Tecnologia Dos Açúcares e Adoçantes
Tecnologia Dos Açúcares e Adoçantes
NACIONAL DO MÉXICO
Engenharia Bioquímica
Grupo A
Cristalização
A cristalização é um processo onde partículas sólidas são formadas a partir de uma fase
homogênea. Na cristalização, a solução é concentrada e resfriada até que a concentração do
soluto seja maior que sua solubilidade nesta temperatura. O soluto na solução forma cristais e o
equilíbrio é alcançado quando a solução ou licor-mãe está saturado. A solubilidade depende
principalmente da temperatura, enquanto a pressão tem um efeito insignificante sobre ela. A
maioria dos materiais apresenta curvas de solubilidade semelhantes em função da temperatura,
mas pode aumentar ou diminuir com a temperatura (Muñoz, 2008).
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pode-se induzir a formação de um determinado tipo de cristal; Geralmente estes aspectos são
levados em consideração nos processos industriais de produção de laticínios, na confeitaria e na
produção de outros produtos em que a cristalização de açúcares é muito importante. Além de ser
solúvel em água e de difícil cristalização, a frutose exerce efeito inibitório na cristalização de mono
e oligossacarídeos, razão pela qual os xaropes invertidos são utilizados em confeitaria (Badui,
2006).
A textura e o brilho ou brilho dos chocolates e doces são em grande parte devido à
proporção das concentrações de açúcares amorfos e cristalinos (Badui, 2006).
Esta propriedade dos açúcares está diretamente relacionada com a facilidade dos seus
OHs em estabelecerem ligações de hidrogénio com a água, e varia consideravelmente entre os
diferentes mono e dissacarídeos (ver Figura 3). Em alguns açúcares, como a mistura de alfa e
beta-lactose, não ocorre uma boa hidratação, pois as duas formas anoméricas atuam entre si por
meio de ligações de hidrogênio, o que reduz sua capacidade de fazê-lo com moléculas de água
(Badui, 2006).
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produtos desidratados, como leite em pó, granulado, etc.; Porém, em alguns produtos de
confeitaria é benéfico, pois confere uma certa humidade constante que lhes confere uma
aparência de frescura (Badui, 2006).
O poder edulcorante (PE) é definido como: “gramas de sacarose que devem ser
dissolvidos em água para obter um líquido com o mesmo sabor que dissolver 1 g de adoçante no
mesmo volume” (Caicedo, 2014).
Todos os açúcares têm a característica de ter sabor adocicado e seu poder adoçante é
diferente em cada caso. A intensidade da doçura dos adoçantes pode variar devido a diversas
causas, como temperatura, concentração e presença de outros compostos (Caicedo, 2014).
Os açúcares têm diferentes poderes adoçantes dependendo de vários fatores (ver figura
4). Como as determinações de doçura partem de um grupo de jurados ou provadores e, portanto,
são puramente subjetivas, os resultados de toda análise sensorial estão sujeitos a erros inerentes
aos indivíduos, e até mesmo ao seu humor ou à cor do produto, capazes de modificar o sabor.
capacidade de captar a intensidade dos sabores doces; Esta é a razão pela qual existem
discrepâncias nos valores indicados na literatura (Badui, 2006).
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Figura 4: Poder adoçante relativo de alguns açúcares (Badui, 2006).
Outros fatores que influenciam o poder adoçante dos açúcares são a temperatura e a
concentração; A D-frutose é mais doce em baixas temperaturas, fenômeno que é utilizado na
produção de bebidas refrescantes que normalmente são consumidas frias (Badui, 2006).
O poder adoçante está intimamente relacionado com a Teoria do Sabor Doce, baseada na
hipótese proposta por Shallenberger e Acree, na qual se estabelece que a percepção do sabor
doce é percebida através dos receptores das papilas gustativas da língua, é devido à existência
de um sistema doador/aceitador de prótons que ocorre entre o alimento (sistema AH/B/X) e os
receptores das papilas gustativas (ver figura 5). Onde A e B são átomos eletronegativos (como
oxigênio ou nitrogênio), H é um átomo de hidrogênio ligado covalentemente a um átomo “A” e “X”
são grupos hidrofóbicos que são atraídos por grupos semelhantes no receptor gustativo, de modo
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que o AH A estrutura /B/X é a estrutura tridimensional das substâncias adoçantes (Morales,
2016).
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Para que um composto tenha sabor doce, a distância entre A e B deve ser
de pelo menos 0,25 a 0,40 nm. A sensação de sabor doce também depende da
configuração da molécula, já que a sensação de doçura se deve aos açúcares
com configuração destra e não canhota. Por exemplo, a estrutura da D-glicose é
caracterizada pelo grupo hidroxila de C4 (função AH) e pelo oxigênio em C3
(função B), que junto com o grupo hidroxila de C6 se unirão ao receptor gustativo
através de pontes de hidrogênio (Morales). , 2016).
Adoçantes nutritivos
Os poliálcoois têm sabor doce, mas menos do que a sacarose (ver Figura
6), enquanto os álcoois de cadeia curta, como o glicerol, são ligeiramente
amargos em altas concentrações (Fennema, 1996).
Polióis
Manitol 0,6 6,69
Lactitol 0,3 8,36
Isomalta® 0,4-0,6 8,36
Xilitol 1,0 10,03
Sorbitol 0,5 10,87
Maltitol 0,8 12,54
Açúcares de xarope de milho 0.3-0,75 12,54
hidrogenado
Xilose 0,7 16,72
Glicose 0,5-0,8 16,72
Frutose 1,21,5 16,72
Galactose 0,6 16,72
Astuto 0,4 16,72
Lactose 0,2 16,72
Maltose 0,5 16,72
Sacarose 1,0 16,72
Figura 6: Capacidade relativa de adoçante e valores energéticos de alguns polióis e açúcares
(Fennema, 1996).
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Esta classe de substâncias inclui propilenoglicol sintético e glicerol
produzido naturalmente. Também o xilitol, o sorbitol e o manitol são produzidos
pela hidrogenação da xilose, glicose e manose, respectivamente. Muitos álcoois
poli-hídricos são encontrados na natureza, mas dada a sua concentração
limitada, não desempenham as funções para as quais são utilizados nos
alimentos (Fennema, 1996).
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Ciclamatos
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Figura 8: Formação de ciclohexilamina a partir da hidrólise
do ciclamato. (Fennema, 1996).
Sacarina
Sacarina (Vil)
Aspartame
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sacarose) permite-lhe desempenhar a sua função em níveis muito baixos que
mal fornecem calorias. Considera-se que confere um sabor doce semelhante ao
da sacarose. O aspartame foi aprovado pela primeira vez nos Estados Unidos em
1981 e agora é permitido para uso em mais de 75 países, onde é utilizado em
mais de 1.700 produtos (Fennema, 1996).
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dois aminoácidos, o aspartame sofre facilmente condensação intramolecular,
especialmente em temperaturas elevadas (ver Figura 9), para dar origem à
dicetopiperazina (ácido 5-benzil-3,6-dioxo-2-piperazina acético) (Fennema,
1996).
R=CHc00
R'=CH,•
Aspartame
Dicetopiperazina
Acessulfame K
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sacarina. Dado que o acessulfame K tem um sabor metálico e amargo que é
apreciado à medida que a sua concentração aumenta, é especialmente útil
quando misturado com outros adoçantes de baixas calorias, como o aspartame.
O acessulfame K é excepcionalmente estável a temperaturas elevadas, sendo
encontrado em produtos de panificação e também é estável em produtos ácidos,
como refrigerantes carbonatados (Fennema, 1996).
Sacralose
Referências
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