0% acharam este documento útil (0 voto)
97 visualizações10 páginas

Apostila Ostomias

O documento aborda a fisiopatologia das estomias urinárias e intestinais, explicando a definição e classificação das estomias, além das situações clínicas que levam à sua necessidade. Também discute as complicações que podem surgir no pós-operatório, como edema, hemorragia e necrose, e as intervenções necessárias para cada uma delas. Por fim, detalha as características dos efluentes das diferentes estomias e a importância dos cuidados pós-operatórios para a saúde do paciente.

Enviado por

Marli Balan
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOC, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
97 visualizações10 páginas

Apostila Ostomias

O documento aborda a fisiopatologia das estomias urinárias e intestinais, explicando a definição e classificação das estomias, além das situações clínicas que levam à sua necessidade. Também discute as complicações que podem surgir no pós-operatório, como edema, hemorragia e necrose, e as intervenções necessárias para cada uma delas. Por fim, detalha as características dos efluentes das diferentes estomias e a importância dos cuidados pós-operatórios para a saúde do paciente.

Enviado por

Marli Balan
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOC, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 10

Elaborado por Marli Balan

Enfermeira Estomaterapeuta

2005
1. FISIOPATOLOGIA DAS ESTOMIAS URINARIAS E INTESTINAIS
O vocábulo “estoma” tem origem do étimo “stóma” que significa boca ou abertura e são utilizadas para indicar a
exteriorização de qualquer víscera oca no corpo. Conforme o segmento exteriorizado, as estomias recebem nomes
diferenciados: no intestino grosso = cólon = colostomia, no intestino delgado = íleo = ileostomia, no sistema urinário = uro =
urostomia. A técnica da estomia é a abertura de um órgão por meio de ato cirúrgico, formando uma boca que passa a ter
contato com o meio externo para eliminações de dejetos, secreções, fezes e/ou urina. (SANTOS, 1996; HABR-GAMA E
ARAÚJO, 2000)

1.1. DERIVAÇÕES INTESTINAIS


Estomia intestinal é a exteriorização de uma porção do intestino gerando uma abertura, que possibilita a
eliminação incontinente dos efluentes intestinais. (COF, 2003)
1.1.1. Situações clínicas que levam à necessidade de estomas intestinais:
Os estomas intestinais de eliminação, ileostomia e colostomia, podem ser confeccionados em situações eletivas,
onde há programação e preparo prévio do cliente. No entanto existem situações onde o estoma é confeccionado em caráter
de urgência, oque gera problemas em relação a aceitação por meio do paciente.
Dentre as principais indicações encontramos sendo a causa mais freqüente o câncer de reto inferior, seguido do
câncer de ânus, retocolite ulcerativa, polipose adenomatosa familiar com contra indicação a realização de proctocolectomia
conservadora, proteção de anastomoses de risco e incontinência anal grave.
Cita-se como indicações para confecção de estoma em caráter de urgência a obstrução intestinal por tumor de
cólon, trauma abdominal, perfuração do reto, deverticulite aguda complicada, colite aguda grave, mégacolon tóxico,
síndrome de Fournier.
1.1.2. Classificação:
As íleo e colostomias são comumente classificadas como temporária quando são realizadas para proteger uma
anastomose, tendo em vista o seu fechamento num curto espaço de tempo. As ostomias definitivas são realizadas quando
não existe a possibilidade de restabelecer o trânsito intestinal, geralmente em situação de câncer. Podem ser
confeccionadas em alça intestinal, onde o não é realizado secção total do intestino, existindo uma abertura proximal,
funcionante, por onde é liberado o efluente, e, outra distal sem débito, sendo que ambas permanecem unidas em sua
porção intra abdominal, oque facilita o fechamento do estoma durante a reconstrução do trânsito intestinal. Quando há
secção total do seguimento intestinal, como ocorre na amputações de reto ou cirurgia de Hartman, há a exteriorização de
uma única abertura intestinal suturada a pele do abdômen, sendo classificado como estoma terminal.
1.1.3. Tipos de estomas intestinais e seus efluentes.

Os estomas intestinais de eliminação são a ileostomia, cecostomia, colostomia ascendente, transversostomia,


colostomia descendente e sigmoidostomia.

A ileostomia, apresenta fezes consistência líquida e corrosivas à pele devido à presença de sucos gástricos,
biliares e enzimas liberadas pelo jejuno e duodeno (pH básico).

Nas colostomias as fezes são mais consistentes e menos corrosivas, pois grande parte dos líquidos e enzimas
foram absorvidas pelo intestino grosso. A colostomia do transverso resulta geralmente em eliminação de fezes mais sólidas
ou pastosas. A colostomia do sigmóide dá saída a fezes praticamente normais e exige cuidados mais simples.
Tipo Segmento Consistência Irritação
de ostomia Exteriorizado das fezes química
Ileostomia Íleo Líquidas, contínuas Intensa
Cecostomia Ceco Líquidas, contínuas Intensa
Colostomia proximal Cólon ascendente Sem-líquidas Intensa
Tranversostomia Cólon transverso Semi-líquidas Discreta
Colostomia terminal Cólon descendente Sólidas, formadas Ausente
Sigmoidostomia Cólon sigmóide Firmes, sólidas Ausente

Para que se possa realizar o auto-cuidado, incluindo limpeza do estoma, cuidados com a pele e manuseio
adequado dos dispositivos, é necessário levar em conta a característica do efluente.

1.2. DERIVAÇÕES URINÁRIAS


O estoma urinário é a exteriorização de condutos urinários realizados em pacientes portadores de doenças que
envolvem a pelve renal, uretéres, bexiga e uretra com o objetivo de preservar a função renal.
Os estomas urinários também podem ser temporários ou permanentes, tendo por base os mesmos critérios abordados
nos estomas intestinais. Além disso são subdivididos em estomas continentes e incontinentes.

2
 Continentes: permitem esvaziamento periódico através de cateterismo intermitente. Podem ser ortotópicos:
eliminação da urina se dá por via natural ou uretra, ex. ureteroiliouretrostomia (substituição vesical);
heterotópicos: eliminação da urina se dá por vias alternativas, ex. ureterosigmoidostomia, urostomia continente
(com estoma mucocutâneo).
 Incontinentes: a drenagem urinária é contínua e por via heterotópica. Mediante cateter ou sonda: nefrostomia,
sonda vesical e cistostomia.
Com estoma mucocutâneo: ureteroileostomia cutânea (Bricker), ureterostomia cutânea.
Quando há necessidade de retirar a bexiga, na maioria dos casos usa-se uma porção do intestino delgado para
construir uma “nova” bexiga, e os ureteres são ligados a ela.
Ainda que a urina seja eliminada através de um estoma, ela deve ser transparente e se estiver turva pode ser sinal
de infecção.Entretanto, e natural que haja presença de muco, quando o intestino faz papel de “nova” bexiga.

2. COMPLICAÇÕES E INTERVENÇÕES EM ESTOMAS URINÁRIOS E INTESTINAIS

O paciente que se submete a cirurgia e torna-se um portador de estoma tem a possibilidade de desenvolver
complicações a qualquer momento no pós-operatório. A incidência destas complicações podem ser minimizada com
medidas preventivas, como demarcação do local do estoma, adequando-se a técnica cirúrgica e cuidados pré e pós-
operatórios.
2.1 – COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO E MEDIATO

No pós-operatório imediato e mediato destacam-se o edema, a hemorragia, a necrose, o descolamento


mucocutâneo, e o abscesso. Já no pós-operatório tardio ressalta-se o prolapso, a retração, a hérnia paracolostômica, a
estenose e as dermatites, que podem ocorrer também no mediato.
2.1.1 - Edema:
É causado pela mobilização da alça intestinal, por trauma local, pela ligadura de pedículos venosos e,
principalmente, pela passagem através de um trajeto estreito da parede abdominal para exteriorização da alça.
O enfermeiro deve acompanhar a evolução dessa complicação, uma vez que a mesma pode provocar o
aparecimento da necrose devido a diminuição da irrigação sangüínea local por causa da compressão. É importante que o
fato seja comunicado ao médico responsável.
Conduta
 Implementar o sistema de dispositivo em duas peças, sendo a placa recortável e a bolsa transparente e drenável.
 Recortar a placa com 1 cm além do diâmetro do estoma. Esta margem de segurança propicia espaço para a
acomodação do estoma com edema.
2.1.2 – Hemorragia

O sangramento pode ocorrer já nas primeiras horas após a confecção do estoma, neste caso geralmente provém
da borda, do meso do estoma ou de ambos, ou da parede abdominal como músculos ou subcutâneo, geralmente em
decorrência da hemostasia inadequada durante a construção do estoma. A hipertensão portal também pode causar
sangramento. O uso incorreto do dispositivo pode traumatizar o estoma e levar a esta intercorrência. O trauma também
pode decorrer da prática de esportes agressivos. Deve-se também pesquisar o uso de medicamentos anticoagulantes como
ácido acetilsalicílico, heparina, marevan ®, marcomar® e doenças hematológicas como distúrbios de coagulação.
Conduta
 Em caso de sangramento intenso com repercussão hemodinâmica é necessária a intervenção médica;
 Para clientes em uso de anticoagulantes, oriente que na presença de qualquer sangramento, deve-se procurar
assistência médica;
 Se a conduta for expectante o sangramento em pequena quantidade pode ser controlado com compressão local
ou cauterização;
É importante a adoção de dispositivo de duas peças, bolsa transparente e drenável, registrar o aspecto do efluente e
quando possível medir o volume de sangue drenado.

2.1.3 – Necrose

A necrose pode ser parcial ou total e ocorre por deficiência de perfusão sangüínea do estoma, geralmente
relacionada com inadequado preparo da alça intestinal quanto à sua extensão ou arcada vascular ou ambos. A necrose
pode também advir da insuficiência da chegada de sangue – necrose por isquemia arterial – ou da drenagem venosa do
segmento exteriorizado – necrose por isquemia venosa.
Conduta:

3
 As necroses parciais, que acometem 1/3 da circunferência do estoma, podem ser tratadas conservadoramente
com observação periódica. Já as necroses mais intensas que comprometem toda a circunferência da alça devem
ser tratadas cirurgicamente;
 O uso de dispositivo transparente, de duas peças e drenável no pós-operatório se faz necessário, permitindo a
melhor observação do estoma, avaliação e higienização do mesmo.
2.1.4 – Descolamento mucocutâneo
O deslocamento mucocutâneo ou separação mucocutâneo caracteriza-se pela deiscência parcial ou total da linha
de sutura que une à pele da parede abdominal. Se parcial, limita-se à pequena porção dessa junção e se total, envolve toda
a circunferência. Ambas as complicações podem ser superficiais ou profundas.
Conduta:
 Na conduta conservadora deve-se monitorar a evolução e esperar que haja cicatrização por segunda intenção
quando o descolamento é parcial;
 Se o descolamento é total e superficial, a revisão cirúrgica se faz necessária para prevenir complicações na pele
periestoma e facilitar a convivência do paciente com o estoma;
 Quando o descolamento mucocutâneo atinge o nível da fáscia, pode ocorrer retração da alça exteriorizada para a
cavidade peritoneal, levando a peritonite, requerendo intervenção cirúrgica de emergência;
 Uso de dispositivo de duas peças é o mais indicado, preenchendo o espaço morto com barreira protetora – resina
sintética na apresentação em pasta, fita ou placa – e aplicar o pó de resina sintética quando houver umidade na
área; A bolsa deve ser recortável para ajustar ao formato do estoma e se o descolamento for associado à
retração, recomenda-se fazer uso de bolsas convexas.

2.1.5 – Abscesso e infecções

Os abscessos ou infecções podem surgir no estoma ou no orifício de exteriorização da alça intestinal. A infecção
da mucosa e da submucosa é geralmente provocada por fungos ou germes anaeróbios, podendo ser decorrente ou não de
isquemia parcial do estoma. Já a infecção que ocorre em torno do estoma pode acometer todo o trajeto da parede
abdominal, freqüentemente decorre da contaminação no momento da passagem da alça pelo trajeto ou da contaminação no
momento da maturação.
Conduta:
Antibioticoterapia sistêmica visando cobrir bactérias gram negativas e anaeróbias;
 Drenagem de abscessos periestomas e retirada de pontos da fixação do estoma para permitir a drenagem de
exsudato purulento;
 Colocação de curativo de carvão enrolado na forma de “rolinho” ou alginato de cálcio na forma de cordão com
objetivo de direcionar a drenagem do abscesso, preencher o espaço morto e facilitar a cicatrização;
 Uso de sistema de duas peças com a bolsa drenável e transparente, para facilitar a irrigação do local do abscesso
com soro fisiológico, a colocação de curativos e a visualização das características da secreção drenada;
 O suporte nutricional com dieta sem resíduo, associado com limpeza mecânica do cólon, auxiliam no controle e
resolução clínica das infecções periestoma.

2.2 – COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO

2.2.1 – Prolapso
O prolapso é exteriorização inesperada de segmento da alça intestinal, em extensão variável, através do estoma.
Essa complicação é mais freqüente nos estomas em alça e raramente ocorrem nos estomas terminais. O prolapso pode ser
parcial ou total. O parcial apresenta aspecto rugoso com preservação do pragueado mucoso da alça exteriorizada, já o
prolapso total é de aspecto liso e contém toda a parte da alça, podendo ser de grande volume.
Vários fatores podem predispor o aparecimento do prolapso, tais como a exteriorização de segmento intestinal
móvel distante dos pontos de fixação anatômica (ângulo hepático, ângulo esplênico, transição descendente-sigmóide), a
não fixação do meso do segmento exteriorizado, grandes aberturas do trajeto da parede abdominal, aumento da pressão
abdominal.
Condutas:
 O tratamento indicado para os casos de grandes prolapsos, nos quais as manobras de redução fracassaram, é a
correção cirúrgica. No entanto, pacientes portadores de estomas temporários ou sem possibilidades cirúrgicas
podem ser tratados de forma conservadora;
 A mensuração do diâmetro da abertura do dispositivo deve ser realizada quando o estoma estiver com
exteriorização máxima. Se fizer uso do sistema de duas peças, atentar para não pinçar a mucosa ao conectar a
bolsa;

2.2.2 – Retração

4
Retração é o “desabamento” da alça intestinal para a cavidade abdominal, pode ser total ou parcial, independente
do tempo de existência do estoma. Pode ser desencadeada por vários fatores como descolamento mucocutâneo; necrose
do estoma; infecção crônica da pele periestomia; aumento ponderal; e remoção precoce do bastão de sustentação nas
colostomias em alça.
Condutas:
 O tratamento pode consistir de intervenção cirúrgica ou de conduta conservadora conforme o comprometimento
da mucosa. Para avaliar o grau de isquemia deve-se realizar o exame interno da mucosa;
 O uso de dispositivo convexo é indicado para as retrações total ou parcial. Na falta desse recurso o
estomaterapeuta ou enfermeiro deve avaliar e indicar o uso de pastas protetoras, como as de resina sintética,
para preenchimento de espaços e nivelamento da parede abdominal;
 Clientes com tendência à obesidade, devem ser encaminhados ao nutricionista para reeducação alimentar,
controle e acompanhamento.

2.2.3. – Estenose
Estenose é o estreitamento da luz do estoma, pode ser observada tanto em nível cutâneo como da fáscia. Surge
geralmente no terceiro mês de pós-operatório e na fase inicial, observa-se que as fezes se tornam afiladas. Ocorre
dificuldade crescente para eliminar o conteúdo intestinal podendo levar a quadro de sub-oclusão ou oclusão. Sua incidência
está relacionada a problemas ligados a fixação inadequada do estoma na camada fascial, incisão na pele de tamanho
insuficiente para a exteriorização e confecção do estoma, ou a maturação tardia; existência de retração associada à
isquemia ou o descolamento mucocutâneo; presença de processos inflamatórios repetidos na pele periostoma; e/ou ganho
excessivo de peso.
Condutas:
Como medidas preventivas deve-se observar os aspectos técnicos relacionados à confecção do estoma e as
medidas terapêuticas dependerão do grau de estenose.
 Como medida conservadora, realiza-se dilatação digital ou instrumental;
 Se a estenose estiver restrita à pele, pode se realizar uma plástica sob anestesia local. Se houver
comprometimento da fáscia, requer uma laparotomia para reposicionar o estoma;
 O dispositivo indicado é a bolsa convexa, pois a pressão exercida na área periestoma pela face convexa da
barreira protetora aumenta o nível de protrusão do estoma.

2.2.5. – Hérnia periestomal


Consiste na protrusão das vísceras abdominais através de alterações na fáscia ao redor do estoma, dentro do
tecido subcutâneo. Aparece como um abaulamento ao redor do estoma.
Esse evendo pode estar relacionado a vários fatores como a localização do estoma fora do músculo reto
abdominal, não observância da técnica correta relacionada à confecção do estoma, obesidade, aumento da pressão intra-
abdominal; envelhecimento, e, vida sedentária com redução do tônus muscular.
Condutas:
 O dispositivo recomendado é aquele que possui barreira flexível para melhor adaptação à protuberância
abdominal;
 Se utilizar o dispositivo de duas peças, escolher o de flange flotante;
 Indica-se a cinta elástica para pacientes com fragilidade dos músculos abdominais ou tosse crônica para dar
suporte à parede abdominal.

2.3 – COMPLICAÇÕES PERIESTOMA

2.3.1 – Dermatites
Quanto às causas, as dermatites periestoma podem ser classificadas em:
Dermatite irritativa: causada pelo contato com o efluente ou produtos utilizados na pele periestoma,
apresentando eritema superficial, úmido e doloroso.
Tratamento: uso de barreiras protetoras de pele, em placa e pó e coletor adequado. Quando a dermatite é severa,
faz-se uso de corticoterapia tópica, porém por curto período de tempo devido aos seus efeitos indesejáveis.
 Dermatite alérgica: a aplicação contínua de produtos nos cuidados com estoma pode desenvolver
sensibilização,apresentando lesões papuloeritematosas com tendência a microvesículas e exsudação. A área
afetada corresponde, precisamente, à área coberta com o produto (barreira de pele, plástico ou adesivo da bolsa
coletora).
Tratamento: realizar, previamente, teste de sensibilidade aos produtos que serão utilizados nos cuidados com
estoma. Deixar o produto em contato com a pele por 24 a 48 horas e observar reação. Uma vez identificado,
remover o produto causador da alergia. Deve-se eliminar o uso de produtos desnecessários que contém potencias
alergênicos. Uso de terapia com corticóide para o alívio dos sintomas.

5
 Dermatite por trauma mecânico: as causas incluem técnica de limpeza ou retirada traumática do dispositivo,
fricção ou pressão contínua de dispositivos mal adaptados, ou troca freqüente de bolsa coletora.
Aspecto da lesão: dolorosa, úmida, plana e irregular e com pontos sangrantes, acarretando a necessidade de
trocas freqüentes de bolsa, o que exacerbará a dermatite.
Tratamento: ensino adequado da retirada do equipamento, bem como a técnica de limpeza.

2.3.2 – Infecção por Cândida albicans: o fungo conhecido como monilia, desenvolve-se bem em locais úmidos e escuros.
Os fatores que favorecem o aparecimento são: o vazamento freqüente de bolsa coletora, a perspiração do corpo e a
irritação da pele, uso de corticoterapia tópica, imunossupressão.
Aspecto da lesão: placas eritematosas brilhantes e exsudativas e pequenas pústulas satélites isolados na
periferia. Provoca prurido e ardor. Se não tratado pode invadir a mucosa do estoma.
Tratamento: eliminação da umidade e o uso da medicação antifúngica. A nistatina em pó é a forma mais indicada
por interferir menos na aderência da bolsa coletora, devendo ser utilizada a cada troca do dispositivo. Materiais
absorventes de transpiração podem ser utilizados abaixo da bolsa.

2.3.3 – Por radiação e quimioterapia: causadas pela destruição celular e “esfoladura” mecânica da epiderme quando
barreiras e adesivos são retirados. Além disso, o uso de resinas que contêm metais pesados (como zinco e bismuto),
podem causar radiação secundária resultando em uma dose mais elevada ao nível da pele.

2.3.4 – Lesão pseudoverrugosa


É caracterizada pela presença de pápulas ou pequenos nódulos, de cor acinzentada ou vermelha arroxeada, com
formato plano ou discretamente protruso, podendo desenvolver-se na borda mucocutânea do estoma e na pele periestoma.
São lesões dolorosas que sangram com facilidade.
Tem como causas, a exposição crônica da pele à ação do efluente, ocasionada pela inadequação do diâmetro da
abertura do dispositivo coletor e o tamanho do estoma.
As medidas preventivas para esta complicação são a adequação do orifício da bolsa coletora e a troca sistemática
da mesma, evitando a infiltração do efluente entre o adesivo da bolsa e a pele.

2.3.5. - Foliculite
É a inflamação do folículo piloso causado pela remoção traumática dos pêlos da região da epiderme ao redor do
folículo piloso. Devido à presença de eritema e pústula, muitas vezes pode ser confundido com infecção por fungos. A
infecção é causada usualmente por Staphylococcus coagula-se-positivo.
Medidas preventivas: orientar o paciente para realizar tricotomia com uso de tesoura sem ponta e evitar o uso de
lâmina ou cremes depilatórios. Remoção da bolsa com água morna, sem tracionar a pele.

2.3.6 – Varizes periestomas


São veias cutâneas dilatadas ao redor do estoma de cor roxo-azulado. Os indivíduos com estoma, portadores de
doenças hepáticas, como colangite esclerosante, cirrose e hipertensão portal, poderão desenvolver esta complicação.
Recomenda-se a remoção cuidadosa da bolsa e limpeza sem trauma da região periestoma, devido ao risco de
sangramento. Restringir ao mínimo os adesivos necessários. Evitar uso de cintas e placas com anel rígido.
Na presença de sangramento leve ou moderado, fazer compressão local ou aplicação de agentes hemostáticos
tópicos, como nitrato de prata. Nos sangramentos maciços é necessária a intervenção cirúrgica de emergência.

2.4 – O ESTOMA MAL LOCALIZADO


O estoma mal localizado reflete na qualidade de vida do ostomizado, interferindo no auto-cuidado relacionado a
higiene do estoma e pele periestoma, adaptação e remoção do dispositivo. O estoma deve estar exteriorizado em área que
permita a aderência do dispositivo, deve ter aproximadamente 3 cm 2. Estar afastado da incisão cirúrgica realizada e das
incisões anteriores, de pregas (de pele e gordura), da crista ilíaca, da sínfise púbica, do rebordo costal e das regiões
afetadas por irritação cutânea crônica, como exemplo psoríase.
A demarcação prévia do local do estoma facilita o manuseio, o cuidado e a higienização para que ocorra a
adaptação segura do dispositivo. São indispensáveis à segurança e a reabilitação da pessoa ostomizada para que
retorne, o mais rápido possível, à vida que tinha antes da cirurgia.

3. DEMARCAÇÃO PRÉ OPERATÓRIA DE OSTOMIAS


A demarcação consiste na escolha prévia do local para exteriorização do estoma na parede abdominal e tem como
objetivos facilitar o auto-cuidado, garantir aderência para os dispositivos, além de garantir melhor adaptação e qualidade de
vida ao ostomizado.

6
A escolha do local para a exteriorização do estoma deve ser fundamentada em seis aspectos básicos:
1. Tipo de estoma – determina a porção do trato digestório ou urinário a ser exteriorizado indicando assim o quadrante
abdominal adequado;
2. Localização do músculo reto abdominal – é essencial que o estoma
passe pela bainha deste músculo para evitar o surgimento de complicações como prolapsos e hérnias.
3. Escolha de uma área de pele suficiente para a adesão do sistema coletor - demarca-se uma área de 5 a 6cm2 em
adulto e 3,5 a 4cm2 em crianças onde será aderido o sistema coletor.
4. Distância adequada de pontos críticos – é necessário manter uma distância adequada entre o local selecionado para o
estoma, dando atenção a: dobras, pregas de pele, tecido adiposo, cicatriz umbilical, linhas naturais da cintura e prega
inguinal, proeminências ósseas e futura incisão cirúrgica e ou cicatriz anterior.
Esta avaliação deve ser feita com o paciente em pé, deitado e sentado. Deve-se levar em consideração atividades
de vida diária (AVD’S) como por exemplo tipo de esporte praticado e trabalho exercido. Outro aspecto é a crença religiosa,
principalmente a muçulmana. O formato corporal deve ser avaliado com rigor atentando para o abdome globoso ou em
avental bem como as mamas pendulares.
5. Facilidade de visualização do estoma pelo paciente – tem como objetivo facilitar o auto-cuidado.
6. Presença de próteses ou órteses – algumas exigem apoio abdominal, é essencial que o paciente mantenha o aparelho
durante a escolha do local do estoma permitindo que sua localização não interfira na continuidade do uso.

Formas de Demarcação
Há três formas de se fazer a marca do local selecionado do estoma na pele do cliente, sendo elas:
1- Caneta especial ou marcador (a prova d’água) - este método é indolor, não invasivo, econômico e mais comumente
utilizado.
2- Tatuagem – consiste em injetar 0,01 ml de azul de metileno, intradérmico, no local selecionado, após anti-sepsia com
álcool etílico a 70%.
3- Escarificação - consiste na laceração ou realização de lesões puntiformes na epiderme do local selecionado para o
estoma.

Etapas da Demarcação do Estoma


1- Explicar ao cliente o procedimento e sua importância, solicitar sua cooperação e participação;2- Colocá-lo em decúbito
dorsal;3- Dividir a superfície abdominal em quadrantes e identificar a linha da cintura e o músculo reto abdominal;4-
Estabelecer o quadrante e a distância mínima preconizada de 4 a 5cm, entre o local e os pontos críticos a serem
considerados; (Fig. 1.1); 5- Flexionar a cabeça junto ao tronco contraindo a musculatura abdominal para identificar a bainha
do músculo reto abdominal;6- Selecionar o local , marcá-lo provisoriamente, adaptar o sistema coletor e solicitar ao cliente
que tente visualizá-lo. Pedir que realize os movimentos de sentar e levantar, verificando se é possível o seu manuseio; 7-
Após confirmação realiza-se a demarcação definitiva.
Particularidades da Demarcação de Estoma em Criança
• A localização do estoma no recém-nascido não deverá interferir nos cuidados com o coto umbilical.
• A localização do estoma na parte inferior do abdome pode provocar irritações causadas pela fralda.

4. PROGRAMA DE IRRIGAÇÃO INTESTINAL


A irrigação é um método mecânico para o controle das exonerações intestinais, consiste em uma “lavagem intestinal”
realizada a cada 24, 48 ou 72 horas, cujo conteúdo, água, é enviado ao intestino grosso através do estoma, estimulando
seu peristaltismo e conseqüentemente o esvaziamento do conteúdo fecal. Pode-se definí-la, portanto como uma evacuação
programada. A diminuição da flora bacteriana acarreta ainda na diminuição de gases. Este método tem por finalidades:
• Estabelecer um hábito intestinal regular em portadores de colostomia;
• Reduzir a incidência de gases e odor;
• Diminuir a freqüência do uso de dispositivos;
• Diminuir a incidência de lesões de pele periostoma e
• Minimizar os custos financeiros do usuário.
Indicações
• Portadores de colostomias descendentes e sigmoidostomias;
• Usuários motivados para o aprendizado;
• Emocionalmente capazes de compreensão e consciência da situação;
• Boas condições físicas;
• Estomas sem complicações;
• Hábito intestinal com certa regularidade, periodicidade de 2 a 3 vezes ao dia no máximo e eliminação de fezes
consistentes.
Contra-indicações
•Usuários com doenças intestinais ativas (retocolite ulcerativa, doença de Crohn, diverticulite ou câncer);

7
• Complicações do estoma (prolapso, hérnia, retração e estenose);
• Usuário em uso de radioterapia ou quimioterapia;
• Incapacidade para realizar o auto-cuidado;
• Extremo de vida (do nascimento aos 2 anos de vida);
• Presença de diarréia (a água age como irritante intestinal prolongando a diarréia);
Vantagens
• Controle das eliminações intestinais;
• Abolição do uso da bolsa coletora;
• Maior variedade de sua dieta;
• Aumento da confiança e segurança em si mesmo (auto-estima);
• Melhora no ajustamento emocional e social;
• Retorno mais rápido às atividades de trabalho e lazer.
Desvantagens
• Consumo de tempo (aproximadamente uma hora);
•Limitação da sua aplicabilidade;
• Sanitário livre para realizar o procedimento com tranqüilidade e paciência; Materiais e Equipamentos
• Aparelho completo de irrigação: Irrigador graduado e transparente com tubo conector acoplado à extremidade cônica
maleável e pinça de con- trole de fluxo de água; manga drenadora transparente para fixação em anel avulso ou placa
protetora;• Cinto elástico ajustável à manga drenadora;• Presilhas para fechamento da manga drenadora;• Lubrificante
(Xylocaína gel a 2 % sem vasoconstritor ou glicerina líquida);• Luvas de procedimento (para o enfermeiro ET que realiza o
treinamento);• Suporte para o irrigador;• Água morna (tratada);• Jarro com água ou extensão do chuveiro para higienização
da mang dre- nadora;• Material de higiene pessoal (sabonete, toalha);• Dispositivo coletor habitual para troca, ao final do
pocedimento;• Relógio (especialmente na fase inicial, para controle dos tempos de infusão e drenagem).
Método
O método inclui a descrição do processo de treinamento, os dispositivos necessários e o procedimento técnico para a
realização da auto-irrigação da colostomia.
A auto-irrigação segue os mesmos princípios que fundamentam a educação intestinal.Antes do início do programa de
treinamento, tendo-se já tanto a indicação médica, como a decisão favorável do cliente, o enfermeiro deve proceder à sua
avaliação global que envolverá o estado geral, as condições locais do estoma e pele periestoma e as condições sanitárias
residenciais.O início do treinamento é variável, sendo preconizado um prazo mínimo de 1 mês de pós-operatório, quando o
ostomizado, geralmente, se encontra em melhores condições físicas e emocionais.O processo de treinamento consiste em
três sessões que devem ser programadas sempre no mesmo horário e em dias consecutivos:
1ª sessão: a técnica é executada e orientada, passo-a-passo pelo ET, precedida de explanação sobre o procedimento
(utilizando-se de recursos, tais como: fotos, vídeos e outros) e demonstração do equipamento;
2ª sessão: após a constatação dos resultados obtidos com a primeira irrigação,
o usuário relembra a técnica executando-a a seguir, com a ajuda do ET, que reforça os pontos principais a serem
observados;
3ª sessão: novamente o usuário relata acerca dos resultados da segunda irrigação e relata a técnica, antes de executá-la
sob a supervisão do ET. Nessa oportunidade o usuário é avaliado quanto a sua competência em auto-irrigar-se sem auxílio.
Caso o ET julgue necessário, novas sessões serão marcadas.
Após a fase de treinamento, o usuário é orientado a irrigar-se diariamente, sempre no mesmo horário por ele escolhido,
durante os seis meses seguintes,
com no mínimo três visitas domiciliares nesse período, após esta etapa, a freqüência da auto-irrigação poderá ser alterada
para 48 ou até 72 horas, em função da resposta intestinal obtida.
Intercorrências durante o treinamento
• reação vagal: com batimentos cardíacos mais lentos, hipotensão e possível perda da consciência por distensão colônica,
mais comum no início do processo;
• dor abdominal em cólica: devida a rápida infusão de água ou por sua baixa temperatura;
• retenção da solução infundida (parcial ou total): Ocasionada por tensão prévia ao procedimento ou por inadequado
estado de hidratação;
• perdas fecais nos irtervalos das irrigações: que podem ocorrer por diversos fatores, quais sejam: alimentares,
emocionais, medicamentosos, ou mesmo de ordem técnica (relacionados à execução da técnica)

Descrição do Procedimento de Irrigação


1- Pegue o recipiente de água, as mangueiras e o cone de ostomia.2- Feche o regulador de água.3- Encha o recipiente de
água com 500-750 ml de água potável à temperatura do corpo e lave a mangueira. A quantidade de água é adaptada
individualmente,à medida que o paciente for controlando mais a incontinência.4- Pendure o recipiente de água em um
gancho, de forma que o fundo do recipiente fique à altura do ombro do paciente, independentemente do paciente estar
sentado ou em pé.5- Retire o obturador ou sistema coletor da ostomia.6- Ponha a manga de irrigação sobre o ostomia (o

8
paciente pode ficar em pé, sentado no vaso sanitário ou em uma cadeira ao lado do vaso sanitário).7- A parte inferior da
manga de irrigação deve ficar dentro do vaso sanitário.A primeira vez que se faz a irrigação o ET deve tocar levemente no
estoma para sentir a direção do intestino, e o paciente também deve fazer o mesmo.8- Um gel lubrificante pode,
eventualmente, ser passado no cone de ostomia.
Introduza o cone dentro do estoma através da abertura mais alta da bolsa de irrigação e mantenha-o nessa posição com
uma mão, enquanto que, com a outra, abra o regulador de água.9- Regule a velocidade da água. A água deve correr
durante cerca de 5-10 min. (Obs.: O estoma deve ficar completamente fechado ao redor do cone, de forma que a água não
escorra pelos lados).10- Quando toda a água tiver escorrido para dentro do intestino, espere um momento e retire o
cone.11- Dobre ou enrole a abertura superior da manga de irrigação e feche-a com um clipe ou com um pregador.A água
desencadeia uma reação peristáltica reflexogênica e o intestino começa a se esvaziar imediatamente após a retirada do
cone. Depois de 10-15 min o intestino terá se esvaziado quase que completamente.Despeje a água na manga de irrigação.
Quando a maior parte da água tiver sido despejada, enxague e seque a manga por baixo com papel higiênico. Enrole ou
dobre a parte inferior e feche-a.12- O paciente agora pode deixar o banheiro e realizar outras atividades. Realizar
massagens abdominais ajudam na eliminação intestinal. Depois de cerca de 20-30 min o intestino estará vazio.13- Despeje
o conteúdo da bolsa de irrigação no vaso sanitário, retire-o e lave-o.14- Lave o estoma e a pele ao redor, seque e coloque
um novo obturador ou sistema coletor.15- Lave o cone com água, seque o recipiente de água e abra o regulador de água. É
importante que o recipiente e a mangueira permaneçam secos entre as irrigações para evitar o crescimento de fungos.

5. OBTURADOR
É um sistema oclusor da colostomia. Consiste de um cilindro de espuma flexível que é introduzido no estoma. É capaz
de controlar o momento da evacuação e a eliminação de gases e odores.
Indicação
Deverá ser indicado pelo médico com o treinamento feito por um Enfermeiro
Estomaterapeuta.
Quem pode utilizar• Colostomizados esquerdos terminais, sem complicações locais ou gerais;• Pacientes que evacuam até
3 vezes ao dia, com fezes pastosas ou sólidas;• Diâmetro externo do estoma entre 20 e 45mm com protrusão de até
25mm;• Condições físicas e psicológicas para realizar o auto-cuidado.
Vantagens• Controle da evacuação de forma programada, inclusive de gases de odo- res;• Abolição ou a redução do uso
da bolsa coletora;• Aumento da segurança e auto-estima;• Retorno à vida social, afetiva, sexual e familiar;• Discrição;•
Melhora da imagem corporal.
Desvantagens• Custo elevado;• Uso limitado pelas indicações;• Possibilidade de vazamentos de fezes;• Possibilidade de
presença de ruído ou odores;• Possibilidade de expulsão do oclusor;• Possibilidade de desconforto, mal-estar;•
Possibilidade de dor e cólicas;• Dificuldades com higienização e para auto-irrigação.
Auto-cuidado
Uma vez preenchidos os requisitos necessários para o uso do equipamento, precedida de indicação médica, o
colostomizado deverá ser treinado para o auto-cuidado.
Primeiramente o Estomaterapeuta deverá explicar sobre as vantagens e desvantagens da utilização do sistema, e
a disponibilidade de encontrá-lo no mercado.
Treinamento
O processo de treinamento do colostomizado deve ser realizado em 3 dias consecutivos seguidos de avaliações semanais,
em um total de quatro semanas, o que se considera ideal para a adaptação ao sistema.
1º Dia
No primeiro dia o Enfermeiro Estomaterapeuta deve realizar todo o procedimento enquanto o ostomizado apenas observa.
2º Dia
No segundo dia o Enfermeiro Estomaterapeuta junto com o paciente, realizam
o procedimento.
3º Dia
No terceiro dia, o Enfermeiro Estomaterapeuta apenas supervisiona o procedimento que deve ser feito pelo paciente
sozinho.
O Procedimento Técnico
• Pesar o paciente;• Retirar o dispositivo em uso;• Limpar o estoma e a pele periostomal secando-a;• Medir o diâmetro do
estoma;• Colocar luvas e lubrificar o dedo médio, procedendo o toque digital do estoma para direcionar a aplicação do
oclusor.• Recortar o orifício do adesivo, na medida do diâmetro do estoma;• Introduzir o oclusor e fixar a barreira protetora
na parede abdominal.

9
6. REFERÊNCIAS

 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS OSTOMIZADOS. Guia do Colostomizado.2003


 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS OSTOMIZADOS. Guia do Ileostomizado.2003
 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS OSTOMIZADOS. Guia do Urostomizado.2003
 CREMA,E.; SILVA,R. (coord) Estomas: uma abordagem interdisciplinar. 1ed.Uberaba, Print,1997.
 COLOPLAST OSTOMY FORUM.Treinar e Educar em Ostomias. Apostila. Módulo Básico.2003.
 GEMELLI, L. M. G. e ZAGO, M. M. F. The meaning of ostomy care to nurses: a case study. Rev. Latino-Am.
Enfermagem, Jan. 2002, vol.10, no.1, p.34-40. ISSN 0104-1169
 ORTIZ,H.; HARA COPOS;F.B. Complicaciones de los estomas digestivos de evacuaion In Ortiz, H;
MARTIRAGUÉ, J; FOULKES, B.Indicaciones y cuidados de los estomas. Barcelona, Editorial Jims, 1989. P.
187-212
 CESARETTI, IUR. O enfermeiro e a demarcação do estoma intestinal e urinário. Acta Paulista de Enfermagem,
v.11, n.3, set/dez. 1998.
 SANTOS, VLCG. e CESARETTI, IUR. Assistência em Estomaterapia: Cuidando do Ostomizado. Ed. Atheneu.
São Paulo. 2000.
 SANTOS, VLCG. A bolsa na mediação "estar ostomizado" e "estar profissional": análise de uma estratégia
pedagógica. [tese]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem/USP; 1996.

10

Você também pode gostar