0% acharam este documento útil (0 voto)
98 visualizações14 páginas

Exercícios Resolvidos

O documento apresenta exercícios resolvidos de Física II, focando em estática e dinâmica de fluidos. Inclui cálculos de densidade de misturas, empuxo, e aplicação do Princípio de Arquimedes, com exemplos práticos como a mistura de fluidos e a flutuação de objetos. Os exercícios variam em dificuldade e são acompanhados de soluções detalhadas.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
98 visualizações14 páginas

Exercícios Resolvidos

O documento apresenta exercícios resolvidos de Física II, focando em estática e dinâmica de fluidos. Inclui cálculos de densidade de misturas, empuxo, e aplicação do Princípio de Arquimedes, com exemplos práticos como a mistura de fluidos e a flutuação de objetos. Os exercícios variam em dificuldade e são acompanhados de soluções detalhadas.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 14

1

Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

Notas da disciplina de Física II: Exercícios resolvidos de estática e dinâmica de


fluidos.

 Exercícios originais resolvidos para incluir no tópico estática de fluidos, seção de


densidade de uma mistura de substâncias.

1. (*2) Dois fluidos são misturados de forma não homogênea, deixando bolhas na suspensão. A
mistura com as bolhas ocupa um volume total de 1,2 litros. Se as densidades e massas de
cada fluido sãogr/cm3, m1 = 600 gr0,8 gr/cm3 e m2 = 400 gr, considerando a massa do ar
nas bolhas desprezível, calcule:
a) O volume total das bolhas
b) A densidade da mistura.
Subseção de solução a): O volume da mistura é dado pela soma dos volumes individuais dos
fluidos 1, 2 e das bolhas, B.

V 1 +V 2 +V B =V M (1)

Resolvendo para VB, obtemos

V B=V M −V 1−V 2 (2)

VM = 1200 cm3, o volume da mistura é dado; e os volumes dos fluidos 1 e 2 são obtidos a
partir dos dados do problema como segue:
V1 =m1gr/1cm3 = 600 cm3;


V2 = m2/400gr/0,8gr/cm3 = 500 cm3
Substituindo os valores anteriores em (2), obtemos:

3 3 3 3
V B=1200 cm −600 cm −500 cm =100 cm

Subseção b da solução): A densidade da mistura é dada pela massa da mistura dividida pelo
seu volume.

mM m1+ m2 +m B 600 gr + 400 gr +0 3


ρ M= = = 3
=0.83 gr /cm
VM VM 1200 cm

2. Três fluidos são misturados homogeneamente, cujas frações volumétricas e densidades são
X1 = 0,435, 1 = 1,2 gr/cm3; X2 = 0,46, 2 = 0,85 gr/cm3 e X3 = 0,105, 3 = 1 gr/cm3,

respectivamente. Se o volume da mistura for VM = 766,27 cm3, calcule:

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


2
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

a) A densidade da mistura.
Solução: A densidade da mistura é dada por

mM m1+ m2 +m3
ρ M= =
VM VM

Substituindo m = V, obtemos

V 1 ρ1 V 2 ρ2 V 3 ρ3
ρ M= + + =X 1 ρ1 + X 2 ρ2 + X 3 ρ3
VM VM VM

¿ 0.435 ¿

Exemplo 5. Uma liga de ouro e cobre é feita, em proporções desconhecidas, para formar um
lingote com dimensões de 20cmx10cmx5cm e massa de 12 Kg. Calcular:
a) A densidade da liga,L =?
b) O “quilate” de ouro na liga
Nota: Lembre-se que um quilate de ouro equivale a 4,16% dele na liga.
Responder:

a) Utilizando a equação 1.1 que define a densidade de um corpo ρ L= , onde mM e VM são


mL
VL
dados do problema com o qual obtemos a densidade do lingote formado por ouro e
cobre.

mM 12 Kg Kg
ρ L= = =12000 K 3
V M ( 0.2 m ) ( 0.1 m) (0.05 m) m

b) Para obter o “quilate” precisamos saber a porcentagem em massa de ouro no lingote,


para isso utilizamos a equação 1.10, desenvolvida com o objetivo de conhecer a fração
volumétrica dos componentes da mistura, e obter a porcentagem em massa do
componente 1 , neste caso ouro. Para maior facilidade remetemos ao exemplo 4 desta
mesma seção, onde observamos que fizemos este mesmo exercício, mas sem calcular os
quilates de ouro da amostra. Utilizando a equação 1.12 desse exercício, obtemos que a
percentagem de ouro é dada por:

ρ L=¿ X Au ρ Au + X Cu ρ Cu(5 A) ¿

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


3
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

V Au V Cu
Com X Au= y X Cu = as respectivas frações volumétricas de ouro e
VL VL
cobre na liga.
Lembrando que XAu + XCu = 1, obtemos:

ρ L= ρ Au X Au+ ρ Cu (1− X ¿¿ Au)¿

Então, resolvendo para a fração de ouro na mistura, XAu:


Kg kg mAu
12000 3 −8930 3
ρ L −ρCu m m V 1 ρ Au
X Au= = =0.295= =
ρ Au− ρCu Kg Kg VL VL
19800 3 −8930 3
m m
Resolvendo para a massa de ouro, da última equação:

m Au=0.295 ( ρ Au ) ( V L ) =5.712 Kg

Portanto, o percentual de ouro na amostra será XAu %= 5,712Kg/12Kg = 47,6%.


Ou seja, o ouro ocupa 47,6% na liga, então seus quilates serão:

1K XK
= , então, os quilates XK, correspondentes a esse percentual de ouro calculado
4.16 % 47.6 %
são:

47.6
XK = =11.45 quilates
4.16 %

Como pode ser observado, tendo como dados a massa e o volume da mistura e as densidades
dos componentes, não foi necessário calcular a porcentagem de cobre para obter os quilates de
ouro.

 Exercícios resolvidos para incluir nas notas sobre o Princípio de Arquimedes


Exemplo 1. (*3) O objeto metálico homogêneo, O, figura (1) exercício 9, está suspenso por uma
corda de peso desprezível, em uma balança de mola B1 (Dinamômetro), que mostra uma leitura
de 7,25 kg., enquanto a balança B2 registra a massa de um líquido, L, (5Kg) e a do vidro que o
contém, V, (1Kg). Na figura (2) o mesmo objeto está submerso no líquido. A escala B1 indica 6,25
Kg, enquanto a B2 indica 7 Kg. O volume do objeto, O, é 0,001 m3. Na Figura 3, o objeto, O, é
deixado em repouso no fundo do copo, e a balança B2 registra a massa do vidro, a massa do
líquido e a massa do objeto.

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


4
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

a. Qual é a força de
empuxo do B1
líquido sobre o
B1 B1
objeto?
b. Qual é a QUALQUER
V V
densidade do QUALQUER
V eu
eu eu QUALQUER
líquido?
c. O que aconteceu B2
B2
com as forças de B2
impulso e a força (1)
(2) (3)
aparente do
objeto dentro do Exemplo de figura 1. (1) Objeto pendurado fora de um copo com líquido em escala B2. A
balança B1 registra o peso real do objeto, enquanto a balança B2 registra apenas os pesos
fluido, na do líquido e do vidro. (2) Mesmo objeto suspenso por uma corda dentro do líquido, a
situação balança B2 registra o peso do líquido, o peso do vidro e uma terceira força que aparece
representada quando o objeto entra no fluido, enquanto a balança B1 registra uma diminuição do peso
de o objeto. Figura (3) objeto apoiado no fundo do copo, B1 não registra nada, B2
pela Figura 3? registra os pesos da água, do copo e o peso real do corpo.
Eles
desapareceram?

Parte da solução a) Para um objeto que não flutua, a força de empuxo, FL, é dada pela diferença
entre o peso do objeto fora do fluido, WO, e o peso dentro dele (peso aparente), Wa:

2 2
F F =W o −W a =7.25 Kgx 9.8 m/s −6.25 Kgx 9.8 m/s =9.8 N

Solução parte b) Usando a fórmula do empuxo fornecido pelo princípio de Arquimedes,


obtemos:

F F =ρ F g V FD

De onde obtemos a densidade do fluido, que ainda não conhecemos, em que se encontra o
objeto submerso.

FF 9.8 N 3
ρ F= = =1000 Kg /m
g V FD 9.8 m/ s2 x 0.001 m3

O resultado sugere que o líquido no qual o objeto está imerso é água.

Parte da solução c) Na representação da figura 3, a balança B1 não registra nada, enquanto a


balança B2 registra o peso do fluido, o peso do vidro e o peso do objeto, mas este último é igual
ao aparente peso mais a força de empuxo: WO = WA + FF.

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


5
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

Exemplo 2. (3*) Um barco retangular é construído composto por seis placas de alumínio, figura,
com as seguintes dimensões: ¼ polegada de espessura,
eu
4,0 m de comprimento por 1,80 m de largura e 0,70 cm
de altura; que possui como armadura nervuras de
Nível de água
reforço, compostas por barras, também de alumínio,
com dimensões de ½ polegada de espessura por 2
Figura exemplo 2: Esquema representando um barco de alumínio fl
polegadas de escora e totalizando 40 m de
comprimento. Se uma massa de 3 toneladas for depositada dentro do barco, calcule:
a) A profundidade, h, em que o barco entra na água.

Solução. A profundidade h que o barco entra na água devido ao peso total é obtida a partir do
volume de fluido deslocado, VFd = Ah, cujo peso é a força de empuxo (Princípio de Arquimedes).
As forças que intervêm na flutuação do barco são: O empuxo FF, o peso do alumínio estrutural
do barco, WAl, e o peso adicional, Wm, fornecido pela massa de 3 toneladas, tal que o empuxo seja
igual a a soma dos demais como requisito para flutuar.

F F =W Al +W m

Com Wm = mg =3000Kgx9,8m/s2= 29400 N,

=
WAl mAlg

Para calcular a massa do alumínio, obtemos o seu volume total multiplicado pela sua densidade:

m Al=ρ Al V Al,

O volume de alumínio é:

V Al =( 4 mx 1.8 m+2 ( 4 mx 0.7 m )+ 2 ( 1.8 mx 0.7 m) + 40 mx 2 x 0.0254 m ) ( 0.25 pulx1 pul0.0254 m )=0.11m 3

Então W Al=2700 Kg /m3 x 0.11 m3 x 9.8 m/ s2=2910.6 N

Portanto, a força de empuxo permanece:

F F =29400 N +2910.6 N=32310.6 N

Pelo Princípio de Arquimedes, F F =ρ F V Fd g:

32310.6 N 3
V Fd= 3 2
=3.3 m
1000 Kg /m x 9.8 m/s

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


6
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

V Fd 3.3 m
3
Finalmente, ∆ h= = =0.46 m=46 cm
A 4 mx 1.8 m

 Exercícios resolvidos para incluir no tópico de dinâmica de fluidos, equação de Bernoulli.

Exemplo 1. (3*) (Teorema de Torricelli). A figura anexa mostra uma tubulação descarregando
água a uma vazão de 1,5 litros por segundo, em um tanque, A, que tem diâmetro de 120 cm,
que por sua vez descarrega através de uma torneira com diâmetro de ½ polegada para outro
tanque, B, 60 cm de diâmetro e 90 cm de altura ( h3). O tanque A está localizado em um pedestal
a uma altura h2 = 1,5 m acima do nível do solo. O tanque B
está localizado acima do solo. Calcular:
1
1
a) A altura na qual o nível da água no tanque A se h
PARA 2
estabiliza.
h1
b) A velocidade com que a água chega ao tanque B. 3
c) O tempo que leva para encher o tanque B. h2 b h3

Parte da solução a) Embora já tenhamos obtido a equação para a velocidade de descarga de um


tanque (Teorema de Torricelli), faremos novamente para lembrar o procedimento. Aplicando a
equação de Bernoulli entre os pontos 1 (carga) e 2 (descarga), temos:

1 2 1 2
P1 + ρ v 1 + ρg h1=P2 + ρ v 2 + ρg h2 (1)
2 2

É fato que a área da seção transversal do tanque, A1, é muito maior que a área de descarga no
ponto 2, A2, e de acordo com a equação de continuidade a velocidade de deslocamento do nível
do líquido no tanque, v1 , será muito menor que a velocidade de descarga do fluido, v2,
resultando na primeira sendo insignificante, então a equação de Bernoulli se reduz a:

1 2
ρg h1= ρ v 2+ ρgh 2(2)
2

Onde fizemos P1 = P2 = PATM e v1 = 0.


Resolvendo v2 da equação 2, obtemos:

v 2=❑√ 2 g ∆ h ( 3 )

Com h = h1 – h2.
Aplicando a condição de equilíbrio que ocorre quando
Q1=Q2= A 2 v 2 (4)

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


7
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

Substituindo (3) em (4), obtemos a altura h na qual o nível do fluido no tanque se estabiliza.
2
Q21 ( 0.8 x 10−3 m3 / s )
Finalmente, ∆ h= = =2.03 m
2 g A22 ( 2 x 9.8 m/s 2 ) π ( 0.00635 m2 )2

Solução parte b) Calcularemos agora a velocidade com que a água descarregada pelo ponto 2
chega à boca do tanque identificado com o ponto 3. Aplicando a equação de Bernoulli entre os
pontos 2 e 3, obtemos:

1
P2−P3 = ρ ( v 3−v 2 ) + ρg ( h3 −h2 )
2 2
2

Com P2 = P3 = PATM e substituindo v2 da equação (3), a equação anterior fica:

1
0= ρ ( v 3 −2 g ∆ h )− ρg ( h2−h3 )
2
2

Limpando v3:


v 3=❑ 2 g [ ∆ h+ ( h2−h 3 ) ]=❑√ 2 x 9.8 m/s 2 [ 2.03 m+0.9 m ] =7.57 m/s

Solução subseção c) O tempo de enchimento do tanque B é calculado a partir da definição de


despesa:
Q = V/t em m3/s.
Onde V é o volume do tanque e Q é o custo de descarga (igual ao carregamento). Portanto o
tempo de enchimento do tanque é:
2
V π ( 0.30 m ) x 0.90 m
t= = =318 s=5.3 min
Q 0.8 x 10−3 m3 /s

Exemplo 2. (3*) A água circula através de um tubo Venturi, que tem diâmetro de 1 polegada na
parte larga e ¾ polegada na parte estreita. O Venturi possui dois tubos manométricos
conectados que marcam uma diferença nas alturas da água H = 30 cm. Calcular:
a) Quantos metros cúbicos de água circulam por
segundo no tubo?

1 2
Solução. A vazão de água que circula pelo tubo de Venturi
Figura exemplo 2
é representada pela equação de continuidade:

Q= A 1 v 1=A 2 v 2 (1)

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


8
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

A1, v1 e A2, v2 representam as áreas e velocidades na parte larga e estreita do tubo,


respectivamente.
Para saber o gasto é necessário encontrar o valor de uma das duas velocidades da equação
anterior, portanto é necessário utilizar uma segunda equação que as contenha, para a qual
utilizamos a equação de Bernoulli:

1
P1−P2= ρ ( v 2−v 1 ) ( 2 )
2 2
2

O termo correspondente à diferença de alturas não aparece por se tratar de um tubo


horizontal, portanto h1 e h2 estão na mesma altura.
Temos agora duas equações com duas incógnitas e P1 – P2 é calculado a partir da diferença de
alturasH, que são dados, entre os dois tubos manométricos instalados para esse fim no tubo
de Venturi, utilizando a equação representativa para um fluido estático , P1 – P2 = gH, como é
o caso dos dois tubos manométricos que medem a diferença de pressão entre dois pontos para
um fluxo em movimento estacionário.
Resolvendo v1 da equação (1) e substituindo em (2), obtemos:

( )
2
A2 2 A2 2
v 1= v 2, então v 1= . v 2 a equação (2) é:
A1 A1

( ( ))
2
1 A
ρg ∆ H = ρ v 22 1− 2
2 A1

Resolvendo v2 da equação anterior:

√( ( ) ) √( ( ) ) √ ( (
2g ∆ H 2g∆ H 2 x 9.8 m/ s(0.3 m)
v 2= = =❑ =2.93 m/s
))
❑ 2 ❑ 4 4
A2 d2 3 /4 pulg
1− 1− 1−
A1 d1 1 pulg

Então a despesa, equação (1), será:

−4 2 −4 3
Q= A 2 V 2=2.85 x 10 m x 2.93 m/s=8.35 x 10 m /s=0.835<¿ s

Exemplo 3 (3*) Uma bomba de pulverização manual absorve líquido de um tanque, que está
conectado à seção mais estreita da bomba, através de um tubo que tem altura h =8 cm,

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


9
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

conforme mostrado na figura. O diâmetro na parte larga é de 2,5 cm, o diâmetro do tubo na
parte estreita é de 3 mm e o líquido no tanque tem densidade de 0,75 gr/cm3. Considerando
uma densidade de 1,3x10-3 gr/cm3 para o ar na bomba, calcule:
a) A diferença de pressão entre as partes Ar
Ar
largas e estreitas, P, é mínima para h
Líquido
elevar o líquido do tanque a uma altura
h. Figura exemplo 3.Bomba manual para pulverização.
b) As velocidades mínimas v1 e v2 entre as partes largas e estreitas da bomba.

Parte da solução a) A alturah que o líquido sobe do tanque está diretamente relacionada à
diferença de pressão entre a parte larga e estreita da bomba.

∆ P=ρI g ∆ h (1)

Onde I é a densidade do inseticida líquido no tanque. Então,


3 2 2
∆ P=750 Kg/m x 9.8 m/s x 0.08 m=588 Pa=0.085 lb/ pulg

Como pode ser visto, a diferença mínima de pressão é suficiente para que o líquido suba e se
misture com o fluxo de ar. Por isso pode-se retirar o líquido de um refrigerante com um canudo
fazendo um pequeno vácuo com a boca.

Subseção de solução b) Se rotularmos com Não. 1 para a parte larga e 2 para a parte estreita, a
diferença de pressão, segundo a equação de Bernoulli é:

1
∆ P=P1−P2= ρ ( v 2−v1 ) (2)
2 2
2

Como v1 e v2 são incógnitas, temos que usar outra equação que as contenha e esta é a equação
da continuidade

A1 v 1= A 2 v 2 (3)

Resolvendo v1 deste último e substituindo (2) no anterior obtemos:


2
2 A2 2
v=
1 2
v 2 (4)
A 1

( ) ( )
2 2
1 2 A2 2 1 2 A2
E ∆ P= ρ v 2− 2 v 2 = ρ v 2 1− 2
2 A1 2 A1

Limpeza v2:

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


10
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

√ ( )√
2∆ P 2 x 588 Pa
v 2=❑ =❑ =30 m/s

( )
2 4
A 3 0.003
ρair 1−
2
1.3 Kg/m 1−
A
2
1
0.025 4

Para calcular v1 recorremos à equação de continuidade (3):

A2 0.3
2
v 1= v 2= 2 30 m/ s=0.42m/ s=42 cm/s
A1 2.5

Como pode ser observado nos resultados, a velocidade na parte estreita do tubo, v2, é tal que a
pressão deve ser muito baixa e ocorre o fenômeno de cavitação, permitindo que as gotas de
líquido sejam pulverizadas.
Fica como exercício ao aluno calcular a pressão em P1 e coletar informações sobre o fenômeno
de cavitação devido à baixa pressão em um tubo de Venturi.

 Exercícios resolvidos para incluir no tópico Fluidos Reais (laminar-viscosos: Equação de


Poiseuille).

Exemplo 1 (2*) O óleo do motor passa


através de um tubo de 1/8 polegada (0,3175
cm) de diâmetro. O óleo tem viscosidade 
= 30x10-3 Ns/m2, temperatura de 20°C e 30cm
densidade de 0,8 gr/cm3, descarregando na Exemplo de figura 1. Distância entre dois tubos manométricos e diferença de a
atmosfera a uma taxa de 0,1ml/s. Para
medir a queda de pressão na tubulação, dois tubos manométricos são colocados separados por
30 cm, conforme indicado na figura. Calcular:

a) O não. de Reynolds.
b) A queda de pressão em cm equivalentes de altura entre os dois tubos manométricos.

Subseção da solução a): Não. de Reynolds.

ρvD 3
Re = =800 kg /m ¿ ¿ ¿
η

O que mostra um fluxo sob regime laminar.

Obtemos a velocidade do fluxo a partir da vazão e da área da seção transversal do tubo:

v = Q/A = (0,1x10-6 m3/s)/(7,92x10-6m2) = 1,26x10-2m/s = 1,26 cm/s

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


11
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

Onde, A = R2 = (0,0015875m)2 = 7,92x10-6m2

Parte da solução b): A queda de pressão entre os dois pontos do tubo é dada por

8QηL −6 3
∆ P= 4
=8(0.1 x 10 m /s)¿ ¿
πR

A diferença de altura devida entre os dois tubos manométricos é então:

h = P/g = (360Pa)/(800Kg/m3)(9,8m/s2) = 0,045 m = 4,5 cm

Exemplo 2. (2*) Através de um tubo liso com diâmetro contínuo de 8” e comprimento de 1 km,
água a uma temperatura de 20 °C é bombeada até uma altura de 30,9 m. O tubo descarrega em
um tanque aberto à pressão atmosférica a uma velocidade de 0,4 lt/s. Calcular:
a) O tipo de regime de fluido no tubo
b) A queda de pressão no tubo
c) A potência da bomba,
0
necessária para elevar a água 1 km
com o gasto indicado 30,9m
0 0

Solução parte a) Para saber se o


fluxo de água que passa pela Figura exemplo 2, seção 5.4. Os manômetros indicam a queda de pressão de um fluido vis
tubulação é laminar, calculamos o No. de Reynolds.

ρvD
Re = ,
η

Onde  é a densidade da água, v a velocidade de descarga, D o diâmetro do tubo e  a


viscosidade da água a 20°C.
Para saber v aplicamos a equação de despesas:

Q= Av

A é a área da seção transversal do tubo, então a taxa de descarga é

−3 3
Q 0.4 x 10 m /s
v= =
A π ¿¿

3 3
10 Kg/m ∗0.0127 m/s∗0.2m
Re = −3 2
=2540 , regime não turbulento.
10 N . s /m

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


12
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

Seção de solução b) Neste exercício há duas quedas de pressão: a primeira devido ao


viscosidade, diâmetro, vazão e comprimento do tubo, representado pela equação
Poiseuille, e o segundo pela diferença de altura entre a bomba e o ponto de descarga.

Δ P=Δ P P + Δ Ph (1)

De acordo com a equação de Poiseuille, a queda de pressão no tubo, PP, devido à viscosidade,
 = 10-3 Ns/m2, ao comprimento, L = 1 Km, ao fluxo Q = 0,4x10-3 m3 /s, e seu diâmetro D = 20 cm, é
dado por:

−4 3 −3 2
8QηL 8 x 4 x 10 m / s x 10 N . s /m x 1000 m
∆ P= 4
= 4
=10.18 Pa
πR πR

Por outro lado, a queda de pressão devida exclusivamente à altura que a bomba tem que
superar é:
3 2 5
Δ P h=ϱg h=1000 Kg/m x 9.8 m/s x 30.9 m=3.028 x 10 Pa , o que equivale a 3 atmosferas.

A queda de pressão que a bomba terá que compensar


Será dado, conforme igualdade (1), por:

5 5
Δ P=10.18 Pa+3.02 x 10 Pa=3.02 x 10 Pa

Ou seja, sob condições de fluxo laminar e com diâmetro de tubo de 20 cm, a queda de pressão
devido à viscosidade é insignificante para a água.
Se aumentarmos a vazão para valores mais práticos, digamos 4 lt/s, a velocidade aumenta para
0,127m/s e segundo Reynolds o tipo de regime seria turbulento, Re = 25400. Concluindo, a
equação de Poiseuille tem aplicação muito limitada e só é utilizada em casos especiais onde o
fluxo é laminar, o que geralmente implica pequenos gastos para tubos que não possuem
grandes diâmetros.

Parte da solução c) A pressão da bomba é dada pelo produto da queda de pressão pela vazão,
ou seja,

5 −4 3
Pot =∆ PxQ=3.02 x 10 Pa∗4 x 10 m /s=120.8 watts

Exemplo 3. (3*) Um tubo capilar de 1 pé de comprimento e 1/64 polegada de diâmetro interno


está conectado ao fundo de um reservatório cilíndrico, que tem altura de 1 pé e diâmetro de 6
polegadas, cheio de água, mostrado na figura anexa. . Calcular:
a) Taxa de descarga Q = dV/dt (m3/s, cm3/h)

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


13
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

b) A taxa de queda do nível da água no tanque,


dh1/dt. Considere um valor de 0,01 poise para a
viscosidade da água. L1
c) A velocidade de movimento, dh2/dt, do nível de
água no capilar quando ela é esgotada no tanque
(L1=0).
L2
De acordo com a equação de Poiseuille, o fluxo de
fluido através da área da seção transversal de um tubo
cilíndrico de comprimento L e raio R é: Figura exemplo 3. Tanque com capilar na parte inferior.

4
dV π R
= Δ P(1)
dt 8 ηL

Onde P é a diferença de pressão entre os pontos separados pela distância L.

Subseção de solução a).


O fluxo de água pelo capilar se deve à pressão exercida pelo nível da água no tanque mais a
pressão da coluna d'água no próprio capilar, dando origem à aplicação da equação de Poiseville
no tanque mais a mesma no capilar , que é representado da seguinte forma:
1º. A pressão da coluna de água no tanque na parte superior do capilar contribui para gerar
uma vazão dada por:

dV1 πR
4

dt
=Q1=
8 η L2
( ρg L1 ) (2 )

Com R o raio do capilar e L2 o seu comprimento. Como pode ser visto no problema, a diferença
de pressão é fornecida pela altura da coluna de fluido, P = gL1 neste caso.
2º. A contribuição para a vazão no capilar devido à pressão do seu próprio peso é dada por

dV 2 πR
4

dt
=Q2=
8 η L2
( ρ g L2 ) ( 3 )

De tal forma que o gasto total através do capilar seja:

4
πR
Q=Q 1+Q2 = ρ g(L ¿ ¿ 1+ L2)(4)¿
8 η L2

Então,

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.


14
Notas Física II Exercícios resolvidos 2009-2 G. González/D. Física/USON

Q=π ¿ ¿

−8 3 3
¿ 1.1925 x 10 m / s=42.93 cm /h r

dQ d h1
Parte da solução b): As = A1 , onde A é a área do tanque e dh1/dt é a velocidade com
dt dt
que o nível do líquido nele é abaixado.

A equação (4) é:

d h1 πR
4
= ρ g (L ¿ ¿ 1+ L2) ( 5 ) ¿
dt 8 A1 η L2

Onde R é o raio do capilar e A1 é a área do tanque, então, substituindo os valores, a taxa de


declínio do nível da água no tanque para L1 = 12 polegadas e L2 = 12 polegadas,
sobrou:

d h1 4
=π ( 1.984 x 10 m ) ( 1000 Kg /m ) ¿ ¿
−4 3
dt

¿ 2.36 mm /hr

Solução parte c): Quando o tanque está vazio, L1 = 0 e L2 = 12 polegadas, a taxa de queda do nível
do líquido no capilar é dada por:

d h2 πR
4
= ρ g L2 ( 6 )
dt 8 A2 η L2

Onde R é o raio do capilar e A2 sua área de seção transversal.

4
d h2 π ( 1.984 x 10−4 m ) x 1000 Kg/m3 x 9.8 m/s 2
=
dt 8π ¿¿

*Indica o grau de dificuldade: 3* máximo, 1* mínimo.

Você também pode gostar