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Ética Na Psicologia

A ética em psicologia é fundamental para a prática profissional, envolvendo a avaliação do que é moralmente certo e errado. O Código de Ética da APA orienta psicólogos em suas decisões, destacando cinco princípios éticos: Beneficência, Fidelidade, Integridade, Justiça e Respeito aos Direitos e à Dignidade das Pessoas. Esses princípios visam proteger o bem-estar dos indivíduos e promover a responsabilidade ética na pesquisa e na prática clínica.
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Ética Na Psicologia

A ética em psicologia é fundamental para a prática profissional, envolvendo a avaliação do que é moralmente certo e errado. O Código de Ética da APA orienta psicólogos em suas decisões, destacando cinco princípios éticos: Beneficência, Fidelidade, Integridade, Justiça e Respeito aos Direitos e à Dignidade das Pessoas. Esses princípios visam proteger o bem-estar dos indivíduos e promover a responsabilidade ética na pesquisa e na prática clínica.
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Sra.

Safa Qasim
Professor (Departamento de Psicologia),
MMI
Bacharel em Psicologia, 3º Semestre
Assunto: Ética em Psicologia
PALESTRA 1

Definição Geral de Ética

Ética, também chamada de filosofia moral, é a disciplina que se preocupa com o que é

moralmente bom e mau e moralmente certo e errado. O termo também é aplicado a qualquer

sistema ou teoria de valores ou princípios morais. Ela consiste em questões fundamentais da

tomada de decisões práticas, e suas principais preocupações incluem a natureza do valor final e

os padrões pelos quais as ações humanas podem ser julgadas certas ou erradas.

A ética é uma preocupação importante no campo da psicologia, particularmente no que se refere

à terapia e à pesquisa. Trabalhar com pacientes e conduzir pesquisas psicológicas pode levantar

uma grande variedade de questões éticas e morais que precisam ser abordadas.

Código de Ética da APA

A Associação Americana de Psicologia (APA) publica os Princípios Éticos dos Psicólogos e o

Código de Conduta, que descreve princípios ambiciosos, bem como padrões aplicáveis que os

psicólogos devem usar ao tomar decisões. A APA publicou seu código de ética pela primeira vez

em 1953 e vem evoluindo-o continuamente desde então.

A versão atual do código de ética, que introduziu a distinção entre princípios e padrões, foi
desenvolvida em 2002 e posteriormente alterada em 2010 e 2016.
O código de ética da APA é composto de princípios-chave e padrões éticos. Os princípios

pretendem servir de guia para ajudar a inspirar psicólogos em sua profissão, seja em saúde

mental, pesquisa ou negócios. Os padrões, por outro lado, são expectativas de conduta que

podem levar a ramificações profissionais e legais quando violadas.

Como explicou Nicholas Hobbs, que foi presidente da APA e chefe de um dos comitês que

elaboraram os padrões, o objetivo do código não é manter pessoas inescrupulosas longe de

problemas. Ele serve como um auxílio para auxiliar psicólogos éticos a tomar decisões do mundo

real em sua prática diária.

O código de ética se aplica somente a atividades profissionais relacionadas ao trabalho,


incluindo pesquisa, ensino, aconselhamento, psicoterapia e consultoria. A conduta privada
não está sujeita ao escrutínio do comitê de ética da APA.

O código de ética da APA fornece orientação para profissionais que trabalham na área da

psicologia para que eles estejam mais bem equipados com o conhecimento do que fazer quando

se deparam com algum tipo de dilema moral ou ético. Alguns desses são princípios ou valores

que os psicólogos devem aspirar defender. Em outros casos, a APA descreve padrões que são

expectativas executáveis.

Os Cinco Princípios Éticos

Princípios Gerais, ao contrário de Padrões Éticos, são de natureza aspiracional. Sua intenção é

orientar e inspirar psicólogos em direção aos mais altos ideais éticos da profissão. Os Princípios

Gerais, ao contrário dos Padrões Éticos, não representam obrigações e não devem constituir a
base para a imposição de sanções. Confiar em Princípios Gerais por qualquer um desses motivos

distorce tanto seu significado quanto seu propósito. Alguns desses princípios gerais são os

seguintes:

Princípio A: Beneficência e Não-maleficência

O primeiro princípio do código de ética da APA afirma que os psicólogos devem se esforçar para

proteger os direitos e o bem-estar daqueles com quem trabalham profissionalmente. Isso inclui os

clientes que eles atendem na prática clínica, os animais envolvidos em pesquisas e experimentos

e qualquer outra pessoa com quem eles tenham interação profissional.

Os psicólogos se esforçam para beneficiar aqueles com quem trabalham e tomam cuidado para

não causar danos. Em suas ações profissionais, os psicólogos buscam salvaguardar o bem-estar e

os direitos daqueles com quem interagem profissionalmente e de outras pessoas afetadas, além

do bem-estar dos animais sujeitos às pesquisas. Quando ocorrem conflitos entre obrigações ou

preocupações dos psicólogos, eles tentam resolvê-los de forma responsável, evitando ou

minimizando danos. Como os julgamentos e ações científicas e profissionais dos psicólogos

podem afetar a vida de outras pessoas, eles estão atentos e se protegem contra fatores pessoais,

financeiros, sociais, organizacionais ou políticos que podem levar ao uso indevido de sua

influência. Os psicólogos se esforçam para estar cientes do possível efeito de sua própria saúde

física e mental em sua capacidade de ajudar aqueles com quem trabalham. Este princípio

incentiva os psicólogos a se esforçarem para eliminar

preconceitoshttps://www.verywellmind.com/cognitive-biases-distort-thinking-2794763,

afiliações e vieses que possam influenciar seu trabalho. Isso inclui agir de forma independente na

pesquisa e não permitir que afiliações ou patrocínios influenciem os resultados.


Princípio B: Fidelidade e ResponsabilidadeOs psicólogos

estabelecem relações de confiança com aqueles com quem trabalham. Eles estão cientes de suas

responsabilidades profissionais e científicas para com a sociedade e as comunidades específicas

nas quais trabalham. Os psicólogos mantêm padrões profissionais de conduta, esclarecem suas

funções e obrigações profissionais, aceitam a responsabilidade apropriada por seu

comportamento e buscam gerenciar conflitos de interesse que possam levar à exploração ou

dano. Os psicólogos consultam, encaminham ou cooperam com outros profissionais e

instituições na medida necessária para atender aos melhores interesses daqueles com quem

trabalham. Eles estão preocupados com a conformidade ética da conduta científica e profissional

de seus colegas. Os psicólogos se esforçam para contribuir com uma parte do seu tempo

profissional por pouca ou nenhuma remuneração ou vantagem pessoal.

A APA também sugere que os psicólogos têm a responsabilidade moral de ajudar a garantir que

outros que trabalham em sua profissão também mantenham altos padrões éticos. Este princípio

sugere que os psicólogos devem participar de atividades que melhorem a conformidade ética e a

conduta de seus colegas. Servir como mentor, participar de revisões por pares e apontar

preocupações éticas ou má conduta são exemplos de como esse princípio pode ser colocado em

ação.

Princípio C:

IntegridadeOs psicólogos buscam promover precisão, honestidade e veracidade na ciência, no

ensino e na prática da psicologia. Nessas atividades, os psicólogos não roubam, trapaceiam ou se

envolvem em fraudes, subterfúgios ou deturpações intencionais de fatos. Os psicólogos se

esforçam para cumprir suas promessas e evitar compromissos imprudentes ou pouco claros. Em
situações em que o engano pode ser eticamente justificável para maximizar benefícios e

minimizar danos, os psicólogos têm a séria obrigação de considerar a necessidade, as possíveis

consequências e sua responsabilidade de corrigir qualquer desconfiança resultante ou outros

efeitos prejudiciais que surjam do uso de tais técnicas.

Na pesquisa e na prática, os psicólogos nunca devem tentar enganar ou deturpar. Na pesquisa, o

engano pode envolver fabricar ou manipular resultados de alguma forma para atingir os

resultados desejados. Os psicólogos também devem buscar transparência e honestidade em sua

prática. Quando o engano é usado em pesquisas (o que pode envolver o uso de cúmplices ou não

revelar totalmente a verdadeira natureza da pesquisa), os psicólogos devem se esforçar para

mitigar os efeitos. Esse tipo de fraude em pesquisa deve ser justificado e os possíveis ganhos

devem superar as potenciais desvantagens. O uso de engano deve ser mínimo, não deve resultar

em sofrimento e deve ser divulgado o mais cedo possível.

Princípio D: JustiçaOs

psicólogos reconhecem que a imparcialidade e a justiça dão a todas as pessoas o direito de

acessar e se beneficiar das contribuições da psicologia e de igual qualidade nos processos,

procedimentos e serviços conduzidos pelos psicólogos. Os psicólogos exercem julgamento

razoável e tomam precauções para garantir que seus potenciais preconceitos, os limites de sua

competência e as limitações de sua especialização não levem ou tolerem práticas injustas.

Em seu sentido mais amplo, justiça se refere à responsabilidade de ser justo e imparcial. Este

princípio afirma que as pessoas têm o direito de acessar e se beneficiar dos avanços que foram

feitos no campo da psicologia. É importante que os psicólogos tratem as pessoas igualmente.


Princípio E: Respeito aos Direitos e à Dignidade das PessoasOs

psicólogos respeitam a dignidade e o valor de todas as pessoas, e os direitos dos indivíduos à

privacidade, confidencialidade e autodeterminação. Os psicólogos estão cientes de que

salvaguardas especiais podem ser necessárias para proteger os direitos e o bem-estar de pessoas

ou comunidades cujas vulnerabilidades prejudicam a tomada de decisões autônomas. Os

psicólogos estão cientes e respeitam as diferenças culturais, individuais e de função, incluindo

aquelas baseadas em idade, gênero, identidade de gênero, raça, etnia, cultura, nacionalidade,

religião, orientação sexual, deficiência, idioma e status socioeconômico, e consideram esses

fatores ao trabalhar com membros desses grupos. Os psicólogos tentam eliminar o efeito em seu

trabalho de preconceitos baseados nesses fatores e não participam ou toleram intencionalmente

atividades de outros baseadas em tais preconceitos.

Os psicólogos devem respeitar o direito à dignidade, privacidade e confidencialidade daqueles

com quem trabalham profissionalmente. Eles também devem se esforçar para minimizar seus

próprios preconceitos, bem como estar cientes de questões relacionadas à diversidade e às

preocupações de populações específicas. Por exemplo, as pessoas podem ter preocupações

específicas relacionadas à idade, status socioeconômico, raça, gênero, religião, etnia ou

deficiência.

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