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Formação e Atitudes Integradoras

O documento explora o significado das siglas FAI (Formação, Atitudes, Integradoras) e discute a importância da formação de atitudes integradoras para o desenvolvimento de comportamentos colaborativos. Também aborda a noção de pessoa e personalidade, destacando a influência da cultura na formação da identidade pessoal, incluindo aspectos como normas, relações sociais e tradições. A cultura é apresentada como um elemento central que molda a identidade e as interações sociais dos indivíduos.

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Formação e Atitudes Integradoras

O documento explora o significado das siglas FAI (Formação, Atitudes, Integradoras) e discute a importância da formação de atitudes integradoras para o desenvolvimento de comportamentos colaborativos. Também aborda a noção de pessoa e personalidade, destacando a influência da cultura na formação da identidade pessoal, incluindo aspectos como normas, relações sociais e tradições. A cultura é apresentada como um elemento central que molda a identidade e as interações sociais dos indivíduos.

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I.

SIGNIFICADO DAS SIGLA

F - FORMAÇÃO
A - ATITUDES
I - INTEGRADORAS

o FORMAÇÃO

 Formar é Educar, treinar ou capacitar: No sentido de instruir ou treinar alguém para que
adquira determinadas habilidades ou conhecimentos.
Na escola, por exemplo objectivo é formar cidadãos.

o ATITUDES
Atitude - palavra em portuguesa que se refere ao comportamento ou à maneira como alguém reage
diante de diferentes situações. Elas podem reflectir crenças, emoções e valores individuais,
influenciando a forma como as pessoas interagem com o mundo ao seu redor.
As atitudes podem ser positivas, como o optimismo e a proatividade, ou negativas, como o
pessimismo e a apatia.

o INTEGRADORAS

INTEGRAR

 Fazer Parte de um Todo/conjunto - de um sistema maior e contribuir para os seus objectivos.


 Unir ou Combinar Elementos - combinar diferentes elementos para formar um sistema
eficiente.
 Incluir ou Adicionar - incluir alguém num determinado grupo. Ex: integrar novos funcionários
na cultura de uma empresa.
 Matemática: Em cálculo, "integrar" refere-se ao processo de encontrar a integral de uma função,
que é uma operação matemática que pode ser usada para calcular áreas sob curvas e outras
quantidades.

II. FAI - CONCEITO

Na base de qualquer curso ou disciplina está sempre uma pergunta que orienta a pesquisa e
condiciona o seu desenvolvimento. A pergunta adjacente na pesquisa de FAI segundo KANT
(filósofo e sociólogo), é a seguinte: O que devo fazer? Assim a FAI é comummente definida como a
(ciência que estuda aquilo que o homem deve fazer para ser bom, isto é, digno da sua própria
humanidade).

É ainda definida como sendo:

- Aquilo que o homem deve ser, pois que a vida moral não consiste só no fazer, no sentido estreito,
mas no orientar toda a nossa actividade num determinado modo, rumo a um determinado ideal
humano.

- A formação de atitudes integradoras refere-se ao desenvolvimento de comportamentos e posturas


que promovem a integração e a colaboração entre indivíduos ou grupos.

Para o convívio regular entre as sociedades sempre se exigiu um comportamento, que ao longo da
história se baseia nas leias estabelecidas. Tal como a ética e a bioética que têm como objectivo
formar um indivíduo consciente de seus direitos e deveres dentro de uma sociedade, a disciplina de
Formação de Atitudes Integradoras, não foge a regra. Tem como objectivo formar o indivíduo
consciente de seus deveres e direitos dentro de uma família, grupo ou na sociedade em
correspondência com os ideais de cada país.

Num contexto educacional ou profissional a FAI envolve:

 Desenvolvimento da Empatia: Compreender e valorizar as perspectivas e sentimentos dos


outros.

 Comunicação Eficaz: Utilizar uma comunicação clara e respeitosa para evitar mal-
entendidos e conflitos.

 Resolução de Conflitos: Abordar e resolver divergências de maneira construtiva e positiva.

 Trabalho em Equipa: Colaborar e contribuir para objectivos comuns, respeitando a


diversidade de habilidades e opiniões.

Essas atitudes são fundamentais para criar ambientes de trabalho e aprendizado mais harmoniosos
e produtivos.
TEMA: A PESSOA E A CULTURA
1. NOÇÃO DE PESSOA

Etnologia

A palavra "pessoa" vem do latim "persona", que se referia a uma máscara usada por atores no
teatro. No teatro romano, "persona" era a máscara que os actores utilizavam para representar
diferentes papéis ou personagens. Esse significado foi ampliado, e a palavra passou a designar o
próprio papel ou personagem interpretado. A latina persona conservou-se no português pessoa, no
galego persoa, no italiano e Espanhol persona, no inglês person e no francês personne.

Com o tempo, o termo "persona" começou a ser usado para se referir a qualquer indivíduo ou ser
humano, independentemente do teatro, adquirindo o sentido de "ser racional" ou "indivíduo de uma
sociedade". Em línguas românicas, como o português, essa transformação semântica persistiu,
resultando na palavra "pessoa", que hoje designa qualquer ser humano, com um foco na
individualidade e identidade própria.

2. PESSOA - CONCEITO

Pessoa - é um ser humano com características individuais, como consciência, identidade, e


capacidade para raciocínio, sentimentos e tomada de decisões. O conceito de pessoa envolve aspectos
biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Cada pessoa é única, com uma identidade própria,
composta por uma combinação de factores como personalidade, experiências de vida, crenças,
valores e cultura.

3. PESSOA E PERSONALIDADE

Pessoa e personalidade, são duas palavras que estão relacionadas de forma diferente. Pessoa é a
característica do indivíduo dotado de personalidade.

o PERSONALIDADE

A personalidade é mais uma característica que permite distinguir os indivíduos e pode ser definida
como o conjunto de características psicológicas que determinam a individualidade pessoal e
social dos seres humanos. Representa uma tendência comportamental previsível face a certas
circunstâncias. É a personalidade que torna os nossos comportamentos, de certo modo, congruentes e
previsíveis.

o Características Essenciais e Distintas

As características essenciais e distintas de uma pessoa referem-se aos traços que definem sua
individualidade e a maneira como ela interage com o mundo. Estas características podem ser
divididas em três categorias principais:

a. Traços de Personalidade

Esses são os aspectos psicológicos que moldam como uma pessoa pensa, sente e age. Alguns
exemplos são:

• Extroversão vs. Introversão: Nível de sociabilidade e conforto em interacções sociais.


• Confiabilidade: Se é responsável, confiável, e cumpre compromissos.
• Abertura a novas experiências: Curiosidade e disposição para explorar o novo.
• Empatia: Capacidade de se colocar no lugar dos outros e entender sentimentos.
• Assertividade: Tendência a expressar opiniões e defender seus interesses com clareza.

b. Traços Físicos

Esses são os aspectos visíveis do corpo da pessoa, que ajudam a distingui-la fisicamente de outras.
Exemplos incluem:

• Altura, peso e estrutura corporal: Essas características moldam a aparência geral.


• Cor dos olhos e cabelo: São detalhes notáveis na aparência de uma pessoa.
• Expressões faciais e gestos: Maneira única de comunicar emoções não-verbais.
• Tonalidade de pele, traços faciais ou etnia: Que podem revelar herança genética e cultural.

c. Valores e Crenças

São as ideias, princípios e conceitos que orientam a tomada de decisão e o comportamento:

• Valores morais: O que a pessoa considera certo ou errado.


• Crenças religiosas ou filosóficas: Que podem moldar a visão de mundo.
• Valores sociais e culturais: Normas e costumes da sociedade em que a pessoa foi criada.

Essas características combinadas fazem com que cada indivíduo seja único e se destaque em sua
forma de viver e se relacionar com o ambiente ao seu redor.

o ESTRUTURA DA PERSONALIDADE

A estrutura da personalidade refere-se ao conjunto de características psicológicas que compõem e


definem o comportamento, as emoções e os pensamentos de uma pessoa. Existem diferentes
abordagens teóricas para descrever essa estrutura. Vamos examinar algumas das principais:

1. Teoria Psicanalítica de Freud

Freud propôs que a personalidade é dividida em três componentes principais:

• Id: Representa os impulsos e desejos primitivos, como fome, sede e libido. Funciona segundo
o princípio do prazer, buscando a satisfação imediata desses impulsos.
• Ego: Actua como o mediador entre o id e a realidade. O ego funciona com base no princípio
da realidade, equilibrando os desejos do id com as exigências do mundo externo.
• Superego: Representa a internalização das normas e valores morais da sociedade e dos pais.
É a parte da personalidade que lida com a moralidade e com o que é considerado certo ou
errado.

2. Teoria Humanista de Carl Rogers

Carl Rogers focou em um conceito mais positivo e voltado ao crescimento pessoal:

• Eu Real: Refere-se a como a pessoa realmente é.


• Eu Ideal: A pessoa que se deseja ser, uma versão idealizada de si mesma.
• A incongruência entre o eu real e o eu ideal pode gerar angústia e dificuldades psicológicas.

Rogers também introduziu o conceito de tendência de auto-realização, a ideia de que todos os seres
humanos têm um desejo inato de crescer, se desenvolver e realizar seu potencial.

3. Teoria dos Traços de Personalidade


Essa abordagem vê a personalidade como um conjunto de traços ou características relativamente
estáveis ao longo do tempo. Um dos modelos mais conhecidos é o Big Five (Cinco Grandes
Factores), que inclui:

• Abertura à experiência: Criatividade, curiosidade, busca por novas experiências.


• Conscienciosidade: Organização, responsabilidade, autodisciplina.
• Extroversão: Sociabilidade, assertividade, energia.
• Agradabilidade: Altruísmo, gentileza, cooperação.
• Neuroticismo: Tendência a experimentar emoções negativas, como ansiedade e instabilidade
emocional.

4. Teoria Cognitivo-Comportamental

Essa abordagem propõe que a personalidade é moldada por esquemas mentais e padrões de
comportamento aprendidos. Os processos cognitivos, como crenças e percepções, influenciam como
as pessoas interpretam o mundo e, consequentemente, como agem e se sentem.

5. Teoria de Erik Erikson

Erikson propôs que o desenvolvimento da personalidade ocorre em estágios ao longo da vida, com
cada estágio apresentando uma crise ou desafio que a pessoa precisa resolver para progredir. Por
exemplo, o estágio inicial envolve a confiança versus desconfiança, enquanto estágios posteriores
envolvem questões como identidade versus confusão de papéis e integridade versus desespero.

Resumo:

A estrutura da personalidade envolve várias camadas e abordagens. Desde a dinâmica dos impulsos
internos e valores morais (como proposto por Freud) até os traços estáveis de comportamento (como
sugerido pelo Big Five), todas as teorias concordam que a personalidade é o resultado de um
complexo equilíbrio entre factores internos e externos, consciente e inconsciente.

2. CULTURA

A etimologia da palavra "cultura" remonta ao latim "cultura", que deriva do verbo "colere", cujo
significado é "cultivar", "cuidar", ou "tratar". Inicialmente, o termo estava associado ao cuidado com
a terra, à agricultura e ao cultivo de plantas. Era usado no sentido literal de "cultivar o solo".

Com o tempo, o termo passou a ser utilizado de forma mais ampla para descrever o desenvolvimento,
não só da terra, mas também do espírito e do intelecto humano. No século XVIII, especialmente
durante o Iluminismo, "cultura" passou a se referir ao desenvolvimento das capacidades intelectuais,
artísticas e morais de uma pessoa ou de uma sociedade.

Assim, a palavra "cultura" evoluiu de um conceito relacionado à agricultura para um significado mais
abstracto, envolvendo o cuidado e o desenvolvimento do conhecimento, das artes, dos costumes e da
identidade colectiva de uma sociedade.

Cultura - é o conjunto de crenças, costumes, valores, normas, comportamentos, práticas sociais,


linguagens, símbolos e conhecimentos que caracterizam um grupo social, uma sociedade ou uma
comunidade. Ela abrange tanto elementos materiais (como arte, arquitectura, tecnologia, vestuário)
quanto imateriais (como religião, ética, tradições, conhecimentos e formas de expressão).

A cultura é transmitida de geração em geração, sendo moldada pela interacção entre indivíduos e
grupos, e é dinâmica, adaptando-se e transformando-se ao longo do tempo. Ela também influencia a
identidade dos indivíduos e o modo como eles percebem o mundo ao seu redor, além de mediar as
relações sociais e o desenvolvimento de uma sociedade.

Em resumo, a cultura é um elemento central na vida social e no desenvolvimento humano, sendo o


que diferencia um grupo de outro, ao mesmo tempo em que estabelece a base para a coesão social.

3. INFLUÊNCIA DA CULTURA NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE PESSOAL

A cultura desempenha um papel fundamental na formação da identidade pessoal, influenciando a


maneira como os indivíduos vêem a si mesmos como se relacionam com os outros e como percebem
o mundo. A identidade pessoal é composta por uma combinação de características individuais e
sociais, e a cultura actua como um dos principais moldes dessa construção.

Aqui estão alguns aspectos em que a cultura influencia a formação da identidade pessoal:

1. Normas e valores

Cada cultura tem um conjunto único de normas e valores que guiam o comportamento das pessoas.
Desde cedo, os indivíduos são expostos a essas normas através da família, escola, mídia e outras
instituições sociais. Esses valores culturais moldam crenças sobre o que é certo ou errado, o que é
valorizado ou desvalorizado, e influenciam a maneira como as pessoas entendem a si mesmas e o
mundo ao seu redor.

2. Relações sociais

A cultura define papéis e expectativas nas relações sociais, como as dinâmicas familiares, amizades e
relações de género. Diferentes culturas podem enfatizar a interdependência (culturas colectivistas) ou
a independência (culturas individualistas), e isso afecta directamente como as pessoas constroem suas
identidades. Por exemplo, em culturas mais colectivistas, a identidade pessoal pode estar fortemente
ligada à identidade familiar ou comunitária.

3. Linguagem

A linguagem é uma parte essencial da cultura e influencia profundamente a maneira como as pessoas
expressam suas identidades. Através da língua, os indivíduos desenvolvem uma compreensão do
mundo e de si mesmos. Além disso, as palavras que usamos para descrever emoções, pensamentos e
experiências podem variar de acordo com a cultura, moldando a maneira como percebemos e
comunicamos nossa identidade.

4. Tradições e rituais

Tradições e rituais culturais, como celebrações religiosas, festivais e marcos de vida, desempenham
um papel importante na construção da identidade. Participar dessas práticas fortalece o senso de
pertença a uma cultura e ajuda os indivíduos a definir quem são em relação ao seu grupo cultural.

5. Mídia e representações culturais

A mídia desempenha um papel significativo na disseminação de imagens e narrativas culturais que


podem influenciar a identidade. A maneira como os indivíduos vêem representações de seu próprio
grupo cultural na mídia (ou a falta delas) pode impactar a auto-estima, a auto-imagem e a maneira
como vêem sua posição na sociedade.

6. Diversidade cultural
Em um mundo globalizado, muitas pessoas são expostas a múltiplas culturas, o que pode enriquecer
ou complicar a formação da identidade pessoal. A convivência com diferentes influências culturais
pode levar a uma identidade híbrida ou múltipla, na qual o indivíduo incorpora elementos de várias
culturas em sua auto-imagem.

7. História e herança cultural

A história de um grupo cultural, incluindo eventos importantes como guerras, colonização, migração
e movimentos de resistência, influencia a identidade pessoal. Essa herança cultural pode ser uma
fonte de orgulho ou de luta, dependendo do contexto, e molda a maneira como as pessoas se vêem
em relação ao passado e ao futuro.

Conclusão

A cultura é um dos alicerces centrais na formação da identidade pessoal. Ela oferece um sistema de
símbolos, normas e valores que ajudam os indivíduos a definir quem são e como se inserem no
mundo. A identidade pessoal é, assim, um reflexo de uma interacção dinâmica entre o indivíduo e a
cultura em que ele está inserido, sendo influenciada tanto pelas tradições e normas sociais quanto
pelas escolhas individuais.

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