0% acharam este documento útil (0 voto)
23 visualizações13 páginas

Semana 04 Resolucao Prof

O documento apresenta uma aula prática sobre funções matemáticas, incluindo a análise de domínio, interior, exterior e aderência de funções. Também aborda a injetividade e monotonia de funções, além de calcular imagens inversas e determinar a inversa de funções restritas. A aula inclui exemplos específicos, como a função f(x) e g(x), e suas propriedades em intervalos definidos.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
23 visualizações13 páginas

Semana 04 Resolucao Prof

O documento apresenta uma aula prática sobre funções matemáticas, incluindo a análise de domínio, interior, exterior e aderência de funções. Também aborda a injetividade e monotonia de funções, além de calcular imagens inversas e determinar a inversa de funções restritas. A aula inclui exemplos específicos, como a função f(x) e g(x), e suas propriedades em intervalos definidos.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 13

Aula prática 1

semana de 12/10 a 16/10

1. Considere a função f : A → R (A ⊂ R) definida por


s
(x − 1)2
f (x) =
log2 x − 1

no conjunto de todos os pontos onde faz sentido o segundo membro.

a) Determine o conjunto A

b) Determine o interior, o exterior e a aderência de A



c) Sendo (xn ) uma sucessão de termos em A com limite e 2 , determine o limite da
sucessão (f (xn )).

a) O domínio de f é, pelo enunciado, o conjunto de todos os pontos onde tem sentido a


expressão de transformação. Assim é o conjunto

(x − 1)2
 
2
A = x ∈ R : x > 0 ∧ log x − 1 6= 0 ∧ ≥0
log2 x − 1

Na verdade, o conjunto pode ser determinado construindo simplesmente uma quadro de


sinal para resolver a última inequação, introduzindo, naturalmente, as restantes condições
nesse quadro.

Para criai o quadro começa-se por determinar os zeros de cada membro da fracção. O
único zero do numerador é 1 enquanto que, para determinar os zeros do denominador se
resolve a equação
log2 x − 1 = 0 ⇔ log2 x = 1 ⇔ x = e±1 .

Constrói-se, assim, a tabela

1
1
0 e
1 e

(x − 1)2 + + + 0 + +

log2 x − 1 + 0 − − 0 +

+ − 0 − +

Assim, o conjunto A é dado por


 
1
A = 0, ∪ {1} ∪ ] e, +∞[.
e
b) O interior de A é o conjunto dos pontos tais que arbitrariamente perto deles só existem

pontos de A, logo é  
1
int A = 0, ∪ ] e, +∞[
e
(relembre-se que o interior de um intervalo de números reais I é sempre um intervalo aberto
com os mesmos extremos de I e que o interior de um conjunto finito é vazio).

O exterior de A é o conjunto dos pontos tais que, arbitrariamente perto deles não existem
pontos de A, logo é  
1
ext A =] − ∞, 0[ ∪ , 1 ∪ ]1, e[.
e

A aderência de A é o conjunto dos pontos tais que arbitrariamente perto deles existe
pelo menos um ponto do conjunto, logo é
 
1
A = 0, ∪ {1} ∪ [e, +∞[
e
(relembre-se que a aderência de um intervalo I é um intervalo fechado com os mesmos
extremos de I e que a aderência de um conjunto finito é esse conjunto).

 
c) A sucessão f (xn ) tem o termo geral
s
(xn − 1)2
f (xn ) = .
log2 xn − 1

2
Como todas as sucessões envolvidas estão nas condições das regras operatoriais para
limites de sucessões, vem
s √
(e 2 −1)2
q √ √ √
lim f (xn ) = √ = (e 2 −1)2 = e 2 −1 = e 2 −1.
log2 e 2 −1

2. Sendo g :]0, 1[→ R a função definida por


1
g(x) = √
1−x

a) Estude g quanto à injectividade e à monotonia.

b) Calcule g (]0, 1[).

a) Como, caso g seja estritamente monótona também é injectiva, começa-se por estudar
a monotonia. Para tal, sem recurso a noções que ainda não foram introduzidas, duas vias
surgem como imediatamente possíveis (claro que basta usar uma delas).

Primeiro, pode usar-se a monotonia das funções elementares e construir, a partir destas,
a função g. Assim, sabe-se que x 7→ 1 − x é decrescente pois√ ´uma função afim com
coeficiente do primeiro grau negativo. Como 1 − x > 0 e x 7→ x é crescente em R+ ,vem

1 − x &⇒ 1 − x & .

√ 1
Dado que 1 − x > 0 e x 7→ x
é decrescente em R+ , pode, continuar-se a cadeia anterior
para
√ 1
1 − x &⇒ 1 − x &⇒ √ %.
1−x

Então g é uma função estritamente crescente e, portanto, injectiva.

Uma outra possibilidade seria a utilização da definição. Para tal parte-se da desigual-
dade, para x, y ∈]0, 1[,
1 1 √ p
g(x) < g(y) ⇔ √ <√ ⇔ 1 − x > 1 − y.
1−x 1−y

3
Como ambos os membros são positivos e f (x) = x2 é crescente em R+
0,

g(x) < g(y) ⇔ 1 − x > 1 − y ⇔ x < y.

Como a desigualdade se manteve a função é estritamente crescente e, portanto, injectiva.

b) Também aqui surgem imediatamente duas aproximações ao problema, semelhantes


às duas usadas na alínea anterior (novamente, não tem sentido aplicar ambas).

Primeiro, pode usar-se a mesma técnica de decomposição em transformações bem conhe-


cidas e construir o contradomínio da função aplicando sucessivamente essas transformações
ao domínio.
Assim, a função afim f1 (x) = 1 − x transforma o intervalo ]0, 1[ no intervalo

f1 (]0, 1[) =]0, 1[.



Por outro lado, a função f2 (x) = x transforma o intervalo ]0, 1[ em

f2 (]0, 1[) =]0, 1[.


1
Finalmente a função f4 (x) = x
transforma o intervalo ]0, 1[ no intervalo

f3 (]0, 1[) =]1, +∞[.

Esquematizando o raciocínio anterior,



x7→(1−x) x7→ x x7→x−1
]0, 1[ −−−−−→ ]0, 1[ −−−→ ]0, 1[ −−−−→ ]1, +∞[

Conclui-se, portanto, que g(]0, 1[) =]1, +∞[.

O segundo processo de resolução usa a definição. Determinam-se, então, o conjunto de


todos os y ∈ R para os quais a equação g(x) = y tem solução x ∈]0, 1[. Tem-se
1 1 1
g(x) = y ⇔ √ = y ⇔ 1 − x = 2 ∧ y > 0 ⇔ x = 1 − 2 ∧ y > 0.
1−x y y

Para que a solução exista e tenha valores em ]0, 1[ deve, então, verificar-se
1
0<1− < 1 ∧ y > 0 ⇔ y 2 > 1 ∧ y > 0 ⇔ y > 1.
y2

4
Então, o contradomínio de g é g[)0, 1[) =]1, +∞[.
Neste caso, como se trata de uma função estritamente crescente, se o domínio fosse o
intervalo fechado [0, 1], o que não é o caso, bastaria calcular o intervalo [g(0), g(1)]. infeliz-
mente esse não é o caso mas ir-se-ão apresentar, brevemente noções que permitirão adaptar
esta resolução a qualquer função monótona.

3. Seja h : R → R a função definida por


 π
h(x) = cos 2x + + 1.
4
a) Estude h quanto à injectividade e à invertibilidade

b) Determine h−1 (]0, 1]).

c) Sendo F = h|] 3π , 5π [ prove que F é invertível. Determine a sua inversa.


8 8

d) Calcule F −1 (1 + sen x) para qualquer x ∈ 3π


 
2
, 2π .

e) Calcule sen 7π − 2F −1 (x) para qualquer x ∈ ]0, 1[.



4

a) Usa-se aqui a noção de invertibilidade de uma função real de variável como sendo
equivalente à injectividade. Assim, estuda-se a injectividade de h.
Quando se conseguem determinar dois objectos diferentes com a mesma imagem conclui-
se, de imediato que a função não é injectiva. Como neste caso

2
h(0) = h(π) = + 1,
2
h não é injectiva e, portanto, não é invertível.

b) Usando a definição de imagem inversa de um conjunto tem-se, sendo Dh o domínio


de h, n o
h−1 (]0, 1[) = x ∈ Dh : h(x) ∈]0, 1[ .

Basta, portanto, determinar o conjunto dos pontos x ∈ R que satisfazem a condição


0 < h(x) < 1, para o que se usa o conhecimento prévio da função coseno. Tem-se
 π  π
0 < cos 2x + + 1 ≤ 1 ⇔ −1 < cos 2x + ≤0
4 4
5
A partir da análise do gráfico do co-seno, bem conhecido,

x
−3π −2π −π −π π π 2π 3π
2 2

essa condição é equivalente a


 π  π
cos 2x + ≤0 ∧ cos 2x + 6= −1 ⇔
4 4
π π 3π π
+ 2kπ ≤ 2x + ≤ + 2kπ ∧ 2x + 6 π + 2kπ, k ∈ Z ⇔
=
2 4 2 4
π 5π 3π
+ kπ ≤ x ≤ + kπ ∧ x 6= + kπ, k ∈ Z.
8 8 8

Então, h−1 (]0, 1[) é a reunião de todos os conjuntos da forma acima, com k ∈ Z, ou seja,
   
−1
 [ π 5π 3π
h ]0, 1[ = + kπ, + kπ \ + kπ .
k∈Z
8 8 8

c) Como, ao invés do que sucedia na alínea (a), se pretende provar que F é injectiva
recorre-se ao estudo da monotonia. Para tal utiliza-se o conhecimento dos intervalos de
monotonia do co-seno, facilmente dedutíveis do gráfico acima, sendo, portanto, necessário
determinar em que conjunto o argumento do cos-seno em causa toma valores.

Tem-se
3π 5π π 3π
<x< ⇔ π < 2x + < ,
8 8 4 2
e, como o co-seno é estritamente crescente no intervalo ]π, 3π
2
[, F é injectiva e, portanto,
invertível.

Conclui-se ainda que, dada a variação do argumento do co-seno, o co-seno toma exacta-
mente todos os valores entre −1 e 0, logo
 
3π 5π
F , =]0, 1[,
8 8

ou seja, este é o domínio de F −1 .

6
Para determinar a expressão de transformação da inversa, resolve-se a equação em x
 π   π 
cos 2x + + 1 = y ⇔ arccos cos 2x + = arccos(y − 1).
4 4

Como o arco co-seno é a inversa da restrição do co-seno a [0, π], não é possível eliminar
o co-seno com o arco co-seno no membro esquerdo da última equação, já que o argumento
do co-seno não se encontra nesse intervalo. Para transformar a equação numa em que as
duas funções se possam eliminar, nota-se que
3π 5π π 3π π π
<x< ⇒ π < 2x + < ⇒ < 2π − (2x + ) < π
8 8 4 2 2 4
e  π  π 
cos 2x + = cos 2π − (2x + ) .
4 4

Substituindo na equação anterior vem


 π π 7π 1
cos 2x + + 1 = y ⇔ 2π − 2x − = arccos(y − 1) ⇔ x = − arccos(y − 1).
4 4 8 2

Como já se sabe que o domínio de F −1 , que é o contradomínio de F , é ]0, 1[, a função


inversa de F é definida por
 
−1 3π 5π 7π 1
F :]0, 1[→ , , F −1 (x) = − arccos(x − 1).
8 8 8 2

d) Pretende-se calcular F −1 (1 + sen x) para qualquer x ∈ 3π


 
2
, 2π . Começa-se por notar
que o problema está bem posto pois, para os valores de x indicados, 1 + sen x só toma
valores no domínio de F −1 . Substitui-se, então, na expressão encontrada na alínea anterior,
obtendo
7π 1
F −1 (1 + sen x) = − arccos(sen x).
8 2

Como o arco co-seno é a inversa da restrição do co-seno a [0, π] para simplificar a ex-
pressão obtida é necessário transformar o seno num coseno de uma expressão que só tome
valores entre 0 e π. Nota-se, então que
3π π π
< 2π ⇒ < + 2π − x < π
2 2 2

7
e que π 
sen x = cos + 2π − x .
2

Substituindo na última expressão obtida vem

−1 7π 1  π  7π 1  π  3π x
F (1 + sen x) = − arccos cos + 2π − x = − + 2π − x = − + ,
8 2 2 8 2 2 8 2
 3π 
para qualquer x ∈ 2 , 2π .

e) Recorrendo, novamente, à expressão determinada na alínea (c), vem


 
7π −1

sen − 2F (x) = sen arccos(x − 1) .
4

Como as funções seno e arco co-seno não são inversas uma da outra e não se con-
segue transformar facilmente o arco co-seno num arco seno, o problema parece não tri-
vial. No entanto, o mesmo problema pode ser escrito na forma de determinar sen α com
α = arccos(x − 1).

Encarando-o por este prisma tem-se



cos α = cos arccos(x − 1) = x − 1,

desde que x − 1 ∈ [−1, 1], o que é verificado para qualquer x ∈]0, 1[.

Como, para qualquer real α,

cos2 α + sen2 α = 1,

vem √
sen2 α = 2x − x2 ⇔ α = ± 2x − x2

Como sen α ≥ 0 pois 0 ≤ α ≤ π, já que α está no contradomínio do arco co-seno,


conclui-se que sen α ≥ 0 e, portanto,

 
7π −1
sen − 2F (x) = 2x − x2 .
4

8
  √ !
2 1 1 2 1 2 2
4. Determine o valor de sen arccos − cos arcsen
2 3 2 3

Pode escrever-se o problema na seguinte forma: calcular


α β
sen2 − cos2
2 2
com √
1 2 2
α = arccos e β = arcsen
3 3

Utilizam-se, então, as fórmulas de bissecção, ou seja,


α 1 − cos α β 1 + cos β
sen2 = e cos2 = .
2 2 2 2

Torna-se, então, necessário calcular


  
1 1
cos α = cos arccos =
3 3
e " √ !#
2 2
cos β = cos arcsen .
3

Para este último cálculo utiliza-se a fórmula fundamental da trigonometria,

cos2 β + sen2 β = 1

já que se pretende calcular cos β e se sabe que


" √ !# √
2 2 2 2
sen β = sen arcsen = .
3 3

Tem-se, então r
8 1
cos β = = , 1−
9 3
π π
já que − 2 ≤ β ≤ 2 , pois β está no contra-domínio do arco seno, e nesse intervalo o co-seno
é sempre positivo.

9
Finalmente, voltando ao valor que se pretende calcular,
" √ !# 1 1
1−
  
1 1 1 2 2 1+ 1
sen2 arccos − cos2 arcsen = 3
− 3
=− .
2 3 2 3 2 2 3

Note-se que se podia chegar à mesma conclusão utilizando somente o cálculo de cos β
pois as condições em α e β significam que são ambos números entre 0 e π2 pelo que, tendo
o mesmo co-seno, são iguais. Como, para qualquer α ∈ R,

cos2 α − sen2 α = cos(2α),

vem que
α α 1
sen2 − cos2 = − cos α = − .
2 2 3

5. Sejam a ∈ R \ {0} e G : R → R uma função que satisfaz a condição

(G ◦ G) (x) = ax

para qualquer x ∈ R. Prove que:

a) G é injectiva.

b) Se G a1 G(y) = b então b = y.


c) G é invertível (determine a sua inversa).

a) Pretende-se provar que G é injectiva mas não se tem nenhuma expressão para G(x)
pelo que é mais natural recorrer à definição. Tem-se, então, que G é injectiva sse a única
solução da equação G(x) = G(y) for x = y.

Admite-se, portanto, que dois números x.y ∈ R satisfazem a identidade, e tenta-se provar
que x = y, vindo
 
G(x) = G(y) ⇒ G G(x) = G G(y) ⇒ ax = ay ⇒ x = y,

Como quaisquer números que satisfaçam a identidade G(x) = G(y) têm que ser iguais, G é
injectiva.

10
b) Pretende-se provar que y = b é a única solução de
 
1
G G(y) = b,
a
sendo a unicidade garantida pela injectividade provada na alínea anterior, já que a função
1

definida m R por f (x) = G a G(x) é a composta de três funções injectivas e, portanto,
injectiva. Basta, então verificar que f (b) = b. Tem-se
   
1  1 
f (b) = G G(b) ⇒ G f (b) = a G(b) ⇒ G f (b) = G(b) ⇒ f (b) = b,
a a
pela injectividade de G.

O msmo resultado poderia ser obtido provando directamente a implicação


    
1 1
G G(y) = b ⇒ G G G(y) = G(b) ⇒ G(y) = G(b) ⇒ y = b,
a a
novamente pela injectividade de G, assegurada na alínea anterior.

c) Aqui entende-se a invertibilidade no sentido rigoroso, pois já se verificou previamente


a injectividade. Assim, G é invertível sse for bijectiva. Como é injectiva pela alínea (a) e a
equação G(x) = b tem sempre a solução x = a1 G(b) pela alínea (b), isto é, G é sobrejectiva,
conclui-se que G é invertível.

Conclui-se também que a sua inversa é a função


1
G−1 : R → R , G−1 (x) = G(x).
a

6. Seja f : R → R a função definida por




 x2 − 1 se x ≤ 1

f (x) =
 e2x − e2

 se x > 1
x−1
a) Verifique se f é uma função contínua.

b) Determine f (] − ∞, 1]).

11
a) Pretende-se estudar a continuidade de f em todos os ponto de R. Claramente existem
três tipos de pontos, no que diz respeito ao modo como se calcula f :
• Os pontos da forma x < 1, para os quais existe uma vizinhança do ponto onde o valor
da função é sempre calculado pela expressão x2 − 1;
• Os pontos da forma x > 1, para os quais existe uma vizinhança do ponto onde o valor
2x − e2
da função é sempre calculado pela expressão e x−1 ;
• O ponto x = 1, para o qual, em qualquer vizinhança, existem pontos onde o valor da
função é calculado por uma das expressões e pontos onde ele é calculado pela outra.

Dada esta diferença fundamental, a continuidade tem que ser estudada de forma diferen-
tes, consoante o ponto. Para pontos x ∈ R \ {1} a continuidade é assegurada pela existência
de uma vizinhança onde f coincide com uma função que se sabe ser contínua por ser a
composta, diferença e quociente de funções contínuas em todo o seu domínio (exponencial
e funções polinomiais).

Já no ponto x = 1 este teorema não se aplica pelo que se terá que estudar a continuidade
de forma diferente. Como 1 pertence ao domínio de f , esta é contínua nesse ponto sse existe

lim f (x),
x→1

ou seja, dado que existem pontos arbitrariamente próximos à esquerda e à direita de x = 1,


se existem os limites laterais f (1− ) e f (1+ ) e estes verificam

f (1− ) = f (1) = f (1+ ).

Calculando os limites laterais vem

f (1− ) = lim− f (x) = lim− x2 − 1 = 0,



x→1 x→1

já que a função definida por f1 (x) = 1 − x2 é contínua, por ser polinomial, e


e2x − e2 e2x−2 −1
f (1+ ) = lim+ f (x) = lim+ = lim+ 2 e2 · = 2 e2 ,
x→1 x→1 x−1 x→1 2x − 2
pelo limite notável
eu −1
lim = 1.
u→0 u

Então não existe o limite de f no ponto 1 e, portanto, f não é contínua nesse ponto.
Posto isto, f é contínua em x sse x ∈ R \ {1} e, portanto, não é uma função contínua, pois
o seu domínio é R.

12
b) Para determinar a imagem por f do intervalo ] − ∞, 1] usa-se o conhecimento prévio
sobre as propriedades da função polinomial definida por f1 (x) = x2 − 1, já que a função
dada coincide com esta função polinomial em todos os pontos do intervalo em questão.

Sabe-se que f1 é decrescente em R−


0 e crescente em [0, 1], logo

f ] − ∞, 1] = f1 ] − ∞, 1] = f1 R− +
       
0 ∪ f1 ]0, 1] = f1 (0), f1 (−∞) ∪ f1 (0 ), f1 (1) .

Tem-se que f1 (1) = 0 e que, como f1 é contínua em 0, f1 (0+ ) = f1 (0) = −1. Quanto a
f1 (−∞),
f1 (−∞) = lim f1 (x) = +∞,
x→−∞

logo 
f ] − ∞, 1] = [−1, +∞[∪] − 1, 0] = [−1, +∞[.

13

Você também pode gostar