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MZ Government Gazette Series I Supplement Dated 1997-12-23 No 51

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Tèrça-feira, 23 de Dezembro de 1997 I SERIE - Número 51

BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Nesses termos, e ao abrigo da competência que lhe é conferida
pelo n° 1 do artigo 135 da Constituição, a Assembleia da Re-
A V IS O pública determina:

A matéria a publicar no «Boletim da República» deve CAPÍTULO I


ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma Princípios gerais
por cada assunto, donde conste, além das indicações
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, ARTIGO 1
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim (Conceito e objectivos do serviço militar)
da República» 1. A participação na defesa da independência, soberania e
integridade territorial é dever sagrado e honra para todos os
cidadãos moçambicanos.
2. O serviço militar é o contributo prestado por cada cidadão,
SUMÁRIO no âmbito militar, para a defesa da pátria.
3.Oserviço militar, para além de constituir um instrumento de
promoção da unidade nacional e de desenvolvimento da
Assembleia da República: consciência patriótica, deve ainda servir para a valorização cívica,
cultural, física e profissional dos cidadãos que o cumprem.
Lei n° 24/97:
Aprova a Lei do Serviço Militar. ARTIGO 2
(Obrigatoriedade do serviço militar)
1. Todos os cidadãos moçambicanos dos 18 aos 35 anos de
idade, estão sujeitos ao dever de prestação de serviço militar e ao
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA cumprimento das obrigações militares dele decorrentes.
2. Em tempo de guerra as idades estabelecidas para o
cumprimento de obrigações militares podem ser alteradas por lei.

Lei n° 24/97 ARTIGO 3

de 23 de Dezembro (Situações do serviço militar)


O serviço militar abrange as seguintes situações:
A reestruturação e adaptação das Forças Armadas de
Moçambique face às exigências decorrentes do quadro jurídico e a) reserva de recrutamento;
institucional vigente e do actual contexto político e sócio- b) serviço efectivo;
-economico, impõem a revisão da legislação relativa ao serviço c) reserva de disponibilidade e licenciamento;
militar. d) reserva territorial.
ARTIGO 4 convocação ou mobilização, até aos quantitativos tidos por
adequados.
(Reserva de recrutamento)
4. As tropas licenciadas constituem o escalão seguinte ao de
A reserva de recrutamento é constituída pelos cidadãos sujeitos disponibilidade, o qual termina em 31 de Dezembro do áno em
a obrigáções militares desde o recenseamento militar até à sua que os cidadãos completem 35 anos de idade, destina-se a permitir
incorporação ou alistamento na reserva territorial. o aumentos dos efectivos das Forças Armadas, até ao limite
normal da capacidade de mobilização do país.
ARTIGO 5
(Serviço efectivo) ARTIGO 7

1. O serviço efectivo é a situação dos cidadãos enquanto (Limites de idade e tempo de permanência)
permanecem ao serviço das Forças Armadas. Os limites de idade e tempo de permanência nas Forças
2. O serviço efectivo abrange: Armadas pelos militares dos quadros permanentes são fixados por
a) serviço efectivo normal; diploma próprio.
b) serviço efectivo nos quadros permanentes; ARTIGO 8
e) serviço efectivo em regime de voluntariado;
(Reserva territorial)
d) serviço efectivo decorrente de convocação ou mobilização.
A reserva territorial é constituída pelos cidadãos que, não
3. O serviço efectivo normal compreende a prestação de tendo cumprido o serviço efectivo, se mantêm sujeitos a obrigações
serviço nas Forças Armadas por cidadãos recenseados e sujeitos militares.
ao cumprimento das obrigações militares, tendo início no acto de
incorporação e terminando com a passagem à situação de CAPÍTULO II
disponibilidade.
Recrutamento militar
4. O serviço efectivo nos quadros permanentes compreende a
prestação de serviço pelos cidadãos que, tendo ingressado SECÇÃO I
voluntariamente na carreira militar, se encontram vinculados às Disposições gerais
Forças Armadas com carácter de permanência.
5. O serviço efectivo em regime de voluntariado compreende ARTIGO 9
a prestação de serviço pelos cidadãos que, tendo cumprido o (Definição, modalidades e operações do recrutamento
serviço efectivo normal, continuam ou regressam voluntariamente militar)
ao serviço por um período de tempo limitado, com vista à 1.Orecrutamento militar é o conjunto de operações necessarias
satisfação de necessidades das Forças Armadas ou ao seu even- à obtenção de meios humanos para ingresso nas Forças Armadas.
tual recrutamento para os quadros permanentes, no respeito pelos 2.Orecrutamento militar dos cidadãos compreende as seguintes
efectivos fixados. modalidades:
6.Oserviço efectivo decorrente de convocação ou mobilização
a) recrutamento geral, para a prestação do serviço efectivo
é o que é prestado nos termos dos artigos 28 e 29 da presente Lei.
normal relativo aos cidadãos conscritos ao serviço
7. O estatuto do pessoal nas diversas situações de serviço
militar;
efectivo é definido nos termos previstos na Lei da Defesa Nacional
e das Forças Armadas. b) recrutamento especial, para a prestaçao voluntária do
8. Compete ao Ministro da Defesa Nacional, face às serviço efectivo.
necessidades apresentadas pelas Forças Armadas, definir 3. O recrutamento geral compreende as seguintes operações.
anualmente o pessoal a admitir em regime de voluntariado.
a) recenseamento militar;
ARTIGO 6 b) classificação e selecção;
c) distribuição e alistamento.
(Reserva de disponibilidade e licenciamento)
1. Na reserva de disponibilidade e licenciamento são incluídos ARTIGO 10
todos os cidadãos que prestaram serviço efectivo, a partir da data (Definição de quantitativos e órgãos responsáveis pelo
em que cessarem essa prestação e até aos 35 anos de idade.
recrutamento militar)
2. A reserva de disponibilidade e licenciamento compreende
dois escalões: Compete ao Conselho de Ministros através dos órgãos
a) disponibilidade; competentes:
b) tropas licenciadas. a) a definição dos quantitativos anuais de pessoal a incorporar
3. Disponibilidade é o escalão que abrange o período de seis nas Forças Armadas;
anos subsequentes ao termo do serviço efectivo e destina-se a b) orientar, aprovar e coordenar os assuntos gerais relativos
permitir o aumento dos efectivos das Forças Armadas, por ao recrutamento militar.
SECÇÃO II 2. As provas para classificação e selecção, têm por finalidade:
Recrutamento geral a) determinar o grau de aptidão psicofisica dos cidadãos para
efeitos de prestação do serviço militar, em face do que
ARTIGO 11
lhes é atribuída uma das seguintes classificações:
(Recenseamento militar)
(i) apto;
1.Orecrutamento militar é a operação do recrutamento geral (ii) inapto;
que tem por finalidade obter a informação de todos os cidadãos (iii) aguarda classificação.
que atingem, em cada ano, a idade do início das obrigações
b) agrupar os cidadãos classificados de aptos em famílias de
militares.
especialidades ou classes, de acordo com as suas
2. Constitui obrigação dos cidadãos, a cumprir pelos próprios
aptidões físicas, psíquicas, técnicas, profissionais e
ou pelos seus representantes legais, apresentarem-se ao outras, tendo em vista a sua futura distribuição pelos
recenseamento militar no ano em que completem 18 anos de diferentes ramos, escalões, especialidades ou classes
idade. das Forças Armadas.
3. Deve ser publicitado pelos meios de comunicação social o
dever legal de inscrição no recenseamento militar e feita a maior 3. Os cidadãos considerados aptos podem fornecer elementos
divulgação possível deste dever nos seguintes órgãos: sobre as suas preferências, em termos de ramos, de especialidades
e de área geográfica de cumprimento do serviço militar, as quais
a) Conselho Municipais e Administrações ou outros órgãos
serão tidas em consideração sempre que delas não resultem
de Administração Pública; prejuízos para as necessidades das Forças Armadas.
b) pelos órgãos competentes do Ministério da Defesa 4. Da classificação referida na alínea a) do n° 2 deste artigo
Nacional; pode ser interposto recurso em condições estabelecidas pelo
c) Missões Consulares de Moçambique. regulamento.
5. Nofinaldas provas de classificação e selecção, os cidadãos
ARTIGO 12
considerados aptos são proclamados recrutas.
(Locais de recenseamento militar) 6. Para efeitos do disposto nas alíneas a) e b) do n° 2 deste
Os cidadãos, pessoalmente ou através dos seus representantes artigo, os organismos públicos ou privados são obrigados a
legais, apresentam-se ao recenseamento militar nos locais a dispensar os cidadãos abrangidos que se encontrem na sua
seguir indicados: dependência.
ARTIGO 16
a) Conselhos Municipais e Administrações ou outros órgãos
da Administração Pública; (Não apresentação às provas de classificação e selecção)
b) Missão Consular da área de residência, para os cidadãos O cidadão que não se apresente às provas de classificação e
domiciliados no estrangeiro. selecção para que foi convocado e não justifique a falta cometida
no prazo de trinta dias, ou se recuse a realizar algumas daquelas
ARTIGO 13 provas, é considerado compelido à prestação do serviço militar,
(Informação a prestar no acto de apresentação ao cumprindo todo o serviço efectivo normal, caso seja con-
recenseamento) siderado apto.
ARTIGO 17
No acto de apresentação ao recenseamento, o cidadão deve ser
informado sobre os objectivos do serviço militar e os direitos e (Distribuição)
deveres dele decorrentes.
A distribuição é a atribuição quantitativa e qualitativa dos
ARTIGO 14 recrutas pelos ramos das Forças Armadas, segundo as neces-
(Não apresentação ao recenseamento militar) sidades destas, devendo sempre que possível, ter-se em conta o
Os cidadãos que não se apresentem ao recenseamento militar disposto nono3 do artigo 15.
no periodo e locais indicados, devem apresentar-se, para regularizar
a sua situação militar, no órgão de recenseamento competente ou ARTIGO 18
nos postos consulares, conforme área de residência, sendo (Alistamento)
considerado faltoso ao recenseamento militar caso não justifique
a falta cometida até trinta dias após a data limite de recenseamento. 1. O alistamento é a atribuição nominal dos cidadãos a cada
ramo das Forças Armadas ou à reserva territorial.
ARTIGO 15 2. Os critérios para a determinação dos cidadãos que passam à
(Classificação e selecção) reserva territorial são objecto de regulamentação própria.
Os cidadãos recenseados são convocados, com uma 3. O aproveitamento dos recrutas alistados em cada ramo das
antecedência mínima de quarenta e cinco dias, para serem Forças Armadas é da inteira responsabilidade do respectivo ramo,
submetidos às provas referidas no número seguinte. até ao termo das obrigações militares.
ARTIGO 19 no estrangeiro, é concedido adiamento do cumprimentodo serviço
efectivo normal.
(Adiamento das obrigações militares)
3.Ocidadão, que obtenha aproveitamento no respectivo curso
1. Constituem motivo de adiamento das provas de classificação de formação e ingresse nos quadros permanentes, é considerado
e selecção: como tendo cumprido o serviço efectivo normal.
a) estudo, no país ou no estrangeiro, em estabelecimento de
ensino superior ou equiparado, sendo o limite máximo CAPÍTULO II
do adiamento até 31 de Dezembro do ano em que se Serviço efectivo nas Forças Armadas
completam 28 anos de idade;
b) aresídêncialegal no estrangeiro com carácter permanente ARTIGO 23
e contínuo iniciada anteriormente ao ano em que (Serviço efectivo normal)
completarem 18 anos de idade;
c) ter um irmão em serviço efectivo normal e enquanto este O serviço efectivo normal compreende:
durar; a) incorporação;
d) doença prolongada comprovada pera autoridade pública b) a preparação militar geral;
competente; c) o período nas fileiras.
e) a invocação de qualidade cujo estatuto legal o determine.
ARTIGO 24
ARTIGO 20
(Incorporação)
(Dispensa e isenção de obrigações militares)
1. A incorporação consiste na apresentação dos recrutas nas
1. Podem requerer dispensa do cumprimento do serviço militar, unidades e estabelecimentos militares doramodas Forças Arma-
sendo distados directamente na reserva territorial: das em que foram alistados.
a) os filhos ou irmãos de mortos em consequência do 2. A incorporação tem lugar, normalmente, noanoem que o
cumprimento de obrigações militares; cidadão completa 20 anos de idade.
b) os filhos únicos que tenham ao seu cargo pais incapa- 3.Orecruta que não se apresenté à incorporaçao naunidade ou
citados por deficiência física ou psíquica; estabelecimento militar para que foiconvocadoenaojustifiquea
c) o cidadão que tem a seu exclusivo cargo o cônjuge, falta cometida no prazo de trinta dias é considerado refractário.
ascendente, descendente, irmão ou sobrinho com menos
de 18 anos de idade, ou pessoa que criou e educou. ARTIGO 25
(Preparação militar geral)
ARTIGO 21
1. A preparação militar geral consiste na formaçaobasicados
(Exclusão temporária) incorporados, adequada às caracteristicaspropriasdecadaramo
Constitui motivo de exclusão temporária da prestação do das Forças Armadas e termina no acto do juramento de bandeira.
serviço militar estar a cumprir pena de prisão ou sujeito a medidas 2. O juramento de bandeira é um acto solene, comtropasem
que, pela sua natureza, sejam incompatíveis com a sua presença parada, sempre prestado perante a Bandeira Nacional.
nas fileiras.
ATIGO 26
SECÇÃO III
(Período nas fileiras)
Recrutamento especial
O período nasfileirasinicia-se com a incorporaçao e abrango
ARTIGO 22 a preparação militar geral e a preparação complementar, quando
(Finalidade do recrutamento especial) deva ter lugar, e o serviço nas unidades ou estabelecimentos
1. O recrutamento especial tem por finalidade a admissão de militares.
cidadãos com o mínimo de 18 anos de idade, que se proponham ARTIGO 27
prestar, voluntariamente, serviço militar nas Forças Armadas,
(Duração do serviço efectivo)
com carácter permanente ou temporário, em qualquer escalão ou
especialidade previstos em diplomas próprios e nas seguintes 1. O serviço efectivo normal tem a duraçâo de doisanoscom
formas de serviço militar efectivo: início no acto de incorporação, sem prejuizo dodispostoaos
n°s 2 e 4 do presente artigo.
a) em regime de voluntariado; 2. A passagem à situação de disponibilidade de classes,
b) nos quadros permanentes. categorias ou especialidades, em excesso nas fileiras, pode ser
2. Ao cidadão, oriundo do recrutamento especial, com destino antecipada, em condições a estabelecer por regulamento.
à frequência de curso de formação para ingresso nos quadros 3. O serviço efectivo em regime devoluntariadotemuma
permanentes, em estabelecimento de ensino superior, no país ou duração mínima de dois anos e máxima de oíto anos.
4. Sempre que a satisfação das necessidades de defesa nacional de serviços públicos essenciais e de actividades privadas
não esteja suficientemente assegurada pelo conjunto dos regimes imprescindíveis à vidado país, ficando, porém, sujeitos à legislação
de prestação de serviço efectivo referidos nos números anteriores, militar aplicável enquanto não for desmobilizada a classe a que
pode, a título excepcional, o Conselho de Ministros, através do pertençam.
órgão competente, determinar, a extensão do período de serviço
CAPÍTULO IV
efectivo normal previsto no n° 1 deste artigo, até ao limite de doze
meses. Disposições complementares
5. Para efeitos do disposto no número anterior, o critério de ARTIGO 30
determinação dos ciadãos a permanecer nas fileiras para além do
período previsto no n° 1 deste artigo exclui, por ordem de (Obrigações gerais dos cidadãos)
prioridades, aqueles que sejam: 1. Enquanto sujeitos às obrigações militares definidas nesta
Lei, todos os cidadãos, desde os 18 aos 35 anos de idade, têm o
a) casados; dever de:
b) responsáveis por encargos de família. a) dar conhecimento das alterações de residência à entidade
de que dependem;
6. Em caso de necessidade de escolha dentro de cada grupo
b) comunicar à referida entidade a obtenção de habilitações
referido nas alíneas a) e b) do número anterior, pode utilizar o
literárias, técnicas, profissionais e outras que
critério da idade, preferindo os mais velhos aos mais novos.
correspondam à aquisição de conhecimentos com
7. Os cidadãos que, por força do disposto no n° 4 deste artigo,
interesse para as Forças Armadas;
prestem serviço efectivo normal por período superior ao previsto
c) apresentar-se nos dias, horas e locais que sejam legalmente
no n° 1 deste artigo gozam também das regalias de que beneficiem
determinados pela autoridade competente para o efeito.
os cidadãos que tenham optado pelo serviço em regime de
voluntariado. 2. O cidadão que tenha beneficiado de adiamento ou seja
declarado amparo ou inapto paga uma taxa militar no valor e
ARTIGO 28
periodicidade a determinar por diploma próprio.
(Serviço efectivo decorrente de convocação)
1. Os cidadãos na situação de disponibilidade podem ser ARTIGO 31
convocados para prestação de serviço efectivo, nas seguintes (Outros direitos e deveres)
condições:
1. Nenhum cidadão pode ser prejudicado na sua colocação, nos
a) para efeitos de reciclagem, treinos, exercícios ou manobras seus benefícios sociais ou no emprego em virtude do cumprimento
militares; das obrigações militares estabelecidas na presente Lei.
b) para atender as situações de perigo de guerra ou de 2. Aos cidadãos em cumprimento do serviço efectivo são
agressão eminentes ou efectiva por forças estran- reconhecidos outros direitos e deveres que constam dos respectivos
geiras enquanto não for decretada a mobilização militar estatutos.
geral. ARTIGO 32
2. Podem ser dispensados da prestação de serviço efectivo (Serviço nas forças de segurança)
decorrente de convocação, para além dos casos contemplados em 1. Os cidadãos só podem ser admitidos nas forças de segurança
diplomas próprios, os cidadãos que exerçam funções legalmente depois de cumprido o serviço efectivo normal, salvo o disposto no
consideradas indispensáveis ao funcionamento de serviços número seguinte.
públicos essenciais e de actividades privadas imprescindíveis à 2. Ao cidadão com destino à frequência de cursos de formação
vida do país. para ingresso nas forças de segurança, em estabelecimento de
3. Durante a prestação de serviço nos termos da alínea a) do n° ensino superior, no país ou no estrangeiro, é concedido adiamento
1 do presente artigo, os cidadãos conservam os seus direitos no do cumprimento do serviço efectivo normal.
posto de trabalho, incluindo os salários e as férias. 3. O cidadão, ao abrigo do número anterior, que obtenha
aproveitamento no respectivo curso de formação e ingresse nos
ARTIGO 29 quadros de pessoal das forças de segurança, é considerado como
tendo cumprido o serviço efectivo normal.
(Serviço efectivo decorrente de mobilização militar) 4. Para efeitos do disposto no número um e em igualdade de
1. Os cidadãos nas situações de disponibilidade, licencia- circunstâncias, preferem os cidadãos que hajam prestado serviço
mento e reserva territorial podem ser mobilizados para prestar efectivo em regime de voluntariado.
serviço efectivo nas Forças Armadas em casos de estado de sítio, ARTIGO 33
de emergência ou de guerra, nos termos legalmente previstos.
(Condicionantes à obtenção de emprego)
2. Podem ser dispensados da prestação de serviço efectivo
decorrente de mobilização militar, para além dos casos É vedada a admissão ou o acesso ao emprego em instituições
contemplados em diplomas próprios, os cidadãos que exerçam do Estado ou em outras entidades públicas de cidadãos que não
funções legalmente consideradas indispensáveis ao funcionamento tiverem a situação militar regularizada.
ARTIGO 34 cidadãos abrangidos pelo cumprimento das obrigações militares,
conforme o disposto no n° 1 do artigo 2 da presente Lei.
(Isenção de emolumentos)
2. Cumprindo o disposto no número anterior, o recenseamento
São isentos de emolumentos os actos necessários para a militar tem lugar conforme o preceituado no n° 2 do artigo 11 da
organização dos processos para fins militares, incluindo os presente Lei.
efectuados pelos estabelecimentos de ensino e serviços públicos. ARTIGO 38
ARTIGO 35 (Incorporação)
(Situação civil e criminal) O Conselho de Ministros determina as idades a serem abrangidas
pela primeira incorporação subsequente à entrada em vigor da
Os centros de identificação civil e criminal devem facultar as presente Lei.
entidades competentes os pedidos de informação que as mesmas
lhes solicitarem para fins decorrentes da presente Lei. ARTIGO 39
(Regulamento)
ARTIGO 36 Compete ao Conselho de Ministros aprovar o regulamento da
(Juramento de bandeira) presente Lei.
Os cidadãos incorporados no serviço militar prestam um ARTIGO 40
juramento de bandeira que os vincula, quer no serviço efectivo (Legislação revogada)
quer após a disponibilidade, nos termos da fórmula seguinte: Fica revogada toda a legislação que disponha em contrário a
"Eu presente Lei.
Juro por minha honra consagrar todas as minhas energias e ARTIGO 41
a minha vida à defesa da pátria e da Constituição da
República e da soberania nacional (Entrada em vigor)
Juro obedecer fielmente ao Presidente da República, A presente Lei entra em vigor trinta dias após a sua publicação.
Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique " Aprovada pela Assembleia da República, em 26 de Novembro
de 1997.
CAPÍTULO V
O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Joaquim
Disposições finais e transitórias Mulémbwè.
ARTIGO 37 Promulgada, em 23 de Dezembro de 1997.
(Recenseamento) Publique-se.
1. O Conselho de Ministros fixa as datas e as idades do O Presidente da República, JOAQUIM ALBERTO
recenseamento extraordinário, até se completarem todos os CHISSANO.

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