0% acharam este documento útil (0 voto)
42 visualizações37 páginas

Casos Clínicos: Internato Clínica Médica

O documento aborda a hipertensão arterial sistêmica (HAS), definindo-a como uma condição clínica caracterizada por níveis pressóricos elevados. A epidemiologia revela que a HAS é responsável por uma alta porcentagem de mortes cardiovasculares, com fatores de risco como idade, tabagismo e dislipidemia. O diagnóstico e a estratificação de risco são essenciais para o manejo da doença, incluindo a monitorização da pressão arterial e a avaliação de lesões de órgãos-alvo.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
42 visualizações37 páginas

Casos Clínicos: Internato Clínica Médica

O documento aborda a hipertensão arterial sistêmica (HAS), definindo-a como uma condição clínica caracterizada por níveis pressóricos elevados. A epidemiologia revela que a HAS é responsável por uma alta porcentagem de mortes cardiovasculares, com fatores de risco como idade, tabagismo e dislipidemia. O diagnóstico e a estratificação de risco são essenciais para o manejo da doença, incluindo a monitorização da pressão arterial e a avaliação de lesões de órgãos-alvo.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 37

CASOS CLÍNICOS

INTERNATO CLÍNICA MÉDICA


• Diagnóstico: HAS
• Próxima etapa: Descartar causas secundárias
• Próximo passo na terapia: Retomada terapia anti-hipertensiva
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA -
CONCEITOS FUNDAMENTAIS E
DIAGNÓSTICO
DEFINIÇÃO

• "Hipertensão arterial é condição clínica multifatorial caracterizada por


elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg”.
• Secundária em 3-5%
• O tratamento da causa pode curar ou melhorar o controle da PA.
EPIDEMIOLOGIA

• EUA (2015):
 HAS → 69% dos pacientes com IAM, 77% de AVC e 75% com IC
 responsável por 45% das mortes cardíacas e 51% das mortes por AVC

• Brasil (2013):
 36 milhões de pessoas
 contribuição em 50% das mortes por doença cardiovascular
FATORES DE RISCO
MEDIDA NO CONSULTÓRIO

• PA ≤ 120/80 mmHg: a cada 2 anos


• PA > 120/80 mmHg e < 140/90 mmHg: anual
• Calibração anualmente
• Manguito de acordo com a circunferência do braço
MEDIDA FORA DO CONSULTÓRIO
DEFINIÇÃO

Medição Residencial da PA (MRPA)


• três medições pela manhã, antes do desjejum e da tomada da medicação, e três à noite, antes
do jantar, durante cinco dias
• duas medições em cada uma dessas duas sessões, durante sete dias
• valores anormais ≥ 135/85 mmHg
MonitorizaçãoAmbulatorial da PA (MAPA)
• registro 24 horas ou mais
• medições durante o sono
• valores anormais as médiasde PA de 24 horas ≥ 130/80 mmHg, vigília ≥ 135/85 mmHg e sono
≥ 120/70 mmHg
CLASSIFICAÇÃO

Efeito do avental branco


• diferença igual ou superior a 20 mmHg na PAS e/ou 10 mmHg na PAD entre consultório e
fora dele
• não muda o diagnóstico!
• pode alterar o estágio ou atrapalhar adequação terapêutica
Hipertensãodo avental branco
• valores anormais no consultório, porém valores normais pela fora
Hipertensãomascarada
• valores normais no consultório, porém PA elevada pela MAPA ou MRPA
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO NO
PACIENTE HIPERTENSO
FATORES DE RISCO C ARDIOVASCULAR NA AVALIAÇÃO
DO RISCO ADICIONAL NO HIPERTENSO

• sexo masculino
• Idade:
- homens ≥ 55 anos ou mulheres ≥ 65 anos
- história de DCV prematura em parentes de 1º grau (homens < 55 anos ou mulheres < 65 anos)
• tabagismo
• dislipidemia
• colesterol total > 190 mg/dl e/ou
• LDL-colesterol > 115 mg/dl e/ou
• HDL-colesterol < 40 mg/dl nos homens ou < 46 mg/dl nas mulheres e/ou
• Triglicerídeos > 150 mg/dl
FATORES DE RISCO C ARDIOVASCULAR NA AVALIAÇÃO
DO RISCO ADICIONAL NO HIPERTENSO

• Resistência à insulina:
- glicemia plasmática em jejum: 100-125 mg/dl
- teste oral de tolerância à glicose: 140-199 mg/dl em 2 horas
- hemoglobina glicada: 5,7 –6,4%
• Obesidade:
- IMC ≥ 30 kg/m2
- CA ≥ 102 cm nos homens ou ≥ 88 cm nas mulheres
LESÃO DE ÓRGÃO
ALVO

• Hipertrofia ventricular esquerda:


• EMI da carótida > 0,9 mm ou placa carotídea
• Velocidade de onda de pulso carótido-femoral > 10 m/s
• ITB < 0,9
• Doença renal crônica estágio 3 (RFG-e 30-60 mL/min/1,73m2)
• Albuminúria 30 e 300 mg/24h ou relação albumina-creatinina urinária 30 a 300 mg/g
DOENÇA CV E RENAL ESTABELECIDA

• Doença cerebrovascular: AVE isquêmico, Hemorragia cerebral, Ataque isquêmico transitório

• Doença da artéria coronária: angina estável ou instável, infarto do miocárdio, revascularização do


miocárdio: percutânea (angioplastia) ou cirúrgica, insuficiência cardíaca com fração de ejeção
reduzida ou preservada.

• Doença arterial periférica sintomática dos membros inferiores

• Doença renal crônica estágio 4 (RFG-e < 30 ml/min/1,73m2) ou albuminúria> 300 mg/24h

• Retinopatia avançada: hemorragias, exsudatos, papiledema


EXAMES

• Eletrocardiograma
• Ecocardiograma
• USG carótidas
• Creatinina (clearance) e ureia
• Albumina urinária
• Perfil lipídico
• Glicemia de jejum e hemoglobina glicada
• Proteína C reativa
• Escore de cálcio coronariano

Você também pode gostar