição a altas tempera-
turas, ferimentos graves, infecções, reações alérgicas, compressões e
amputações.
Dependendo da causa, há diferentes tipos de estados de choque: cho-
que emocional, choque anafilático, choque térmico, choque cardíaco,
choque hipovolêmico, etc.
O tipo mais comum em acidentes é o choque hipovolêmico, causado pela
perda excessiva de sangue e líquidos. Os principais sinais são:
• palidez, pele fria e úmida;
• suor frio e denso;
• pulso rápido e fraco;
• respiração curta e rápida;
• náuseas e vômitos, sensação de sede;
• extremidades arroxeadas;
• sensação de frio com tremores;
• visão nublada e inconsciência.

Procedimentos
• Avaliar rapidamente a gravidade da situação.
• Tentar eliminar ou controlar a causa do choque (hemorragia, fratu-
ras, queimaduras etc.).
• Revisar os sinais vitais: manter as vias aéreas desobstruídas, ve-
rificar a respiração, batimentos cardíacos e nível de consciência.
• Manter a vítima deitada.
• Se houver sangramento pela boca ou nariz, vômitos ou muita sali-
vação, manter a cabeça da vítima de lado.
• Afrouxar as roupas para facilitar a circulação.
• Mantê-lo agasalhado e protegido.
• Providenciar auxílio médico.

96 Primeiros Socorros
Convulsões
São contrações musculares involuntárias e descontroladas de várias
partes do corpo, causadas por alterações de funções do cérebro, que
costumam durar alguns minutos.

Sintomas
• Súbita perda de consciência e queda ao chão.
• Contrações musculares do corpo e da face, inclusive maxilares.
• Lábios roxos e salivação.
• Respiração forte e irregular.

Procedimentos
• Afastar objetos próximos.
• Proteger a cabeça da vítima e virá-la de lado para evitar possíveis
afogamentos com vômitos e salivação.
• Não tentar impedir os movimentos convulsivos.
• Passada a convulsão, confortar a vítima e deixá-la dormir.
• Verificar sinais vitais e lesões.
• Providenciar assistência médica.

Hemorragias
É a perda de sangue devido ao rompimento de uma veia ou artéria.
O controle da hemorragia deve ser feito rapidamente, pois quando em
excesso e não controlada, pode levar à morte.

Hemorragia externa Hemorragia externa


Hemorragias externas são visíveis, pois o sangue verte para fora do corpo
através dos ferimentos e/ou orifícios naturais do corpo. Quando uma ar-
téria é atingida, o perigo é ainda maior: o sangue é vermelho vivo e sai em
jatos rápidos e fortes, na mesma frequência dos batimentos cardíacos.
Quando as veias são atingidas, o sangue é vermelho escuro e sai de
forma lenta e contínua.

Procedimentos
• Aplicar um curativo de gaze ou pano limpo sobre o ferimento e
pressionar.
• Não trocar o curativo. Quando preciso, colocar novas ataduras por
cima das já existentes, para aproveitar melhor a coagulação.
• Amarrar um pano, atadura, gravata ou cinto, por cima do curativo,
sem apertar muito para não prejudicar a circulação.
• Se continuar sangrando, comprimir a artéria mais próxima da re-
gião, evitando movimentar a parte afetada.
• Em ferimentos pequenos, pressionar com o dedo até parar o san-
gramento.
• Manter, se possível, o membro ferido em posição mais elevada
que o coração.
• Deitar a vítima, se possível.

Primeiros Socorros 97
• Não tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos.
Atenção! • Não aplicar qualquer produto no ferimento.
• Não aplicar garrote.

Hemorragia interna Hemorragia interna


Hemorragias internas ocorrem em órgãos internos, como fígado, baço,
pulmões, estômago, devido a traumatismos profundos, e levam rapida-
mente ao estado de choque.
Os sinais externos devem ser acompanhados e controlados com muita
atenção: pulso fraco e acelerado, pele fria e pálida, mucosas dos olhos e
da boca brancas, mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação
sanguínea, sede, tontura e inconsciência.

Procedimentos
• Manter a vítima deitada.
• Colocar uma bolsa de gelo ou compressas frias no local do trauma.
• A vítima deve receber atendimento médico o mais rapidamente
possível.
• Não deixá-la tomar líquidos.
• Monitorar os sinais vitais para evitar parada cardiorrespiratória.

As hemorragias tendem a ser mais graves em idosos, crianças, mulheres e pessoas debilitadas.

Hemorragia nasal Hemorragia nasal


É causada pelo rompimento dos vasos sanguíneos do nariz. Em acidentes
a hemorragia nasal seguida de sangramento pelos ouvidos pode indicar
traumatismo craniano.

Procedimentos
• Sentar a vítima em local fresco e afrouxar suas roupas.
• Pedir à vítima para respirar pela boca e não a deixar assoar o nariz.
• Encaminhar o acidentado a um médico.
• Se a vítima estiver inconsciente, deve-se manter a cabeça de lado
para evitar asfixia e afogamento, tomando cuidado, principalmente
com lesões na coluna cervical.

Fraturas
Nome dado à quebra de qualquer osso do corpo.
As fraturas mais comuns são as dos ossos das pernas e braços. Deve-se
suspeitar de uma fratura sempre que houver dor, edema (inchaço), de-
formação ou quando:
• a parte afetada apresentar um aspecto alterado;
• o membro estiver em posição anormal;
• a vítima sentir dificuldade ou impossibilidade de movimento;
• a vítima sentir muita dor, inchaço ou sensação de atrito no local.

98 Primeiros Socorros
Fraturas fechadas Fraturas fechadas
Nesse caso, o osso quebrado não perfurou a pele. O primeiro passo con-
siste na imobilização do membro fraturado, para impedir o deslocamento
das partes quebradas, evitando maiores danos.

Procedimentos
• Movimentar a vítima o mínimo possível.
• Colocar talas para sustentar o membro atingido. Alguns materiais
podem servir de tala: vareta de madeira ou metal, estaca, tábua,
papelão, revista ou jornal dobrado.
• As talas deverão ultrapassar as articulações, acima e abaixo da
fratura.
• Envolver as talas em panos, para não machucar a pele da vítima.
• O braço com suspeita de fratura deve ser imobilizado preferen-
cialmente junto ao peito.
• Amarrar as talas, com ataduras ou tiras de pano, não muito aper-
tadas, em quatro pontos:
• abaixo da articulação e abaixo da fratura;
• acima da articulação e acima da fratura.

No caso de fratura na perna, um bom recurso é amarrar a perna quebra-


da na outra, colocando um lençol ou manta dobrada entre as duas.

Fraturas abertas Fraturas abertas ou expostas


ou expostas São fraturas nas quais as pontas do osso fraturado perfuram a pele.
Aqui, além da fratura, deve-se cuidar do ferimento evitando contamina-
ções, infecções e hemorragias.

Procedimentos
• Fazer um curativo protetor sobre o ferimento, com gaze ou pano
limpo.
• Se houver ruptura dos vasos, haverá hemorragia, que precisa ser
controlada.
• Imobilizar o membro fraturado, da mesma forma que em uma
fratura fechada.
• Providenciar socorro especializado.
Entorses Entorses
Quando articulações são forçadas além do limite natural. O mesmo que
torção.

Luxações Luxações
Ocorrem nas articulações, quando os ossos saem do lugar, e provocam
muita dor, inchaço e dificuldade nos movimentos etc.
Importante! Nas entorses, luxações e outros casos onde haja dúvida, deve-se sem-
pre tratar como se fosse uma fratura, pois pode ter havido o rompimento
de ligamentos.

Primeiros Socorros 99
Lesão na coluna Lesão na coluna vertebral
A coluna vertebral é formada por pequenos ossos chamados de vér-
vertebral tebras. As vértebras formam um canal onde está a medula, por onde
passam impulsos nervosos que controlam movimentos, sensações e re-
ações de todos os membros e funcionamento de órgãos.
Em uma fratura de coluna, se houver lesão na medula, poderá ocorrer a
perda definitiva de movimentos ou funções do corpo.
Vértebra

Medula Devemos suspeitar de fratura na coluna sempre que a vítima:


• estiver inconsciente;
Nervos
• apresentar dores nas costas ou no pescoço;
Disco
Intervertebral • apresentar formigamentos e dormência nos braços e pernas;
• não conseguir sentar, ou não mexer alguma parte do corpo.

Procedimentos
• Não mexer, nem deixar ninguém tocar na vítima, até a chegada do
socorro especializado.
• Manter a vítima agasalhada e imóvel.
• Observar a respiração, pois esse tipo de lesão pode provocar para-
da respiratória, que exigirá procedimentos de RCP.

Transportar pessoas com suspeita de fratura de coluna é muito


arriscado
Mesmo que o socorro demore, é preferível esperar, sem tocar na vítima.
Porém, isso varia muito de uma situação para a outra. Quem estiver pres-
tando o atendimento de emergência terá que tomar essa difícil decisão.
Quando não houver possibilidade de chegada de socorro, ou se o estado
da vítima estiver se agravando rapidamente, ou ainda para afastar de
perigo iminente, poderá tornar-se obrigatória a sua remoção.

Procedimentos
• Providenciar ou improvisar uma maca ou padiola.
• Para passar a vítima para a maca, utilizar pelo menos três pessoas:
cada uma ergue uma parte do corpo, ao mesmo tempo e com
muito cuidado, sem entortar ou torcer o corpo da vítima, sempre
cuidando da coluna cervical.
• Manter a vítima esticada e deitada de barriga para cima, providen-
ciando apoio para a coluna, na cintura e no pescoço.
• Se houver lesão no pescoço, improvisar um colar cervical de pape-
lão, envolto em uma bandagem, para imobilizar a cabeça da vítima.
• Quando não houver papelão, improvisar com uma camisa, toalha,
jornal ou outro pano.
• Para evitar movimentos da vítima, imobilizá-la na maca, passando
faixas em quatro pontos, sem apertar demais.
• O transporte deve ser feito evitando freadas e movimentos bruscos.
• Não transportar a vítima sentada ou encolhida.

100 Primeiros Socorros


Fratura de crânio
Fraturas no crânio são sempre graves, devido a possibilidade de lesão no
cérebro. A vítima com suspeita de fratura no crânio geralmente apresenta:
• lesões na cabeça;
• perda de sangue pelo nariz, boca ou ouvidos;
• tontura progressiva, com desmaios;
• dores de cabeça;
• enjoos e vômitos;
• alterações no tamanho das pupilas.

Procedimentos
• Manter o acidentado com a cabeça levemente erguida.
• Afrouxar suas roupas na área do pescoço.
• Se houver sangramento do couro cabeludo, cobrir com gaze, sem
pressionar.
• Enfaixar a cabeça, com cuidado, sem comprimir áreas moles ou
deprimidas.
• Conduzir o paciente a um hospital.
• Não dar de beber ou comer à vítima.
• Ficar atento aos sinais vitais, com cuidado especial para as vias
aéreas, devido ao risco de afogamento por vômito.
• Se for preciso transportar a vítima, dar preferência à utilização da
maca, tomando todos os cuidados necessários para imobilização.

Fratura de costelas
A vítima com suspeita de fratura nas costelas apresenta os seguintes
sintomas:
• dores intensas no tórax, ao tentar se movimentar ou respirar;
• corpo torcido;
• amolecimento dos tecidos na área afetada;
• deformações e deslocamentos;
• se as pontas das costelas tiverem perfurado os pulmões, a vítima
apresentará golfadas de sangue vermelho vivo pela boca.

Cuidados de emergência
• Movimentar a vítima o mínimo possível.
• Se houver eliminação de sangue pela boca, manter as vias aéreas
desobstruídas.

Fratura de quadril
A vítima com suspeita de fratura de quadril apresenta dores intensas na
região, com impossibilidade de mover as pernas.
Os procedimentos são semelhantes aos de fratura da coluna vertebral:
• deitar a vítima sobre uma superfície plana, sem movimentações
desnecessárias;

Primeiros Socorros 101


• imobilizar a vítima, antes de movimentá-la, em uma maca ou
tábua que apoie o corpo dos pés até a cabeça, revestida com
panos macios. Amarrá-la com pelo menos duas ataduras no
tórax e duas ataduras nas pernas.

Queimaduras
São ferimentos presentes principalmente na pele. As causas mais co-
muns são: fogo ou radiação, vapores, líquidos e sólidos quentes, pro-
dutos químicos como ácidos ou soda, atrito ou abrasão, frio extremo.
Em acidentes de trânsito as partes mais afetadas são: mãos, pés, face,
genitais e vias aéreas.

As queimaduras podem ser classificadas em três níveis, de


acordo com a gravidade:
• primeiro grau: vermelhidão e dor no local, sem a formação
de bolhas;
• segundo grau: vermelhidão, dor e formação de bolhas na ca-
3º Grau
mada superficial, com posterior descamação;
• terceiro grau: pele destruída em todas as camadas, atingindo
2º Grau
músculos, nervos, outros órgãos e até os ossos.
1º Grau
A mesma vítima poderá apresentar os três tipos de queimaduras.

Qualquer queimadura que não seja uma vermelhidão superficial, local e


de pequena extensão, exige que a vítima seja encaminhada para trata-
mento médico. O risco de morte depende muito mais da extensão das
lesões do que do grau da queimadura.

Recomendações Seguem algumas recomendações e procedimentos que visam aliviar o


sofrimento da vítima, diminuir o risco de contaminações e prevenir o
estado de choque.
• Identificar, afastar e controlar a causa da queimadura.
• Se tiver que combater o fogo nas roupas, abafar com um cobertor
e não deixar a vítima correr. Em último caso, rolar a vítima sobre si
própria. Esse procedimento tem o risco de contaminar e adicionar
detritos e sujeira aos ferimentos.
• Nas queimaduras por agentes químicos, aplicar jatos de água ao
mesmo tempo em que for sendo tirada a roupa da vítima.
• Lavar a área afetada com bastante água ou soro fisiológico.
• Procurar atendimento médico, mesmo que a lesão não seja apa-
rentemente grave.
• Verificar respiração, batimentos cardíacos e nível de consciência,
agindo conforme cada caso para manter os sinais vitais.
• As roupas que estiverem grudadas na pele não devem ser removi-
das. Essa operação deverá ser realizada pelo atendimento espe-
cializado.
• Não passar loção, óleo, pomada, clara de ovos ou qualquer outro
produto, pois só servem para complicar o tratamento correto.
• Não estourar bolhas. Se já estiverem estouradas, evitar qualquer
contato direto com a parte lesionada.

102 Primeiros Socorros


Procedimentos
• Deitar a vítima de modo que a cabeça e o tronco fiquem em nível
mais baixo que o resto do corpo.
• Aplicar um pano limpo sobre o local da queimadura. Em seguida,
molhar este pano para manter úmida a parte afetada.
• Em caso de queimadura nos olhos, lavá-los abundantemente com
água limpa ou soro fisiológico, cobri-los com gaze ou pano limpo e
procurar imediatamente um especialista.

Queimaduras por choque elétrico são comuns em colisões com postes. O contato com
cabos elétricos pode manter o veículo energizado, e eletrocutar ou queimar quem tocar na
lataria. A recomendação é que os ocupantes se mantenham dentro do veículo até a ajuda
especializada chegar. No entanto, se houver princípio de incêndio, o ideal é pular do veículo
sem tocar na lataria.

Ferimentos nos olhos


Qualquer tipo de ferimento nos olhos pode ser muito grave e, por isso,
a vítima deve ser levada imediatamente a um especialista. Mesmo com
ferimentos graves, os olhos têm a possibilidade de recuperação, desde
que tratados a tempo.

Procedimentos
• Não permitir que a vítima esfregue os olhos.
• Em caso de contato com produtos químicos, lavá-los com água
abundante.
• Não tentar retirar cacos ou objetos cravados.
• Utilizar ataduras para cobrir os dois olhos, mesmo que um deles
esteja sadio, esse procedimento irá diminuir a movimentação
natural dos olhos.

Ferimentos no tórax e abdômen


Tórax
• Tapar ferimentos externos que possam ter atingido os pul-
mões, para evitar a entrada de ar.
• Pressionar o ferimento diretamente com uma gaze ou pano
limpo, com o dedo ou com a mão.
• Prender o curativo com uma faixa ou cinto, sem apertar demais.

Abdômen
• Não retirar corpos estranhos dos cortes ou perfurações, isso
poderá iniciar ou agravar uma hemorragia.
• Cobrir o ferimento com uma compressa ou pano limpo, man-
tendo-a firme no lugar.
• No caso de órgãos internos expostos, não tocar diretamente
neles, nem tentar recolocá-los. Cobrir com uma compressa
ou pano limpo, umedecido em água limpa ou soro fisiológico.

Primeiros Socorros 103


Acidentes envolvendo veículos que transportam produtos perigosos
Placas e símbolos deste tipo identificam veículos que transportam pro-
dutos perigosos, como combustíveis, produtos químicos, explosivos, etc.
Acidentes envolvendo esse tipo de veículo podem ser muito perigosos
para quem estiver nas proximidades. O procedimento ideal é manter
distância, sinalizar para evitar outros acidentes e acionar imediatamente
o socorro especializado.

Como prestar auxílio em caso de acidente com motociclista


Acidentes envolvendo motociclistas exigem cuidados especiais:
• prever que pode haver múltiplas lesões;
• suspeitar sempre de fratura de cervical e de quadril;
• sempre que possível, aguardar por socorro especializado, sem mo-
1
vimentar a vítima;
• estabilizar a coluna cervical se houver necessidade de mover a
vítima;
• não retirar o capacete, a menos que haja alguém que domine a
técnica para retirá-lo;
2 • verificar se há dificuldade para respirar. Nesse caso, avaliar a pos-
sibilidade de soltar a fivela do capacete;
• se a vítima não estiver respirando ou estiver respirando com mui-
ta dificuldade, iniciar imediatamente o procedimento de compres-
sões cardíacas, conforme descrito no capítulo de “Reanimação
cardiopulmonar”.
3

Movimentação e transporte de emergência


Regra geral As vítimas não devem ser movimentadas a não ser em casos de extrema
necessidade como os descritos abaixo, com as respectivas técnicas de
deslocamento correto.
Movimentação realizada para afastar a vítima de situações de perigo,
como por exemplo, quando ela está:
• no meio da pista, sujeita a atropelamentos e novos acidentes;
• com o corpo total ou parcialmente submerso, sujeita a afogamento;
• exposta a gases venenosos, vazamento de combustíveis,
risco de incêndio etc.

Existem duas maneiras de arrastar a vítima, mesmo que por


poucos metros, para poder atendê-la com segurança, sempre
no sentido do comprimento do corpo, nunca torta ou de lado:
• puxando-a pelos pés, sem levantá-los muito;
• puxando-a pelos braços cruzados de forma a imobilizar
a cabeça.

104 Primeiros Socorros


Transporte de Transporte de emergência
A vítima somente deverá ser transportada se o seu estado estiver se
emergência agravando muito rapidamente ou se houver a certeza de que o socorro
especializado não chegará a tempo. Nesse caso, o transporte deverá
ser feito com muito cuidado, a fim de não agravar lesões já existentes.

Antes de transportar a vítima


• Controlar e manter os sinais vitais.
• Estancar ou controlar todas as hemorragias.
• Imobilizar todos os pontos suspeitos de fratura.
Durante o transporte da vítima
• Não interromper as verificações de sinais vitais.
• Não interromper os procedimentos de reanimação cardiopulmonar
que tenham sido iniciados.
• Manter a vítima na posição mais confortável e segura possível.
• Evitar movimentos bruscos.
• Usar maca: é um excelente meio de movimentação e transporte
e, portanto, deve ser usada sempre, mesmo sendo improvisada.
Vejaalgumas formas simples de improvisar uma maca ou padiola.
• Uma porta ou tábua larga.
• Um assento do banco traseiro de automóvel.
• Duas camisas ou um paletó abotoados em volta de duas varas
resistentes.
• Um cobertor enrolado, dando três voltas em dois tubos ou varas.

Para colocar e tirar a vítima da maca, a maneira mais segura, principalmente quando há
suspeita de fratura de coluna ou bacia, é utilizar o método de 3 ou 4 pessoas, onde cada um
ergue uma parte do corpo da vítima, ao mesmo tempo e de forma coordenada, cuidando para
não permitir movimentos na cabeça e no pescoço.

Questões - PRIMEIROS SOCORROS


01. Na ocorrência de sangramento abundante, 03. A vítima apresenta um pedaço de vidro no
qual o cuidado indicado? olho. O que devemos fazer antes de remo-
a) Garrotear (usar torniquete). ver a vítima?
b) Fazer compressão no local do sangramento. a) Retirar o vidro com os dedos.
c) Dar bastante líquido para a pessoa tomar. b) Retirar o vidro com uma pinça.
d) Jogar bastante água oxigenada para coagu- c) Pingar colírio anestésico/desinfetante.
lar e limpar o ferimento. d) Cobrir o ferimento e fechar o outro olho.
e) Deixar o sangramento parar sozinho. e) Lavar com água gelada.
02. Uma pessoa foi atropelada e está caída no 04. O procedimento INCORRETO para fraturas é:
meio da rua. O que fazer em primeiro lugar? a) Movimentar a vítima o mínimo possível.
a) Remover a pessoa para a calçada. b) Colocar talas para sustentar o membro
b) Anotar a placa ou correr atrás do carro que atingido.
a atropelou. c) Impedir o deslocamento das partes, para
c) Tentar chamar algum parente da vítima. evitar maiores danos.
d) Iniciar imediatamente o atendimento, no local. d) Encaixar os ossos fraturados, o mais rápido
e) Sinalizar o local para evitar outros acidentes. possível.
e) Improvisar, podendo usar vários materiais
como talas.

Primeiros Socorros 105


05. Em caso de acidente: c) Retirar o objeto e comprimir o local com
a) é obrigação de todos sempre prestar auxílio gaze.
à vítima. d) Só retirar o objeto se este estiver causando dor.
b) é obrigação de todos prestar auxílio desde e) Retirar o corpo estranho e esperar a coagu-
que não corra risco pessoal. lação do sangue.
c) é obrigação de todos prestar auxílio, mesmo
com risco pessoal. 11. Uma vítima de acidente de trânsito está
gritando, com muita dor. O que fazer?
d) a obrigação de socorrer é apenas para quem
causou o acidente. a) Dar remédio para dor.
e) não existe obrigação legal em socorrer. b) Levar imediatamente para o hospital.
c) Prestar os primeiros socorros e esperar a
06. Uma vítima de acidente pede água para chegada do resgate.
beber. O que fazer? d) Fazer compressas geladas no local da dor.
a) Mantê-la em jejum. e) Fazer compressas quentes no local da dor.
b) Dar bastante líquido para hidratar a vítima.
c) Dar um copo, no máximo. 12. Ao socorrer corretamente uma vítima de
acidente, deve-se levar em consideração
d) Não forçar, deixar tomar apenas o que quiser. em primeiro lugar:
e) Dar leite ou líquidos adocicados, de prefe-
rência. a) a obstrução das vias aéreas.
b) uma possível parada cardíaca.
07. Uma vítima apresenta fratura exposta c) o nível da dor da vítima.
(o osso quebrado está para fora). O que fazer? d) uma possível fratura.
a) Garrotear o membro fazendo um torniquete. e) uma lesão cerebral.
b) Empurrar aquele osso para dentro.
c) Puxar o membro para que o osso volte para 13. O que fazer, no local, com o acidentado que
seu lugar. sofreu queimaduras?
d) Observar se a vítima está respirando, imobi- a) Passar pasta de dente na ferida.
lizar o membro e acalmar a vítima. b) Passar desinfetante na ferida.
e) Jogar água gelada até chegar o resgate. c) Cobrir a ferida com um pano qualquer.
d) Dar leite para a pessoa tomar.
08. Uma vítima de acidente de trânsito parou
e) Lavar com água limpa ou soro fisiológico.
de respirar. Nesta situação, você:
a) avalia que a vítima morreu, não há mais 14. Um motociclista está caído com o capacete
nada a fazer. na cabeça. Deve-se:
b) avalia que a vítima ainda pode estar viva, se a) remover imediatamente o capacete.
não estiver roxa. b) remover o capacete se ele estiver consciente.
c) avalia que a vítima pode estar viva e deve c) remover o capacete se ele estiver inconsciente.
ser atendida imediatamente.
d) sinalizar o local, chamar o resgate e verificar
d) fica impedido de prestar socorro se estiver a respiração.
sozinho.
e) ajudá-lo a erguer-se do chão.
e) aplica alguns tapas nas costas, pois a víti-
ma pode estar engasgada. 15. O melhor local no corpo para se verificar a
pulsação é:
09. Uma pessoa bateu a cabeça, perdeu a
consciência e depois acordou dizendo que a) no pé.
está bem. O que fazer? b) no pescoço.
a) Neste caso, não há necessidade de ir ao c) na artéria pulmonar.
hospital. d) atrás do joelho.
b) Recomendar que fique acordada durante e) em alguma veia saliente.
24 horas.
c) Sempre levar a pessoa ao hospital. 16. A vítima que deverá receber primeiro os
procedimentos de primeiros socorros, é a
d) Levar ao hospital somente se precisar de que estiver:
curativo.
e) Apenas fazer compressas com gelo. a) gritando, com muita dor.
b) em estado de choque.
10. A vítima de acidente apresenta objeto cra- c) respirando com muita dificuldade.
vado no corpo. O que fazer? d) xingando, com muitas ameaças.
a) Retirar imediatamente o corpo estranho. e) com muitas fraturas.
b) Verificar a respiração e não tentar remover o
corpo estranho.

106 Primeiros Socorros


RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Relações O termo Relações Interpessoais significa relacionamento entre pes-
soas. Engloba todos os tipos de relacionamento entre seres humanos.
interpessoais
O primeiro grupo ao qual o ser humano pertence é a família. Desde
o primeiro minuto de vida, mesmo sem falar, entender ou conhecer as
pessoas que estão à sua volta, já está envolvido em seus primeiros rela-
cionamentos interpessoais, como fará por toda a sua existência.
Até chegar a idade adulta e assumir o seu papel na sociedade, o indivíduo
terá estabelecido milhões de vínculos nas suas relações interpessoais,
mesmo sem ter consciência disso. Terá participado de inúmeros grupos
sociais como de amigos do bairro, colegas da escola, membros da igreja,
etc. Depois virão os relacionamentos profissionais e assim por diante.
Todos os relacionamentos que o indivíduo cultiva durante a vida, quer se-
jam hostis ou amigáveis, passageiros ou duradouros, apresentam uma
característica em comum: a comunicação.
O relacionamento interpessoal é a mola propulsora da sociedade moderna.
A qualidade dos relacionamentos, bem como a capacidade individual de man-
tê-los, são fatores determinantes de posicionamento social e qualidade de vida.

O indivíduo, o grupo e a sociedade


Indivíduo cidadania é o exercício, pelo cidadão, dos direitos e deveres que lhe são
outorgados pelo Estado e pela Sociedade.
Cada pessoa é um ser único, diferente de todos os outros. A individual-
idade é formada a partir da interação entre características herdadas e
características adquiridas do ambiente, durante a vida.
Grupo social O indivíduo tem contato direto com outras pessoas com as quais tem
afinidade ou objetivos comuns fornando grupos sociais.
O ser humano é livre para escolher os grupos dos quais deseja partici-
par: de trabalho, famíliar, amigos, religioso, lazer, etc.
Provavelmente, foi a sobrevivência que levou o ser humano a optar pela
vida em grupo. O indivíduo integrado a um grupo, adota os objetivos co-
letivos, sem perder sua individualidade.
O equilíbrio entre as necessidades coletivas e individuais determinam a
harmonia da convivência.
Sociedade Ao contrário do grupo, com a sociedade temos um relacionamento in-
direto e impessoal: identificamo-nos com ela por pertencermos a uma
mesma nação. Identidade cultural, valores e princípios comuns fazem
com que sejamos semelhantes, mesmo a pessoas estranhas ao nosso
relacionamento individual.

Relacionamento Interpessoal 107


Diferenças individuais
cada pessoa vê, sente, interpreta e se adapta aos acontecimentos do
dia a dia de maneira diferente. Isto ocorre em função de diferenças na
formação, vivência, cultura e personalidade de cada um.
Por conter todos os tipos possíveis de indivíduos, o que é muito positivo,
a sociedade se beneficia da diversidade, que garante inovações e criati-
vidade, fatores que contribuem para que não haja estagnação.
Basta declararmos que, sobre determinado assunto, não existe mais
nada a desenvolver, para que apareça alguém que é diferente, enxerga
sob outra ótica, vê pontos que haviam passado despercebidos anterior-
mente e inova os conceitos existentes.
Diferenças individuais são nossa marca registrada e nós a carimbamos
em tudo o que fazemos: na maneira de elogiar ou criticar, no modo como
avaliamos as outras pessoas, no trabalho, nos relacionamentos com a
família, amigos, etc.
Além da personalidade, os cidadãos possuem outras características que
os diferem uns dos outros. Segundo o IBGE, quase 24% da população,
(aproximadamente 45 milhões de brasileiros) possui algum tipo de defi-
ciência, seja ela mental, visual, auditiva ou motora.
Para atender às necessidades dessas pessoas e garantir seus direitos
como cidadãos, foram implementadas no país leis como a 10.098/00
e 13.146/15 – Leis da Acessibilidade, que garante às pessoas com
deficiência o acesso a espaços públicos e privados, sem restrição física
ou de comunicação.
Entre os direitos assegurados por essa Lei destacam-se as rampas,
passagens especiais para pedestres, semáforos sonorizados, vagas de
estacionamento sinalizadas para cadeirantes, transporte coletivo adap-
tado, espaços reservados em locais de lazer e instrução, bem como o
acesso à informação, comunicação e educação através de intérpretes ou
recursos audiovisuais com tradução em LIBRAS. As instituições que dis-
Outras variações: põem de equipamentos, recursos e serviços especializados para surdos,
símbolo branco em fundo por exemplo, devem ser identificadas através do Símbolo Internacional
preto ou símbolo preto em de Pessoas com Deficiência Auditiva, conforme modelo ao lado.
fundo branco.
Atualmente é possível encontrar a maioria dessas adaptações em dife-
rentes espaços, principalmente no trânsito, onde a garantia do sucesso
nos relacionamentos interpessoais está no respeito às diferenças e na
igualdade dos direitos.

O bom relacionamento

Saber estabelecer relacionamentos interpessoais de qualidade e poder


mantê-los é uma das características mais valorizadas atualmente.
Aprimorar valores Além de uma comunicação eficiente, as pessoas competentes em seus
relacionamentos interpessoais têm características especiais, que é pos-
sível desenvolver e aprimorar. São os valores:
• Respeito: por ser um dos valores mais importantes, o respeito é a viga
mestra dos relacionamentos. Várias são as atitudes que bem caracterizam
as pessoas respeitosas: respeito pelo direito dos outros, pelas diferenças
individuais, pela diversidade de opiniões, pelo ambiente e até por si próprio.

108 Relacionamento Interpessoal


• Flexibilidade: as pessoas têm interesses distintos. É preciso “jogo
de cintura” para evitar conflitos e buscar soluções criativas para
problemas criados pelos relacionamentos. Além disso, as pessoas
mais flexíveis têm melhor capacidade de adaptação quando expos-
tas a diferentes situações ou ambientes.
• Bom senso e sabedoria: qualquer situação ou problema tem mais
de uma maneira de ser interpretado ou resolvido. O controle das
situações está sempre na mão de quem age com bom senso e
ponderação.
• Humildade: reconhecer os próprios erros, com humildade e sim-
plicidade tem a propriedade de dissolver os desentendimentos na
raiz. Entretanto, nos relacionamentos, poucos são aqueles que re-
conhecem seus próprios erros.
• Paciência: as pessoas pacientes não precisam resolver tudo na hora,
não são afobadas nem tiram conclusões precipitadas. Sua capaci-
dade de relacionamento é boa, porque são capazes de ouvir, sem
pressa.
• Equilíbrio: controlar o próprio temperamento é fundamental para
quem deseja e necessita desenvolver uma boa capacidade de se
comunicar e negociar.
• Empatia: habilidade de se colocar no lugar da outra pessoa para
poder ouvir, ver e sentir através da perspectiva dela. Muito útil nos
relacionamentos porque, ao demonstrar que sabemos como a pes-
soa se sente, muitas vezes as razões do conflito deixam de existir.
• Receptividade: para dar qualidade às nossas relações interpes-
soais é necessário estar aberto, reduzir as barreiras, cultivar a
simpatia e demonstrar boa vontade.
• Igualdade: todos gostam de ser bem tratados e não há nada que
distancie mais do que se sentir inferiorizado. Não devemos dei-
xar que as decisões sejam afetadas por simpatias, antipatias ou
preconceitos. As vezes agimos como juízes das atitudes alheias,
condenando outros por ações que também cometemos.
• Educação: cultivar as boas maneiras, saber o valor da civilidade,
tratar bem as pessoas, ser gentil e cordial são atributos indis-
pensáveis para quem sabe que o sucesso pessoal e profissional
depende da qualidade dos relacionamentos.
• Persistência: para manter as qualidades necessárias aos bons
relacionamentos é preciso utilizá-las continuamente. Uma ou outra
vez apenas não basta; para isso, é necessário ser perseverante,
até que os resultados apareçam.

Bom relacionamento no trânsito


no trânsito, boas atitudes entre condutores e/ou pedestres têm o poder
de promover o respeito e a cidadania. É essencial saber agir corretamen-
te frente às diversas situações do dia a dia no trânsito, reconhecendo e
alterando maus hábitos e posturas negativas.
• A comunicação entre os usuários do trânsito deve ser simples e obje-
tiva, para que não dê margem para má interpretação. Mensagens cur-
tas e rápidas facilitam a compreensão entre condutores e/ou pedes-
tres, contribuindo para a boa fluência do trânsito e evitando acidentes.

Relacionamento Interpessoal 109


Ver o lado positivo • É preciso compreender certas atitudes incorretas dos outros mo-
toristas, pois, provavelmente, não tiveram a oportunidade de ana-
lisar suas atitudes e melhorar seu comportamento no trânsito.
Jamais reagir, pois um erro não justifica o outro.
Agir com bom senso • No trânsito, atitudes refletidas e bem pensadas podem fazer a
diferença em momentos de tensão ou em situações críticas. O
condutor consciente é aquele que, em uma situação delicada, pen-
sa antes de agir, procura analisar os dois lados e ser justo em
palavras e decisões sem ficar nervoso, principalmente se o errado
for ele mesmo.
Saber distinguir o • Congestionamentos, incidentes e situações tensas geram irritação
momento oportuno e desconforto. Nestas circunstâncias, é preciso manter a cabeça
fria e escolher o momento ideal para agir, pois qualquer gesto ou
atitude imprópria pode gerar confusão e até acidentes.
Não participar de • O “bate-boca” não resolve, porque ninguém mais está escutando.
brigas e discussões O ideal é não participar de desentendimentos desse gênero. O
participante mais capaz e inteligente procura acalmar os ânimos
para voltar ao diálogo.
Usar o veículo para • Utilizar o veículo para demonstrar nível social, para compensar sen-
a finalidade correta timentos de inferioridade e insegurança e usar o tamanho e a potên-
cia para intimidar os outros, são atitudes socialmente reprováveis.
Comunicação face a • No trânsito, algumas ocorrências provocam comunicação “cara-a-
-cara”. Nessas “conversas”, comuns em incidentes, geralmente
face: como agir? são transmitidas várias outras “impressões” além da mensagem
que está sendo falada. É preciso tomar cuidado com entonação
de voz e expressões utilizadas, que podem complicar a situação, ao
invés de resolvê-la.

Qualidade no relacionamento interpessoal


Qualidade de vida Quem convive diariamente no trânsito precisa empenhar-se para propor-
cionar um ambiente de qualidade e, mais do que exigir dos outros, deve
comprometer-se a fazer a sua parte. Isso depende de uma ação pessoal
consciente e determinada.
Autoavaliação O condutor deve questionar continuamente suas ações no trânsito, auto-
-avaliar suas atitudes, verificando o próprio desempenho em cada nova
situação à qual for exposto e corrigindo-o, quando necessário.
O condutor que faz auto-avaliação, melhora suas atitudes, e serve tam-
bém de exemplo para outros condutores, gerando um convívio melhor no
espaço tumultuado que é o trânsito.
Sempre que o resultado dos nossos relacionamentos interpessoais não
é exatamente aquele que gostaríamos que fosse, devemos parar e refle-
tir. Apesar da tendência que temos de culpar os outros é provável que os
verdadeiros motivos estejam em nós mesmos.
Em primeiro lugar, precisamos rever mentalmente relacionamentos fami-
liares, pessoais, com amigos, colegas de trabalho, chefes, clientes e até
Mudança de atitude: com pessoas estranhas, fazendo uma avaliação sincera.

Uma questão de Em seguida, devemos reconhecer com humildade nossos pontos


fracos, que podem estar minando a qualidade dos nossos relacio-
consciência namentos interpessoais.

110 Relacionamento Interpessoal


Finalmente, precisamos nos convencer de que mudanças pessoais ne-
cessárias para que haja melhora, dependem unicamente de nós.

O cidadão e o trânsito

Cidadão é o indivíduo consciente do seu papel na sociedade. Para que


a vida em sociedade seja possível, como vimos, foram criadas normas
de conduta, que definem nossos direitos e deveres enquanto cidadãos.
Essas normas são determinadas pelas Leis e pelos Códigos. Na Socie-
dade Brasileira, a Lei máxima é a Constituição da República Federativa
do Brasil, promulgada em 1988. Além dela, temos Códigos, com leis
mais específicas, como o Código Civil Brasileiro, o Código Penal, o Códi-
go de Trânsito, etc.
O cidadão tem o dever de obedecer às leis e códigos, em benefício do
bem comum. Esta é a melhor forma de respeitar o direito das demais
pessoas e ter os seus respeitados. As mesmas leis e códigos definem
que estamos sujeitos a punições toda vez que nosso comportamento for
nocivo para a coletividade ou para nós mesmos.
O trânsito é o mais importante ponto de junção dos diversos grupos,
segmentos e indivíduos de uma sociedade.
É um sistema extraordinariamente complexo, do qual todos dependemos
diariamente:
• Para nos deslocarmos, como condutores, passageiros ou pedestres.
• Para despacharmos as mercadorias que produzimos.
• Para recebermos as mercadorias e produtos que consumimos.

Código de Trânsito Nosso comportamento no trânsito é regido por um conjunto de leis,


formado pelo Código de Trânsito Brasileiro por Decretos, Resoluções
Brasileiro, de 1998 Complementares e Portarias das Autoridades de Trânsito.
Este conjunto prevê comportamentos e ações corretas para todos os
elementos do trânsito, bem como infrações, multas, penalidades e a
responsabilização civil e criminal por nossos atos no trânsito, principal-
mente quando colocamos em risco a segurança e a vida, nossa e das
demais pessoas.
O atual Código de Trânsito Brasileiro, que entrou em vigor em janeiro
de 1998, é muito mais rigoroso que o anterior. Violações individuais dos
direitos das demais pessoas, como o de ter um trânsito seguro, estavam
tomando proporções alarmantes, refletidas em estatísticas de acidentes
e mortes no trânsito brasileiro.
Além de ser muito mais rigoroso, o atual Código de Trânsito Brasileiro
determina, no Capítulo VI, que a Educação para o Trânsito é um direi-
to de todos, devendo ser promovida nos ensinos infantil, fundamental,
médio e superior. A Educação é a base para o cidadão reivindicar seus
outros direitos em relação ao trânsito, como o do Esforço Legal (fis-
calização) e o da Engenharia (vias seguras e sinalizadas). Estes três
elementos combinados e executados de forma complementar e contínua
irão contribuir certamente, como já ocorreu em outros países, para tornar
o trânsito brasileiro mais seguro, humano e funcional.

Relacionamento Interpessoal 111


A educação é fundamental visto que, infelizmente, é no trânsito que algu-
mas pessoas descarregam suas frustrações e problemas pessoais. No
trânsito, presenciamos diariamente:
• Desrespeito.
• Provocações.
• Demonstrações de superioridade.
• Agressividade.
• Violência.

São atos praticados principalmente por condutores, aos quais cabe a


maior parcela de responsabilidade na segurança do trânsito.

O bom motorista: O bom cidadão, geralmente, é também um bom motorista, pois as quali-
dades para ambos são as mesmas.
• Respeita as normas de trânsito.
• Respeita o direito das outras pessoas.
• Preserva o meio ambiente.
• Preserva o patrimônio público.
• É amigável, avisa e ajuda.
• Age corretamente, com civilidade.
• É cooperativo com todos os que estão no trânsito.
• Cultiva a bondade, tolerância e solidariedade.
• Entende que seus deveres são idênticos aos direitos alheios.
• É compreensivo com os erros dos outros, pois também erra.
• Abre mão de exigências próprias em favor do bem comum.
• Evita confrontos e comportamentos agressivos.
• Compreende as limitações alheias.
O primeiro passo, para ser um bom motorista e um bom cidadão, é fazer
uma autocrítica honesta do próprio comportamento ao volante, do grau
de agressividade e dos maus hábitos. Depois disso, é possível adotar
um padrão de comportamento civilizado e aceitar as deficiências das
outras pessoas.

Comportamento no trânsito

O comportamento no trânsito é um indicador preciso das caracterís-


ticas de cada indivíduo. Quem tem boa maturidade e equilíbrio sabe
controlar suas tendências e atitudes inadequadas.
A grande maioria dos motoristas (mais de 2/3) raramente comete infra-
ções ou envolve-se em acidentes de trânsito. Quase todos os problemas
são causados por uma minoria de motoristas cujo comportamento pode
ser decorrente da dificuldade de lidar com as pressões da vida.

112 Relacionamento Interpessoal


Tipos de comportamento

A dificuldade de lidar com as pressões da vida, aliada a outros fatores, como a


personalidade e a própria educação do indivíduo, podem levá-lo a apresentar os
seguintes tipos de comportamento:

Ansiedade:
o condutor ansioso não consegue concentrar-se, erra frequentemente o
caminho e perde mais tempo, o que realimenta a ansiedade.

Angústia:
o extremo desconforto psicológico causado pela angústia representa um risco no
trânsito, pois compromete a capacidade de concentração do condutor.

Frustração:
a decepção diante de resultados insatisfatórios geralmente é com-
pensada ao volante, com atitudes intolerantes e agressivas.

Medo:
torna-se fator de risco quando bloqueia as reações normais da pessoa, mas é
positivo quando permite ao indivíduo avaliar e gerenciar os riscos.

Raiva:
o indivíduo com raiva tem reações insensatas e perigosas, causados pelo
desatino instantâneo, pela reação exagerada e descontrolada.

Egoísmo:
o condutor egoísta não cede nem compartilha, criando problemas no espaço com-
partilhado do trânsito. Ele não é capaz de cortesias ou gentilezas, pois supervalo-
riza sua própria importância.

Insegurança:
o indivíduo inseguro não tem noção do próprio valor. Para sentir-se va-
lorizado ele precisa se sobressair, exibir modelos “último tipo” e fazer
demonstrações de perícia.

Competitividade:
o espírito competitivo tomou conta da sociedade moderna. O trânsito, onde
facilmente encontra-se outro competidor, é um ambiente extremamente inade-
quado para competições.

Agressividade:
o condutor subestima os riscos e as consequências das suas
atitudes, tornando-se imprudente e sujeito a acidentes graves.

Hostilidade:
o indivíduo hostil é intolerante, irrita-se facilmente e envolve-se em discussões
e agressões, principalmente quando encontra outros indivíduos hostis.

Relacionamento Interpessoal 113


Euforia:
o condutor eufórico, devido a variações hormonais, drogas, bebidas alcoólicas
ou fortes emoções, manifiesta sua felicidade e alegria com exagero e descon-
trole, provocando perda de concentração e da noção do perigo, cometendo im-
prudências ou envolvendo-se em acidentes.

Introversão:
o condutor introvertido comete muitos erros, pois a sua capaci-
dade de comunicação no trânsito fica comprometida.

Impulsividade:
o condutor impulsivo faz pouca ou nenhuma reflexão sobre suas ações, tor-
nando-se altamente irresponsável, imprudente e inconsequente, criando em
torno de si uma área de perigo permanente no trânsito.

Passividade:
o indivíduo passivo, por comodidade ou por sentir-se alheio,
não assume sua parcela de responsabilidade no trânsito.

Distração:
o condutor distraído permite que a música, pedestres, objetos, conver-
sas, etc., desviem a sua atenção, expondo-se a riscos desnecessários.

Pressa:
característica do condutor desorganizado, sempre atrasa-
do e afobado, que pratica todo tipo de imprudências, sim-
plesmente para tentar vencer o relógio.

Pessimismo:
ao pessimista faltam ânimo e energia para decidir e agir. Suas reações len-
tas ou inadequadas podem gerar diversos tipos de acidentes.

Depressão:
o deprimido tem crises de desinteresse pelas atividades,
pelos amigos, pela família e pela própria vida, apresentando
tendências de autodestruição e incapacidade emocional, po-
dendo causar graves acidentes.

Apresentar ocasionalmente um destes fatores é muito diferente do que


ser portador constante de distúrbios psicológicos. Além disso, entre um
e outro extremo, existem muitos níveis de gravidade. Todos nós apresen-
tamos um ou mais fatores em algumas ocasiões. O perigo é que, muitas
vezes, nem percebemos isso.
É importante reconhecer características e tendências psicológicas em nós
e nas demais pessoas, para criar comportamentos mais seguros, abando-
nando reações automáticas com responsabilidade e maturidade.

114 Relacionamento Interpessoal


Reconhecer maus hábitos exige honestidade e autocrítica. Alterá-los
significa vencer as resistências internas que nos forçam a continuar
como somos. Quando ficar difícil conseguir isso sozinho, o melhor cami-
nho é procurar ajuda especializada, sempre que o comportamento afetar
negativamente a segurança e a integridade.

Conflitos no trânsito

Conflitos fazem parte da vida e são consequência direta do fato de que


cada pessoa precisa defender seus próprios interesses.
No cotidiano do trânsito é praticamente inevitável que surjam alguns
conflitos. Motoristas de automóveis, por exemplo, têm necessidades e
objetivos diferentes dos de condutores de Transporte Coletivo, motoci-
clistas, ciclistas, pedestres, transportadores de carga, etc.
Além disso, os papéis que assumimos no trânsito não são fixos. Quando
estamos dirigindo, muitas vezes desrespeitamos o espaço dos pedes-
tres, sem levar em conta sua fragilidade. Quando largamos a armadura
que o veículo proporciona, voltamos a sentir na pele a fragilidade do
pedestre: passamos a reclamar, disputar espaço e conflitar com os mo-
toristas. Apesar disso, assim que retomamos o papel de motoristas,
rapidamente voltamos a desrespeitar pedestres.
Este exemplo ilustra bem a dificuldade de nos colocarmos no lugar de
outras pessoas, mas esta é a única maneira de entendermos e respei-
tarmos suas necessidades e direitos.

O estresse

O estresse é um conjunto de reações do organismo que prejudica o desen-


volvimento das atividades diárias e a própria saúde do indivíduo, provocando
alterações indesejáveis e consequências perigosas. Cada pessoa reage ao
estresse de maneira diferente.
Muitos podem ser os fatores estressantes: pressões do trabalho ou da
família, dívidas, compromissos profissionais, ambiente hostil, trabalho
excessivo, alterações bruscas na vida, brigas, rompimentos de relacio-
namentos, falecimento de pessoas próximas, mudança de casa ou de
emprego, problemas de saúde, deixar de fumar ou de beber, fazer dieta
e diversos outros.
Fatores Algumas das condições que facilitam ou agravam o estresse: pouca atividade
estressantes física, comer demais ou de menos, refeições irregulares, alimentação rica em
gorduras e/ou pobre em fibra), baixo consumo de líquidos, dormir pouco, per-
der noites de sono e vida desorganizada.
No inicio, o estresse pode apresentar os seguintes sintomas:
• Insônia, falta de concentração, perda de memória, baixo desempe-
nho profissional.
• Alteração do apetite, alterações no peso, para mais ou para menos.
• Dores de estômago, problemas digestivos, náuseas, azia, gastrite.
• Dores de cabeça, dores nas costas, tensões musculares, sensa-
ções de formigamento.

Relacionamento Interpessoal 115


• Extremidades frias, boca seca, suor excessivo.
• Alterações no humor, diminuição do desejo sexual.
• Emotividade exagerada, irritabilidade.
• Alterações na pressão arterial, mal-estar, tonturas.
• Problemas de pele, alergias.
O agravamento do estresse provoca distúrbios na saúde, representando
sérios riscos à vida do indivíduo: impossibilidade de trabalhar, vontade
de abandonar tudo, agressividade, apatia, depressão, úlceras, vômitos,
diarreia frequente, insônia, impotência, hipertensão arterial e ataques
cardíacos. O melhor remédio para o estresse é a prevenção. Como sem-
pre, o difícil é abandonar velhos hábitos. O primeiro passo é identificar
os fatores estressantes ou que predispõem ao estresse. Depois, adotar
um padrão de vida mais saudável.
Alguns conselhos úteis:
• Organizar a vida, separando o essencial do que não é importante.
• Selecionar tarefas por prioridades e executar uma de cada vez.
• Aprender a “passar a bola”, dividindo as tarefas.
• Fazer pequenos intervalos para recuperar energias.
• Rever objetivos e eliminar os que estão atrapalhando.
• Viver o presente mas planejar a longo prazo.
• Ser generoso consigo próprio, comemorar as pequenas vitórias.
• Procurar sempre o lado positivo dos acontecimentos.
• Procurar identificar causas de irritações, para poder evitá-las, eli-
miná-las ou preveni-las.
• Não descuidar da vida social com familiares e amigos.
• Combater ansiedade com relaxamento e atividades que distraiam
ou deem prazer, como o lazer para as horas de folga.
• Não esquecer da saúde física, alimentar-se regularmente sem pu-
lar refeições e tomar um bom café da manhã.
• Basear o padrão alimentar na qualidade e selecionar alimentos
mais saudáveis, pobres em gordura animal e ricos em fibras
(grãos, cereais e vegetais).
• Consumir bastante líquido durante o dia.
• Por fim, o principal: reservar 50 minutos por dia para cuidar de si
mesmo, pelo menos 3 vezes por semana praticar exercícios físicos
condizentes com a idade, peso e condição física, com cuidado.
Atividade física concentrada só em fins de semana faz mais mal
do que bem.

O estresse e o trânsito

O efeito do estresse, frente a situações cotidianas no trânsito, é clara-


mente visível no comportamento. Por exemplo, o indivíduo que apresenta
características de irritabilidade, quando estiver estressado certamente
irá piorar seu comportamento, tornando-se agressivo ou hostil e provo-
cando acidentes.

116 Relacionamento Interpessoal


As pressões e tensões extras que o trânsito proporciona podem fun-
cionar como a “gota d’água”, alterando padrões de comportamento do
condutor e fazendo-o criar situações de risco e insegurança, para si e
para os demais usuários.

Questões - RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

01. Qual característica é comum em todos os 06. Ter uma vida sedentária, hábitos alimenta-
relacionamentos que o indivíduo cultiva? res inadequados, baixo consumo de líqui-
a) A comunicação. dos, vida desorganizada, entre outros, são
b) A hostilidade. fatores que:
c) A empatia. a) evitam o estresse.
d) A sinceridade. b) tornam a pessoa extremamente sadia.
e) A paciência. c) facilitam ou agravam o estresse.
d) diminuem o tempo com coisas
02. Os dois fatores primordiais para que a vida desnecessárias.
em sociedade seja possível são: e) todas as alternativas estão corretas.
a) a pátria e a família.
b) ordem e progresso. 07. Quais dos sintomas abaixo caracterizam
um indivíduo em estágio avançado de es-
c) direitos e deveres. tresse?
d) educação e saúde.
a) Introversão, pessimismo, passividade ou
e) nenhuma das alternativas medo incontrolável.
03. Os direitos e deveres do cidadão são deter- b) Hipertensão arterial, impotência, alta agres-
minados por leis e códigos, como exemplo sividade, apatia ou depressão.
tem-se: c) Disposição, bom humor constante, sono
a) a Constituição. tranquilo ou grande tolerância.
b) o Código Civil. d) Leves dores de cabeça ou breves momento de
insônia.
c) o Código Penal.
e) Todas as alternativas estão corretas.
d) o Código de Trânsito.
e) todas as alternativas estão corretas. 08. Para estabelecer relacionamentos inter-
-pessoais de qualidade é necessário adotar
04. O papel do motorista no trânsito é fixo? valores como:
a) Não, pois além de motorista, fora do carro a) respeito, flexibilidade e paciência.
ele é pedestre e muitas vezes sente na pele b) humildade, bom senso e sabedoria.
o descuido praticado por outros condutores.
c) equilíbrio, empatia e receptividade.
b) Sim, pois mesmo como pedestre continuará
a defender seus interesses como condutor. d) igualdade, educação e persistência.
c) Sim, pois o bom condutor age sempre da e) todas as alternativas estão corretas.
mesma forma em qualquer lugar. 09. A comunicação entre os elementos do trân-
d) Não, pois tanto condutores, como pedes- sito deve ser:
tres, ciclistas ou carrinheiros têm os mes-
mos interesses. a) simples e objetiva.
e) Nenhuma das alternativas. b) sincera e leal.
c) curta e rápida.
05. Qual alternativa reúne alguns fatores que d) as alternativas A e C estão corretas.
podem ser considerados estressantes? e) todas as alternativas estão corretas.
a) Pressões do trabalho, da família, das dívi-
das, problemas de saúde, deixar de fumar 10. Assinale a alternativa INCORRETA. Condu-
e fazer dieta. tor consciente é aquele que, em situação
b) Praticar esportes regularmente, levar uma delicada:
vida saudável, dormir e se alimentar bem. a) pensa antes de agir.
c) Ser demitido do emprego, fazer uma viagem b) não leva desaforos para casa.
e romper um relacionamento. c) analisa os dois lados.
d) As alternativas A e C estão corretas. d) procura ser justo.
e) Nenhuma das alterantivas. e) toma decisões sem nervosismo.

Relacionamento Interpessoal 117


GABARITO DAS QUESTÕES

Legislação de Trânsito – p. 24
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
a e a c e c a e a b e a b

Infrações de Trânsito – p. 37
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
e b a d d a d c c d

Sinalização – p. 51
01 02 03 04 05
d a d e b

Direção Defensiva – p. 86
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
d c d e e d e a c e b a c d b c e c d e

Primeiros Socorros – p. 105


01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
b e d d b a d c c b c a e d b c

Relacionamento Interpessoal – p. 117


01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
a c e a d c b e d b

BIBLIOGRAFIA
• AMARAL, Antônio José Fajardo. • VOLVO. Catálogo de peças para caminhões. • C. F. C. GOLDEN CAR. Curso de Formação para Condutores de Transporte Escolar. • Coletânea SHELL
RESPONDE. • DAMATTA, R. A Casa e a Rua. •DNER. Manual de Segurança do Trânsito. Rio de Janeiro, 1978 • EDUTRAN. Fari Amadeu Nassin e Helena Caseli Pereira. Curitiba, 1996. •
FERRAZ, Carlos Roberto G. e SHIMADA, João Y. Motorista, o que saber? • FIAT. Manual Básico de Segurança no Trânsito. • FORD. Manual de Direção Defensiva e Primeiros Socorros.
• Guia de Manutenção do Automóvel. Rio de Janeiro, 1982 • LIMA, Noeliza. • LAZZARI, Carlos F. e WITTER, Ilton R. Nova Coletânea de Legislação de Trânsito. Sagra Luzzatto, 1999.
• ANACLETO, F. J. Manual de Trânsito. Curitiba, 1997 • MACHADO, Adriane Picchetto. • MARCOZZI, A.M. Ensinando a Criança. • MENEGUETI, Antônio. Manual de Ontopsicologia. •
MENEGUETI, Antônio. Sistema e Personalidade. • NARANJO, Cláudio. Os Nove Tipos de Personalidade. • PRODAE. Enciclopédia da Psicologia Contemporânea. • DIAS, G. F. Princípios
e Práticas de Educação Ambiental. São Paulo, 1994. • QUATRO RODAS. Entenda o Novo Código de Trânsito. • RIBEIRO, Luiz Arrthur M. Manual de Educação para o Trânsito.
Curitiba: Juruá, 1998. • ROZESTRATEN, R. J. Psicologia do Trânsito. • SEST/SENAT. Formação de Condutores de Veículos de Transporte de Escolares. • VASCONCELLOS, Eduardo A.
O que é Trânsito. • Viva no Trânsito. Manual de Participante. HDI Internacional. • WITTER, Ilton Roberto Rosa. Regras Gerais do Trânsito. • www.abdetran.br • www.psicotran.cjb.net

118 Gabarito e Bibliografia


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Anotasções 119
Anotações

120 Anotações

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