ORGANELAS CELULARES
MEMBRANA CELULAR
A membrana não isola a célula do meio externo, há apenas a separação do meio interno
da célula do seu meio externo. Não há isolamento porque há, a todo momento, a troca de
nutrientes com o exterior.
Quando falamos em membrana plasmática, temos que lembrar que ela vai apresentar
características específicas, como por exemplo a fluidez da membrana. Qual o papel da
membrana e qual sua função no organismo? Ela tem como função a permeabilidade
seletiva, selecionando quem entra e quem sai da célula. Os fosfolipídeos possuem uma
livre movimentação, que é dada pelo colesterol. Essas membranas garantem a fluidez e a
possibilidade dos lipídeos se movimentarem, e com eles, as proteínas de membrana. A
membrana também tem o papel de reconhecimento celular, reconhecendo quem está se
aproximando da membrana. Quem tem esse papel de reconhecimento na membrana é o
glicídio, o carboidrato, que se liga a uma proteína de membrana e forma o que chamamos
de glicoproteína. O glicídio que se liga ao lipídeo, forma o glicolipídeo. Então, tanto o
glicolipídeo quanto a glicoproteína vão formar o que chamamos de glicocálix,
responsável pelo reconhecimento celular. Após o reconhecimento celular, a célula vai
permitir ou não a entrada dessa molécula. A membrana pode também apresentar algumas
especializações, como por exemplo, a presença das microvilosidades, que são projeções
do citoplasma celular (geralmente ocorre bastante em células intestinais) que aumentam
a superfície de contato da célula, fazendo com que as células tenham uma maior absorção
de nutrientes. Além disso, essas membranas também podem desenvolver o que chamamos
de desmossomos, que são junções entre uma célula e outra. A partir do momento que tem
uma célula formada, e essa célula interage com outra célula, elas se aproximam e se
juntam a outra célula e acabam se ligando, com um ponto de adesão/ligação entre uma
célula e outra. Quem faz essa ligação são os desmossomos, que são partes da membrana
plasmática, proteínas específicas na membrana plasmática, que se ligam as outras células,
formando o tecido celular.
A membrana é formada por uma bicamada fosfolipídica. Há uma camada invertida em
relação aos fosfolipídeos da membrana, porque esses lipídeos apresentam uma
característica incomum em relação aos outros lipídeos, características hidrofílica e
hidrofóbica na mesma molécula. Então, a cabeça do fosfolipídeo tem uma hidrofilia, ou
seja, uma afinidade com a molécula de água. Já a cauda do fosfolipídeo tem uma
característica hidrofóbica, por isso que a cauda está voltada para a parte interna da
membrana. Isso faz com que a membrana se mantenha coesa e os fosfolipídeos se
mantenham juntos, formando a membrana.
Em relação a membrana, podemos citar também o transporte de substâncias através da
membrana. Grandes substâncias e moléculas são englobadas pela célula, mas as pequenas
substâncias acabam atravessando a membrana plasmática, por um processo que
chamamos de transporte de membrana. Esse transporte de membrana pode ocorrer ou
através da camada fosfolipídica ou através das proteínas presentes na membrana.
O transporte através da membrana pode ser classificado de duas formas: ou ele pode ser
passivo, onde não há gasto energético para a célula, ou ele pode ser ativo, onde a célula
gasta energia para que esse transporte ocorra.
Dentro dos transportes passivos, temos a difusão simples, que se dá pelo deslocamento
espontâneo de partículas (atravessando a bicamada fosfolipídica), mais precisamente de
soluto. Essas partículas tendem a se movimentar espontaneamente de uma região onde se
tem uma maior concentração dessas partículas para uma região com menor concentração
dessas partículas, seja ela dentro ou fora da célula.
Outro tipo de transporte e a difusão facilitada. Nela, se tem a passagem de substâncias
não lipossolúveis, a passagem do soluto que não se dissolve na bicamada fosfolipídica.
Esse tipo de substâncias, como sais, íons de sódio, potássio, cloro e magnésio, não
conseguem atravessar a bicamada e necessitam da ajuda das proteínas de membrana,
auxiliando as substâncias na entrada ou saída das células. Também serão realizadas de
um local de maior concentração de soluto para um local de menor concentração de soluto.
A entrada será facilitada pela proteína, sendo a molécula facilitadora desse tipo de
difusão/transporte. Esse tipo de transporte também não tem gasto de energia. Várias
proteínas de membrana fazem esse papel facilitador, como as permeases, proteínas
tubulares, proteínas carreadoras, dentre outras, cada uma fazendo esse transporte de uma
forma específica, e não pela bicamada fosfolipídica.
Outro tipo de transporte sem gasto energético, é a osmose. Na osmose, o que vai ser
transportado não são as partículas sólidas, não é o soluto, mas sim o solvente, a água.
A plasmólise não ocorre na célula vegetal, porque a membrana não se rompe, por estar
ligada à parede celular. Portanto, a célula vegetal é mais resistente do que a célula animal,
por possuir parede celular.
No transporte ativo, há o consumo energético. Diferente da difusão simples, onde os
solutos passam de um local de maior concentração para o de menor concentração, no
transporte ativo é o inverso.
CITOSOL
O citosol é um fluido que constitui o citoplasma. Ele é formado principalmente por água,
mas também por proteínas, íons e carboidratos. Tem também essa constituição gelatinosa,
abrigando o núcleo e as organelas celulares. Uma boa quantidade de reações metabólicas
vai ocorrer dentro do citosol.
O citoesqueleto é uma membrana proteica que está dentro da célula. O citoesqueleto
também é responsável pelo transporte de substâncias dentro da célula.
NÚCLEO
O núcleo é formado pelo envelope/membrana/carioteca nuclear que também é formado
por membrana plasmática. Há também a presença da cariolinfa, material gelatinoso que
tem dentro do núcleo, que fica cheia de cromatina (DNA condensado). No centro do
núcleo há o nucléolo, a região com maior concentração de cromatina. Nela, o DNA é
duplicado. Aqui, há a duplicação/replicação/transcrição do material genético para uma
outra fita de informação chamada de RNA. Temos três tipos de RNA: RNA mensageiro,
que é aquele que apresenta código genético. Esse RNA vai ser traduzido mais para frente.
O RNA transportador serve para transportar a matéria prima para a produção da proteína,
o aminoácido. Então, ele vai transportar o aminoácido para que o ribossomo possa
sintetizar a proteína. O RNA ribossômico, vai se juntar a algumas proteínas e formar o
ribossomo, uma organela proteica que está presente em todas as células e tem a função
de produzir a proteína. Portanto, todos os três RNAs são produzidos no nucléolo, e todas
as vezes que são produzidos eles saem do núcleo através dos poros da cromatina, e vão
para o citoplasma da célula. Alguns RNAs ficam aderidos à membrana nuclear e ao
retículo endoplasmático, formando o retículo endoplasmático rugoso, porque vai formar
a presença de grânulos no retículo endoplasmático.
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
O armazenamento de cálcio ocorre no retículo endoplasmático liso. Os dois retículos
realizam o processo de glicogenólise, que é a quebra de glicogênio. O glicogênio
(milhares de moléculas de glicose interligadas) é a molécula energética de reserva. É
bastante comum nas células hepáticas.
COMPLEXO DE GOLGI
O complexo de golgi é também uma organela endomembranosa, formada por vários
compartimentos achatados que são divididos. O complexo golgiense é localizado entre a
membrana plasmática e o retículo endoplasmático. A região voltada para o RE é o que
chamamos de rede cis. A região voltada para a membrana plasmática, chamamos de rede
trans. Esse processo é importante já que é o caminho percorrido pela vesícula, após sair
do retículo endoplasmático. O complexo de Golgi também tem a função de excretar as
substâncias que a célula não mais vai utilizar para a sua nutrição. Além disso, o complexo
de golgi é responsável pela formação do acrossomo, uma região presente no
espermatozoide, que é cheia de enzimas digestivas.
LISOSSOMOS
O lisossomo é formado e sintetizado no retículo endoplasmático. É uma organela
disgestiva, que se funde ao fagossomo ou pinossomo.
ENDOSSOMO
O endossomo é a partícula final, onde há a excreção dessa partícula com a fusão com a
membrana plasmática.
CENTRÍOLOS
Centríolos são organelas proteicas. Estão presentes em animais e ausentes em células
vegetais. Estão relacionados ao processo de divisão celular. Possui também o nome de
centrossomo.
RIBOSSOMOS
Todos os grupos celulares apresentam ribossomos na sua constituição. Alguns deles ficam
aderidos à membrana nuclear. Ele nada mais é que o RNA ribossômico. Outros, vão se
fixar ao retículo endoplasmático e outros vão ficar espalhados pelo citoplasma da célula.
Os ribossomos que estão espalhados no citoplasma recebem o nome de polirribossomos.
Todos eles produzem proteínas. As proteínas produzidas pelos polirribossmos são
utilizadas para uso interno da célula.
O ribossomo nada mais é que um conjunto de proteínas que produz proteínas. Maquinaria
proteica formada por proteínas. No nucléolo, o ribossomo é produzido separadamente, e,
portanto, estão inativos. Não possuem atividade proteica quando estão separadas. Essa
atividade vai ocorrer por um processo chamado de tradução.
Tanto na célula eucariótica quando na célula procariótica, os ribossomos possuem certo
tipo de classificação quando estão separadas e uma classificação quando estão unidas.
Mesmo as classificações sendo diferentes, a função é sempre a mesma.
Como se dá a produção da proteína? Ela vai ocorrer com a tradução do código genético,
a tradução do RNA mensageiro. O RNA mensageiro vai apresentar códons, que são bases
nucleotídicas. No DNA temos a adenina, timina, guanina e citosina. No RNA temos a
adenina, uracila, guanina e citosina. Cada códon está relacionado a um aminoácido
diferente. Então, todas as vezes que o RNA mensageiro é produzido e enviado para o
citoplasma, ele é mandado para ser traduzido, e a tradução se dá com a produção da
proteína. O RNA ribossômico se liga ao RNA mensageiro justamente nos códons, para
traduzir esses códons. Quando eles se ligam, teremos a ação do RNA transportador. O
RNA transportador vai passar a transportar a matéria prima, o aminoácido. Ele vai se ligar
ao códon do RNA mensageiro por meio do anticódon, pelo código contrário que o RNA
transportador apresenta.
Então, quanto mais códons tiver nesse RNA mensageiro, mais complexa vai ser essa
proteína, já que ela vai sendo adicionada com os aminoácidos.
Ou seja, o processo de tradução ocorre no citoplasma da célula. O processo de replicação
do DNA, quando a célula está se dividindo, ocorre no núcleo da célula. O processo de
transcrição do código genético para uma outra fita, com a formação do RNA, vai ocorrer
no núcleo da célula, mas o processo de tradução ocorre no citoplasma.
MITOCÔNDRIAS
A mitocôndria é a nossa indústria de energia dentro da célula. Ela que produz a molécula
de ATP. A mitocôndria é delimitada por duas membranas lipoproteicas: uma membrana
externa, lisa, resultante do processo de englobamento da bactéria primitiva, e a membrana
interna é rugosa, sendo a membrana da bactéria aeróbica. A organela apresenta então,
uma dupla membrana. A sua região interna, gelatinosa, recebe o nome de matriz
mitocondrial. Aqui, ocorre o ciclo de Krebs, o ciclo do ácido cítrico, na produção
energética. Essa membrana interna recebe o nome de crista mitocondrial, e é justamente
nela que contém a maior quantidade de ATP produzido pela célula. Para que ocorra essa
produção, a organela precisa do oxigênio, que atravessa a membrana plasmática celular,
por um processo de difusão simples, e ele também vai atravessar as membranas da
mitocôndria, e vai se alojar na crista mitocondrial. A organela utiliza o oxigênio no seu
processo respiratório/produção energética.
É uma organela que apresenta na sua matriz, DNA próprio. Possui DNA exclusivamente
materno.
ENDOCITOSE
A CÉLULA VEGETAL
A célula vegetal apresenta uma vesícula gigantesca chamada de vacúolo. Na célula
animal, esse vacúolo não existe. Esses vacúolos têm a função de armazenamento e água
e de sais minerais, que toma conta de quase toda a célula vegetal.
O cloroplasto é uma organela exclusivamente vegetal, assim como os plastos (ou
plastídios). É uma organela de armazenamento de substâncias, como o amido (substância
de reserva). Assim como os animais armazenam sua reserva energética no glicogênio, os
vegetais armazenam no amido, em um plasto chamado de amiloplasto. O plasto mais
importante nos vegetais é o cloroplasto, um plasto que vai armazenar um pigmento
esverdeado (que vai dar a coloração esverdeada para a planta) chamado de clorofila, que
é responsável pela captação da luz solar para que a planta faça seu processo fotossintético,
que está dentro do cloroplasto. O cloroplasto é uma organela endomembranosa, que
apresenta uma dupla membrana, vindas do processo fagocitário evolutivo. Além das
membranas, a organela vai ter uma espécie de bolsa chamada de tilacóides, que ficam
empilhados, que recebe o nome de grana. Tais granas (ou grano) são interligados por uma
molécula chamada de lamela. Os cloroplastos são encontrados principalmente nas folhas.
ORGANELAS NA CÉLULA VEGETAL
QUIZ