Apresentação de Organologia
Instrumentos:
Piano
Saxofone
Piano
História do Instrumento
A criação do piano vem de 3 instrumentos: o clavicórdio, o cravo e o dulcimer.
Dulcimer
O piano opera com o mesmo funcionamento que o dulcimer pois neste as cordas
também eram percutidas por um martelo. O dulcimer foi um instrumento
originado no Médio Oriente e fui bastante difundido pela Europa no século XI.
Possui uma caixa ressonante simples com cordas esticadas. O instrumentista
utiliza um pequeno martelo para percutir as cordas, tal como os martelos do
piano percutem uma corta quando é acionada uma tecla.
https://youtu.be/WsJZoiAyOAg
Clavicórdio
Fui inventado no século XIV e tornou-se muito popular durante a Era
Renascentista. Este também é composto por cordas como o dulcimer só que tem
integrado um teclado que aciona pequenas lâminas de metal chamadas tangentes
que fazem vibrar as cordas.
https://www.youtube.com/watch?v=EoL0WawTHWM
Cravo
Surgiu entre os séculos XV e XVI em Itália e mais tarde difundido por toda a
Europa. Ao pressionar uma tecla no cravo, uma pequena palheta belisca uma
corda em vez de percuti-la como no clavicórdio. Ao contrário deste, o cravo tinha
muito mais som mas não tinha a possibilidade de controlo das dinâmicas tão bem
como o clavicórdio.
https://youtu.be/-ukeyb_TkXA
Piano
O primeiro piano foi inventado em Itália por Bartolomeo Crisfori, guardador dos
instrumentos de Ferdinando de Medici, no início do século XVIII. Este
instrumento foi construído devido à insatisfação com a falta de controlo do
volume e das dinâmicas no cravo.
Por isso, Crisfori abandonou o mecanismo do cravo e utilizou a mecanismo base
do dulcimer (cordas percutidas por um martelo). Foi, por isso, que o primeiro
nome do piano foi “clavicembalo col piano e forte” (cravo com piano e forte),
depois abreviado para “pianoforte” e por fim ficando apenas com nome atual de
“Piano”.
Assim, este novo instrumento combinava o melhor dos dois instrumentos
anteriores: cravo e clavicórdio: como o cravo tinha um som forte e como o
clavicórdio permitia o controlo expressivo do volume e da duração do som.
O piano de Crisfori não foi logo altamente conhecido, mas ganhou basntate
atenção após a publicação de um artigo sobre o mesmo por Scipione Maffei.
Deste modo, o piano começou a ser construído por vários outros países europeus.
Na Alemanha, Gottfried Silbermann construi múltiplos pianos muito semelhantes
com os de Crisfori mas adicionou o pedal de sustentação, que passou a permitir
aos pianistas a continuação do som das notas quando as teclas já não estavam
pressionadas.
A fabricação dos instrumentos floresceu durante o final do século XVIII na
escola vienense. Estes pianos eram construídos com 2 cordas por nota e martelos
cobertos de couro, permitindo um som mais composto e mais elevado (ainda
sendo mais leve que os pianos atuais). Foram neste tipo de pianos que muitos
compositores compuseram as suas pecas como Mozart.
No período de 1790-1860, o piano vienense passou por tremendas alterações à
sua estrutura devido à necessidade que os pianistas tinham de um som mais
poderoso e sustentado. Foi na Revolução Industrial que foram possíveis a
produção de cordas de alta qualidade e a prodição de estruturas de ferro que
poderiam suportar a tensão das cortas. Foi também neste período que a extensão
do piano aumentou das 5 oitavas no piano vienense para as sete oitavas atuais.
Em 1821, também foi inventado uma alavanca de repetição que permitia repetir a
mesma nota sem que a tecla tivesse subido e chegado à posição vertical máxima.
Em 1844, foi inventado o pedal do sustento que permite sustentar apenas
algumas notas especificas e não todas como o pedal da direita. Também foi nesta
altura que foi inventado o piano vertical por Robert Wornum que permitiu
diminuir os custos e tornar o piano um instrumento para uso doméstico e para
todos.
Mecanismo de produção do instrumento
Constituição do Piano
- Estrutura Externa (caixa de ressonância)
- Feita de madeira de alta qualidade: madeira de abeto ou carvalho
- tem um impacto significativo na ressonância, sonoridade e no
timbre do instrumento
Estrutura Interna - Placa de ferro fundida
Caixa do Som . superfície de madeira sobre a qual as cordas vibram que
influenciam elevadamente o som do piano, nos pianos de alta qualidade são feitas
de Sitka
Mecanismo de Ação
- Teclas – de madeira cobertas por marfim nos pianos mais antigos
ou plástico
- Martelos – feitos de madeira e cobertos com feltro super
comprimido
- Dobradiças e outros componentes de mecânica
- Cordas cerca de 230 cordas nas cordas agudas são cerca 3 cordas
mas quanto mais grave é menos cordas são, passando a ser 1 ou 2 cordas
- Pedais: pedal direito (sustentação), pedal esquerdo (uma corda),
pedal do meio (sostenuto)
- pedal de sustentação: impede que o abafador das cordas
abafe a corda mal o dedo saia da tecla, produzindo um som mais sustentado
- pedal uma corda: produz um som mais frágil, pois os
martelos passam a tocar em apenas 1 corda em vez das 3 ou 2 que costumavam, o
teclado move-se para a esquerda
- pedal de sostenuto: permite sustentar notas específicas
enquanto outras mantêm o seu som normal
Funcionamento do Piano
Ao pressionar uma tecla o sistema de ação é acionado. O martelo é
lançado para percutir na corda com uma força proporcional à força colocada na
tecla. Quando o martelo toca na corda, esta começa a vibração e enquanto a tecla
não é levantada o abafador está levantado. Mal a tecla é levantada (sem pedal de
sustentação), o abafador prende a corda e para a vibração da corda, sendo o som
“cortado”.
Piano Vertical - https://www.youtube.com/watch?v=5Ec7_OYfQB0
Piano de Cauda - https://www.youtube.com/watch?v=ckLzGwJ06AI
Reportório do Piano
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750) - Prelúdio e Fuga em Mi Menor IX
do Cravo Bem Temperado I
Franz Joseph Haydn (1732 – 1809) - Sonata em Dó Maior Hob. XVI. 50
Felix Mendelssohn Bartholdy (1809 - 1847) - Estudo em Fá menor WoO 1
Sergei Vasilievich Rachmaninoff (1873 - 1943) - Prelúdio em dó
sustenido menor, Op. 3, No. 2
Frédéric François Chopin (1810 - 1849) - Grande Valsa Brilhante em Mi
bemol maior, Op. 18
Saxofone
História do Instrumento
Maior parte dos instrumentos usados atualmente são formatos evoluídos de
instrumentos mais antigos e não se sabe verdadeiramente quem é o inventor. Por
outro lado, o saxofone foi intencionalmente inventado.
O saxofone foi criado por apenas uma pessoa sendo esta Adolphe Sax (1814-
1894) sendo deste que foi dado o nome de Saxofone ao instrumento. A sua
invenção é datada a 1846 em Paris.
Adolphe era um designer belga de instrumentos musicais. Este podia tocar vários
instrumentos de sopro e quis criar um instrumento que combinasse as melhores
qualidades de um instrumento de sopro de madeiro com um instrumento de sopro
de metal. Apesar do saxofone ser feito de latão, é classificado como um sopro de
madeira, parecido com o clarinete e a flauta.
Desde o século XIX, o saxofone sofreu várias modificações, mas as
características gerias do instrumento mantêm- se a mesma desde a sua criação
por Adolphe Sax.
No começo, o saxofone foi bem aceito no ambiente militar, contudo, no ambiente
clássico, o seu uso e apoio foi mais gradual. Isto deveu-se à oposição dos
compositores clássicos ao instrumento pois estes o consideravam um instrumento
moderno e menos refinado.
A verdadeira popularidade do saxofone veio no século XX com o novo estilo
musical: Jazz. A partir da década 20, solistas como Coleman Hawkins, Lester
Young e Charlie Parker utilizavam o saxofone como instrumento solo para
improvisação devido ao seu timbre único e facilmente reconhecível.
Nos séculos XX e XXI, o saxofone encontrou maior popularidade nas orquestras
sinfônicas. O instrumento também tem sido usado na ópera e na música coral. As
partituras de teatro musical também podem incluir partes para saxofone, às vezes
dobrando outro instrumento de sopro de madeira.
Constituição do Saxofone
O saxofone é um instrumento fabricado em metal (normalmente latão) apesar de
ser classificado como instrumento de sopros de madeira. É constituído por um
tubo cónico com cerca de 26 orifícios com 23 chaves vedadas com sapatilhas
feiras de couro, um bocal feito com uma palheta de bambu ou de um material
sintético e a campânula, que é a parte final do saxofone (extremidade oposta ao
bocal).
- Bocal: Tem uma palheta que é responsável pela vibração do som. A sua
dimensão tem um impacto no timbre e na sonoridade do instrumento.
- Corpo: forma cónica feita de latão, diferencia dos outros instrumentos de sopro
como o trombone ou o trompete que possuem tubos cilíndricos.
- Chaves: normalmente 23 que facilitam a execução de certas notas.
Família dos Saxofones
Instrumentos transpositores onde o som real não é a nota escrita na pauta.
- Saxofone Soprano
Família: Madeira
Afinação: MI b
Oitavas: Duas oitavas e meia
Material: Metal e cortiça e corpo reto
Tamanho: 64cm de comprimento
Classificação: Instrumento de sopro (produz o seu som através da vibração
da coluna de ar) Utilização: O saxofone soprano é muitas vezes utilizado em Bandas de
Jazz, Bandas filarmónicas, bem como em
fusões de grupos de Jazz - Rock.
- Saxofone Alto
Família: Madeira
Afinação: Si b
Oitavas: Duas oitavas e meia
Material: Metal e cortiça
Tamanho: 74cm de altura Classificação: Instrumento de sopro (produz o seu som
através
da vibração da coluna de ar) Utilização: O saxofone alto é um dos elementos mais
popular da família dos saxofones, pois é
muito versátil e expressivo. Este instrumento é muito utilizado em grupos pop, bandas
grandes, orquestras, bandas filarmónicas e
bandas de jazz
- Saxofone Tenor
Família: Madeira
Oitavas: Duas oitavas e meia
Afinação: Mi b
Material: Metal e cortiça
Tamanho: 79cm de comprimento Classificação: Instrumento de sopro (produz o seu
som através
da vibração da coluna de ar) Utilização: O saxofone tenor é um instrumento com um
grande potencial expressivo, como tal é utilizado por Bandas Jazz, Bandas
Filarmónicas, Bandas Rock, Blues
e Bandas Pop.
- Saxofone Baixo
Família: Madeira
Oitavas: Duas oitavas e meia
Afinação: Si b
Material: Metal e cortiça
Tamanho: 1.1m de altura Classificação: Instrumento de sopro (produz o seu som através
da vibração da coluna de ar) Utilização: O som do saxofone barítono é agreste e
expressivo, este é muito utilizado em Bandas militares e nos dias de hoje é muito
utilizado em Bandas Jazz,
também em Banda filarmónicas.
Funcionamento do Saxofone
O saxofonista fornece uma pressão de ar muito precisa entre a palheta e o bocal para
que a palheta vibre e crie um fluxo de ar que vai percorrer o corpo do saxofone. O som é
o resultado de uma onda estacionária, onde as reflexões do ar vibratório dentro do
instrumento se somam de forma construtiva.
Cada nota no saxofone é criada abrindo e fechando uma série de buracos de tom que
produzem diferentes frequências naturais do ar oscilante. Para um som mais grave,
fecha-se mais chaves. A abertura das chaves eleva a altura do som como se o tubo
ficasse mais curto do que realmente é. Pode ser explicado pela fórmula comprimento de
onda = velocidade /frequência.
A pressão colocada na palheta vai alterar a dinâmica e a sonoridade de cada nota sendo
bastante importante a forma como se produz as oscilações de ar no bocal. Portanto,
respiração precisa e controle de boca são necessários para poder tocar alto ou suave e
com o tom desejado. O gráfico mostra como a quantidade de ar pode alterar a dinâmica
da nota.
Reportório do Saxofone
Clássico/Romantismo
Claude Debussy – Rhapsodie for Saxophone and Piano
Paul Creston – Concerto for Alto Saxophone and Band (uma obra fundamental
para o saxofone alto)
Jacques Ibert – Concertino da Camera for Alto Saxophone and Piano
Béla Bartók – Allegro barbaro (arranjo para saxofone e piano)
Alfred Desenclos – Quatuor pour Saxophones (quarteto de saxofones)
William Bolcom – Concerto for Saxophone
Frédéric Chopin – Nocturne (arranjos para saxofone)
Bernhard Heiden – Sonata for Alto Saxophone and Piano
Jazz
John Coltrane – Giant Steps (um dos maiores desafios para os
saxofonistas de jazz)
Charlie Parker – Ornithology, Ko-Ko (peças essenciais do bebop)
Sonny Rollins – St. Thomas, Oleo (clássicos do hard bop)
Stan Getz – The Girl from Ipanema (um grande sucesso da bossa nova)
Cannonball Adderley – Mercy, Mercy, Mercy (um clássico do soul jazz)
Wayne Shorter – Footprints, Speak No Evil (obras fundamentais do jazz
moderno)
Miles Davis (com saxofone) – So What (do álbum "Kind of Blue")
Fontes
https://mim.org/exploring-the-history-of-the-piano/
https://www.yamaha.com/en/musical_instrument_guide/piano/structure/
https://www.masterclass.com/articles/parts-of-a-piano
https://www.yamaha.com/en/musical_instrument_guide/piano/mechanism/
mechanism002.html
https://www.yamaha.com/en/musical_instrument_guide/saxophone/structure/
https://www.britannica.com/art/saxophone
https://www.acentech.com/resources/work-meets-play-basics-saxophone-
acoustics/