Apostila Reciclagem
Apostila Reciclagem
CONDUTORES INFRATORES
29ª Edição - Julho 2024
As lamentáveis estatísticas do trânsito brasileiro permitem deduzir que nós, condutores, ainda não
compreendemos muito bem esse complexo sistema social.
Gostamos de pensar que somos bons motoristas, e que dirigimos muito bem. Mesmo que fosse
verdade, esquecemos de que isso não é suficiente. É preciso conhecer, compreender e adaptar-se a
um complexo conjunto de regras, criadas para estimular comportamentos coerentes com as atuais
exigências da sociedade brasileira, principalmente no que diz respeito à segurança.
Quando temos nosso direito de dirigir suspenso, é sinal que algo não deu certo. Independente de quais
tenham sido os motivos, uma decisão inteligente, é aproveitar o momento para fazer uma revisão real
de conceitos.
A metodologia Tecnodata oferece todos os recursos para que isso aconteça de forma completa,
eficiente e agradável.
Série Ouro
Direitos reservados ao C.N.P.J. 03.282.218/0001-74
É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo eletrônico, reprográfico,
etc., sem a autorização por escrito da editora.
EXPEDIENTE
Projeto e Redação final Projeto Gráfico e Diagramação
César B. Bruns Tecnodata Educacional
Ilustrações
Pesquisa, Redação e Revisão
Carlos Alberto Noviski
Carlos B. Bruns
Cléberson Orcheski
Celso A. Mariano
César B. Bruns Marco Aurélio Pereira
Elaine Sizilo Paulo Roberto Cavalcanti
Mariana L. Czerwonka
Agradecimentos Especiais
Ruclécia Sottomaior
Dr. David Duarte Lima
Dr. Roberto Luiz d’Avila
Consultoria Técnica em Primeiros Socorros
Alessandro C. Martins
Francisco Félix da Costa Filho (socorrista)
Anna Maria Prediger
Capa Erico Bratfish
Fabrício Medeiros
Marcelo Peralta
Neuclair Silvestrini
FICHA CATALOGRÁFICA
Curso de Reciclagem para Condutores Infratores / pesquisa e redação final
César B. Bruns. Curitiba: TECNODATA, 2024. 120 P.: il.col.; 15x21 cm.
w w w . t e c n o d a t a e d u c a c i o n a l . c o m . b r
ÍNDICE
Legislação de trânsito Transportes e cargas 36
Pedestres e veículos não motorizados 36
Introdução 5
Sinistros de trânsito (acidentes) 37
Código de Trânsito Brasileiro 5
Questões 37
Direitos e deveres do cidadão no trânsito 6
Sistema Nacional de Trânsito 6
As vias 7 Sinalização
Velocidade máxima nas vias 8 Resolução 973/22 38
Classificação geral dos veículos 9 Sinalização vertical: 38
Identificação dos veículos 9 De regulamentação 38
Transferência de propriedade 11 De advertência 41
Identificação do condutor 12 Especial de advertência 43
Processo de habilitação 12 De indicação 44
Categorias de CNH 13 Sinalização horizontal 47
Renovação da CNH 14 Dispositivos auxiliares 48
Normas gerais de circulação e conduta 15 Semafórica 50
Trafegando 16 De obras 50
Restrições de uso das vias 16 Gestos dos agentes de trânsito 50
Prioridade de passagem 16 Gestos de condutores 51
Cruzamentos 17 Sinais sonoros 51
Mudanças de direção e manobras 17 Questões 51
Ultrapassagens 18
Reduzir, frear, parar e estacionar 19 Direção defensiva
Uso de luzes e buzina 20
Normas de circulação para ciclos 20 Introdução 52
Normas de circulação para pedestres 21 Negligência, imprudência e imperícia 52
Sinistros de trânsito (acidentes) 21 Elementos da direção e da pilotagem defensiva 53
Crimes de trânsito 21 Conhecimento 54
Questões 24 Condições adversas: 55
De iluminação 55
De tempo 56
Infrações de trânsito Das vias 59
Infração, penalidades e medidas administrativas 25 De trânsito 61
Condutor 28 Do veículo 62
Habilitação: dirigir ou permitir que alguém dirija 29 De cargas 62
Veículos 30 De passageiros 63
Veículo - identificação e documentação 30 Do condutor: 64
Circulação 31 Álcool 65
Parar ou imobilizar o veículo 31 Medicamentos 66
Não parar 32 Drogas 67
Transitar com veículo automotor 32 Uso do celular ao dirigir 67
Velocidade 32 Sono e fadiga 67
Não reduzir 33 Condições adversas – considerações finais 68
Efetuar retornos e conversões 33 Atenção 69
Não dar passagem ou preferência 33 Previsão 69
Efetuar ultrapassagens 34 Habilidade 70
Estacionar 34 Ação 70
Luzes e sinais 35 Cinto de segurança 70
Buzina e som 35 Equipamentos de segurança do motociclista 71
Motocicleta, motoneta e ciclomotor 35 Acidentes 72
ÍNDICE
Como evitar acidentes: 73 De crânio 101
Acidentes com motos 73 De costelas 101
Velocidade compatível 74 De quadril 101
Evitando colisões: 75 Queimaduras 102
Com o veículo da frente 75 Ferimentos nos olhos 103
Com o veículo de trás 76 Ferimentos no tórax e abdômen 103
Com os demais veículos 76 Acidentes envolvendo veículos que transportam
Com veículos em sentido contrário 77 produtos perigosos 104
Em ultrapassagens 77 Como prestar auxílio em caso de acidente
Em curvas 78 com motociclista 104
Em cruzamentos 79 Movimentação e transporte de emergência 104
Em marcha à ré 79 Questões 105
Veículos de pequeno X grande porte 79
Pontos cegos 80 Relacionamento interpessoal
Entre automóveis e motocicletas 81 Introdução 107
Com veículos não motorizados 82 O indivíduo, o grupo e a sociedade 107
Com pedestres 83 Diferenças individuais 108
Com animais 84 O bom relacionamento 108
Com elementos fixos 85 Bom relacionamento no trânsito 109
Direção ou pilotagem defensiva em rodovias 85 Qualidade no relacionamento interpessoal 110
Questões 86 O cidadão e o trânsito 111
Comportamento no trânsito 112
Primeiros socorros Tipos de comportamento 113
Introdução 88 Conflitos no trânsito 115
Quem deve prestar socorro às vítimas? 88 O estresse 115
Primeiros procedimentos em caso de acidente O estresse e o trânsito 116
de trânsito 90 Questões 117
Análise do local do acidente 91
Protegendo-se contra infecções 91 Gabarito das questões 118
Origem dos ferimentos em acidentes de trânsito 92 Bibliografia 118
Atendendo as vítimas 92 Anotações 119
Avaliação primária e suporte básico de vida 92
Parada cardiorrespiratória ou dificuldade para respi-
rar 93
RCP – Reanimação ou Ressuscitação Cardiopulmo-
nar 93
Respiração artificial (American Heart Association) 94
Avaliação secundária em vítimas de acidentes 95
Desmaio 95
Estado de choque 96
Convulsões 97
Hemorragias 97
Fraturas: 98
Fechadas 99
Abertas ou expostas 99
Lesão na coluna vertebral 100
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Introdução A legislação de trânsito no Brasil é formada pela Lei nº 9.503/97 –
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e por um conjunto de resoluções,
portarias, decretos e normatizações complementares.
Legislação de Trânsito 5
13. Da Condução de Escolares.
13-A. Da Condução de Motofrete.
14. Da Habilitação.
15. Das Infrações.
16. Das Penalidades.
17. Das Medidas Administrativas.
18. Do Processo Administrativo.
19. Dos Crimes de Trânsito.
20. Das Disposições Finais e Transitórias.
6 Legislação de Trânsito
São objetivos do Sistema Nacional de Trânsito (Art. 6° do CTB):
1 - segurança, fluidez, conforto, defesa ambiental e educação;
2 - padronização de critérios técnicos, administrativos e financeiros;
3 - fluxo de dados.
Órgãos normativos São órgãos com funções coordenadora, consultiva e normativa (Art. 7°
do CTB).
• CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito, órgão máximo do sistema.
• CETRAN: Conselho Estadual de Trânsito.
• CONTRANDIFE: Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
Órgãos executivos São órgãos responsáveis pelo cumprimento das leis de trânsito (Art. 8°
ao 25° do CTB).
Federais:
• SENATRAN: Secretaria Nacional de Trânsito.
• DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
• PRF: Polícia Rodoviária Federal.
Estaduais:
• DETRANs: Departamentos Estaduais de Trânsito.
• CIRETRANs: Circunscrições Regionais de Trânsito.
• DERs: Departamentos de Estradas de Rodagem.
• PMs: Polícias Militares e Polícias Rodoviárias Estaduais.
Municipais:
• Departamentos Municipais de Trânsito.
JARI: Junta Administrativa de Recurso de Infrações. Cada órgão de trân-
sito que emite multas possui uma JARI (DNIT, PRF, DETRANs, CIRETRANs,
DERs, PMs e Departamentos Municipais de Trânsito).
As vias
Via Terrestre (Anexo I do CTB): é a superfície por onde transitam veícu-
los, pessoas e animais, compreendendo pistas de rolamento, acosta-
mentos, calçadas ou passeios públicos, ilhas e canteiros centrais.
As vias podem ser (Art. 2° do CTB): vias internas de condomínios, ruas,
avenidas, logradouros, caminhos, passagens, estradas, rodovias e praias
abertas à circulação pública e áreas de estacionamentos privados de
uso coletivo.
Vias rurais Classificação de Vias Rurais (Art. 60 e Anexo I do CTB):
• Rodovias: definidas pelo CTB como vias rurais pavimentadas.
• Estradas: vias rurais não pavimentadas (existem exceções).
Legislação de Trânsito 7
Vias urbanas Classificação de Vias Urbanas (Art. 60 e Anexo I do CTB):
• Vias de trânsito rápido: não possuem cruzamentos diretos (inter-
seções em nível), nem semáforos, nem travessia de pedestres em
nível (diretamente sobre a pista de rolamento).
• Vias arteriais: ligam diferentes regiões de uma cidade, com cruzamen-
tos ou interseções geralmente controlados por semáforos.
• Vias coletoras: coletam e distribuem o trânsito dentro das regiões
da cidade e dão acesso a vias de maior porte.
• Vias locais: vias de trânsito local, com cruzamentos geralmente
sem semáforos.
Em estradas:
• 60 km/h (sessenta quilômetros por hora).
8 Legislação de Trânsito
Importante!
Legislação de Trânsito 9
No verso da versão impressa do CRV consta a ATPV – Autorização para
Transferência de Propriedade do Veículo. Ambos documentos também
possuem suas versões digitais: CRV-e e ATPV-e, com o mesmo valor das
versões impressas.
No CRV constam as características do veículo: RENAVAM – Registro
Nacional de Veículos Automotores, placa e número do chassi, número
do motor, cor, marca/modelo, categoria, capacidade, nome e endereço
do proprietário, entre outras.
No verso do CRV impresso constam os campos a serem preenchidos em
caso de venda do veículo (para veículos cujos documentos foram emiti-
dos até 3 de janeiro de 2021)
UF MUNICÍPIO
AAA
0000
10 Legislação de Trânsito
Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul)
EXPERIÊNCIA/
ALUGUEL COMERCIAL ESPECIAIS OFICIAL OFICIAL
FABRICANTE
APRENDIZAGEM
Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul)
DIPLOMÁTICO DIPLOMÁTICO COLEÇÃO COLEÇÃO
Transferência de propriedade
Há uma clara diferença de procedimentos para transferência de proprie-
dade do veículo, dependendo da data que o veículo foi registrado.
AUTORIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE DE VEÍCULO ATPV
AUTORIZO O DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO-DETRAN,
TRANSFERIR O REGISTRO DESTE VEÍCULO, PARA:
VALOR R$
NOME DO COMPRADOR:
RG: CPF/CNPJ:
Veículos cujos documentos foram emitidos até 3 de janeiro de 2021, e
ENDEREÇO:
que ainda possuem o CRV em papel moeda
LOCAL E DATA:
DE ACORDO:
ASSINATURA DO COMPRADOR
Legislação de Trânsito 11
Em caso de perda do CRV em papel, o proprietário pode requerer 2ª.
via (que não será emitida em papel), passando a proceder digitalmente,
conforme descrito acima.
A Transferência Digital, que dispensa procedimentos em cartório, está
em implantação desde agosto de 2021.
Identificação do condutor
O condutor deverá portar o documento original de habilitação, ou a ver-
são digital – CNH-e (que tem o mesmo valor da versão impressa) compa-
tível com a categoria do veículo que estiver conduzindo, dentro do prazo
de validade. (Art. 159 do CTB)
O porte do documento de habilitação será dispensado quando, no mo-
mento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado
para verificar se o condutor está habilitado.
• Permissão para Dirigir – PPD – documento válido por um ano.
• Autorização para Conduzir Ciclomotores – ACC.
• Carteira Nacional de Habilitação – CNH: a CNH atual contém fo-
tografia e os números dos principais documentos do condutor, ser-
vindo como documento de identificação em todo território nacional.
• Documento de identificação: obrigatório para condutores portado-
res de CNH sem foto.
O número RENACH – Registro Nacional de Carteiras de Habilitação é
definido no início do processo de habilitação e permite que o condutor
possa ser atendido ou autuado em qualquer estado do País.
Processo de habilitação
O processo de habilitação tem validade de um ano, com a possibilidade
de transferência e continuidade em outros estados. No caso da Primeira
Habilitação é possível candidatar-se à:
• ACC. • Categoria A. • Categoria B.
• Categorias A e B. • ACC e categoria B.
12 Legislação de Trânsito
Curso Prático • Obter certificado de conclusão de curso prático de direção em CFC
credenciado, de no mínimo 20 horas/aula para categoria A.
• Para obter o certificado de conclusão do curso prático para a ca-
tegoria B, o candidato terá de fazer, no mínimo, 20 horas/aula em
veículo de aprendizagem. Dessas, poderá optar por fazer até 05
horas/aula em simulador de direção veicular, se estiver disponível
no CFC.
• Durante as aulas práticas, é obrigatório o porte da LADV – Licença
para Aprendizagem de Direção Veicular, no original, além de do-
cumento de identificação do candidato. Desrespeitar esta norma
suspende a LADV por 6 meses.
• O trajeto das aulas práticas deve ser feito em vias urbanas e ru-
rais, também para motos e ciclomotores.
Exame Prático • No exame para categoria B, o candidato será reprovado se cometer
faltas eliminatórias ou que somem mais de 3 pontos negativos.
• Para motos e ciclomotores, o exame continua sendo feito em cir-
cuito fechado.
Reprovação Se reprovar no exame teórico ou prático, o candidato terá de fazer novo
no exame exame, sem precisar repetir as etapas nas quais tiver sido aprovado.
Permissão Se for aprovado em todas as fases o candidato receberá a Permissão
para dirigir para Dirigir - PPD, válida por um ano. Durante esse período, se não for
multado, por infração gravíssima ou grave, nem reincidir em multa por
infração média, terá direito à sua CNH. Caso contrário, terá que reiniciar
todo o processo de habilitação.
Legislação de Trânsito 13
Categoria C: permite dirigir todos os veículos da categoria B, tratores,
máquinas agrícolas e veículos de carga com mais de 3.500 kg de PBT
com ou sem reboque, desde que o reboque não exceda a 6.000 kg de PBT.
Categoria D: permite dirigir todos os veículos das categorias B e C, e
veículos de passageiros com lotação maior que 8 lugares.
Categoria E: permite conduzir todos os veículos das categorias B, C e D,
e veículos que rebocam trailers ou unidades com mais de 6.000 kg de
PBT, ou com lotação superior a 8 passageiros. É a única categoria que
permite conduzir veículos com mais de um reboque.
São especializações dentro das categorias: Transporte coletivo de passa-
geiros, Transporte de escolares, Transporte de emergência, Transporte
de produtos perigosos, Transporte de cargas indivisíveis, mototáxi e
motofrete.
Renovação da CNH
A validade máxima da CNH é de:
• 10 anos, para condutores com idade inferior a 50 anos.
• 5 anos, para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e
inferior a 70 anos.
• 3 anos, para condutores com idade igual ou superior a 70 anos.
O prazo de validade pode ser diminuído de acordo com laudo médico.
Após a data de vencimento da habilitação (data de validade), o condu-
tor terá 30 dias para solicitar renovação junto ao DETRAN. Se perder
esse prazo e dirigir estará cometendo uma infração gravíssima, sujeito
à multa, 7 pontos no prontuário e retenção do veículo até apresentação
de condutor habilitado.
Para renovar a CNH é necessário:
• Exame de aptidão física e mental.
• Avaliação psicológica (para motoristas que exerçam atividade
remunerada).
Condutores das categorias C, D e E precisam passar por exame toxicológico para obter ou
renovar a CNH e, periodicamente, a cada 2 anos e meio, independente dos demais exames.
Condutores com CNH emitida antes de 1998, que não tiveram cursos de
Direção Defensiva e Primeiros Socorros, deverão fazer uma das opções
abaixo:
• Fazer prova dessas disciplinas diretamente no DETRAN.
• Realizar curso a distância das duas disciplinas e fazer a prova.
• Realizar curso presencial com 15 horas/aula, sendo dispensado
de realizar prova.
• Ou atender determinação do DETRAN local.
14 Legislação de Trânsito
O condutor que estiver com o exame de aptidão física e mental vencido há mais de cinco
anos deverá fazer o curso de atualização para a renovação da CNH, de 15 horas/aula.
Regra Fundamental:
Evitar qualquer ato que possa constituir perigo ou obstáculo para os
demais usuários do trânsito. A responsabilidade do condutor começa
muito antes de conduzir o veículo pela via (Art. 26).
Legislação de Trânsito 15
Trafegando
Dirigir exige grande responsabilidade. O condutor deve estar sempre
atento e utilizar as duas mãos, dominando totalmente o veículo.
• Conduzir o veículo pelo lado direito das vias, salvo em situações
justificadas e devidamente sinalizadas (Art. 29, inciso I).
• Não arrancar bruscamente e manter distância de segurança lateral
e frontal dos demais veículos e do bordo da pista. Lembre-se de que
a distância segura depende da velocidade, do tipo de piso e das con-
dições locais do trânsito e do veículo (Art. 29, inciso II).
• Não trafegar em pistas sinalizadas como exclusivas para outros
tipos de veículos.
• Em vias com faixas de mesmo sentido, as da direita são desti-
nadas aos veículos mais lentos e de maior porte; as faixas da
esquerda são utilizadas para ultrapassagem e deslocamento de
veículos mais rápidos, devendo todos respeitar o limite de veloci-
dade máxima definido para a via (Art. 29, inciso IV).
• Veículos de tração animal deverão trafegar pelo lado direito da
pista, próximo ao meio fio ou pelo acostamento, se não houver
faixa especial. Seus condutores deverão obedecer às normas de
circulação e sinalização (Art. 52 do CTB).
Prioridade de passagem
• Ao entrar e sair de estacionamentos e imóveis, o condutor deverá
parar e dar a preferência a pedestres que estejam na calçada e
aos veículos que estiverem transitando pela via.
• Veículos precedidos de batedores têm prioridade de passagem. Os
condutores deverão deixar livre a faixa da esquerda (Art. 29, inciso VI).
• Veículos de emergência em serviço, com sirene e luzes intermiten-
tes ligadas, têm prioridade sobre os demais (viaturas de polícia,
dos bombeiros, ambulâncias, etc.) (Art. 29, inciso VII).
• Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando
em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento
no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinali-
zados. (Veículos destinados à manutenção e reparo de redes de
energia elétrica, de água e esgotos e etc). (Art.29, inciso VIII).
16 Legislação de Trânsito
• Veículos que se deslocam sobre trilhos têm preferência de passa-
gem sobre os demais (Art. 29, inciso XII). A lei obriga o condutor a
parar antes do cruzamento com via férrea. (Art. 212 do CTB).
Cruzamentos
Os cruzamentos são os locais no trânsito onde ocorre o maior número de
acidentes e atropelamentos.
Recomendações
O condutor deve aproximar-se dos cruzamentos com atenção redobrada,
reduzir a velocidade, sinalizar suas intenções com antecedência, obede-
cer à sinalização e aos critérios de preferência (Art. 44 do CTB).
Legislação de Trânsito 17
• Posicionar-se corretamente na via.
• Executar a manobra com cuidado, sempre atento à posição dos
demais veículos.
Para executar as manobras:
• Mudança de faixa em vias de mão única: manobra simples, mas
que exige verificação constante dos espelhos retrovisores e sinali-
zação com antecedência, porque também pode gerar situações de
risco, se for mal realizada.
• Conversão à direita: sinalizar, diminuir a velocidade e aproximar-se o
máximo possível do bordo direito da via, entrando na mão de direção
correta (Art. 38 do CTB).
• Conversão à esquerda em pista de mão única: sinalizar, diminuir
a velocidade e aproximar-se o máximo possível do bordo esquerdo
• É permitido? da via, entrando na mão de direção correta (Art. 38).
• Conversão à esquerda, em pista de mão dupla, em vias SEM
• É possível? acostamento: sinalizar, diminuir a velocidade, aproximar-se do
• É seguro? eixo central da pista, dar preferência aos veículos que transitam
em sentido contrário, bem como a pedestres e ciclistas da lateral
esquerda da via.
• Conversão à esquerda, em pista de mão dupla, em vias COM
acostamento: sinalizar, diminuir a velocidade, parar no acosta-
mento da direita e aguardar por condição favorável para concluir a
manobra (Art. 37 do CTB).
• Antes de usar a marcha à ré, é necessário verificar com cuidado
se o trajeto está livre. Não é permitido trafegar distâncias longas
em marcha à ré.
• É livre a conversão à direita diante de sinal vermelho do semáforo
onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão.
Ultrapassagens
Ultrapassagens mal feitas são responsáveis pelos acidentes mais gra-
ves e violentos.
Ao ultrapassar:
• Avaliar a movimentação e proximidade dos demais veículos, inclu-
sive os de trás, sinalizar e certificar-se de que a manobra poderá
• É permitido?
ser realizada com segurança (Art. 29, inciso X e XI).
• É possível? • Ultrapassar somente pela esquerda, em locais onde seja permitido
• É seguro? e com boa visibilidade (Art. 29, inciso IX).
• A ultrapassagem pela direita é permitida somente se o veículo da
frente estiver sinalizando uma manobra para a esquerda (Art. 29,
inciso IX).
• Em vias de mão dupla e pista única não é permitido ultrapassar
em curvas, aclives (subidas), pontes, viadutos e outros locais de
baixa visibilidade (Art. 32 do CTB).
• O condutor não deverá ultrapassar em cruzamentos (Art. 33 do CTB).
• Antes de ultrapassar coletivos parados que estejam embarcando
ou desembarcando passageiros: redobrar a atenção, reduzir a ve-
locidade e até parar, se necessário (Art. 31 do CTB).
18 Legislação de Trânsito
• Em vias de mão dupla, é proibido ultrapassar quando a linha di-
visória mais próxima for contínua ou se houver duas linhas con-
tínuas. Se a linha mais próxima for seccionada, significa que é
permitido ultrapassar.
Ao ser ultrapassado:
• Facilitar, deslocando-se para a direita, sem acelerar, deixando es-
paço para o outro veículo intercalar (Art. 30, inciso I).
• Quando houver mais de uma faixa de mesmo sentido, deslocar-se
para a faixa da direita, facilitando a ultrapassagem.
• Veículos lentos, quando em fila, devem manter entre si distância
suficiente para intercalar os veículos que os ultrapassem (Art. 30,
Parágrafo único).
Legislação de Trânsito 19
Uso de luzes e buzina (Art. 40 E 41)
• Usar luz baixa à noite, em vias iluminadas e ao cruzar com outro
veículo.
• Usar luz baixa, mesmo durante o dia, em túneis e em situações de
baixa visibilidade (chuva, neblina ou cerração).
• Veículos de transporte coletivo de passageiros, motocicletas, mo-
tonetas e ciclomotores deverão rodar com farol de luz baixa ace-
sos, dia e noite.
• O uso de luz baixa, mesmo durante o dia, é obrigatório em rodovia
de pista simples, para veículos não equipados com luzes de roda-
gem diurna.
• Usar luz alta de forma intermitente, para ultrapassar ou comunicar
perigo.
• Usar luz alta à noite, em vias não iluminadas, se a pista estiver livre.
• Não trafegar à noite utilizando somente as luzes de posição.
• Não utilizar luz alta em vias iluminadas.
• À noite, com o veículo parado, utilizar somente as luzes de posição.
• Manter os faróis regulados e todas as lâmpadas funcionando.
• Usar o pisca-alerta em situações de emergência, ou quando o ve-
ículo estiver imobilizado, ou ainda, quando a sinalização da via
determinar.
• A buzina deverá ser usada de forma breve, somente para alertar e
evitar sinistros (acidentes). Em perímetro urbano, seu uso é proibi-
do entre às 22:00 e 6:00 horas da manhã.
• A buzina, desde que em toque breve, também poderá ser usada
fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um con-
dutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
20 Legislação de Trânsito
Normas de circulação para pedestres
• Ciclistas desmontados, empurrando suas bicicletas, são conside-
rados pedestres (Art. 68, § 1º).
• Em vias urbanas, pedestres devem utilizar calçadas e passeios.
• Em vias rurais, deverão utilizar o acostamento. Onde não houver,
deverão caminhar em sentido contrário ao fluxo de veículos, em
fila única (Art. 68, § 3º).
• Quando houver faixa de pedestres e semáforo, as travessias
deverão ser feitas na faixa de segurança, sob sinal favorável
(Art. 69 do CTB).
• Quando houver faixa de pedestre, mas não houver semáforo, pe-
destres terão preferência sobre veículos (Art. 70 do CTB).
• Quando não houver faixa, nem sinalização, o pedestre deverá
aguardar na calçada pelo momento oportuno, e atravessar a via na
menor distância possível (Art. 69 do CTB).
Legislação de Trânsito 21
São crimes de trânsito previstos no CTB:
• Praticar homicídio culposo (não intencional – Art. 302 do CTB).
• Praticar lesões corporais culposas (não intencionais – Art. 303
do CTB).
Responsabilidade Crimes dolosos, (Código Penal) são aqueles nos quais o condutor tinha a
intenção, ou ciência das consequências de seus atos. Por isso, são mais
criminal graves e preveem penalidades e penas mais severas. São eles:
• Dirigir ou permitir que alguém dirija: sem ser habilitado; com a ha-
bilitação suspensa ou cassada; embriagado ou sem condições fí-
sicas e mentais de dirigir com segurança (Art. 309 e 310 do CTB).
• Prestar informações errôneas a policiais ou agentes de trânsito,
sobre qualquer aspecto de uma ocorrência (Art. 312 do CTB).
22 Legislação de Trânsito
• Além das penas e penalidades citadas acima, o infrator poderá ser
condenado a reparar os danos causados ao patrimônio público ou
a terceiros, e também poderá ser multado.
• O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas, dando
especial atenção à culpabilidade do agente e às circunstâncias e
consequências do crime.
Agravamento
Nos crimes de trânsito, algumas situações e circunstâncias podem agra-
var as penalidades e penas (Art. 298 e 302 do CTB):
• Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande
risco de grave dano patrimonial a terceiros.
• Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas.
• Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
• Com PPD ou CNH de categoria diferente da do veículo.
• Quando a profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o
transporte de passageiros ou de carga.
• Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos
ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcio-
namento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas
especificações do fabricante.
• Sobre faixa de trânsito destinada a pedestres.
• Se o condutor estiver sob a influência de álcool ou de qualquer
outra substância psicoativa que determine dependência.
As alterações no CTB indicam que a legislação brasileira de trânsito está
cada vez mais rigorosa. No entanto, o número de acidentes e mortes no
trânsito demonstram que ainda estamos muito distantes dos índices de
segurança apresentados pelos países desenvolvidos.
Legislação de Trânsito 23
Questões - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
01. É proibido buzinar, no perímetro urbano, no 07. É dever de todo condutor de veículo:
horário entre: a) transitar em velocidade compatível com a se-
a) 22:00 e 6:00 horas. gurança nos cruzamentos sem sinalização.
b) 20:00 e 7:00 horas. b) dar passagem, pela direita, quando solicitado.
c) 18:00 e 6:00 horas. c) manter acesa a luz alta dos faróis nas vias
d) 18:00 e 22:00 horas. com iluminação pública.
e) 8:00 e 18:00 horas. d) usar buzina para chamar alguém.
e) acelerar sempre que o sinal mudar para a
02. O condutor tem sua habilitação anulada cor amarela.
quando:
a) seu veículo for apreendido. 08. Dar passagem, pela esquerda, quando so-
licitado é:
b) seu veículo for retido.
c) sua CNH for roubada. a) uma opção do condutor.
d) sua CNH for perdida. b) válido só para motocicletas.
e) sua CNH for cassada. c) uma questão de educação do condutor.
d) válido só para veículo de carga.
03. A Carteira Nacional de Habilitação permite a e) dever de todo condutor.
quem a possuir, o direito de dirigir:
a) veículos para os quais foi habilitado, em 09. Todo condutor de veículo deve dar preferên-
todo território nacional. cia de passagem ao pedestre:
b) qualquer tipo de veículo, apenas na localida- a) quando este estiver concluindo a travessia.
de onde foi emitida. b) somente nas faixas de segurança.
c) qualquer tipo de veículo automotor. c) somente quando a luz vermelha estiver acesa.
d) veículos para os quais foi habilitado, apenas d) somente quando se tratar de pessoa com
na localidade onde foi emitida. deficiência.
e) qualquer tipo de veículo, de qualquer país. e) somente quando se tratar de idosos e crianças.
04. Parar por tempo superior ao necessário para 10. Tem prioridade de passagem:
embarque/desembarque caracteriza: a) veículo de transporte de carga.
a) parada. b) ambulância em serviço.
b) parada e estacionamento. c) motocicleta.
c) estacionamento. d) veículo de transporte coletivo.
d) ponto de parada. e) o automóvel.
e) parada rápida.
11. Dirigir com apenas uma das mãos é:
05. O condutor envolvido em sinistro de trân- a) permitido em qualquer situação.
sito, sendo considerado culpado, além da b) proibido em qualquer situação.
punição deverá prestar exames de aptidão
física e mental, de primeiros socorros e c) proibido para condutores recém-habilitados.
ainda: d) permitido para o condutor experiente.
a) exame de direção veicular. e) permitido quando o condutor faz sinais de
braço ou mudança de marchas.
b) exame escrito de legislação de trânsito,
apenas. 12. Aponte a alternativa INCORRETA. O pedes-
c) exame de reflexos. tre tem preferência de passagem:
d) reciclagem sobre legislação de trânsito, a) somente quando for idoso.
apenas. b) se o sinal para os veículos estiver vermelho.
e) curso de reciclagem, exame teórico e de di- c) quando estiver na faixa de segurança.
reção veicular.
d) se o sinal para pedestres estiver verde.
06. O veículo em movimento deve ocupar a fai- e) quando estiver concluindo a travessia.
xa mais à direita. Esta afirmativa é:
13. Ao se aproximar de um cruzamento com si-
a) falsa.
nal vermelho você deve:
b) verdadeira, somente para veículos de passeio.
a) aumentar a velocidade do veículo e passar.
c) verdadeira.
b) diminuir a velocidade e parar o veículo.
d) verdadeira, somente para veículos de carga.
c) diminuir a velocidade do veículo e passar.
e) verdadeira, somente para motocicletas.
d) observar o tráfego dos veículos e passar.
e) frear bruscamente o veículo.
24 Legislação de Trânsito
INFRAÇÕES DE TRÂNSITO
Infração Infração de trânsito é qualquer desobediência às leis e normas contidas no
Código de Trânsito Brasileiro.
Penalidades São sanções impostas aos infratores, aplicadas pelo DETRAN, Prefeitura,
Polícia Rodoviária, e outros órgãos com jurisdição sobre a via.
• Advertência por escrito: benefício dado ao condutor que cometer
uma infração leve ou média, desde que não tenha cometido nenhu-
ma outra infração nos últimos 12 meses.
• Multa: penalidade imposta à quase totalidade das infrações, com
anotação de pontos no prontuário do condutor infrator. Os pontos e
valores são proporcionais à gravidade da infração.
• Suspensão do direito de dirigir: ao atingir o limite de pontos no
prontuário, no período de 12 meses, a CNH será suspensa por 6
meses a 1 ano e, se reincidir no período de um ano, a suspensão
será de 8 meses a 2 anos. No caso de infrações que levam à
suspensão direta do direito de dirigir, o prazo será de 2 a 8 meses
e, em caso de reincidência, a suspensão será de 8 a 18 meses.
• Cassação da CNH: é a perda do direito de dirigir por 2 anos. Após
esse período o interessado poderá requerer sua reabilitação, subme-
tendo-se a todos os exames necessários à habilitação.
• Cassação da Permissão para Dirigir – PPD: apesar de estar previs-
ta no CTB, na prática, o condutor perde o direito à CNH.
• Curso de reciclagem: penalidade imposta ao condutor com CNH
suspensa, ou que tenha provocado sinistro grave, ou ainda, que
tenha sido condenado por delito de trânsito.
• Curso preventivo de reciclagem: opção para o condutor com regis-
tro de EAR na CNH (Exerce Atividade Remunerada) que atingir 30
pontos no prontuário no período de 12 meses. Após o curso, os
pontos são cancelados (as multas não).
Medidas Podem ser impostas pelo agente de trânsito no local da infração, depen-
dendo da ocorrência.
administrativas • Retenção do veículo: quando a irregularidade puder ser sanada
no local da infração. Se a irregularidade não oferecer riscos à cir-
culação, o veículo será liberado, com prazo de 15 dias para que o
proprietário regularize a situação.
• Remoção do veículo: quando a irregularidade não for sanada no
local da infração, ou se não houver condições de liberar o veículo
para regularização posterior, ou ainda, em caso de estacionamento
irregular, sem a presença do condutor.
• Recolhimento do Documento de Habilitação – CNH e PPD: quan-
do houver suspeita de documento falso ou adulterado, além de
situações e infrações que preveem o recolhimento da CNH.
• Recolhimento do CRLV: em caso de suspeita de documento falso ou
adulterado; no caso de não cumprimento do prazo de transferência
e em outras infrações que preveem o recolhimento; em caso de
retenção do veículo, quando não for possível sanar a irregularidade no
local, mas que o veículo possa ser liberado para solução posterior. Em
caso de documento digital, a informação será registrada no Renavam.
Infrações de Trânsito 25
• Transbordo do excesso de carga: sempre que o veículo apresentar
excesso de peso ou de carga.
• Teste de alcoolemia ou perícia: em caso de sinistro; quando soli-
citado por agente de trânsito; condutor sob suspeita de estar sob
efeito de álcool ou substância psicoativa.
• Realização de exames: a legislação prevê que a autoridade de
trânsito pode requerer ao condutor a realização de novos exames.
Multas Todas as infrações de trânsito são passíveis de punição por multa que,
dependendo da gravidade, poderão ser:
Defesa Prévia: recurso que deve ser apresentado ao órgão autuador re-
metente da notificação dentro de 30 dias a contar da data da notificação
da penalidade. (Art. 282 do CTB)
26 Infrações de Trânsito
Recurso Recurso em 1ª Instância: se não fizer Defesa Prévia, ou se esta for indefe-
rida, o infrator receberá a imposição de penalidade, podendo recorrer à
de multas JARI – Junta Administrativa de Recursos de Infrações – do mesmo órgão
de trânsito, até a data que consta no documento de imposição.
Recurso em 2ª Instância: se tiver seu recurso negado pela JARI, o infrator
poderá ainda recorrer ao CETRAN – Conselho Estadual de Trânsito.
Suspensão do O condutor poderá ter o seu direito de dirigir suspenso quando atingir,
no período de 12 meses:
direito de
• 20 pontos, caso constem duas ou mais infrações gravíssimas.
dirigir • 30 pontos, caso conste uma infração gravíssima.
• 40 pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima.
Condutor cuja CNH conste EAR – Exercício de Atividade Remunerada, terá
seu direito de dirigir suspenso quando atingir 40 pontos no prontuário, inde-
pendente da gravidade das infrações.
Ou a qualquer tempo quando:
• Cometer qualquer infração que determine a suspensão direta da
CNH, independente do número de pontos acumulados.
Sempre que tiver seu direito de dirigir suspenso, o condutor terá que cum-
prir o prazo de suspensão e fazer o curso de reciclagem.
As infrações do CTB que preveem a suspensão direta do direito de dirigir
do condutor ou do proprietário do veículo.
• Promover ou participar de competição não autorizada, racha, exi-
bição ou demonstração de perícia. (Art. 174)
• Disputar corrida por espírito de competição ou rivalidade. (Art. 173)
• Praticar manobras perigosas, arrancadas, derrapagens ou frena-
gens. (Art. 175)
• Ameaçar a segurança de pedestres ou outros veículos. (Art. 170)
• Dirigir em velocidade superior à máxima permitida em mais de 50%
em qualquer via. (Art. 218)
• Transpor bloqueio policial. (Art. 210)
• Em caso de sinistro, deixar de sinalizar, afastar o perigo, identi-
ficar-se, prestar informações ou acatar determinações da autori-
dade. (Art. 176)
• Deixar de prestar ou providenciar socorro à vitima ou abandonar o
local. (Art. 176)
• Dirigir sob a influência de álcool ou de outra substância psicoativa
que determine dependência (suspensão de 12 meses). (Art. 165)
• Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra
substância psicoativa. (Art. 165-A)
• Usar qualquer veículo para, interromper, restringir ou perturbar a
circulação, sem autorização do órgão de trânsito com circunscrição
sobre a via. (Art. 253-A)
Para motociclistas e condutores de ciclomotores, além das citadas:
• Não usar capacete e vestuário exigido por lei.
• Transportar passageiro sem capacete ou fora do banco.
Infrações de Trânsito 27
• Fazer malabarismos ou equilibrar-se em uma roda.
• Transportar criança menor de 10 anos ou sem condições de se cuidar.
Multa de R$ 2.934,70,
Igual ou superior a Maior do que zero dg
Capacidade psicomotora suspensão do direito
Infração 0,05 mg de álcool/ de álcool/litro de
alterada de dirigir por 12 meses
litro de ar sangue
e recolhimento da CNH.
Cassação O CTB (Art. 263) determina a cassação da CNH nos seguintes casos:
• se o condutor for flagrado conduzindo qualquer veículo que exija
habilitação, estando com o direito de dirigir suspenso;
• se o condutor reincidir, no prazo de 12 meses, em infrações previs-
tas nos artigos 162 (inciso III), 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
• quando o condutor for condenado judicialmente por delito de trânsito;
• se for comprovada irregularidade na expedição da sua habilitação.
Papel do agente O papel do agente é fundamental para um trânsito seguro, pois, além das
de fiscalização atribuições de operação e fiscalização, exerce ainda um papel educativo,
pois cabe a ele informar, orientar e advertir os usuários.
Pontos
Artigo Penalidades –
Descrição das Infrações Gravidade Valor
CTB Medidas Administrativas
Condutor
28 Infrações de Trânsito
Condutor das categorias C, D ou E dirigir sem exa- Gravíssima Multa e suspensão do direito de dirigir
me toxicológico ou com ele vencido há mais de 165-B 7 1.467,35
(5X) (no caso de reincidência)
30 dias **
Condutor das categorias C, D ou E dirigir veículo Gravíssima Multa e suspensão do direito de dirigir
165-C 7 1.467,35
com resultado positivo no exame toxicológico ** (5X) (no caso de reincidência)
162 Gravíssima
Com CNH ou permissão incompatível com a cate- Multa e retenção do veículo até a apre-
163 7 586,94
goria do veículo (2X) sentação de condutor habilitado.
164
162
Multa e retenção do veículo até apre-
Com CNH vencida há mais de 30 dias 163 Gravíssima 7 293,47
sentação de condutor habilitado.
164
162
Sem usar as lentes, próteses ou adaptações exigi-
163 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo
das no documento de habilitação
164
162
Sem possuir os cursos especializados ou especí- Multa e retenção do veículo até a apre-
163 Gravíssima 7 293,47
ficos obrigatórios sentação de condutor habilitado.
164
Infrações de Trânsito 29
Veículos
Danificando a via, suas instalações e equipamentos 231 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção para regularização
Portando equipamento antirradar 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção de veículo
Com som em volume ou frequência não autorizados 228 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Não submeter o veículo à inspeção 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Com cortinas ou persianas fechadas 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Com descarga livre ou silenciador com defeito 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Seguradora não comunicar a perda do veículo e Multa e recolhimento das placas e do-
243 Grave 5 195,23
devolver placas e documentos cumentos
Não possuir licenciamento ou registro 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Não portar os documentos obrigatórios 232 Leve 3 88,38 Multa e retenção do veículo
30 Infrações de Trânsito
Circulação
Gravíssima Multa, recolhimento da CNH, apreensão
Promover ou participar de competição não autori-
174 7 2.934,70 e remoção do veículo e suspensão do
zada, exibição demonstração de perícia** (10X) direito de dirigir
Permanecer imobilizado por falta de combustível 180 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
Para reparo do veículo, nas demais vias 179 Leve 3 88,38 Multa
Infrações de Trânsito 31
Não parar
Antes de cruzamento com via férrea 212 Gravíssima 7 293,47 Multa
Velocidade
Transitar em qualquer via em velocidade superior à Gravíssima
218 7 880,41 Multa e suspensão do direito de dirigir
máxima em mais de 50% (3X)
Transitar em qualquer via em velocidade entre 20%
218 Grave 5 195,23 Multa
e 50% superior à máxima
32 Infrações de Trânsito
Não reduzir
Ao aproximar-se de passeatas, cortejos, aglome-
rações, desfiles, hospitais, escolas, estações de 220 Gravíssima 7 293,47 Multa
embarque/desembarque
Não dar passagem pela esquerda, quando solicitado 198 Média 4 130,16 Multa
Infrações de Trânsito 33
Efetuar ultrapassagens
Efetuar ou tentar ultrapassagem sem que haja es- Gravíssima
paço suficiente para realizar a manobra com segu- 191 7 2.934,70 Multa e suspensão do direito de dirigir
rança (forçar passagem) ** (10X)
Pela contramão em curvas, aclives, declives, fai- Gravíssima
xas de pedestres, pontes, viadutos, túneis e locais 203 7 1.467,35 Multa
proibidos pela sinalização ** (5X)
Estacionar
Na pista das estradas, rodovias, vias de trânsito
181 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
rápido e vias com acostamento
Nas vagas reservadas às pessoas com deficiên-
cia ou idosos, sem credencial que comprove tal 181 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
condição
A mais de 1m da calçada, em fila dupla, ou sobre
passeios, áreas de cruzamento, faixas de pedes-
tres, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, canteiros
181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
centrais, marcas de canalização, divisores de pista
de rolamento, jardins, gramados, viadutos, pontes
e túneis
Em locais de estacionamento e de parada proibida 181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
Impedindo a movimentação de outro veículo 181 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
34 Infrações de Trânsito
Luzes e sinais
Com farol desregulado ou usando a luz alta para
223 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
ofuscar
Sem manter acesa, à noite, a luz de placa traseira 250 Média 4 130,16 Multa
Uso indevido de sinais de luz alta e do pisca-alerta 251 Média 4 130,16 Multa
Buzina e som
Aparelho de som em desacordo com o CONTRAN 228 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
Alarme em desacordo com o CONTRAN 229 Média 4 130,16 Multa, apreensão e remoção do veículo
Uso inadequado da buzina (local, horário e finalidade) 227 Leve 3 88,38 Multa
Infrações de Trânsito 35
Transportes e cargas
Gravíssima
Transporte escolar sem autorização 230 7 1.467,35 Multa e remoção do veículo
(5X)
A multa poderá ser multiplicada em até
Criar obstáculo na via e não sinalizar 246 Gravíssima 7 293,47
5 vezes a critério da autoridade
Passageiro no compartimento de carga 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Transporte remunerado não licenciado 231 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
Deixar o veículo de transporte público coletivo de
Multa e retenção do veículo até regula-
passageiros ou de escolares de manter a porta 250 Gravíssima 7 293,47
rização
fechada
Veículo ou carga fora das dimensões regulamentadas 231 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
De passageiro, com excesso de carga 248 Grave 5 195,23 Multa, retenção do veículo e transbordo
36 Infrações de Trânsito
Sinistros de trânsito (acidentes)
Deixar de: prestar ou providenciar socorro às víti-
mas ou evadir-se do local; preservar o local para Gravíssima Multa, recolhimento da CNH e suspen-
176 7 1.467,35
facilitar a perícia; remover o veículo quando deter- (5X) são do direito de dirigir
minado pela autoridade
Deixar de: sinalizar e afastar o perigo; identificar-se; Gravíssima Multa, recolhimento da CNH e suspen-
prestar informações ou acatar determinações da 176 7 1.467,35
(5X) são do direito de dirigir
autoridade
Deixar de prestar ajuda, quando solicitado pela
177 Grave 5 195,23 Multa
autoridade
01. É responsável pelas infrações na direção do 06. A penalidade por ultrapassar na contramão
veículo: e nos cruzamentos é:
a) o proprietário do veículo. a) multa.
b) o proprietário do veículo e o condutor. b) remoção do veículo.
c) os pais ou responsáveis pelo condutor. c) retenção do veículo.
d) a pessoa que assumir a responsabilidade. d) recolhimento do veículo ao DETRAN.
e) o condutor. e) um acidente.
02. A penalidade por transitar em velocidade 07. A punição por dirigir com CNH cassada é:
incompatível com a segurança, diante de a) remoção do veículo, apenas.
escolas ou onde haja movimentação de b) retenção do veículo, apenas.
pedestres, é:
c) apreensão da CNH, apenas.
a) apreensão do veículo e multa. d) multa, recolhimento da CNH e retenção
b) multa. do veículo até a apresentação de condutor
c) retenção do veículo e multa. habilitado.
d) apreensão do veículo, da CNH e multa. e) duas multas.
e) advertência.
08. A punição para estacionar sobre calçada ou
03. É infração de trânsito a desobediência a a faixa de pedestres é:
qualquer sinal de: a) multa, apenas.
a) regulamentação. b) apreensão do veículo e multa.
b) indicação. c) remoção do veículo e multa.
c) educação. d) apreensão da CNH e multa.
d) advertência. e) advertência e multa.
e) orientação.
09. A punição por estacionar próximo a hidran-
04. A punição por estacionar junto aos pontos tes de incêndio é:
de parada de coletivos é: a) multa, apenas.
a) apreensão do veículo e multa. b) apreensão do veículo e multa.
b) apreensão do veículo. c) remoção do veículo e multa.
c) apreensão da CNH e multa. d) apreensão da CNH.
d) remoção do veículo e multa. e) cassação da CNH.
e) multa, apenas.
10. A punição por estacionar sobre a pista de
05. A punição por ultrapassar em curvas e acli- rolamento das estradas é:
ves sem visibilidade é: a) multa, apenas.
a) retenção do veículo e multa. b) apreensão da CNH e multa.
b) apreensão do veículo e multa. c) apreensão do veículo e multa.
c) recolhimento do veículo ao DETRAN. d) remoção do veículo e multa.
d) multa. e) cassação da CNH.
e) uma advertência.
Infrações de Trânsito 37
SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
ANEXO II DO CTB - RESOLUÇÃO 973/22 Obrigação de sinalizar: nenhuma via poderá
Os sinais de trânsito são usados para orien- ser aberta ou reaberta enquanto não estiver
tar, advertir e disciplinar a circulação dos completa e devidamente sinalizada (Art. 88).
usuários do trânsito ao longo das vias. Aplicação das Penalidades: as penalidades
Padronização: sempre será utilizada a sinali- das infrações de sinalização não serão aplica-
zação padronizada prevista no Art. 80. das aos condutores se a sinalização for inexis-
tente ou deficiente (Art. 90).
Direitos e Deveres quanto à sinalização: todo
Responsabilidade: o órgão com jurisdição so-
cidadão tem o dever de conhecer, proteger,
bre a via é que deverá sinalizá-la, podendo ser
respeitar e obedecer a sinalização de trânsito
responsabilizado em caso de insuficiência, falta
(Art. 72 e 73).
ou erros de sinalização.
Os usuários têm direito a vias sinalizadas e
seguras, Art 1°, §2° e §3° do CTB. Classificação:
1. Sinalização Vertical
Colocação: a sinalização deverá ser colocada
2. Sinalização Horizontal
onde seja facilmente visível e legível, tanto
de dia como à noite, em distância compatível 3. Dispositivos Auxiliares
com a segurança (Art. 80). 4. Sinalização Semafórica
5. Sinalização de Obras
Visibilidade: é proibido colocar luzes, obstru-
ções, construções, vegetação, publicidade e 6. Gestos
inscrições, que possam confundir, interferir ou 7. Sinais Sonoros
prejudicar a interpretação ou a visibilidade dos
usuários do trânsito, comprometendo sua se-
gurança (Art. 81).
1. Sinalização vertical
Os sinais viários, normalmente placas, estão fixados na posição vertical, ao lado da via ou sus-
pensos sobre ela. Transmitem mensagens através de legendas ou símbolos pré-estabelecidos e
servem para aumentar a segurança, ordenar os fluxos de tráfego e orientar os usuários das vias.
A sinalização vertical, de acordo com sua função, pode ser:
1.1 Sinalização de Regulamentação
1.2 Sinalização de Advertência
1.3 Sinalização de Indicação
38 Sinalização de Trânsito
Sinalização de regulamentação (Continuação)
Sinalização de Trânsito 39
Sinalização de regulamentação (Continuação)
Pedestre, ande pela direita Circulação exclusiva de Sentido de circulação na
Assinala ao pedestre a obriga- veículos de transporte rotatória
toriedade de andar pelo lado público coletivo Indica o sentido que o condutor
direito da via. Indica que a via destina-se à cir- deve circular na rotatória.
culação exclusiva de veículos de
R-31 R-32 transporte público coletivo. R-33
Circulação exclusiva de Ciclista, transite à esquerda Ciclista, transite à direita
bicicletas Indica ao ciclista a obrigatorie- Indica ao ciclista a obrigatorie-
Indica que a via destina-se à cir- dade de trafegar pelo lado es- dade de trafegar pelo lado direi-
culação exclusiva de bicicletas. querdo da via. to da via.
ESTACIONAMENTO 2ª a 6ª 7 - 20h
ROTATIVO
40 Sinalização de Trânsito
ÁREA
DE
PEDESTRES
CAMINHÕES
NA LINHA AMARELA OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO
E ÔNIBUS USO DO CARTÃO USO DO CARTÃO
2ª a 6ª h SÓ OBRIGATÓRIO EXCLUSIVO
EXCLUSIVO
ÔNIBUS
DEFICIENTE
h IDOSO
FAIXA DA FÍSICO
Sábados h
04 VAGAS A 60° 04 VAGAS A 60°
DIREITA
Sinalização de Trânsito 41
Sinalização de advertência (Continuação)
42 Sinalização de Trânsito
Sinalização de advertência (Continuação)
* Estamos de olho: Notamos algumas inconsistências nos manuais de sinalização, como o ícone das placas (A-49a
e A-49b) que mostra um ciclista e a descrição cita pedestre, dentre outras. A Tecnodata já alertou a Senatran que
consciente desse fato disse que os manuais passarão por revisão. Por enquanto, optamos por publicar como está
na legislação.
Sinalização de Trânsito 43
Sinalização especial de advertência (Continuação)
b) Para Pedestres c) Para Rodovias, Estradas e Vias de Trânsito Rápido
100 6,0 m
km/h
A 500 m A 1 km
ATENÇÃO LOMBADA
ÚLTIMA
CURVA
SAÍDA
PERIGOSA FAIXA ADICIONAL
A 50 m A 50 m A 500m
BRASIL PR
PR Lapa
BR-116
410 GOIÂNIA Zona Oeste
Pan-Americana Federal Estadual
ÚLTIMA
De Pontes, Viadutos, Quilométrica De Limite de Municípios, Divisa de Estados, Fronteira,
SAÍDA Perímetro Urbano
A 50 m
Túneis e Passarelas A 50 m
km
Ponte LIMITE DE MUNICÍPIOS DIVISA DE ESTADOS
Cidade Jardim 123 Recife Minas Gerais
Zona Azul Jaboatão Espírito Santo
ÚLTIMA
Placas de Pedágio Placas Indicativas de Sentido SAÍDA
A 50 m FAIXA AD
A 50 m A 50 m
A 50 m A 50 m
PEDÁGIO 1 km PEDÁGIO 1 km A 50
AUTOMÓVEL ÔNIBUS
Zona Leste
UTILITÁRIO CAMINHÃO
Dutra
PR
BR-116
Rio de Janeiro PR
BR-116 Dutra
44 Sinalização de Trânsito
Sinalização de indicação (Continuação)
Placas Educativas
E
SAU-01 SAU-02 SAU-03 SAU-04 SAU-05 SAU-06 SAU-07 SAU-08
Área de Informações Câmbio Correio Rua 24 horas Serviço Serviço
Estacionamento Turísticas Telefônico Mecânico Borracharia
Sinalização de Trânsito 45
PLACAS DE ATRATIVOS TURÍSTICOS
ATRATIVOS TURÍSTICOS NATURAIS ATRATIVOS HISTÓRICOS E CULTURAIS
ÁREAS DE RECREAÇÃO
46 Sinalização de Trânsito
2. Sinalização horizontal
São faixas, símbolos ou inscrições gravados na pista, que complementam a sinalização vertical,
e servem para orientar a circulação e direcionar o fluxo de veículos e pedestres.
Marcas Longitudinais: ordenam o tráfego, definem faixas de mesmo sentido, de fluxos opostos,
de uso exclusivo ou preferencial por tipo de veículo, de orientação para ultrapassagens, etc.
Via de mão dupla - proibida a ultra- Via de mão dupla - permitida a ultra- Via de mão única - permitida mudança de faixa
passagem em ambos os sentidos passagem em ambos os sentidos
Linha dupla contínua Linha dupla contínua e seccionada Linha simples contínua
Via de mão dupla - proibida a ultra- Via de mão dupla - ultrapassagem Via de mão única - proibida mudança de faixa
passagem em ambos os sentidos proibida no lado contínuo e permitida
no lado tracejado
Dividindo ou unindo faixas de mesmo sentido Dividindo ou unindo faixas de sentidos contrários
Siga em Vire à Vire à Direita Siga em Frente Siga em Frente Retorno à Esquerda Retorno à Direita
Frente Esquerda ou Vire à Esquerda ou Vire à Direita
Sinalização de Trânsito 47
Exemplos de marcas viárias
Marcas para
Faixa de Travessia de Estacionamento
Pedestres Legenda Linha de Bordo Faixa de Integração
PARE
Linha de Marcação de Não Estacione Faixa de Desaceleração
Retenção Área de Conflito
3. Dispositivos auxiliares
Aumentam a visibilidade dos sinais e chamam a atenção para obstáculos perigosos. São refleti-
vos ou luminosos para melhor visualização, principalmente durante a noite.
Dispositivos Delimitadores
Tachas ou Tachões (não podem ser usados como redutores de velocidade
Balizador ou sonorizadores)
Elementos refletivos
A passagem A passagem
deverá ser deverá ser
feita pela feita pela
direita esquerda
48 Sinalização de Trânsito
Marcadores de Perigo Marcadores de Alinhamento
A passagem poderá ser feita por ambos os lados
A passagem
deverá ser feita A passagem deverá ser
pela direita feita pela esquerda
Dispositivos Luminosos
Painéis Eletrônicos Painéis com Setas Luminosas
Laranja
Laranja
Barreiras Fixas
Fita Zebrada
O B R A S N A P I S TA O B R A S N A P I S TA
Faixas D E S V I O R E D U Z A A V E L O C I D A D E
O B R A S N A P I S TA
D E S V I O
O B R A S N A P I S TA USE CINTO DE SEGURANÇA
D E S V I O R E D U Z A A V E L O C I D A D E TAMBÉM NO BANCO TRASEIRO
D E S V I O
USE CINTO DE SEGURANÇA
TAMBÉM NO BANCO TRASEIRO
Sinalização de Trânsito 49
4. Sinalização semafórica
Sinais luminosos automatizados, que servem para controlar o fluxo de veículos e pedestres.
Regulamentação para Veículos Regulamentação para Pedestres Advertência
ou
ou
ou ou
Direção Controlada
Significados
Amarelo: Verde: Amarelo intermitente:
Indica atenção, sinalizando a iminência da parada obrigatória. Permissão para iniciar a travessia. Adverte a existência de
obstáculo ou situação
Vermelho: Vermelho: perigosa na via.
Indica parada obrigatória. Não pode iniciar a travessia.
Verde:
Indica permissão para passar, se o cruzamento estiver livre.
5. Sinalização de obras
Semelhantes aos sinais de advertência, porém de cor alaranjada e de caráter temporário, sempre
relacionado à realização de obras na pista.
MÁQUINAS
NA PISTA
A 100 m
Ordem de parada para todos Ordem de parada para os veículos Ordem de parada para os veículos que estão transitando em
os veículos. que estão transitando em sentido sentido transversal ao braço.
transversal aos braços.
50 Sinalização de Trânsito
Ordem de diminuição da veloci- Ordem de parada para os veículos Ordem de seguir. Gestos com a palma da mão voltada para
dade. aos quais a luz é dirigida. trás.
7. Sinais sonoros
São os apitos do policial ou agente de trânsito.
Sinalização de Trânsito 51
DIREÇÃO DEFENSIVA
Causas de acidentes
• 90% dos acidentes são causados por falhas humanas.
• 6% são causados por falhas mecânicas.
• 4% são causados por má condição das vias.
Falhas Em qualquer acidente, uma dessas três falhas humanas está
sempre presente:
humanas
• Negligência.
• Imprudência.
• Imperícia.
Negligência Negligente é aquele que sabe o que é certo, mas não está nem aí. O
desleixo pode causar graves acidentes. Exemplos de negligência:
• Proprietários de veículos que não fazem manutenção correta ou
adiam consertos necessários.
• O condutor que sabe que está cansado ou que algo não está fun-
cionando bem, mas assim mesmo insiste em seguir em frente.
• Deixar de fazer as inspeções e verificações periódicas do veículo e
da carga durante a viagem.
52 Direção Defensiva
O que é direção defensiva?
Direção Defensiva, Direção Segura ou Condução Responsável é um con-
junto de técnicas que o condutor deve incorporar à sua maneira de dirigir
para torná-la mais segura para si mesmo e para os outros usuários do
trânsito. Na condução de motos essas técnicas podem ser chamadas de
pilotagem defensiva.
Pilotagem defensiva
As motocicletas modernas são mais seguras que as antigas, pois os
fabricantes trabalham constantemente para dotá-las de dispositivos de
segurança eficientes. Entretanto, os acidentes envolvendo motocicletas
continuam sendo muito graves e muitas vezes fatais.
Algumas características desse veículo contribuem para situações in-
seguras.
• As motos atingem altas velocidades em curtas distâncias.
• Por serem estreitas, acabam trafegando entre as faixas de circulação.
• O piloto e seu eventual acompanhante não estão protegidos por
uma cabine e também não contam com cintos de segurança ou
airbags.
• Motos possuem apenas duas rodas, portanto, quando ocorre derra-
pagem ou desequilíbrio do piloto, a queda é quase sempre inevitável.
Direção Defensiva 53
Conhecimento
Conhecer leis É fundamental que o condutor defensivo conheça:
e normas • as leis e normas de trânsito;
• as particularidades do veículo, seus equipamentos e acessórios;
• as condições adversas e a maneira correta de enfrentá-las.
Conhecer as leis
O objetivo da legislação de trânsito, normas de circulação e conduta, e
das técnicas de direção e pilotagem defensiva é o mesmo: a segurança
no trânsito.
As leis e normas de trânsito estão em constante evolução. Portanto, é
necessário reciclar periodicamente esses conhecimentos. Está mais do
que comprovado: quem não conhece as regras comete mais infrações e
está mais exposto a acidentes.
Conhecer os veículos
Conhecer bem o veículo que se utiliza é fundamental para prevenir aci-
dentes.
Lembre-se: condutores e proprietários são responsáveis por acidentes
provocados por má conservação ou manutenção deficiente do veículo.
• As funções e a localização dos comandos não são iguais em todos
os veículos.
• O manual do proprietário contém informações importantes sobre o
veículo e seus equipamentos e realmente precisa ser lido.
• Redobrar o cuidado enquanto não estiver completamente familiari-
zado com o comportamento do veículo.
• Examinar frequentemente o veículo, os equipamentos e a carga,
tomando providências corretas e imediatas sempre que encontrar
irregularidades.
• Os itens que interferem diretamente na segurança dos veículos de
quatro rodas são: direção, freios, suspensão, pneus, faróis, lanter-
nas, sinalizadores, limpadores de para-brisas e buzina.
Conhecer a moto
Existem motocicletas para todas as finalidades. É fundamental que a
moto seja adequada à utilização pretendida. O tamanho da moto deve
ser compatível com o porte do condutor, que deverá conseguir apoiar
ambos os pés no solo quando estiver sentado na moto.
Um bom teste para saber se o tamanho da moto está apropriado para
seu porte físico é fazer um oito empurrando-a pelo guidão.
Os componentes da motocicleta que interferem diretamente na seguran-
ça devem ser verificados periodicamente, a fim de se evitar má conser-
vação e mau funcionamento.
• Freios: dianteiro e traseiro, manetes, cabos, pinças, lonas ou pas-
tilhas, cubos ou discos, nível do fluido de freios.
54 Direção Defensiva
• Suspensão: molas e amortecedores.
• Corrente de transmissão: condições de uso e folgas.
• Pneus: pressão e desgaste.
• Luzes: faróis, lanternas, sinalizadores e luz de freio.
• Buzina.
Conhecer as Condições adversas são fatores ou combinações de fatores que contri-
buem para aumentar as situações de risco no trânsito, podendo compro-
condições meter a segurança. O condutor deve ser capaz de identificar os riscos e
adversas agir corretamente diante dessas situações, adotando os procedimentos
adequados para cada uma delas.
Os principais tipos de situações adversas são:
• iluminação;
• tempo;
• vias;
• trânsito;
• veículo;
• cargas;
• passageiros;
• condutor.
Causas do ofuscamento
Incidência direta de raios solares
• O ofuscamento direto por luz solar pode ocorrer no início da manhã
e no final da tarde, quando o sol está próximo do horizonte. Esta
incidência pode ser evitada com o uso do para-sol, equipamento
obrigatório nos veículos.
Direção Defensiva 55
Luz alta no retrovisor
• Causado quando veículo de trás está com luz alta. Retrovisor com
dispositivo antiofuscamento é muito útil para evitar isso.
Penumbra Penumbra ou lusco-fusco é a situação de pouca luminosidade que
ocorre ao anoitecer, ao amanhecer, no interior de túneis, viadutos e em
tempestades.
É uma condição adversa, pois contornos e cores ficam pouco definidos, o
que torna mais difícil reconhecer objetos, avaliar corretamente distâncias
e, principalmente, ver e ser visto.
Procedimentos para dirigir ou pilotar na penumbra:
• manter a luz baixa ligada;
• reduzir a velocidade;
• redobrar a atenção.
Para evitar o ofuscamento por luz alta vinda de veículos que trafegam em
sentido contrário, o condutor deverá:
• diminuir a velocidade;
• solicitar luz baixa, com um breve lampejo de luz alta;
• não olhar diretamente para os faróis;
• se a luz alta persistir, manter luz baixa e orientar-se pela margem
direita da via.
Tomar cuidado para não ofuscar os demais condutores, pois esta é uma
causa frequente de acidentes. Usar luz baixa assim que surgirem veícu-
los em sentido contrário, não apenas quando estiverem próximos. Cuidar
também para não ofuscar pelos retrovisores o condutor do veículo que
vai à frente.
56 Direção Defensiva
A neve não é frequente no Brasil, mas quem trafega nos países do
MERCOSUL, como Argentina e Chile, deve estar preparado para dirigir
sob essa condição adversa.
Aquaplanagem Durante ou após as chuvas, a água acumulada sobre a pista pode pro-
vocar a AQUAPLANAGEM, situação na qual os pneus não conseguem
remover a lâmina de água e perdem o contato com a pista. Nesse caso,
a direção fica repentinamente leve e o condutor pode perder o controle
do veículo.
A aquaplanagem ocorre pela combinação dos seguintes fatores:
• excesso de água na pista. Deve-se tomar muito cuidado ao trafe-
gar em locais onde há acúmulo de água;
• velocidade do veículo. Quanto maior a velocidade, maior a possi-
bilidade de ocorrer aquaplanagem;
• pneus desgastados não conseguem afastar a lâmina d’água e po-
dem perder a aderência com a pista.
Direção Defensiva 57
O que fazer em caso de aquaplanagem:
• segurar firmemente o volante ou o guidão, sem virá-lo;
• desacelerar o veículo sem frear bruscamente. Se as rodas esti-
verem viradas ou travadas no momento que voltar o contato dos
pneus com a pista, o veículo poderá se desgovernar.
Enchentes e O ideal é evitar circular por trechos alagados. A água pode esconder bu-
racos ou obstáculos e causar acidentes, danificar o motor, dependendo
alagamentos da profundidade, além do risco de ser arrastado pela correnteza. Se for
inevitável passar por um local alagado, deve-se escolher um trajeto onde
a água não ultrapasse a metade da altura da roda do veículo e manter
aceleração constante em primeira marcha.
Neblina ou Conduzir sob neblina exige muito cuidado e experiência. Graves acidentes
e engavetamentos podem ocorrer devido a essa condição adversa.
cerração
Precauções:
• nas estradas, trechos e horários sujeitos a neblina são previsíveis
e podem ser evitados;
• redobrar a atenção e aumentar a distância de segurança;
• reduzir a velocidade, mantendo um ritmo seguro e constante;
• manter o farol baixo ou farol de neblina aceso, mesmo de dia;
• não usar luz alta, pois ela piora a visibilidade;
• parar somente em emergências, em acostamento ou em locais
seguros; manter o pisca-alerta ligado;
• em pistas sem acostamento é preferível seguir em frente com cuidado.
58 Direção Defensiva
ATENÇÃO!
O pisca-alerta não deve ser usado com o veículo em movimento, exceto
em situações de emergência.
Fumaça Não é uma situação climática, mas provoca falta de visibilidade seme-
lhante à causada pela neblina, com diferenças importantes.
Ocorre de maneira localizada, mas é difícil avaliar a sua intensidade e
extensão. Pode provocar irritação nos olhos, tosse ou sufocação, princi-
palmente nos motociclistas, que estão sempre mais expostos.
Deve-se evitar, sempre que possível, trafegar sob fumaça densa. Porém,
se for inevitável, seguir as seguintes recomendações:
• antes de entrar na fumaça, ligar pisca-alerta e reduzir a velocidade;
• depois de entrar, é melhor não parar até sair do outro lado;
• no caso de automóveis, fechar todas as janelas;
• não frear bruscamente, pois pode resultar em colisão traseira.
Direção Defensiva 59
Vias mal A má conservação das vias pode danificar o veículo, principalmente a
suspensão e provocar acidentes. As principais recomendações são:
conservadas
• conduzir em velocidade compatível com a condição da via;
• no caso de automóveis, cuidar para não bater a parte de baixo
do veículo, pois poderá danificar o reservatório de óleo do motor;
• cuidar para não bater em outros veículos, ao frear ou tentar desviar
de buracos na pista;
• veículos de carga não devem trafegar com excesso de peso, pois
esta é a maior causa de deterioração do pavimento.
Motos
• Cuidar com pedras e buracos, que podem danificar pneus e aros,
além de desequilibrar a moto.
• Se for inevitável transpor obstáculos, lombadas, cruzar trilhos ou
sonorizadores, deve-se reduzir a velocidade, aproximar-se em ân-
gulo de 90 graus, em linha reta e erguer-se um pouco do assento
apoiando-se nas pedaleiras.
• Em caso de derrapagem, segurar firme o guidão no sentido da
derrapagem, sem acelerar, frear nem utilizar a embreagem, para
que a aderência se restabeleça.
Para pilotar uma moto com segurança em superfícies com pouca ade-
rência, deve-se:
• é preferível reduzir a velocidade antes dos pontos de baixa aderên-
cia, do que frear durante elas, principalmente em curvas;
• é preciso que haja um equilíbrio entre os freios dianteiro e traseiro
da moto, para evitar derrapagens e quedas;
• em motos mais antigas é o condutor que regula a pressão dos
freios, cuidando para não travar a roda traseira, que provoca derra-
pagens em pistas escorregadias;
• motos novas são equipadas com freios ABS, que são mais efi-
cientes e evitam o travamento das rodas; ou BBS, que distribui a
pressão de frenagem entre rodas dianteira e traseira;
• cuidado também para não derrapar ao acelerar, acionar a embrea-
gem ou trocar marchas durante as curvas;
• ter cuidado ao passar de um tipo de piso para outro, como por
exemplo, do asfalto limpo para o acostamento com areia;
• em piso molhado, deve-se trafegar sobre os rastros dos pneus dos
outros veículos, onde há menos água;
• evitar faixas de areia, sujeira e folhas soltas nas laterais da pista.
60 Direção Defensiva
Vias mal A inexistência ou deficiência de sinalização é um importante fator de
sinalizadas risco. Nesse caso, o condutor deverá redobrar a atenção, para não ser
surpreendido e não se envolver em acidentes.
Declives Em descidas íngremes ou longas, como rampas, ladeiras ou descidas de
acentuados serras, não se deve confiar apenas no freio. A técnica correta e segura
consiste em utilizar o freio motor, iniciando a descida com velocidade
reduzida, engrenando a mesma marcha que seria usada na subida.
Jamais descer desengrenado (banguela), porque depois que o veículo
embalar fica mais difícil reduzir a velocidade, principalmente para veícu-
los de grande porte como ônibus, caminhões e carretas. Nesse caso, os
freios irão superaquecer e perder eficiência, podendo incendiar os freios
e os pneus, e resultar em graves sinistros. Esses acidentes são muito
comuns em serras, que combinam descidas íngremes e curvas.
Conduzir o veículo de maneira incompatível com as condições da via
caracteriza imprudência e irresponsabilidade do condutor.
Direção Defensiva 61
• Evitar o uso de objetos chamativos, como relógios e jóias.
• Não deixar bolsas e outros objetos sobre os bancos.
• Escolher criteriosamente seus roteiros e itinerários.
• Evitar exposição desnecessária, principalmente à noite e de
madrugada.
• Se for assaltado, obedeça, não discuta e não reaja.
Brigas e outros A violência no trânsito vai além dos acidentes e assaltos. É preciso evitar
discussões e brigas. Manter a calma, não provocar nem aceitar provoca-
incidentes ções, são recomendações decisivas para evitar uma tragédia.
Economizar na Aqui vamos dar atenção aos principais itens e componentes do veículo,
cujo estado pode interferir seriamente na segurança.
manutenção
• Lâmpadas queimadas e faróis desregulados.
pode custar caro • Limpadores de para-brisas com defeito (no caso de automóveis).
• Espelhos retrovisores deficientes ou ausentes.
• Amortecedores em mau estado.
• Folga no sistema de direção ou no guidão.
• Rodas desbalanceadas ou aros empenados.
• Falta de buzina.
• Suspensão desalinhada.
• Pneus gastos, com defeitos ou mal calibrados.
• Freios deficientes.
• Quantidade insuficiente de combustível.
• Falta ou deficiência de um ou mais equipamentos obrigatórios.
• Existência de qualquer tipo de vazamento.
62 Direção Defensiva
• certificar-se de que a carga está imobilizada e bem acondicionada;
• aproveitar as paradas para conferir as condições da carga;
• cargas externas não devem obstruir a visão do condutor, nem as
luzes de sinalização. Não podem oferecer riscos aos demais usuá-
rios, nem exceder as dimensões laterais do veículo.
Procedimentos
• Não permitir que ocupantes desviem a atenção do condutor.
• Crianças menores de 10 anos ou que não tenham 1,45 m devem
permanecer no banco de trás, utilizando corretamente os equipa-
mentos de retenção.
• Respeitar o limite de passageiros de cada veículo.
Motos
Transportar passageiro em moto exige mais habilidade e experiência.
O transporte de crianças menores de 10 anos é proibido por lei.
Para levar passageiro, a motocicleta deverá estar equipada com:
• assento apropriado, com espaço suficiente para o passageiro, sem
que o piloto tenha que se deslocar para frente;
Direção Defensiva 63
• pedaleiras para que o passageiro apoie os pés firmemente;
• equipamentos de proteção para o passageiro, iguais aos do piloto;
• pressão extra nos pneus e nova regulagem do farol e dos espelhos.
Deficiências físicas
Algumas deficiências físicas não impedem o indivíduo de dirigir, mas tor-
nam obrigatório o uso de acessórios, como próteses corretivas, lentes
ou adaptações no veículo.
Com a utilização de equipamentos especiais é possível dirigir normalmente.
64 Direção Defensiva
Estados mentais alterados que podem afetar a capacidade de dirigir ou
pilotar com segurança, podem ser:
• psíquicos ou neurológicos: epilepsia, neuroses, psicoses, etc.,
cuja intensidade pode impedir seus portadores de dirigir;
• emocionais: estresse, depressão, irritação, raiva, insegurança ou
alterações devido a comoções, fatalidades, mortes, traumas, etc.
Além disso, o homem interfere artificialmente nessas condições ao uti-
lizar substâncias químicas, como bebidas alcoólicas, drogas e medica-
mentos, que alteram o funcionamento cerebral.
Álcool
Conduzir sob efeito de bebida alcoólica, conforme a legislação em vigor, é
um ato criminoso. Apesar disso, mais de 50% dos acidentes de trânsito
no Brasil, envolvem alguém alcoolizado.
O indivíduo alcoolizado “acredita” que está bem, com reflexos e reações
normais. Isso ocorre devido à falsa sensação inicial de leveza e bem-
estar que o álcool proporciona.
• O álcool induz as pessoas a fazer coisas que normalmente não
fariam, seja por excesso de autoconfiança ou pela perda da noção
de perigo e respeito à vida.
Direção Defensiva 65
Dirigir ou pilotar alcoolizado não é apenas uma infração: é uma irrespon-
sabilidade, um crime que expõe pessoas inocentes a riscos desnecessá-
rios e danos irreversíveis (saiba mais em Crimes de Trânsito pág. 21).
Medicamentos
Alguns medicamentos podem provocar alterações sensoriais ou de com-
portamento, tonturas, sonolência, etc. Condutores que utilizam modera-
dores de apetite, antidepressivos, anti-histamínicos e outras substâncias
devem procurar conhecer os efeitos colaterais.
Alguns condutores que dirigem ou pilotam por longos períodos ingerem
drogas e medicamentos para afastar o cansaço e o sono. São os popu-
lares “rebites”, ingeridos com café, refrigerantes, energéticos e até com
bebidas alcoólicas. Quando cessa o efeito, a necessidade acumulada
de sono se manifesta repentinamente, fazendo o motorista “apagar” e,
consequentemente, envolver-se em graves acidentes.
O consumo de medicamentos com bebidas alcoólicas deve ser evitado,
pois é prejudicial à saúde e potencializa as alterações adversas.
66 Direção Defensiva
Drogas
Drogas ilegais O uso de estimulantes, relaxantes ou entorpecentes é comum em todos
os níveis da nossa sociedade. Nesse grupo de substâncias estão incluí-
dos maconha, cocaína, crack, ecstasy e muitos outros.
Essas drogas, assim como o álcool, alteram o funcionamento cerebral,
o padrão de percepção e consciência da realidade e do perigo. Por isso,
apesar de estar com sua capacidade comprometida, o indivíduo sob o
efeito de drogas sente-se como se estivesse em plenas condições.
A sensação de que tudo está sob controle é absolutamente falsa. Por
isso, é importante que o usuário de drogas, eventual ou não, antes de
consumi-las, tenha consciência de que não estará em condições de dirigir.
Algumas pessoas utilizam álcool e drogas juntos. Essa combinação é ex-
tremamente perigosa, pois multiplica o efeito nocivo dessas substâncias.
Sono e fadiga
Não dirigir A sonolência é responsável por mais de 10% dos acidentes de trânsito,
percentual extremamente elevado quando comparado às demais causas.
quando estiver
“pedindo cama” O sono diminui muito a capacidade de dirigir e pilotar com segurança.
Muitas pessoas acreditam que podem controlar o sono utilizando artifí-
cios como café, música alta ou vento no rosto, mas, sem perceber elas
podem “tirar” um cochilo fatal.
Sinais de sonolência
• É preciso se esforçar para manter a concentração.
• A visão perde o foco e fica difícil manter os olhos abertos.
Direção Defensiva 67
• A cabeça começa a pesar.
• A pessoa não para de bocejar.
• Os pensamentos começam a ficar vagos e desconexos.
• Ocorrem pequenos desligamentos, com desvios na trajetória do
veículo.
Motos
• O vento, o frio e a chuva fazem cansar mais depressa. No caso do
motociclista, manter-se aquecido é essencial.
• Vale a pena mandar instalar um para-brisa na motocicleta, para
fazer longas viagens.
• Para evitar o cansaço, pilotos experientes evitam pilotar mais do
que seis horas por dia.
Atenção!
Pilotar uma motocicleta cansa mais que dirigir um automóvel, principal-
mente em viagem.
68 Direção Defensiva
Atenção
A atenção é o segundo elemento da direção ou pilotagem defensiva.
Dirigir é uma atividade complexa e de muita responsabilidade. Qualquer
displicência ou distração pode ser a causa de acidentes. O ato de dirigir
exige do condutor atenção constante aos múltiplos fatores que vão se
apresentando durante o trajeto, tais como:
• a sinalização;
• o comportamento dos demais condutores;
• o comportamento de pedestres, ciclistas e demais veículos não
motorizados;
• as prováveis condições adversas.
Previsão
Direção Defensiva 69
Habilidade
Adquirir habilidade para dirigir ou pilotar um veículo com segurança sig-
nifica conhecer o veículo e os seus equipamentos, ter recebido correto e
cuidadoso treinamento para manusear os controles e saber efetuar com
segurança todas as manobras necessárias.
Para decidir e agir corretamente no trânsito, além do conhecimento é
necessário ter experiência, que só se adquire com a prática e com o
tempo, dependendo das características de cada pessoa.
É muito importante aprender a fazer certo desde a primeira vez, do que
corrigir vícios ou aprendizado incorreto. Daí a importância de uma forma-
ção eficiente, completa e responsável.
Ação
A ação é uma A ação correta, principal ferramenta da direção ou pilotagem defensiva,
combinação é uma combinação de decisão e habilidade.
Cinto de segurança
O uso do cinto de segurança já se tornou um hábito, trazendo benefícios
para todos e evitando muitas mortes. Muitos condutores, porém, ainda não
exigem que os passageiros do banco de trás usem cinto de segurança.
• O cinto de segurança deve ser utilizado por todas as pessoas que
estão no veículo, inclusive as do banco traseiro.
• Menores de 10 anos que não tenham atingido 1,45 m deverão
ocupar o banco traseiro, utilizando equipamento de retenção ade-
quado para cada caso. Utilizar a trava de segurança das portas.
• Mulheres grávidas também devem utilizar cinto, de preferência o
de três pontos, com a faixa inferior passando por baixo do ventre.
• Os cintos devem ser mantidos em bom estado e prontos para o
uso. Não usar cintos torcidos.
• Retirar dos bolsos canetas, óculos e outros objetos. Em caso de
colisão, eles podem provocar ferimentos.
Em caso de acidentes, o uso correto do cinto de segurança pode aumen-
tar em até 25 vezes a chance de sobrevivência dos ocupantes, porque:
• evita que eles colidam contra as partes internas do veículo;
• evita que sejam arremessados uns contra os outros;
• evita que sejam arremessados para fora do veículo;
• diminui o risco de lesão interna grave ou fatal.
70 Direção Defensiva
É um grave erro pensar que os ocupantes do banco de trás não precisam
usar cintos de segurança, pois em caso de acidente, eles são arremes-
sados violentamente contra os bancos dianteiros, por sobre os ocupan-
tes da frente e contra o para-brisa.
O cinto deve ser usado sempre. Deixar de usá-lo nos percursos curtos é
um erro grave, pois é aí que acontece a maioria dos acidentes.
Direção Defensiva 71
Os óculos de proteção ou viseiras devem:
• ser fabricados de material resistente, que não estilhace;
• permitir uma excelente visão lateral;
• permitir boa ventilação, para evitar o embaçamento;
• ficar ajustados para que não sejam arrancados pelo vento;
• estar em perfeito estado, sem rachaduras ou riscos.
Luvas Luvas de couro e sem forro dão melhor aderência às manoplas. Servem
para proteger as mãos do frio, das quedas e do impacto de detritos. Lu-
vas de punhos longos evitam a entrada de vento nas mangas da jaqueta.
Vestimentas Roupas adequadas oferecem uma boa proteção em caso de queda, além
de proteger das intempéries e das partes quentes e móveis da motoci-
cleta. O ideal é proteger também braços e pernas, com uma boa liberda-
de de movimentos, mas sem folgas que se agitem com o vento. Existem
jaquetas que proporcionam proteção à coluna vertebral.
As roupas em couro oferecem a proteção ideal. O tecido “jeans” também
oferece uma boa proteção, com a conveniência de ter um custo menor.
• No calor: é aconselhável usar calça e jaqueta, mesmo nos dias
quentes. O calor é amenizado pelo movimento.
• No frio: a vestimenta correta deve manter o piloto quente e seco.
A jaqueta de inverno deve se ajustar bem na cintura, no pescoço e
nos punhos. A capa ou agasalho de chuva deve resistir ao vento,
sem inflar nem rasgar, mesmo em velocidades maiores.
• Capacete e roupas de cores claras ou chamativas, com detalhes
refletivos, ajuda a ser visto pelos demais condutores.
Acidentes
Acidentes ou sinistros de trânsito, como também são chamados, são
acontecimentos imprevistos, com consequências sempre indesejáveis.
Acidentes evitáveis Para efeitos meramente didáticos, os acidentes evitáveis são aqueles
que, se os condutores tivessem agido corretamente, provavelmente não
e inevitáveis teriam acontecido. Acidentes considerados inevitáveis, são os que ocor-
reram apesar de os condutores – supostamente – terem agido correta-
mente. Cabe, no entanto, a dúvida: será que realmente foi feito tudo que
era possível no sentido de evitar o acidente?
Se houver uma análise rigorosa das causas de um acidente, quase sem-
pre será possível pensar em como ele poderia ter sido evitado.
A direção defensiva, por princípio, deve considerar todos os acidentes
como evitáveis.
72 Direção Defensiva
Acidentes ocorrem devido a um fator causador ou a uma combinação
de fatores. A direção defensiva ajuda a prever esses fatores e ensina
técnicas para controlá-los, de forma a evitar que eles ocorram.
Direção Defensiva 73
Em caso de queda
• A moto e o piloto deslizarão até parar. É importante tentar separar-se
imediatamente da moto para não ser ferido por ela.
• Não aparar a queda com mãos e pés no solo, mas tentar deslizar de
costas, com o queixo encostado no peito e os braços levantados.
• O piloto deve permanecer imóvel até a chegada do resgate, pois
ainda não se sabe a gravidade dos ferimentos.
74 Direção Defensiva
Em motos
• Em frenagens de emergência os dois freios (dianteiro e traseiro)
devem ser acionados ao mesmo tempo na motocicleta. O freio
dianteiro é responsável por 70% da eficiência da frenagem.
• Nas motonetas o peso fica concentrado na roda traseira fazendo
com que o piloto utilize o freio traseiro com mais intensidade.
• Os freios devem ser acionados progressivamente, sem provocar o
travamento das rodas.
É bom saber:
• tempo de reação: entre o momento em que o condutor decide
frear até o momento em que aciona o freio, o veículo percorre um
espaço, na velocidade em que estava;
• a partir do acionamento dos freios, o veículo desacelera, percor-
rendo a distância de frenagem;
• a 80 km/h, com pneus e freios em bom estado, em asfalto seco,
um automóvel leva aproximadamente 35 metros para parar;
• uma motocicleta de porte médio, a 80 km/h, nas mesmas condi-
ções, leva aproximadamente 40 metros para parar;
• a distância a ser mantida com piso molhado deve ser o dobro da
distância segura com piso seco;
• veículos mais pesados precisam de mais espaço para frear. Por
isso, muito cuidado quando transitar perto de ônibus ou caminhões;
• quanto maior a velocidade, maior será a distância percorrida na
frenagem.
Direção Defensiva 75
Qual a distância segura a se manter do veículo da frente?
Métodos usados para ajudar o condutor a calcular a distância de segu-
rança, como a regra dos dois segundos, são ineficazes porque não levam
em conta as variáveis e fatores de risco presentes em cada situação.
O BOM SENSO ainda é o melhor método, pois, instintivamente todos nós
sabemos quando estamos muito próximos do veículo da frente, levando
em conta a combinação de fatores presente em cada momento.
Condutores imprudentes têm o mau hábito de dirigir perto demais do
veículo da frente, porque confiam demais na sua habilidade, gostam de
desafiar o perigo, ou para pressionar o condutor da frente.
Dirigir ou pilotar defensivamente é ser previdente e cuidadoso, resistindo
à imprudência de andar próximo demais do veículo da frente, adquirindo
o bom hábito de deixar sempre uma distância segura e confortável.
76 Direção Defensiva
Evitando colisões com veículos em sentido contrário
Direção Defensiva 77
Se vier outro veículo em sentido contrário, durante a ultrapassagem:
• avaliar se é possível concluir a ultrapassagem com segurança, ou
tentar abortar a manobra, retornando à posição inicial;
• se não for possível, deslocar-se para a direita aproximando-se ao
máximo do veículo que está sendo ultrapassado;
• jamais trafegar no acostamento contrário.
Ao ser ultrapassado:
• não aumentar a velocidade: dar espaço à frente para que o outro
veículo possa intercalar. Em caso de dificuldades, facilitar imedia-
tamente, deslocando-se para a direita o máximo possível.
Moto
Ao fazer uma curva, a força centrífuga tende a jogar o veículo para fora. O
motociclista deve compensar essa força com a inclinação do próprio corpo:
• curvas em condições normais de pista e velocidade: corpo na
mesma inclinação da moto;
• curvas de pequeno raio ou com mudanças rápidas de direção:
corpo menos inclinado do que a moto;
• curvas rápidas ou com pavimento escorregadio: corpo mais incli-
nado do que a moto.
Qualquer que seja a inclinação do corpo, o motociclista deve tentar man-
ter a cabeça na vertical.
78 Direção Defensiva
Evitando colisões em cruzamentos
Perímetro urbano: Cruzamentos, bem como em entradas e saídas de veículos, são locais
cuidado redobrado onde ocorrem muitos acidentes. Para evitá-los, o condutor deve:
• redobrar a atenção;
• obedecer à sinalização e, na dúvida, parar;
• respeitar a preferência de quem transita por via preferencial, ou de
quem já esteja transitando nas rotatórias;
• aproximar-se do cruzamento com cuidado, mesmo tendo a prefe-
rência;
• cruzamentos com via férrea exigem parada obrigatória. Colisões
com trens são gravíssimas e relativamente frequentes;
• cuidado com as conversões, principalmente à esquerda;
• dar a preferência para pedestres e veículos não motorizados;
• não ultrapassar nos cruzamentos ou nas suas proximidades.
Cuidados
• Antes de manobrar, verificar se há o espaço disponível e a inexis-
tência de qualquer tipo de obstáculo.
• Se necessário, pedir o auxílio de outra pessoa.
• Não entrar de ré em esquinas ou lugares de pouca visibilidade.
• Evitar sair de ré de garagens e estacionamentos.
• Cuidar muito com objetos, animais e crianças de baixa estatura.
Direção Defensiva 79
Pontos cegos
Veículos de grande porte, caminhões, carretas, ônibus e articulados, têm
uma capacidade de manobra muito limitada, se comparada a veículos
menores. Todas as manobras são mais difíceis de executar.
• Em frenagens, os veículos de grande porte precisam do dobro ou
até do triplo da distância para parar.
• Veículos grandes precisam de mais espaço para manobrar.
• O comportamento em curvas fechadas é sempre inseguro e a tra-
jetória das rodas traseiras não segue a das dianteiras.
• Esses veículos apresentam uma grande limitação na área de visão.
• Ônibus e caminhões apresentam pontos cegos de ambos os la-
dos, maiores do que nos veículos de menor porte.
• Veículos grandes possuem ainda extensos pontos cegos na parte
de trás e nas duas laterais.
80 Direção Defensiva
Cuidados As ultrapassagens envolvendo veículos de grande porte exigem cuida-
dos complementares
complementares • Permanecer na área de ultrapassagem pelo menor tempo possível.
• Em subidas, veículos de grande porte perdem velocidade, o que
facilita a ultrapassagem por veículos mais ágeis.
• Em descidas, esses veículos ganham velocidade facilmente, difi-
cultando a ultrapassagem e aumentando a duração da manobra.
• Depois de ultrapassar, tomar cuidado para não voltar à pista mui-
to próximo do veículo ultrapassado. Antes de retornar, sinalizar e,
certificar-se de que é possível enxergar a frente do veículo ultrapas-
sado pelos retrovisores.
• Durante a ultrapassagem, o condutor irá trafegar por uma área
onde o motorista do caminhão não consegue enxergá-lo. É o espa-
ço localizado um pouco antes da porta do caminhão.
• Para evitar uma colisão lateral, certificar-se de que o motorista
do caminhão notou a sua presença, com leve toque na buzina ou
sinais de luz, principalmente à noite.
• Permanecer ao lado de um veículo de carga, pelo lado de fora de
uma curva, é muito perigoso. Em caso de deslocamento da carga
ou dificuldades em fazer a curva, fatalmente o veículo que estiver
do lado de fora da curva será atingido.
• Levar em conta que veículos de grande porte provocam turbulência
e deslocamento de ar que podem afetar a trajetória de veículos
leves, tanto em ultrapassagens como ao cruzar por eles.
• Evitar trafegar em velocidade muito inferior à média dos demais
veículos, para que eles tenham de ultrapassá-lo desnecessaria-
mente.
• Ao ser ultrapassado por veículos de grande porte, reduzir a veloci-
dade e facilitar a manobra.
Direção Defensiva 81
• É difícil de calcular a velocidade de uma moto, porque ela acelera
rapidamente e geralmente está mais veloz do que parece.
• Por ser menor, a moto se insere entre as fileiras de carros e pontos
cegos, dificultando que seja percebida.
Ciclistas têm Bicicletas e outros veículos não motorizados, são frágeis e vulneráveis e
têm a preferência sobre os veículos automotores.
preferência
sobre veículos Alguns deveres do condutor
automotores • Dar a preferência e facilitar a passagem de ciclistas e usuários de
outros veículos não motorizados, em cruzamentos e conversões.
• Manter distância lateral de 1,5 metros.
• Conferir constantemente os retrovisores, com especial atenção
para os pontos cegos.
82 Direção Defensiva
• Cuidar ao abrir portas do veículo quando estiver estacionado ou
parado, em congestionamentos ou cruzamentos.
• Entender que, à noite, é ainda mais difícil notar os ciclistas, pois
muitos ainda não usam os refletivos previstos em lei.
• Anunciar a presença com leves toques de buzina.
• Tomar os mesmos cuidados com usuários de skates, patins, pati-
netes etc. Seus usuários participam do trânsito e podem tornar-se
causadores ou vítimas de acidentes, se as precauções de segurança
não forem respeitadas.
Direção Defensiva 83
• Respeitar as regras de preferência.
• Mesmo com sinal favorável o condutor deve aguardar que os pe-
destres concluam travessias já iniciadas.
• Lembrar que, na condição de pedestre, o condutor também se sente
vítima da intolerância de outros condutores.
• Algumas vítimas são pedestres embriagados. Mesmo que não haja
culpa do condutor, um atropelamento é sempre uma tragédia.
• Atropelar um pedestre com uma motocicleta é uma tragédia dupla,
pois geralmente ambos saem gravemente feridos.
84 Direção Defensiva
Evitando colisões com elementos fixos
Pontes, viadutos, São graves os acidentes em que veículos batem em elementos fixos da
postes, barrancos, pista, como cabeceiras de pontes, veículos, caçambas ou equipamentos
estacionados, entradas de viadutos, postes, árvores, muretas de prote-
muros, etc. ção, barrancos, muros, aterros e muitos outros.
Dirigir em Pessoas que dirigem ou pilotam bem nas cidades nem sempre são bons
condutores nas rodovias. Isso ocorre porque conduzir em estradas e rodo-
rodovias exige vias exige uma experiência diferente do que conduzir em trânsito urbano.
experiência
Deve-se começar conduzindo em trechos curtos, em estradas e rodovias
de baixo fluxo de veículos, durante o dia e com bom tempo, de preferên-
cia acompanhado por instrutor ou condutor experiente, para pegar umas
boas dicas e se familiarizar, até adquirir experiência.
Deixar para enfrentar viagens longas ou rodovias mais movimentadas,
dirigir à noite ou enfrentar mau tempo, somente quando estiver preparado.
Direção Defensiva 85
• Informar-se das condições locais, principalmente em feriados.
• Não descuidar da sinalização.
• Aos primeiros sinais de cansaço, parar em lugar seguro para
descansar.
• Não parar na pista. Parar no acostamento somente em emergências.
• Não transitar no acostamento.
• Manter velocidade compatível com o fluxo geral de veículos.
• Verificar os instrumentos do painel em intervalos regulares.
• A qualquer indicação de mau funcionamento, não seguir em frente.
Parar em local seguro para verificar o problema.
• Nos declives acentuados ou longos, jamais descer desengrenado
(banguela). Usar sempre freio motor, utilizando para descer, a mesma
marcha que usaria para subir.
• Praticar os procedimentos de direção ou pilotagem defensiva.
01. O condutor deve adotar uma postura ade- 06. O condutor precisa ver tudo o que acontece:
quada, sendo: a) apenas à frente e à direita do seu veículo.
a) agressivo e rápido. b) apenas à sua frente e nos lados do seu veículo.
b) decidido e agressivo. c) apenas à sua frente e atrás do seu veículo.
c) cuidadoso e ligeiro. d) à sua frente, à direita, à esquerda e atrás
d) cuidadoso e atento. do veículo.
e) cuidadoso e ousado. e) apenas à frente e nos espelhos retrovisores.
02. O cinto de segurança pode ser utilizado: 07. Todo condutor, antes de mudar de direção,
a) por mãe e criança com o mesmo cinto. deverá:
b) por duas crianças com o mesmo cinto. a) piscar os faróis.
c) por somente uma pessoa. b) dar um toque rápido na buzina.
d) por duas pessoas com o mesmo cinto. c) levar o veículo para a direita da via.
e) por três crianças com o mesmo cinto. d) acender os faróis altos.
e) ligar os dispositivos indicadores de direção.
03. A segurança na direção de um veículo depende:
a) da marca do veículo. 08. Ao levar várias fechadas de outro veículo
b) da categoria da CNH. que “costura” no trânsito, você:
c) do trânsito. a) procura ficar longe dele e mantém a tran-
d) do comportamento adequado do condutor. quilidade.
e) do licenciamento do veículo. b) segue aquele veículo porque está irritado.
c) mantém-se na faixa da direita necessariamente.
04. A segurança de trânsito na via depende: d) buzina sem parar até que ele mude de atitude.
a) apenas da atenção dos condutores. e) discute com o outro condutor.
b) apenas da sinalização das vias.
09. A velocidade compatível com a segurança
c) apenas da manutenção das vias.
permite ao condutor:
d) apenas da manutenção dos veículos.
a) forçar a saída do veículo que estiver à sua
e) do comportamento dos elementos envolvidos. frente para um dos lados da via.
05. O condutor, ao ser ultrapassado, deverá: b) frear rapidamente, sem se preocupar com
os demais veículos.
a) reduzir bastante a sua velocidade.
c) perceber antecipadamente os riscos e agir
b) parar o veículo e permitir a ultrapassagem. prontamente para evitá-los ou controlá-los.
c) aumentar a velocidade. d) realizar ultrapassagens pela direita.
d) buzinar para avisar que está permitindo a e) manter uma conversa animada com os
ultrapassagem. passageiros.
e) facilitar a ultrapassagem.
86 Direção Defensiva
10. Na passagem de vias urbanas para vias ro- c) buzinar antes de atravessar.
doviárias, você: d) acender os faróis do veículo.
a) confia no seu veículo e em sua habilidade e e) efetuar a travessia bem devagar.
faz a passagem confiante.
b) atravessa essas áreas buzinando. 16. Dirigindo com fortes ventos laterais você:
c) acelera e passa rapidamente. a) fecha as janelas e segue na mesma velo-
d) trafega bem devagar e nada lhe ocorrerá. cidade.
e) obedece à sinalização e redobra a atenção. b) abre as janelas do veículo e continua com a
mesma velocidade.
11. Se o motor do veículo começar a falhar à c) reduz a marcha do veículo, adotando uma
noite, o condutor deve: velocidade compatível com a situação.
a) deixar o veículo como está, com o motor d) mantém a velocidade normal.
ligado. e) deve aumentar a velocidade.
b) sinalizar, parar à direita da via e ligar o
pisca-alerta. 17. O limpador de para-brisa não está vencendo
a chuva forte. Nessa situação você:
c) desligar o limpador de para-brisa.
a) continua o trajeto sem se preocupar.
d) desligar o motor e ligar uma das lanternas.
b) abre as janelas e prossegue o trajeto.
e) acelerar mais, para que o motor não “morra”.
c) acelera mais para dissipar os pingos de
12. A utilização de aplicativos de mapas ou chuva.
GPS proporciona deslocamentos seguros, d) liga os faróis altos.
economia de tempo e de combustível. e) para o veículo em local seguro e aguarda.
Logo, você deve:
a) se orientar pelo aplicativo, mas não utilizar 18. Num cruzamento de pouco movimento e
o celular para fazer ligações ou trocar men- sem visibilidade, durante o dia, você:
sagens. a) buzina e segue em frente.
b) usar os aplicativos ou GPS apenas quando b) vai em frente confiando que está sendo vis-
for pegar a estrada. to.
c) decorar o nome de todas as vias da cidade. c) para e só atravessa com a certeza de que
d) só usar o mapa se for motorista de transpor- não vem ninguém.
te de aplicativo. d) reduz a velocidade e atravessa buzinando.
e) nenhuma das alternativas. e) reduz a velocidade, pisca os faróis e atra-
vessa.
13. Trafegar pelo acostamento é permitido:
a) quando a pista estiver congestionada. 19. Em Direção Defensiva, previsão significa:
b) quando, devido a problema mecânico, o seu a) dominar tecnicamente o veículo.
veículo estiver lento. b) conhecer macetes de manutenção do veí-
c) para acessar imóveis próximos ou fazer con- culo.
versões. c) dirigir o veículo com rapidez e desenvoltura.
d) para rebocar um veículo acidentado ou com d) antecipar situações de perigo para evitar
problemas mecânicos. acidentes.
e) para ultrapassagem de veículos muito lentos. e) não tirar os olhos do veículo da frente.
14. Em uma rodovia, sob neblina intensa, você 20. Em uma rodovia, ainda longe do seu desti-
deve: no, após o almoço e com sono, você:
a) parar em qualquer lugar, ligando as luzes de a) segue viagem, após tomar um café bem for-
emergência. te.
b) prosseguir a viagem com velocidade reduzi- b) segue viagem, acelerando mais e abrindo a
da, acionando as luzes de emergência. janela.
c) prosseguir a viagem com velocidade reduzi- c) segue viagem, ouvindo uma música suave.
da, acionando os faróis altos. d) segue viagem, pois acredita que dormir ao
d) procurar um local seguro para parar fora da volante raramente acontece.
pista e aguardar a melhoria da visibilidade. e) permanece no local do almoço até se sentir
e) manter a mesma velocidade, pois algum ve- em condições para prosseguir.
ículo pode bater na traseira do seu veículo.
15. Em um cruzamento com ferrovia, em nível e
sem cancela, você deve:
a) reduzir a velocidade e atravessar a via férrea.
b) parar o veículo, olhar para ambos os lados e
efetuar o cruzamento com segurança.
Direção Defensiva 87
PRIMEIROS SOCORROS
No trânsito, assim como em todas as atividades humanas, as pessoas
estão expostas a perigos e sujeitas a sofrer algum acidente que lhes
cause ferimentos ou traumatismos.
88 Primeiros Socorros
1) Socorrista: é a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para,
com segurança, avaliar e identificar problemas que comprometam
a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado atendimento
pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões
já existentes. Estamos falando dos profissionais que trabalham
nos serviços de atendimento a acidentes como SAMU, SIATE etc.
2) Médico ou outro profissional de saúde presente no local: o socor-
rista tem prevalência porque nem todos os profissionais de saúde
estão devidamente treinados para prestar atendimento pré-hospi-
talar, seja em suporte básico ou avançado de vida.
3) Pessoas leigas com noções de primeiros socorros: aquelas que
tenham participado de curso prático de suporte básico ou que te-
nham noções sobre primeiros socorros. Esses conhecimentos são
úteis a toda e qualquer pessoa, e podem fazer toda a diferença em
uma situação de emergência.
4) Pessoas leigas sem noções de primeiros socorros: tendem a se-
guir o instinto natural para ajudar a vítima e, justamente por não
possuírem os conhecimentos necessários, correm o risco de agra-
var o estado do acidentado. É comum que, nessas situações, não
haja ninguém para alertar sobre esse risco. Por isso, a dissemina-
ção desses conhecimentos se mostra tão importante.
Primeiros Socorros 89
Em todos esses exemplos há coisas que precisam ser feitas e outras
evitadas. É necessário tomar decisões e providências imediatas, dentro
das possibilidades e limitações. Ficar paralisado sem fazer nada é uma
decisão e também pode levar a sérias consequências. O que fazer?
Doação de órgãos Os órgãos de vítimas fatais podem salvar vidas de pessoas que estão
aguardando por cirurgia de transplante.
A legislação atual (Lei 10.211/2001) exige aprovação da família, para
que os órgãos sejam doados. Muitos familiares ainda ficam em dúvida,
por não saber se a vítima, em vida, concordaria ou não. Por isso, é muito
importante que cada membro da família expresse abertamente o seu
desejo de doar seus órgãos, em caso de uma fatalidade. Saber que a
vítima é doadora facilita o processo e permite dar imediato destino aos
órgãos e tecidos, garantindo sua correta preservação.
Uma decisão com poder de proporcionar vida à outras pessoas: diga SIM
à doação de órgãos.
90 Primeiros Socorros
Sinalizar o local Sinalizar o local para evitar novos acidentes e atropelamentos
• Acionar o pisca-alerta.
• Colocar o triângulo de segurança corretamente.
O triângulo de segurança deve ser colocado a uma distância proporcional
à velocidade máxima da via. (veja tabela abaixo)
A distância mínima é de 30 metros, devendo ser maior em curvas e locais
de baixa visibilidade.
Quantas são e onde As vítimas podem ter sido lançadas para fora do veículo, estarem presas
em ferragens, caídas na pista de rolamento ou em outras situações.
estão as vítimas?
Primeiros Socorros 91
Origem dos ferimentos em acidentes de trânsito
Existe uma forte relação entre o tipo de acidente e o tipo de ferimento,
dependendo da intensidade do impacto, do tipo de veículo e de como o
impacto afetou cada vítima.
Colisões provocam o impacto dos corpos contra as partes internas do
veículo podendo gerar lesões no rosto, na cabeça e pescoço, no tórax e
abdômen, além de traumatismos nos braços e pernas.
Quanto maior a velocidade no momento da colisão, maiores serão os
efeitos sobre os ocupantes. O uso correto de cintos de segurança e ou-
tros equipamentos como airbags pode salvar vidas, porque os corpos, ao
serem lançados contra as partes internas ou para fora do veículo, podem
sofrer lesões graves.
Acidentes com moto Motociclista caído no chão, suspeitar sempre de fratura de coluna cervi-
cal, fratura de quadril, pernas e braços.
Atendendo as vítimas
Existem critérios internacionalmente aceitos no que se refere à abordagem
para prestar primeiros socorros a uma vítima. As principais etapas são:
• avaliação primária ou avaliação inicial da vítima;
• manutenção dos sinais vitais;
• avaliação secundária;
• procedimentos emergenciais (parada cardiorrespiratória, estado
de choque, hemorragias, fraturas etc.).
Reconhecendo a situação
Em qualquer situação em que a pessoa não responde a estímulo, não
está respirando ou está respirando com muita dificuldade, deve-se cha-
mar o serviço de emergência e iniciar imediatamente o processo de
RCP - Ressuscitação cardiopulmonar.
92 Primeiros Socorros
Parada cardiorrespiratória ou dificuldade para respirar
Essa é uma emergência que pode ocorrer em diversas situações: em
casa, no trabalho, durante a prática de esportes ou em qualquer outra
atividade, geralmente causada por problemas cardiovasculares.
Mais de 300 mil pessoas morrem anualmente de problemas cardiovas-
culares no Brasil. Essa é a maior causa de mortes. Quando ocorre esse
tipo de emergência, geralmente a vítima está acompanhada de outras
pessoas, mas que não sabem o que fazer.
A parada cardiorrespiratória leva à morte em poucos minutos, ou pode
causar danos irreversíveis devido à falta de oxigenação no cérebro. É pre-
ciso agir rapidamente, e qualquer pessoa pode realizar os procedimentos
e salvar vidas, desde que aja rápido e corretamente.
Na última revisão de procedimentos de Suporte Básico de Vida, a Ameri-
can Heart Association reafirmou a importância do início imediato da RCP
mesmo por socorristas leigos.
Procedimentos
• Colocar a vítima deitada de costas em uma superfície rígida.
• Ajoelhar-se ao seu lado, na altura dos ombros.
• Com os braços esticados, apoiar as duas mãos, com os dedos
entrelaçados, sobre o peito do acidentado.
• O local exato para pressionar fica a dois dedos acima da ponta do
osso esterno, o osso do centro do peito (entre os mamilos).
• Utilizando o peso do seu corpo, fazer compressões curtas e fortes,
de aproximadamente 5 a 6 cm, comprimindo e aliviando regular-
mente.
• Essas operações têm como função comprimir o músculo cardíaco,
dentro do tórax, reanimando os batimentos naturalmente.
• Repetir essa operação, com uma frequência de, no mínimo, 100 a
120 compressões por minuto, até que haja sinais de recuperação
do batimento cardíaco.
Primeiros Socorros 93
Desobstruir Desobstruir vias aéreas
vias aéreas Enquanto estiver fazendo compressões torácicas, se for notada qualquer
obstrução à passagem de ar, deve-se:
• elevar levemente o queixo da vítima, para facilitar a respiração;
• abrir a boca e remover, próteses, restos de alimentos, sangue, se
houver.
Cuidado Em caso de acidente, suspeitar sempre da possibilidade de fratura de
coluna cervical (pescoço quebrado) e evitar todos os movimentos de
cabeça e pescoço a fim de evitar lesões na medula.
94 Primeiros Socorros
Verificar a circulação Verificar a circulação
Os novos procedimentos recomendam que não se perca tempo verifi-
Radial
cando a pulsação, principalmente porque em certas situações é difícil
Carótida
detectar e avaliar o pulso. Além disso, essa informação não altera os
procedimentos para suporte básico de vida: se a vítima não estiver
respondendo, não estiver respirando ou estiver respirando com muita
dificuldade, chamar por socorro enquanto inicia imediatamente a RCP
com as compressões torácicas.
Desmaio
É a súbita perda dos sentidos, normalmente passageira, com perda de
consciência. Pode ser causado por contusões, choques emocionais, ex-
cesso de esforço físico e mental, cansaço, fome, problemas de metabo-
lismo, dentre outros. A vítima deverá se submeter a assistência médica,
para investigação das possíveis causas.
Os principais sintomas do desmaio são: suores frios, palidez, pulso fra-
co, respiração lenta, vista embaralhada ou nublada e perda temporária
de consciência.
Procedimentos
• Deitar a vítima de costas, em local ventilado.
• Se houver queda, verificar os possíveis danos causados.
• Afrouxar suas roupas.
Primeiros Socorros 95
• Elevar-lhe as pernas em nível um pouco superior à cabeça (30 a
45 cm).
• Se a vítima desmaiar novamente ou se ficar inconsciente por mais
de 2 minutos, agasalhá-la e providenciar assistência adequada.
• Ficar atento aos sinais vitais. Desmaios longos podem levar ao
estado de choque.
• Quando a consciência voltar, procurar tranquilizar a vítima.
Estado de choque
Vários fatores podem levar uma pessoa ao estado de choque: emoções
fortes, choques elétricos, hemorragias, queimaduras, envenenamentos,
intoxicações, ataques cardíacos, fraturas, exposição a altas tempera-
turas, ferimentos graves, infecções, reações alérgicas, compressões e
amputações.
Dependendo da causa, há diferentes tipos de estados de choque: cho-
que emocional, choque anafilático, choque térmico, choque cardíaco,
choque hipovolêmico, etc.
O tipo mais comum em acidentes é o choque hipovolêmico, causado pela
perda excessiva de sangue e líquidos. Os principais sinais são:
• palidez, pele fria e úmida;
• suor frio e denso;
• pulso rápido e fraco;
• respiração curta e rápida;
• náuseas e vômitos, sensação de sede;
• extremidades arroxeadas;
• sensação de frio com tremores;
• visão nublada e inconsciência.
Procedimentos
• Avaliar rapidamente a gravidade da situação.
• Tentar eliminar ou controlar a causa do choque (hemorragia, fratu-
ras, queimaduras etc.).
• Revisar os sinais vitais: manter as vias aéreas desobstruídas, ve-
rificar a respiração, batimentos cardíacos e nível de consciência.
• Manter a vítima deitada.
• Se houver sangramento pela boca ou nariz, vômitos ou muita sali-
vação, manter a cabeça da vítima de lado.
• Afrouxar as roupas para facilitar a circulação.
• Mantê-lo agasalhado e protegido.
• Providenciar auxílio médico.
96 Primeiros Socorros
Convulsões
São contrações musculares involuntárias e descontroladas de várias
partes do corpo, causadas por alterações de funções do cérebro, que
costumam durar alguns minutos.
Sintomas
• Súbita perda de consciência e queda ao chão.
• Contrações musculares do corpo e da face, inclusive maxilares.
• Lábios roxos e salivação.
• Respiração forte e irregular.
Procedimentos
• Afastar objetos próximos.
• Proteger a cabeça da vítima e virá-la de lado para evitar possíveis
afogamentos com vômitos e salivação.
• Não tentar impedir os movimentos convulsivos.
• Passada a convulsão, confortar a vítima e deixá-la dormir.
• Verificar sinais vitais e lesões.
• Providenciar assistência médica.
Hemorragias
É a perda de sangue devido ao rompimento de uma veia ou artéria.
O controle da hemorragia deve ser feito rapidamente, pois quando em
excesso e não controlada, pode levar à morte.
Procedimentos
• Aplicar um curativo de gaze ou pano limpo sobre o ferimento e
pressionar.
• Não trocar o curativo. Quando preciso, colocar novas ataduras por
cima das já existentes, para aproveitar melhor a coagulação.
• Amarrar um pano, atadura, gravata ou cinto, por cima do curativo,
sem apertar muito para não prejudicar a circulação.
• Se continuar sangrando, comprimir a artéria mais próxima da re-
gião, evitando movimentar a parte afetada.
• Em ferimentos pequenos, pressionar com o dedo até parar o san-
gramento.
• Manter, se possível, o membro ferido em posição mais elevada
que o coração.
• Deitar a vítima, se possível.
Primeiros Socorros 97
• Não tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos.
Atenção! • Não aplicar qualquer produto no ferimento.
• Não aplicar garrote.
Procedimentos
• Manter a vítima deitada.
• Colocar uma bolsa de gelo ou compressas frias no local do trauma.
• A vítima deve receber atendimento médico o mais rapidamente
possível.
• Não deixá-la tomar líquidos.
• Monitorar os sinais vitais para evitar parada cardiorrespiratória.
As hemorragias tendem a ser mais graves em idosos, crianças, mulheres e pessoas debilitadas.
Procedimentos
• Sentar a vítima em local fresco e afrouxar suas roupas.
• Pedir à vítima para respirar pela boca e não a deixar assoar o nariz.
• Encaminhar o acidentado a um médico.
• Se a vítima estiver inconsciente, deve-se manter a cabeça de lado
para evitar asfixia e afogamento, tomando cuidado, principalmente
com lesões na coluna cervical.
Fraturas
Nome dado à quebra de qualquer osso do corpo.
As fraturas mais comuns são as dos ossos das pernas e braços. Deve-se
suspeitar de uma fratura sempre que houver dor, edema (inchaço), de-
formação ou quando:
• a parte afetada apresentar um aspecto alterado;
• o membro estiver em posição anormal;
• a vítima sentir dificuldade ou impossibilidade de movimento;
• a vítima sentir muita dor, inchaço ou sensação de atrito no local.
98 Primeiros Socorros
Fraturas fechadas Fraturas fechadas
Nesse caso, o osso quebrado não perfurou a pele. O primeiro passo con-
siste na imobilização do membro fraturado, para impedir o deslocamento
das partes quebradas, evitando maiores danos.
Procedimentos
• Movimentar a vítima o mínimo possível.
• Colocar talas para sustentar o membro atingido. Alguns materiais
podem servir de tala: vareta de madeira ou metal, estaca, tábua,
papelão, revista ou jornal dobrado.
• As talas deverão ultrapassar as articulações, acima e abaixo da
fratura.
• Envolver as talas em panos, para não machucar a pele da vítima.
• O braço com suspeita de fratura deve ser imobilizado preferen-
cialmente junto ao peito.
• Amarrar as talas, com ataduras ou tiras de pano, não muito aper-
tadas, em quatro pontos:
• abaixo da articulação e abaixo da fratura;
• acima da articulação e acima da fratura.
Procedimentos
• Fazer um curativo protetor sobre o ferimento, com gaze ou pano
limpo.
• Se houver ruptura dos vasos, haverá hemorragia, que precisa ser
controlada.
• Imobilizar o membro fraturado, da mesma forma que em uma
fratura fechada.
• Providenciar socorro especializado.
Entorses Entorses
Quando articulações são forçadas além do limite natural. O mesmo que
torção.
Luxações Luxações
Ocorrem nas articulações, quando os ossos saem do lugar, e provocam
muita dor, inchaço e dificuldade nos movimentos etc.
Importante! Nas entorses, luxações e outros casos onde haja dúvida, deve-se sem-
pre tratar como se fosse uma fratura, pois pode ter havido o rompimento
de ligamentos.
Primeiros Socorros 99
Lesão na coluna Lesão na coluna vertebral
A coluna vertebral é formada por pequenos ossos chamados de vér-
vertebral tebras. As vértebras formam um canal onde está a medula, por onde
passam impulsos nervosos que controlam movimentos, sensações e re-
ações de todos os membros e funcionamento de órgãos.
Em uma fratura de coluna, se houver lesão na medula, poderá ocorrer a
perda definitiva de movimentos ou funções do corpo.
Vértebra
Procedimentos
• Não mexer, nem deixar ninguém tocar na vítima, até a chegada do
socorro especializado.
• Manter a vítima agasalhada e imóvel.
• Observar a respiração, pois esse tipo de lesão pode provocar para-
da respiratória, que exigirá procedimentos de RCP.
Procedimentos
• Providenciar ou improvisar uma maca ou padiola.
• Para passar a vítima para a maca, utilizar pelo menos três pessoas:
cada uma ergue uma parte do corpo, ao mesmo tempo e com
muito cuidado, sem entortar ou torcer o corpo da vítima, sempre
cuidando da coluna cervical.
• Manter a vítima esticada e deitada de barriga para cima, providen-
ciando apoio para a coluna, na cintura e no pescoço.
• Se houver lesão no pescoço, improvisar um colar cervical de pape-
lão, envolto em uma bandagem, para imobilizar a cabeça da vítima.
• Quando não houver papelão, improvisar com uma camisa, toalha,
jornal ou outro pano.
• Para evitar movimentos da vítima, imobilizá-la na maca, passando
faixas em quatro pontos, sem apertar demais.
• O transporte deve ser feito evitando freadas e movimentos bruscos.
• Não transportar a vítima sentada ou encolhida.
Procedimentos
• Manter o acidentado com a cabeça levemente erguida.
• Afrouxar suas roupas na área do pescoço.
• Se houver sangramento do couro cabeludo, cobrir com gaze, sem
pressionar.
• Enfaixar a cabeça, com cuidado, sem comprimir áreas moles ou
deprimidas.
• Conduzir o paciente a um hospital.
• Não dar de beber ou comer à vítima.
• Ficar atento aos sinais vitais, com cuidado especial para as vias
aéreas, devido ao risco de afogamento por vômito.
• Se for preciso transportar a vítima, dar preferência à utilização da
maca, tomando todos os cuidados necessários para imobilização.
Fratura de costelas
A vítima com suspeita de fratura nas costelas apresenta os seguintes
sintomas:
• dores intensas no tórax, ao tentar se movimentar ou respirar;
• corpo torcido;
• amolecimento dos tecidos na área afetada;
• deformações e deslocamentos;
• se as pontas das costelas tiverem perfurado os pulmões, a vítima
apresentará golfadas de sangue vermelho vivo pela boca.
Cuidados de emergência
• Movimentar a vítima o mínimo possível.
• Se houver eliminação de sangue pela boca, manter as vias aéreas
desobstruídas.
Fratura de quadril
A vítima com suspeita de fratura de quadril apresenta dores intensas na
região, com impossibilidade de mover as pernas.
Os procedimentos são semelhantes aos de fratura da coluna vertebral:
• deitar a vítima sobre uma superfície plana, sem movimentações
desnecessárias;
Queimaduras
São ferimentos presentes principalmente na pele. As causas mais co-
muns são: fogo ou radiação, vapores, líquidos e sólidos quentes, pro-
dutos químicos como ácidos ou soda, atrito ou abrasão, frio extremo.
Em acidentes de trânsito as partes mais afetadas são: mãos, pés, face,
genitais e vias aéreas.
Queimaduras por choque elétrico são comuns em colisões com postes. O contato com
cabos elétricos pode manter o veículo energizado, e eletrocutar ou queimar quem tocar na
lataria. A recomendação é que os ocupantes se mantenham dentro do veículo até a ajuda
especializada chegar. No entanto, se houver princípio de incêndio, o ideal é pular do veículo
sem tocar na lataria.
Procedimentos
• Não permitir que a vítima esfregue os olhos.
• Em caso de contato com produtos químicos, lavá-los com água
abundante.
• Não tentar retirar cacos ou objetos cravados.
• Utilizar ataduras para cobrir os dois olhos, mesmo que um deles
esteja sadio, esse procedimento irá diminuir a movimentação
natural dos olhos.
Abdômen
• Não retirar corpos estranhos dos cortes ou perfurações, isso
poderá iniciar ou agravar uma hemorragia.
• Cobrir o ferimento com uma compressa ou pano limpo, man-
tendo-a firme no lugar.
• No caso de órgãos internos expostos, não tocar diretamente
neles, nem tentar recolocá-los. Cobrir com uma compressa
ou pano limpo, umedecido em água limpa ou soro fisiológico.
Para colocar e tirar a vítima da maca, a maneira mais segura, principalmente quando há
suspeita de fratura de coluna ou bacia, é utilizar o método de 3 ou 4 pessoas, onde cada um
ergue uma parte do corpo da vítima, ao mesmo tempo e de forma coordenada, cuidando para
não permitir movimentos na cabeça e no pescoço.
O bom relacionamento
O cidadão e o trânsito
O bom motorista: O bom cidadão, geralmente, é também um bom motorista, pois as quali-
dades para ambos são as mesmas.
• Respeita as normas de trânsito.
• Respeita o direito das outras pessoas.
• Preserva o meio ambiente.
• Preserva o patrimônio público.
• É amigável, avisa e ajuda.
• Age corretamente, com civilidade.
• É cooperativo com todos os que estão no trânsito.
• Cultiva a bondade, tolerância e solidariedade.
• Entende que seus deveres são idênticos aos direitos alheios.
• É compreensivo com os erros dos outros, pois também erra.
• Abre mão de exigências próprias em favor do bem comum.
• Evita confrontos e comportamentos agressivos.
• Compreende as limitações alheias.
O primeiro passo, para ser um bom motorista e um bom cidadão, é fazer
uma autocrítica honesta do próprio comportamento ao volante, do grau
de agressividade e dos maus hábitos. Depois disso, é possível adotar
um padrão de comportamento civilizado e aceitar as deficiências das
outras pessoas.
Comportamento no trânsito
Ansiedade:
o condutor ansioso não consegue concentrar-se, erra frequentemente o
caminho e perde mais tempo, o que realimenta a ansiedade.
Angústia:
o extremo desconforto psicológico causado pela angústia representa um risco no
trânsito, pois compromete a capacidade de concentração do condutor.
Frustração:
a decepção diante de resultados insatisfatórios geralmente é com-
pensada ao volante, com atitudes intolerantes e agressivas.
Medo:
torna-se fator de risco quando bloqueia as reações normais da pessoa, mas é
positivo quando permite ao indivíduo avaliar e gerenciar os riscos.
Raiva:
o indivíduo com raiva tem reações insensatas e perigosas, causados pelo
desatino instantâneo, pela reação exagerada e descontrolada.
Egoísmo:
o condutor egoísta não cede nem compartilha, criando problemas no espaço com-
partilhado do trânsito. Ele não é capaz de cortesias ou gentilezas, pois supervalo-
riza sua própria importância.
Insegurança:
o indivíduo inseguro não tem noção do próprio valor. Para sentir-se va-
lorizado ele precisa se sobressair, exibir modelos “último tipo” e fazer
demonstrações de perícia.
Competitividade:
o espírito competitivo tomou conta da sociedade moderna. O trânsito, onde
facilmente encontra-se outro competidor, é um ambiente extremamente inade-
quado para competições.
Agressividade:
o condutor subestima os riscos e as consequências das suas
atitudes, tornando-se imprudente e sujeito a acidentes graves.
Hostilidade:
o indivíduo hostil é intolerante, irrita-se facilmente e envolve-se em discussões
e agressões, principalmente quando encontra outros indivíduos hostis.
Introversão:
o condutor introvertido comete muitos erros, pois a sua capaci-
dade de comunicação no trânsito fica comprometida.
Impulsividade:
o condutor impulsivo faz pouca ou nenhuma reflexão sobre suas ações, tor-
nando-se altamente irresponsável, imprudente e inconsequente, criando em
torno de si uma área de perigo permanente no trânsito.
Passividade:
o indivíduo passivo, por comodidade ou por sentir-se alheio,
não assume sua parcela de responsabilidade no trânsito.
Distração:
o condutor distraído permite que a música, pedestres, objetos, conver-
sas, etc., desviem a sua atenção, expondo-se a riscos desnecessários.
Pressa:
característica do condutor desorganizado, sempre atrasa-
do e afobado, que pratica todo tipo de imprudências, sim-
plesmente para tentar vencer o relógio.
Pessimismo:
ao pessimista faltam ânimo e energia para decidir e agir. Suas reações len-
tas ou inadequadas podem gerar diversos tipos de acidentes.
Depressão:
o deprimido tem crises de desinteresse pelas atividades,
pelos amigos, pela família e pela própria vida, apresentando
tendências de autodestruição e incapacidade emocional, po-
dendo causar graves acidentes.
Conflitos no trânsito
O estresse
O estresse e o trânsito
01. Qual característica é comum em todos os 06. Ter uma vida sedentária, hábitos alimenta-
relacionamentos que o indivíduo cultiva? res inadequados, baixo consumo de líqui-
a) A comunicação. dos, vida desorganizada, entre outros, são
b) A hostilidade. fatores que:
c) A empatia. a) evitam o estresse.
d) A sinceridade. b) tornam a pessoa extremamente sadia.
e) A paciência. c) facilitam ou agravam o estresse.
d) diminuem o tempo com coisas
02. Os dois fatores primordiais para que a vida desnecessárias.
em sociedade seja possível são: e) todas as alternativas estão corretas.
a) a pátria e a família.
b) ordem e progresso. 07. Quais dos sintomas abaixo caracterizam
um indivíduo em estágio avançado de es-
c) direitos e deveres. tresse?
d) educação e saúde.
a) Introversão, pessimismo, passividade ou
e) nenhuma das alternativas medo incontrolável.
03. Os direitos e deveres do cidadão são deter- b) Hipertensão arterial, impotência, alta agres-
minados por leis e códigos, como exemplo sividade, apatia ou depressão.
tem-se: c) Disposição, bom humor constante, sono
a) a Constituição. tranquilo ou grande tolerância.
b) o Código Civil. d) Leves dores de cabeça ou breves momento de
insônia.
c) o Código Penal.
e) Todas as alternativas estão corretas.
d) o Código de Trânsito.
e) todas as alternativas estão corretas. 08. Para estabelecer relacionamentos inter-
-pessoais de qualidade é necessário adotar
04. O papel do motorista no trânsito é fixo? valores como:
a) Não, pois além de motorista, fora do carro a) respeito, flexibilidade e paciência.
ele é pedestre e muitas vezes sente na pele b) humildade, bom senso e sabedoria.
o descuido praticado por outros condutores.
c) equilíbrio, empatia e receptividade.
b) Sim, pois mesmo como pedestre continuará
a defender seus interesses como condutor. d) igualdade, educação e persistência.
c) Sim, pois o bom condutor age sempre da e) todas as alternativas estão corretas.
mesma forma em qualquer lugar. 09. A comunicação entre os elementos do trân-
d) Não, pois tanto condutores, como pedes- sito deve ser:
tres, ciclistas ou carrinheiros têm os mes-
mos interesses. a) simples e objetiva.
e) Nenhuma das alternativas. b) sincera e leal.
c) curta e rápida.
05. Qual alternativa reúne alguns fatores que d) as alternativas A e C estão corretas.
podem ser considerados estressantes? e) todas as alternativas estão corretas.
a) Pressões do trabalho, da família, das dívi-
das, problemas de saúde, deixar de fumar 10. Assinale a alternativa INCORRETA. Condu-
e fazer dieta. tor consciente é aquele que, em situação
b) Praticar esportes regularmente, levar uma delicada:
vida saudável, dormir e se alimentar bem. a) pensa antes de agir.
c) Ser demitido do emprego, fazer uma viagem b) não leva desaforos para casa.
e romper um relacionamento. c) analisa os dois lados.
d) As alternativas A e C estão corretas. d) procura ser justo.
e) Nenhuma das alterantivas. e) toma decisões sem nervosismo.
Legislação de Trânsito – p. 24
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
a e a c e c a e a b e a b
Infrações de Trânsito – p. 37
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
e b a d d a d c c d
Sinalização – p. 51
01 02 03 04 05
d a d e b
Direção Defensiva – p. 86
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
d c d e e d e a c e b a c d b c e c d e
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