0% acharam este documento útil (0 voto)
25 visualizações23 páginas

Introducão 1

O documento analisa o fenômeno do preconceito, suas definições, raízes e impactos na sociedade, destacando a obra de Gordon Allport como fundamental no estudo do tema. Os objetivos incluem identificar as causas do preconceito, suas consequências e apresentar medidas para sua prevenção. O texto também discute diferentes tipos de preconceito, como machismo, racismo e preconceito social, enfatizando a importância de uma abordagem crítica para combater essas discriminações.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
25 visualizações23 páginas

Introducão 1

O documento analisa o fenômeno do preconceito, suas definições, raízes e impactos na sociedade, destacando a obra de Gordon Allport como fundamental no estudo do tema. Os objetivos incluem identificar as causas do preconceito, suas consequências e apresentar medidas para sua prevenção. O texto também discute diferentes tipos de preconceito, como machismo, racismo e preconceito social, enfatizando a importância de uma abordagem crítica para combater essas discriminações.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 23

1.

INTRODUCÃO

O presente trabalho aborda sobre o fenómeno do preconceito. Para issooda e


qualquer pesquisa tem como ponto de partida uma problemática. Assim sendo,
segundo Quissua ( 2019, P. 26), O Problema é uma dificuldade teórica ou prática no
conhecimento de alguma coisa de real importância, para qual deve-se encontrar uma
solução. Com base à problemática dada, pretendemos fornecer dados fidedignos com
intuito de solucionar-se o problema apresentado.

Um dos maiores e mais graves problemas em nossa sociedade desde os


primórdios é o preconceito, é uma prática muito comum e causadora de diversos
outros problemas, não apenas sociais, como também de saúde, provocando
distúrbios, transtornos e até mesmo o suicídio.

Todas as tradições culturais são tributárias de outras culturas; os povos estão


constantemente estabeelecendo conexões uns com os outros, num processo
complexo e dinâmico de troca de experiências históricas. Consequentemente, não há
culturas puras ou totalmente isoladas, pois nenhuma cultura é inerte e autônoma. Ao
longo de suas experiências históricas, as culturas adotam e excluem elementos
“estranhos”, isto é, vindos de outras experiências ou mundos culturais.

A definição mais adotada de preconceito na psicologia social foi formulada por


Gordon Allport (1897-1967), um psicólogo norte-americano pioneiro nas teorias da
personalidade, que no livro “The nature of prejudice” desenvolveu uma análise muito
sistemática e detalhada do preconceito, ainda hoje atual. Tanto que, para alguns
autores, um estudante do preconceito na psicologia social que não leu o livro de Allport
é considerado um iletrado (Dovidio, Glick, & Rudman, 2008). Num primeiro momento,
Allport (1954) define o preconceito como uma atitude hostil contra um indivíduo,
simplesmente porque ele pertence a um grupo desvalorizado socialmente.

1
1.1 OBJECTIVOS

Segundo Quissua (2019, p.28), o pesquisador formula as suas pretensões


com a pesquisa; Ele define, esclarece e revela os focos de interesse da pesquisa.

Com base à temática apresentada, temos como objectivo geral:

➢ Analisar o impacto do fenómeno do preconceito na sociedade.

Objectivos Específicos:

➢ Identificar o sistema social do preconceito as raízes do preconceito;


➢ Explicar os tipos de preconceitos e a sua classificação;
➢ Identificar as consequências do preconceito;
➢ Apresentar medidas para evitar e prevenir o preconceito;

2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Definição de Termos e Conceitos

❖ Preconceito

O preconceito, entendido como um constructo científico autônomo, começou a


ser estudado atentamente por psicólogos na década de 20 (Duckitt, 1992).28 A partir
de então, as causas e conseqüências do preconceito têm sido sistematicamente
investigadas por diversos autores, entre eles o norte-americano Gordon Allport que
em 1954 publicou seu livro clássico The Nature of Prejudice (Allport, [1954] 1979).

O termo preconceito vem do latim e é composto a partir do sufixo prae-, "antes


de", e conceptus, "resumo" – inicialmente algo preparado ou concebido, de concipere,
"conceber, gerar".

Crochík descreve o preconceito como algo individual, psicológico e que se


desenvolve de sociabilização da cultura.

Gordon Allport definiu preconceito como um "sentimento, favorável ou não,


para com alguém ou algo anterior a, ou não baseada na verdadeira experiência".

Auestad (2015) define preconceito como caracterizado pela transferência


simbólica, transferência de um conteúdo de significado carregado de valor a uma
categoria formada socialmente e então a indivíduos que são considerados
pertencentes a tal categoria, resistência a mudança e sobregeneralização.

Preconceito é uma opinião formada precipitadamente, sem maior ponderação,


um conceito formado antes de se ter os conhecimentos necessários. É uma opinião
favorável ou desfavorável que não é baseada em dados e experiência
própria objetivos, que pode ser baseada ou não em sentimento precipitado, motivado
por hábitos de julgamento ou generalizações apressadas. A palavra também pode
significar uma ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento ou

3
imparcial, um conjunto de atitudes que geram, favorecem ou justificam um
comportamento de discriminação.

Assim, a abordagem de qualquer forma particular de preconceito supõe a


apreensão da natureza do preconceito, de suas raízes sociais e de sua dinâmica no
interior da vida cotidiana, configurada pela alienação e pela sociabilidade do momento
atual. Nessa perspectiva, este trabalho oferece a base de fundamentação para a
abordagem crítica do preconceito, seja qual for o seu objeto particular, visando ao
conhecimento do seu significado e das suas implicações, das determinações
históricas que facilitam a sua reprodução na direção de uma prática liberta de
discriminações e intolerâncias.

2.2 O sistema Social de Preconceitos

Fazer julgamentos é típico do ser humano. Porém, quando fazemos um


julgamento negativo preconcebido de um grupo e seus membros individuais, temos
então um preconceito.

O preconceito é um juízo de valor que se faz de alguém a partir de fatores


superficiais, comumente acompanhado de discriminação e intolerância. É o
julgamento associado a crenças, sentimentos e tendências de terceiros. O que muita
gente não sabe é que preconceito é considerado crime, com pena de um a três anos
de reclusão e multa.

A dinâmica da vida cotidiana favorece a reprodução do senso comum, com


suas analogias e estereótipos, dando lugar aos preconceitos. Mas, embora o hábito e
a repetição, a unidade entre o pensamento e a ação alimentem a reprodução do senso
comum e dos preconceitos, sua origem é social. Os indivíduos vinculam-se aos
preconceitos na vida cotidiana pelo fato de “na própria sociedade predominarem –
embora em outro plano e com variações – sistemas de preconceitos estereotipados e
estereótipos de comportamento carregados de preconceitos” (HELLER, 2000, p. 50).

Para Chauí, “quando o senso comum se cristaliza como modo de pensar e de


sentir de uma sociedade, forma o sistema de preconceitos” (Chaui, 1996/1997, p.117).
Nesse sentido, cabe investigar o conteúdo e a função do sistema de preconceitos

4
difundidos socialmente através do senso comum e da vida cotidiana. Grande parte
dos preconceitos gerados no senso comum refere-se a orientações de conduta
transmitidas por meio de máximas e provérbios que se popularizam por se
configurarem como advertências ou conselhos oriundos de uma sabedoria acumulada
pela experiência e reproduzidos como senso comum.

Todos nós, em algum momento da nossa socialização, tivemos contato com


esses conselhos e máximas. Quem já não ouviu dizer: “cada macaco no seu galho”;
“tal pai tal filho”; “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”? É possível que,
em dada situação, tenhamos pensado que seria apropriado afirmar: “diz-me com
quem andas que te direi quem és” ou que “o hábito faz o monge”.

Não somos imunes à incorporação dessas “verdades”, mas podemos nos


imunizar contra esse dogmatismo do senso comum. De que modo? Colocando uma
interrogação em cada uma dessas máximas, é possível verificar que elas não se
sustentam na realidade social e na vida prática dos indivíduos.

Se analisarmos as máximas reproduzidas pelo senso comum, veremos que


elas desempenham uma função social de orientação moral e política, pois se referem
a condutas tidas como corretas e verdadeiras. São veículos de difusão de normas de
comportamento orientadas por valores indicativos de uma determinada visão de
mundo, de uma moral e de uma ideologia.

Assim, máximas como o “lugar da mulher é na cozinha”, ou “cada macaco no


seu galho” expressam um sistema de preconceitos alicerçado socialmente numa
cultura conservadora, machista, classista, autoritária e discriminatória.

Segundo Dallari, os preconceitos podem se objetivar de forma direta ou


indireta. Os diretos se afirmam abertamente, facilitando a sua identificação e seu
enfrentamento. Trata-se “de um comportamento que expõe abertamente os seus
preconceitos, às vezes até com orgulho e arrogância, como se estivesse afirmando
uma que ninguém pode pôr em dúvida” (Dallari, 1996/1997, p. 89).

Para o autor, aparentemente, esse comportamento direto é mais nocivo,


porque é irredutível, mas, na verdade, o maior risco encontra-se no preconceito
indireto: “atuação disfarçada, sinuosa, que se esconde por traz de uma fachada de
neutralidade, objetividade e respeito igual para grande parte dos preconceitos gerados

5
no senso comum refere-se a orientações de conduta transmitidas por meio de
máximas e provérbios que se popularizam por se configurarem como advertências ou
conselhos oriundos de uma sabedoria acumulada pela experiência e reproduzidos
como senso comum e igual para todos os seres humanos” (Ibidem).

Dallari se refere ao preconceito contra os direitos humanos, como exemplo


desse comportamento disfarçado: as pessoas que detestam os que defendem direitos
humanos e justiça social, mas não dizem as suas razões verdadeiras.

2.3 Raízes do Preconceito

Para Dallari (1996/1997, p. 89), as raízes do preconceito são: a ignorância, a


educação domesticadora, a intolerância, o egoísmo e o medo. O ignorante, a “presa
mais fácil do preconceito”, é aquele “que não quer saber”. Como exemplo da
ignorância, cita o preconceito social contra os índios.

A ignorância é a principal raiz do preconceito: “O ser humano não nasce


preconceituoso. Ele desenvolve isso no hábito cultural. O conhecimento dá a possibilidade
de superação desse preconceito e dessa discriminação.(Ibidem)

Dallari considera que o medo é uma das mais frequentes manifestações de


preconceito: “contra famílias pobres ou pessoas sem instrução superior, contra
imigrantes nacionais e internacionais”.

O preconceito se constitui por meio da permanência de julgamentos de valor


provisórios. Embora os julgamentos de valor não se restrinjam à moral - pois também
avaliamos politicamente, esteticamente, etc. – a avaliação preconceituosa tende a ser
moralista, julgando diferentes situações com parâmetros morais.

Heller (1988) afirma que a maioria dos preconceitos são originários das classes
dominantes. Por isso, diz que a práxis política efetiva só pode ter êxito quando se
coloca na altura de um pensamento sem preconceitos, capaz de ver, com clareza, o
que é possível fazer em dada situação concreta.

2.4 Tipos de Preconceitos

6
1. Preconceito com as mulheres (machismo, misoginia ou sexismo)

O machismo é a crença de que o homem é superior à mulher, viril, provedor,


conquistador, enquanto a mulher deve ser pacata, submissa e servil a ele. Já o
sexismo é uma atitude de discriminação fundamentada apenas no sexo da pessoa,
seja masculino ou feminino. Mas, claro, ele atinge muito mais às pessoas do sexo
feminino.

Por fim, a misoginia é o ódio pelas mulheres, que fica evidente em casos de
crimes bárbaros que são cometidos diariamente conta elas. Para combater essas
atitudes, nasceu o feminismo que se fortalece com os movimentos atuais de
empoderamento das mulheres.

Ao contrário do que muita gente pensa, feminismo não é o oposto de


machismo. Se trata de um movimento social, filosófico e político que luta por direitos
iguais para mulheres e homens.

1. Preconceito Racial

Preconceito contra pessoas que possuem características físicas associadas a


um determinado grupo racial. Essas características físicas incluem cor da pele,
formato do nariz ou textura dos cabelos. Um tipo de preconceito racial bastante
comum é aquele que ocorre contra populações negras.

Do ponto de vista estritamente científico, raças não existem. É incorreto, de


uma perspectiva biológica, falar em raça para classificar seres humanos, já que não
há raças humanas puras ou geneticamente homogêneas. Aspectos físicos aparentes,
como cor da pele e textura dos cabelos, são determinados por um número irrelevante
de genes. Mais uma prova de que o preconceito racial não faz o menor sentido.

A crença de que existem raças superiores e inferiores deu origem ao racismo,


que é correntemente praticado contra negros e pardos. O racismo aberto criou a

7
escravidão, foi responsável pelo Apartheid - um regime de segregação racial da África
do Sul - e pela criação de grupos de supremacia branca, como a Klu Klux Klan, nos
Estados Unidos.

Hoje, o racismo ainda existe, mas é praticado de forma velada na maioria dos
lugares. O combate a ele vem através da criminalização de atitudes de discriminação,
das cotas raciais em universidades públicas para dar mais oportunidades a jovens
negros e do empoderamento dos negros na mídia e nos mais diversos setores da
sociedade. Na década de 50, os negros tinham bebedouros separados dos brancos
nos Estados Unidos.

O racismo, ao mesmo tempo em que acompanha a história da humanidade,


ameaça sua continuidade. Ele se tornou uma das questões mais atuais e pertinentes,
com impactos no bem-estar psicológico das suas vítimas, nas suas oportunidades de
vida e de emprego, no desenvolvimento econômico das sociedades e mesmo na
violência individual e coletiva, resultando na busca pelo exterminínio da diferença,
como vimos em 2019 em duas Mesquitas na Nova Zelândia, onde 50 pessoas foram
assassinadas por um atirador islamofóbico. Podemos dizer que o mundo vive agora
um momento em que o termo “racismo”, infelizmente, será cada vez mais usado
(Bobo, 2017; Lima, 2019).

2. Preconceito Social

A existência de luta entre classes faz parte de praticamente todos os períodos


históricos da humanidade, sendo a aguda desigualdade social muitas vezes a grande
responsável por impulsionar os embates. Dessa forma, o preconceito social está
associado ao padrão de vida e poder aquisitivo de um indivíduo, dividindo a população
entre ricos e pobres.

Desse modo, uma pessoa pode ser alvo desse tipo de preconceito de acordo
com a posição social em que ela se encaixa, recebendo seu pré-julgamento devido a
uma escala social de superioridade e inferioridade.

8
Cabe destacar que o preconceito social é um dos temas mais discutidos no
mundo globalizado, já que ele constantemente origina conflitos regionais e alimenta a
eterna briga de classes.

Também chamado de classismo, trata-se de um tipo de preconceito baseado


na classe social de uma pessoa. No geral, são vítimas do preconceito social as
populações mais pobres.

Sentimento de superioridade que, geralmente, os ricos nutrem em relação aos


pobres por terem mais possibilidades financeiras. Atitudes como não querer usar o
mesmo elevador ou talheres, exigir espaços diferentes para trabalho e refeições, não
querer que os filhos convivam entre si, são apenas alguns exemplos.

O preconceito também existe no sentido inverso, quando os mais pobres


tacham os mais ricos de esnobes e aproveitadores. Para exterminá-lo é necessário
diminuir o abismo entre as classes. A disparidade social afasta ainda mais as pessoas
de ambas as camadas da sociedade, reforçando e tornando corriqueiros os
comportamentos discriminatórios.

4. Preconceito com Estrangeiros (Xenofobia e Etnocentrismo)

O conceito de cultura acerca de um povo engloba seus conhecimentos,


crenças religiosas, moral, leis, artes, língua, falada, costumes e todos os hábitos
tradicionais. Isto é, existem milhares de culturas espalhadas em todo o mundo,
inclusive a existência de diferentes culturas inseridas em um mesmo país.

O preconceito cultural é todo e qualquer tipo de expressão que visa


menosprezar algum elemento característico de um povo (citados acima). Nesse
contexto, dois exemplos clássicos de discussões sobre as diferenças culturais, e que
inevitavelmente dão origem ao processo de preconceito cultural, são
o etnocentrismo e a xenofobia.

Uma prática discriminatória associada ao preconceito cultural é a xenofobia, a aversão


ao estrangeiro (xenos, em grego, significa "estranho"). Indivíduos que praticam atos

9
de intolerância contra pessoas que não pertencem à sua comunidade, sejam elas
estrangeiras ou de outra região do mesmo país, são considerados xenófobos.

A antropologia dá o nome de etnocentrismo à atitude de considerar a sua


própria cultura superior à de outra pessoa. Historicamente, o etnocentrismo pode ser
visto na postura das nações colonialistas, que se julgavam "civilizadas", em relação
às nações colonizadas, ditas "primitivas" ou "selvagens".

A xenofobia é o ódio ou aversão ao diferente. Descrimina pessoas de outras


culturas e origens, principalmente pela ignorância em relação às identidades sociais,
históricas e culturais destoantes. O conceito de etnocentrismo é bem parecido. Se
aplica quando o indivíduo valoriza tudo que está relacionada à sua cultura e
menospreza qualquer outra.

O preconceito com estrangeiros foi a origem do antissemitismo, perseguição


aos judeus, durante o nazismo. Hoje, ele vem crescendo em grande escala na Europa,
principalmente por causa da imensa quantidade de imigrantes e refugiados que
buscam o continente. Políticas progressistas, que valorizem o multiculturalismo e
incentivem a igualdade dos cidadãos de diferentes origens são um bom caminho para
se combater esse tipo de preconceito.

5. Preconceito Religioso

Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada


pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar práticas e crenças
religiosas de terceiros, ou a sua ausência. Pode-se constituir uma intolerância
ideológica ou política, sendo que, ambas têm sido comuns através da história. A
maioria dos grupos religiosos já passou por tal situação numa época ou outra.
Floresce devido à ausência de liberdade de religião e pluralismo religioso.

Um exemplo de intolerância religiosa na Antiguidade, é a perseguição dos


primeiros cristãos pelos judeus e pagãos.

Os judeus tornaram-se alvo preferencial de perseguição religiosa ainda antes


do fim do Império Romano, mas esta perseguição recrudesceu durante a Idade Média.

10
Conversões forçadas tornaram-se comuns, por exemplo na Península Ibérica, a partir
de meados do Século XIV. https://pt.wikipedia.org/wiki/Intoler%C3%A2ncia_religiosa.

Perseguição, neste contexto, pode referir-se a prisões ilegais, espancamentos,


torturas, execução injustificada, negação de benefícios e de direitos e liberdades civis.
Pode também implicar confisco de bens e destruição de propriedades, ou incitamento
ao ódio.

O preconceito religioso é uma atitude de desrespeito e intolerância em relação


aos adeptos de uma religião. Esse tipo de preconceito geralmente tem origem no
desconhecimento ou em visões estereotipadas sobre um determinado sistema de
crenças. A história está repleta de casos de violência decorrentes do preconceito
religioso. No Brasil, as religiões de matriz africana são as que mais sofrem esse tipo
de preconceito.

Com adeptos de certas religiões, ataques, insultos e perseguição direcionados


a pessoas que pregam e seguem uma certa fé atravessam a história da humanidade.
As cruzadas cristãs, a caça às bruxas na Idade Média, a inquisição e, hoje, os conflitos
religiosos no Oriente Médio são causas de verdadeiras guerras e extermínios no
mundo inteiro. Atualmente, as células religiosas africanas, indígenas e o islã são muito
afetadas por esse preconceito em países tradicionalmente católicos ou protestantes.

O preconceito religioso se mistura ao preconceito cultural, já que as crenças


delineiam fortemente os hábitos de um povo. Por exemplo: a fé hinduísta de
considerar a vaca um animal sagrado afeta a toda a população da Índia, onde
praticamente não se consome carne vermelha. Um estado laico, que valorize e dê
suporte igualitário a pessoas de todas as religiões, e o ensino escolar dos princípios
de diferentes religiões são medidas fundamentais para combater o preconceito
religioso no mundo.

6. Preconceito com os Portadores de Deficiência

Seja deficiência física ou mental, a discriminação afeta a autoestima e o


desenvolvimento social das pessoas portadoras de necessidades especiais. Estima-
se que cerca de 10% da população brasileira seja portadora de algum tipo de

11
deficiência, ou seja, cerca de 20 milhões de pessoas. Ela se reflete, não só na atitude
pessoal de discriminação, mas na dificuldade de um cadeirante ter acesso a
ambientes sociais, na falta de preparo de escolas para acolherem alunos autistas, na
falta de emprego para portadores de Síndrome de Down... A inclusão talvez seja a
principal chave para diminuir a discriminação.

É assegurado por lei que os deficientes possam estudar na instituição de


ensino que escolherem, além de haver uma porcentagem de empregos em setores
públicos e privados destinados a eles. Porém, a falta de preparo e de pressão da
sociedade faz com que isso não vire realidade na prática. A acessibilidade é uma das
principais bandeiras da causa dos deficientes físicos

7. Preconceito com a Aparência (Gordofobia)

Ele não só existe, mas sobretudo está presente no mercado de trabalho, onde
a aparência não deveria pesar mais que a competência profissional. Pessoas gordas
são hoje os alvos mais visíveis, mas ele também atinge a pessoas muito magras,
baixinhas, com tatuagens ou qualquer outra característica física marcante e destoante
do que se considera comum. Por muitos anos o preconceito com a aparência foi
implacável na indústria da moda, que manipulava completamente o peso, os traços e
o visual de suas modelos nas capas de revistas e editoriais. Hoje, esse conceito está
sendo fortemente combatido e a pluralidade de biotipos é estimulada e aplaudida cada
vez mais.

8. Preconceito com os LGBTs (Homofobia, Lesbofobia, Bifobia,


Transfobia)

Muitos crimes de ódio contra cidadãos LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e


transgêneros) são registrados diariamente no mundo inteiro. A agressão destinada
aos homossexuais e companhia pode ser física ou psicológica, culminando, muitas
vezes, na morte através de violência ou mesmo do suicídio. Em muitos casos o

12
preconceito é institucionalizado. Para se ter uma ideia, ainda é crime ser LGBT em
cerca de 70 países ao redor do planeta.

O debate e a repressão a este tipo de crime vêm sendo cobrado com


veemência pela comunidade LGBT. Porém, o caminho ainda é longo já que as
discordâncias sobre o tema andam mais inflamadas com a discussão sobre a
ideologia de gênero que prega que o gênero é uma construção social e que pode ser
mutável e não limitado.

9. Preconceito Linguístico

Trata-se de um julgamento negativo em relação a determinadas variedades


linguísticas. Grupos que gozam de menor prestígio social geralmente são alvo de
preconceito linguístico.No Brasil, nota-se a existência de preconceito linguístico contra
pessoas de uma determinada região do país (por exemplo, nordestinos) ou de um
bairro (por exemplo, populações periféricas). Os grupos que praticam o preconceito
linguístico partem da premissa de que o seu jeito de falar é o mais adequado e mais
correto - e, portanto, superior.

É possível dizer que o preconceito linguístico é um tipo de preconceito cultural,


já que ele se baseia num elemento central em todas as culturas: o idioma.

Para Bagno (2014), o preconceito linguístico resulta da comparação indevida


entre o modelo idealizado de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e
nos dicionários e os modos de falar reais das pessoas que vivem na sociedade, modos
de falar que são muitos e bem diferentes entre si.

Essa língua idealizada se inspira na literatura consagrada, nas opções


subjetivas dos próprios gramáticos e dicionaristas, nas regras da gramática latina (que
serviu durante séculos como modelo para a produção das gramáticas das línguas
modernas) etc. No caso brasileiro, essa língua idealizada tem um componente a mais:
o português europeu do século XIX. Tudo isso torna simplesmente impossível que

13
alguém escreva e, principalmente, fale segundo essas regras normativas, porque elas
descrevem e, sobretudo, prescrevem uma língua artificial, ultrapassada, que não
reflete os usos reais de nenhuma comunidade atual falante de português, nem no
Brasil, nem em Portugal, nem em qualquer outro lugar do mundo onde a língua é
falada.

É motivado por diferenças de linguagem dentro de um mesmo idioma. É muito


presente no Brasil, devido a sua enorme extensão territorial e a presença de diferentes
sotaques em cada região, estados e até cidades.

Obviamente, ele atinge com mais força os grupos que têm menor prestígio
social, como os nordestinos e interioranos, que são taxados de caipiras. Mas o
preconceito linguístico acontece também em relação às pessoas que tem baixo nível
de escolaridade e falam errado gramaticalmente.

A imensa variedade de dialetos, regionalismos, gírias e sotaques só enriquece


a sociedade já que o código linguístico de uma sociedade é uma coisa mutável que
se adapta ao longo do tempo. Inclusive com a incorporação de estrangeirismo. Apoio
à multiculturalidade e respeito às diferenças são peças chaves para o fim do
preconceito linguístico (Ibidem).

10. Bullying e Cyberbullying

É a intimidação, perseguição e agressão física ou psicológica contra alguém.


Ele pode existir em todas as camadas da sociedade e em todas as idades, mas se
manifesta de maneira constante e devastadora entre crianças e adolescentes. Já o
cyberbullying é aquele que acontece na internet, com a difamação da vítima,
principalmente, nas redes sociais e aplicativos de celular. Segundo a ONU
(Organização das Nações Unidas), metade dos jovens e crianças do mundo sofre
bullying.

Atualmente, há diversos projetos educacionais, palestras, livros e oficinas


voltadas aos jovens para identificar e combater o bullying. Mas a atenção e ação dos

14
pais ainda é um fator essencial, tanto para perceber se o seu filho está sendo vítima
de bullying quanto para notar se ele tem comportamentos de agressor. O cyberbullying
causa danos psicológicos e emocionais em adolescentes que são expostos na web.

2.5 Classificação dos Preconceitos

Geralmente, o preconceito está ligado aos fatores listados abaixo:

❖ Racial:

Quando se acredita que um indivíduo é inferior devido às suas características


físicas hereditárias, ou sua matriz racial. Seu principal exemplo é o racismo, com
destaque para o preconceito contra negros.

❖ Cultural

Relaciona-se à aversão que se demonstra a pessoas de outras culturas,


hábitos e condutas. Podemos citar como exemplo a xenofobia, preconceito contra
estrangeiros.

❖ Religioso

É a intolerância que indivíduos de uma certa religião desenvolvem em relação


a outros que não pregam os mesmos valores. Os conflitos no Oriente Médio, por
exemplo, advêm desse preconceito.

❖ . Sexual

Ocorre no momento em que se discrimina, limita ou cria-se estereótipos por


causa do gênero de alguém ou também pela sua orientação sexual. Entram nessa
classificação o machismo e a homofobia. Social Acontece quando se julga o caráter
ou a educação de alguém de acordo com a classe social da qual ela vem. Ele pode
ser implacável com os mais pobres e com pessoas de origem humilde.

❖ Linguístico

15
Quando se discrimina pessoas por causa de suas diferenças de sotaque, erros
gramaticais, pronúncia e característica linguísticas. Os nordestinos, no Brasil, são
vítimas comuns desse tipo de preconceito.

2.6 Consequências do preconceito

Diversas são as formas de preconceito na sociedade, que pode ser encontrada


facilmente, como por exemplo, contra a pessoa obesa, o negro, a pessoa magra
demais, homossexuais, a mulher, a religião que a pessoa segue etc.
O preconceito nem sempre vem acompanhado de uma agressão, em sua maioria é
revelado de maneira sutil, com discretos atos que comprovam a sua existência no
subconsciente de quem convive com essa diferença.
São várias as consequências vislumbradas em vítimas de atos discriminatórios,
dentre elas a depressão, a baixa autoestima, a agressividade, desvios
comportamentais, formação debilitada da identidade, além de dificuldades na
aprendizagem.

Também são variados os comportamentos expressivos de quem sofre o


preconceito. As pessoas que sofrem desse mal passam a ter dificuldade de se
relacionar, tem atitudes de competição, muitas vezes de demonstram agressivas e
violentas, têm comprometimento do senso crítico e ético, sentem-se inferiores ou até
mesmo se expressam de forma superiores, causando uma inadequação social.

2.7 Medidas para Evitar e Prevenir o Preconceito

O preconceito ainda encontra-se arraigado na sociedade, sendo atingidas


todas as classes, idades e diferentes tipos de pessoas, sejam famosas ou
anônimas. Os obstáculos a uma educação que se volte contra os atos praticados por
pessoas que resistam se adequar ao processo civilizatório certamente são muitos.
Vivemos numa sociedade de uma cultura machista, homofóbica e racista, onde as
atitudes de certas pessoas matam todos os dias.

16
A dificuldade em lidar com o preconceito envolve o nosso processo (de)
formativo e o quanto, desde muito cedo, fomos cegados pelas práticas
preconceituosas. A começar pelo convívio familiar e os primeiros anos escolares. É
na família e na escola que a criança é submetida às práticas preconceituosas e a um
mundo de incompreensões que produzem crianças sádicas “herdeiras de um universo
adulto cruelmente infantil.” (Frenette, 2000, p. 22).

É indubitável que o grupo familiar exerce profunda e decisiva importância na


estrutura do psiquismo da criança, sendo um alicerce para a formação da
personalidade do adulto. O preconceito muitas vezes cria monstros que precisam de
muita batalha para serem destruídos.

Uma família precisa ser marcada por um ambiente de paz, de conhecimento e


tolerância, pois quando há presença do ódio e das contradições, se torna
impossibilitada de enxergar os problemas e os fenômenos da vida social de forma
mais abrangente, isto é, numa perspectiva histórica.

Para Greer (1994), pequenas atitudes podem mudar a forma de ver o que lhe
parece diferente, como por exemplo, estimular os filhos a lerem, lendo a criança
passará a entender o mundo. Os brinquedos que você disponibiliza para seus filhos
podem ser um potencial incentivador do preconceito, a conduta do homem dentro de
casa poderá ser um divisor de água entre ter ou não preconceito, ou seja, tudo isso
são bases.

O preconceito reside apenas onde existe a convicção de que alguns indivíduos


e sua relação entre características: físicas, hereditárias, traços de caráter, inteligência
ou manifestações culturais, são superiores a outros.

Nelson Mandela já dizia que a educação é a arma mais poderosa que você
pode usar para mudar o mundo. E aqui não se pode acreditar apenas na educação
dada na escola, mas também àquela destinada da família.

17
Muitos pais se esforçam para dar a seus filhos o afeto e a atenção necessária,
e os conhecimentos que precisam para serem pessoas de bem, com princípios e
valores que os fazem assumir os desafios da vida com responsabilidade.
Esses valores devem levar os filhos, quando adultos, a serem pessoas solidárias,
respeitosas e que ajudem a sociedade a ser melhor. Porém, isso só acontecerá se
tiverem um bom desenvolvimento pessoal, com o apoio efetivo dos pais. Educar
verdadeiramente é não deixar que os filhos cruzem a “linha vermelha”.
Lembremos, portanto, que somos mães e pais dos homens de amanhã.

Na perspectiva de Batista (2000), a educação tem sido comprovadamente, o


caminho mais acertado para combater esse mal que sempre assolou a sociedade. E,
buscando o conceito de educação, pode-se proceder a uma análise mais profunda da
finalidade educativa e do conteúdo pedagógico das medidas aplicadas tanto para as
crianças, adolescentes, bem como no meio em que se convive, seja social ou familiar,
utilizando-se inteligentemente das teorias de Kant, Marx e Paulo Freire.

Segundo Kant, somente o ser humano precisa ser educado, ou seja, a


educação é característica exclusiva do gênero humano. “Por educação entende-se o
cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a
formação”.

A pedagogia kantiana é toda baseada na transmissão de conhecimento


adquirido de geração em geração, ou seja, educar significa repassar à geração
seguinte toda a experiência adquirida ao longo da vida. Assim, segue-se uma
sequencia, o indivíduo transmite automaticamente suas experiências e seus
conhecimentos à geração seguinte, e assim sucessivamente.

Ainda na educação kantiana, o homem deve alcançar quatro aspectos: a)


tornar-se disciplinado, ou seja, controlar a animalidade humana; b) tornar-se culto;
c) tornar-se prudente, pois isso lhe trará a civilidade; d) tornar-se moral, com
finalidades que possam ser aprovadas por todos e que possam ser as finalidades
de cada um.

18
Para Marx a educação está voltada para conscientização da dignidade, ou
seja, para que o trabalhador consiga viver dignamente e não seja explorado por
aqueles que detêm os meios de produção, ainda sendo necessário conhecer todos os
aspectos teóricos e práticos da produção.

Daí sua preocupação em que todo homem precisa trabalhar para se tornar
digno, assim como em fazer com que o ensino sirva para transformar a mão de obra
operária unilateral, fazendo com que o homem passe a conhecer todos os aspectos
do modo de produção e não apenas um deles, podendo no caso tornar-se
posteriormente útil e necessário.

E, em conformidade com o pensamento de um dos maiores pedagogos de nosso país,


Paulo Freire, educação nada mais é que um método capaz de educar para a liberdade,
não existindo educador e educando, os seres humanos envolvidos na relação de
educação aprenderiam um com o outro, sempre tendo por base o objeto a ser
conhecido.

Sendo essa a mais relevante teoria e sempre atual, com referencia ao conceito de
educação, pois não significa veementemente alguém aprendendo e alguém
ensinando, mas sim um processo, mediante o qual ninguém tenta impor ao outro um
conhecimento que já vem pronto, mas sim que transforma.

Nesse tipo de educação, fala-se do conhecimento construído a partir da


relação estabelecida entre as pessoas que buscam no respeito à liberdade do seu
semelhante, a razão para estabelecer o objeto e o modo como este será conhecido.

As ações afirmativas têm minimizado gradativamente os efeitos do preconceito,


principalmente com relação ao negro, à mulher e a pessoa deficiente. A decisão de
adoção de cotas adotas nas universidades e, agora, também nos tribunais, é uma
construção cultural para acabar com a segregação.

19
A garantia de participação de cada gênero na politica, com reserva de no mínimo 30%,
é uma vitória significante para o sexo feminino. Até as primeiras décadas do Século
XX a mulher era apenas cidadão de segunda categoria.

Desde 1961 o legislador vem trabalhando a inclusão do deficiente no meio


escolar, o que vem gradativamente tendo maior atenção depois da Constituição
Federal de 1988.

O Decreto nº 3.956/2001 trouxe em seu bojo a reafirmação de que as pessoas


com deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que as
demais pessoas, sendo que qualquer diferenciação ou exclusão que possa impedir
ou anular o exercício dos direitos humanos e de suas liberdades fundamentais será
considerado como discriminação.

Desde 1991 é obrigatória a contratação de deficientes para trabalhar em


empresas privadas e públicas. Inegável que essa legislação trás no seu bojo o
sentimento de inclusão dessas pessoas que de certa forma sofrem discriminação.

É incontestável que o Brasil tem, constitucionalmente, o objetivo fundamental


de construir uma sociedade livre, justa e solidária, assim como promover a redução
das desigualdades, sem preconceito de raça ou qualquer outra forma de
discriminação. Mas é inegável que os diversos preconceitos que assolam a nossa
sociedade residem como uma linha que separa um do outro, qual seja o preto do
branco, o gordo do magro, o homem da mulher etc.

A cota racial aplicada em concurso público, por exemplo, é uma ação que visa
a integrar o negro à sociedade de dominação branca através da criação de políticas
que favoreçam a igualdade de oportunidades entre brancos e negros.

20
3. CONCLUSÃO

O dia de combate ao preconceito deveria ser todo dia e em todas as horas,


com nossas melhores ações. Irá existir preconceito enquanto existir ignorância, por
isso a educação, o esclarecimento é o passo mais importante para desconstruí-lo.

O preconceito ainda encontra-se arraigado na sociedade, sendo atingidas


todas as classes, idades e diferentes tipos de pessoas, sejam famosas ou
anônimas. Os obstáculos a uma educação que se volte contra os atos praticados por
pessoas que resistam se adequar ao processo civilizatório certamente são muitos.
Vivemos numa sociedade de uma cultura machista, homofóbica e racista, onde as
atitudes de certas pessoas matam todos os dias.

A dificuldade em lidar com o preconceito envolve o nosso processo (de)


formativo e o quanto, desde muito cedo, fomos cegados pelas práticas
preconceituosas. A começar pelo convívio familiar e os primeiros anos escolares. É
na família e na escola que a criança é submetida às práticas preconceituosas e a um
mundo de incompreensões que produzem crianças sádicas “herdeiras de um universo
adulto cruelmente infantil.” (Frenette, 2000, p. 22).

Praticar condutas que rebatam o preconceito, como falar mais sobre as nossas
experiências preconceituosas já vividas na família, na escola e em outros espaços
onde ele se manifesta; conversar sobre situações desconcertantes, as quais colocam
em evidência o nosso preconceito mais recôndito, certamente ajudará no combate
dessa problemática. Apesar das coisas não serem tão simples assim, pois nem todos
estamos dispostos a entrar em contato com o nosso próprio preconceito ou nem
mesmo nos admitimos preconceituosos.
“Unamo-nos por uma luta comum! Unamo-nos para exigir nossa completa
participação e igualdade!

21
4. REFERÊNCIAS

❖ Allport,G.(1954). The Nature of Prejudice.EUA, Los Angeles.


❖ Bagno, M. (2014). Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo:
Loyola.
❖ Batista, C. A. M. (2000) Inclusão dá trabalho. Belo Horizonte MG-Brasil.
❖ Bobo, L. (1988). Group conflict, prejudice, and the paradox of contemporary
racial attitudes. In P. A. Katz & D. A. Taylor (Eds.), Eliminating racism (pp. 85-
114). New York: Plenum.
❖ Chaui.M.(1996/1997). Senso comum e transparência. In: J.Lerner (Org.), O
preconceito. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado.
❖ Crochík, J. L.(1997). Preconceito, Indivíduo e Cultura. São Paulo: Robe
Editorial.

❖ Dallari, D.(1996/1997). Policiais, juízes e igualdade de direitos. In: J.Lerner


(Org.), O preconceito. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado.
❖ Frenette, M.(2000). Preto e branco: a importância da cor da pele. São Paulo:
Publischer Brasil.
❖ Heller, A. Sociologia de la vida cotidiana. 5ª ed. Barcelona: Ediciones Península
(Historia, ciencia, sociedad, n. 144),
❖ https://pt.wikipedia.org/wiki/Intoler%C3%A2ncia_religiosa
❖ Quissua A. (2019). Introdução à Metodologia Científica. 1a ed. Luanda-Angola.

22
ÍNDICE

1. INTRODUCÃO ................................................................................................. 1
OBJECTIVOS .......................................................................................................... 2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 3
2.1 Definição de Termos e Conceitos ...................................................................... 3
2.2 O sistema Social de Preconceitos .................................................................. 4
2.3 Raízes do Preconceito ....................................................................................... 6
2.4 Tipos de Preconceitos........................................................................................ 6
2.5 Classificação dos Preconceitos ................................................................... 15
2.6 Consequências do preconceito ........................................................................ 16
2.7 Medidas para Evitar e Prevenir o Preconceito ................................................. 16
CONCLUSÃO............................................................................................................ 21
REFERÊNCIAS ............................................................ Erro! Indicador não definido.

23

Você também pode gostar