Plano de curso
Agente de Gestão de Resíduos Sólidos
Qualificação Profissional
Eixo Tecnológico:Ambiente e Saúde
Segmento: Meio Ambiente (Ambiente e Saúde)
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
Departamento Regional Bahia
Centro de Educação Hoteleira Casa do Comércio
Identificação do curso
Título do curso: Agente de Gestão de Resíduos Sólidos
Eixo tecnológico: Ambiente e Saúde
Segmento: Meio Ambiente (Ambiente e Saúde)
Tipo de Ação: Qualificação Profissional
Carga horária: 240h
Código DN: 1708
Versão: 3
UF de origem: DN
Requisitos e formas de acesso
ACESSO AO CURSO
Escolaridade:
• Ensino Fundamental Completo
Idade:
• Idade maior ou igual a 16 anos.
DOCUMENTO NECESSÁRIO PARA MATRÍCULA
Documental:
• RG.
• CPF
• Comprovante de residência.
Quando a oferta deste curso ocorrer por meio de parceria, convênio ou acordo de
cooperação com outras instituições, deverão ser incluídas neste item as
especificações, caso existam. No caso de menor de idade, deverá vir acompanhado
de responsável portando os documentos RG e CPF.
Requisitos Complementares
Justificativa e objetivos
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O profissional formado no curso Agente de Gestão de Resíduos Sólidos encontra um
mercado profissional em franca expansão. Segundo pesquisa da Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (2012) feita em todo o País, 59% das
empresas pretendem aumentar as contratações na área ambiental até 2020. Os
empregos dessa área relacionados a diversas profissões responderam, no ano de
2013, por quase 7% (6,6%) de todos os empregos formais do país. Com a
promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – Lei Federal n°
12.305/2010 –, que estabelece as diretrizes relativas à gestão integrada e ao
gerenciamento de resíduos sólidos – o mercado passa a oferecer diversificada
possibilidade de atuação na área. Governos estaduais e prefeituras estão definindo
suas Políticas de Resíduos Sólidos, e o setor privado, seus Planos de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Porém, o cenário da gestão de resíduos sólidos
urbanos pouco se alterou desde a vigência da Política Nacional. Segundo pesquisa
de 2015 feita pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2014 foram geradas 58.489.425 toneladas de
resíduos e, apesar da política ser moderna e estimular uma série de novas ações, na
prática, a gestão inadequada dos resíduos urbanos ainda está presente em todos os
estados e corresponde a mais de 41,6% do que é gerado no país, percentual que
contabiliza o montante que vai para locais inadequados (lixões e aterros controlados).
Esse cenário mostra claramente que a gestão de resíduos é deficiente e tem trazido
prejuízos ambientais para o Brasil, mas, ao mesmo tempo, abre um leque de
oportunidades profissionais para quem tem interesse e formação para atuar na área.
Em 2014, o número de empregos diretos gerados pelo setor de limpeza urbana no
Brasil foi de 353.328. A Política Nacional formalizou e valorizou a ocupação do
Agente de Gestão de Resíduos Sólidos e ampliou seu campo de atuação,
possibilitando sua participação desde o processo de descarte até a disposição final
dos resíduos. Diante disso, o Senac se propõe a capacitar Agentes de Gestão de
Resíduos Sólidos aptos a atuarem nesse nicho de mercado com diversos
profissionais como o técnico em meio ambiente, o especialista em gestão ambiental,
o engenheiro ambiental, entre outros. Esse profissional destaca-se pela capacidade
de análise de cenário possibilitada por formação ampla e pautada na interação entre
diferentes áreas do conhecimento. A proposta do curso, apoiada na aplicação do
conceito dos 5Rs (repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar), permite ao Agente
de Gestão de Resíduos Sólidos visão ampla sobre o processo, proporcionando sua
participação em ações de sensibilização ambiental como agente transformador.
Objetivo resumido para o cliente
Objetivo geral Formar profissionais com competências para atuar e intervir em seu
campo de trabalho com foco em resultados. Objetivos específicos • Promover o
desenvolvimento do aluno por meio de ações que articulem e mobilizem
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes de forma potencialmente criativa e
que estimule o aprimoramento contínuo. • Estimular, por meio de situações de
aprendizagem, atitudes empreendedoras, sustentáveis e colaborativas nos alunos. •
Articular as competências do perfil profissional com projetos integradores e outras
atividades laborais que estimulem a visão crítica e a tomada de decisão para
resolução de problemas. • Promover avaliação processual e formativa com base em
indicadores das competências que possibilitem a todos os envolvidos no processo
educativo a verificação da aprendizagem. • Incentivar a pesquisa como princípio
pedagógico e para consolidação do
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domínio técnico-científico, utilizando recursos didáticos e bibliográficos.
Organização curricular
Unidades Curriculares Carga Horária
UC1 - Gerir o processo de acondicionamento e coleta de
84 horas
resíduos sólidos
UC2 - Gerir o processo de armazenamento de resíduos sólidos
48 horas
UC3 - Monitorar a destinação final de resíduos sólidos e a
84 horas
disposição de rejeitos
UC4 - Projeto Integrador Agente de Gestão de Recursos
24 horas
Sólidos
DETALHAMENTO DA(S) UNIDADE(S) CURRICULAR(ES):
UC1: Gerir o processo de acondicionamento e coleta de resíduos sólidos
Carga horária:84h
Indicadores
1. Orienta procedimentos de acondicionamento e coleta, conforme normas e
legislação vigente;
2. Inspeciona procedimentos de acondicionamento e coleta, conforme normas e
legislação vigente;
3. Verifica e notifica a condição dos materiais, equipamentos e espaços de
acondicionamento de acordo com capacidade e característica dos resíduos;
4. Elabora relatórios técnicos sobre a etapa de acondicionamento, de acordo com os
critérios do plano de gerenciamento de resíduos sólidos;
5. Realiza ações de sensibilização socioambiental conforme a prática de consumo
consciente e redução na geração de resíduos sólidos.
Elementos da Competência
Conhecimentos
1. Introdução ao meio ambiente: conceito, relação homem x meio ambiente,
componentes ambientais, consequências da poluição e importância do papel do
Agente de Resíduos Sólidos.
2. Introdução ao conceito de educação ambiental com foco nos 5Rs: aplicação do
repensar, recusar e reduzir.
3. Sustentabilidade ambiental: desenvolvimento econômico x desenvolvimento social
x preservação do meio ambiente.
4. Resíduos sólidos: definição de lixo e resíduo sólido, classificação e composição.
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5. Conceito/definição de resíduos sólidos: série de normas ABNT NBR 10004.
6. Processo produtivo e análise de ciclo de vida do produto.
7. Política nacional de resíduos sólidos e legislações estaduais e municipais.
8. Descarte seletivo: resolução CONAMA 275/2001.
9. Formas de acondicionamento dos resíduos sólidos: diferentes embalagens,
containers, tonéis.
10. Planos de gerenciamento de resíduos sólidos: acondicionamento e coleta.
11. Normas de segurança do trabalho: riscos inerentes à profissão, prevenção à
doenças e acidentes no trabalho.
Habilidades
1. Identificar público-alvo para ações de sensibilização ambiental
2. Mobilizar pessoas para questões ambientais e sociais.
3. Organizar ambiente de trabalho.
4. Correlacionar contextos às normas e legislações.
Atitudes/Valores
1. Atitude sustentável na gestão do processo de acondicionamento e coleta de
resíduos sólidos.
2. Proatividade e criatividade na solução de problemas.
3. Atitude colaborativa com a equipe de trabalho.
4. Polidez no trato com pessoas.
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UC2: Gerir o processo de armazenamento de resíduos sólidos
Carga horária:48h
Indicadores
1. Orienta procedimentos de armazenamento dos resíduos sólidos, conforme normas
provenientes do local de atuação.
2. Inspeciona procedimentos de armazenamento de resíduos segundo normas e
legislação vigente.
3. Verifica e notifica a condição dos materiais, equipamentos e espaços de
armazenamento de acordo com capacidade e características dos resíduos.
4. Elabora relatórios técnicos sobre o armazenamento, de acordo com os critérios do
plano de gerenciamento de resíduos sólidos.
Elementos da Competência
Conhecimentos
1. Normas de segurança do trabalho: equipamento de proteção individual e coletivo
(NR 6).
2. Aspectos e impactos ambientais: consequências da gestão não adequada dos
resíduos sólidos.
3. Formas de armazenamento adequado de resíduos sólidos.
4. Normas de armazenamento de resíduos sólidos: – ABNT NBR 12.235/87 –
Procedimentos para armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Classe I. –
ABNT NBR 11.174/89 – Procedimentos para armazenamento de resíduos – classe II
– A e B (não inertes e inertes).
5. Planos de gerenciamento de resíduos sólidos: armazenamento.
Habilidades
1. Organizar ambiente de trabalho.
2. Interpretar informações, normas e legislações a serem seguidas.
Atitudes/Valores
1. Atitude sustentável na gestão do processo de armazenamento de resíduos sólidos.
2. Proatividade e criatividade na solução de problemas.
3. Atitude colaborativa com a equipe de trabalho.
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UC3: Monitorar a destinação final de resíduos sólidos e a disposição de rejeitos
Carga horária:84h
Indicadores
1. Inspeciona qualidade e quantidade de resíduos sólidos na saída, em função das
especificidades do destino final.
2. Confere e registra a saída de resíduos sólidos, conforme documentação, normas e
legislações referentes ao transporte e destinação final.
3. Orienta o retorno de materiais que se tornaram resíduos para os seus respectivos
fabricantes, conforme acordos setoriais estabelecidos.
4. Elabora relatórios técnicos sobre a saída dos resíduos, de acordo com os critérios
do plano de gerenciamento de resíduos sólidos.
5. Realiza ações de sensibilização ambiental conforme a prática de reutilização e
reciclagem de materiais.
6. Prospecta parcerias com empresas de coleta de resíduos em conformidade com a
legislação vigente.
Elementos da Competência
Conhecimentos
1. Noções básicas de gestão ambiental: ISO 14001.
2. Logística reversa: retorno de materiais para os devidos fabricantes.
3. Licenciamento ambiental: conceito de licenças ambientais
4. Certificações e normas dos órgãos ambientais para destinação de resíduos
sólidos.
5. ABNT NBR 13221/2010 – Transporte terrestre de resíduos.
6. Normas Regulamentadoras: NR11 e NR25.
7. Formas de tratamento e disposição final de resíduos: incineração, aterros
sanitários domésticos, industriais e de construção civil, reciclagem, compostagem,
coprocessamento, landfarming.
8. Planos de gerenciamento de resíduos sólidos: destinação final e disposição de
rejeitos
9. Desenvolvimento local sustentável: formação de parcerias.
10. Introdução ao conceito de educação ambiental com foco nos 5Rs: aplicação do
reutilizar e reciclar.
11. Planejamento de carreira: mundo do trabalho, formas de inserção no mercado de
trabalho, marketing e apresentação pessoal, preparação de currículos, entrevista de
emprego.
Habilidades
1. Correlacionar contextos a normas e legislações
2. Identificar público-alvo para ações de sensibilização ambiental.
3. Mobilizar pessoas para questões ambientais e sociais.
4. Identificar agentes para articulação e formação de parcerias.
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5. Organizar ambiente de trabalho.
6. Receber e arquivar documentos relativos a saída dos resíduos.
Atitudes/Valores
1. Atitude sustentável no monitoramento da destinação final de resíduos sólidos e da
disposição de rejeitos.
2. Proatividade e criatividade na proposição de soluções
3. Atitude colaborativa com a equipe de trabalho.
4. Transparência nas negociações de parcerias.
UC4: Projeto Integrador Agente de Gestão de Recursos Sólidos
Carga horária:24h
Indicadores
1. Apresenta resultados ou soluções de acordo com as problemáticas do tema
gerador e objetivos do PI
2. Cumpre as atividades previstas no plano de ação, conforme desafio identificado no
tema gerador
Tema Gerador
Tema 1: Tema Gerador Agente de Gestão de Recursos Sólidos
O Projeto Integrador é uma Unidade Curricular de Natureza Diferenciada baseado na
metodologia de ação-reflexão-ação, que se constitui na proposição de situações desafiadoras a
serem cumpridas pelo aluno. Essa Unidade Curricular é obrigatória nos cursos de
Aprendizagem Profissional Comercial, Qualificação Profissional, Habilitação Técnica de Nível
Médio e respectivas certificações intermediárias.
O planejamento e a execução do Projeto Integrador propiciam a articulação das competências
previstas no perfil profissional de conclusão, pois apresentam ao aluno situações que
estimulam seu desenvolvimento profissional ao ter que decidir, opinar e debater com o grupo
a resolução de problemas com base no tema gerador.
Durante a realização do Projeto, portanto, o aluno poderá demonstrar sua atuação profissional
pautada pelas Marcas Formativas Senac, uma vez que permite o trabalho em equipe e o
exercício da ética, da responsabilidade social e da atitude empreendedora.
O Projeto Integrador prevê:
• articulação das competências do curso com foco no desenvolvimento do perfil
profissional de conclusão;
• criação de estratégias para solução de um problema ou de uma fonte geradora de
problemas relacionada à prática profissional;
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• desenvolvimento de atividades em grupos realizadas pelos alunos de maneira
autônoma e responsável;
• geração de novas aprendizagens ao longo do processo;
• planejamento integrado entre todos os docentes do curso;
• compromisso dos docentes com o desenvolvimento do projeto no decorrer das
unidades curriculares;
• espaço privilegiado para imprimir as Marcas Formativas Senac:
- domínio técnico-científico;
- atitude empreendedora;
- visão crítica;
- atitude sustentável;
- atitude colaborativa.
A partir do tema gerador, são necessárias três etapas para a execução do Projeto Integrador:
1.ª Problematização: corresponde ao ponto de partida do projeto. Na definição do tema
gerador, deve-se ter em vista uma situação plausível, identificada no campo de atuação
profissional e que perpasse as competências do perfil de conclusão do curso. Nesse momento,
é feito o detalhamento do tema gerador e o levantamento de questões que irão nortear a
pesquisa e o desenvolvimento do projeto. As questões devem mobilizar ações que articulem as
competências do curso para a resolução do problema.
2.ª Desenvolvimento: para o desenvolvimento do Projeto Integrador, é necessário que os
alunos organizem e estruturem um plano de trabalho. Esse é o momento em que são
elaboradas as estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na
etapa de problematização. O plano de trabalho deve ser realizado conjuntamente pelos alunos
e prever situações que extrapolem o espaço da sala de aula, estimulando pesquisa em
bibliotecas, visita a ambientes reais de trabalho, contribuição de outros docentes e
profissionais, além de outras ações para a busca da resolução do problema.
3.ª Síntese: momento de organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos
resultados obtidos. Nessa etapa, os alunos podem rever suas convicções iniciais à luz das
novas aprendizagens, expressar ideias com maior fundamentação teórica e prática, além de
gerar produtos de maior complexidade. É importante que a proposta traga aspectos
inovadores, tanto no próprio produto como na forma de apresentação.
Propostas de temas geradores
Proposta 1: Ações de sensibilização ambiental no âmbito da atuação do Agente de Gestão de
Resíduos Sólidos
Perante o cenário de grande utilização dos recursos naturais, consumo desenfreado, descarte
de materiais e impactos negativos sofridos pelo meio ambiente, o Agente de Gestão de
Resíduos Sólidos tem a possibilidade de elaborar planos de ação e iniciativas que colaborem
com a mudança de paradigmas e hábitos de consumo utilizando como princípio os 5Rs,
contribuam para a melhoria da qualidade de vida e a minimização dos impactos sofridos pela
natureza. Ações de sensibilização no local de trabalho, em comunidades e outros grupos
podem ocorrer nas etapas de acondicionamento, coleta, armazenamento e destinação ou
disposição final dos resíduos sólidos, colaborando para uma gestão adequada do espaço onde
vivemos, respeitando seus limites e suas capacidades de recuperação. Ações de sensibilização
ambiental podem abranger, atualmente, cenário e público ainda maior, principalmente pelas
novas ferramentas de comunicação e mídias sociais. A partir desse contexto, os docentes
propõem questões ao grupo, buscando fazer os alunos refletirem sobre o público que será
abordado e as formas de comunicação que podem ser utilizadas para a realização desse
processo de sensibilização ambiental.
Proposta 2: Gerenciamento de resíduos sólidos
A geração de resíduos sólidos é inerente a qualquer processo produtivo, bem como a geração
de resíduos sólidos urbanos ocorre em todo e qualquer munícipio. Uma vez gerado, seja em
uma indústria ou em residências e comércios de um município, tais resíduos precisam ser
gerenciados corretamente para destinação ou disposição final ambientalmente adequada.
Ressalta-se que a manipulação de resíduos oriundos das mais diversas origens (hospitalares,
domiciliares, aeroportos, varrição, entre outros) oferece risco durante as etapas de
acondicionamento, armazenamento e disposição final, sendo necessária a realização de ações
de sensibilização dos trabalhadores a respeito da utilização de equipamentos de proteção
individual referentes aos fazeres assumidos pelo Agente de Gestão de Resíduos Sólidos.
Partindo desse cenário, os docentes propõem questões ao grupo, buscando fazer os alunos
refletirem sobre propostas de melhoria nas etapas de acondicionamento, coleta,
armazenamento e destinação ou disposição final ambientalmente adequada de resíduos
sólidos oriundos de instituições de segmentos diversos escolhidas pelos alunos – a unidade do
Senac pode servir como referência para observação e intervenção – ou de resíduos sólidos de
origem doméstica cuja gestão cabe ao município.
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Por meio da proposição de situações-problema, simulações e experimentações, os docentes propiciam um
ambiente de aprendizagem que corrobore com a mobilização das estratégias e a articulação das
competências necessárias para o desenvolvimento do perfil profissional do Agente de Gestão de Resíduos
Sólidos.
Outros temas geradores podem ser definidos com os alunos, desde que constituam uma situação-problema
e atendam aos indicadores para avaliação.
Orientações metodológicas
As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta
Pedagógica do Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e
pela metodologia de desenvolvimento de competências, entendidas como ação/fazer
profissional observável, potencialmente criativo, que articula conhecimentos,
habilidades e atitudes/valores e permite desenvolvimento contínuo. As competências
que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no perfil
profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de
trabalho desse profissional. Para o desenvolvimento das competências, foi
configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica
contextualizada, ficando o aluno diante de situações de aprendizagem que
possibilitam exercício contínuo da mobilização e articulação dos saberes necessários
para ação e solução de questões inerentes à natureza da ocupação. A mobilização e
articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações
desafiadoras de aprendizagem, que apresentem patamares crescentes de
complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e com o contexto da
ocupação. Para mobilizar o elemento Planejamento de Carreira, o docente deve
propor atividades relacionadas ao mercado e ao mundo do trabalho, por exemplo,
simulações de entrevista de emprego e outras situações de aprendizagem
relacionadas à imagem pessoal, postura profissional e desenvoltura verbal. Propõem-
se, na abordagem desse elemento, três etapas: i) ponto de partida – momento de
vida do aluno, possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e
seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado,
competências que tem e histórico profissional; ii) objetivos – o que o aluno pretende
com relação à sua carreira a curto, médio e longo prazos; e iii) estratégias – o que o
aluno deve fazer para alcançar seus objetivos. No que concerne às orientações
metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador, ressalta-se que o tema
gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando
desafios significativos que estimulem a pesquisa com base em diferentes temas e
ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Nesse sentido,
a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes que
ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais
unidades curriculares.
Avaliação
De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem
como propósitos: • avaliar o desenvolvimento das
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competências no processo formativo; • ser diagnóstica e formativa; • permear e
orientar todo o processo educativo; • verificar a aprendizagem do aluno, sinalizando o
quão perto ou longe está do desenvolvimento das competências que compõem o
perfil profissional de conclusão (foco na aprendizagem); • permitir que o aluno
assuma papel ativo em seu processo de aprendizagem, devendo, portanto, prever
momentos para autoavaliação e feedback em que docente e aluno possam, juntos,
fazer correções de rumo ou adoção de novas estratégias que permitam melhorar o
desempenho do aluno no curso. Forma de expressão dos resultados da avaliação •
Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino
e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada para fazer
os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da Unidade
Curricular/curso). • As menções adotadas no Modelo Pedagógico Senac reforçam o
comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o
grau de subjetividade do processo avaliativo. • De acordo com a etapa de avaliação,
foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo
de aprendizagem. Menção por indicador de competência A partir dos indicadores que
evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para
expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para
cada indicador são: Durante o processo • Atendido – A • Parcialmente atendido – PA
• Não atendido – NA Ao fim da Unidade Curricular • Atendido – A • Não atendido –
NA Menção por Unidade Curricular Ao término de cada Unidade Curricular
(Competência, Estágio, Prática Profissional ou Projeto Integrador), estão as menções
relativas a cada indicador. Se os indicadores não forem atingidos, o desenvolvimento
da competência estará comprometido. Ao fim da Unidade Curricular, caso algum dos
indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na unidade. Com
base nessas menções se estabelece o resultado da Unidade Curricular. As menções
possíveis para cada Unidade Curricular são: • Desenvolvida – D • Não desenvolvida
– ND Menção para aprovação no curso Para aprovação no curso, o aluno precisa
atingir D (desenvolveu) em todas as Unidades Curriculares (Competências e
Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada). Além da menção D (desenvolveu),
o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na
modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das
atividades previstas. • Aprovado – AP • Reprovado – RP Recuperação A recuperação
será imediata à constatação das dificuldades do aluno por meio de solução de
situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de
aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na
modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a
distância.
Instalações, equipamentos e recursos didáticos
Instalações e equipamentos • Sala de aula adequadamente mobiliada com cadeiras e
móveis para a realização das atividades. • Equipamentos audiovisuais: projetor, lousa
eletrônica e caixas de som. Recursos didáticos O Departamento Regional deve
especificar o que será adquirido pelo aluno ou fornecido pelo Senac em caso de
alunos do Programa Senac de Gratuidade (PSG).
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Perfil do pessoal docente e técnico
O desenvolvimento da oferta ora proposta requer docentes com formação técnica em
meio ambiente, tecnologia em gestão ambiental, engenharia ambiental ou outras
áreas afins desde que possuam experiência com gestão de resíduos sólidos.
Recomenda-se que os docentes sejam devidamente habilitados para a docência em
Educação Básica nos termos do Art. 62 da LDB e o Art. 40 da resolução nº 06/2012
do CNE/CBE.
Bibliografia
UC1: Gerir o processo de acondicionamento e coleta de resíduos sólidos Carga
Horária: 84 horas Bibliografia básica CARVALHO, Anésio Rodrigues de; OLIVEIRA,
Mariá Vendramini Castrignano de. Princípios básicos do saneamento do meio. 10.
ed. rev. e ampl. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2010. Bibliografia complementar
MANSOR, Maria Teresa C. et al. Cadernos de educação ambiental: resíduos sólidos.
São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente, 2010. OLIVEIRA, Cláudio Antonio Dias de;
MILANELI, Eduardo. Manual prático de saúde e segurança no trabalho. São Caetano
do Sul: Yendis, 2012. UC2: Gerir o processo de armazenamento de resíduos sólidos
Carga Horária: 48 horas Bibliografia básica SANCHES, Luiz Henrique. Avaliação de
impacto ambiental: conceitos e métodos. São Paulo: Oficina dos Textos, 2006.
Bibliografia complementar GIACOMINI FILHO, Gino. Meio ambiente & consumismo.
São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2008. TORRES, Haroldo; COSTA, Heloisa (Org.).
População e meio ambiente: debates e desafios. São Paulo: Ed. Senac São Paulo,
2000. UC3: Monitorar a destinação final de resíduos sólidos e a disposição de rejeitos
Carga Horária: 84 horas Bibliografia básica FREIRIA, Rafael Costa. Direito, gestão e
políticas públicas ambientais. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2011. Bibliografia
complementar CAVALCANTI, Francisco Antônio. Êxito profissional: conhecimentos e
atitudes. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2011. COMPROMISSO EMPRESARIAL
PARA RECICLAGEM. Reduzindo, reutilizando, reciclando: a indústria ecoeficiente.
São Paulo: Cempre, 2005. DUARTE, Jorge Carlos Silveira (Coord.). Cartilha de
desenvolvimento local. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2011.
Certificação
Àquele que concluir com aprovação todas a(s) unidade(s) curricular(es) que
compõem esta ação, será conferido o respectivo Certificado de Qualificação
Profissional em Agente de Gestão de Resíduos Sólidos, com validade nacional.
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