Diretrizes
TÉCNICO-PEDAGÓGICAS
Pedagógica 2025
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MANAUS 1
DAVID ALMEIDA
PREFEITO DE MANAUS
LUIZ GONZAGA CAMPOS DE SOUZA
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
JÚNIOR MAR
SUBSECRETÁRIO DE GESTÃO EDUCACIONAL
RADYR GOMES DE OLIVEIRA JUNIOR
SUBSECRETÁRIO DE INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA
LOURIVAL LITAIFF
SUBSECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
ANÉZIO MAR
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE GESTÃO EDUCACIONAL
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SUMÁRIO
DEPARTAMENTO DE GESTÃO EDUCACIONAL.............................................................. 4
DIVISÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL.................................................................................. 6
GERÊNCIA DE CRECHES................................................................................................ 45
DIVISÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL............................................................................ 75
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.................................................112
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA – GEEI......................................... 133
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL........................................................................ 147
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL....................................................... 169
DIVISÃO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO.......................................................... 180
DIVISÃO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO MAGISTÉRIO ��������������������� 190
DIVISÃO DE APOIO À GESTÃO ESCOLAR...................................................................211
GERÊNCIA DE AUDITORIA E DOCUMENTAÇÃO ESCOLAR...................................... 241
GERÊNCIA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES E PROGRAMAS ESPECIAIS......264
CENTRO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SOCIOPSICOPEDAGÓGICO ������������������� 286
COORDENAÇÃO DE ESPORTES.................................................................................. 303
OCAS DO CONHECIMENTO AMBIENTAL......................................................................311
GESTÃO INTEGRADA DA EDUCAÇÃO – GIDE............................................................ 315
CENTRO DE MÍDIAS EDUCACIONAL DE MANAUS..................................................... 334
CENTRO MUNICIPAL DE ARTE - EDUCAÇÃO ANÍBAL BEÇA.................................... 342
CENTRO MUNICIPAL DE ARTE - EDUCAÇÃO NELSON NETO.................................. 351
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DEPARTAMENTO DE GESTÃO EDUCACIONAL
O Departamento de Gestão Educacional, de acordo com o decreto no 2.682, de 26 de de-
zembro de 2013 possui a competência de:
I - Elaborar, implementar e avaliar as políticas educacionais do sistema público de ensino;
II - Orientar, coordenar e supervisionar as atividades educacionais executadas pela Secretaria;
III - Acompanhar a implementação dos programas de formação docente, executados pela uni-
dade administrativa competente;
IV - Apoiar as unidades administrativas na formalização de suas demandas, na construção de
seus respectivos programas de trabalho, na montagem de seus projetos e no exercício das
atividades de organização das etapas e Modalidades de ensino;
V - Estabelecer diretrizes educacionais e normas pedagógicas e administrativas, em ação com-
partilhada com as unidades administrativas distritais, para o desenvolvimento da educação
municipal.
PROJETO: GALERIA DE HONRA
O Projeto Galeria de Honra instituído por meio da portaria nº 2099/2023 – SEMED/GDS, pu-
blicada no DOM Edição 5683, 04/10/2023, tem por objetivo reconhecer, valorizar e divulgar as
práticas exitosas realizadas pelos profissionais da educação, as quais contribuíram para a eleva-
ção da qualidade da educação da rede pública municipal de ensino, bem como proporcionaram
a melhoria da gestão pública municipal, no que tange à celeridade dos processos, eficiência nos
resultados, satisfação para os usuários, benefícios para a comunidade e com possibilidade de
multiplicação da prática. O referido projeto é desenvolvido, com base em regulamento publicado
anualmente no diário oficial.
Público-alvo: Profissionais da educação que atuam nas áreas pedagógica e administrativa.
Período de realização: meses de julho a dezembro.
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Divisão de
Educação
Infantil
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DIVISÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Ao Educador e à Educadora de Referência!
Sejam bem-vindo, educador e educadora das infâncias!
É nesse aconchego de recomeços que a Secretaria Municipal de Educação – SEMED tem a honra
de recebê-lo (a), para iniciar mais um ano letivo, com a garra e bravura de quem sabe o valor dos
recomeços e a importância do fortalecimento afetivo entre as relações cotidianas. Nosso intuito será
sempre de acolher você, de nutrir as bases e sustentar as práticas pedagógicas que são realizadas
em nossas creches e pré-escolas.
Com um cenário de boas-novas e na certeza de assegurar um currículo vivo para as infâncias, que
a Divisão de Educação Infantil – DEI desenvolve suas práticas pedagógicas baseadas na compe-
tência do setor, onde elabora políticas públicas educacionais voltadas para a Educação Infantil,
garantindo espaços de referência que favoreçam o desenvolvimento integral dos bebês, crianças
bem pequenas e crianças pequenas.
O ato de cuidar, educar e brincar na Educação Infantil, certamente, faz de você professor(a) das
infâncias, um(a) colecionador(a) de sonhos, alguém que está no espaço da escola e que tem em
suas mãos o poder de inspirar vidas, de trazer para a roda do tindolelê, diversas cantigas, histórias
e recontos, que faz pulsar a imaginação de quem conduz e de quem é conduzido, deixando na
memória de cada criança um legado de acesso ao mundo literário.
É com o sentimento de gratidão que a SEMED te acolhe, segura na sua mão e caminha contigo para
mais um ano letivo, sabendo que pode contar com você professor e professora das infâncias para
mais essa jornada, que sem dúvidas, traz consigo o ato de educar com intencionalidade, valorizando
os processos e promovendo diferentes e belos espaços.
Que o raiar de um novo dia repouse em nós!
Com carinho...
Cláudia Regina Magalhães
Chefe da Divisão de Educação Infantil
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Caríssimo (a) educador (a),
Esta apresentação tem como finalidade comunicar a intencionalidade e o percurso leitor sobre as
Diretrizes Pedagógicas para o ano letivo de 2025.
Agraciada pela Resolução CNE/CEB nº 1/2024, que aprova as Diretrizes Operacionais Nacionais
de Qualidade e Equidade para a Educação Infantil, a Secretaria Municipal de Educação, por meio
da Divisão de Educação Infantil apresenta uma proposta para o ano letivo de 2025 pautada em tão
importante legislação, que orienta a entrega com excelência às infâncias matriculadas em turmas de
Educação Infantil nas 277 Unidades Educacionais em atendimento às fases: creche e pré-escola.
Nesse sentido, o cenário documental da Jornada Pedagógica 2025 conta com o compromisso de
todos envolvidos no processo educacional, com educadores (as) de excelência, compromissados
(as) com a primeira infância, com sua prática educativa, além da extensa pesquisa, que nos assegura
estar num movimento pedagógico vivo e ativo, oportunizando iniciativas pioneiras e desafiadoras,
compondo ainda, uma dinâmica de trabalho acerca do desenvolvimento integral dessa criança, bem
como a continuidade dos processos de aprendizagens em sua inteireza.
COMPETÊNCIAS DA DIVISÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
É importante ratificar as competências desta Divisão. Segundo o decreto n.º 682, de 26 de dezembro
de 2013, no seu art. n.º 47, é incumbência da Divisão de Educação Infantil:
I. Elaborar políticas públicas educacionais voltadas para a educação infantil;
II. Definir diretrizes gerais para a educação infantil, de acordo com a legislação oficial vigente;
III. Acompanhar a efetivação da proposta pedagógico-curricular da educação infantil nas
unidades de ensino;
IV. Planejar, orientar, monitorar e avaliar os programas e projetos que integram as atividades
do processo ensino-aprendizagem na educação infantil;
V. Propor, monitorar e avaliar a formação permanente dos professores da educação infantil;
VI. Monitorar o atendimento prestado às creches municipais;
VII. Desenvolver outras atividades correlatas.
1. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES EDUCACIONAIS
1.1 Horários de funcionamento - O horário de entrada e saída segue o cumprimento de 4 horas
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parciais e 7 horas em tempo integral, a saber:
Matutino Vespertino Integral
7h às 11h ou 7h15 às 11h15 13h às 17h ou 13h15 às 17h15 7h às 16h
1.2 Organograma para lotação em CMEI
De acordo com o Currículo Escolar Municipal de Educação Infantil, a definição do quadro profissio-
nal da fase pré-escola é de competência da Subsecretaria de Gestão Educacional em consonância
com o Departamento Geral dos Distritos, Divisão de Educação Infantil, Divisões Distritais Zonais de
Educação e da própria unidade escolar de acordo com o ORGANOGRAMA a seguir:
Observação importante sobre sala de recursos:
Caso a Unidade Educacional tenha o interesse em obter a Sala de Recursos, deve encaminhar a
solicitação para o setor responsável a fim de iniciar os trâmites para formalização do referido es-
paço.
2. DOCUMENTOS PEDAGÓGICOS
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2.1 Currículo Escolar Municipal (CEM)
A elaboração do currículo municipal contou com a participação de diferentes profissionais que sis-
tematizaram o cotidiano educativo a partir das vivências, relatos, registros, estudos e partilha de
conhecimento.
No currículo, a educação como um direito, pauta-se em assegurar aos estudantes (em nosso caso
específico, crianças) o direito de aprender, escolher, argumentar, dominar linguagens, compreen-
der fenômenos, enfrentar e resolver problemas e interferir de forma proativa no meio ao qual está
inserido, exercendo plenamente sua cidadania (CEM, 2020, p. 27 com grifos e destaques nossos).
Aprofundando a leitura e o entendimento acerca desses termos, observamos que se inter-relacionam,
e essa janela de oportunidade é vislumbrada num cotidiano de educação que considera todas as
crianças e cada uma delas ativas nas suas aprendizagens e desenvolvimento integral.
Dessa maneira, as propostas pedagógicas em ação têm o foco, garantir aprendizagem e desenvol-
vimento numa linguagem própria do ser humano na condição de bebê, de criança bem pequena e
de criança pequena.
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Considerando os parâmetros de qualidade e equidade na Educação, destacamos o Art. 21,
As instituições que ofertam a Educação Infantil devem organi-
zar seu currículo, a partir das interções e dabrincadeira, garan-
tindo situações pedagógicas que promovam a amplitude das
aprendizagens e desenvolvimento, descritas nos documentos
oficiais vigentes (BRASIL, 2014, grifo nosso).
Importantíssimo frisar que o cotidiano da interação adulto-criança, criança-criança considera todos os mo-
mentos em que ela está na Unidade Educacional como: brincadeiras, atividades dirigidas pela professo-
ra, momentos de cuidado (higiene pessoal, refeições, descanso e deslocamentos no espaço educativo).
2.2 Plano de experiências e contexto e o planejamento
O cotidiano educativo na Educação Infantil envolve o tempo de permanência no espaço escolar,
as especificidades de grupos etários e as microtransições que, quando bem conduzidas, geram
grandes aprendizagens.
Considerando essa premissa, afirmamos que todo o movimento no interior da Unidade Educacio-
nal deve ser intencional bem como revelador do cuidar, além de educar as infâncias por meio das
interações e brincadeiras em situações mediadas, ou não, pelo/a professor/a, assegurando as
aprendizagens infantis e o investimento autoformativo da identidade docente. Esse olhar peculiar
para a turma, tal como cada criança, necessita da sensibilidade e intencionalidade docente que se
desdobra no plano de atividades.
Aqui, ressaltamos a diferença que gradativamente passa a ser compreendida e vivenciada em nossa
prática pedagógica.
PLANO...
Segundo o Houaiss, dicionário da Língua Portuguesa, plano significa: 1. Método para atingir um
fim; 2. Programa detalhado para fornecimento de algum serviço; 3. Maneira de agir, procedimen-
to; 4. Intenção de fazer algo específico.
PLANEJAMENTO...
Segundo o Houaiss, dicionário da Língua Portuguesa, planejamento significa: 1. Elaboração de
plano; 2. Programação, organização prévia.
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O dia do planejamento indicado pelo calendário letivo favorece, nos primeiros minutos, o encon-
tro coletivo que alarga a visão docente sobre as necessidades de sua turma, sendo essa partilha
essencial para a elaboração do plano de atividades e contextos. Vamos conhecer um pouco mais
do instrumento que coleta o conjunto de suas intenções pedagógicas proposta para o seu próprio
desenvolvimento profissional.
Observação importante sobre o planejamento:
O dia do planejamento será organizado de acordo com as datas estabelecidas no Calendário Esco-
lar 2025 específico para as unidades educacionais das DDZ da área do Rio Negro, Urbana, Rural
Rodoviária e Rio Amazonas.
2.3 Diário de classe
A Divisão de Educação Infantil, organizou um Código de Identificação Curricular para o registro
no diário de classe das turmas da pré-escola que, além de facilitar a documentação docente, serve
também como checagem hábil para conferência no cumprimento do currículo.
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CÓDIGO DE IDENTIFICAÇÃO CURRICULAR
O primeiro par composto
pela letra P e um número P1 EO 01 O par numérico indica o
objetivo de aprendiza-
indica o grupo etário da
gem e desenvolvimento
turma:
que será proposto na
1º Período P1 experiência.
O par composto apenas por
2º Período P2 letras indica o Campo de
experiências que será pro-
posto.
E como fica o registro SEM experiências previstas sobre o Aprende + ?
DATA CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS/ DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA
06/02 P1EO01. Brincadeiras de roda.
Data: nas quais as atividades tenham sido desenvolvidas;
Descrição da Experiência: Código de Identificação + Experiência desenvolvida para e com as
crianças;
2.4.2 Orientações gerais sobre o diário de classe:
No campo “observações” no final do diário de classe, registrar: a(s) data(s) e a(s) justificativa(s)
geradora(s) de alterações na realização das experiências pedagógicas planejadas para o período.
Observação importante sobre o registro do Projeto Aprende +:
O registro no DIÁRIO DE CLASSE sobre as experiências realizadas do Projeto Aprende + atende
as especificidades que você encontrará neste documento. Fique atento!
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2.4 Avaliação na pré-escola
Os diversos documentos que norteiam a prática pedagógica na Educação Infantil, como o Currículo
Escolar Municipal (CEM, 2020), sinalizam que a avaliação do desenvolvimento e aprendizagem das
crianças, na pré-escola da Educação Infantil:
• não tem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental;
• não visa a classificação das crianças da pré-escola, entre quem sabe e quem não sabe;
• não visa a rotulação de perfis comportamentais;
• deve considerar o desenvolvimento contínuo e progressivo das crianças;
• demanda revisão reflexiva sobre o que foi realizado;
• deve ser mediada pelo acompanhamento, observação e registro do desenvolvimento e apren-
dizagem das crianças na pré-escola;
• visa promover intervenções adequadas e o refinamento contínuo das práticas pedagógicas.
A prática da observação, por meio do olhar e da escuta atenta sobre os interesses, descobertas e
conquistas de cada criança da pré-escola deve embasar a prática dos registros.
Os registros sobre o trabalho pedagógico, as aprendizagens e o processo de desenvolvimento de
cada criança devem:
• ser disponibilizados e discutidos periodicamente com os responsáveis pelas crianças;
• balizar o processo de avaliação na pré-escola;
• não objetivar seleção, promoção, classificação ou parametrização para o acesso ao ensino fun-
damental;
A avaliação pedagógica, na pré-escola deve se pautar por instrumentos avaliativos adequados às
especificidades das propostas pedagógicas, realidades e culturas locais.
O relatório de avaliação na pré-escola da educação infantil é entendido, como:
• Instrumento de socialização das práticas docentes de análise de contextos, diagnóstico, registro,
tomada de decisões, escolhas, reflexões, planejamento e desenvolvimento de atividades para e
com as crianças;
• A síntese da organização dos dados, pelos docentes, sobre o processo contínuo na aquisição e
ressignificação de conhecimentos, pelas crianças;
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• Documento que, junto aos instrumentos de observação, registro, planejamento e reflexão, com-
põem a documentação pedagógica, viabilizando o acompanhamento, análise do desenvolvimento
e aprendizagem das crianças nessa etapa da educação básica;
• Documento que permite, aos responsáveis pelas crianças da pré-escola, conhecer sobre o tra-
balho pedagógico desenvolvido pelos docentes junto a suas crianças.
O registro da Avaliação na Pré-escola, em 2025, será realizado por meio da Ficha Avaliação do
Processo de Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil: Instrumento que se apresenta de forma
objetiva e subjetiva em um único documento.
O registro da Avaliação da Educação Infantil é individual (por criança) e considera a organização
curricular da Educação Infantil na BNCC, estruturada em 5 Campos de Experiência, no âmbito dos
quais são definidos os Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento, levando em consideração
a indivisibilidade das dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e
sociocultural da criança.
A orientação para o preenchimento desse documento continuará a ser embasada pela via da Do-
cumentação Pedagógica.
Observação importante:
A Ficha de Avaliação do Processo de Desenvolvi-
mento e Aprendizagem Infantil, deverá acompanhar
a criança no caso de transferência para outra Unidade
Educacional.
3. ESPECIFICIDADES NO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
3.1 Ser professor (a) de educação infantil
Conforme o Currículo Escolar Municipal (CEM, 2020) e os diversos documentos que orientam a
docência na Educação Infantil, esta deve ser exercida por profissionais habilitados para a função
que tenham:
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• formação inicial e continuada, ser habilitado em cursos de licenciatura em Pedagogia (nível su-
perior), curso normal de médio (formação mínima), na forma da legislação vigente;
• participação em formações continuadas com foco no aprofundamento e ampliação de saberes,
habilidades e competências visando o fortalecimento da identidade profissional;
• Educar - enquanto acolhimento à curiosidade das crianças, promovendo suas interações com
os ambientes, os objetos, as brincadeiras, as experiências que traçam caminhos para o seu de-
senvolvimento e aprendizagem;
• Cuidar - enquanto construção de vínculos de confiança com as crianças, no acompanhamento
e orientação em momentos de higiene, alimentação e segurança, promovendo seu bem estar;
• Brincar - enquanto atendimento ao direito de aprendizagem por meio do qual as crianças de-
senvolvem o domínio da linguagem simbólica, articulam a imaginação também a imitação da
realidade, recriando significados e conhecimentos.
A tríade formada pelo “cuidar, educar e brincar”, a partir das interações, entre professores e crianças,
entre elas e seus pares, possibilitam a imersão das crianças em práticas socioculturais, criativas e
diversificadas.
O desenvolvimento do trabalho pedagógico pelo docente na Educação Infantil deve considerar:
• a articulação curricular com os campos de experiências (BNCC, 2017) em atendimento aos direitos
de aprendizagem e desenvolvimento das crianças;
• a modificação do comportamento infantil, conforme o que as propostas pedagógicas, as expe-
riências e o ambiente escolar lhes proporcionam;
• conhecer as crianças em seus modos de expressar o que sabem, gostam, ou não, como requisito
para pensar o planejamento diário, formular, organizar, dimensionar atividades, espaços e tempos,
visando atividades escolares cotidianas;
• planejar além de desenvolver atividades com brincadeiras e jogos que possibilitem às crianças,
a escolha de temas, papéis, objetos e companheiros, promovendo experiências que envolvam
emoções e sentimentos, conhecimentos e regras sociais;
As crianças, ao chegarem à escola, trazem o repertório cultural específico de sua vivência, assim
como seus conhecimentos já construídos. Cabe ao docente da educação infantil promover a par-
ceria com os familiares responsáveis pelas crianças sobre seus processos de desenvolvimento e
aprendizagem:
• nos momentos de interação, tanto no dia a dia como em situações específicas;
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• por meio da socialização dos documentos de registro e avaliação da aprendizagem e desen-
volvimento das crianças;
• desenvolver habilidades voltadas para:
Observação de comportamentos.
Avaliação de processos educativos.
Implementação de ações visando a (re)criação de percursos que fa-
çam sentido para as crianças.
Construção de conhecimentos e memórias com base em conhecimen-
tos pedagógicos específicos para esta etapa da Educação Básica.
3.2 Espaços de possibilidades
Na Educação Infantil é muito importante a forma como organizamos os espaços da unidade escolar.
Zabalza e Fornero (apud Barbosa e Horn, 2008, p. 48), dizem-nos que como organizamos esses
espaços podem influenciar, significativamente, no desenvolvimento das aprendizagens infantis, pois
eles “referem-se aos locais onde as atividades são realizadas e caracterizam-se pelos objetos, mó-
veis, materiais didáticos e pela decoração”, sendo estes o pátio, a brinquedoteca, hall de entrada,
corredores, sala de referência e outros.
O espaço refere-se aos aspectos mais objetivos que devem propiciar a construção da autonomia
moral e intelectual das crianças, estimulando a curiosidade, possibilitando interações complexas e
desafiadoras. O espaço tem o poder de educar, servindo como um cenário onde a memória encontra
o que é significativo e permanece gravado em nossas lembranças.
O espaço escolar, quanto otimizado, pode se tornar um instrumento essencial para a promoção do
desenvolvimento das crianças.
Considerando a Organização Educativa sobre os tempos,
espaços e materiais, recomendamos também a leitura do Guia de
Transição Escolar, especificamente as páginas 28 e 29.
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3.2.1 Sala de referência
Quando nos referimos ao espaço da sala de referência, é necessário compreender que as crian-
ças precisam se reconhecer neste espaço interno. Ela é um lugar mais íntimo, de pertencimento,
de brincar, explorar, descobrir, construir, expressar, investigar e em alguns casos até dormir. Um
lugar acolhedor que precisa ser pensado e planejado com intencionalidade (Chanan, 2021).
A sala de referência é desafiadora, construída para e com as crianças, demonstrando a identida-
de da turma seja no chão, nas laterais ou no teto. Ela precisa ser organizada de forma a propiciar
acessibilidade quanto a interação, uso e manipulação dos elementos que a compõe: brinquedos,
recursos estruturados e não estruturados, livros, riscadores e papelaria, de forma que instigue a
imaginação, criatividade e contribua para desenvolvimento da autonomia e constituição da mesma
quanto protagonista em seu processo de aprendizagem e desenvolvimento.
De acordo com a DCNEI (2010) a sala de referência deve ser um espaço que:
• promove a liberdade de escolhas (materiais, brinquedos e contexto) e de corpos em movimento;
• desperte criatividade, sensibilidade e ludicidade (lembrando que é preciso rever este termo,
ludicidade não é tudo colorido, cheio de formas geométricas e personagens);
• contemple as múltiplas linguagens;
• apresente a diversidade de manifestações artísticas e culturais, descolonizando o olhar (muitas
vezes, as escolas apresentam apenas referências eurocêntricas),
• acolhe as singularidades e os ritmos;
• promove autonomia, solidariedade, responsabilidade e respeito ao bem comum (tenha cestas
com paninho de mesa, de chão, esponja, escovinha, kit de pá e vassoura para as crianças aju-
darem com a limpeza do ambiente e o cuidado com os materiais e as pessoas);
• contemple os interesses, desejos e curiosidades de bebês e crianças;
• inclui a participação de bebês (pela observação) e crianças na tomada de decisões referentes
ao próprio espaço;
• promove a escuta, a construção da identidade, a autoestima e a convivência em grupo.
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Para aprofundar sobre este espaço singular e conhecer os Cantos fixos/permanentes
(Zonas circunscritas) e os Cantos alternativos/móveis (Zonas circunscritas ou cantos
complementares), indicamos a leitura das páginas 91 e 92 no CEM.
3.2.2 Espaços externos
O CEM considera os espaços externos como ambientes que possibilitam maior movimentação du-
rante as brincadeiras, assim como a exploração de seus componentes pelas e com as crianças. Além
disso, as brincadeiras são patrimônio cultural que deve ser assegurado nas instituições escolares.
Na página 93 do CEM, você poderá aprofundar a compreensão sobre os Espaços de interligação
para jogos tranquilos e os Espaços estruturados para jogos de movimentos.
3.2.3 Espaços naturais
O CEM considera os espaços naturais como aqueles que não receberam a interferência do homem
e, se receberam, tiveram poucas modificações como: bosques, florestas, rios, lagos, praias, morros,
pedras grandes e outros (CEM, 2020).
A esse conjunto de reflexões acerca dos espaços internos e externos, precisamos considerar o
documento que possui orientação mais atual, em específico o:
Art. 21. As instituições que ofertam a Educação Infantil devem organizar seu
currículo, a partir das interações e da brincadeira, garantindo situações peda-
gógicas que promovam a amplitude das aprendizagens e desenvolvimento,
descritas nos documentos oficiais vigentes, promovendo: [...] V - momentos
diários nos espaços externos, de forma a diversificar as experiências de bebês
e crianças e a evitar práticas que concentrem as interações e a brincadei-
ra apenas nos espaços internos (RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 1, DE 17 DE
OUTUBRO DE 2024. Grifo nosso).
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3.3 Organização do trabalho pedagógico: possibilidades de se pensar sobre a rotina na
educação infantil
A rotina é uma categoria pedagógica que os responsáveis pela educação infantil estruturam, para a
partir dela desenvolver o trabalho cotidiano na instituição (Barbosa, 2006). Ela deve ser planejada
com foco na criança e suas diferentes manifestações culturais, cognitivas, artísticas, sociais, físicas
e afetivas (Redin, 2017).
A organização da rotina ajuda a criar um ambiente acolhedor e seguro para as crianças da Educação
Infantil. O Currículo Escolar Municipal versa que essa rotina deve ser planejada cuidadosamente
respeitando o tempo e ritmo das crianças no seu processo de aprendizagem e desenvolvimento.
É essencial promover intencionalidade além de investir no trabalho pedagógico para assegurar os
direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Dessa forma é imprescindível considerar, no planeja-
mento da rotina cotidiana, aspectos importantes tais como:
• A jornada diária das crianças e adultos: Se a unidade possui funcionamento em tempo integral
ou parcial;
• Categorias de atividades: Chegada ao espaço educativo, alimentação, higiene, descanso, brin-
cadeiras expressivas das diferentes linguagens e retorno das crianças às famílias.
Cada momento deve ser pensado e planejado de forma a potencializar a aprendizagem da criança,
desenvolvimento de sua autonomia e construção da sua identidade enquanto sujeito em formação.
É importante considerar que o repertório de atividades auxilia na definição da rotina diária de cada
realidade. As atividades permanentes como alimentação, higiene e descanso devem manifestar
ações de cuidado, pois o cuidar e o educar são indissociáveis na educação infantil.
3.3.1 Processos relacionados à organização do cotidiano educativo
• CHEGADA AO ESPAÇO ESCOLAR E SALA DE REFERÊNCIA
Deve ser a base desse momento, por isso é importante que o espaço seja
aconchegante e convidativo com materiais estruturados e/ou não estrutura-
ACOLHIMENTO
dos e livros de literatura para que as crianças possam manipular, interagir e
brincar.
É um momento essencial para que as crianças expressem seus sentimentos,
RODA DE
escuta, dúvidas, conhecimentos, hipóteses, modo de agir, trocas de
CONVERSA
experiências e descobertas.
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É o momento mais longo da rotina, por isso deve ser planejado com
ATIVIDADES
intencionalidade pedagógica com foco na criança, seus ritmos e tempos de
PERMANENTES
aprendizagem.
O momento da alimentação pode ser uma oportunidade de muitas aprendi-
ALIMENTAÇÃO zagens, para tanto, é importante envolver as crianças na organização dos
ambientes onde realizam suas refeições acompanhadas pelo/a professor/a.
É importante aproveitar esse momento para o desenvolvimento de hábitos
saudáveis, cuidados com a saúde e ampliação da autonomia da criança.
HIGIENE Realizar a escovação dos dentes após as refeições e a higiene das mãos
quando necessário, são práticas cotidianas. Recomenda-se que ao usar o
banheiro, a criança deva ser acompanhada por um adulto de referência.
A criança necessita de um momento de descanso. Uma criança cansada e
com sono terá menor disposição para interagir e aprender. Importante que
DESCANSO
elas tenham espaços adequados para atividades repousantes ou sono, mas
que também sejam acolhidas em seus desejos de querer ou não dormir.
• ATIVIDADES EXPRESSIVAS DE DIFERENTES LINGUAGENS
É importante a proposta de atividades diversificadas que oportunizem à criança realizar suas próprias
escolhas e interação entre seus pares. Para tanto, é significativo oportunizar atividades com pintura,
dança, teatro, música, brincadeiras livres ou dirigidas no espaço da sala de referência ou em outros
espaços livres na escola. Essas atividades podem ser integradas com as atividades permanentes.
• RETORNO ÀS FAMÍLIAS
Esse momento faz parte do planejamento da rotina. Um olhar sensível sobre as crianças, a escuta
ativa e o acolhimento devem ser práticas pedagógicas presentes na entrega das crianças para as
famílias. Comunique expressões acolhedoras como: “Amanhã nos vemos novamente.”; “Como foi
bom estar com você hoje.”; “Hoje é sexta. Temos alguns dias em casa e logo nos veremos.”, dentre
outras.
3.4 Sobre o brincar e as brincadeiras
A brincadeira potencializa o desenvolvimento infantil, além de permitir que as crianças possam vi-
ver suas infâncias. O brincar é um elemento indissociável à sua aprendizagem e desenvolvimento.
Assim, é necessário se fazer organizar condições e circunstâncias para o acontecimento da brin-
cadeira, sempre atento à importância dos processos e das relações construídas durante e a partir
delas. Segundo Costa e Mello, “o uso da brincadeira para ensinar conteúdo ou habilidades da vida
cotidiana retira dela sua especificidade e a transforma em outra atividade” (2017, p. 156).
As crianças têm necessidades intrínsecas de brincar, pular, criar, subir, descer, correr, fantasiar e
20
exercitar sua imaginação, toda essa dinâmica desenvolve a autoconfiança, a curiosidade, autonomia,
percepção, imaginação, linguagem, pensamento, além de criar e recriar possibilidades e formular
hipóteses sobre os processos vividos durante a brincadeira.
Brincando, a criança desenvolve a sua memória voluntária, a sua atenção. En-
riquece a sua percepção, a sua linguagem. Estabelece relações que sofisticam
o seu pensamento. Aprende a representar simbolicamente as ações do mundo
adulto e torna-se capaz de, por meio da imaginação, projetar novas ações. Além
disso, o brincar contribui para a formação de sua identidade pessoal e grupal e da
consciência das próprias possibilidades (BISSOLI, 2007, p. 16).
Apresentamos aqui algumas sugestões de brincadeiras e suas possibilidades:
Evidencia a presença da situação imaginária, em que a criança indaga sobre
o mundo e sobre si, assumindo diferentes papéis e representações sociais.
Ao se colocarem no lugar do outro, aprendem a coordenar seu comporta-
mento nas interações (CEM, 2020).
Sugestão de algumas possibilidades do Faz de Conta:
BRINCADEIRAS
DE FAZ DE • Ofertar adereços, cenários e figurinos para ambientar os temas de faz de
CONTA conta;
• Ampliar o repertório de histórias, favorecendo às crianças inspirações em
personagens e em jogos e brincadeiras da cultura local;
• Cantigas de roda, parlendas, advinhas e joguetes;
Para aprofundamento ver página 113 a 117 do CEM.
Atividades lúdicas que estimulem a criatividade e promovem aprendizagem
de conceitos matemáticos, espaciais, socioemocionais, coordenação moto-
ra, desenvolvendo possibilidades diversificadas de interações entre as crian-
ças e seus pares, adultos e o espaço.
Sugestão de algumas possibilidades de brincadeiras:
BRINCADEIRAS • Blocos, peças de montar e outros materiais;
COM MATERIAIS • Caixas de diversos tamanhos, rolos de papel e garrafas;
DE
CONSTRUÇÃO • Uso de materiais reutilizáveis, objetos não estruturados;
• Pintura e desenho em grandes escalas possibilitando a criação de cená-
rios estimulando a expressão artística;
• Manuseio, combinação e transformação de elementos da natureza: areia,
água, tintas naturais entre outros;
21
Possibilitam às crianças experienciar com seus pares e adultos o convívio
com regras que trabalham funções de sociabilidade com variados conceitos
como: “respeitar o outro, esperar a sua vez, entender regras de convivências,
BRINCADEIRAS dividir materiais, entre outros”.
COM REGRAS E
Sugestão de algumas possibilidades de brincadeiras:
BRINCADEIRAS
SOCIAIS • Pega-pega;
• Esconde-esconde;
• Jogos de percurso;
3.5 Perspectivas de acolhimento das infâncias no cotidiano educativo
O acolhimento é uma dimensão que compreende a criança em sua integralidade, é uma dinâmica
que vai além da mera adaptação e atravessa a função social da escola, constituindo-se num movi-
mento constante que acontece em várias direções e que requer o envolvimento de todos.
De acordo com o Currículo Escolar Municipal (Manaus, 2020), nas escolas de Educação Infantil o
acolhimento é indispensável para que as relações se estabeleçam e os vínculos sejam construídos.
Portanto, o acolhimento envolve escuta, atenção e empatia, tanto dos(as) professores(as) que rece-
bem crianças e famílias, quanto das crianças e famílias que também recebem seus(suas) novos(as)
professores(as).
É nesse período que os primeiros vínculos são estabelecidos, pois a criança precisa de tempo para
conhecer a professora, o novo ambiente, a nova rotina. É importante lembrar que o acolhimento
acontece a todo momento, durante todo o ano. Embora seja um período inicial, ele não se dá em
um único dia, em um único encontro. Somente as crianças com suas famílias e o(a) professor(a)
saberão quando esse período inicial será concluído, sobretudo a partir dos vínculos que vão aos
poucos se estabelecendo.
Algumas possibilidades de acolhimento no cotidiano que ajudam a ampliar o repertório de atividades:
• Acolher os diferentes momentos da rotina: brincadeiras, atividades dirigidas, momentos de cui-
dado (higiene pessoal, refeições, descanso e deslocamentos no espaço educativo) como parte
integrante dos Campos de Experiências;
• Possibilitar às crianças a sua escuta afetiva, responsiva, expansiva e integradora;
• Favorecer às crianças diferentes formas de organização com vivências:
☺ Individuais;
☺ Em pares;
☺ Pequenos grupos;
22
☺ Metade do grupo;
☺ Grande grupo, inclusive entre outros grupos etários.
Art. 21, parágrafo “I - diferentes agrupamentos no
decorrer do dia: pequenos grupos, duplas, grande
grupo, momentos individuais etc.” (RESOLUÇÃO
CNE/CEB Nº 1, DE 17 DE OUTUBRO DE 2024.
Grifo nosso).
• Coordenar a prática de trabalho dos profissionais de apoio que atuam no acompanhamento
das crianças público-alvo da Educação Especial.
Com esse conjunto de acolhimento, teremos a crescente e consistente participação das
crianças.
3.6 Agenda infantil de pré-escola
Afinal, a agenda é mesmo tão importante? A Divisão de Educação Infantil – Pré-es-
cola, afirma que sim, ela é um instrumento que se apresenta como um comunicador,
estabelecendo vínculos, registrando falas e oportunizando espaço que facilite o diálogo
entre a unidade educacional, professores(as) e família.
3.7 Ampliando a concepção de documentação pedagógica
A documentação pedagógica consiste em um conjunto de registros destinados a orientar, analisar,
planejar, refletir e avaliar a prática pedagógica. Quando compartilhada com os sujeitos envolvidos,
ela torna o trabalho docente visível, permitindo interpretação, diálogo e compreensão dos processos
23
educativos das crianças na pré-escola.
Nesse viés, a documentação pedagógica compreende a utilização de instrumentos para ações como:
sobre como as crianças interagem com os espaços, objetos,
OBSERVAÇÃO as demais crianças, no desenvolvimento das atividades co-
tidianas.
por meio dos diversos tipos de suporte - escrito, fotográfico,
REGISTRO fílmico, entre outros, visando a construção de conhecimen-
tos e memórias
docente sobre o protagonismo e o desenvolvimento infantil,
REFLEXÃO narrados por meio dos registros
das mediações que visam a progressão da aprendizagem
PLANEJAMENTO
das crianças
por meio da revisitação dos registros sobre as ações desen-
AVALIAÇÃO
volvidas
docente por meio da reflexão, com base nos instrumentos
RESSIGNIFICAÇÃO
de registro sobre os processos educativos das crianças na
DO OLHAR
pré-escola
Escrever sobre a criança implica em conhecê-la. Para tanto, sugerimos que:
• As crianças da turma sejam divididas em pequenos grupos para a observação docente, por
períodos semanais;
• Os registros sejam realizados, durante as atividades junto às crianças, por meio de anota-
ções, fotografias e/ou áudio;
• A escrita sobre os processos de aprendizagem, observados e registrados, seja feita com a
utilização de instrumento próprio, como caderno de anotações, diário de bordo etc.;
• O planejamento, o registro das atividades realizadas e a avaliação do processo de aprendi-
zagem e desenvolvimento devem ter por base os registros resultantes das observações docentes.
24
4. SOBRE EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INTEGRAL
A Educação Integral tem como compromisso a formação e o desenvolvimento humano global das
crianças e estudantes em suas múltiplas dimensões: cognitiva, social, socioemocional, cultural e
física, reconhecendo as singularidades e as diversidades, de modo que cada indivíduo tenha asse-
gurado o seu direito ao desenvolvimento integral. Dessa forma,
Compreende-se por educação integral o processo de ensino, aprendizagem e parti-
cipação que abarca as diferentes dimensões constitutivas do ser humano, a saber:
física, intelectual, social, emocional, simbólica, política, cultural, entre outras, arti-
culadas entre si e em desenvolvimento contínuo ao longo da vida. [...] A educação
integral é também o fundamento integrador das dimensões do cuidar e educar, bem
como da relação entre a educação escolar e as práticas sociais em toda a educação
básica (BRASIL, 2023).
A Educação Integral é também o fundamento integrador das dimensões do cuidar e do educar
e da relação entre a educação escolar e as práticas sociais em toda a Educação Básica.
Educar em Tempo Integral significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da criança,
considerando-as como sujeitos de aprendizagem, promovendo uma educação voltada ao seu aco-
lhimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades.
A escuta e participação dos estudantes e das comunidades escolares nos processos edu-
cativos e na gestão escolar são elementos centrais da Educação Integral. Contudo, a educação de
bebês, crianças, adolescentes e jovens em uma perspectiva integral não depende apenas da duração
da jornada escolar: é preciso um conjunto estruturado de elementos estabelecidos no âmbito da
Secretaria de Educação por uma Política e, no âmbito da escola, um Projeto Político-Pedagógico,
ambos articulados e em constante revisão e ação.
É fundamental que a organização do tempo integral seja resultado do Projeto Político-
Pedagógico (PPP) e do currículo escolar, articulando-se com os espaços internos e externos à
escola, os materiais, a relação com os recursos e saberes do território, bem como com a escuta e a
participação das crianças e das comunidades escolares nos processos educativos e na gestão da
escola. Para tanto importante salientar:
25
• A organização curricular não deve ser baseada na lógica do contraturno, mas deve priorizar
o turno único, visando a um currículo integrado e integrador de experiências;
• O cotidiano é estruturado com base na realidade e na identidade de cada unidade de ensino,
considerando a complexidade das interações e das brincadeiras, enquanto reforça a identidade
institucional, apontadas no PPP;
• É orientado que as crianças participem de forma ativa quanto a organização da rotina,
alimentação, higiene, repouso.
Para organização das unidades que oferecem Educação de Tempo Integral na perspectiva
da Educação Integral recomenda-se a realização das práticas diversificadas por meio de projetos
que podem ser elaborados conforme a realidade e identidade de cada unidade e/ou turma, consi-
derando, os Eixos Temáticos:
Oportunizar:
Empreendedorismos;
Fortalecimento Financeiro:
Oportunizar: sonhos, planejamento e realização;
Cultura digital; Território Sen- Compreensão do valor do dinheiro.
sorial; Musicalidade; Luz e 2 horas semanais
Sombra; Confecção de brin-
quedos; Linguagens; Desenho;
Pintura; Contação de história;
Teatro; Fantasias; Modelagens;
Elementos naturais (folhagem,
pedras, areias, gravetos, se-
mentes, flores, etc.)
2 horas semanais
Oportunizar:
Ginástica corporal; Cir-
cuito do brincar;
Oportunizar:
Recreação no parque
Horta Educativa como princí-
3 horas semanais pio científico; Experimentos
científicos; Sustentabilidade:
Consumo consciente; Ali-
mentação Saudável; Cozi-
Oportunizar: nha experimental.
Socioemocional; 3 horas semanais
Alimentação e descanso; Cuidados
pessoais.
5 horas semanais
Para além dessa abordagem, importante considerar os papéis e responsabilidades das instituições
e sujeitos envolvidos no processo educacional:
26
MATRIZ DE RESPONSABILIDADE FRENTE AO TEMPO INTEGRAL
Elaborar, planejar e conduzir os processos referen-
te a Política de Educação Integral em tempo integral.
Identificar, planejar e utilizar ferramentas adequadas para a distribuição e
alocação de matrículas considerando a viabilidade operacional, o alcance
SEMED de comunidades escolares e/ou estudantes em maior vulnerabilidade so-
cial e o engajamento da gestão da escola na expansão do tempo integral.
Articular outras secretarias à Política de Educação Integral em tempo integral.
Planejar e apoiar melhorias nas condições de implementação do tempo
integral em diálogo com as escolas.
Identificar e projetar demanda de acor-
do com especificidade da escola e sua comunidade.
Articular o processo financeiro, administrativo e pedagógico em
diálogo com a Secretaria de Educação e a comunidade escolar.
Declarar corretamente as matrículas de tempo integral no Censo Escolar.
DIRETOR/A
Promover e organizar as instâncias de participação, deliberação e
ESCOLAR
associação coletiva na escola, seja por meio do Conselho de Esco-
la, da Associação de Pais e Mestres ou de agremiações estudantis.
Informar, conscientizar e mobilizar a comunidade escolar sobre a educa-
ção integral em tempo integral resulta em maior engajamento e confiança
nas mudanças em curso na escola.
Atuar em conjunto com a Direção na gestão dos proces-
sos administrativos, financeiros e, em especial, o pedagógico.
Gerir a formação continuada dos profissio-
nais da escola, na perspectiva da Educação Integral.
Subsidiar o planejamento e a realização de propostas peda-
gógicas contextualizadas, significativas e integradas ao lon-
PEDAGOGO/A
go da jornada escolar, nas diferentes etapas e modalidades.
Acompanhar, observar e apoiar a atividade docente e a experiência dos
bebês, crianças, adolescentes e jovens ao longo de todo o ano letivo.
Coordenar processos de avaliação das condições de oferta do tempo in-
tegral, assim como dos resultados de aprendizagem e desenvolvimento
integral.
Planejar, gerir a sala de aula, refletir e documen-
tar sobre os processos de ensino e aprendizagem.
Acolher, acompanhar e se vincular aos estudantes, diversifican-
do estratégias e propostas pedagógicas que assegurem os direi-
tos de aprendizagem e desenvolvimento em cada etapa e, se for
PROFESSOR/A
o caso, modalidade de ensino. Articular, em momentos formati-
vos dentro de suas jornadas, com colegas professores(as) e profis-
sionais da educação que atuam em outros tempos escolares, sé-
ries, frentes de ação ou áreas/componentes curriculares da escola.
Avaliar processos e resultados de aprendizagem.
27
Apoiar diretamente a Direção, Coordenação escolar e Professo-
PROFISSIONAL DE res(as) na organização dos espaços, transições de tempos, agrupa-
APOIO mentos, momentos de entrada e saída, alimentação e deslocamento.
Participar, sempre que possível, de momentos formativos da escola.
Participar do Conselho de Escola, Associa-
ção de Pais e Mestres, e ainda, Grêmios Escolares.
COMUNIDADE Recomendar e deliberar junto à Direção da Esco-
ESCOLAR la sobre melhorias na oferta e permanência no tempo integral.
Apoiar na identificação e articulação com famílias e estudantes em maior
situação de vulnerabilidade social.
Fonte: COGEITI/DPDI/SEB/MEC
Para ampliar o conhecimento, indicamos os seguintes manuais e guias disponíveis no portal
do MEC.
5. FORTALECENDO O LEGADO DO LEEI
Em anos anteriores, nossos documentos oficiais abordavam a Cultura Escrita a partir dos
movimentos suscitados pelo CEM. Contudo, em 2024, tivemos a oportunidade de vivenciar o curso
federal com investimento formativo sobre a Leitura e Escrita na Educação Infantil, o LEEI.
Com o objetivo de estabelecer orientações nacionais e formar professor/a de Educação In-
fantil para desenvolver o trabalho com a linguagem oral e escrita, o LEEI apresentou aporte teórico
e, principalmente vivências que servem de inspiração para o trabalho com as crianças mediando e
inclusive, estabelecendo vínculos com as famílias dos pequenos.
28
Ainda agraciados pela Resolução CNE/CBE nº 1, de 22 de outubro de 2024, destacamos o
parágrafo que desenvolve as propostas experimentadas, estudadas e analisadas pelo LEEI.
Art. 13, parágrafos IV - o reconhecimento das interações e da brincadeira como
elementos estruturantes do trabalho educativo com as crianças; E III - a atenção ao
desenvolvimento das múltiplas linguagens da criança e o compromisso com o investi-
mento pedagógico intencional nos processos de apropriação da leitura e da escrita e de
desenvolvimento da oralidade, orientados para a garantia do direito humano à alfabe-
tização e ao letramento; nos termos do inciso XI do artigo 4º da Lei nº 9.394, de 1996.
Art. 21. As instituições que ofertam a Educação Infantil devem organizar seu currículo,
a partir das interações e da brincadeira, garantindo situações pedagógicas que pro-
movam a amplitude das aprendizagens e desenvolvimento, descritas nos documentos
oficiais vigentes (BRASIL, 2024).
Portanto, é fundamental revisar o checklist sobre as possibilidades potencializadoras que oferece-
mos, mediadas pelas interações e brincadeiras. Confira na tabela:
Caixas com diver- Identificação de
sos gêneros Chamadinha brinquedos e Roda de conversa
textuais materiais
Quadro de comuni-
Calendário Criar texto coletivo Listas
cação
Descrever fotos e Visita a outras
Cantinho da leitura Manuseio de livros
figuras turmas
Contar e ler Presença da
Dicionário de
histórias, poesias Reconto família para contar
parede
e outros história
6. PROJETOS E AÇÕES CRIADOS E GERENCIADOS PELA PRÉ-ESCOLA
6.1 Aprende +
Objetivo: Fomentar as múltiplas linguagens com investimento pedagógico intencional nos processos
de desenvolvimento da oralidade, a apropriação da função social da leitura e da escrita promovendo
29
diferentes práticas letradas e sistematização de mediações pedagógicas docentes quanto à imersão
da criança na Cultura Escrita.
Público Alvo: Crianças da Pré-escola – 1º e 2º período (45.000 crianças).
Público Previsto: 250 Unidades de Educação Infantil; cerca de 1.545 docentes e 45.000 crianças
da Pré-escola.
Periodicidade: janeiro a dezembro de 2025
O Projeto Aprende +, integrado ao Programa Educa +, é uma iniciativa desta Secretaria de Educação
que visa a potencialização do trabalho pedagógico desenvolvido com as crianças da pré-escola,
promovendo experiências que possibilitem a familiarização das crianças com práticas sociais, nas
quais a linguagem escrita esteja presente e se desenvolva em suas várias funções sociais.
PERSPECTIVAS DAS PRINCIPAIS AÇÕES PARA 2025
1ª ETAPA: OPERACIONALIZAÇÃO
AÇÕES PÚBLICO METODOLOGIA PERÍODO
As orientações são sobre o desenvolvi-
mento de cada etapa e operacionaliza-
Encontros ção de todos os instrumentos utilizados
Janeiro a Dezembro
periódicos de no projeto. A DEI orienta o coordenador
com grupos
orientações Coordenador, e o assessor, estes orientam o diretor e
específicos de
pedagógicas Assessor pedagogo e estes orientam as profes-
acordo com o
em formato soras de referência. As orientações são
calendário letivo.
cascata. sobre o desenvolvimento de cada etapa
e operacionalização de todos os instru-
mentos utilizados no projeto.
Operacionaliza- Elaborar um planejamento integrado ao
ção do Roteiro Roteiro de Imersão da criança na cultu-
de Imersão da Docente ra escrita; Realizar as ações propostas; Janeiro a Dezembro
Criança na Registrar no diário de classe e no Port-
Cultura Escrita. fólio Aprende +.
30
2ª ETAPA: ASSESSORAMENTO E MONITORAMENTO
AÇÕES PÚBLICO METODOLOGIA PERÍODO
Orientações às professoras de referên-
cia quanto: Organização dos espaços
educativos nas salas de referência,
Assessoramento área externa da escola e abordagem
e monitoramento pedagógica no planejamento e desen-
Assessores volvimento com as crianças.
pedagógico Janeiro a
Pedagógicos
Orientação quanto a elaboração do Dezembro
DEI/DDZ
Portfólio Aprende + com os registros
das observações realizadas pelos do-
centes durante as atividades de poten-
cialização do temas de experiências do
Roteiro.
Coletas de dados: A gestão Integrada
da Educação realiza a coleta de dados
do cumprimento do roteiro de imersão
Assessoramento e Assessores
da criança na Cultura Escrita; da Ava-
monitoramento de de Gestão Semestral
liação Diagnóstica na Educação Infan-
Gestão/GIDE GIDE
til; do Portfólio Aprende +; do acompa-
nhamento da organização dos espaços
educativos;
3ª ETAPA: AVALIAÇÃO
AÇÕES PÚBLICO METODOLOGIA PERÍODO
Realizada semestralmente, sendo
desenvolvida pela professora de re-
ferência da turma, por meio da obser-
vação e registro. É contextualizada e
Professor/a e
Avaliação desenvolvida durante dois dias conse-
Crianças da Semestral
Diagnóstica cutivos. Balizada nos eixos estruturan-
Pré-escola
tes da Educação infantil e planejada
conforme os temas de experiências
abordadas pelo Roteiro de Imersão da
Criança na Cultura Escrita.
Aplicação de formulários de escuta
Assessor
sobre o desenvolvimento do Projeto
pedagógi-
Aprende +: A Divisão de Educação In-
co da DDZ,
fantil realiza a aplicação de 2 formulá-
Formulário de Diretor/a,
rios de escuta via GOOGLE FORMS Semestral
escuta Pedagogo/a,
com o intuito de ouvir os sujeitos en-
Professor/a e
volvidos na operacionalização do Pro-
Responsável
jeto quanto aos instrumentos utilizados
da criança
e aspectos gerais.
31
6.1.2 O que há de novo no Projeto Aprende +
No ano de 2025, o Projeto Aprende + apresentará algumas novidades, além da inserção
Campo de Experiência Escuta, fala, pensamento e imaginação, o referido Projeto contemplará outro
Campo de Experiência: Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
O mesmo integrará ao Roteiro de Imersão da Criança na Cultura Escrita, apresentando temas
de experiências específicas a serem desenvolvidos semestralmente. Tais temas de experiências
estão alinhados à BNCC, aos Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento do Currículo Escolar
Municipal e a as Novas Diretrizes Operacionais da Educação Infantil.
Haverá também um novo Guia de Orientações Pedagógicas, com ampliação conceitual
sobre os temas de experiências apresentados no Roteiro e as etapas e instrumentos utilizados no
Projeto.
O Portfólio Aprende + passará a ter uma nova estrutura onde os relatos escritos e evidências das
atividades estarão contemplados em uma única ficha.
Os Espaços Educativos terão sua abordagem ampliada para os espaços externos à sala de
referência. Neste item, será abordada a construção ou ressignificação dos espaços de convivência
coletivos existentes na unidade de Educação Infantil, visando evidenciar o acolhimento, contemplar
instrumentos potencializadores da aprendizagem, como o Dicionário de Parede, a fim de incentivar
e promover a leitura, além de outras situações propostas pelo/a professor/a de referência.
Ampliação para os espaços externos à sala de referência: cantinho da leitura e o dicionário
de parede.
E como fica o registro com experiências previstas sobre o Aprende + ?
DATA CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS/ DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA
P1EF03. E.L. Reconto da história lida. Descrição da mediação docente. Apresentar
07/02
e problematizar.
P1TS02. Noções espaciais. Descrição da mediação docente. Apresentar e proble-
08/02
matizar.
Data - nas quais as atividades tenham sido desenvolvidas;
32
Descrição da Experiência - Código de Identificação com Objetivos de Aprendizagem e Desenvol-
vimento do Roteiro de Imersão da Criança na Cultura Escrita + Tema da Experiência + Descrição
da Experiência e Nível de Progressão.
6.2 Documentando a pedagogia da pré-escola
Objetivo: Reestruturar e sistematizar o trabalho pedagógico no acompanhamento e orientação às
práticas que dão visibilidade à aprendizagem das crianças da educação infantil, garantindo os ei-
xos norteadores - interações e brincadeiras - como especificidade desta etapa da educação básica,
viabilizando a autoria intelectual dos docentes com ênfase nas atividades de observação, registro e
reflexão sobre os processos de desenvolvimento integral das crianças, promovendo a participação
de coordenadores e assessores pedagógicos, diretores e pedagogos, numa perspectiva de marcar
memórias pedagógicas das infâncias na fase da pré-escola.
Público-alvo: Coordenadores e assessores pedagógicos de DDZ, pedagogos e gestores da pré-
-escola.
PERSPECTIVAS DAS PRINCIPAIS AÇÕES PARA 2025 (01)
Objetivo da ação: Observar, registrar e recriar significados: Acompanhar e orientar as atividades
de documentação com ênfase na observação, registro, reflexão.
33
AÇÕES PÚBLICO METODOLOGIA PERÍODO
Conhecer, acompanhar e orientar a narrativa
sobre o protagonismo das crianças em seus
processos de desenvolvimento e aprendiza-
gem, à luz de reflexões fundamentadas com
base nos pressupostos da documentação
1º Semestre
pedagógica.
Coordenado- Apoiar o assessoramento às Unidades Edu-
Encontros dia- res e assesso- cacionais realizado pela DDZ conforme cro-
lógicos res pedagógi- nograma.
cos de DDZ,
pedagogos e Analisar e refletir sobre a utilização do(s) ins-
gestores da trumento(s) de registro e a ressignificação
Pré-escola. das concepções docentes sobre a prática da
2º Semestre
documentação pedagógica, em articulação
com os processos formativos desenvolvidos
pela DDPM.
Socializar os resultados obtidos no proces-
Encontro vir- Final do 2º
so, pelas equipes pedagógicas das Unida-
tual Semestre
des Educacionais.
PERSPECTIVAS DAS PRINCIPAIS AÇÕES PARA 2025 (02)
Objetivo da ação: Ecopedagogizando: Evidenciar a relação criança e natureza, buscando promover
o desemparedamento das infâncias, impactando toda Rede Municipal de Educação.
Parceria: OCAS DO CONHECIMENTO; UNICEF; SEMSA; SOKA; SAPEDI, SBP, UnB
AÇÕES PÚBLICO METODOLOGIA PERÍODO
11 Unidades
Orientar sobre práticas pedagógicas que
Educacionais
favoreçam experiências ao ar livre, aprovei-
Encontros que atendem Março e
tando os espaços externos dentro e fora das
dialógicos a Pré-escola Outubro
Unidades Educacionais, fortalecendo a rela-
certificadas pela
ção criança e natureza.
UAPI em 2024
PERSPECTIVAS DAS PRINCIPAIS AÇÕES PARA 2025 (03)
Objetivo da ação DEICAST: Promover diálogos sobre temáticas relevantes para a Educação In-
fantil, bem como divulgar a produção intelectual das crianças e profissionais da Educação da Rede
Municipal de Manaus.
34
Público-alvo: Rede Municipal de Educação de Manaus
AÇÕES PÚBLICO METODOLOGIA PERÍODO
Elaborar roteiros em parceria com
servidores municipais e/ou
Criação de rotei-
Comunidade convidados coletando temas e ma-
ros
educativa e teriais que serão utilizados no POD-
assessores CAST.
pedagógicos da
DEI Engajar os profissionais nas ações
Episódios
Gravação in loco práticas que serão gravadas e
bimestrais
lançadas à Rede de Ensino.
totalizando 4
(quatro) vídeos
Produção do Assessores Organizar o vídeo com as temáticos
pedagógicos da gravações prévias e layout de imagens,
vídeo DEI fotografias e textos.
Submeter ao DEGE o vídeo para
Ampla divulgação DEGE apreciação final e autorização para
ampla divulgação.
6.3 Caravana da educação infantil
Objetivo: Promover o desenvolvimento integral das crianças da Educação Infantil por meio de ações
educacionais afetivas e intencionais, que priorizem as interações e a brincadeira, fomentando a cons-
ciência da importância do movimento para o desenvolvimento psicomotor. Além de, orientar os(as)
professores(as) de referência da Educação Infantil quanto a ampliação do repertório de atividades
psicomotoras, proporcionando um ambiente educacional enriquecedor e favorecendo a educação
integral das crianças.
Público: Crianças da Educação Infantil, Professoras de Referência, Diretoras, Pedagogas e Equipe
Escolar.
Periodicidade: Atuação diária nas Unidades de Ensino.
A metodologia do projeto valoriza o desenvolvimento integral das crianças, englobando aspectos
sociais, culturais e a construção ativa do conhecimento, sempre por meio de interações e brinca-
deiras. Fundamentada em teorias e práticas pedagógicas amplamente reconhecidas, a abordagem
da Caravana oferece um ambiente de aprendizagem completo e eficaz, promovendo o crescimento
35
cognitivo, motor, social e afetivo das crianças.
PERSPECTIVAS DE ATENDIMENTO PARA 2025
UNIDADE DE ENSINO Total
CMEI 106
CRECHE 11
ESCOLAS MUNICIPAIS 09
CIME 02
Total de Unidades Atendidas 128
PERSPECTIVAS DAS PRINCIPAIS AÇÕES PARA 2025
AÇÃO PÚBLICO METODOLOGIA PERÍODO
Consiste em uma atividade semanal reali-
zada ao longo do ano, utilizando o repertó-
rio dos episódios do Eba! Vamos Brincar!.
Crianças e Fevereiro a
Eba vai à escola! Inspirando a prática intencional das profes-
Professoras dezembro
soras de referência e oportunizando espa-
ço e tempo de desenvolvimento psicomo-
tor para as crianças.
Ação macro, inicia com uma cerimônia de
abertura envolvendo as unidades de ensi-
Crianças e no atendidas pela Caravana. Em seguida,
Festival olímpico Maio a julho
Professoras cada unidade realiza o evento conforme
orientações, com uma temática inspiradora
que enriquece a experiência das crianças.
Ação macro que oportuniza vivências pa-
Experiência Crianças e raolímpicas com intuito de sensibilizar as
Setembro
paraolímpica Professoras crianças e comunidade escolar para a cau-
sa da pessoa com deficiência.
Realizado ao longo do ano, com destaque
em outubro, com vivências simbólicas par-
Crianças e Abril a
Jogo simbólico tindo de temas de fantasia ou filmes para
Professoras novembro
oportunizar o desenvolvimento psicomotor
e moral das crianças.
36
É voltado para crianças com
desenvolvimento atípico, em transição do
2º período da educação infantil para o 1º
PPNP – Plano de ano do ensino fundamental. As unidades
Potencialização Crianças e de ensino são selecionadas em parceria Fevereiro a
Neuropsicomo- Professoras com as diretoras, enquanto as professoras setembro
tora identificam as crianças elegíveis com base
em critérios específicos.
Com turmas de até 12 crianças, o PPNP
realiza intervenções semanais.
Ocorrem ao longo do ano, incluindo dias
úteis e finais de semana, promovendo uma
Depende da colaboração ampla entre setores e institui-
Atividades inter- ação solicitada ções. Com um papel ativo e significativo, Fevereiro a
setoriais pelo Setores a Caravana apoia ações que celebram e dezembro
SEMED conscientizam sobre temas educacionais,
ampliando sua interação e presença em di-
versos segmentos.
7. PARCERIA ENTRE INSTITUIÇÕES
7.1 Unidade Amiga da Primeira Infância UAPI
A Unidade Amiga da Primeira Infância (UAPI) é uma iniciativa inovadora com objetivo de promover
serviços de excelência para a primeira infância com um olhar intersetorial.
É uma estratégia de assistência técnica, capacitação, monitoramento, acompanhamento e certificação
da melhoria da oferta de serviços e diálogo entre profissionais e famílias para melhor comunicação
sobre o desenvolvimento das crianças de até seis anos de idade, atendidas em Unidades de Atenção
Primária à Saúde (UAPS) e Unidades de Educação Infantil.
A UAPI é uma estratégia metodológica de integração, fortalecimento e capacitação dos profissionais
que trabalham nos serviços setoriais de Educação Infantil.
A cada ciclo são realizadas análises iniciais do cenário dos indicadores em cada unidade participante
e, a partir daí, definem-se estratégias e metas colaborativas que serão monitoradas, acompanhadas
para avaliação final do desempenho e resultados alcançados.
37
8. PROJETOS INTERSETORIAIS
8.1 Transição escolar: da educação infantil ao ensino fundamental - creche, pré-escola e 1º
ano.
OBJETIVO GERAL: Assegurar que as crianças de 1 (um) a 6 (seis) anos de idade, matriculadas
na rede municipal de educação sejam atendidas de modo que seus direitos de aprendizagem e de-
senvolvimento não sofram impactos negativos durante os diferentes momentos de transição escolar
vividos entre instituições e/ou entre etapas da Educação Básica.
PÚBLICO: Creches, CMEI, CIME e Unidades Educacionais que ofertam turmas de Maternal, Pré-
-Escola e 1º ano do Ensino Fundamental.
O processo de transição escolar geralmente é um período carregado por fortes emoções e permeado
por expectativas e, muitas vezes, receio e ansiedade, pois nos faz abandonar comportamentos que
já eram rotineiros e nos remete à incorporação de algo novo e desconhecido.
Partindo desta premissa e com o início de mais um ano letivo chegando, é necessário planejar ações
para que essa passagem seja vivida de forma positiva, tranquila de modo que sejam consideradas
as especificidades das infâncias, o direito de brincar, criar, fantasiar, movimentar-se e imaginar. Este
processo precisa ser sentido pelas crianças, como um momento de crescimento e de realizações de
novas aprendizagens. Assim é importante que se desenvolvam práticas de transição que conside-
rem tempos, espaços, momentos de alimentação, descanso e higiene, atendendo às características
individuais das crianças, por meio dos diferentes momentos no cotidiano educativo.
Considerando que estes aspectos são percebidos e desenvolvidos em Unidades Educacionais públi-
co-alvo do Projeto de Transição Escolar em atendimento à creche, pré-escola e 1º ano fortalecendo
o percurso de continuidade em Rede, apresentamos a seguir as especificidades de ações do Projeto.
PERSPECTIVAS DAS PRINCIPAIS AÇÕES PARA 2025
38
AÇÃO PÚBLICO METODOLOGIA PERÍODO
Creches, CMEI, CIME, Material infográfico sobre os Janeiro e
Elaboração de
Escolas com turmas percursos transitórios para
material infográfico. Fevereiro
de Educação Infantil. orientação às unidades.
Realização de encontro com
Casamento Pais/responsáveis de as famílias das crianças Fevereiro e
casa-creche. creche. matriculadas pela primeira vez Março
em creche.
Coordenadores, Diálogos pedagógicos para Março e
Diálogos
Assessores e estudos sobre as transições e
pedagógicos. Setembro
Pedagogos. microtransições.
Realização de seminário para
Profissionais da
Encontro discussão dos processos
Educação Infantil e os Agosto
pedagógico transitórios entre educação
professores do 1º ano
infantil e ensino fundamental.
4 CIME, 2 CMEI em Implementação de ações
Infâncias saudá- Fevereiro a
atendimento a jornada sobre seletividade alimentar e
veis (PILOTO) Dezembro
de Tempo Integral índices relacionados ao IMC.
Acompanhamento in loco das
Pedagogos, gestores,
ações transitórias desenvol- Março a
coordenadores e as-
Assessoramento vidas pela unidade educacio-
sessores da Educação Novembro
pedagógico. nal e estudos relacionados à
Infantil e 1º ano
temática de transição.
PERSPECTIVAS DE ATENDIMENTO PARA 2025
8.2 English For Kids
OBJETIVO: Ensinar a Língua Inglesa para as crianças do 1° e 2º Período da Educação Infantil e
dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental das Unidades de Ensino participantes do projeto.
PÚBLICO-ALVO:
• 40 Unidades de Ensino da Rede, sendo 11 CMEIs;
• 533 Turmas;
39
• 43 Professores; e
• 14.490 Estudantes.
INTEGRAÇÃO ENTRE SETORES: Divisão de Ensino Fundamental (DEF), Divisão de Educação
Infantil (DEI), Divisão de Pessoal (DP), Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério
(DDPM), Gerência de Tecnologia Educacional (GTE), Gestão Integrada da Educação (GIDE), Divi-
sões Distritais Zonais (DDZs).
Parcerias externas: UFAM e ICBEU
• Educação Infantil - com base nos Campos de Experiência (Ficha AADC);
• Anos Iniciais - com base na organização do currículo de forma bimestral;
• 01 aula semanal;
METODOLOGIA
• Planejamento;
• Acompanhamento Pedagógico; e
• Formação Continuada.
PARA NÃO CONCLUIR...
Incompletude
Um dos sintomas de se estar vivo é a nossa capacidade de desejar e de nos apaixonar, amar,
construir e destruir.
Somos movidos pelo desejo de crescer, de aprender, e nós educadores, também de ensinar .
Somos sujeitos porque desejamos.
Somos sujeitos, criamos, imaginamos e sonhamos.
Somos sujeitos porque amamos e odiamos, destruímos e construímos o conhecimento.
Somos sujeitos porque temos uma ação pensante, reflexiva, simbólica, laborista no mundo.
Contudo, tem muito sujeito que não é dono de seu desejo, de seu pensamento.
Como fazê-lo reconhecer o próprio desejo, pensamento, se nunca lhe foi possível praticá-lo?
Madalena Freire
(Extraído do livro Educador, pag.24)
40
Cláudia Regina Rodrigues Nazaré Magalhães
Chefe da Divisão de Educação Infantil - DEI
claudia.magalhã[email protected]
(92) 99100-8001
41
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Zeneide Carneiro Magalhães de. Educação e autoridade em Hannah Arendt: por
amor às nossas crianças. Disponível em: http://www.anpae.org.br/IBERO_AMERICANO_IV/GT4/
GT4_Comunicacao/MariaZeneideCarneiroMagalhaesdeAlmeida_GT1_integral.pdf
AMAZONAS. Normas e recomendações para o retorno gradual das atividades educacionais. Fun-
dação de Vigilância em Saúde do Amazonas. Manaus, 2020.
. Referencial Curricular Amazonense. Amazonas, CEE/2019.
BARBOSA, Maria Carmem Silveira. HORN, Maria da Graça Souza. Projetos Pedagógicos na
Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BARBOSA, M. C. S. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006.
BISSOLI, Michelle de Freitas. O espaço lúdico na Educação Infantil. V. 4. Espírito Santo: Coleção
Cefor, 2007.
BRASIL. Guia de implementação de protocolos de retorno das atividades presenciais nas
escolas de Educação Básica. Ministério da Educação. Brasília, 2020.
_____. Resolução CNE/CEB n.º 01/2024, de 17 de outubro de 2024. Institui as Diretrizes Opera-
cionais Nacionais de Qualidade e Equidade para a Educação Infantil. Brasil, 2024.
. Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil.
. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2017.
. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Diário Oficial da União, Brasília, p. 27833, 23 dez. 1996. Disponível em: < http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acessado em: 15 de novembro de 2023.
DECRETO Nº 2682, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2013. DISPÕE sobre o Regimento Interno da
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SEMED, e dá outras providências. Publicado
no Diário Oficial Eletrônico nº 3319 de 26.12.2013 - pág. 29.
GOULART, Cecília. MATA, Adriana Santos da. Linguagem oral e linguagem escrita: concepções
e inter‐relações. Brasília: MEC/SEB, 2016.
MANAUS. Currículo Escolar Municipal da Educação Infantil. SEMED, 2020 RESOLUÇÃO CNE/
CEB Nº 1, DE 17 DE OUTUBRO DE 2024.
42
MARCOLINO, Suzana. A brincadeira de papéis na escola da infância. Teoria histórico-cultural
na educação infantil: conversando com professoras e professores. 1. ed. Curitiba, PR: CRV, 2017.
MEC. Escola de Tempo Integral, disponível em: http//www.gov.br/mec/pt-br/escola-em-tempo-integral/
fundamentos/conceito. Acessado em: 28 de novembro de 2024.
43
Gerência de
Creches
44
GERÊNCIA DE CRECHES
A Gerência de Creches faz parte do organograma da Divisão de Educação Infantil sob a
coordenação e monitoramento do Departamento de Gestão Educacional com base no Art. 49 do
DECRETO Nº 2682, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2013.
À Gerência de Creches compete:
I - elaborar, implementar, monitorar e avaliar as políticas públicas municipais destinadas às creches,
em anuência com a Divisão de Educação Infantil e Departamento de Gestão Educacional;
II - promover o cumprimento das diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil na fase
creche, em observância às recomendações nacionais para o atendimento das necessidades básicas
das crianças atendidas;
III - definir e acompanhar as orientações de organização, funcionamento e atendimento específico
para as creches e turmas em Centros Municipais de Educação Infantil - CMEIs que atendem essa
fase, subsidiando com instrumentos necessários ao bom atendimento às crianças de zero a três
anos de idade nas fases de Berçário e Maternal I, II e III;
IV - monitorar a adequação da composição arquitetônica prevista e posteriormente estabelecida para
a estrutura física das creches municipais, conforme diretrizes prescritas nos parâmetros básicos de
infraestrutura para instituições de educação infantil;
V - acompanhar e colaborar no processo da inauguração de creches, prestando orientações sobre
as condições gerais e preferenciais de admissão, segundo as determinações legais sobre o ingresso
de crianças nesses estabelecimentos;
VI - prescrever orientações para uma política de formação continuada e acompanhar a formação
específica ao atendimento dos profissionais de creche;
VII - nortear o assessoramento pedagógico e auxiliar na elaboração de instrumentos de avaliação
deste acompanhamento, junto às unidades administrativas distritais, realizando, periodicamente,
assessoramento in loco;
45
VIII - monitorar, por meio da equipe multiprofissional, o crescimento e o desenvolvimento infantil,
realizando consultas em enfermagem e subsidiando o corpo técnico que atua nas creches municipais;
IX - fomentar estudos e pesquisas que pretendem subsidiar o processo de crescimento e desenvol-
vimento do bebê e da criança, considerando as linhas prioritárias na organização, nos processos e
nas metodologias assertivas para cuidar, brincar e educar na creche;
X - elaborar e emitir pareceres técnico-pedagógicos;
XI - desenvolver outras atividades correlatas.
As orientações operacionais e pedagógicas elaboradas pela Gerência de Creches (GEC),
favorecem o alinhamento acerca da organização dos aspectos necessários para a consolidação do
ano letivo das unidades de ensino em atendimento à fase creche.
Acreditamos que a política pública educacional necessita de processos organizacionais e
institucionais assertivos para o bom andamento e desenvolvimento da Rede de Ensino em constante
movimento, por meio de protocolos e gestão de processos.
O acesso, permanência e continuidade escolar dos bebês e crianças bem pequenas é um desafio
que move este setor no planejamento, execução e monitoramento das ações de cumprimento e
efetivação na garantia deste direito.
1. JORNADA PEDAGÓGICA 2025 NA PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA
Este primeiro capítulo visa descrever um roteiro a ser estabelecido pela unidade de ensino a fim
de otimizar o momento de jornada pedagógica com a equipe escolar. Sendo assim, cabe à instituição
estabelecer uma programação voltada para a atualização de conhecimentos pedagógicos, conhecer
e praticar os instrumentos e/ou ferramentas que constituem a documentação pedagógica obriga-
tória na rede municipal, dando significância a este momento por ser oportuno ainda ao apresentar
integrantes da equipe e suas funções, planejar o ano letivo, apresentar as normas disciplinares e
administrativas praticadas na instituição.
Nesta perspectiva, é apresentado o roteiro a ser planejado e organizado pela gestão e sua equipe
para a jornada pedagógica do ano letivo de 2025, com foco nas atividades a serem realizadas com
as crianças e suas famílias.
46
1.1 Organização da Jornada Pedagógica
Qual caminho a instituição deve traçar para uma Jornada com intencionalidade que envolva
a Comunidade Educativa?
A Jornada Pedagógica é um momento formativo essencial, constituindo-se como um movimen-
to dialético que busca comunicar as Diretrizes para o Trabalho Pedagógico ao longo do ano letivo.
Este movimento deve contar com a participação de todos os profissionais da unidade escolar, ofere-
cendo orientações gerais e, subsequentemente, a organização de grupos para discussões, análises e
encaminhamentos específicos, de modo a atender as particularidades de cada área de atendimento.
Dessa forma, com a colaboração de toda a equipe, que modo que seja criado um ambiente
acolhedor, torna-se possível promover o desenvolvimento integral das crianças, além de fortalecer
a comunidade escolar.
Destacamos os seguintes caminhos, prévios a Jornada:
PROPOSTAS ENTRE PARES
Disponibilizar os documentos que serão utilizados e apresentados du-
rante a Jornada: Calendário Letivo 2025; Projeto Político Pedagógico
(PPP); Diretrizes 2025; Currículo Escolar; Guia Pedagogia da Saúde;
Guia Transição e o Livro de Ensaios de Mini-histórias da Vida Cotidiana
em Creche;
Preparar o local onde a Jornada será realizada, assegurando que todos
os equipamentos (projetor, microfones, mesas de discussão) estejam
funcionando e que o espaço seja confortável e organizado;
Convite Criativo à Equipe: Enviar um convite por e-mail ou redes sociais
com uma mensagem criativa e motivadora.
Viabilizar materiais diversificados – Folders ou materiais impressos com
a programação, objetivos, cronograma e principais documentos que se-
rão utilizados - A trajetória da Jornada Pedagógica deve considerar o
envolvimento e participação de toda a equipe;
DIRETORA
Materiais e Recursos pedagógicos: levantamento e organização dos
materiais e recursos existentes na Unidade de Ensino para apresentar e
disponibilizá-los aos professores;
Realizar a apresentação dos servidores, profissionais e suas atribuições
na Instituição enfatizando a importância de cada um dentro do contexto
escolar;
Ações para 2025: definir e organizar ações/atividades para o ano letivo,
considerando nesse momento o processo de acolhimento dos bebês e
suas famílias;
Acompanhar equipe multiprofissional e estabelecer estratégias para
ano letivo 2025;
Atender e acompanhar a secretaria escolar verificando o efetivo preen-
chimento da ficha de anamnese.
47
Preparar um ambiente que remeta a sala de referência;
Esclarecer e dialogar com as professoras e Equipe Multiprofissional o
que é a Jornada Pedagógica e apresentar as estratégias planejadas
para cada dia/momento da jornada;
Apresentar os Documentos Orientadores da SEMED (Diretrizes 2025,
Currículo, Guia Pedagogia da Saúde, Guia Transição, Livro de [...] En-
saios de Mini-histórias da vida cotidiana em creche);
PEDAGOGA
Estabelecer estratégias e ações pertinentes a composição dos percur-
sos transitórios de acordo com o grupo de maternal;
Definir o Cotidiano Escolar de maneira detalhada a fim de apresentar
o fazer pedagógico no tempo integral e parcial nas unidades com Fase
Creche;
Realizar a apresentação de projetos e ações pertinentes à Pedagogia
da Saúde;
Esclarecer aspectos do trabalho desenvolvido na Instituição (interação
com as famílias e com todos profissionais da creche);
EQUIPE MULTIPRO-
FISSIONAL Apresentar as parcerias estabelecidas;
Orientar sobre necessidades vigentes para o cuidar e educar em Cre-
che;
Participar junto com a equipe docente dos momentos da jornada peda-
gógica.
48
Participar ativamente da Jornada Pedagógica destacando pontos im-
portantes (cuidar educar - atenção pessoal e coletiva das crianças);
Fazer registros, tirar dúvidas e priorizar os documentos oficiais para o
planejamento da ação pedagógica;
Realizar leitura da ficha anamnese de cada criança e fazer anotações
das informações pertinentes;
PROFESSORES Planejar os “primeiros dias” da criança e familiares com brincadeiras,
acolhimento e possibilidades de bem-estar e segurança;
Planejar interações com as famílias durante “os primeiros dias” para
conhecimento da “rotina” diária das crianças;
Planejar a organização do ambiente educativo de forma que as crianças
tenham acesso e independência nas escolhas de brincadeiras.
A proposta apresentada tem como objetivo contribuir para as ações da Jornada Pedagógica numa
perspectiva contínua e formativa. Para tanto é necessário que o trabalho coletivo fortaleça o coti-
diano no ambiente educativo.
1.2 Acolhimento
Como cultivar vínculos na Primeiríssima Infância?
A definição de estratégias de acolhimento, comunicação e busca ativa em creche são ele-
mentos essenciais para o sucesso educacional e emocional dos bebês, crianças bem pequenas
e suas famílias. Durante a Jornada Pedagógica, é importante que a equipe de profissionais seja
imersa nos conceitos que envolvem as concepções de Educação Integral.
De acordo com teóricos como Lev Vygotsky e Jean Piaget, o desenvolvimento infantil é
profundamente influenciado pelas interações sociais e o ambiente em que a criança está inserida,
portanto, o processo de acolhimento deve ocorrer em diferentes momentos, contínuo e efetivo, com
o objetivo de fortalecer o papel ativo dos profissionais junto às crianças, bem como promover um
ambiente de aprendizado mais participativo e engajado. Afinal, uma boa relação deve ser construída
com base em confiança e exemplos efetivos de cuidado entre as partes, não devendo ser restrita a
apenas uma primeira impressão. Como sugere a teoria das inteligências múltiplas de Howard Gard-
ner, ao integrar diversas formas de interação, os profissionais conseguem atender às necessidades
individuais de cada criança, promovendo um desenvolvimento integral e harmonioso.
49
Portanto, para os profissionais da educação, o desafio é criar estratégias, para todo o ano leti-
vo, que não apenas acolham, mas também inspirem e enriqueçam a experiência educacional das
crianças desde os seus primeiros passos na jornada do conhecimento.
1.3. Engajamento Familiar:
Como o engajamento familiar pode colaborar no desenvolvimento da criança?
O engajamento familiar é um elemento importante na educação e desenvolvimento das crian-
ças, representando um conjunto de ações e práticas que envolvem a participação ativa dos pais ou
responsáveis. Este envolvimento não se limita apenas à presença física, mas abrange a integração no
cotidiano escolar proposto pela instituição de ensino e a colaboração efetiva em projetos da unidade.
Para estabelecer um ambiente de aprendizado enriquecedor e acolhedor, propomos cinco práticas
rotineiras que podem ser adotadas por todas as unidades de fase creche, apoiadas por teorias
educacionais que destacam a importância da parceria família-escola.
• Comunicação Contínua: Manter uma comunicação aberta e contínua entre a instituição
e as famílias é essencial. Para isso, ferramentas como a Agenda Infantil de Creche, o diálogo
frequente e reuniões breves ao longo do ano desempenham um papel importante.
• Participação em Vivências Pedagógicas: Encorajar a presença dos familiares em vivências
e eventos promovidos pela creche fortalece o vínculo entre a família, a criança e a instituição.
Uma dica é propor momentos interativos, onde as famílias não sejam somente a audiência, mas
tenham efetiva interação.
• Compartilhamento de Experiências: Criar espaços para que os pais compartilhem suas
vivências e conhecimentos com a comunidade escolar enriquecendo o ambiente educacional.
Um bom exemplo disso é o da contação de histórias por avós, podendo ampliar para as artes
plásticas, culinária, etc.
• Colaboração nos Projetos Pedagógicos: Incentivar a contribuição dos pais na elaboração
e execução dos projetos pedagógicos torna o processo educativo mais significativo e efetiva-
mente partilhado.
• Parcerias para Educação Integral: Criar parcerias é fundamental para promover um am-
biente de educação integral, dialogando com diversas áreas do conhecimento, estimulando o
desenvolvimento holístico das crianças.
Essas práticas visam fortalecer a parceria entre a instituição e as famílias, criando um am-
50
biente educativo harmonioso e colaborativo que contribui significativamente para o desenvolvimento
integral dos bebês e crianças pequenas. Quando pais e educadores trabalham juntos, o impacto no
desenvolvimento infantil é profundamente positivo e duradouro.
2. ATENDIMENTO À PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA
A Primeira Infância é uma fase rica em investigação, descoberta e experiências e compreen-
der a importância desse período é uma forma de evidenciar o respeito às necessidades da criança
que está sob nossa responsabilidade.
Enquanto instituição que trabalha em prol das infâncias, devemos compreender nossa res-
ponsabilidade em garantir um espaço acolhedor, onde haja de fato o desejo genuíno de estar nesse
ambiente possibilitador de garantia dos seus direitos de aprendizagem.
2.1 – Quais programas, projetos e ações viabilizam a tríade de “Cuidar, educar e Brincar” da
Primeiríssima Infância Manauara?
A Gerência de Creches desempenha um papel fundamental ao compor, articular, acompanhar
e fortalecer a política pública direcionada especificamente à fase creche na Secretaria Municipal de
Educação de Manaus.
A seguir, listamos os programas, projetos e ações desenvolvidos pela Gerência de Creches
em parceria com as DDZ:
Programas/
Projetos Ações
Indicadores
Projeto Integrado: Transi-
ção Escolar: Creche, Pré- Assessoramento técnico-pedagógico in
-Escola e 1º ano do Ensino loco (transição e microtransição)
Pedagogia da Saú- Fundamental.
de: Cuidar e Educar
Crescimento e Desenvolvimento infantil
em Creche
(antropometria)
Projeto: Cuia de Sabores
Assessoramento in loco à Equipe Multipro-
fissional.
51
Projeto Traçados e Trajetos Atendimento aos profissionais novatos que
Pedagógicos atuarão na creche.
Aprofundamento teórico-metodológico de
Fortalecimento do Projeto Trilhas e Diálogos
práticas pedagógicas constituídas nas cre-
Profissional de Pedagógicos
ches municipais.
Creche
Projeto: Documentação
Pedagógica: Autoria
Docente de Mini-Histórias Aprofundamento teórico-metodológico na
da vida cotidiana em autoria docente de Mini-histórias da vida
creche. cotidiana das crianças de creche.
Identidade do Aplicação do instrumento Análise da Práxis
Profissional de Projeto Análise da Práxis (Formação e aplicabilidade do instrumen-
Creche to).
E assim, através de um ciclo contínuo de reflexão-ação-reflexão, educadores da primeiríssi-
ma infância são estimulados a analisar e aprimorar suas práticas, tanto individualmente quanto em
grupo. Esse processo é mediado por uma equipe diversificada, composta pela gerente, assessores
pedagógicos, especialista em enfermagem preventiva e educativa, todos comprometidos com a
excelência no atendimento infantil.
2.2 Programa Pedagogia da Saúde: Cuidar e Educar em Creche
O Programa Pedagogia da Saúde: Cuidar e Educar em Creche propõe uma integração ino-
vadora que reúne dois projetos: “Transição Escolar” e “Cuia de Sabores”, complementados por uma
ação focada no Crescimento e Desenvolvimento Infantil. Esta integração visa reestruturar a prática
pedagógica e bem-estar, enfatizando os aspectos de atenção pessoal como crescimento, alimen-
tação, higiene e outros processos detalhados do dia-a-dia na creche.
A articulação destes projetos e ações têm como base teórica enfoques contemporâneos da
educação infantil que destacam a importância de uma abordagem holística, considerando o de-
senvolvimento infantil como um processo dinâmico que requer um ambiente rico em estímulos e
interações significativas para promover o aprendizado e o crescimento, enfatizando a necessidade
de envolver a família e a comunidade nos processos educacionais.
52
2.1.1 Transição Escolar:
Objetivo: Assegurar que as crianças de 1 (um) a 6 (seis) anos de idade, matriculadas na rede muni-
cipal de educação sejam atendidas de modo que seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento
não sofram impactos negativos durante os diferentes momentos de transição escolar vividos entre
instituições e/ou entre etapas da Educação Básica.
Público-alvo: Diretores(as), pedagogo(as), coordenadores(as), assessores(as) pedagógicos(as)
e Professores
Periodicidade: Semestralmente (2 encontros semestrais) e assessoramento in loco.
Metodologia:
• DDZ - Acompanhar os percursos transitórios na Primeiríssima Infância;
• Unidade de Ensino - Definir, orientar e acompanhar as microtransições e transição junto a
equipe docente e às famílias.
• GEC - Elaborar, implementar, monitorar, avaliar e assessorar as unidades de creche.
Metas para 2025: Alcançar 4.200 crianças.
2.1.2 Projeto: Cuia de Sabores
Objetivo: Contribuir para a formação de práticas alimentares saudáveis nas unidades de creche,
por meio de ações que estimulem o engajamento familiar nas refeições e suas relações de sabor
junto aos bebês e crianças bem pequenas.
53
Público-alvo: Diretores(as), pedagogo(as), coordenadores(as), assessores(as) pedagógicos(as) e
Professores da Educação Infantil.
Periodicidade: Semestralmente.
Metodologia:
• DDZ - Acompanhar e fortalecer as unidades acerca da alimentação saudável assegurada em
legislação, resolução e diretrizes em vigor;
• Unidade de Ensino - Reconhecer a alimentação saudável no cotidiano da creche por meio
do engajamento familiar;
• GEC - Investir na sensibilização das equipes multiprofissionais das creches para o acompa-
nhamento, orientação e supervisões das ações de alimentação saudável.
Metas para 2025: Alcançar 4.200 famílias.
2.1.3 Ação: Crescimento e Desenvolvimento Infantil (Indicador)
Objetivo: Analisar e monitorar os dados lançados nas fichas de acompanhamento para o indicador
do crescimento e desenvolvimento da criança.
Público-alvo: Diretores(as), pedagogo(as), coordenadores(as), assessores(as) pedagógicos(as) e
Professores da Educação Infantil.
Periodicidade: Março a Novembro
Metodologia:
• DDZ - Monitorar a realização de recolhimento de dados e ações pertinentes ao crescimento
e desenvolvimento infantil;
• Unidade de Ensino - Realizar ações de mensuração e intervenção em prol do crescimento e
desenvolvimento adequado.
54
• GEC - Nortear e assessorar as estratégias de monitoramento do crescimento e desenvolvi-
mento infantil nas unidades de creche.
Metas para 2025: Alcançar 4.000 crianças.
2.3 Programa: Fortalecimento do Profissional de Creche
O Programa de Fortalecimento do Profissional de Creche integra três projetos principais:
“Traçados e Trajetos Pedagógicos”, “Trilhas e Diálogos Pedagógicos” e “Documentação Pedagógica:
Autoria Docente de Mini-Histórias da Vida Cotidiana em Creche”. Esses projetos oferecem suporte
abrangente, desde o acolhimento e orientação para profissionais recém-chegados às unidades
de creche, até à implementação de práticas pedagógicas efetivas, através da colaboração com
pedagogas experientes. Além disso, eles promovem o registro e a documentação do cotidiano da
primeiríssima infância em ambientes educativos.
A seguir, detalhamos como esses projetos se inter-relacionam e contribuem para o aprimoramen-
to e a consolidação das práticas dos profissionais que atuam ou atuarão na fase de creche:
Dessa forma, o programa busca não apenas desenvolver habilidades práticas, mas também
fomentar um entendimento profundo das necessidades e desafios enfrentados no ambiente da cre-
che, contribuindo para a formação de um corpo docente bem preparado e engajado, pronto para
oferecer uma educação de qualidade nos primeiros anos de vida das crianças.
55
2.3.1 Projeto: Traçados e Trajetos Pedagógicos
Objetivo: Subsidiar os profissionais novatos de creche quanto ao atendimento de bebês e crianças
bem pequenas no que diz respeito às especificidades curriculares, numa constância indissociável
entre cuidar e educar individual e coletivo.
Público-alvo: Profissionais novatos lotados em creches e demais unidades de ensino que atendem
a fase creche.
Periodicidade: Maio e Agosto.
Metodologia:
• DDZ - Identificar profissionais novatos nas unidades de creche e viabilizar agendamento,
organização do espaço para realização do encontro;
• Unidade de Ensino - Acolher os novos profissionais e indicar para a coordenação da DDZ
para que participem em momento coletivo do encontro;
• GEC - Realizar momento formativo com os profissionais novatos em creche para compreensão
dos organizadores da ação pedagógica, saúde, bem-estar e segurança das crianças bem
como o funcionamento nos espaços educativos.
Metas para 2025: Alcançar o atendimento de 80% profissionais novos na fase creche.
2.3.2 Projeto: Trilhas e Diálogos Pedagógicos
Objetivo: Qualificar a gestão pedagógica do Diretor(a) e Pedagogo(a) de creche mediante a escuta
reflexiva de relatos das experiências cotidianas articuladas com seus grupos de profissionais sendo
confrontadas com referencial teórico que sustente a experiência comunicada.
Público-alvo: Pedagogo(as), coordenadores(as), assessores(as) pedagógicos(as) da Educação
Infantil das DDZ.
Periodicidade: abril a outubro.
56
Metodologia:
• DDZ - Acompanhar práticas de cunho do fazer pedagógico nas creches que estejam viabili-
zando resultados significativos no cotidiano educativo;
• Unidade de Ensino - Participar e viabilizar estudo e aprofundamento da teorização da prática
na articulação teórica com os cenários apresentados junto a sua unidade escolar;
• GEC - Evidenciar que toda ação pedagógica possui uma escolha subjacente de uma teoria,
levando a uma reflexão pedagógica em prol do entendimento e discussões sólidas sobre
desenvolvimento infantil.
Metas para 2025: Alcançar 80% do público-alvo participantes e multiplicadores.
2.3.3 Projeto: Documentação Pedagógica: Autoria Docente de Mini-Histórias da vida cotidiana
em creche.
Objetivo: Qualificar a autoria docente no registro de Mini-histórias para comunicar as aprendizagens
das crianças, no espaço educativo.
Público-alvo: Pedagogas, coordenadoras da Educação Infantil das DDZ.
Periodicidade: março a novembro.
Metodologia:
• DDZ - Acompanhamento aos processos de autoria e produção intelectual realizada pelas
professoras que aderirem e seleção das produções de mini-histórias;
• Unidade de Ensino - Participar e viabilizar estudo e produção das mini-histórias acompanhando
a autoria docente e a comunicação entre pares e com a comunidade;
• GEC - Estudos com as Coordenadoras, Assessores Pedagógicos e Pedagogos de creche e
partilha da produção intelectual das mini-histórias.
Metas para 2025: Alcançar 50% de professores em cada unidade com fase creche.
57
2.4 Programa: Identidade do Profissional de Creche
O Programa de Identidade do Profissional de Creche é estruturado em torno do Projeto “Aná-
lise da Práxis”, que inclui indicadores de participação. Este programa funciona como um instrumento
mediador para o diálogo com os educadores, com o objetivo de promover a autorreflexão sobre a
prática docente. Focado nas dimensões que definem a identidade do profissional de creche, o pro-
jeto busca contribuir para um entendimento mais profundo das competências e responsabilidades
associadas a essa fase do desenvolvimento infantil.
2.4.1 Projeto Análise da Práxis do Profissional de Creche
Objetivo: Aperfeiçoar a prática docente em creches, promovendo uma reflexão crítica contínua sobre
as práticas pedagógicas por meio de um instrumento de avaliação anual, que fortalece a identidade
profissional do educador e considera as especificidades das infâncias.
Público-alvo: Professores lotados nas Creches Municipais.
Periodicidade: anual.
Metodologia:
• DDZ - Acompanhar a efetividade das etapas de observação, implementação e intervenção
da Análise da Práxis, conforme orientações definidas em documento;
• Unidade de Ensino - Promover a reflexão sobre a práxis do professor nos aspectos dimen-
sionais descritos nas Atribuições e abordados no formulário dialógico;
• GEC - Ofertar subsídios para a promoção, reflexão e intervenção sobre as práticas docents,
de gestão e de coordenação pedagógicas identificadas na Análise da Práxis.
Metas para 2025: 90% de professores participantes em cada unidade com fase creche.
58
2.5 Currículo
A Educação Infantil no Município de Manaus, enquanto Primeira Etapa da Educação Bási-
ca, está estruturada, em seu Currículo, a partir dos Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento
Integral da Criança, conforme as preconizações da regulação educacional vigente no Currículo
Escolar Municipal (CEM, 2020, p. 74). Nessa perspectiva, o arranjo curricular dar-se-á no cotidiano
de Educação Infantil, considerando a participação de todas as crianças, suas aprendizagens e seu
desenvolvimento integral, e indicando a relação espaço-temporal na qual se dá essa vivência.
A partir dessas proposições, salienta-se que o cotidiano da Educação Infantil deve considerar
a participação das crianças, suas aprendizagens, imaginação, curiosidade, criatividade, liberdade
de expressão e seu desenvolvimento integral.
2.5.1 Ambiente Educativo
A criação de um ambiente educativo acolhedor e estimulante é fundamental. Esse espaço deve
ser projetado para promover o desenvolvimento infantil, refletindo as aprendizagens e respeitando
as especificidades de cada criança ao longo do ano. É importante que a organização no tempo e no
espaço assegure o direito de ser criança e promova a participação ativa das crianças no processo
educativo.
Assim, é importante considerar a articulação entre os processos e ambientes educativos, conside-
rando que:
o ambiente seja intencional e reflita a identidade única da turma, promovendo a autonomia e o
protagonismo das crianças. Isso pode ser alcançado através da valorização do senso estético
e da inclusão de diversas manifestações artísticas e culturais.
• as paredes devem ser transformadas em superfícies que exibem registros das aprendizagens
e questões levantadas pelas crianças, tornando-se, assim, um educador ativo e co-criador
do processo de ensino-aprendizagem.
59
Nessa perspectiva, qual a diferença entre DECORAÇÃO e AMBIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
no contexto educacional?
A decoração muitas vezes se limita à estética superficial, sem considerar o impacto no proces-
so de ensino-aprendizagem. Já a ambientação pedagógica é planejada para criar um espaço que
estimule a exploração, descoberta e expressão, sendo carregada de fundamentos éticos, políticos
e estéticos. Esse tipo de ambientação busca criar um ambiente onde o brincar é valorizado, e onde
cada elemento presente no espaço tem uma função educativa. A inclusão de fotos das próprias
crianças em atividades cotidianas pode enriquecer o ambiente, promovendo a identidade da turma
e o senso de pertencimento.
Portanto, ao planejar o ambiente escolar, deve-se priorizar a ambientação pedagógica, que con-
tribui de maneira mais efetiva para o desenvolvimento integral das crianças, repensando e reestrutu-
rando com intencionalidades claras, um espaço onde elas possam viver experiências significativas.
3. DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA NA CRECHE
3.1 Planejamento
Como o Planejamento Pedagógico pode promover o Desenvolvimento Integral na Primeirís-
sima Infância em Creches?
Antes de planejar o trabalho docente em cada turma, é necessário considerar o contexto
escolar como um todo, colocando a criança no centro do planejamento.
Nessa abordagem, as crianças lidam com diferentes variáveis do aprendizado, como en-
contrar informações, registrar dados e aplicar conhecimentos, compreendendo que os saberes são
contínuos em um cotidiano mediado por educadores. Essa prática promove um aprendizado ativo
e engajado, no qual a criança é protagonista de sua formação.
O papel do educador é mediar e facilitar esse processo, permitindo que as crianças explo-
rem e descubram o mundo ao redor de forma segura e enriquecedora. O planejamento deve incluir
vivências pedagógicas intencionais, uso de espaços externos, percursos transitórios e mediação
pedagógica diversificada.
60
3.1.1 Orientações sobre o planejamento na fase creche da educação infantil: Território de
Aprendizagens de Direitos
A elaboração de um planejamento pedagógico para a primeiríssima infância em creches deve
adotar uma concepção de Educação Integral por turma, assegurando o direito das crianças de se
desenvolverem em suas múltiplas dimensões humanas e em diversos espaços de socialização.
O planejamento nas unidades que atendem integralmente a fase creche deve contemplar
todo o percurso educativo, estabelecendo práticas diversificadas para atender efetivamente à Jor-
nada de Tempo Integral. Sugere-se, assim, uma organização por meio de projetos, que podem ser
elaborados conforme a realidade de cada unidade, considerando aspectos como identificação com
as seguintes temáticas: Ateliê¹, Educação Financeira, Educação Ambiental, Jogos e Brincadeiras,
e Percursos Transitórios.
Dessa forma, o planejamento organiza-se em torno dos seguintes aspectos:
Dessa maneira, o planejamento realizado pelos (as) professores (as) deve ser acompanhado
e orientado pelo(a) pedagogo(a). E na unidade educacional que não possui esse profissional em
seu corpo diretivo, o planejamento deverá ser orientado pelo (a) diretor (a).
61
3.1.2 Orientações sobre o Diário de Classe na fase creche da educação infantil
O Registro do Diário de Classe na Fase Creche deve seguir a seguinte sequência: Campo
de Experiência + Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento + Descrição da Experiência
pensada para ser desenvolvida para e com os bebês e crianças bem pequenas. A saber:
DATA ATIVIDADE
O Eu, o Outro e o Nós. Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao ex-
03/03 plorar espaços, materiais, objetos e brinquedos. Brincadeira com Baú de acessórios e
objetos de referência da família.
Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação. Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a lei-
tura de história e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando,
04/03
com orientação do adulto-leitor, a direção da leitura. Projeto Curumim Leitor – leitura de
literatura regional “Abaré de Graça Lima”.
A prática de registrar as vivências no Diário de Classe é uma etapa obrigatória no processo
educacional, pois oferece uma visão consolidada das atividades realizadas. Contudo, é essencial
que esse registro seja feito de maneira clara e objetiva. O campo de descrição deve ser direto e
sucinto, contendo apenas o nome da vivência realizada.
Além disso, é importante lembrar que a descrição no diário não deve incluir os procedimentos
das etapas da experiência. Estes detalhes são fundamentais, mas devem ser abordados de maneira
aprofundada no planejamento.
Portanto, ao registrar as vivências, o educador deve se concentrar em garantir que a essência da
atividade seja capturada, promovendo um registro que seja ao mesmo tempo informativo e funcional.
IMPORTANTE: Para as creches municipais, o Diário de Classe da Fase Creche permanece em
processo de implementação no Sistema GIER, sob a coordenação da Gerência de Documentação
e Auditoria Escolar - GDAE, bem como pelo Sigeam.
3.2 Avaliação
A avaliação é responsabilidade dos professores, e deverá ser realizada de forma contínua,
inter-relacionada com o Currículo Escolar Municipal e a Proposta Pedagógica da Educação Inte-
gral, focalizando os diversos aspectos do desenvolvimento integral de cada criança. Esse far-se-á
mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança, sem o objetivo de seleção,
promoção ou classificação. São processos que devem ser uma prática constante e não acontecer
62
somente nos momentos finais. É o ponto de partida para fazer um planejamento e mediar experiên-
cias significativas.
3.2.1 Múltiplos Registros
As Diretrizes Nacionais Curriculares para a Educação Infantil (DCNEI), publicadas por meio
da Resolução do Conselho Nacional de Educação CNE-CEB nº 05-2009, no artigo 10º, identificam a
avaliação definindo que as instituições de educação infantil devem criar procedimentos para acom-
panhamento do trabalho pedagógico e para a avaliação do desenvolvimento das crianças, sem o
objetivo de promoção ou classificação.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), “parte do trabalho do educador
é refletir, selecionar, organizar, planejar, mediar e monitorar o conjunto das práticas e interações,
garantindo a pluralidade de situações que promovam o desenvolvimento pleno das crianças”.
Partindo dos princípios estabelecidos nesses Documentos Oficiais, que apontam uma con-
cepção de Avaliação na Educação Infantil que busca articular os saberes das professoras e a pro-
moção do desenvolvimento integral das crianças, elencamos cinco importantes passos para a ação
das professoras:
63
Nesse sentido, os múltiplos registros pedagógicos na Educação Infantil são documentos
que contribuem com o acompanhamento e reflexão sobre o processo avaliativo de cada criança,
e podem ser feitos de diversas formas: agenda, caderno de registros, mini-histórias, fotografias,
pequenas filmagens, portfólio, entre outros. A instituição precisa estabelecer quais proposições se
constituem como documentação pedagógica ainda na Jornada Pedagógica para que o corpo do-
cente se organize.
Os registros pedagógicos são importantes para acompanhar o desenvolvimento e a aprendi-
zagem das crianças, registrar os percursos individuais de cada uma, refletir sobre o próprio processo
profissional entram professores? reformular ou formular novas estratégias e ainda comunicar com
professoras que assumirem a turma ou as crianças (em caso de troca de turma, reagrupamento,
término de ano letivo). Dessa forma, a avaliação na creche ganha um caráter contínuo e formativo,
essencial para a construção de uma educação infantil de qualidade.
3.2.2 Caderno de Registros Pedagógicos
O uso do caderno de registro é um instrumento que destaca-se da necessidade de registros
que reúnem informações que revelam o desenvolvimento das habilidades das crianças, e ajuda as
professoras a terem uma visão global sobre cada criança. É importante mencionar que a instituição
desenvolva seu próprio estilo de registro permitindo uma visualização detalhada dos marcos de
desenvolvimento (síntese de aprendizagem infantil), sem seguir uma sequência rígida, já que esses
registros são baseados em percepções profissionais, reflexões e ações.
Para auxiliar nesse processo, recomenda-se a leitura de algumas obras, como as Diretrizes
Curriculares da Educação Infantil (Brasil, 2009, pág. 29) e o Currículo Escolar Municipal (CEM, 2021).
3.2.3 Mini-histórias
A narrativa de mini-histórias é uma ferramenta poderosa para registrar e compartilhar expe-
riências significativas no cotidiano da creche. Essa abordagem se enquadra no conceito de múltiplos
registros, que visa capturar a complexidade do processo de aprendizagem e desenvolvimento das
crianças, enriquecendo a prática pedagógica e promovendo a reflexão crítica.
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Mini-histórias são narrativas breves que contam uma história específica sobre um evento,
experiência ou momento significativo na vida das crianças. Elas podem ser escritas, orais ou visuais
e são utilizadas para registrar e refletir sobre a prática pedagógica. Através dessas narrativas,
é possível documentar o desenvolvimento das crianças e compartilhar esses momentos com a
comunidade escolar.
E como implementar Mini-Histórias em Creches?
• Registre momentos significativos do dia a dia: Esteja atento aos pequenos momentos que
representam grandes aprendizagens.
• Utilize fotos, vídeos ou outras formas de expressão: Diversifique os registros para capturar a
essência das experiências infantis.
• Compartilhe as mini-histórias com os pais e colegas: Fortaleça a comunidade educativa atra-
vés do compartilhamento de experiências.
Como as experiências registradas podem ser a base para aprimorar continuamente a prática
pedagógica?
Usar as mini-histórias, como ponto de partida para o aperfeiçoamento contínuo, oportuniza ao
professor a reflexão sobre a prática pedagógica, promovendo um ensino mais consciente e intencio-
nal; compartilhar conhecimentos e experiências, criando uma rede colaborativa de aprendizagem;
melhorar a qualidade da educação, garantindo que cada criança tenha suas experiências valorizadas
e compreendidas dentro do ambiente de aprendizado.
3.2.1 Agenda - Instrumento de comunicação entre família e instituição
A Agenda Infantil de Creche tem como objetivo colaborar e fortalecer a ação compartilhada
na importante tarefa do cuidar e educar as crianças. Portanto, não consideramos adequada a co-
municação por aplicativos de mensagens entre professoras e pais.
A maneira como registramos as informações contribui significativamente para o estabeleci-
mento de vínculos. Dessa forma, percebe-se a importância de anotar adequadamente o dia a dia
65
da criança. Além disso, é fundamental que os textos “Recado para os pais” e “Atendimento em Cre-
che pela SEMED” sejam lidos e compreendidos, reforçando a necessidade de leitura por parte da
família e permitindo reflexões, quando possível. A linguagem escrita precisa atender à necessidade
de uma comunicação assertiva com as famílias. Abaixo, listam-se algumas orientações que devem
ser seguidas antes do uso efetivo da Agenda Infantil de Creche:
Preencha os campos da agenda de forma clara e objetiva.
Utilize a agenda como principal meio de comunicação entre a creche e a família.
Não use aplicativos de mensagens para comunicar o cotidiano da criança.
Incentive a leitura dos textos e orientações contidos na agenda.
Seguindo essas orientações, garante-se uma comunicação mais eficaz e segura, promovendo
um ambiente de confiança e colaboração entre a escola e a família.
3.3 Registro de Avaliação na Creche
3.3.1 Relatório de Desenvolvimento Integral e Mini-histórias das aprendizagens infantis.
O registro da avaliação da Creche será realizado por meio do Relatório do Desenvolvimen-
to Integral de cada criança (ficha impressa pelo SIGEAM). A orientação sobre a elaboração desse
documento continuará a ser embasada pela via da Documentação Pedagógica, apresentada nos
encontros de estudo com pedagogos (as) ou diretores(as) da Educação Infantil e por Orientação
Técnico Pedagógica (OTP). Esses, de posse das orientações, deverão repassar a todos os (as)
professores(as).
O relatório de desenvolvimento de cada criança considerará os aspectos físico, afetivo,
cognitivo e social em sua inter-relação constante. Não existe um modelo descritivo pronto, o (a)
professor(a) deverá ser autor(a) da construção do documento nas creches as duas professoras
assumem em corresponsabilidade a redação do relatório.
As narrativas das mini-histórias podem complementar a redação deste documento ao destacar as-
66
pectos captados no cotidiano escolar. No entanto, elas não substituem a necessidade de apresentar
o Relatório de Desenvolvimento Integral Semestral, pois este é um documento oficial da rede que
aborda todos os aspectos da criança. O documento é individual, pois evidencia a identidade e a
singularidade de cada criança.
3.3.2 Avaliação do Processo de Desenvolvimento Infantil
Considera-se para fins de registro semestral a ficha de Avaliação do Processo de Desenvolvi-
mento Infantil que propõe a progressão das aprendizagens considerando o olhar analítico e afetuoso
do professor sobre as emoções, as relações sociais, as diferentes linguagens, a aprendizagem e
as habilidades das crianças.
Os indicadores A, B e C foram organizados de modo a relacionar essas aprendizagens em
progressões que levam em consideração o “período de adaptação”, compreensão da rotina na fase
creche e os movimentos colaborativos propostos pelos campos de experiências em que as sínteses
de aprendizagens descrevem esse desenvolvimento.
IMPORTANTE: Para as creches municipais, os instrumentos de Registros de Avaliação da Fase
Creche permanecem em processo de implementação no Sistema GIER, sob a coordenação da
Gerência de Documentação e Auditoria Escolar - GDAE, bem como pelo Sigeam.
4. PEDAGOGIA DA SAÚDE: CUIDAR E EDUCAR EM CRECHE
Como Transformar a Creche em um Espaço de Cuidado e Aprendizado?
O início do ano letivo traz diversos desafios, sendo a transição escolar um dos principais. É
essencial adotar uma visão que reconheça a criança como um indivíduo ativo, com direitos à par-
ticipação e construção do conhecimento. Colocando a criança no centro do processo, as ações de
acolhimento durante a transição casa-creche devem buscar construir relações de qualidade entre
profissionais, crianças, famílias e comunidade.
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Este novo ano oferece a oportunidade de aprofundar a compreensão sobre transições e mi-
crotransições, com foco na intencionalidade pedagógica. Na transição casa-creche, a construção
de uma relação de confiança é essencial, visto que deixar a criança em um ambiente inicialmente
desconhecido pode ser desafiador. O diálogo com os profissionais, no momento da entrega da
criança, fortalece o senso de pertencimento e oferece maior segurança às famílias.
As microtransições nas creches são fundamentais para enriquecer o cotidiano, criando expe-
riências significativas para crianças, famílias e educadores. A chegada das crianças deve ser pla-
nejada com cuidado, organizando tempo, espaço e materiais para garantir um acolhimento seguro.
Oferecer às crianças a oportunidade de explorar o ambiente externo pode transformar a insegurança
inicial em curiosidade e alegria.
Durante as refeições, é fundamental incentivar a interação social, promovendo a autonomia
e o bem-estar das crianças. O momento de descanso deve ser planejado para fortalecer os laços
afetivos, com contação de histórias e um ambiente acolhedor que favoreça o relaxamento. A higiene
precisa ser realizada de maneira respeitosa e comunicativa, estimulando o autoconhecimento e o
autocuidado.
Para orientações precisas em cada seção, indicamos consultar o infográfico em anexo “Re-
pensando as Microtransições como Fortalecimento do Cotidiano em Creche” e o vídeo “Mi-
crotransições: a pedagogia da vida cotidiana” que está no canal do Youtube da Gerência (https://
www.youtube.com/watch?v=-kqJUl0c2HA).
5. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM CRECHE
O que ofertar como vivências pedagógicas para bebês e crianças bem pequenas?
Ao pensar, planejar, executar e avaliar vivências pedagógicas na primeiríssima infância, é fundamental
que as interações (com o adulto, com as crianças, com o ambiente educativo e consigo mesmas)
estejam presentes no cotidiano escolar, proporcionando as seguintes oportunidades:
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• Vivência com as Famílias
A interação com as famílias é um elemento fundamental no desenvolvimento infantil, pois forta-
lece os laços afetivos e cria um ambiente de confiança e segurança para as crianças. Para crianças
de 1 a 3 anos, é importante incluir as famílias nas atividades pedagógicas, promovendo momentos
de partilha e trocas culturais, o que fortalece os laços afetivos e cria um ambiente de segurança
e acolhimento, essencial para o desenvolvimento emocional e social de nossos bebês e crianças
bem pequenas.
Propostas Pedagógicas: Organizar encontros periódicos nos quais os pais e crianças participem
de atividades como contação de histórias ou oficinas de artesanato, reforçando os vínculos fami-
liares e a identidade cultural.
• Vivência com a Natureza
A interação com a natureza é essencial para o desenvolvimento sensorial e motor das crianças.
Montessori destaca a importância de proporcionar experiências ao ar livre, permitindo que as crianças
explorem e descubram o mundo natural ao seu redor. Além disso, conecta as crianças ao ambiente
natural, promovendo a curiosidade e o respeito pelo mundo ao seu redor, enquanto experiências
sensoriais reforçam sua relação com o meio ambiente.
Propostas Pedagógicas: Realizar passeios ao ar livre para observar as plantas e animais
(pássaros, insetos), criar hortas simples ou jardins sensoriais, e incentivar o cuidado com o meio
ambiente através do plantio de mudas, arborização da creche com a participação da comunidade
(plantar, regar, cuidar, colher, etc.).
• Vivência com o Brinquedo e a Brincadeira
O brincar é uma linguagem natural da criança, sendo fundamental para o desenvolvimento cog-
nitivo, social e emocional, e é essencial para o desenvolvimento psicomotor e social, proporcionando
momentos de interação, descoberta e alegria, estabelecendo estimulem a criatividade e a imagi-
nação. Vygotsky enfatiza que a brincadeira é o principal meio pelo qual as crianças assimilam o
mundo ao seu redor.
Propostas Pedagógicas: Disponibilizar brinquedos de encaixe, blocos de construção e materiais
não estruturados (carretéis, conduítes, tecidos, sucata, blocos de madeira, elementos da natureza,
69
cones, rolos, objetos de uso cotidiano, caixas, entre outros) que possibilitem a experimentação e a
criação de narrativas próprias, incentivando o brincar genuíno.
• Vivência com a Literatura
A leitura, nos primeiros anos de vida, deve ser um convite à brincadeira e ao prazer de explo-
rar o mundo literário. Isso envolve experiências sensoriais, como ver, sentir, tocar e experimentar
histórias, canções, modelagens, pinturas e encenações, todas baseadas em textos literários, como
histórias, parlendas, versos, prosas e cantigas.
Propostas Pedagógicas:
O diretor desempenha um papel fundamental ao criar um ambiente propício para a leitura
e contação de histórias. Para isso, deve oferecer as condições ideais, fornecendo materiais como
livros físicos ou digitais, CDs, caixa de som, tapete, almofadas, fantoches e outros recursos.
Ao professor recomenda-se:
• Conhecer o acervo literário da unidade e oferecê-lo diariamente às crianças.
• Incorporar brincadeiras em cada etapa.
• Escolher livros que encantem e divirtam as crianças.
• Explorar imagens, capa e quarta capa.
• Incentivar interação, gestos icônicos e sons.
Professores antes de ler, introduza o tema fazendo perguntas que despertem a curiosidade das
crianças. Por exemplo: “Gostam de festa?”, “Que tipo de festa gostam mais?”, “Quem convidariam?”,
“Que comida serviriam?”, “Que roupa usariam?” e “Que música tocariam?”.
Técnicas de Leitura Eficazes - Durante a leitura, explore a capa, quarta capa e imagens do livro.
Faça paradas para indagações e suspeitas, incentivando a interação textual e gráfica. Use gestos
icônicos e sons para enriquecer a narrativa e estimule as crianças a imitar e criar sons.
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Atividades Pós-Leitura - Depois de ler, convide as crianças a “ler” para os colegas e brinque de
encenar trechos do livro. Estimule-as a criar sua própria festa, fazendo uma lista de convidados e
detalhes por escrito em um cartaz com letra bastão. Marque o dia da festa e siga com os planejados.
Deixe o livro em destaque e brinquem muito! Essas dicas criam um ambiente lúdico e estimulador,
desenvolvendo a linguagem e imaginação das crianças.
Sugerir na Prática PROPOSTAS PEDAGÓGICAS para FASE CRECHE (1 a 3 anos)
• Vivência com a Arte
A arte é uma forma de expressão que contribui significativamente para o desenvolvimento da
motricidade fina, da criatividade e da autoestima. De acordo com Vygotsky, a arte favorece a ex-
pressão pessoal e a comunicação. Para crianças de 1 a 3 anos, é essencial disponibilizar materiais
que estimulem a exploração artística de forma livre e espontânea, permitindo que os bebês e as
crianças pequenas desenvolvam sua sensibilidade estética e criatividade.”
Propostas Pedagógicas: Proporcionar atividades como pintura com os dedos, as mãos e os
pés; ateliês de texturas, modelagem e música; e vernissages com as produções, realizadas na sala,
no corredor ou na entrada da creche. Essas iniciativas permitem que as crianças experimentem,
criem e contemplem as obras de arte produzidas na creche e/ou em família.”
O fazer pedagógico deve ser composto por práticas que promovam vivências enriquecedoras,
assegurando um diálogo assertivo e conciso, sempre respeitando as especificidades do desen-
volvimento infantil. Para bebês e crianças bem pequenas, é fundamental ofertar experiências que
estimulem diferentes dimensões do aprendizado. Cada uma dessas vivências contribui de maneira
única para o desenvolvimentointegral de bebês e crianças, formando uma base sólida para seu
futuro aprendizado e desenvolvimento.
Wilssilene Nelson de Oliveira Brandão
Gerente de Creches - GEC
[email protected]
71
REFERÊNCIAS
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lho Estadual de Educação, 2019.
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cionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010.
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DE LA TAILLE, Yves; DE OLIVEIRA, Marta Kohl; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vigotski, Wallon:
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FOCHI, Paulo. Mini-histórias: rapsódias da vida cotidiana nas escolas do Observatório da
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PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
VYGOTSKY, Lev Semenovich; PENSAMENTO, S. Linguagem. Desenvolvimento e Aprendiza-
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VYGOTSKY, Lev. Lev Vygotsky. La psicología en la Revolución Rusa. Colombia: Ediciones
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WIART, Ariana Beatriz Gonçalves. O espaço exterior como ambiente educativo. 2022. Tese de
Doutorado.
73
Divisão de
Ensino
Fundamental
74
DIVISÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL
1 COMPETÊNCIAS DA DIVISÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL
Segundo o decreto Nº 2.682, de 26 de dezembro de 2013, no Art. 42, à Divisão de Ensino
Fundamental compete:
I – elaborar, definir, coordenar, implementar e avaliar políticas públicas para o Ensino Fundamental
e suas modalidades na Rede Pública Municipal;
II – desenvolver as funções de planejamento, organização, supervisão técnica e controle das ativi-
dades e serviços inerentes ao desenvolvimento do ensino;
III – coordenar e desenvolver ações que garantam a redução da repetência, evasão unidades e
distorção idade-série;
IV – definir as diretrizes gerais e elaborar o currículo escolar das Unidades de Ensino que oferecem
o Ensino Fundamental;
V – desenvolver, em articulação com a Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério e suas
gerências, políticas de formação inicial e continuada de professores, que atendam aos programas e
ao currículo da Secretaria, propondo também temas de educação permanente para os profissionais
da educação atuantes no Ensino Fundamental;
VI – promover o acompanhamento das atividades relativas ao processo educacional, garantindo a
articulação das diferentes atividades e os serviços em âmbito escolar;
VII – promover, coordenar, garantir e acompanhar o desenvolvimento e a realização das atividades
pedagógicas nas Unidades Escolares, em consonância com as Divisões Distritais Zonais;
VIII – implementar ações que garantam o monitoramento, o acompanhamento e a avaliação da Rede
de Ensino Fundamental, atualizando as informações quanto à execução do processo pedagógico
e orientando as intervenções;
IX – coordenar, orientar, acompanhar e avaliar a implementação da proposta pedagógica da Secre-
taria e das escolas municipais;
X – emitir pareceres, proferir despachos interlocutórios e, quando for o caso, despachos decisórios
nos processos submetidos à sua apreciação;
XI – acompanhar as atividades desenvolvidas pelas Gerências de Educação de Jovens e Adultos,
75
de Educação Especial e de Educação Escolar Indígena;
XII – garantir o cumprimento de duzentos dias letivos e oitocentas horas anuais;
XIII – orientar as Divisões Distritais Zonais quanto aos procedimentos de assessoramentos peda-
gógicos referentes ao currículo e aos programas do Ensino Fundamental;
XIV – desenvolver outras atividades correlatas.
2 CURRÍCULO ESCOLAR MUNICIPAL
O Ensino Fundamental será estruturado de acordo com o Currículo Escolar Municipal (CEM,
2021), abrangendo do 1º ao 9º ano. Para organizar a proposta curricular, serão utilizados os materiais
pedagógicos do Projeto Alfabetiza+ para o 1º e 2º Anos, Organização Bimestral do CEM (2021) e
as Sequências Didáticas, aplicadas conforme as especificidades de cada ano de ensino.
Os materiais pedagógicos do Projeto Alfabetiza+ (1º e 2º Anos) orientam a sequência das
atividades e o desenvolvimento da aprendizagem por meio da integração entre componentes cur-
riculares e áreas do conhecimento. Essa abordagem visa conectar conceitos, habilidades e temas,
promovendo o desenvolvimento integral dos estudantes e possibilitando uma compreensão mais
ampla e integrada do conhecimento.
A Organização Bimestral (3º, 4º, 6º, 7º e 8º Anos) define a estrutura das unidades temáticas,
práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades a serem desenvolvidas em cada
bimestre, de acordo com os componentes curriculares e os respectivos Anos de Ensino. Essa es-
trutura sistematizada permite que o(a) docente planeje e conduza as atividades de forma coesa e
articulada ao longo do ano letivo.
A Sequência Didática (5º e 9º Anos) detalha o encadeamento das atividades pedagógicas e
práticas de ensino, possibilitando o desenvolvimento progressivo e aprofundado de habilidades e
conhecimentos específicos, ajustados às necessidades de cada ano de ensino.
Os Temas Integradores Contemporâneos (TICs) deverão ser explorados ao longo do ano
letivo, atendendo às demandas contextuais das Unidades de Ensino e em consonância com as
diretrizes da Secretaria de Educação. Os TICs devem ser planejados coletivamente e abordados
de forma transversal, integrando-se ao currículo de maneira interdisciplinar, em vez de limitados a
componentes específicos. É essencial que esses temas estejam registrados nos planejamentos pe-
76
dagógicos para assegurar sua aplicação sistemática e efetiva no processo de ensino-aprendizagem.
Fonte: Elaborado pelos Assessores Pedagógicos da DEF, a partir do CEM, 2021.
2.1 Organização Curricular - Alfabetização - 1º ao 3º Ano
A transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental objetiva o equilíbrio entre as duas
etapas, bem como a continuidade das aprendizagens. Portanto, deve ser orientada e desenvolvida
nas Unidades de Ensino da Rede Pública Municipal de Manaus.
Fonte: Elaborado pelos Assessores Pedagógicos da DEF, a partir do CEM, 2021.
77
No que concerne ao processo de alfabetização, segundo a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC, 2017), o prazo-limite da alfabetização deve acontecer até o 2º Ano do Ensino Fundamental
e, a partir do 3º Ano, outros aspectos notacionais da escrita, como pontuação, acentuação e intro-
dução das classes morfológicas de palavras, passam a ser o foco, bem como a leitura fluente e
compreensão.
Fonte: Elaborado pelos Assessores Pedagógicos da DEF, a partir do CEM, 2021.
Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017, p. 89) compreende a alfabetização como um proces-
so que requer que o estudante conheça o alfabeto, desenvolva a consciência fonológica e adquira
a mecânica de escrita e leitura. A BNCC também coloca o texto no centro da unidade de trabalho,
destacando sua relevância no cotidiano da criança.”
A alfabetização na Rede Municipal de Ensino de Manaus se desenvolve a partir da observação dos
níveis de leitura e escrita, da identificação das fases do desenvolvimento da alfabetização e
do desenvolvimento dos pilares essenciais para a alfabetização.
78
Nessa perspectiva, todos os Componentes Curriculares devem contribuir com o processo de
alfabetização por meio dos seis PILARES ESSENCIAIS DA ALFABETIZAÇÃO, os quais são defi-
nidos, segundo o Currículo Escolar Municipal (CEM), como:
1. Consciência fonêmica: É o conhecimento consciente das menores unidades fonológicas
da fala (fonemas) e a capacidade de manipulá-las intencionalmente - Consciência letra/som.
2. Instrução fônica sistemática: É o ensino explícito, sistematizado e organizado de um con-
junto de relações entre as letras (grafemas) e os sons da fala (fonemas). É um componente
que permite compreender o princípio alfabético.
3. Fluência em leitura oral: É a habilidade de ler um texto com velocidade, precisão e prosódia.
4. Desenvolvimento de vocabulário: Envolve a ampliação tanto do vocabulário receptivo (pa-
lavras entendidas pelo estudante) quanto do vocabulário expressivo (palavras usadas pelo
estudante), além do vocabulário relacionado à leitura.
5. Compreensão de textos: É o propósito da leitura. Trata-se de um processo intencional e
ativo, desenvolvido mediante o emprego de estratégias de compreensão.
6. Produção de escrita: Diz respeito tanto à habilidade de escrever palavras quanto à de
produzir textos.
O desenvolvimento da produção de escrita dos estudantes em processo de alfabetização
ocorre em 4 níveis diferentes e progressivos, a saber: Nível da letra; Nível da palavra; Nível da
frase e Nível do texto:
1. Nível da letra: caligrafia; envolve a planificação, a programação e a execução de movimentos
da escrita.
2. Nível da palavra: ortografia; envolve operações mentais que permitem saber, por exemplo,
que /mãw/ se escreve “mão” (e não “maum”).
3. Nível da frase: consciência sintática; envolve a ordem das palavras, as combinações entre
as palavras e a pontuação.
4. Nível do texto: escrever e redigir; refere-se à organização do discurso e envolve processos
que não são específicos da língua escrita, como a memória episódica (memória de fatos
vivenciados por uma pessoa), o processo sintático e semântico.
79
Além disso, é fundamental que a produção de escrita dos estudantes em processo de alfa-
betização seja desenvolvida concomitantemente com o desenvolvimento da leitura. A leitura se
desenvolve em 4 níveis distintos, a saber:
1. Predição - maneira mais simples de ler palavras - consiste na antecipação da leitura com
base em pistas linguísticas e no conhecimento prévio do leitor;
2. Analogia - é uma maneira um pouco mais precisa de ler palavras - envolve o reconhecimento
de palavras por meio da associação com partes de outras palavras familiares;
3. Decodificação - é a maneira mais precisa de ler palavras e leva à automatização - é a melhor
estratégia para ler palavras novas e permite a leitura autônoma de palavras desconhecidas, e;
4. Reconhecimento Automático - é a maneira mais eficiente e menos custosa para a memória,
permitindo que o leitor leia com rapidez e prosódia, faça inferências e compreenda frases e
textos.
O desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita dos estudantes em processo de alfa-
betização pode ser observado a partir de 4 diferentes Fases do Desenvolvimento da Leitura e
da Escrita:
1. Fase Pré-Alfabética - a pessoa emprega predominantemente a estratégia de predição,
usando, de início, pistas visuais;
2. Fase Alfabética Parcial - o estudante começa a fazer analogias entre palavras e partes de
palavras conhecidas.
3. Fase Alfabética Completa - o estudante adquire maior autonomia na leitura e na escrita de
palavras.
4. Fase Alfabética Consolidada - a pessoa lê com mais velocidade, precisão e fluência, bem
como escreve com correção ortográfica.
Do exposto, o quadro abaixo apresenta a conexão entre as Fases do Desenvolvimento da
Leitura e Escrita e os Pilares Essenciais para a Alfabetização.
80
Fonte: Elaborado pelos Assessores Pedagógicos da DEF, a partir do CEM, 2022.
Neste sentido, com o intuito de subsidiar o planejamento do(a) professor(a) e potencializar a
alfabetização dos estudantes de 1º e 2º Anos, a Divisão de Ensino Fundamental orienta a utilização
dos materiais pedagógicos do Projeto Alfabetiza+.
2.2 Organização Curricular para o 4º e 5º Anos
Para subsidiar o planejamento docente, a Divisão de Ensino Fundamental orienta:
• Para turmas de 4º Anos: a utilização da Organização Bimestral do Currículo Escolar Mu-
nicipal (CEM, 2021);
• Para turmas de 5º Anos: a utilização da Organização Bimestral do Currículo Escolar Mu-
nicipal (CEM, 2021) e das Sequências Didáticas. Esta última, em conformidade com a
Resolução Nº 034/CME/2023, que aprova o Programa Educa+ Manaus.
2.3 Organização Curricular de 6º ao 9º Ano
Para facilitar a organização do trabalho docente e o acompanhamento do cumprimento do cur-
rículo nas Unidades de Ensino, o Currículo Escolar Municipal (CEM, 2021) foi dividido por bimestre,
evidenciando as unidades temáticas/práticas de linguagem e as habilidades e os objetos de conhe-
cimento para cada componente curricular e anos de ensino.
À gestão pedagógica da unidade escolar cabe a disponibilização deste documento em formato
81
digital aos docentes para que cada um(a) possa utilizá-lo no momento do planejamento, para que
não haja divergência entre a coleta de dados realizada pela GIDE (Gestão Integrada da Educação)
e o trabalho do professor.
3 CALENDÁRIO ESCOLAR
Os Calendários Escolares de 2025 para as Unidades de Ensino do 1º ao 9º Ano foram aprova-
dos pelo Conselho Municipal de Educação (CME) por meio de resoluções específicas exaradas pelo
Conselho Municipal de Educação (CME). Esses calendários serão executados em conformidade
com as normativas legais nacionais, estaduais e municipais, assegurando o cumprimento mínimo
de 200 dias letivos e 800 horas anuais.
4 HORA DE TRABALHO PEDAGÓGICO- HTP
A Hora de Trabalho Pedagógico (HTP), destinada aos docentes, está em consonância com o
que determina o Art. 67 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e resguarda as
prerrogativas previstas na Lei Federal nº 11.738, de 16 de julho de 2008.
4.1 Anos Iniciais
A implementação da HTP para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental na Rede está em fase
gradativa, considerando os impactos pedagógicos, financeiros e de recursos humanos para sua
ampliação. A regulamentação está disposta na Resolução nº 038/CME/2015, aprovada em 03 de
dezembro de 2015, conforme os artigos 76, inciso II, 112, inciso VII, e 114, inciso XVIII, parágrafo
único, além de outros artigos e incisos complementares, quando houver.
4.2 Anos Finais
A Resolução Nº 038, em seu parágrafo único, define com clareza a função para a Hora de Tra-
balho Pedagógico (HTP) esta será destinada ao planejamento de aulas, avaliação, formação conti-
nuada e atendimentos aos pais, responsáveis e estudantes, preenchimento de registros escolares
e elaboração de atividades pedagógicas. de acordo com a resolução, a HTP deve ser cumprida na
Unidade de Ensino. Abaixo seguem exemplos de atividades a serem realizadas no momento da HTP:
• Planejamento de aulas e atividades a serem realizadas com os estudantes;
82
• Elaboração de materiais didáticos e instrumentos de avaliação dos estudantes;
• Correção de atividades avaliativas, lançamento de notas/conceitos nos diários de classe e rea-
lização de análises quanto ao aprendizado de suas turmas;
• Análise da proficiência da escola em relação aos resultados das avaliações em larga escala e
elaboração de estratégias para a melhoria da qualidade de aprendizagem dos estudantes;
• Estudos individuais e coletivos, em serviço, voltados ao aperfeiçoamento profissional, visando
ao melhor desempenho de sua função e à melhoria do processo de ensino e aprendizagem;
• Reuniões com a equipe pedagógica da Unidade de Ensino e/ou DDZ/DDPM acerca de orien-
tações pedagógicas, tais como: normativas educacionais, documentos referentes ao currículo
escolar, projetos e programas implementados pelo MEC e/ou Rede de Ensino e formação con-
tinuada;
• Estudo/Elaboração e reformulação do Projeto Político Pedagógico - PPP da Unidade de Ensino,
sob a orientação da equipe gestora;
• Levantamento dos alunos infrequentes;
• Atendimento aos pais e responsáveis, quando necessário;
• Apoio à equipe gestora em atividades previstas pelo PPP.
Alinhado ao artigo 76 da Resolução Nº 038, a HTP tem a seguinte organização:
Quadro Organizador da HTP por Componente Curricular
DIA DA SEMANA COMPONENTE CURRICULAR
segunda-feira Língua Portuguesa
terça-feira Matemática
quarta-feira Arte, Ensino Religioso e Língua Inglesa
quinta-feira História, Geografia
sexta-feira Educação Física, Ciências
5 PLANEJAMENTO
O planejamento do 1º ao 9º Ano do Ensino Fundamental deve ser elaborado com base no
83
Currículo Escolar Municipal (CEM), em conformidade com a Estrutura Curricular vigente para o
Ensino Fundamental na Rede, o horário escolar e o Projeto Político-Pedagógico (PPP) de cada
unidade de ensino. Esse planejamento segue um modelo padrão, disponibilizado pela Divisão de
Ensino Fundamental, e deve observar as datas previstas no Calendário Escolar e/ou no Calendário
Especial, quando aplicável. A regulamentação está disposta na Resolução nº 038/CME/2015, apro-
vada em 03 de dezembro de 2015, conforme os artigos 75 e 76, além de outros artigos e incisos
complementares, quando houver.
5.1 Planejamento da Educação do Campo
5.1.1 Turmas Multisseriadas de 1º ao 5º Ano
As Unidades de Ensino que atendem turmas multisseriadas são legalmente amparadas pela
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/96 e seguem a Estrutura Curricular
e o horário escolar vigentes na Secretaria.
O planejamento dessas turmas é caracterizado pela integração de estudantes de diferentes
anos/séries em uma única turma. Nesse contexto, o planejamento, a avaliação e os demais proce-
dimentos pedagógicos são organizados de forma a contemplar todos os componentes curriculares
dos diferentes anos/séries, sendo ministrados por professor unidocente.
As turmas multisseriadas demandam uma dinâmica pedagógica diferenciada, que exige do
professor estratégias específicas para atender às necessidades diversas dos estudantes.
1.1.2 Turmas de 6º ao 9º ano
O planejamento deve considerar o desenvolvimento das competências e habilidades, observan-
do a relevância da interdisciplinaridade, da transversalidade e das competências socioemocionais
para garantir os direitos de aprendizagem que estão previstos no Currículo Escolar Municipal – CEM,
2021, por meio de uma pedagogia diferenciada que priorize os trabalhos coletivos, as abordagens
do currículo inclusivo, considerando a relação professor-aluno.
Os Temas Integradores e Contemporâneos – TICs serão desenvolvidos em cada período de
planejamento, atendendo às necessidades de cada contexto, devendo ser definidos coletivamente.
Porém, não inviabiliza que outros temas sejam desenvolvidos, por área de conhecimento ou por
componente curricular. Como, por exemplo, o tema Mudanças Climáticas, que atende os Compo-
84
nentes Curriculares Geografia e Ciências, entretanto é tema a ser desenvolvido interdisciplinarmente
em todas as áreas de conhecimento.
Bullying, cyberbullying e os tipos de preconceitos, envolvendo os(as) adolescentes em atividades
que promovam o respeito mútuo. É um tema interdisciplinar que poderá contribuir com o clima escolar
e a melhoria da aprendizagem, além de fortalecer a cultura de paz e a comunicação não violenta.
6 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL
O Currículo Escolar Municipal (2021, p. 200-202), orienta que o(a) professor(a) utilize-se
das mais variadas formas de avaliar os estudantes, as quais podem ser: diagnóstica, formativa e
somativa. Estas avaliações possuem abordagens diferentes no contexto educacional, cada uma
com funções específicas no processo avaliativo, a saber:
6.1 Avaliação Diagnóstica
A avaliação diagnóstica tem como objetivo identificar as defasagens e os avanços nas apren-
dizagens dos estudantes. No início do ano letivo, especialmente, traz informações essenciais para
o professor planejar os passos seguintes para o ano letivo. No entanto, essa avaliação pode ser
realizada de maneira contínua ao longo do ano. Entende-se que, a cada nova habilidade, novo objeto
de conhecimento, é preciso um diagnóstico.
A aplicação da avaliação diagnóstica inicial deverá ocorrer no início do ano letivo. Para os es-
tudantes do 1º e 2º Anos, essa avaliação será orientada e disponibilizada pela Divisão de Avaliação
e Monitoramento (DAM), com base na Matriz da Avaliação de Alfabetização.
Para os demais anos do Ensino Fundamental, recomenda-se a utilização dos perfis de entra-
da dos estudantes, conforme o Currículo Escolar Municipal (CEM), com o objetivo de identificar o
conhecimento prévio, as habilidades adquiridas e as lacunas de aprendizagem. Esses dados sub-
sidiarão o planejamento do(a) professor(a), favorecendo intervenções pedagógicas mais eficazes.
Outros momentos avaliativos com caráter diagnóstico poderão ser realizados ao longo do ano,
em conformidade com as necessidades pedagógicas identificadas, como a aplicação regular do
ciclo de avaliações do CNCA (Compromisso Nacional Criança Alfabetizada) para os Anos Iniciais e
o ciclo de avaliações realizados para o Programa Escola das Adolescências, para os Anos Finais,
seguindo o cronograma oficial do Ministério da Educação (MEC).
85
A avaliação diagnóstica pode ser pensada de forma diferenciada, por meio de jogos, metodo-
logias ativas, rodas de conversas ou até um modelo semelhante ao das provas. Cada professor
tem a sua forma de fazer a avaliação diagnóstica, o fundamental é garantir a coleta de informações
para traçar o perfil da turma.
6.2 Avaliação Formativa
A avaliação formativa objetiva acompanhar o progresso dos estudantes durante o seu processo
de ensino e aprendizagem. Desta forma, deve acontecer ao longo do ano letivo, pois, através dela,
têm-se feedbacks sobre o desempenho dos estudantes, permitindo ajustes imediatos no processo
de ensino para melhorar o aprendizado.
6.3 Avaliação Somativa
A avaliação será realizada considerando o aproveitamento dos estudos e a frequência. Bimes-
tralmente, o professor utilizará, para fins de verificação do aproveitamento escolar, no mínimo, três
(03) momentos de avaliação, mediante diferentes instrumentos e estratégias, como: a avaliação
oral, a avaliação escrita, simulados, a autoavaliação, o seminário, a avaliação em grupo, aspectos
socioafetivos (participação, assiduidade, disciplina, organização, comprometimento), a observação,
os relatórios, a produção textual, a exposição, as atividades cênicas, os exercícios, as pesquisas,
os debates, dentre outros. Deve estar pautada na perspectiva da avaliação contínua, mediadora,
formativa e cumulativa.
O registro das notas ocorrerá bimestralmente, conforme previsto nos Artigos 209, 221 e 224
do Regimento Geral da Secretaria Municipal de Educação. As notas serão lançadas no Diário de
Classe e no Boletim Escolar, em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez), por componente curricular,
sendo a nota mínima para aprovação 5,0 (cinco).
As Unidades de Ensino deverão obedecer à seguinte fórmula aritmética:
I - MB= (1ª Av + 2ª Av + 3ª Av) / 3 = 5,0
II - MF1 = (1º Bi + 2º Bi + 3º Bi + 4º Bi) = 20 / 4= 5,0
III - MF2 = (1º Bi+ 2º Bi + 3º Bi + 4º Bi + Rec) = 25 / 5= 5,0
86
Legenda:
I - MB – Média Bimestral;
II - Bi – Bimestre;
III - Av – Avaliação;
IV - Rec – Recuperação;
V - MF1 – Média Final sem recuperação;
VI - MF2 – Média Final com recuperação.
6.4 Recuperação Paralela e Final
A recuperação de estudos é direito de todos os estudantes que apresentam baixo rendimento,
independente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Deve ocorrer de forma permanente
e concomitante ao processo de ensino-aprendizagem, conforme Regimento Geral das Unidades
de Ensino.
A recuperação paralela deverá ser prevista ao longo da implementação das ações planejadas.
Caso o estudante obtenha baixo rendimento, a Unidade de Ensino deve propor atividades diferen-
ciadas a partir da Estrutura Curricular vigente para o Ensino Fundamental na Rede. Os resultados
devem ser registrados no diário de classe, prevalecendo a nota de maior valor para efeitos de so-
matória da média.
A recuperação final será oferecida ao final do ano letivo, conforme calendários da Secretaria.
O estudante com média final inferior a 5,0 (cinco) terá direito à recuperação final. Todos os registros
referentes à recuperação final devem constar no diário de classe. A regulamentação está disposta
na Resolução nº 038/CME/2015, aprovada em 03 de dezembro de 2015, conforme os artigos 216,
217, 218 e 219, além de outros artigos e incisos complementares, quando houver.
7. CONSELHO DE CLASSE
Cabe ao Conselho de Classe decidir sobre reprovação ou promoção do estudante, consideran-
do questões relativas ao seu processo ensino-aprendizagem, no sentido de melhorar o rendimento
individual ou coletivo durante todo o período letivo, após estudos de recuperação. A regulamentação
está disposta na Resolução nº 038/CME/2015, aprovada em 03 de dezembro de 2015, conforme
dos artigos 88 a 102, além de outros artigos e incisos complementares, quando houver.
87
7.1 Progressão Parcial
A progressão parcial far-se-á em até 2 (dois) componentes curriculares, ao longo do ano letivo,
a partir do 7º ano, conforme orientações da GDAE (Gerência de Documentação e Auditoria Escolar)
e do Regimento Geral das Unidades de Ensino. A regulamentação está disposta na Resolução nº
038/CME/2015, aprovada em 03 de dezembro de 2015, conforme os artigos 234 a 238, além de
outros artigos e incisos complementares, quando houver.
8. ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO NOS ANOS INICIAIS
No ano letivo de 2025, o acompanhamento bimestral para as turmas de 1º ao 3º Ano, quanto
ao perfil de entrada e saída e fases dos estudantes em processo de alfabetização, será realizado
por meio do Sistema de Alfabetização (SISALFA).
A taxa de aprovação e reprovação dos estudantes de 1º ao 5º Ano será acompanhada, bi-
mestralmente, por meio do SIGEAM/GIER.
Após a análise dos resultados bimestrais, a DEF orientará as DDZs quanto às ações de inter-
venções pedagógicas, na perspectiva da melhoria contínua do processo de ensino-aprendizagem.
9 DIÁRIO DE CLASSE
De acordo com o Regimento Geral das Unidades de Ensino da Rede Pública Municipal de
Manaus, em seu Art. nº 192:
O Diário de Classe é um instrumento legal de registro das atividades pedagógicas
do professor, dos instrumentos utilizados para o processo ensino - aprendizagem
ocorrido em cada componente curricular, bem como registro dos conteúdos, fre-
quência e notas dos alunos regularmente matriculados nas unidades de ensino.
(REGIMENTO, 2015)
9.1 Anos Iniciais
Orienta-se que os objetos de conhecimento (conteúdos) desenvolvidos do 1º ao 5º Ano do
Ensino Fundamental sejam registrados no diário físico impresso do SIGEAM ou no diário di-
gital e, ao final deste registro, indicar o código alfanumérico da habilidade desenvolvida com
os estudantes.
88
9.2 Anos Finais
Para o registro dos objetos de conhecimento, frequência e avaliação, os professores de 6º ao
9º Ano do Ensino Fundamental farão uso do Diário Digital e obedecerão à Orientação Técnico-Pe-
dagógica Nº 6/GDAE/2019 e demais orientações a serem expedidas.
As avaliações, frequência e notas bimestrais dos estudantes devem ser registradas pelo(a)
professor(a) no diário impresso do SIGEAM ou no diário digital, obedecendo às Orientações Técni-
co-Pedagógicas da GDAE e demais orientações a serem expedidas.
Caso os professores tenham dúvidas sobre o acesso ou manuseio do Diário Digital, acessar
o link:
<https://www.youtube.com/channel/UCeP7K2FLSMSASZhzAgXIRkg>
9.3 Frequência
O Conselho Municipal de Educação define, no capítulo IV, artigo 153 da Resolução Nº 038
de 2015, que o controle da frequência é de responsabilidade da unidade de ensino, com frequência
mínima de 75% do total de horas letivas para aprovação no Ensino Fundamental.
No §1º, o controle da frequência está desvinculado da apuração do rendimento escolar. No
§2º, os casos de licença médica, maternidade e serviço militar serão deferidos com base em le-
gislação específica, assegurando aos estudantes tempos e espaços de reposição dos objetos de
conhecimentos e habilidades ao longo do ano letivo, evitando possíveis retenções por faltas.
Atuar de maneira preventiva quanto à permanência do estudante em sala de aula contribui
para amenizar os indicadores de evasão e abandono escolar, em especial nesta etapa do Ensino
Fundamental - Anos Finais. Assim, é importante a unidade de ensino monitorar a frequência de todos
os estudantes e, em caso de faltas subsequentes, ou sequentes acionar o CEMASP.
10 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
1º ao 9º Ano
10.1 Programa EDUCA+ MANAUS – 5º e 9º Anos
O Programa Educa+ Manaus, aprovado pela Resolução Nº 034/CME/2023, apresenta-se como
uma das estratégias pedagógicas da Semed/Manaus a fim de desenvolver a proficiência dos estu-
89
dantes do Ensino Fundamental, elevando assim o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB) da Rede Pública Municipal, reafirmando seu compromisso com a educação de qualidade.
Nessa perspectiva, o referido programa compõe-se das seguintes ações:
● Sequência Didática: refere-se a aulas sequenciais que promovem aprendizagem no campo
das habilidades do Currículo Escolar Municipal e da Matriz SAEB;
● Simulado: refere-se à aferição sistemática das habilidades do Currículo Escolar Municipal e
da Matriz SAEB;
● 6º Tempo: adição de um tempo de aula para desenvolver as habilidades do Currículo Escolar
Municipal e da Matriz SAEB;
● Formação: encontros formativos com foco nas habilidades do Currículo Escolar Municipal e
da Matriz SAEB;
● Acompanhamento Familiar: acompanhamento da frequência dos estudantes com intuito de
combater a evasão escolar, verificar as causas da baixa frequência do abandono, bem como
o incentivo à participação da família na vida escolar dos estudantes.
● Ação Complementar: Viradão SAEB (Aula E+ Show).
● Alfabetiza Manaus: visa ao atendimento dos estudantes que ainda não consolidaram o pro-
cesso de alfabetização;
Dentre as ações estratégicas do Programa, a Sequência Didática, o 6º Tempo, a ação comple-
mentar Viradão SAEB, bem como a ação Alfabetiza Manaus, são de responsabilidade da Divisão
de Ensino Fundamental em parceria com outros setores do Departamento de Gestão Educacional.
Público-alvo: Estudantes de 5º e 9º Anos do Ensino Fundamental.
10.1.1 Ação sequência Didática
A Sequência Didática apresenta-se como um conjunto organizado de atividades, planejadas
de forma sequencial com foco nas habilidades da Matriz de Referência SAEB, alinhadas ao Currículo
Escolar Municipal, segue uma progressão lógica, começando com atividades que introduzem o tema
e motivam os estudantes, seguidas por atividades de exploração e construção do conhecimento, e
finalizando com atividades de consolidação e aplicação do que foi aprendido. Além disso, ela pode
incluir diferentes estratégias de ensino, recursos educacionais e formas de avaliação para garantir
a eficácia do processo de ensino-aprendizagem.
90
As Sequências Didáticas serão implementadas nas Unidades de Ensino, conforme quadro de
habilidades, respeitando a progressão das aprendizagens.
10.1.2 Ação: 6º Tempo
Segunda ação estratégica do Programa Educa+ Manaus, o 6º Tempo é a extensão de um tempo
de aula, com a ampliação da carga horária de atendimento aos estudantes. O 6º Tempo será reali-
zado nas Unidades de Ensino por meio de videoaulas, com atendimento presencial aos estudantes,
sob a mediação do professor, com grupos organizados em: alfabetizar, reforçar e aprofundar.
10.1.3 Ação Complementar: Viradão SAEB
Uma ação complementar do Programa Educa+ Manaus, o Viradão SAEB busca implementar
estratégias que contribuam para a eficácia do ensino e o engajamento da comunidade escolar.
O Viradão SAEB consiste em aulas ao vivo, presenciais, com foco na resolução de itens. Essas
aulas são transmitidas simultaneamente para as Unidades de Ensino, permitindo a interação dos
estudantes por meio do chat, utilizando mediação pedagógica inovadora e ferramentas tecnológicas
para promover a melhoria dos índices de aprendizagem dos estudantes, bem como o fomento a um
ambiente escolar mais colaborativo. A ação está programada para os meses de setembro e outubro,
que antecedem o período da avaliação.
10.1.4 Ação Alfabetiza Manaus
Objetivo: Garantir a consolidação da alfabetização dos estudantes do 3° ao 9° Ano do Ensino
Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Manaus.
Público-alvo: Estudantes não alfabetizados do 3º ao 9º Ano do Ensino Fundamental.
Estrutura da ação:
91
Fonte: Elaborado pelos Assessores Pedagógicos da DEF, 2024.
1. Avaliação: avaliação inicial, avaliação de processo e avaliação final.
2. Material didático: Anos iniciais e Anos Finais.
3. Formação: Realizada pelo DDPM e DEF.
4. Planejamento: Disponibilização das aulas planejadas com abertura para atividades comple-
mentares.
5. Acompanhamento mensal: Realizado pela GIDE mensalmente em formulário específico.
10.2 Programa Viajando na Leitura
O Programa Viajando na Leitura promove o desenvolvimento de ações de incentivo à leitura,
empréstimo de livros e auxílio à pesquisa de estudantes, nas bibliotecas e salas de leitura das Uni-
dades de Ensino da Secretaria Municipal de Educação.
Objetivo: Promover atividades de incentivo à leitura nas Unidades de Ensino, contribuindo para a
formação de leitores autônomos e competentes, com ações contínuas e contemporâneas, que opor-
tunizem aos estudantes o uso de metodologias ativas para o seu melhor desenvolvimento como leitor.
Público-alvo: Estudantes do Ensino Fundamental e suas modalidades da Secretaria Municipal de
Educação de Manaus.
92
Metodologia: O Programa Viajando na Leitura é desenvolvido em todas as Unidades de Ensino da
Rede Municipal de Manaus, que registram, em relatório semestral, as ações desenvolvidas. Con-
siderando o objetivo central do Programa, suas fases estarão condicionadas aos procedimentos
metodológicos referentes aos projetos permanentes ou sazonais apreendidos pelo próprio Programa.
Ações do programa:
A Hora da Leitura constitui-se como a ação principal do Programa Viajando na Leitura, para a
qual, o(a) professor(a), de forma planejada, destinará, semanalmente, 2 (duas) horas-aula para os
Anos Iniciais e 1 (uma) hora-aula para os Anos Finais, empregando procedimentos metodológicos
que favoreçam oportunidades de aprendizagem e de ampliação do repertório de leitura, de forma
agradável.
Ações de incentivo à leitura estabelecidas em Leis Municipais
• Semana da Literatura Amazonense - Lei Municipal nº 882, de 2005.
• Dia de Motivação da Leitura - Lei Municipal nº 2.168, de 2016.
• Semana do Livro Infantil - Lei Municipal nº 1.012 de 2006.
10.3 Programa Matemática Viva
O Programa Institucional Matemática Viva, da Secretaria Municipal de Educação (SEMED/
Manaus), é voltado para estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, contemplando todas
as modalidades de ensino atendidas pela secretaria. O objetivo principal é dinamizar e fortalecer o
ensino de Matemática, elevando a proficiência dos estudantes e mitigando lacunas nas habilidades
essenciais não aprendidas.
Objetivo: Elevar o índice de desenvolvimento da educação básica – IDEB, nas Unidades de Ensi-
no do Município de Manaus, por meio da melhoria da proficiência dos estudantes no componente
curricular de Matemática.
Público-alvo: estudantes do Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais da Secretaria Municipal de
Educação de Manaus.
Metodologia: O Programa Institucional Matemática Viva é composto por projetos e/ou ações pon-
tuais e contínuas, tais como Comemoração do Dia Nacional/Municipal da Matemática (6 de maio),
Hora de Matematizar, Feiras de Matemática, Olimpíadas de Matemática e/ou outras competições,
93
Premiação aos agraciados em Olimpíadas de Matemática, Programa de Iniciação Científica – PIC,
Polos Olímpicos de Treinamento Intensivo/POTIs com metodologias específicas, direcionadas por
regimentos e/ou regulamentos, bem como por orientações pedagógicas a cada ano letivo. Tem como
público-alvo professores e estudantes do 1º ao 9º Ano das Unidades de Ensino da Rede Municipal
de Educação.
10.4 Ação Pedagógica - Educação Financeira
A Educação Financeira está inserida no Currículo Escolar Municipal de Manaus como parte
do Tema Integrador Contemporâneo “Educação para o Consumo e Educação Financeira e Fiscal”.
Essa temática tem como objetivo promover o desenvolvimento de práticas de consumo consciente,
incentivando os estudantes a adotarem comportamentos financeiros autônomos, responsáveis e
saudáveis.
A abordagem busca proporcionar uma vida mais equilibrada e sustentável do ponto de vista
financeiro, com impactos positivos tanto na vida dos estudantes quanto na comunidade local.
Objetivos Específicos:
• Explicitar a importância e os princípios da Educação Financeira aos docentes e estu-
dantes alinhados a um projeto de vida;
• Desenvolver o protagonismo e intervenção social na concretização de seu Projeto de
Vida a partir da concepção de uma Educação Financeira;
• Acompanhar o assessoramento pedagógico e o desenvolvimento das ações nas Uni-
dades de Ensino.
Público-Alvo: Estudantes do ensino fundamental (do 1º ao 9º Ano) da Rede Municipal de Ensino.
Metodologia: O trabalho com o tema Educação Financeira tem como fundamentação pedagógica
a interdisciplinaridade, entendida como a conexão entre os diversos componentes curriculares. No
entanto, cada componente mantém a sua interdependência entre a multiplicidade dos conhecimen-
tos, considerando suas singularidades e a delimitação de cada um. Segundo Japiassu (1976), neste
sentido, a proposta interdisciplinar tem como princípio o papel ativo dos estudantes na construção
do conhecimento. Entende-se que, o processo de aquisição do saber é tão importante quanto o
próprio saber. Assim, o estudante torna-se o protagonista de seu conhecimento e o professor exerce
94
a função de mediador na construção da teia do saber.
Desse modo, cabe aos professores escolherem a melhor estratégia para ser aplicada ao tema, ali-
nhada ao Componente Curricular, habilidades e objeto de conhecimento que serão desenvolvidos no
decorrer do ano letivo, criando de forma harmônica metodologias para que se alcance os objetivos
da temática. Para isso, sugere-se a utilização das Cartilhas de Educação Financeira elaboradas e
disponibilizadas pela Divisão de Ensino Fundamental.
Avaliação: acontecerá bimestralmente, por meio de Relatórios das DDZs, via Formulário Google
encaminhado pela DEF com dados quantitativos e qualitativos.
10.5 Projeto IMC SEMED
Através do Sistema de Monitoramento do Índice de Massa Corporal, é disponibilizado in-
formações gerenciais que possibilitem traçar o perfil nutricional dos alunos da Rede Municipal de
Ensino – Ensino Fundamental (1º ao 9º Ano) contribuindo para a melhoria da aprendizagem.
Objetivos:
• Traçar o perfil dos alunos quanto ao índice de massa corporal;
• Mostrar indicadores para as ações da merenda escolar;
• Diagnosticar possíveis alterações alimentares como desnutrição e obesidade;
• Subsidiar as ações pedagógicas da Secretaria Municipal de Educação;
• Sensibilizar a comunidade escolar sobre os perigos da desnutrição e obesidade;
Público-Alvo: Estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental
Metodologia: Durante o ciclo anual, estão previstas a realização de duas coletas, que acontecerão
em momentos diferentes no ano letivo, uma em abril/maio e outra em setembro/outubro. A coleta e
lançamento do IMC deverão ser feitos pelo professor de Educação Física. Na ausência desse pro-
fissional, a coleta poderá ser realizada por outro profissional de saúde, como um enfermeiro, técnico
de enfermagem ou equipe do Programa Saúde na Escola (PSE). Nesses casos, o lançamento dos
dados no sistema será de responsabilidade do gestor escolar. Neste período ficarão também dispo-
nibilizadas as várias opções de Consultas, Emissão de Relatórios e geração de Gráficos Estatísticos
Avaliação: Após a primeira coleta, será emitido um relatório contendo todas as informações regis-
tradas, incluindo gráficos para análises e comparações. Ao término do processo, será gerado um
95
relatório final consolidando os dados levantados, acompanhado de gráficos que possibilitam análises
detalhadas e comparativos entre as diferentes fases.
1º ao 5º ano
10.6 Projeto Alfabetiza+
O Projeto Alfabetiza+ tem como foco da ação pedagógica, a alfabetização dos estudantes do 1º
e 2º Ano por meio de atividades interdisciplinares em que todos os componentes curriculares con-
tribuam para o desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita e matemática.
Objetivo: Alfabetizar 100% dos estudantes até o 2º ano do Ensino Fundamental.
Público-alvo: Professores e estudantes do 1º e 2º Ano distribuídos em 311 Unidades de Ensino.
Estrutura:
Fonte: Elaborado pelos Assessores Pedagógicos da DEF, 2024.
01. Avaliação: Avaliação diagnóstica inicial e final;
02. Formação: Formação em alfabetização para os professores do 1º e 2º Ano;
03. Livro Alfabetiza+: atividades interdisciplinares tendo como foco da ação pedagógica a alfa-
betização;
04. Acompanhamento: Registro bimestral das fases do desenvolvimento da leitura e da escrita dos
96
estudantes do 1º, 2º e 3º Ano, no Sistema de Acompanhamento da Alfabetização - SISALFA.
05. Ambiente Alfabetizador: Disponibilização de materiais pedagógicos para organização do
ambiente de sala de aula e tornando-o cada vez mais propício ao desenvolvimento da alfa-
betização dos estudantes.
06. Planejamento Interdisciplinar: Utilização de metodologias interdisciplinares para a organização
do planejamento docente.
10.7 Programa de Educação Integral em Tempo Integral
O Programa de Educação Integral em Tempo Integral foi estabelecido pela Lei Nº 14.640,
de 31 de julho de 2023, que trata do compromisso do Governo Federal para apoiar financeira
e tecnicamente o alcance da Meta 6 do Plano Nacional de Educação – (PNE 2014-2024), que
determina que no mínimo 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas ofereçam Educação
em Tempo Integral, atendendo, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos estudantes da
Educação Básica.
O funcionamento das Unidades de Ensino de Educação Integral em Tempo Integral e
Unidades de Ensino com matrículas no Programa Escola em Tempo Integral, na Rede Pública
Municipal de Manaus, têm como respaldo legal:
● Lei Nº 3.398, de 22 de outubro de 2024 – Institui a Política Municipal de Educação Integral
em Tempo Integral na Rede Pública Municipal de Manaus e dá outras providências.
● Resolução Nº 064/CME/2024 – Estabelece as Diretrizes Pedagógicas da Educação Integral
em Tempo Integral;
● Resolução Nº 065/CME/2024 – Aprova as Estruturas Curriculares da Educação Infantil e do
Ensino Fundamental para Educação Integral em Tempo Integral.
Objetivo Geral: Ampliar a jornada escolar para pleno desenvolvimento das competências cognitivas,
socioemocionais, esportivas e culturais dos estudantes, visando à melhoria da qualidade da educação.
Público-alvo: Unidades de Educação Integral em Tempo Integral e Unidades de Ensino com ma-
trículas em Educação Integral em Tempo Integral
Metodologia: Em conformidade com a Resolução Nº 064/CME/2024 – Estabelece as Diretrizes
Pedagógicas da Educação Integral em Tempo Integral.
No que se refere à distribuição da jornada ampliada de 9 horas, a Unidade de Educação
97
Integral em Tempo Integral e Unidades de Ensino com matrículas em Tempo Integral devem
considerar o currículo da Base Comum, o currículo da Parte Diversificada, a hora do almoço/
descanso e o lanche/intervalo, conforme distribuição abaixo:
● Base comum: aulas com duração de 56 minutos;
● Parte diversificada: aulas com duração de 55 minutos;
● Tempo destinado ao almoço/descanso: 2 horas
● Considerar dois tempos de intervalo: um no período da manhã e outro no período da
tarde: 15 minutos.
Considerando a Resolução Nº 065/CME/2024 que aprova as Estruturas Curriculares das
Unidades de Ensino de Educação Integral em Tempo Integral, seguem exemplos da distribuição
do horário para atendimento aos estudantes.
Fonte: DEF, novembro/2024.
A carga horária da Parte Diversificada será de 3h/s (três horas semanais) para cada Ati-
vidade Complementar, conforme a Estrutura Curricular da Educação Integral, totalizando 15h/s
(quinze horas semanais).
98
Quadro 2 - Detalhamento das Atividades Complementares da Parte Diversificada.
Fonte: DEF, novembro/2024
Avaliação: A avaliação da Parte Diversificada é bimestral, conforme sua organização, e leva em
consideração os objetos de conhecimento abordados. Utiliza métodos e instrumentos variados,
alinhados às concepções e finalidades educativas estabelecidas no Currículo Escolar Municipal.
A avaliação nas Unidades de Ensino de Educação Integral em Tempo Integral e Unidades de
Ensino com matrículas em Tempo Integral, deve observar:
99
I – a utilização de 02 (dois) momentos de avaliação em cada Atividade Complementar propos-
ta na Estrutura Curricular, mediante a observação, participação, assiduidade, frequência e
desenvolvimento das habilidades e conhecimentos que se constituem em condições indis-
pensáveis para as aprendizagens subsequentes do estudante;
II – às atividades complementares serão atribuídas notas de 0 (zero) a 10 (dez).
10.8 Programas de Correção de Fluxo - Se Liga - Fase I e Acelera Brasil - Fase II.
De acordo com a Resolução nº 294/CME/2021, aprovada em 27/12/2021, que estabelece
normas para a operacionalização do programa de Correção de Fluxo nas Unidades de Ensino da
Rede Pública Municipal de Manaus, e com o termo de uso da solução educacional contratado em
25 de abril de 2024, justifica-se a necessidade de ajustar o planejamento para 2025. Apresentamos,
assim, as necessidades para a operacionalização do programa, atendendo às metas do PNE.
Meta 2 - Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a
14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam
essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
Meta 7- Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria
do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as metas nacionais para o IDEB.
Objetivo geral: Corrigir a distorção idade/série, consolidando competências e habilidades de leitura,
escrita, oralidade, produção textual e matemática.
Objetivos específicos:
● Alfabetizar alunos com distorção idade/série, matriculados nas turmas do 2º ao 5º ano e 1º ano
sem vida escolar, oferecendo condições necessárias para o prosseguimento no fluxo escolar.
● Disponibilizar materiais didáticos para as turmas de correção de fluxo.
● Assegurar a permanência na escola do estudante em distorção, evitando assim a distorção
e o abandono.
● Corrigir o fluxo escolar, possibilitando a aceleração dos estudantes e reposicioná-los para o
ano adequado à sua idade.
● Reduzir a distorção idade-série, oferecendo anualmente vagas em turmas de correção de
fluxo nos Anos Iniciais.
● Diminuir o número de estudantes em distorção idade-série na Rede Municipal de Ensino, a
100
partir da recuperação da aprendizagem e aceleração no ensino;
● Contribuir para o atingimento das metas do Plano Municipal de Educação, universalizando o
ensino fundamental de nove anos para toda a população de 6 a 14 anos.
● Criar mecanismos de ensino para a realização do acompanhamento individual dos estudantes
do ensino fundamental com programas e ações que favorecem a aprendizagem, evitando o
baixo rendimento.
Público – alvo: destinado exclusivamente a estudantes regularmente matriculados nas unidades
de ensino da Rede Pública Municipal de Manaus e que se encontram, no mínimo, com dois anos
de distorção idade/ano nas turmas dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Metodologia: Os programas serão desenvolvidos em duas etapas:
- SE LIGA (FASE I) - estudantes não alfabetizados, em distorção idade/série de no mínimo 2
anos entre 9 e 14 anos, com data de corte até 31 de março.
- ACELERA BRASIL- estudantes em distorção idade/série de no mínimo 2 anos entre 9 e 14
anos com data de corte até 31 de março. Esse é um Programa destinado para alunos que
estão alfabetizados, mas que precisam consolidar habilidades necessárias para aceleração
de 2 ou 3 anos no máximo.
Matriz de habilidades para as turmas: Priorização das habilidades essenciais curriculares ou
aceleração das aprendizagens, focando nas habilidades estruturantes de linguagem e matemática.
Formação de turmas - 25 alunos por turma no máximo: Conforme indicação da Divisão de Infor-
mação e Estatística/DIE/Semed, a unidade escolar deve dispor de uma sala de aula com capacidade
de atendimento para no mínimo 25 estudantes por turma. A organização das turmas do Programa
de Correção de Fluxo segue rigorosamente os preceitos estabelecidos pela metodologia, desde a
organização das salas, rotinas de aula até o atendimento máximo de 25 alunos por turma.
Realização de um trabalho com Indicadores e metas: Indicadores são sinais que revelam aspec-
tos de determinada realidade e que podem qualificar e quantificar algo. São acompanhados mês a
mês para o alcance dos objetivos propostos.
101
Gerenciamento dos indicadores: Precisa ser acompanhado sistematicamente para verificar se
os objetivos estão sendo atingidos, seguida da elaboração das intervenções necessárias para su-
peração das dificuldades apresentadas.
Teste diagnóstico para enturmação: Será aplicado no final do mês de outubro e no mês de no-
vembro, para enturmação e efetivação de matrícula. Para isso, o setor de estatística fornecerá uma
relação nominal e por escola dos alunos que se encontram em distorção de no mínimo 2 anos.
Subsídios para o professor: Orientações aos professores e tutores para o desenvolvimento do
trabalho de acordo com a metodologia, para o alcance dos indicadores e metas propostas.
Avaliação:
• Avaliações processuais: serão contínuas e processuais. Ao final do ano letivo, os estudan-
tes com aproveitamento acima da média das turmas de aceleração realizarão uma Avaliação
de Aceleração, para verificar o seu desempenho relativo à aprendizagem, para que possam
acelerar (3) três anos.
• O processo de Avaliação da aprendizagem: será de forma contínua, qualitativa, formativa,
participativa, cumulativa, e de caráter processual, objetivando o levantamento de informações
úteis à regulação do processo ensino-aprendizagem, contribuindo para a efetivação da atividade
de ensino, bem como o processo de desenvolvimento do aluno nos aspectos social, emocional,
psicomotor e cognitivo.
10.9 Projeto English For Kids
A Secretaria Municipal de Educação de Manaus promove, por meio do Departamento de Gestão
Educacional e Divisão de Ensino Fundamental, o Projeto English For Kids. Atualmente, o projeto
visa à implementação da língua inglesa como componente curricular na grade dos Anos Iniciais,
conforme Lei Municipal N° 374 de 23 de junho de 2014. As aulas são ministradas por professores
102
de Língua Inglesa e Anos Iniciais da Semed efetivos e em regime de carga dobrada.
Objetivo Geral: Ensinar a Língua Inglesa para as crianças do 1º e 2º Períodos da Educação Infantil
e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental das Unidades de Ensino participantes do projeto.
Público – Alvo: Estudantes da Educação Infantil e do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental nas
Unidades de Ensino participantes do projeto.
Metodologia: O Projeto English for Kids dar-se-á mediante a adesão da Unidade de Ensino, onde
o(a) gestor(a) deverá encaminhar memorando para a Divisão Distrital Zonal - DDZ, contendo su-
gestão de dias, horários de atendimento, turmas e quantidade de estudantes que serão atendidos.
Ao receber o memorando, a DDZ deverá encaminhar à Divisão de Ensino Fundamental - DEF,
para a coordenação do projeto, a qual irá analisar, em parceria com o Departamento Pessoal - Lo-
tação, Divisão de Educação Infantil, Divisão de Ensino Fundamental e Departamento de Gestão
Educacional, a possibilidade de atendimento na Unidade de Ensino.
Carga horária: A carga horária destinada para o Projeto English for Kids, semanalmente, será de 1h
(uma hora) para a Educação Infantil, fase Pré-escola e 1h/a (uma hora-aula) para os Anos Iniciais.
Acompanhamento: Acontecerá semestralmente para Educação Infantil e bimestralmente para
Anos Iniciais, por meio da GIDE em parceria com a Coordenação do Projeto da DEF.
6º ao 9º ano
10.10 Programa de Educação Itinerante
O Programa de Educação Itinerante atende estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental
na área rural. Ele torna visível as singularidades da Educação do Campo no sistema público de
ensino possibilitando melhor acompanhamento pedagógico.
A Secretaria, com base nas legislações, implementou em 2005, por meio do Parecer N. 004/
CME/2005 o primeiro piloto do Projeto de Educação Itinerante para atender estudantes da 5º a 8º
séries na área rural. A última reestruturação ocorreu por meio da Resolução N.280/CME/2021, o
Programa segue o CEM/BNCC e demais orientações pedagógicas da Secretaria, considerando as
especificidades do contexto rural.
Objetivo Geral: O objetivo geral do Programa de Educação Itinerante é garantir o acesso, per-
manência e conclusão do ensino aprendizagem, aos estudantes dos Anos Finais residentes nas
103
comunidades rurais.
Público-alvo: estudantes dos Anos Finais (6º ao 9º Ano) da área rural.
Metodologia: se organiza atualmente conforme a última Resolução do programa de número 280/
CME/202. Os componentes de Língua Portuguesa e Matemática seguem o padrão urbano minis-
trados ao longo do ano, e, os componentes curriculares de História, Geografia, Ciências, Educação
Física, Arte, Língua Inglesa e Ensino Religioso são ministrados semestralmente com:
a) Os objetos de conhecimento são ministrados integralmente em um (1) semestre;
b) Os tempos de aula são duplicados na semana (5 dias contendo 6 aulas);
c) Cada período tem duração de 25 dias letivos (5 semanas = 1 mês e 1 semana letiva);
d) Cada período de 25 dias equivale a um (1) bimestre considerando o modo de organização
regular dos objetos de conhecimento e avaliações necessárias;
e) A soma de dois (2) períodos no semestre são 50 dias letivos equivalente a 1 bimestre no modo
regular (50 dias).
Outros detalhamentos metodológicos:
• Cada semestre é dividido em quatro períodos com 25 dias letivos, totalizando 100 dias letivos;
• No calendário escolar unificado haverá 14 sábados letivos, sendo 2 em cada mês;
• No módulo 1 – 520h, haverá um dia da semana, com 6 tempos de aulas de 40 minutos cada
e nos demais dias da semana os tempos serão de quarenta e cinco minutos cada;
• No módulo 2 – 480h, os tempos serão de 45 minutos cada e um dia da semana haverá 4
tempos de aula.
Avaliação: O processo de avaliação segue as normativas vigentes e previstas para essa fase,
considerando sempre a singularidade da organização em semestre de alguns dos componentes
curriculares. A avaliação dos estudantes do Programa Itinerante deve ser aplicada conforme as ha-
bilidades trabalhadas no período semestral considerando os objetos de conhecimento ministrados
e o horário duplicado semanalmente.
104
10.11 Programa de Fortalecimento para os Anos Finais do Ensino Fundamental - Programa
Escola das Adolescências
O Programa Escola das Adolescências foi instituído pela Portaria Nº 635, de 10 de julho de 2024,
e tem como finalidade fomentar processos para a melhoria contínua da qualidade social da oferta
dos Anos Finais do Ensino Fundamental, dos resultados de aprendizagem dos estudantes e da
equidade educacional, elementos precípuos na construção de trajetórias escolares bem-sucedidas.
Dessa forma, torna a escola um espaço significativo e equitativo para todos.
Objetivo Geral: Promover um espaço escolar acolhedor que impulsione a qualidade social da edu-
cação, melhorando o acesso, o progresso e o desenvolvimento integral dos estudantes.
Objetivos Específicos:
• Apoiar as transições entre as etapas dos Anos Iniciais para os Anos Finais e dos Anos Finais
para o Ensino Médio;
• Atender os estudantes, por meio do aprimoramento da governança, do desenvolvimento
profissional, da organização curricular pedagógica e do engajamento das lideranças;
• Acolher o desenvolvimento socioemocional dos estudantes, reconhecendo a importância do
clima e da convivência escolar;
• Garantir a aprendizagem para todos, com qualidade e equidade, assegurando trajetórias
educacionais de sucesso.
Metodologia: O Programa possui três eixos estruturantes:
1. Governança: Centralidade na articulação interfederativa, com foco no fortalecimento do
regime de colaboração e na constituição de uma governança com olhar sobre os territórios.
2. Desenvolvimento: Centralidade nos processos de formação continuada de profissionais da
educação, para potencializar a atuação junto aos estudantes adolescentes.
3. Organização Curricular: Centralidade na organização de tempos e espaços curriculares, para
potencializar o percurso formativo e a aprendizagem nos Anos Finais do Ensino Fundamental.
105
E cinco dimensões:
1. Currículo e práticas pedagógicas: Adaptar o currículo e as práticas pedagógicas para refletir
as vivências, interesses e necessidades dos(das) adolescentes, promovendo aprendizagens
significativas e contextualizadas.
2. Cultura e Clima escolar: Promover uma cultura escolar que valorize a diversidade e a inclusão,
garantindo um ambiente seguro, acolhedor e estimulante para todos(as) os(as) estudantes.
3. Infraestrutura: Assegurar que as instalações escolares sejam adequadas, acessíveis e propí-
cias ao desenvolvimento integral, promovendo um ambiente de aprendizagem de qualidade.
4. Gestão, Formação e Acompanhamento: Incentivar a gestão democrática e a participação ativa
da comunidade escolar nas tomadas de decisão, além de promover a formação contínua dos
profissionais da educação.
5. Financiamento e equidade: Assegurar a alocação justa e equitativa de recursos, garantindo
que todas as escolas tenham os meios necessários para implementar a Política Nacional
Escola das Adolescências e promover a equidade educacional.
Para a organização curricular, o Programa da Escola das Adolescências propõe clubes de letra-
mento para cada ano de ensino.
Cada Clube é desenhado para ser desenvolvido em um dos Anos Finais, na parte diversificada
do currículo, e poderá ser apoiado com recursos financeiros do PDDE das Adolescências para es-
colas priorizadas. São eles:
6º ano - Clube de letramento Matemático;
7º ano - Clube de letramento Científico;
8º ano - Clube de letramento Literário e Corpóreo;
9º ano - Clube de letramento Ação Comunitária (Humanidades).
Para atender à proposta curricular, serão oferecidos cursos de formação continuada por meio
do AVAMEC, em nível de especialização, por área de conhecimento.
Para conhecimento e aprofundamento sobre o Programa Escola das Adolescências, estão
disponíveis guias de orientação no site: https://www.gov.br/mec/pt-br/escola-das-adolescencias
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Guia de apoio ao Eixo da Governança: Guia de apoio às transições e alocação de matrículas.
Guias de apoio ao Eixo de Desenvolvimento Profissional: 1) Guias de apoio ao desenvolvimento
profissional das EQUIPES DE SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO.2) Guia de apoio ao desenvolvimen-
to profissional de GESTORES ESCOLARES; 3)Guia de apoio ao desenvolvimento profissional de
COORDENADORES PEDAGÓGICOS (será publicado em breve); 4) Guia de apoio ao desenvolvi-
mento profissional de PROFESSORES (será publicado em breve).
Guias de apoio ao Eixo de Organização Curricular (serão publicados em breve)
Recomendações curriculares para uma Escola das Adolescências;
Cadernos de inovação curricular (CIC);
Clube de Letramento Científico;
Clube de Letramento Matemático;
Clube de Letramento Literário e Corporeidade;
Clube de Humanidades e Cidadania.
Avaliação: O Programa Escola das Adolescências propõe a Avaliação das Aprendizagens dos Anos
Finais via Plataforma de Avaliação e Acompanhamento das Aprendizagens. O acompanhamento
da aplicação das avaliações e das inserções das respostas dos estudantes nesta plataforma pos-
sibilita o acompanhamento individual e por turma de cada uma das Unidades de Ensino. E, com a
intervenção imediata das habilidades que não foram consolidadas, o desafio quanto à superação
da defasagem de aprendizagem é atenuado.
Para o ano de 2024, foram pactuadas 34 Unidades de Ensino da Rede Municipal. Essas Unida-
des de Ensino foram selecionadas a partir dos critérios definidos pelo MEC. A seleção foi realizada
pelos dados do Censo Escolar utilizando o Indicador de Nìvel Socioeconômico - INSE, étnico-racial
e localização diferenciada.
De acordo com os critérios, temos 01 Unidade de Ensino urbana, DDZ Leste II e 33 da DDZ
Rural. É importante ressaltar que este não é um programa para a escola do campo. No entanto, no
Estado do Amazonas, a desigualdade se acentua exatamente nessa área.
A DEF será a interlocutora e conta em seu quadro de servidores com a presença da Articuladora
Programa na Rede Municipal de Ensino no processo de implementação do Programa Escola das
Adolescências com as DDZs, e as Unidades de Ensino quanto ao processo de orientação, acom-
panhamento e avaliação em parceria com os setores da Secretaria Municipal de Educação (DAGE,
DAM, GIDE, DEGD, dentre outros).
107
Ivone Rolim Vinhote Rosas
Chefe da Divisão de Ensino Fundamental - DEF
[email protected]
108
REFERÊNCIAS
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Porto Alegre: Editora Projeto, 2009.
BRASIL, Ministério da Educação. Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Ma-
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ccivil_03. Acesso em: 19.11.2024
BRASIL, Ministério da Educação. Portaria Nº 635. Brasília, 2024. Disponível em: https://www.in.gov.
br/en/web/dou/-/portaria-n-635-de-10-de-julho de-2024. Acesso em: 18.11.2024
BRASIL, Ministério da Educação. Programa Escola das Adolescências. Brasília 2024 Disponível em:
https://www.gov.br/mec/pt-br/escola-das-adolescencias. Acesso em: 14 nov. 2024.
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BRASIL. Ministério da Educação/CNE. Diretrizes operacionais para a educação Básica nas
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BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/1996.Brasilia/DF. 1996.
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BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais; temas transversais. Meio Ambiente. MEC/Brasília/
DF. 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Parecer CNE/CEB Nº01/2006. Aplicação da Pedagogia de Alter-
nância. Disponível em: http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/mn_parecer_1_de_1_de_feverei-
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planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em 16 de jul de 2020.
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http://portal.mec.gov.br/docman/marco-2012-pdf/10199-8-decreto-7352-de4-de-novembro-de-2010/
file Acesso em 16 de jul de 2020.
109
BRASIL. Presidência da República. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre o Es-
tatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
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FIORIN, José Luiz, SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: Leitura e
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FREIRE, Paulo e NOGUEIRA, Adriano. Que fazer: Teoria e Prática em Educação Popular. 4. Ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.
GIAMBIAGI, F.; ALÉM, A. C. Finanças públicas: teoria e prática no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro:
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MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual. Análise de gêneros e compreensão.
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ZALUAR, Alba. Não há solução final. O Globo, 24 set. 2019. Opinião. Disponível em: https://oglobo.
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110
Gerência de
Educação de
Jovens e Adultos
111
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Integrada ao sistema pedagógico organizacional da Divisão de Ensino Fundamental da
Secretaria Municipal de Educação – SEMED/Manaus tem como missão contribuir para o de-
senvolvimento do trabalho educacional de jovens, adultos e idosos, proporcionando políticas
públicas e ações pedagógicas diferenciadas, que favoreçam a aprendizagem, o resgate da
cidadania e a inclusão crescente deste público nas Escolas da Rede Municipal de Ensino e
nos Centros Municipais de EJA: CEMEJA E CEMEAPI.
De acordo com o Decreto Nº 2.682, de 26 de dezembro de 2013, são atribuições da
Gerência de Educação de Jovens e Adultos:
I - elaborar, coordenar e executar o currículo da educação de jovens e adultos;
II - planejar e orientar os programas e projetos emanados do MEC que inte-
gram as atividades do processo ensino-aprendizagem na modalidade de educação
de jovens e adultos;
III - propiciar e acompanhar a formação continuada dos professores da edu-
cação de jovens e adultos;
IV - elaborar políticas públicas educacionais voltadas para a modalidade da
educação de jovens e adultos;
V - orientar e analisar, pedagogicamente, as Divisões Distritais e suas res-
pectivas unidades escolares em questões pertinentes à educação de jovens e adul-
tos;
VI - desenvolver outras atividades correlatas.
1. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A ESCOLA:
A Resolução 080/CME/2022 Aprovada em 15.09.2022
Estabelece normas para operacionalização da Educação de Jovens e Adultos na Rede
Pública Municipal de Ensino de Manaus.
112
Na oferta de Educação de Jovens e Adultos será CONSIDERADA IDADE MÍNIMA PARA
INGRESSO, nos cursos e para realização de exames de conclusão do Ensino Fundamental,
a de 15 (QUINZE) ANOS COMPLETOS.
A MATRÍCULA NA EJA será realizada semestralmente conforme calendário a ser divulgado
pela Secretaria Municipal de Educação de Manaus.
A OFERTA DE EJA, com vistas ao pleno atendimento dos adolescentes, jovens, adultos e ido-
sos, em observância da idade mínima, dar-se-á nos períodos escolares diurno e noturno.
A oferta da EJA na Rede Pública Municipal de Ensino de Manaus abrange:
1.1 O PRIMEIRO SEGMENTO (ANOS INICIAIS)
DURAÇÃO DE 2 (DOIS) ANOS, devendo ser ofertado de forma presencial nas Unidades
de Ensino e no Centro Municipal de Escolarização do Adulto e da Pessoa Idosa – CEMEAPI.
CARGA HORÁRIA TOTAL DE 1.600 (mil e seiscentas) horas;
ORGANIZADA EM REGIME SEMESTRAL composta por 400 (quatrocentas) horas, distribuídas
por um mínimo de 100 (cem) dias letivos, conforme delineadas a seguir:
a) 1ª Etapa - 1º ano;
b) 2ª Etapa - 2º ano;
c) 3ª Etapa – 3º e 4º anos;
d) 4ª Etapa – 5º ano.
113
ESTRUTURA CURRICULAR E CARGA HORÁRIA
1º segmento
1.1.2 O SEGUNDO SEGMENTO (ANOS FINAIS)
DURAÇÃO DE 2 (DOIS) ANOS devendo ser ofertado de forma presencial nas Unidades de
Ensino e no Centro municipal de educação de jovens e adultos – CEMEJA Samuel Benchimol.
CARGA HORÁRIA TOTAL DE 1.600 (mil e seiscentas) horas
ORGANIZADA EM REGIME SEMESTRAL composta por 400 (quatrocentas) horas, distribuídas
por um mínimo de 100 (cem) dias letivos, conforme delineadas a seguir:
a) 5ª Etapa – 6º ano;
b) 6ª Etapa – 7º ano;
c) 7ª Etapa – 8º ano;
d) 8ª Etapa – 9º ano;
114
ESTRUTURA CURRICULAR E CARGA HORÁRIA
2º segmento
2. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
EQUIPE PEDAGÓGICA: A equipe pedagógica nas unidades de ensino será composta pelo
diretor, pedagogo e professores.
A EQUIPE PEDAGÓGICA TEM A FUNÇÃO DE: planejar, organizar, coordenar, monitorar
e avaliar o processo de ensino-aprendizagem, contribuindo para a PERMANÊNCIA e a
PROMOÇÃO dos estudantes nas Unidades de Ensino
3. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A avaliação da aprendizagem levará em consideração A REALIDADE E AS DIFICULDA-
DES DOS ESTUDANTES DA EJA, devendo ocorrer de forma processual, contínua, qualitati-
va, formativa e participativa, POR MEIO DE DIFERENTES INSTRUMENTOS AVALIATIVOS.
115
O RENDIMENTO ESCOLAR DO ESTUDANTE será avaliado no final de cada Etapa,
sendo obrigatório durante o semestre a realização de 3 (TRÊS) AVALIAÇÕES por cada
componente curricular, obedecendo a escala de valores de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) pontos.
· As notas das avaliações deverão ser registradas no Diário de Classe (Físico ou
Digital);
· Caso o estudante não alcance a nota igual ou superior a 5,0 (cinco) em um dos instru-
mentos avaliativos, O PROFESSOR DEVERÁ realizar a RECUPERAÇÃO PARALELA;
· Na Recuperação Paralela, o professor realizará uma nova avaliação utilizando mé-
todos e instrumentos diversificados a fim de recuperar a aprendizagem dos
estudantes que obtiveram rendimento insatisfatório durante o período avaliativo;
· Os resultados da Recuperação Paralela serão registrados no Diário de Classe,
prevalecendo a nota de maior valor para efeitos do cálculo aritmético da média final
da Etapa;
· A obtenção da média final de cada componente curricular da Etapa se dará pela
soma das notas das 3 (três) avaliações, a qual será dividida por 3 (três).
PARA APROVAÇÃO EM CADA ETAPA, o estudante deverá obter a média igual ou
superior a 5,0 (cinco) em cada componente curricular e ter 75% (setenta e cinco
por cento) de frequência ao final do semestre.
REQUERIMENTO AUSÊNCIA JUSTIFICADA COM CRITÉRIOS - AJUS
O estudante que ultrapassar o limite de 25% (vinte e cinco por cento) de fal-
tas poderá solicitar em sua unidade escolar, o requerimento Ausência Justificada
com Critérios - AJUS. A solicitação será analisada e, sendo deferida, a aprovação es-
tará vinculada à obtenção de 50% (cinquenta por cento) de rendimento em cada com-
ponente curricular, bem como a realização de atividades compensatórias domiciliares.
3.1 CONSELHO DE CLASSE
116
O Conselho de Classe tem como objetivos orientar e deliberar sobre questões relativas
ao processo ensino-aprendizagem no sentido de melhorar o rendimento individual ou
coletivo dos estudantes durante o ano todo.
Os estudantes do Segundo Segmento da EJA que não alcançarem a média final igual
ou superior a 5,0 (cinco) em cada componente curricular, após a Recuperação Final, poderão
ser submetidos ao Conselho de Classe “mediante retenção em até dois componentes curri-
culares, independente da nota obtida” (Regimento Geral das Unidades de Ensino da Rede
Pública Municipal de Manaus).
Os estudantes da 8ª Etapa (9º ano) que ficarem reprovados em até 02 (dois) com-
ponentes curriculares, após a apreciação no Conselho de Classe, poderão submeter-se ao
Exame de Eliminação de Componentes.
PROGRESSÃO PARCIAL
Na Educação de Jovens e Adultos da Rede Pública Municipal de Ensino de Manaus
FICA VETADO O REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL.
4. EXAME DE CLASSIFICAÇÃO
O estudante que não comprovar sua escolaridade no ato da matrícula será sub-
metido ao Exame de Classificação, aplicado mediante a Banca Examinadora da Unidade de
Ensino para integrá-lo na etapa adequada.
O Exame de Classificação será aplicado pela Banca Examinadora, NA PRIMEIRA
QUINZENA DO ANO LETIVO, contemplando todos os componentes curriculares (Língua
Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Arte e Educação Física, Ensino Re-
ligioso) da Proposta Pedagógica da EJA da Rede Pública Municipal de Ensino de Manaus.
O estudante deverá ser matriculado na Etapa em que foi classificado cujas notas
deverão ser registradas no Sistema Integrado de Gestão Educacional do Amazonas -
SIGEAM e as avaliações serão arquivadas no processo do estudante.
4.1 EXAME DE RECLASSIFICAÇÃO
O processo de Reclassificação ocorrerá somente ENTRE AS ETAPAS DO
PRIMEIRO SEGMENTO.
117
O estudante que for submetido ao Exame de Classificação NÃO PODERÁ participar
do processo de Reclassificação.
O Exame de Reclassificação dar-se-á através de uma avaliação elaborada pela
Banca Examinadora da Unidade de ensino, contemplando todos os componentes curri-
culares da Base Nacional Comum Curricular equivalente a Etapa em curso do estu-
dante, ATÉ O FINAL DO 1º (PRIMEIRO) MÊS LETIVO.
Para ser considerado apto à reclassificação pretendida, o estudante deverá ob-
ter, em cada componente curricular, a nota igual ou superior a 8,0 (oito) em uma escala
de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).
O resultado do Exame de Reclassificação DEVERÁ SER REGISTRADO no Siste-
ma Integrado de Gestão Educacional do Amazonas – SIGEAM devendo as avaliações
serem arquivadas no processo do estudante.
Após a finalização dos procedimentos do exame, o estudante deverá ter rema-
nejamento para a Etapa seguinte.
4.2 EXAME SUPLETIVO
O Exame Supletivo será REALIZADO PERIODICAMENTE NO CEMEJA, abrangen-
do os conteúdos programáticos dos componentes curriculares da Base Nacional Comum
Curricular – BNCC, previstos na Proposta Pedagógica da EJA da Rede Pública Municipal
de Ensino de Manaus.
NO PRIMEIRO SEGMENTO DA EJA tem por objetivo certificar os estudantes que
não possuem comprovação de vida escolar ou que apresentam habilidades superiores
a 4º Etapa.
NO SEGUNDO SEGMENTO DA EJA tem por objetivo oferecer oportunidades de con-
clusão e regularização da vida escolar de adolescentes, jovens, adultos e da pessoa idosa
que não tiveram acesso ou continuidade de estudos na idade própria, em nível de Ensino
Fundamental Anos Finais (6º ao 9º ano).
118
5. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES DA GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO DE JO-
VENS E ADULTOS
5.1 CEMEAPI- CENTRO MUNICIPAL DE ESCOLARIZAÇÃO DO ADULTO E DA PESSOA
IDOSA
O CEMEAPI sob a coordenação da Professora Joseane de Souza Silva, e uma equipe
de 5(cinco) assessores pedagógicos e 1(um) auxiliar Administrativo. É uma ação de Política
Pública de Educação, voltada para Adultos e idosos que se recomenda, tenham a idade a
partir de 35 anos que não tiveram a oportunidade de estudar e/ou não concluíram o Ensino
Fundamental. ABRANGE O PRIMEIRO SEGMENTO DA EJA (anos iniciais).
Consiste em levar EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS em Instituições públi-
cas e privadas, por meio de parcerias estabelecidas em Chamamento Público e Termos de
Cooperação Técnica entre a Secretaria Municipal de Educação e Instituições como: SEAS
nos Centros de Convivência do Idoso e da Família; Fundações; Arquidiocese nas Pa-
roquias, Associações de Bairros; Institutos, Clubes de Mães; Secretaria Municipal de
Saúde- SEMSA por meio das Unidades Básicas de Saúde UBS; Secretaria Municipal
da Mulher, Assistência Social e Cidadania - SEMASC por meio dos Centros de Refe-
rências e Assistência Social
– CRAS. O atendimento ocorre nos turnos matutino, vespertino e noturno. Em TURMAS MUL-
TISSERIADAS. O CEMEAPI desenvolve projetos e ações que abrangem todos os estudantes
matriculados em suas turmas, como: Roda de Conversa Socioemocional, workshop, ex-
posição literária, semana de valorização da pessoa idosa, premiações e homenagens,
assessoramento e acompanhamento Pedagógico. Seguindo o currículo e a Proposta
Pedagógica da EJA – SEMED/MANAUS.
METODOLOGIA: Processo de escolarização de acordo com a Proposta pedagógica da EJA.
Os projetos e ações que serão desenvolvidos no decorrer de 2025:
119
5.1.1 PROJETO RODA DE CONVERSA SOCIOEMOCIONAL
Objetivo: Proporcionar o acompanhamento e atenção socioemocional aos estudantes, profes-
sores e assessores, visando o bem-estar e o melhor desenvolvimento destes nas atividades das
turmas do CEMEAPI.
Público – alvo: 22 Professores, 200 Estudantes, 10 coordenadores, 7 assessores;
Periodicidade: Mensal (março a novembro).
Metodologia:
A Roda de Conversa Socioemocional é um projeto mensal realizado com uma turma do
CEMEAPI, com o objetivo de promover o bem-estar emocional dos estudantes. Os temas abordados
são definidos com base em uma pesquisa realizada no final do ano anterior, onde os estudantes
indicam assuntos de interesse por meio de um link. Os dados coletados são compilados e anali-
sados por um comitê, que seleciona as temáticas mais relevantes. Para cada encontro, são convi-
dados professores especialistas nas temáticas, em parceria com o NUPI, para ministrar palestras
e orientar as discussões, criando um espaço seguro para a troca de experiências e reflexões.
5.1.2 PROJETO DE MUSICALIZAÇÃO
Objetivo: Promover o contato e o desenvolvimento musical e poético dos estudantes do CE-
MEAPI do Parque do Idoso.
Público – alvo: 03 Professores, 30 Estudantes e 01 assessora;
Periodicidade: Mensal (março a novembro).
Metodologia:
O Projeto de Musicalização é realizado mensalmente, toda terça-feira, com os estudantes
do Parque Municipal do Idoso, em parceria com o Centro Municipal de Arte Educação Nelson Neto
(CMAE). Esta atividade visa proporcionar aos estudantes do CEMEAPI, no Parque do Idoso, um
contato contínuo com a música e a poesia. O projeto utiliza metodologias participativas e interativas
para desenvolver o gosto e o conhecimento musical dos participantes, promovendo momentos de
expressão poética e musical. As sessões são estruturadas com oficinas de ritmos, canto, escuta
ativa e hinos pátrios, incentivando a participação e o engajamento de todos. Assim, o projeto for-
talece a autoestima e a expressão artística dos estudantes, contribuindo para a integração social
120
e o bem-estar dos participantes.
5.1.3 PROJETO VALORIZAÇÃO DA PESSOA IDOSA
Objetivo: Promover a valorização da pessoa idosa no âmbito do CEMEAPI e da comunidade,
por meio de ações socioeducativas, culturais e integrativas, que estimulem o protagonismo, a in-
teração social e o acesso à cultura e à educação, fortalecendo ainda, a autoestima e o bem-estar
dos estudantes.
Ações integrantes do Projeto:
5.1.3.1 Semana da Literatura Amazonense: Memórias, Contos e Poemas para Adultos e
Idosos
Objetivo: Promover o acesso e a valorização da literatura amazonense entre adultos e idosos,
estimulando o resgate de memórias, a apreciação de contos e poemas regionais, e fortalecendo
a identidade cultural através de atividades interativas e educativas que incentivem o prazer pela
leitura, a expressão criativa e o compartilhamento de histórias de vida.
Público– alvo: 22 Professores; 400 Estudantes; 07 assessores; 20 coordenadores.
Periodicidade: Abril.
Metodologia:
A ação Semana da Literatura Amazonense acontece nas turmas do CEMEAPI objetivando
aproximar os estudantes adultos e idosos da literatura regional. A metodologia inclui leituras orien-
tadas e discussões em grupo sobre obras de autores amazonenses, promovendo o entendimento e
a valorização das memórias, contos e poemas que representam a cultura local. Ao final, realiza-se
uma culminância, na própria instituição, onde os estudantes expressam o que aprenderam por
meio de dramatizações, teatro, música e performances. Para enriquecer a experiência, autores das
obras lidas podem ser convidados a participar, proporcionando uma troca direta com os criadores
dos textos e fortalecendo a conexão cultural entre gerações.
121
5.1.3.2 Encontro Socioeducativo
Objetivo: Promover encontros socioeducativos sobre temas pertinentes à Pessoa Idosa.
Público – alvo: 15 Professores, 250 Estudantes, 15 coordenadores, 07 assessores;
Periodicidade: Maio.
Metodologia:
O Encontro Socioeducativo é realizado, semestralmente, no mês de maio e novembro,
abordando temas relevantes para a pessoa idosa, promovendo conscientização e conhecimento
entre os participantes do CEMEAPI, incluindo estudantes, professores, assessores e coordena-
dores das instituições. O evento é estruturado em torno de uma palestra que explora assuntos de
interesse social, saúde e bem-estar da pessoa idosa, incentivando reflexões e diálogos. Ao longo
do encontro, são realizadas atividades que promovem a interação entre todos os participantes,
fortalecendo vínculos e criando um ambiente de aprendizado colaborativo.
5.1.3.3 Semana de Valorização da Pessoa Idosa: Diálogos, Cultura e Bem-Estar
Objetivo: Promover a Semana de Valorização da Pessoa Idosa, fortalecendo o respeito e o
bem-estar dos idosos através de atividades que estimulem o diálogo, a diversidade cultural e a
qualidade de vida, proporcionando momentos de interação, aprendizado e reconhecimento do
papel social dos idosos na comunidade.
Público – alvo: 22 Professores; 400 Estudantes; 7 assessores; 20 coordenadores
Periodicidade: Setembro (29 e 30) / Outubro (01, 02 e 03).
Metodologia:
A Semana de Valorização da Pessoa Idosa é uma ação voltada para a promoção da inclusão
social, cultura e bem-estar dos estudantes idosos do CEMEAPI. A programação inclui atividades
diversificadas, como o Dia do Bem-Estar, com atendimentos de saúde e autocuidado; o Dia da Di-
versidade Cultural da Pessoa Idosa, que celebra as tradições e histórias de vida dos participantes;
e uma Roda de Conversa Integrada, reunindo várias turmas de instituições próximas da mesma
região da cidade. Além disso, são organizados passeios culturais a pontos turísticos e locais de
lazer escolhidos pelas turmas, proporcionando momentos de convivência e lazer. O evento busca
fortalecer o senso de valorização e integração da pessoa idosa na sociedade.
122
5.1.3.4 Encontro de Práticas Integradoras do CEMEAPI
Objetivo: Realizar o Encontro de Práticas Integradoras do CEMEAPI, promovendo a troca de
experiências e saberes por meio do Encontro Socioeducativo, da X Socialização das Práticas Pe-
dagógicas, e da Homenagem de Encerramento do Ano Letivo com Menção Honrosa, celebrando o
aprendizado e o desenvolvimento dos estudantes finalistas da quarta etapa da EJA, reconhecendo
o compromisso dos envolvidos no processo educativo ao longo do ano.
Público – alvo: 22 Professores, 350 Estudantes, 20 coordenadores, 7 assessores;
Periodicidade: Novembro.
Metodologia:
O Encontro de Práticas Integradoras do CEMEAPI é realizado em um único dia, de maneira inte-
gral, que combina atividades de celebração, socialização e reconhecimento. Neste dia, ocorre o
Encontro Socioeducativo, com palestras e atividades de integração, bem como, a X Socialização
das Práticas Pedagógicas, na qual professores do CEMEAPI apresentam práticas pedagógicas
bem-sucedidas desenvolvidas ao longo do ano, promovendo a troca de experiências e metodolo-
gias. E ainda, realiza-se a Homenagem de Encerramento do Ano Letivo com Menção Honrosa, em
reconhecimento aos estudantes finalistas da quarta etapa da EJA, celebrando seu aprendizado
e desenvolvimento. No momento, são premiados os destaques de coordenadores, professores e
assessores que são homenageados pelo trabalho desenvolvido ao longo do ano. O evento visa
fortalecer o senso de comunidade, integração e aprendizado colaborativo.
5.2 PROGRAMA NACIONAL DE INCLUSÃO DE JOVENS - PROJOVEM URBANO
É um programa do governo federal criado em 2005 através de medida provisória como
ação integrante da Política Nacional de Juventude apresentando ações de escolarização com
qualificação social e profissional da população jovem.
123
OBJETIVO GERAL:
Promover a inclusão social dos jovens de 18 a 29 anos que saibam ler e escrever e
não concluíram o Ensino Fundamental, por meio de um currículo integrado entre Formação
Básica, Qualificação Profissional e Participação Cidadã.
Finalidade:
Elevação da escolaridade - ensino fundamental - EJA.
Qualificação Profissional Inicial.
Participação Cidadã - ações comunitárias.
METODOLOGIA: O Projovem Urbano segue metodologias direcionadas a partir de Dire-
trizes do Ministério da Educação iniciando com a ampla divulgação e captação de matrículas.
COORDENADORA GERAL DO PROGRAMA: Magna Collyer
5.3 OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA NA EJA (OLIMEJA)
OBJETIVO: Contribuir no processo de ensino e aprendizagem da Matemática junto aos
estudantes da EJA, possibilitando a interação com os professores.
METODOLOGIA: A OLIMEJA é realizada semestralmente, na Rede Pública Municipal de
Ensino de Manaus, junto aos estudantes da 4ª e 8ª etapas de EJA. Esta olimpíada acontece
em três fases, sendo:
a) a primeira, realizada nas escolas;
b) a segunda, realizada nas DDZ;
c) a terceira, realizada na GEJA/SEMED. As avaliações são compostas por questões de
124
raciocínio lógico, baseados nos objetos de conhecimento de Matemática, selecionados da
Proposta Pedagógica de EJA da SEMED. Estas são aplicadas nos formatos on-line e off-line,
contribuindo para inclusão digital dos estudantes.
PERÍODO: Mensal
PÚBLICO:
Estudantes do 1º segmento: 4ª etapa
Estudantes do 2º segmento: 8ª etapa
5.4 CÍRCULO DE LEITURA E ESCRITA NA EJA
OBJETIVO: Desenvolver a aprendizagem, a leitura, escrita e interpretação dos estu-
dantes da EJA, na perspectiva da interdisciplinaridade e da aquisição de habilidades
e competências ao longo da vida.
METODOLOGIA: Este projeto é realizado semestralmente, de forma interdisciplinar en-
volvendo os componentes de Língua Portuguesa, História e Geografia. Possui como base
metodológica a pesquisa crítico-social-histórica, devendo ser desenvolvido junto aos estu-
dantes da EJA, por meio de encontros de leituras, debates, desenhos e produções textuais
de diversos gêneros, denominadas de “Rodadas de Produção”. As produções selecionadas
compõem o Caderno do Círculo de Leitura e Escrita na EJA, os quais são inscritos no Con-
curso Escola Leitora.
PERÍODO: semestral
PÚBLICO: estudantes do 1º e do 2º segmento da EJA
125
5.4.1 CONCURSO ESCOLA LEITORA: AÇÃO DE DESDOBRAMENTO DO PROJETO
CÍRCULO DE LEITURA E ESCRITA NA EJA.
OBJETIVO: Premiar e socializar as experiências exitosas realizadas no âmbito do projeto
Círculo de Leitura e Escrita na EJA.
METODOLOGIA: Ao término da 3ª rodada do círculo da leitura, cada escola deverá produzir
02 (dois) Cadernos do Círculo de Leitura e Escrita na EJA, sendo um do 1º segmento e o ou-
tro do 2º segmento. Em se tratando do CEMEAPI, cada turma deverá confeccionar um único
caderno. Os cadernos deverão ser confeccionados de acordo com as orientações a seguir:
◊ Quantitativo mínimo de 18 (dezoito) e máximo de 36 (trinta e seis) produções;
◊ Dimensões máxima de 35cm de altura e 30cm de largura;
◊ Capa com identificação da Escola ou Instituição;
◊ Créditos: nome dos alunos (autores) e suas respectivas turmas e etapas, nome dos/
as professores/as, pedagogo/a, gestor/a e DDZ (no caso das escolas);
PERÍODO: Semestral
PÚBLICO: Todos os Estudantes do 1º segmento e 2º segmento
5.5 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E EMPREENDEDORISMO NA EJA (QUALIPEE-
JA)
OBJETIVO: Orientar trabalhadores que cursam educação básica na modalidade de educação
126
de jovens e adultos, proporcionando conhecimentos sobre o mercado de trabalho contem-
porâneo e as profissões do futuro.
METODOLOGIA: O projeto será realizado durante o ano letivo obedecendo as etapas abaixo
especificadas: 1ª ETAPA: Aplicação de questionário on-line junto aos estudantes da EJA,
visando o mapeamento do perfil dos alunos e suas necessidades de qualificação empreen-
dedora e profissional. 2ª ETAPA: Tabulação e análise dos dados obtidos por meio do ques-
tionário online aplicado nas escolas de EJA.3ª ETAPA: Construção de planilhas contendo
sugestões de temas para a realização de palestras e oficinas voltadas para a educação
empreendedora, bem como a relação de cursos de qualificação profissional de interesse dos
estudantes.4ª ETAPA: Reuniões com instituições públicas e privadas, visando a realização
de parcerias para a oferta de palestras e oficinas de educação empreendedora, bem como,
o encaminhamento de estudantes da EJA para a participação em cursos de qualificação
profissional.5ª ETAPA: Realização de palestras e oficinas de empreendedorismo nas escolas
de EJA.6ª ETAPA: Encaminhamento dos estudantes de EJA para a realização de cursos de
qualificação profissional, de acordo com a demanda ofertada pelas instituições parceiras. 7ª
ETAPA: Elaboração semestral de relatórios de atividades, especificando as ações realizadas
e o quantitativo de estudantes atendidos
PERÍODO: Mensal
PÚBLICO: Todos os estudantes do 1º segmento e 2º segmento
5.6 METODOLOGIAS PARA ALFABETIZAR LETRANDO NA EJA
OBJETIVO: Disponibilizar aos professores, estratégias de intervenção, por meio de oficinas,
visando subsidiar o trabalho pedagógico dos alunos que ainda se encontram em processo
de alfabetização.
METODOLOGIA: Durante o ano letivo são realizadas duas oficinas pedagógicas a cada se-
127
mestre, sendo: uma de Língua Portuguesa e outra de Matemática. Durante as oficinas são
produzidas ferramentas teórico-metodológicas que contemplam as experiências educativas
no campo da Educação de Jovens e Adultos. Os temas abordados nos encontros estão em
consonância com os objetos de conhecimentos da Proposta Pedagógica de EJA da SEMED
e seguem uma sequência didática previamente definida. Todas as DDZ são contempladas
com as oficinas.
PERÍODO: semestral
PÚBLICO-ALVO: Professores que atuam nas turmas de 1ª e 2ª etapa, assessores e coor-
denadores da EJA (1º Segmento) da Rede Pública Municipal de Ensino.
5.6.1 AÇÃO DE DESDOBRAMENTO DAS OFICINAS ALFALETRANDO NA EJA: AVALIA-
ÇÃO MUNICIPAL DA ALFABETIZAÇÃO NA EJA – AMAEJA.
OBJETIVO: Mensurar o quantitativo de estudantes alfabetizados na 1ª etapa da EJA.
PERÍODO: Realizada duas vezes a cada semestre (01 avaliação diagnóstica e 01 avaliação
final).
PÚBLICO: Estudantes da 1ª etapa.
5.7 AÇÃO: ENCONTRO DE DIRETORES DA EJA (EDEJA)
OBJETIVO: Sensibilizar, mobilizar e fortalecer aos Diretores da EJA para o desenvolvimento
128
e o acompanhamento de ações pedagógicas voltadas para a gestão da aprendizagem na
Educação de Jovens e Adultos.
METODOLOGIA: A ação é organizada pela GEJA em dois momentos: 1º. no primeiro
semestre apresentando temas pertinentes à gestão específica da modalidade da EJA
nas possibilidades de formatos: roda de conversas, palestras, debates, socialização de
práticas e outros. 2º.
No segundo semestre com o título de Noite de Premiações da EJA, nesse momento o
foco é a culminância dos projetos e ações desenvolvidas ao longo do ano realizando
as premiações da EJA.
PERÍODO:
Realizado duas vezes ao ano – Março e Novembro.
PÚBLICO: Diretores da EJA.
5.8 AÇÃO: MOBILIZAÇÃO NINGUÉM FORA DA ESCOLA (MONIFES)
OBJETIVO: Mobilizar as unidades de ensino da SEMED/Manaus a fim de desenvolve-
rem, coletivamente, ações pedagógicas planejadas, com tema gerador que incentive a
permanência escolar dos estudantes da EJA.
METODOLOGIA: Nesta ação cada unidade de ensino com base em suas especifici-
dades organizam o momento da mobilização a partir de um cronograma organizado e
disponibilizado pela GEJA.
PERÍODO: realizado semestralmente.
129
5.9 AÇÃO: FÓRUM DE DISCUSSÃO DA EJA
OBJETIVO: Promover um espaço de diálogo e de discussões sobre a Educação de
Jovens e Adultos frente aos assessores da Gerência da Educação de Jovens e Adultos
e coordenadores da EJA das Divisões Distritais.
METODOLOGIA: Com base em estudos pertinentes a temáticas que abrangem a EJA,
no sentido de instigar debates fecundos frente aos professores, a GEJA organiza o even-
to priorizando a participação dos coordenadores e assessores pedagógicos das DDZ.
PERÍODO: Semestral
PÚBLICO: Assessores, coordenadores, chefes e gerentes que acompanham a EJA.
“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo
da busca. E ensinar e aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boni-
teza e da alegria”. Paulo Freire
130
Alina Binda do Nascimento
Gerente da Educação de Jovens e Adultos - GEJA
[email protected]
131
Gerência de
Educação
Escolar Indígena
132
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA – GEEI
COMPETÊNCIAS DA GEEI
Compete à Gerência de Educação Escolar Indígena executar as políticas públicas para a
educação escolar indígena, assim como planejar, orientar, monitorar e avaliar os programas e pro-
jetos que integram as atividades do processo ensino-aprendizagem da educação escolar indígena
do Município de Manaus.
ATRIBUIÇÕES DA GEEI
I – Executar as políticas públicas para a Educação Escolar Indígena;
II – Planejar, orientar, monitorar e avaliar os programas e projetos que integram as atividades do
processo ensino-aprendizagem da educação escolar indígena;
III – Propor e coordenar a elaboração de currículo diferenciado das escolas em contexto indígena;
IV – Propor, acompanhar e avaliar a formação inicial e continuada dos professores da educação
escolar indígena;
V – Assessorar as escolas situadas em comunidades indígenas;
VI – Atender às demandas das Divisões Distritais Zonais e das unidades escolares;
VII – Orientar as comunidades indígenas sobre a produção de material didático-pedagógico específico;
VIII – Promover ações para fortalecimento e revitalização da cultura indígena nos espaços culturais;
IX – Cumprir as ações estabelecidas na pactuação do território etnoeducacional do Baixo Amazonas
(Manaus não está na pactuação);
X – Desenvolver outras atividades correlatas.
ESCOLAS INDÍGENAS (Lei 2.781/2021)
As Escolas Municipais Indígenas estão localizadas nos rios Negro e Cuieiras e atendem as
etapas da Educação Infantil; 1º ao 9º e Educação de Jovens e Adultos. Escolas Indígenas no âmbito
da SEMED:
● Escola Indígena Municipal Kunyata Putira
● Escola Indígena Municipal Arú Waimi
● Escola Indígena Municipal Kanata T-Ykua
● Escola Indígena Municipal Puranga Pisasú
133
Cabe à GEEI as orientações e acompanhamento pedagógico quanto ao cumprimento do
Currículo das Línguas Nheegatu e Kambeba (DOM 5227, de 06/01/2022, Resolução 292/2021/CME).
Organização das turmas
Os horários de entrada, intervalo e saída, serão adaptados conforme a realidade de cada
comunidade, devido a situação de alunos que moram fora da comunidade e dependem do transporte
escolar. Para atender a Educação Infantil, Ensino Fundamental I (anos iniciais) e EJA a proposta é
a turma multisseriada.
Para o Ensino Fundamental II (anos finais), a proposta vigente é o Projeto Itinerante, até que
se crie uma nova proposta de organização dessa etapa de ensino, de acordo com a legislação da
educação escolar específica e diferenciada. (Diretrizes Pedagógicas da Educação Escolar Indígena
de Manaus, p. 55. 2017).
Planejamento
A data do planejamento seguirá o Calendário Escolar 2025, da área do Rio Negro/SEMED.
Conforme as especificidades de cada comunidade indígena, o planejamento contemplará também
o componente curricular da Língua Indígena: Nheengatu ou Kambeba.
Organização do Trabalho do Professor
O trabalho do professor deve ser embasado nos documentos oficiais da Educação Básica:
Diretrizes Pedagógicas da Educação Escolar Indígena do Município de Manaus, Currículo da Lín-
gua Indígena; Currículo Municipal de Manaus, Referencial Curricular da Educação Escolar Indígena
(RCNEI);
A Hora de Trabalho Pedagógico - HTP acontecerá conforme distribuição dos componentes
curriculares do Projeto Itinerante e será coordenada pelo Gestor Escolar.
Instrumentos/documentos pedagógicos
Diário de Classe: Os registros de frequência das crianças serão realizados pelo(a) professor(a)
em folha impressa do SIGEAM (MATRIIDC). O lançamento da frequência no SIGEAM, para efeito
de cômputo do resultado final, dar-se-á a partir do primeiro dia das atividades presenciais.
134
As escolas indígenas seguirão o Calendário Escolar 2025. Seu cumprimento deverá ocorrer
de acordo com as normativas legais, respeitando o mínimo de 200 dias letivos e 800 horas anuais.
As línguas Nheengatu e Kambeba terão carga horária de 2 aulas semanais, totalizando 80 horas
anuais. Cada escola poderá definir suas próprias datas comemorativas, considerando as crenças
de seu povo ou comunidade.
Formação continuada
A formação continuada docente será realizada bimestralmente pela Divisão de Desenvolvimen-
to Profissional do Magistério, em parceria com a GEEI e outras instituições. Dar-se-á considerando
as necessidades de formação dos professores indígenas, mediante consulta prévia anual.
As ações formativas visam subsidiar pedagogicamente o processo de ensino e aprendiza-
gem da educação diferenciada, sobretudo, no ensino da Língua Indígena e produção de materiais
pedagógicos específicos.
Avaliação
Os processos avaliativos da Educação Escolar Indígena visam o diagnóstico, acompanha-
mento e controle dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas unidades escolares.
A avaliação se dará em dois momentos:
Avaliação Diagnóstica da Língua Indígena: acontecerá no início do ano a partir de um Ques-
tionário Sócio Linguístico e no final do ano por intermédio de um Instrumento Avaliativo Específico
considerando as habilidades definidas no Currículo das Línguas Nheengatu e Kambeba
Avaliação Formativa e Somativa: seguem as orientações da Divisão de Ensino Fundamental/
DEF.
No Projeto Itinerante o processo avaliativo seguirá as orientações da Divisão de Ensino
Fundamental/DEF, com o acompanhamento da GEEI/DDZ Rural no que se refere à especificidade.
É importante destacar, que as escolas indígenas possuem autonomia para desenvolver mediante
suas realidades específicas, instrumentos de avaliação do rendimento escolar de seus estudantes
e, quando necessário, realizar adaptações nas avaliações externas (Diretrizes Pedagógicas da
Educação Escolar Indígena de Manaus, 2017, p. 76).
135
ESPAÇO DE ESTUDO DA LÍNGUA MATERNA E CONHECIMENTOS TRADICIONAIS INDÍGE-
NAS - EELMCTI
Os EELMCTI caracterizam-se como espaços de educação indígena em âmbito municipal
regulamentados por meio da Lei 2.781/2021. O objetivo desses espaços é revitalizar e fortalecer a
Língua Indígena e os conhecimentos tradicionais, nas comunidades indígenas localizadas na cidade
de Manaus e em seu entorno.
Organização das Turmas
Para esses espaços a organização das turmas se faz conforme a demanda da comunidade,
podendo ser formadas por crianças, adolescentes e adultos.
Cadastro do estudante indígena
O cadastro do estudante indígena é um documento disponibilizado pela Gerência de Educação
Escolar Indígena/GEEI, para apresentação do quantitativo de alunos frequentadores dos Espaços
de Estudo no ano corrente. O documento deve ser preenchido conforme os itens:
• Relação nominal de todos os estudantes que participarão das atividades durante o ano em
curso;
• Idade do estudante;
• Nome indígena do estudante (opcional);
• Identificação da escola (municipal ou estadual) onde o está matriculado no contra turno (có-
digo aluno sigeam);
• Autodeclaração, que deverá fazer parte do banco de dados do estudante nos EELMCTI.
• O documento, que pode ser atualizado semestralmente, deve estar assinado pelo Professor
e pela liderança da comunidade.
Organização do trabalho
O trabalho do professor deve ser embasado nos documentos oficiais da SEMED/GEEI, as Di-
retrizes Pedagógicas da Educação Escolar Indígena do Município de Manaus e no Projeto Societário.
O tema do Projeto Societário deverá ser escolhido em comum acordo com a comunidade,
136
em reunião com a presença dos pais de alunos, professores indígenas, lideranças e anciãos. Na
reunião será lavrada a Ata que deve ser encaminhada à Gerência de Educação Escolar Indígena
para conhecimento, até 30 de janeiro de 2025.
O professor indígena deverá cumprir carga horária de 20 horas semanais, conforme a or-
ganização e deliberação da comunidade onde ele prestará serviço e de acordo com o Edital nº
001/2020-SEMED, de 04 de março de 2020, publicado no DOM 4792, de 05/03/2020.
Se houver necessidade de o professor trabalhar aos sábados, a liderança e o indígena pro-
fessor deverão se reunir com a comunidade, justificar o motivo, o horário, lavrar Ata e encaminhar
à GEEI para conhecimento (Resolução 05/2012, Art. 4).
O horário de trabalho do professor deve ser elaborado e exposto no quadro de aviso dos EE-
LMCTI, assinado pelo professor e pela liderança da comunidade, para que os pais e a comunidade
possam ter conhecimento.
Programação
A programação de trabalho será realizada mensalmente na Divisão de Desenvolvimento
Profissional do Magistério – DDPM, sob o acompanhamento e validação do assessor pedagógico/
GEEI.
Instrumentos/ documentos pedagógicos
Projeto Societário
A educação indígena não ocorre da mesma forma que a escola não indígena, com roteiro
definido, materiais didáticos preestabelecidos que podem não atender as diferentes dinâmicas exis-
tentes entre diversos povos e mesmo diversidades linguísticas e culturais existentes na realidade de
um mesmo povo. Por esse motivo, nos EELMCTIS, adota-se como política educacional a abordagem
da metodologia de projetos utilizando-se o modelo “projeto societário”. A escolha desta metodologia
atende duas demandas da educação indígena:
A primeira, Direito à consulta livre prévia e informada (Art. 6° da Convenção 169 OIT), no
modelo de projeto societário indicado pela GEEI – Semed. O professor indígena não deve decidir
sozinho os rumos da educação em sua comunidade, por isso, antes do início do ano de estudos o
EELMCT deverá fazer uma reunião com a comunidade a ser atendida, acerca das necessidades e
o modelo de sociedade (cultura, valores, tradições, necessidades linguísticas) que ela entende ser
137
prioridade para o ano de estudos. Essa reunião deve ser aprovada em Ata, com registro das devidas
evidências (arquivo da ata em PDF, fotografias e filmagens). O atendimento desta demanda deve
nortear e ser percebida nas atividades desenvolvidas pelo Professor indígena, sendo percebida no
portfólio.
A segunda demanda é quanto à necessidade de constituição de materiais didáticos. Sob
este aspecto, a SEMED bem como o Professor indígena não deve decidir sozinho o material a ser
utilizado na escola, tendo em vista que muitas vezes dentro de um mesmo povo, possa existir di-
vergência quanto à validade das informações, discordância quanto ao uso de determinado modelo
de alfabeto em detrimento de outro, entre outras situações, por isto, recomenda-se que ao haver
uso de material didático, livros, dicionários e gramáticas não produzidos pela comunidade, estes
sejam, adaptados às necessidades linguísticas e culturais apontadas pela comunidade. Quando da
necessidade de produção de material didático próprio e recomenda-se que atendam as necessida-
des linguística e cultural apontada pelo projeto societário. Todas as demandas do projeto societário
devem ser aprofundadas em forma de pesquisa e relatadas em um portfólio.
O portfólio será o instrumento utilizado a partir do ano de 2025 e será organizado de forma a
considerar informações dos três Cadernos de Registros do trabalho do professor indígena, apontados
nas Diretrizes Pedagógicas da Educação Escolar Indígena do Município de Manaus.
Portfólio
O uso de portfólios na educação constitui uma estratégia que busca atender à necessidade
de aprofundar o conhecimento sobre a relação entre ensino e aprendizagem, garantindo, cada vez
mais, melhor compreensão e índices de qualidade mais elevados.
O portfólio do EELMCTI será uma ferramenta pedagógica que se constituirá de uma cole-
tânea de trabalhos (atividade escrita, registros fotográficos de atividades práticas, etc.), realizados
pelos estudantes e por instrumentos escritos produzidos e utilizados pelos professores indígenas,
para a concretização dos trabalhos educativos nos Espaços. Esta coleta será organizada de forma
cronológica e contemplará: O Projeto Societário, a Programação Semanal, o Desenho do Material
elaborado pelo Professor indígena, a Ficha de Registro do Acompanhamento do estudante e a con-
clusão do Projeto Societário de acordo com a proposta definida pelo Professor.
138
Registro de Frequência
Documento formal de registro do conteúdo trabalhado pelo professor, da frequência e das
ausências dos estudantes, diariamente. Deve ser entregue ao fim de cada mês de trabalho, para
assinatura do assessor pedagógico já validado pela liderança.
Calendário
Por questão de organização do tempo de trabalho, os Espaços de Estudo da área ribeirinha
seguirão o calendário oficial dessa área, e os localizados na área urbana, seguirão o calendário da
área urbana.
Formação Continuada
A formação continuada dos Professores indígenas será realizada pela Divisão de Desen-
volvimento Profissional do Magistério - DDPM, em parceria com a Gerência de Educação Escolar
Indígena e outras instituições. Ocorrerá bimestralmente, considerando as necessidades formativas
demandadas pelos Professores, mediante consulta prévia.
Avaliação
Processo imprescindível à qualificação do processo educativo, a avaliação nos Espaços de Es-
tudos, dar-se-á por meios diversos:
• Instrumento: Portfólio
• Ações: Gincanas, Rodas de Conversa, etc.
• Eventos: Campeonatos, Culminâncias, Feiras científicas, etc.
PROJETOS
Exposição da Educação Escolar Indígena
Objetivo Geral: Estimular a educação financeira e a sustentabilidade das comunidades indí-
genas por meio de projetos societários, valorizando a cultura dos povos indígenas dos EELMCTI e
Escolas Municipais onde o aluno indígena está matriculado.
Público-alvo: alunos indígenas da rede municipal de ensino de Manaus de comunidades
escolares; alunos e professores dos EELMCTI.
Metodologia: Será organizado um dia de exposição de artesanato, culinária, músicas e danças
tradicionais, onde cada escola ou espaço irá expor e vender produtos ou alimentos produzidos nas
139
comunidades onde estão inseridos.
Avaliação: a avaliação da Exposição da Educação Escolar Indígena será realizada por meio
de reunião com professores indígenas, lideranças e GEEI.
Alfabetização e letramento bilíngue nas escolas indígenas e ações de revitalização linguística
e cultural nos espaços de estudo da língua materna e conhecimentos tradicionais indígenas
de Manaus
Objetivo Geral
Fortalecer as práticas de alfabetização e letramento nas línguas indígenas Nheengatu e
Kambeba e em Língua Portuguesa nas Escolas Indígenas, assim como as ações de revitalização,
manutenção e fortalecimento linguístico e cultural nos Espaços de Estudo da Língua Materna e
Conhecimentos Tradicionais Indígenas de Manaus.
Objetivos Específicos
Escolas
• Desenvolver atividades de alfabetização e letramento voltadas ao fortalecimento das
línguas indígenas Nheengatu e Kambeba e da Língua Portuguesa;
• Elaborar material didático bilíngue;
• Orientar o acolhimento e o processo de interculturalidade nas escolas da rede municipal
de ensino;
• Criar material didático que promova a interculturalidade, abordando de maneira res-
peitosa e inclusiva as diversas manifestações culturais presentes nas comunidades locais, espe-
cialmente focado nas tradições indígenas;
• Integrar práticas pedagógicas que promovam a inclusão e valorizem a diversidade
cultural;
• Incentivar métodos de ensino que reconheçam e respeitem os diferentes estilos de
aprendizagem, garantindo que cada aluno se sinta representado no ambiente escolar;
• Estabelecer canais regulares de diálogo entre a escola, as famílias e as comunidades
140
locais, promovendo a participação ativa no processo educacional;
• Realizar eventos e reuniões que envolvam a comunidade no desenvolvimento e im-
plementação de estratégias interculturais;
• Estabelecer mecanismos de avaliação contínua para monitorar a eficácia das práticas
interculturais nas escolas;
• Utilizar feedback de alunos, professores, pais e membros da comunidade para ajus-
tar as estratégias, garantindo que estejam alinhadas com as necessidades locais e promovam um
ambiente verdadeiramente intercultural;
• Elaborar e implementar oficinas focadas no ensino e fortalecimento da língua mater-
na de cada comunidade indígena, com métodos pedagógicos que considerem as características
linguísticas e culturais específicas de cada grupo;
• Facilitar o intercâmbio de conhecimentos entre os professores indígenas que atuam na
SEMED/Manaus com outros professores indígenas de outros municípios e estados, criando espaços
para a transmissão oral de saberes tradicionais, reforçando assim a importância da oralidade na
preservação cultural;
• Acompanhar a implementação do projeto.
Espaços de Estudo da Língua Materna e Conhecimentos Tradicionais Indígenas
● Desenvolver ações de revitalização, manutenção e fortalecimento linguístico e cultural;
● Elaborar material didático bilíngue;
● Integrar práticas pedagógicas que promovam a inclusão e valorizem a diversidade cultural;
● Estabelecer canais regulares de diálogo entre os espaços, as famílias e as comunidades
locais, promovendo a participação ativa no processo de revitalização linguístico e cultural;
● Realizar eventos e reuniões que envolvam a comunidade no desenvolvimento e implemen-
tação de estratégias interculturais;
● Realizar eventos e reuniões que envolvam a comunidade no desenvolvimento e implemen-
tação de estratégias interculturais;
● Estabelecer mecanismos de avaliação contínua para monitorar a eficácia das práticas inter-
culturais nos espaços;
● Elaborar e implementar oficinas focadas no ensino e fortalecimento da língua materna de
cada comunidade indígena, com métodos pedagógicos que considerem as características
141
linguísticas e culturais específicas de cada grupo;
● Facilitar o intercâmbio de conhecimentos entre os professores indígenas que atuam na SE-
MED/Manaus com outros professores indígenas de outros municípios e estados, criando
espaços para a transmissão oral de saberes tradicionais, reforçando assim a importância da
oralidade na preservação cultural;
● Acompanhar a implementação do projeto.
AÇÕES:
1. Guia de acolhimento ao aluno indígena matriculado na rede municipal de ensino:
Objetivo: Contribuir para a gestão escolar no direcionamento de temáticas relacionadas à
diversidade cultural e linguística, promovendo a escola como um espaço plurilíngue e intercultural.
Especificamente, busca-se cumprir as políticas de inclusão, respeito à diversidade e reconhecimento
dos direitos culturais, com o intuito de esclarecer a comunidade em geral sobre os direitos garantidos
aos indígenas pela legislação vigente.
Público-alvo: Este guia foi elaborado para gestores escolares, pedagogos, professores, co-
munidade escolar em geral e parceiros institucionais.
Metodologia: O guia será organizado com conceitos e informações relevantes sobre a Edu-
cação Escolar Indígena, oferecendo sugestões pedagógicas e procedimentos institucionais para
o acolhimento eficaz do estudante indígena nas escolas, sob a égide da Secretaria Municipal de
Educação de Manaus.
2. Cadernos de atividades bilíngues:
Objetivo: Criar material didático que promova a interculturalidade, abordando de maneira
respeitosa e inclusiva as diversas manifestações culturais presentes nas comunidades locais, es-
pecialmente focado nas tradições indígenas;
Público-alvo: Professores(as) indígenas das EIM e dos EELMCTI, estudantes, comunidade
e assessores da GEEI.
Metodologia: Orientação e organização da criação de materiais didáticos específicos para
desenvolver e consolidar o estudo e revitalização das línguas indígenas atendidas.
142
3. Oficinas de línguas:
Objetivo: Elaborar e implementar oficinas focadas no ensino, no fortalecimento da língua ma-
terna de cada comunidade indígena, com métodos pedagógicos que considerem as características
linguísticas e culturais específicas de cada grupo;
Público-alvo: Assessores da GEEI, professores(as) indígenas das EIM e dos EELMCTI.
Metodologia: Organização e realização de oficinas que auxiliam no processo de alfabetiza-
ção e letramento dos alunos através de atividades lúdicas, que alimentem o imaginário de crianças,
jovens, adultos e que contribuam para o desenvolvimento da leitura e escrita da língua indígena.
4. Dia D – autodeclaração dos alunos indígenas matriculados na rede municipal de ensino:
Objetivo: promover o autorreconhecimento de estudantes indígenas das escolas públicas da
rede municipal de Manaus.
Público- alvo: Alunos indígenas das escolas municipais de Manaus.
Metodologia: O dia D da autodeclaração configura-se como uma ação onde as secretarias
ficam abertas à comunidade escolar e comunidade local a comparecerem às escolas para realizar a
autodeclaração, também podem ser realizadas atividades diversas como palestras, apresentações
culturais que estejam relacionadas ao tema, em parceria com outros setores da Secretaria Municipal
de Educação.
5. Mostra Pedagógica dos Professores Indígenas da rede municipal de ensino de Manaus:
Objetivo: Socializar os resultados das práticas pedagógicas desenvolvidas na execução dos
projetos pedagógicos dos Espaços de Estudo da Língua Materna e Conhecimentos Tradicionais
Indígenas e das Escolas Indígenas Municipais.
Público-alvo: Escolas Municipais Indígenas, espaços de estudo da Língua Materna e Conhe-
cimentos Tradicionais Indígenas, estudantes e assessores.
Metodologia: A Mostra pedagógica será realizada em três dias de apresentações em uma
Escola Indígena Municipal escolhida pelas comunidades indígenas e pelos professores. O sistema
de apresentação fica a cargo de cada professor que pode ser em slides, banners, apresentação
de material impresso produzido ao longo do ano, apresentação artística dos alunos dentre outros e
seguirá uma programação pré-estabelecida.
143
6. Roda de Conversa com Anciãos Indígenas:
Objetivo: Valorizar o papel do ancião no processo formativo e nas práticas dos professores
indígenas em suas comunidades; compartilhar pedagogias próprias e diferenciadas e seus reflexos
na educação escolar indígena; realizar contação de narrativas ancestrais por meio da língua e cultura
indígenas vivenciadas pelos anciãos; estimular a troca de experiências sobre saberes tradicionais
e seus efeitos no processo de ensino da língua e identidade indígenas; encaminhar propostas de
pedagogia indígena a partir dos portadores de saberes tradicionais.
Público-alvo: Assessores da GEEI, professores indígenas das EIM e EELMCTI.
Metodologia: Organização e realização da III Roda de Conversa com os Anciãos Indígenas,
que acontecerá em período integral. Além do momento da roda de conversa, o evento contará com
apresentações de atividades culturais (benzimentos, danças e músicas indígenas) e venda de ar-
tesanatos.
7. Intercâmbio cultural:
Objetivo: Promover intercâmbio linguístico e cultural entre assessores e professores indígenas
de Manaus e de outros estados ou municípios, com foco na educação escolar indígena.
Público- alvo: Professores(as) indígenas das EIM e EELMCTI e Assessores da GEEI.
Metodologia: Organização e realização de eventos e reuniões que envolvam a comunidade
no desenvolvimento e implementação de estratégias interculturais facilitando o intercâmbio de co-
nhecimentos entre os professores indígenas que atuam na SEMED/Manaus com outros professores
indígenas de outros municípios e estados, criando espaços para a transmissão oral de saberes
tradicionais, reforçando assim a importância da oralidade na preservação cultural.
Eneida Maria Barbosa Afonso
Gerente da Gerência de Educação Escolar Indígena - GEEI
[email protected]
144
REFERÊNCIAS
MANAUS. Secretaria Municipal de Educação. Currículo Escolar Municipal. Manaus: Semed, 2021.
MANAUS. Secretaria Municipal de Educação. Diretrizes Pedagógicas da Educação Escolar In-
dígena do Município de Manaus. Manaus: Semed, 2017.
MANAUS. Educação Escolar Indígena. Proposta Curricular língua Indígena Nheengatu. Manaus:
Semed, 2021.
Referencial curricular nacional para a escolas indígenas/Ministério da Educação e do Des-
porto, Secretaria de educação Fundamental. Brasília. MEC/SEF, 1998.
145
Gerência de
Educação
Especial
146
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
A Gerência de Educação Especial – GEE da Secretaria Municipal de Educação é responsável
por fomentar, coordenar, acompanhar e avaliar as políticas públicas para a Educação Especial na
perspectiva da Educação Inclusiva na Rede Municipal de Ensino. Sendo assim, compete à GEE:
Assessorar, pedagogicamente, às Unidades de Ensino da Rede Pública Municipal, com o
objetivo de:
• Realizar intervenções pedagógicas às crianças e estudantes público-alvo da Educação
Especial para acompanhamento da aprendizagem;
• Orientar, pedagogicamente, Professores, Profissionais de Apoio Escolar, Gestores, Peda-
gogos e Assessores Pedagógicos das DDZ`s quanto às diretrizes referentes à Educação Especial
na perspectiva da Educação Inclusiva;
• Contribuir com a formação continuada aos professores e profissionais de apoio escolar que
atuam com o público-alvo da Educação Especial por meio da Rede Colaborativa com a Divisão de
Desenvolvimento Profissional do Magistério – DDPM;
• Orientar quanto ao uso de recursos de acessibilidade às crianças e estudantes que deles
necessitam, como: uso de Libras, Sistema Braille, audiodescrição, recursos pedagógicos adaptados
e outros que possibilitem a aprendizagem do público-alvo da Educação Especial.
1. DEFINIÇÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e
modalidades da Educação Básica; realiza o Atendimento Educacional Especializado (AEE) para os
estudantes público-alvo da Educação Especial; disponibiliza recursos e serviços e orienta quanto à
sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do Ensino Regular.
A Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, dever constitucional do Estado
e da família, deve ser oferecida às crianças e estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento (de acordo com o DSM 5 denominado Transtorno do Espectro do Autismo – TEA) e
altas habilidades ou superdotação, preferencialmente na Rede Regular de Ensino pública e privada
ou em Centros Educacionais Especializados.
A oferta da Educação Especial é obrigatória na Educação Básica, tendo início na Educação
147
Infantil, na faixa etária de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade.
1.1 Público-alvo da Educação Especial
O público-alvo da Educação Especial encontra-se definido nos termos do art. 5º da Portaria
N.º. 2536/2023 – SEMED/GS; art. 4º da Resolução CNE/CEB N.º. 4/2009 – Diretrizes Operacionais
para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial,
a saber:
• Estudantes com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza
física, intelectual, sensorial ou múltipla:
- Deficiência Física: Podem se apresentar sob a forma de paraplegia, paraparesia, mono-
plegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, osto-
mia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade
congênita ou adquirida.
- Deficiência Intelectual: Apresentam déficits em funções intelectuais, raciocínio, solução
de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem pela experiência. Déficits
em funções adaptativas, ex: Síndrome de Down.
- Deficiência Sensorial: Surdo, deficiente auditivo, deficiente visual (cego, baixa visão, visão
monocular, surdocegueira).
- Deficiência Múltipla: Condição de quem apresenta dois ou mais deficiências. EX: Defi-
ciência física e intelectual.
• Estudantes com Transtornos Globais do Desenvolvimento: (DSM 5 2013 – denominado
de Transtorno do Espectro Autista); e
• Estudantes com Altas Habilidades ou Superdotação: crianças ou estudantes que de-
monstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: in-
telectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade,
envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse.
2. ATENDIMENTOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Consideram-se serviços e recursos da Educação Especial aqueles que asseguram condições
148
de acesso ao currículo por meio da promoção da acessibilidade aos materiais didáticos, aos espaços
e equipamentos, aos sistemas de comunicação e informação e ao conjunto das atividades escola-
res, a fim de eliminar as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de
sua aprendizagem (Resolução CNE/CEB Nº. 4/2009 – Diretrizes Operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial).
2.1 Atendimento Educacional Especializado – AEE/Sala de Recursos Multifuncionais – SRM
O Atendimento Educacional Especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola,
envolver a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes, atender
às necessidades específicas das pessoas público-alvo da Educação Especial, e ser realizado em
articulação com as demais políticas públicas.
O AEE tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibi-
lidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos estudantes público-alvo da Educação
Especial, considerando suas necessidades específicas.
Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos estudantes visando à au-
tonomia e independência na escola e fora dela, de modo a:
I. COMPLEMENTAR à formação dos estudantes com deficiência e Transtornos Globais do
desenvolvimento, como apoio permanente e limitado no tempo e na frequência dos estudantes às
Salas de Recursos Multifuncionais; ou
II. SUPLEMENTAR à formação de estudantes com Altas Habilidades ou Superdotação.
De acordo com o Decreto Nº. 7.611/2011, o Poder Público estimulará o acesso ao Atendimento
Educacional Especializado de forma complementar ou suplementar ao Ensino Regular, assegurando
a dupla matrícula nos termos do art. 9º-A do Decreto N.º. 6.253/2007.
O AEE é realizado no período inverso/contraturno ao da Classe Comum, Classe Especial ou
EJA frequentada pelos estudantes e, preferencialmente, na própria escola, na Sala de Recursos
Multifuncionais. O cronograma deste atendimento é organizado pela professora do AEE em conjunto
com os responsáveis do estudante.
Os estudantes atendidos nas Salas de Recursos Multifuncionais infrequentes, com no máximo
5 faltas consecutivas e ou 10 faltas alternadas, ambas não justificadas, devem ser encaminhados
ao CEMASP para os devidos procedimentos cabíveis.
149
2.1.2 Local e Espaço físico da SRM
A Sala de Recursos Multifuncionais deverá estar situada em local previamente escolhido,
em condições de acessibilidade, com boa iluminação e climatização e espaço físico adequado à
realização do Atendimento Educacional Especializado.
2.1.3 Matrícula na Sala de Recursos Multifuncionais
Para efetivação da matrícula do estudante público-alvo da Educação Especial na Sala de
Recursos Multifuncionais deverão ser apresentados os seguintes documentos:
– Comprovante de matrícula no Ensino Comum;
– Parecer Técnico Multiprofissional da Educação Especial; na ausência deste, pode-se con-
siderar o Parecer Técnico Pedagógico elaborado pelo professor do AEE e assinado pelo(a) Articu-
lador(a) e/ou Assessor(a) Pedagógico(a) da Educação Especial;
– Documento de Encaminhamento para Sala de Recursos Multifuncionais emitido pela Ge-
rência de Educação Especial – GEE.
2.1.4 Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Educação Infantil – Fase Creche
O Serviço de AEE na fase Creche será oferecido para as crianças na faixa etária de 1 ano
a 3 anos e 11meses e, para o desenvolvimento deste tipo de atendimento as unidades de ensino
desta fase escolar devem orientar-se através do documento Diretrizes do Atendimento Educacional
Especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais na Educação Infantil – Fase Creche – Estimu-
lação Essencial (SEMED, 2024).
2.1.5 Profissionais que atuam na Sala de Recursos Multifuncionais – SRM
A SRM contará com 01 Professor Regente, com formação em Licenciatura em Pedagogia,
Normal Superior ou Educação Especial e Cursos de Pós-Graduação Lato sensu em áreas da Edu-
150
cação Especial ou áreas afins.
3. ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL ANDRÉ VIDAL DE ARAÚJO
Segundo o Art. 10 da Resolução Nº 02, de 11/09/2001: Os alunos que apresentem necessi-
dades educacionais especiais e requeiram atenção individualizada nas atividades da vida autônoma
e social, recursos, ajudas e apoios intensos e contínuos, bem como, adaptações curriculares tão
significativas que a escola comum não consiga prover, podem ser atendidos, em caráter extraordi-
nário, em escolas especiais, públicas ou privadas.
3.1 Matrícula do estudante na Escola Municipal de Educação Especial André Vidal de Araújo
Este ingresso dar-se-á, unicamente, por meio de encaminhamento da Gerência de Educação
Especial, mediante Parecer Técnico da Avaliação Multiprofissional da Educação Especial do CMEE,
que identificará a necessidade pedagógica para inserção na referida Unidade de Ensino, com idade
mínima de 7 anos completos ou a completar até 31 de março (ano da matrícula).
3.2 Currículo
Os objetos do conhecimento a serem trabalhados deverão corresponder ao currículo proposto
para o Ensino Fundamental, devendo, quando necessário, realizar a flexibilização deste, bem como,
adaptações de atividades, visando ampliar as possibilidades educacionais e favorecer a aprendi-
zagem dos estudantes.
3.3 Profissionais que atuam na Escola Municipal de Educação Especial André Vidal de Araújo
Os docentes para atuarem na Escola Municipal de Educação Especial André Vidal de Araújo
devem ser formados em Licenciatura em Pedagogia, Educação Física, Normal Superior, ou Educação
151
Especial e Cursos de Pós-Graduação Lato sensu em áreas da Educação Especial ou áreas afins.
4. CLASSE ESPECIAL – CE
É uma sala de aula, situada em Unidade de Ensino Regular, com espaço físico e modulação
adequada. Nessa sala, o professor da Educação Especial utiliza métodos, técnicas, procedimentos
didáticos e recursos pedagógicos especializados e, quando necessário, equipamentos e materiais
didáticos específicos (Parecer CNE/CEB Nº 17/2001).
A Classe Especial funcionará de forma equivalente ao 2º Ano do Ensino Fundamental- Anos
Iniciais em caráter transitório, para que o estudante tenha acesso à Base Nacional Comum Curricular.
O público-alvo da Classe Especial são estudantes com Deficiência Intelectual, Deficiência
Múltipla e Transtorno do Espectro Autista (TEA), que em função da deficiência, apresentam acen-
tuadas dificuldades de aprendizagem demandando ajuda e apoios intensos e contínuos.
O estudante poderá frequentar a Classe Especial no período máximo de 02 anos consecutivos.
Ao final do período letivo, o professor da Classe Especial deve elaborar um parecer descritivo
sobre o nível de desenvolvimento da aprendizagem do estudante, a fim de nortear os procedimentos
pedagógicos e os atendimentos adequados para promoção da aprendizagem.
O estudante da Classe Especial que desenvolveu as habilidades referentes ao 2º Ano do
Ensino Fundamental satisfatoriamente, será incluído na turma do 3º Ano do Ensino Regular.
O estudante da Classe Especial que, no período de 2 anos, não conseguir desenvolver as
habilidades necessárias, deverá ser matriculado no 2º Ano do Ensino Fundamental e encaminhado
para reavaliação com a Equipe Multiprofissional do CMEE para recomendação dos demais serviços
de Atendimento Educacional Especializado – AEE, tendo como base o parecer descritivo elaborado
pelo professor da Classe Especial.
4.1 Matrícula do estudante na Classe Especial
A matrícula do estudante na Classe Especial dar-se-á exclusivamente mediante recomenda-
ção da Equipe Multiprofissional dos Centros Municipais de Educação Especial (CMEE Yumi Odani
e CMEE Delano Almeida), por meio de encaminhamento da Gerência de Educação Especial (GEE).
152
O estudante deverá ter, no mínimo, 7 anos completos até 31 de março do ano da matrícula e ser
oriundo do 2º ano do Ensino Fundamental.
A matrícula do estudante na Classe Especial dependerá da anuência dos pais ou responsá-
veis. Na ausência desta, o estudante poderá ser matriculado em turmas regulares.
A Gerência de Educação Especial (GEE) emitirá o encaminhamento do estudante para a
Classe Especial após o aceite do responsável legal no Termo de Anuência.
4.2 Documentos que devem constar no processo do estudante
– Parecer Técnico Multiprofissional emitido pelo CMEE;
– Encaminhamento para Classe Especial emitido pela Gerência de Educação Especial;
– Diagnóstico/Laudo médico comprovando a deficiência para complementar a documentação;
– Relatórios de atendimentos (Programas especializados oferecidos pelo CMEE ou em outras
instituições e Salas de Recursos Multifuncionais).
4.3 Número de estudantes e Carga Horária
As Classes Especiais serão compostas por no máximo 15 estudantes, que deverão frequentar
as aulas todos os dias letivos da semana, cumprindo carga horária de 20 horas semanais; carga
horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias
de trabalho educacional.
4.4 Currículo da Classe Especial
Os objetos do conhecimento a serem trabalhados na Classe Especial deverão corresponder
ao currículo do 2º Ano do Ensino Fundamental, devendo, quando necessário, realizar a flexibiliza-
ção deste, bem como, adaptações de atividades, visando ampliar as possibilidades educacionais e
favorecer a aprendizagem dos estudantes.
Aos estudantes deverão ser ministradas as aulas de Educação Física e/ou atividades recrea-
153
tivas, adaptando-as quando necessário, seguindo a carga horária prevista em lei.
Os estudantes da Classe Especial frequentarão a Sala de Recursos no contraturno, caso
seja indicado no Parecer Técnico Multiprofissional emitido pela equipe multiprofissional do CMEE,
visando complementar e suplementar a aprendizagem e o desenvolvimento de suas habilidades e
competências.
O Parecer Descritivo Bimestral deve ser assinado pelo Professor-regente, pelo Pedagogo e
ou Gestor (a) da Unidade de Ensino. Posteriormente, apresentado e assinado pelos responsáveis
do estudante.
Ao final do ano letivo para a aprovação ou retenção do estudante é preciso ter a prevalência
da análise técnica pedagógica individualizada feita pela equipe escolar e deverá ser registrada em
Ata contendo a assinatura de ciência dos pais e/ou responsáveis e da equipe pedagógica. Os Pa-
receres Descritivos Bimestrais do estudante e a Ata Final deverão ser arquivados em sua pasta de
processo acadêmico.
4.5 Profissionais que atuam na Classe Especial
A Classe Especial contará com 02 profissionais para atendimento aos estudantes:
• 01 Professor-regente, com formação em Licenciatura em Pedagogia, Normal Superior ou
Educação Especial e Cursos de Pós-Graduação Lato sensu em áreas da Educação Especial ou
áreas afins.
• 01 Profissional de Apoio Escolar para atendimento aos estudantes conforme a Lei Brasileira
de Inclusão da Pessoa com Deficiência Nº 13.146/2015.
5. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA
O Sistema Municipal de Ensino de Manaus, excepcionalmente dispõe de turmas da EJA para
atendimento de estudantes público-alvo da Educação Especial.
5.1 Documentos oficiais que devem constar no processo do estudante da EJA
154
• Parecer Técnico Multiprofissional emitido pelo CMEE;
• Encaminhamento para EJA emitido pela Gerência de Educação Especial;
• Diagnóstico/Laudo médico comprovando a deficiência para complementação de documentos.
5.2 Organização da turma de EJA
As turmas multisseriadas são compostas por no máximo 15 estudantes que deverão frequen-
tar as aulas todos os dias letivos da semana, cumprindo carga horária de 20 horas semanais, com
carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos)
dias de trabalho educacional.
Quanto ao EJA sua organização dar-se-á da seguinte forma:
I - Primeiro Segmento (Anos Iniciais):
a) 1ª Fase – 1º Ano;
b) 2ª Fase – 2º e 3º Anos;
c) 3ª Fase – 4º e 5º Anos.
Orienta-se que, ao final de cada ano letivo, conforme o resultado, seja registrado no SIGEAM
a fase concluída pelo estudante, garantindo seu avanço dentro da modalidade.
5.3 Currículo da EJA
Os objetos do conhecimento a serem trabalhados deverão corresponder a o currículo proposto
para as etapas de Ensino Fundamental Anos Iniciais, devendo, quando necessário, realizar a flexibi-
lização deste, bem como, adaptações de atividades, visando ampliar as possibilidades educacionais
e favorecer a aprendizagem dos estudantes.
Aos estudantes deverão ser ministradas as aulas de Educação Física e/ou atividades recrea-
tivas, adaptando-as quando necessário, seguindo a carga horária prevista em lei.
Os estudantes da EJA frequentarão a Sala de Recursos no contraturno, caso seja indicado
no Parecer Técnico Multiprofissional emitido pela equipe do CMEE, visando complementar e suple-
mentar a aprendizagem e o desenvolvimento de suas habilidades e competências.
155
5.4 Profissionais que atuam na EJA
A turma da EJA contará com 02 profissionais para atendimento aos estudantes:
• 01 Professor-regente, com formação em Licenciatura em Pedagogia, Normal Superior ou
Educação Especial e Cursos de Pós-Graduação Lato sensu em áreas da Educação Especial ou
áreas afins.
• 01 Profissional de Apoio Escolar para atendimento aos estudantes conforme a Lei Brasileira
de Inclusão da Pessoa com Deficiência Nº 13.146/2015.
6. ESTUDANTES COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
A unidade de ensino identificará o estudante com características de altas habilidades/superdo-
tação e preencherá a ficha de encaminhamento específica. Após esse processo, deverá encaminhar
junto com o relatório elaborado pela equipe pedagógica para a respectiva DDZ, via memorando,
dando início aos procedimentos os desdobramentos junto a GEE e ao CMEE.
7. ABERTURA DE NOVAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS
A unidade de ensino que desejar realizar a abertura de sua Sala de Recursos Multifuncionais
deverá encaminhar diretamente à Diretoria de Ensino da sua jurisdição memorando acompanhado
de relatório descritivo, elaborado pela equipe escolar (professor, pedagogo e gestor), no qual serão
informadas as demandas relativas aos estudantes público-alvo da Educação Especial e solicitada
a visita técnica do assessor pedagógico da GEE.
A visita técnica tem como objetivo a triagem inicial dos estudantes, por meio de assessora-
mento pedagógico, e a verificação do espaço físico para a abertura de Salas de Recursos Multifun-
cionais. Após a realização da visita técnica, o articulador pedagógico da GEE realizará as orientações
e encaminhamentos pertinentes.
156
(CMEE, 2024)
8. PROFISSIONAL DE APOIO ESCOLAR
Denomina-se, Profissional de Apoio Escolar, em atendimento a Política Nacional de Educação,
na Perspectiva da Educação Inclusiva – MEC/2008 e à Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência Nº 13.146/2015, a pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene e locomoção
do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizerem neces-
sárias, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas
as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas.
O encaminhamento do Profissional de Apoio Escolar não está condicionado ao diagnóstico
médico/laudo clínico das crianças e/ou estudantes. A necessidade desse profissional efetivar-se-á,
unicamente, por RECOMENDAÇÃO no PARECER TÉCNICO MULTIPROFISSIONAL emitido pela
equipe, após a realização da Avaliação Multiprofissional da Educação Especial no Centro Municipal
de Educação Especial – CMEE e seus Polos.
8.1 Atribuições do Profissional de Apoio Escolar
I. Acompanhar e Auxiliar a criança e/ou estudante, público-alvo da Educação Especial, compro-
metido no desenvolvimento das atividades de rotina, zelando para que as necessidades fisiológicas
e emocionais sejam satisfeitas, realizando tão somente àquelas que a criança e/ou estudante não
realizem de forma independente;
157
II. Auxiliar na execução das atividades escolares, excluídas as de cunho essencialmente
pedagógicas de planejar e ensinar, em que a criança e/ou estudante ainda não tenha desenvolvido
de forma autônoma;
III. Facilitar o acesso na participação escolar da criança e/ou estudante, suprindo as suas
necessidades básicas e funcionais, sem prejuízos, constrangimentos ou exposição.
IV. Auxiliar na acessibilidade funcional da rotina escolar repreendendo, sempre que possível,
as barreiras atitudinais observadas em desfavor da criança e/ou estudante;
V. Mediar uma relação solidária e colaborativa entre a criança e/ou estudante, a equipe es-
colar e a família;
VI. Desenvolver o hábito positivo da escuta, observação e solidariedade com a criança e/ou
estudante da Educação Especial;
VII. Auxiliar nos cuidados e hábitos de higiene;
VIII. Estimular, ajudar na alimentação e na constituição de bons hábitos alimentares;
IX. Auxiliar na locomoção;
X. Realizar mudanças de posição para maior conforto da criança e/ou estudante;
XI. Comunicar à equipe escolar as alterações de comportamento da criança e/ou estudante
que demandem especial atenção;
XII. Acompanhar e observar outras situações das atividades cotidianas da criança e/ou estu-
dante, durante a permanência na escola;
XIII. Respeitar a criança e/ou estudante em seus saberes, ritmos, desejos, interesses e pe-
culiaridades;
XIV. Incentivar a autonomia e independência, da criança e/ou estudante, para a vida em
sociedade;
XV. Incentivar a participação efetiva nas diferentes situações de aprendizagem (Educação
Física, Centro de Tecnologia, Biblioteca) mediando a relação dos estudantes com seus pares;
XVI. Exercer as funções estritamente definidas e contempladas em documentação oficial
elaborada e expedida pela Gerência de Educação Especial – GEE.
158
9. AVALIAÇÃO BIMESTRAL DA APRENDIZAGEM
Considerando o Regimento Geral das Unidades de Ensino da Rede Pública Municipal de
Manaus (RESOLUÇÃO N. 038/CME/2015 APROVADA EM 03.12.2015), ao citar:
Art. 205 – A avaliação constitui um dos elementos para a reflexão e transformação da prática
escolar e tem como princípio o aprimoramento da qualidade do ensino.
Da Avaliação do Rendimento Escolar do Estudante:
Art. 207. A avaliação do processo de ensino-aprendizagem, responsabilidade da unidade de
ensino e do Professor, deve ser realizada de forma contínua e cumulativa do desempenho do estu-
dante, inter-relacionada com o currículo, focalizando os diversos aspectos do desenvolvimento, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
letivo sobre os de eventuais avaliações finais.
Art. 211. Na verificação do rendimento escolar, além dos dispositivos legais, devem- se ob-
servar: o domínio pelo estudante de determinadas habilidades e conhecimentos que se constituem
em condições indispensáveis para as aprendizagens subsequentes.
Neste contexto legal, a Gerência de Educação Especial, orienta que a cada bimestre para a
Avaliação dos Resultados Acadêmicos do estudante público-alvo da Educação Especial, matriculado
no Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Finais), se faça uma análise técnico- pedagógica indivi-
dualizada, considerando as observações e registros dos profissionais da escola, prevalecendo a
natureza da Educação Especial do respeito à individualidade de cada estudante. Sendo assim, para
o registro do desempenho do estudante, além dos registros expressos em forma numérica, que o
Professor faça um breve parecer descritivo, justificando a nota alcançada pelo estudante, informando
os aspectos do seu desempenho conforme as habilidades previstas para o seu desenvolvimento.
Neste parecer, o Professor poderá citar os itens sobre: a participação do estudante nas au-
las, com os objetos de conhecimentos trabalhados nos componentes curriculares, às habilidades
previstas para o desenvolvimento da aprendizagem, bem como, outros itens que julgar necessários.
O Parecer Descritivo deve ser assinado pelo Professor-regente, pelo Pedagogo e ou Gestor
da Unidade de Ensino. Posteriormente, apresentado e assinado pelos responsáveis do estudante.
Ao final do ano letivo, para a aprovação ou reprovação do estudante, é preciso ter a prevalên-
cia da análise técnico-pedagógica individualizada feita pela escola e deverá ser registrada em Ata
contendo a assinatura dos pais e/ou responsáveis e da equipe pedagógica. Os Pareceres Descritivos
159
Bimestrais do estudante e a Ata Final deverão ser arquivados em sua pasta de processo acadêmico.
10. ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS GERAIS (SRM, Classe Especial, EJA, Escola Municipal
de Educação Especial André Vidal de Araújo)
10.1 PROFISSIONAIS (PERFIL, HABILITAÇÃO, SELEÇÃO)
Para ingressar na modalidade de Educação Especial, os docentes deverão realizar entrevista
e Avaliação Psicológica no Centro Municipal de Educação Especial – CMEE e posterior encaminha-
mento à Unidade de Ensino.
Os docentes deverão participar de todas as reuniões promovidas pela Unidade de Ensino,
pela Gerência de Educação Especial, bem como das formações ofertadas pela Secretaria Municipal
de Educação.
Os docentes que atuam na modalidade da Educação Especial serão submetidos a reavaliação
psicológica no Centro Municipal de Educação Especial – CMEE, anualmente, para averiguar o seu
desempenho e permanência na modalidade da Educação Especial.
10.2 PLANEJAMENTO DE ENSINO
O planejamento deverá ocorrer nas datas estabelecidas no calendário da Secretaria Municipal
de Educação, devendo ser registrado no documento as adaptações de atividades, atendendo às
especificidades dos estudantes da turma, levando em consideração o ritmo de aprendizagem destes.
10.3 METODOLOGIAS DE ENSINO
A ludicidade possibilita o desenvolvimento da criatividade e permite que os estudantes estabele-
çam vínculos positivos com o ambiente e os objetos de conhecimentos que estão sendo trabalhados.
• utilizar tecnologias inovadoras, computadores, data-show, tablet e outras mídias existentes
no ambiente escolar;
• oportunizar a realização de atividades em grupo.
Os estudantes participarão de todas as atividades, projetos e eventos desenvolvidos no espaço
160
escolar ou programados por este, respeitando as especificidades e promovendo a inclusão de todos.
10.4 Diário de Classe e Frequência
A frequência e os objetos de conhecimentos ministrados deverão ser registrados no Diário
de Classe, fornecido pela Secretaria Municipal de Educação.
Os estudantes deverão frequentar as aulas todos os dias letivos da semana, cumprindo com
carga horária de 20 horas semanais, com carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas,
distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional.
O controle de frequência segue o que consta disposto na LDBEN 9394/96: […] é exigida a
frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para a aprovação […].
Os estudantes infrequentes, atendidos na Classe Especial e EJA com no máximo 5 faltas
consecutivas, ou 10 faltas alternadas, devem ser encaminhados ao CEMASP para os procedimentos
pedagógicos cabíveis.
10.5 Avaliação da Aprendizagem
Deverão ser realizadas avaliações processuais e contínuas no decorrer de cada bimestre,
identificando os avanços e intervindo em tempo hábil no processo pedagógico. Ao final de cada
bimestre deverá ser elaborado o Parecer Descritivo Bimestral de cada estudante e entregue na
secretaria da unidade de ensino. Neste Parecer Descritivo, o professor deverá citar os itens sobre:
• a participação do estudante nas aulas;
• os objetos de conhecimentos trabalhados nos componentes curriculares;
• as habilidades previstas para o desenvolvimento e aprendizagem dessas;
• outros itens que julgar necessário.
O Parecer Descritivo Bimestral deve ser assinado pelo Professor regente, pelo Pedagogo e
ou Gestor da unidade de ensino. Posteriormente, deve ser apresentado e assinado pelos respon-
sáveis do estudante.
Ao final do ano letivo para a aprovação ou retenção do estudante é preciso ter a prevalência
da análise técnica pedagógica individualizada feita pela equipe escolar e deverá ser registrada em
Ata contendo a assinatura de ciência dos pais e/ou responsáveis e da equipe pedagógica. Os Pa-
receres Descritivos Bimestrais do estudante e a Ata Final deverão ser arquivados em sua pasta de
161
processo acadêmico.
11. PROJETOS E AÇÕES DA GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
11.1 Projeto Libras para familiares de surdos
A Secretaria Municipal de Educação, por meio da Gerência de Educação Especial, promove
o Curso da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. O curso é realizado na modalidade presencial,
sendo ofertado dentro de uma unidade de ensino da secretaria, com uma turma a cada semestre
no turno noturno, duas vezes na semana, nos níveis básico, intermediário e avançado.
Objetivo geral: Proporcionar desenvolvimento linguístico e cognitivo, referente à Língua Bra-
sileira de Sinais aos familiares de estudantes surdos, possibilitando assim, uma formação didática
inclusiva básica, que favoreça aos cursistas contribuírem com a inclusão dos estudantes surdos da
rede municipal na sociedade.
Objetivos específicos:
– Compreender a LIBRAS como uma língua natural;
– Contribuir para que os cursistas possam estabelecer comunicação com os filhos surdos
mediante ao uso da LIBRAS;
– Proporcionar melhoria na comunicação dos estudantes em diversos contextos sociais,
principalmente no ambiente escolar.
Público: Familiares dos estudantes surdos.
Metodologia: As aulas são ministradas com ênfase na abordagem visual no ensino da LI-
BRAS.
Enfatiza o uso de recursos visuais, gestuais e expressões faciais para facilitar a compreen-
são e aquisição da língua. O professor utiliza vídeos, imagens, sinais e expressões faciais de forma
intensiva para transmitir conceitos e vocabulários.
Avaliação: São realizadas 03 avaliações práticas para cada turma.
162
11.2 Ação: Assessoramento Pedagógico da Educação Especial
Objetivo geral: Realizar o Assessoramento Pedagógico nas Unidades de Ensino objetivando
o acompanhamento das crianças e/ou estudantes público-alvo da Educação Especial fortalecendo
o processo de inclusão;
Objetivos específicos:
– Acompanhar, pedagogicamente, as Unidades de Ensino da Rede Municipal que possuem
Sala de Recursos Multifuncionais, Classe Especial, EJA e crianças e/ou estudantes público-alvo da
Educação Especial incluídos nas turmas comuns do Ensino Regular, contribuindo com as instituições
de ensino para assegurar a inclusão;
– Orientar o trabalho dos profissionais das Unidades de Ensino em Salas Regulares, Classes
Especiais, EJA’s e Salas de Recursos Multifuncionais para a elaboração de adaptações curricula-
res contextualizadas que atendam às necessidades educacionais dos estudantes público-alvo da
Educação Especial;
Público: Crianças e estudantes do público-alvo da Educação Especial matriculados nas Uni-
dades de Ensino da Rede Municipal; gestores, professores, pedagogos que atendem e/ou atuam
em Salas de Recursos Multifuncionais, Classe Especial, EJA, Escola Especial e Escolas Regulares.
Atribuições do Assessor Pedagógico da GEE:
• Realizar o Assessoramento Pedagógico nas Unidades de Ensino objetivando o acompa-
nhamento das crianças e/ou estudantes público-alvo da Educação Especial fortalecendo o processo
de inclusão;
• Acompanhar, pedagogicamente, as Unidades de Ensino da Rede municipal que possuem
Sala de Recursos Multifuncionais, Classe Especial, EJA e crianças e/ou estudantes público-alvo da
Educação Especial incluídos nas turmas comuns do Ensino Regular, contribuindo com as instituições
de ensino para assegurar a inclusão;
• Identificar os estudantes que possuem Avaliação Multiprofissional e/ou diagnóstico/laudo
médico para monitorar ou orientar quanto aos serviços de atendimento especializado;
• Realizar a triagem com criança e/ou estudantes sob hipótese de deficiência identificada
163
pela unidade de ensino;
• Orientar o trabalho dos profissionais das Unidades de Ensino em Salas Regulares, Classes
Especiais, EJA’s e Salas de Recursos Multifuncionais para a elaboração de adaptações curricula-
res contextualizadas que atendam às necessidades educacionais dos estudantes público-alvo da
Educação Especial;
• Acompanhar a frequência e rendimento dos estudantes público-alvo da Educação Especial;
• Outras atividades afins.
Metodologia: O Assessoramento Pedagógico é realizado a partir de uma metodologia quali-
tativa e quantitativa que envolve os aspectos relacionados às questões pedagógicas desenvolvidas
nas Unidades de ensino, das quais podemos citar:
– Análise e conhecimento da Instituição de Ensino quanto ao atendimento oferecido na Educa-
ção Infantil e Ensino Fundamental; às práticas de ensino, à dinâmica da sala de aula e identificação
das crianças e estudantes do público-alvo da Educação Especial, dos Professores, das problemáticas
e dos desafios para a Educação Inclusiva;
– Monitoramento dos dados oriundos do assessoramento pedagógico quanto ao planejamento,
frequência, rendimento dos estudantes público-alvo da Educação Especial;
– Elaboração de relatórios, documentos legais e projetos referentes aos assessoramentos
pedagógicos;
– Coleta de dados estatísticos de rendimentos e frequência dos estudantes das Salas de
Recursos Multifuncionais;
– Orientações e acompanhamentos de planos do AEE, relatórios dos Professores, ações que
favorecem a inclusão no Ensino Regular;
– Intervenções e qualificações das ações e metas para a inclusão no Ensino Regular dos
estudantes público-alvo da Educação Especial;
– Avaliação dos resultados das intervenções pedagógicas articuladas com os objetivos da
Inclusão Educacional.
164
Amanda Macanoni de Morais
Gerência de Educação Especial - GEE
[email protected]
165
REFERÊNCIAS
APA. Associação Psiquiátrica Americana. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais – DSM-V. 5. ed. Porto Alegre: Artmed. 2014.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União: seção 1, Brasília,
ano 152, n. 127, p. 2-11, 7 jul. 2015b.
BRASIL, Casa Civil, Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/
CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Espe-
cial na Educação Básica.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
BRASIL. Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24
de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Disponível em: https://
encurtador.com.br/oyzU7. Acesso em: 05 nov. 2023.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996.
BRASIL. Parecer CNE/CEB 17/2001 - Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Edu-
cação Básica, 2001. Disponível em: https://encurtador.com.br/ktzS1. Acesso em: 07 nov. 2023.
BRASIL. Decreto Federal n. 7611 de 17 de novembro de 2011.
BRASIL. Decreto Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de
abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras. Disponível em: https://en-
curtador.com.br/iAIKM . Acesso em: 06 nov. 2023.
BRASIL. Decreto Nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Deficiência Física. Disponível em: https://
encurtador.com.br/lrM36. Acesso em: 06 nov. 2023.
BRASIL. Decreto Nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o atendimento educacio-
nal especializado. Disponível em: https://encurtador.com.br/fhrW5. Acesso em: 07 nov. 2023.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
MEC. Brasília, 2008.
BRASIL. Resolução nº. 038/CME/2015 aprovada em 03.12.2015. Conselho Municipal de Edu-
cação de Manaus. Disponível em: https://abrir.link/7s0nG. Acesso em: 09 nov. 2023.
166
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Cur-
ricular. Brasília. DF, 2017.
BRASIL, Casa Civil, Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educa-
ção Básica. Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009.
Portaria N.º. 2536/2023 – SEMED/GS. Institui no âmbito da SEMED a Avaliação Multiprofis-
sional como único instrumento para encaminhamento do profissional de apoio escolar.
2023.
167
Centro
Municipal de
Educação Especial
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
168
O Centro Municipal de Educação Especial - CMEE é o setor da Secretaria Municipal de
Educação - SEMED, responsável por oferecer serviços de Avaliação Multiprofissional e Projetos
Especializados às crianças e/ou estudantes, público-alvo da Educação Especial, prioritariamente
matriculados na Rede Municipal de Ensino.
São público-alvo da Educação Especial:
I Alunos com deficiências, impedimentos de longo prazo de natureza física, in-
telectual, mental ou sensorial;
II Transtornos globais do desenvolvimento;
III Altas habilidades/Superdotação.
ATRIBUIÇÕES DO CMEE:
•Realizar Avaliação Multiprofissional da Educação Especial das crianças e/ou estudantes
público-alvo da Educação Especial, matriculados na Rede Municipal de Ensino de Manaus,
com enfoque pedagógico e psicopedagógico;
•Emitir parecer técnico multiprofissional indicando a necessidade dos atendimentos
educacionais especializados recomendados pela equipe multiprofissional;
•Orientar às famílias das crianças e/ou estudantes público-alvo da Educação Especial,
quanto aos serviços recomendados para os atendimentos necessários;
•Promover o Atendimento Educacional Especializado por meio dos Projetos Especiali-
zados às crianças e/aos estudantes público-alvo da Educação Especial;
•Efetivar as devolutivas das Avaliações Multiprofissionais da Educação Especial, orien-
tando aos pais e/ou responsáveis, no prazo de 15 dias úteis, após a realização da Avaliação
Multiprofissional;
•Informar às DDZs, via Sistema Integrado de Gestão Eletrônica de Documentos – SIGED
DOCUMENTOS, quanto às crianças e estudantes avaliados pela Equipe Multiprofissional,
a fim de cientificar as Unidades de Ensino;
•Avaliar psicologicamente os professores que atuarão na modalidade da Edu-
cação Especial (Salas de Recursos Multifuncionais, Classe Especial e EJA).
169
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA AS UNIDADES DE ENSINO
1. AGENDAMENTO PARA AVALIAÇÃO MULTIPROFISSIONAL
Para solicitar o agendamento, as Unidades de Ensino deverão:
» Identificar os estudantes que foram avaliados e os estudantes que não foram avaliados
pelo CMEE em 2024;
» Encaminhar, via SIGED Documentos, os estudantes que não foram avaliados e/ou
com avaliação fora do prazo (2 anos de validade);
» Solicitar ao CMEE agendamento para Avaliação Multiprofissional da Educação Espe-
cial de crianças e/ou estudantes com diagnóstico médico e/ou sob hipótese de deficiência,
observando:
I – Crianças e/ou estudantes público-alvo da Educação Especial com diagnóstico médico/
laudo):
a) Identificação das crianças e/ou estudantes público-alvo da Educação Especial e preen-
chimento da Ficha de Observação do Professor da sala regular, sob as orientações do pedagogo
e/ou diretor escolar, para encaminhamento ao CMEE;
b) Encaminhamento, via SIGED documentos, do memorando solicitando o agendamento
da Avaliação Multiprofissional da Educação Especial com a relação nominal dos estudantes,
anexos Diagnóstico/Laudo Médico e Ficha de Observação do Professor.
II - Crianças e/ou estudantes sem diagnóstico/laudo, sob hipótese de deficiência e altas
habilidades/superdotação:
a) Identificação as crianças e/ou estudantes sem diagnóstico/laudo, sob hipótese de defi-
ciência e altas habilidades/superdotação, preenchimento da Ficha de Observação do Professor
da sala regular, sob as orientações do Pedagogo e/ou Diretor escolar, e solicitação de triagem
ao Articulador/Assessor Pedagógico da Gerência de Educação Especial/SEMED;
b) Encaminhamento, via SIGED Documentos, o memorando com solicitação de agenda-
mento da Avaliação Multiprofissional da Educação Especial, acompanhado da relação nominal
170
dos estudantes identificados pelo Articulador/Assessor Pedagógico da Gerência de Educação
Especial – GEE e da Ficha de Observação do Professor devidamente assinada pelo Articula-
dor/ Assessor da GEE.
c) As creches devem anexar à solicitação de agendamento, o memorando com a relação
nominal das crianças identificadas pelo Articulador/Assessor Pedagógico da Gerência de Edu-
cação Especial – GEE, a Ficha de Observação do Professor devidamente assinada pelo Articu-
lador/ Assessor da GEE, bem como o Formulário M-CHAT, preenchido pelos profissionais das
creches, conforme NOTA TÉCNICA N. 020/2022 NUSCA/GEC/DAP/DAEAD/SUBGS/SEMSA.
Observar o fluxograma a seguir:
(CMEE, 2024)
2.PROJETOS PEDAGÓGICOS ESPECIALIZADOS – 2025
O atendimento nos Projetos Pedagógicos Especializados é condicionado às recomen-
dações da Equipe Multiprofissional, considerando as habilidades não adquiridas mensuradas na
Avaliação Multiprofissional e a faixa etária do estudante matriculado na Rede Municipal de Ensino
de Manaus.
Objetivo: Proporcionar Atendimento Educacional Especializado recomendado na Avaliação
Multiprofissional, realizado no contraturno escolar, com duração de 06 meses, podendo ser esten-
171
dido por mais 6 meses, conforme a evolução do estudante, de acordo com o Decreto 7.611/2011.
Público-alvo: Crianças e/ou estudantes público-alvo da Educação Especial, são: alunos
com deficiências, com impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sen-
sorial; transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, prioritariamente,
matriculados na Rede Municipal de Ensino de Manaus.
2.1 Estimulação Essencial para Desenvolvimento Integral
Objetivo Geral: Estimular o desenvolvimento integral da criança, público-alvo da educação
especial, nas áreas essenciais de cognição, motricidade, linguagem, comunicação e habilidades
sensoriais e socioemocionais, com fito na aprendizagem e autonomia infantil ao longo da vida escolar.
Público-alvo: Crianças da Educação Infantil, matriculadas na Rede Municipal de Ensino de
Manaus, na faixa etária entre 1 a 5 anos e 11 meses, conforme recomendação no Parecer Técnico
Multiprofissional.
Metodologia: Atividades educacionais desenvolvidas, por meio da metodologia da Co-
municação Alternativa e Aumentativa, a partir de estimulação psicopedagógica e psicológica, em
atendimento no CMEE, duas vezes na semana, com duração de 60 minutos.
Procedimentos importantes: Crianças serão atendidas no contraturno do horário em que
se encontram matriculadas na Unidade de Ensino.
2.2 Reeducando para Inclusão
Objetivo Geral: Promover a inclusão de estudantes diagnosticados com Transtorno do
Espectro Autista – TEA, com necessidade substancial e muito substancial, por meio de atendi-
mento educacional especializado, favorecendo a adaptação ou readaptação escolar, com foco no
aprimoramento das habilidades fundamentais do estudante atendido.
Público-alvo: Estudantes com a faixa etária entre 06 a 17 anos, matriculados na Rede
Municipal de Ensino de Manaus, conforme recomendação no Parecer Técnico Multiprofissional.
Metodologia: São aplicadas a psicomotricidade aquática, o circuito motor em sala
adaptada, Análise Comportamental Aplicada – ABA, Bobath para fortalecimento psicomotor, além
172
do acompanhamento psicológico familiar. O atendimento é presencial no CMEE, duas vezes na
semana, com duração de 60 minutos, ou nas instituições conveniadas, conforme encaminhamento
e disponibilidade de vagas.
Procedimentos importantes: Crianças e/ou estudantes serão atendidos no contraturno
do horário em que se encontram matriculados na Unidade de Ensino.
2.3 Reabilitação Auditiva para Inclusão
Objetivo Geral: Proporcionar uma reabilitação de fonoaudiologia especializada para
estudantes surdos usuários de implante coclear, por meio da oferta do suporte psicopedagógico
e psicológico a partir da Abordagem Auditiva Verbal, promovendo o desenvolvimento auditivo, de
linguagem e de comunicação.
Público-alvo: estudantes com a faixa etária entre 06 a 17 anos, matriculados na Rede
Municipal de Ensino de Manaus, conforme recomendação no Parecer Técnico Multiprofissional.
Metodologia: São realizadas avaliação fonoaudiológica, sessões de reabilitação auditiva,
treinamento parental, apoio psicopedagógico, além do acompanhamento psicológico familiar. O
atendimento é presencial no CMEE e realizado uma vez semana, com duração de 60 minutos.
Procedimentos importantes: Crianças e/ou estudantes serão atendidos no turno ves-
pertino.
2.4 Leitura e Escrita: Alfabetizando para Inclusão
Objetivo Geral: Proporcionar aos estudantes, público-alvo da Educação Especial, inter-
venções pedagógicas para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, por meio do
ensino estruturado, bem como pela comunicação alternativa e aumentativa.
Público-alvo: Estudantes, na faixa etária entre 6 a 17 anos, matriculados na Rede Muni-
cipal de Ensino de Manaus, conforme recomendação no Parecer Técnico Multiprofissional.
Metodologia: O uso da técnica do ensino estruturado e da comunicação alternativa e au-
mentativa são metodologias aplicadas com o objetivo de desenvolver as habilidades de linguagem,
como leitura e escrita. O atendimento é presencial no CMEE e realizado duas vezes por semana,
173
com duração de 60 minutos.
Procedimentos importantes: Estudantes serão atendidos no contraturno em que estão
regularmente matriculados na Unidade de Ensino.
2.5 Projeto Inclusão para estudantes com Deficiência Visual
Objetivo Geral: Promover a inclusão educacional dos estudantes com deficiência visual,
facilitando a acessibilidade ao currículo e potencializando o uso de ferramentas e recursos que
promovam o desenvolvimento acadêmico com autonomia e independência.
Público-alvo: Estudantes da educação básica alfabetizados e matriculados na Rede
Municipal de Ensino de Manaus, conforme recomendação do Parecer Técnico Multiprofissional.
Metodologia: Com uma metodologia individual, de acordo com a especificidade e a ne-
cessidade apresentada, utilizando recursos e ferramentas (Sistema Braille, Sorobã, Regletes,
Bengalas, Softwares adaptados) apropriadas para aprendizagem significativa. O atendimento é
presencial no CMEE, duas vezes na semana, com duração de 60 minutos.
Procedimentos importantes: Estudantes serão atendidos no contraturno em que estão
regularmente matriculados na Unidade de Ensino.
2.6 Animapet - Iaas: Programa de Intervenção Assistida por Animais
Objetivo Geral: Possibilitar, por meio da interação com cães co-terapeutas, o desenvol-
vimento de habilidades de socialização, observação e de aprendizagem das áreas de linguagem
e matemática.
Público-alvo: Estudantes na faixa etária entre 06 a 12 anos, matriculados na Rede Mu-
nicipal de Ensino de Manaus, conforme recomendação no Parecer Técnico Multiprofissional.
Metodologia: As abordagens pedagógicas para a execução das atividades são analisadas
e elaboradas por uma equipe multidisciplinar, que define a utilização dos recursos didáticos. Todas
as ações têm os cães como mediadores e são organizadas de acordo com a necessidade do es-
tudante. Os cães co-terapeutas envolvidos no projeto são das raças Shih Tzu e Golden Retriever.
O atendimento é presencial no CMEE e realizado uma vez semana, com duração de 60 minutos.
174
Procedimentos importantes: Estudantes serão atendidos no contraturno em que estão
regularmente matriculados na Unidade de Ensino.
2.7 Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar
Objetivo Geral: Proporcionar atendimento educacional pedagógico hospitalar ou domici-
liar ao estudante matriculado na Rede Municipal de Ensino de Manaus, durante o tratamento de
saúde em hospital ou domicílio, por período temporário ou permanente, quando impossibilitado
de frequentar a Unidade de Ensino, com fito a garantir-lhe o início ou a continuidade do ensino
regular, visando posterior retorno e adequada reintegração à escola de origem.
Público-alvo: Crianças e/ou estudantes, matriculados na Rede Municipal de Ensino de
Manaus, internados para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar, desde que com
indicação médica registrada em laudo.
Metodologia: As atividades desenvolvidas observam o Currículo de Educação Municipal
– CEM, de acordo com o ano/série em que o estudante esteja matriculado. O atendimento será
realizado duas vezes por semana, domiciliarmente e/ou no hospital.
Procedimentos importantes: As crianças e/ou estudantes da Rede Municipal de Ensino
de Manaus serão atendidas no mesmo turno em que se encontram matriculados.
2.8 Altas Habilidades e Superdotação.
Objetivo Geral: Proporcionar aos estudantes, matriculados na Rede Municipal de Ensi-
no de Manaus, identificados com altas habilidades ou superdotação, o atendimento educacional
especializado, por meio de práticas psicopedagógicas de estimulação, material pedagógico adap-
tado, enriquecimento curricular, bem como suplementação e suporte psicológico, considerando
as necessidades específicas do estudante atendido.
Público-alvo: Crianças e estudantes matriculados na Rede Municipal de Ensino de Ma-
naus, identificados com Altas Habilidades ou Superdotação.
Metodologia: Atendimento psicopedagógico e psicológico aos estudantes com altas habi-
lidades e superdotação, por adaptação de atividades que estimulem o desenvolvimento cognitivo,
175
material adaptado e enriquecimento curricular.
Procedimentos importantes: Crianças e/ou estudantes serão atendidos no contraturno
em que estão regularmente matriculados.
Rosana Cristina Hortêncio da Costa e Silva
Responsável pelo Centro Municipal de Educação Especial
[email protected]
176
REFERÊNCIAS
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gicos e sociais. Boletim de Psicologia. v. 40, n. jan/dez. 1990 Tradução. Acesso em: 11 nov. 2024.
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nos Mentais – DSM-V. 5a ed. Porto Alegre/SC: Artmed. 2014.
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BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de2018. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
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BRASIL. Decreto no 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de
outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de De-
ficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Disponível em: https://www.
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tps://www.planalto.gov.br/ccivil. Acesso em: 04 nov.2024.
BRASIL. Decreto Nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o atendimento educacio-
nal especializado. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil. Acesso 07 nov.2023.
BRASIL. Parecer CNE/CEB 17/2001 – Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na
Educação Básica. 2001. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil. Acesso 04 nov.2024.
BRASIL. Resolução no. 038/CME/2015 aprovada em 03.12.2015. CONSELHO MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO DE MANAUS. Disponível em: https://www.manaus.am.gov.br/semed/wpcontent/
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nov. 2024.
178
Divisão de
DIVISÃO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
Avaliação e
Monitoramento
179
DIVISÃO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
Competência da DAM: Coordenar, supervisionar e avaliar, no âmbito da Secretaria Municipal de
Educação, as ações desenvolvidas no Sistema de Avaliação de Desempenho Educacional de Ma-
naus – SADEM, que integra as avaliações em larga escala e diagnósticas direcionadas às escolas,
objetivando analisar os resultados de desempenho e acompanhar os processos de melhoria para
o planejamento de ações futuras.
A partir do ano de 2014, a DAM passou a ser o setor responsável pela elaboração, aplicação
e coordenação das avaliações da Rede Municipal. Nesse contexto, o setor incorpora as seguintes
atribuições:
I - Implementar um sistema com base nos princípios democráticos e participativos para a
sustentação do desenvolvimento de uma política educacional, garantindo o desenvolvimento
conjunto da SEMED, contemplando o que preconiza o SADEM;
II - Mapear as competências, os conhecimentos, as habilidades e os comportamentos indivi-
duais em todos os níveis da Instituição;
III - Definir e criar instrumentos avaliativos, critérios, métricas e matrizes de referência das
avaliações para a rede;
IV - Identificar, por meio de análises dos resultados das avaliações contempladas no SADEM,
as necessidades de formação dos profissionais da educação;
V - Promover encontros formativos aos profissionais da educação com foco nas avaliações
em larga escala;
VI - Orientar e acompanhar os processos de avaliações externas em larga escala coordenadas
pelo INEP/MEC;
VII - Fomentar, a partir dos resultados das avaliações, a formação de políticas públicas com
vistas à melhoria da qualidade educacional na Rede Municipal de Ensino de Manaus.
Orientações gerais para a escola:
1.1 Avaliação de Desempenho do Estudante
Objetivo geral: Avaliar e acompanhar o desempenho dos estudantes, a fim de auxiliar a
equipe pedagógica no monitoramento dos processos pedagógicos de ensino e aprendizagem, por
meio da análise dos resultados obtidos.
180
Objetivos específicos:
● Rede de Ensino: Subsidiar a formulação, reformulação e monitoramento de políticas
públicas, fomentando a cultura de avaliação educacional no contexto das escolas
públicas municipais de Manaus para a melhoria da qualidade, equidade e eficiência
do ensino.
● Gestão escolar: Avaliar o desempenho do estudante para auxiliar diretores, pedagogos
e professores no monitoramento dos processos pedagógicos de ensino e aprendiza-
gem.
Público avaliado: Estudantes do 2º ao 9º Ano do Ensino Fundamental e EJA 3ª e 6ª Etapas
e 4ª e 7ª Etapas.
Metodologia: Os testes cognitivos são elaborados e revisados de acordo com uma matriz
de referência própria norteada pela BNCC.
A aplicação da avaliação ocorrerá duas vezes ao ano, com datas previstas no calendário
escolar. São encaminhados, juntamente com os cadernos de provas, os guias de aplicação com as
orientações sobre o processo avaliativo.
Os resultados da ADE são disponibilizados no site https://portalcorrecao.dadyilha.com.br/,
por meio do Sigeam da escola. O sistema apresenta todos os relatórios sobre o desempenho da
escola, das turmas e dos estudantes.
Fonte: Divisão de Avaliação e Monitoramento, 2024.
181
A apropriação dos resultados por parte das escolas permite o planejamento da gestão e da
prática escolar baseado nos resultados obtidos para o desenvolvimento das aprendizagens dos
estudantes.
Portal DAM:
As informações, concernentes ao trabalho desenvolvido com as avaliações, são disponibiliza-
das no Portal da DAM, por meio do link https://sites.google.com/semed.manaus.am.gov.br/portaldam/
1.1. 1 Acessibilidade na ADE
Objetivo geral: Ampliar as adequações de acessibilidade da Avaliação de Desempenho do
Estudante – ADE aos estudantes com deficiência da Rede Municipal de Ensino.
Público-alvo: Estudantes com deficiência do Ensino Fundamental e da modalidade EJA.
Metodologia: Será realizado o levantamento das necessidades de atendimento especiali-
zado na rede para o planejamento de estratégias pedagógicas para a aplicação da avaliação de
desempenho.
1. Avaliação Municipal de Alfabetização
A AMA será aplicada duas vezes ao ano, ora como Avaliação Inicial (perfil de entrada), ora
como Avaliação de Saída (perfil de saída). O instrumento foi planejado para atender aos estudantes
que estão no processo de alfabetização. A matriz utilizada para a elaboração da avaliação encon-
tra-se alinhada ao Currículo de Língua Portuguesa e de Matemática.
182
Fonte: Capas das avaliações, DAM, 2024.
Objetivo geral: Identificar os saberes e as habilidades adquiridas pelos estudantes, bem como
as lacunas em seus conhecimentos, permitindo uma análise da aprendizagem nos componentes de
Língua Portuguesa (alfabetização) e de Matemática (letramento matemático).
Público-alvo: Estudantes do 1º e 2º Anos do Ensino Fundamental.
Metodologia: Será aplicada Avaliação Inicial (perfil de entrada), realizada no início do ano
letivo, para avaliar o conhecimento prévio dos estudantes e identificar suas necessidades de aprendi-
zagem, e Avaliação de Saída (perfil de saída), aplicada ao final do ano letivo, para verificar os avan-
ços dos estudantes e o impacto das práticas pedagógicas ao longo do ano. As unidades escolares
recebem um guia com orientações acerca do processo de aplicação e interpretação dos resultados.
O professor da turma é o agente responsável pela aplicação da avaliação e realiza, previamente, a
leitura do guia para obter as informações sobre a avaliação, assim como as orientações para a cor-
reção, com o total de questões e suas respectivas pontuações para a classificação dos estudantes
nos níveis de acertos alcançados. Os resultados obtidos com o instrumento são analisados à luz
da TCT (Teoria Clássica de Teste), que apresenta como princípio básico o somatório total do teste,
próprio das avaliações de aprendizagem aplicadas pelos professores em sala de aula.
2. Simulado Educa + Manaus
Objetivo geral: Verificar as lacunas de aprendizagem e os possíveis avanços nos compo-
nentes curriculares avaliados pelo SAEB.
Público: Estudantes do 5º e 9º Ano do Ensino Fundamental, público a ser avaliado no SAEB.
Metodologia: A avaliação será elaborada de acordo com a matriz do SAEB e o Currículo
Escolar Municipal. Serão aplicados 9 simulados de forma quinzenal com aplicadores externos, que
serão orientados em reuniões e receberão guia de aplicação. O formato da prova seguirá o modelo da
183
avaliação nacional e contará com a parceria dos demais setores do DEGE, como a DEF e a DDPM.
3. Alfabetiza Manaus
Objetivo geral: Garantir aos estudantes do 3° ao 9° Ano do Ensino Fundamental da Rede
Municipal de Ensino de Manaus a consolidação das habilidades de alfabetização.
Público-alvo: Estudantes do 3º ao 9º Ano do Ensino Fundamental.
A matriz de referência “Alfabetiza Manaus” possui como eixo norteador a Base Nacional
Comum Curricular CEM/BNCC, que subsidia a definição das habilidades envolvidas no processo
de alfabetização. Neste contexto, são desenvolvidas as seguintes capacidades: compreensão das
diferenças entre escrita e outras formas gráficas (outros sistemas de representação); domínio das
convenções gráficas (letras maiúsculas e minúsculas, cursiva e script). Soma-se a isso o desenvol-
vimento das habilidades quanto ao conhecimento do alfabeto; compreensão da natureza alfabética
do nosso sistema de escrita; domínio das relações entre grafemas e fonemas; decodificação de
palavras e textos escritos; leitura e reconhecendo globalmente as palavras; compreensão do pro-
cesso de segmentação das palavras, frases e textos, desenvolvendo assim fluência e rapidez de
leitura (fatiamento).
Metodologia: A metodologia da Avaliação Alfabetiza Manaus desenvolve-se juntamente,
por meio do Departamento de Gestão Educacional (DEGE), em colaboração com o Departamento
Geral de Distritos (DEGD), Divisão do Ensino Fundamental (DEF), Divisão de Avaliação e Monito-
ramento (DAM) na elaboração das avaliações e Divisões Distritais Zonais (DDZs). São realizados
os seguintes processos avaliativos:
a) Avaliação inicial (diagnóstica): levando em conta as habilidades de leitura e escrita segundo
a Base Nacional Comum Curricular. A Avaliação Perfil de Entrada tem como objetivo identificar
os estudantes não alfabetizados.
b) Avaliação processual da ação: levando em consideração a avaliação diagnóstica inicial. A
Avaliação Processual tem como objetivo identificar os estudantes já alfabetizados.
c) Avaliação final para verificação das habilidades que já foram consolidadas, após toda a
participação nas aulas. A Avaliação Perfil de Saída tem como objetivo avaliar o impacto da
184
ação na rede dos estudantes alfabetizados.
Aplicação da Avaliação: participam da avaliação os estudantes indicados pelo professor re-
gente da turma nos Anos Iniciais (3º ao 5º) e os estudantes indicados pelo professor de Língua
Portuguesa para os Anos Finais (6º ao 9º), que estão na condição de não alfabetizados.
A aplicação da Avaliação Alfabetiza Manaus inicial, processual e final fica na responsabilidade
do(a) professor regente da turma para os Anos Iniciais (3º e 5º Ano) e para os Anos Finais (6º,
7º, 8º e 9º) a avaliação pode ser aplicada pelo professor do Componente Curricular de Língua
Portuguesa, Pedagogo da Unidade de Ensino ou Assessor Pedagógico da DDZ.
Após a aplicação da Avaliação de Entrada Alfabetiza Manaus, o(a) professor(a) ou responsável
pela aplicação, fará a correção observando o guia de aplicação e correção e preencherá a
planilha enviada para o e-mail da escola, obtendo desse modo os resultados e a classificação
dos estudantes em níveis:
Nível 1: Estudantes que dominam de 0 a 2 habilidades;
Nível 2: Estudantes que dominam de 3 a 4 habilidades;
Nível 3: Estudantes que dominam de 5 a 6 habilidades;
Nível 4: Estudantes que dominam de 7 a 8 habilidades;
4. Compromisso Nacional Criança Alfabetizada
Instituído pelo Decreto 11.556/2023, o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada busca,
em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, garantir
a alfabetização de todas as crianças do Brasil até o final do 2º Ano do Ensino Fundamental. Visa
também a recuperação das aprendizagens das crianças do 3º, 4º e 5º Anos afetadas pela pandemia.
Estão previstas ações em cinco eixos: (1) governança e gestão; (2) formação; (3) infraestrutura; (4)
avaliação; (5) boas práticas.
Em 2024, houve 3 ciclos de avaliação, nos quais foram avaliados os componentes curricula-
res de Língua Portuguesa (Leitura, Escrita e Fluência) e Matemática. Considerando os objetivos do
CNCA, no Município os estudantes do 2º ano participaram de maneira censitária das avaliações e
foram o público alvo das avaliações de Fluência. Nos demais anos de ensino, a participação é de
forma amostral nas avaliações de Leitura, Escrita e Matemática. Essas avaliações foram aplicadas
nos seguintes períodos: Ciclo I - 20 de março a 5 de abril; Ciclo II - 19 de junho a 9 de agosto; Ciclo
185
III- 16 outubro a 21 de novembro.
Objetivo geral: Articular esforços da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para
garantir a alfabetização de todas as crianças ao final do 2º Ano do Ensino Fundamental, além de
promover a recomposição das aprendizagens para aquelas que estão matriculadas até o 5º Ano.
Objetivos específicos: Assegurar que 100% dos estudantes estejam alfabetizados ao final
do 2º Ano e promover a recuperação do aprendizado de estudantes dos 3º, 4º e 5º Anos impactados
pela pandemia.
Público-alvo: Crianças matriculadas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental em escolas
públicas.
Metodologia: As avaliações são elaboradas a partir de uma matriz de referência e seus
resultados são calculados a partir da Teoria Clássica dos Testes (TCT).
5. Pacto Nacional pela Recomposição das Aprendizagens
É uma política pública construída de forma colaborativa pelo Ministério da Educação (MEC)
com os entes nacionais, representados pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed)
e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Essa política oferece apoio
técnico e financeiro para estados e municípios implementarem ações e programas com foco na me-
lhoria dos índices de aprendizagem da educação básica, por meio da estratégia de recomposição
das aprendizagens dos estudantes dessa etapa de ensino.
Para sua efetivação estão previstas ações em cinco eixos: (1) currículo; pedagógicas; (2)
avaliação; (3) mediações; (4) formação; (5) materiais. Essa política considera os resultados da Se-
mana da Escuta das Adolescências nas Escolas, realizada entre os dias 13 e 27 de maio de 2024.
Em 2024, houve dois ciclos avaliativos, nos quais foram avaliados os componentes curriculares
de Língua Portuguesa (Leitura e Escrita), Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas
(Geografia e História). No município, foram avaliados, de forma censitária, os estudantes dos 6º e
dos 8º Anos. As quais foram aplicadas nos seguintes períodos: Ciclo I - 24 de julho a 30 de agosto
e Ciclo II - 16 de outubro a 14 de novembro.
Objetivo geral: Garantir o direito humano à educação, recompondo as insuficiências e defa-
sagens de aprendizagem agravadas pelas restrições da oferta educativa no contexto da pandemia
186
de COVID-19 e por outras situações de emergência e precarização do atendimento escolar (eventos
climáticos extremos, conflitos associados à violência nos territórios, etc.).
Foco: Recompor as aprendizagens.
Público-alvo: Estudantes do 6º ao 9º Ano do Ensino Fundamental.
Metodologia: As avaliações são elaboradas a partir de uma matriz de referência e seus
resultados são calculados a partir da Teoria Clássica dos Testes (TCT).
Leandro Anjos Silva
Chefe da Divisão de Avaliação e Monitoramento
[email protected]
187
Divisão de
Desenvolvimento
Profissional do
Magistério
188
Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério
A DDPM é o setor responsável pelos processos de formação continuada/permanente e de
profissionalização que possibilitem aos profissionais da educação a ressignificação de seus saberes
e de suas práticas pedagógicas, colaborando com a melhoria dos processos de ensino e aprendi-
zagem nas escolas da Rede Pública Municipal de Manaus.
De acordo com o Decreto nº. 2.682, de 26 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a estru-
tura organizacional da SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMED, suas finalidades e
competências, em seu Art. 39, inciso I, à Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério/
DDPM compete: Elaborar, implementar, coordenar e avaliar a Política de Educação Continuada do
Magistério Municipal.
Integram à DDPM duas gerências: a Gerência de Formação Continuada/GFC e a Gerência de
Tecnologia Educacional/GTE, que, juntas, conforme o decreto supracitado, têm a responsabilidade
de gerir os processos de formação continuada dos professores, pedagogos e diretores da Rede
Pública Municipal de Ensino, com vistas à educação do século XXI.
1. ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS GERAIS 2025
As ações formativas serão realizadas nos turnos matutino, vespertino e noturno, no forma-
to remoto e presencial, com encontros formativos síncronos e assíncronos, conforme o Calendário
de Formação, utilizando estratégias em rede colaborativa e formação em serviço, nas dependências
da DDPM e escolas polos.
1.1 Período de execução das formações
Formações na Zona Urbana: março a setembro.
Formações na Zona Rural: fevereiro a agosto.
1.2 Calendário de Formação
Elaborado pela DDPM em articulação com o Departamento de Gestão Educacional - DEGE
e divulgado ao Departamento Geral dos Distritos - DEGD e suas Divisões Distritais Zonais - DDZs,
Escolas/CMEIS/Creches em evento público e via e-mail institucional, respeitando-se as datas já
189
estabelecidas no Calendário Escolar da SEMED/2025. Enfatiza-se que o Calendário de Formação
da DDPM é um documento oficial da SEMED, a exemplo do Calendário Escolar, visando garantir
aos profissionais do magistério tempo e espaço para sua formação continuada. Portanto, cabe às
escolas organizar seu funcionamento para possibilitar a participação dos servidores nos encontros
formativos, de acordo com a organização das turmas divulgada pela DDPM.
1.3 Inscrições nos programas e projetos de formação
A inscrição do servidor nos Programas e Projetos Formativos será organizada pela DDPM/
GFC/GTE, considerando as características e objetivos de cada equipe formativa, tendo em vista a
necessidade de atendimento de formação da Rede Municipal.
O servidor inscrito nos programas ou projetos de formação continuada deve manter um per-
centual de 75% de frequência nas formações para garantir a efetividade da ação formativa e direito
à certificação.
Quanto à participação do servidor, uma vez enturmado, após o primeiro encontro formativo,
deverá permanecer na turma e turno até a conclusão do último módulo formativo, respeitando a or-
ganização do setor responsável pela formação, o qual leva em consideração os aspectos de logística
e recursos humanos para o dos seus servidores, organizando-se para garantir a participação dos
mesmos nas formações. No caso de descumprimento, os servidores que comparecem fora dos dias
e turnos determinados para a sua formação, comprometendo a logística de atendimento, a DDPM
não garante a participação e, consequentemente, o registro de frequência.
Quanto às formações no formato de oficinas, o servidor também será certificado, desde que
tenha sua presença registrada.
1.4 Participação nos projetos de formação geral
Professores e pedagogos com 20h participarão em seu turno de trabalho; professores e pe-
dagogos com 40h que lecionam na mesma etapa da educação básica (em uma ou mais Unidades
de Ensino) terão sua participação em um turno a ser definido pela DDPM; professores com 40h
que lecionam em etapas/séries diferentes, deverão participar das duas formações. Já os gestores
e assessores participarão no horário de sua turma, conforme a organização da DDPM.
190
1.5 Certificação
Realizada pela SEMED, por meio do Sistema de Controle e Acompanhamento de Cursos e
Treinamentos Oferecidos para Servidores - CACTOS e/ou instituições parceiras.
2. PROGRAMAS E PROJETOS LIGADOS DIRETAMENTE À DIVISÃO
Descrição: A DDPM realiza programas para atender diferentes necessidades de aprimora-
mento dos profissionais do magistério da Secretaria Municipal de Educação. Tais programas estão
disponíveis para todos os servidores ligados à Rede de Educação Municipal.
Objetivo: Promover a qualificação e aprimoramento dos profissionais do magistério.
2.1 Programa Ampliando Horizontes - PAH
Descrição: Cursos Livres de Língua Inglesa, Espanhola e Libras.
Objetivos:
● Propiciar o desenvolvimento das habilidades comunicativas das línguas inglesa e espanhola
(ouvir, falar, ler e escrever), de modo a poder atuar em situações diversas;
● Proporcionar conhecimentos na Língua Brasileira de Sinais aos servidores da SEMED com
o intuito de promover a melhoria na comunicação e no processo de ensino-aprendizagem do
aluno com surdez ou deficiência auditiva.
Público-alvo: Servidores, filhos de servidores com idade igual ou superior a 11 anos e
cônjuges.
Metodologia: As aulas serão ofertadas nos formatos presencial e remoto, organizadas em
grupos conforme abaixo:
Programa Ampliando Horizontes - Curso Livre de Língua Inglesa, Espanhola e Libras,
destinado aos servidores, filhos de servidores com idade igual ou superior a 17 anos e côn-
juges. As aulas serão ofertadas na modalidade presencial e remota, das 18h30 às 20h30,
duas vezes na semana (segundas e quartas ou terças e quintas).
191
Programa Ampliando Horizontes - Juniors/ Chiquitos/ Libras para adolescentes (Inglês,
Espanhol e Libras - O curso é destinado aos filhos de servidores de 11 a 15 anos, oferecido
apenas de forma remota. Os aplicativos e sites que são utilizados proporcionam a interação
entre o professor e alunos através de áudios, vídeos, chats e compartilhamento de tela. Se-
mestralmente, haverá um encontro presencial para que haja interação e aproximação entre
professores e alunos. A interação, comunicação e engajamento entre os alunos brasileiros e
os alunos argentinos é o foco principal desta atividade. Através da plataforma Zoom e Padlet
e com a intervenção dos professores do Programa Ampliando Horizontes, os alunos conse-
guem se apresentar e falar um pouco sobre si na língua-alvo estudada.
● Programa Ampliando Horizontes in loco - Curso livre de idiomas - Língua Espanhola, ofe-
recido aos servidores da SEMED nas escolas polos, com intuito de facilitar a comunicação
dos servidores/ professores com a grande demanda de alunos venezuelanos e haitianos que
se encontram matriculados, facilitando assim o processo de ensino-aprendizagem. As aulas
são oferecidas na modalidade remota, e os horários são alinhados junto às escolas atendidas,
de acordo com a necessidade de cada uma. Atualmente, são 04 escolas atendidas: CMEI
Hermann Gmeiner, E. M. Maria das Graças, Creche Municipal Profa. Virgínia Marília Mello
de Araújo, Creche Municipal Magdalena Arce Daou.
Matrículas: As matrículas serão realizadas virtualmente pelo site do Doity, e o link será dis-
ponibilizado através de memorando enviado via SIGED e por e-mail.
Dúvidas e orientações: (92) 98100-0732 e/ou [email protected].
am.gov.br
Avaliação: A avaliação é realizada semestralmente, com parciais escritas e oralizadas/sina-
lizadas de 0,0 a 10,0. Para a promoção do nível subsequente, o aluno deverá obter nota igual ou
superior a 7,0.
2.2 Programa Qualifica
Descrição: O Programa Qualifica é regulamentado pelo Decreto nº 4.687 que passou a
vigorar no dia 26 de novembro de 2019, publicado no Diário Oficial do Município/DOM nº4.727 do
dia 26/11/2019, é destinado à capacitação ao nível de pós-graduação stricto sensu – Mestrado e
Doutorado - para servidor docente e/ou pedagogo, desde que atenda aos critérios estabelecidos
no Decreto supracitado.
192
Objetivo: Oportunizar a liberação do servidor para sua qualificação ao nível de pós-graduação
“stricto sensu” – Mestrado e Doutorado - para docentes e pedagogos, dentro dos critérios estabele-
cidos no Decreto supracitado, propiciando aos servidores uma política de qualificação condizente,
bem como estimular os professores da SEMED a buscarem o desenvolvimento profissional por meio
do investimento em qualificação científica e tecnológica.
Público-alvo: Professores e pedagogos efetivos da Rede Municipal de Manaus.
Período de execução: De janeiro a dezembro.
Como participar:
1º Passo: Estar matriculado em curso de Pós-Graduação em nível de stricto sensu – Mestrado ou
Doutorado, reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –
CAPES/MEC, ou países do MERCOSUL e Portugal.
2º Passo: Contatar a Coordenação do Programa Qualifica/DDPM para as orientações quanto a
liberação por meio do Programa;
3º Passo: Preencher os formulários e anexar todos os documentos necessários (Protocolo/SEMED),
conforme o Decreto, para análise e parecer da Secretaria;
4º Passo: Se autorizado, aguardar publicação no Diário Oficial do Município para se ausentar do
local de lotação;
5º Passo: Emitir relatório das atividades acadêmicas semestralmente à Coordenação do Programa;
6º Passo: Apresentar o documento de conclusão (ata, diploma, histórico e dissertação/tese) para o
Programa Qualifica/DDPM.
Tempo de liberação: Mestrado até 30 (trinta) meses e Doutorado até 48 (quarenta e oito) meses.
Dúvidas e orientações: (92)99442-9924 e/ou [email protected].
br
Avaliação: A avaliação será realizada de forma contínua ao longo do ano, com base nos
relatórios dos participantes. A perspectiva é que, considerando-se um conjunto de indicadores (efi-
ciência, eficácia e efetividade), esta coordenação possa analisar os vários dados, gerando um
relatório abrangente e detalhado, contendo análises, críticas e sugestões de todos os participantes
do Programa.
193
2.3 Biblioteca
Descrição: A Biblioteca Professor Adailton José Carvalho da Silva/ BPA está em funciona-
mento desde 2002 e, atualmente, atende nos formatos físico e virtual, com o Repositório de Teses
e Dissertações de Mestrado e Doutorado da Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério
(DDPM). Possui um acervo de aproximadamente 9.600 (nove mil e seiscentos) exemplares de várias
áreas do conhecimento, além de enciclopédias, dicionários, monografias, dissertações e teses dos
Mestres e Doutores do PROGRAMA QUALIFICA.
Objetivo: Atender aos professores formadores da DDPM, gestores, pedagogos e técnicos
administrativos da Secretaria Municipal de Educação, considerados usuários em potencial, nas
necessidades de pesquisa e informação, gerenciando com qualidade os serviços oferecidos aos
seus usuários, como: uso de computadores com acesso à internet, consulta local e empréstimos de
materiais bibliográficos, apoiar e facilitar na busca pela informação.
Atendimento ao usuário: O atendimento é realizado no formato presencial no espaço físico
da biblioteca e, com a implantação da biblioteca digital no sistema de gestão de bibliotecas KOHA,
o atendimento passa a ser também remoto. Funciona presencialmente nos turnos matutino, ves-
pertino e noturno, e virtualmente pela plataforma KOHA, no endereço <admbiblioteca-cfpm-semed.
manaus.am.gov.br>
Para ter acesso a todos os serviços da biblioteca, é necessário a efetivação do cadastro do
usuário, apresentando os seguintes documentos:
● 01 (uma) foto 3X4 (atual);
● Contracheque da Secretaria:
● Comprovante de residência;
● CPF e documento de identidade;
● Endereço eletrônico (e-mail).
2.4 Socialização de Práticas Formativas
Descrição: A Socialização de Práticas Formativas constitui-se um espaço de experiências,
debates e divulgação de práticas pedagógicas resultantes da formação continuada dos profissionais
da educação. É uma das ações que compõem o Programa de Formação Permanente dos Profis-
194
sionais da Educação da DDPM/SEMED.
Objetivo: Socializar práticas pedagógicas que se relacionam com os processos formativos da
DDPM, refletindo sobre as possibilidades de inovação nos processos de ensino e de aprendizagem
e de formação continuada dos profissionais da educação municipal.
Metodologia: Durante a realização dos encontros de formação, serão identificadas práticas
pedagógicas resultantes das experiências formativas. A partir dessa identificação, os formadores
acompanharão e orientarão os educadores para que estes sistematizem seus relatos de experiências
com bons resultados educacionais para que se inscrevam na Socialização de Práticas Formativas.
O evento acontecerá em ambientes virtuais e presenciais, aberto ao público de educadores da Rede
Municipal de Ensino. Todos os participantes receberão certificado de participação no evento.
As inscrições de participantes com trabalhos no evento e ouvintes serão realizadas conforme
edital próprio que será divulgado por e-mail institucional às DDZs e Escolas. Os trabalhos científicos
aprovados e apresentados na Socialização serão publicados em anais do evento.
3. PROJETOS FORMATIVOS DAS GERÊNCIAS
3.1 Formação Integrada
Descrição: Formação Integrada é o termo usado para descrever as formações regulares da
DDPM para os profissionais do magistério que trabalham com as etapas e modalidades da educação
básica e que se diferenciam das formações desenvolvidas em projetos e programas específicos
dessa Divisão. Essa formação é desenvolvida pela equipe Rede Colaborativa de Formação Conti-
nuada - RCFC da Gerência de Formação Continuada - GFC e pelas equipes formativas da Gerência
de Tecnologias Educacionais - GTE, de acordo com as orientações gerais deste documento.
Objetivo: Desenvolver processos de formação continuada em rede colaborativa numa con-
cepção contínua e permanente que possibilitem aos profissionais do magistério a potencialização
das práticas pedagógicas, em sala de aula, cooperando com o aprimoramento dos processos de
profissionalização, ensino e aprendizagem nas escolas da Rede Pública Municipal de Manaus.
3.1.1 Formação integrada - alfabetização e recomposição da aprendizagem - 1º e 2° Anos e
3º e 4º Anos do Ensino Fundamental
A formação está organizada em dois projetos formativos destinados ao 1º e 2° Anos e ao 3°
195
e 4° Anos do Ensino Fundamental.
A formação será realizada em 03 módulos presenciais, em 4 polos (a ser definido pelas DDZS) e
02 módulos online, ocorrendo de março a agosto.
3.1.2 Formação SAEB / EDUCA +
3.1.2.1 Formação integrada SAEB: 5º ao 9º Ano
A Formação Integrada SAEB é uma ação sob a responsabilidade da DDPM, que compõe o
conjunto das ações do Programa Educa + Manaus e tem como objetivo oferecer momentos de refle-
xão da prática docente e construir, junto aos professores participantes, proposições que, em última
instância, promovam a aprendizagem dos alunos e o desenvolvimento de habilidades/descritores
que serão avaliadas no SAEB 2025.
3.1.2.2 Formação Integrada SAEB - 5° Ano do Ensino Fundamental
A formação será realizada em 4 módulos presenciais por DDZ, ocorrendo de março
a julho, nos polos e nos laboratórios da GTE. Será em período integral, ou seja, os professores
participarão nos turnos matutino e vespertino, abordando o trabalho com as habilidades/descritores
de Língua Portuguesa e Matemática da Matriz SAEB, alinhadas ao Currículo Escolar Municipal.
Destaca-se que os professores de 5º Ano da DDZ Rural formarão uma turma, tendo como polo a
DDPM.
3.1.2.3 Formação Integrada SAEB - 6º ao 9º Ano do Ensino Fundamental
Na zona urbana, a formação será realizada em quatro módulos presenciais, ministrados nos
polos e na DDPM, entre os meses de março e agosto. A formação abrangerá todos os componentes
curriculares, seguindo a HTP, com foco no desenvolvimento das habilidades e descritores das ma-
trizes de referência do SAEB, alinhadas ao Currículo Escolar Municipal de cada disciplina: Língua
Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ensino Religioso, Artes, Língua Inglesa, Ciências e
Educação Física.
Na zona rural, a formação será realizada em 5 módulos presenciais que ocorrerão em 4 polos,
196
entre os meses de fevereiro a agosto.
3.1.3 Formação para Gestores e Pedagogos
Na zona urbana, a formação será realizada em 04 módulos, sendo 02 presenciais na DDPM
e 02 módulos on-line, visando o atendimento das equipes gestoras das escolas. Os encontros for-
mativos serão realizados no período de fevereiro a maio, em 2 projetos diferenciados para Educação
Infantil e para o Ensino Fundamental.
Na zona rural, a formação será realizada em 5 módulos presenciais que ocorrerão em 4 polos,
entre os meses de fevereiro a agosto.
As formações acontecem de forma unificada para gestores e pedagogos, considerando o
fazer específico para esses dois públicos.
3.1.4 Formação de Professores da Educação Infantil
Na zona urbana, a formação para professores da Educação Infantil será organizada em dois
projetos formativos (Creche e Pré-escola), divididos em 04 módulos: 03 presenciais, realizados na
DDPM, e 01 módulo on-line, entre os meses de março e agosto.
Na zona rural, a formação será realizada em 5 módulos presenciais que ocorrerão em 4 polos,
entre os meses de fevereiro a agosto.
Ressalta-se que essa formação poderá sofrer alteração, dependendo das diretrizes do MEC,
no âmbito do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA).
3.1.5 Formação da Educação do Campo - Zona Rural
Os professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental, gestores e pedagogos da DDZ
Rural terão formação presencial em quatro polos, conforme descrito a seguir:
Polo 1- Escola Municipal Maria Leide e Escola Municipal Solange Nascimento;
Polo 2- Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério - DDPM (antigo Sobreira);
Polo 3 - Escola Indígena Municipal Kanata Tykua (Rio Negro);
Polo 4 - Escola Municipal São Francisco (Rio Amazonas).
3.1.6 Educação Escolar Indígena e Espaços de Estudo Indígena
A formação dos professores das Escolas Indígenas Municipais e dos Espaços de Estudo da
197
Língua Materna e Conhecimentos Tradicionais Indígenas contemplará 04 módulos formativos na
modalidade presencial e será desenvolvida nos meses de fevereiro a agosto. Para os professores
de escolas indígenas, a formação acontecerá nas escolas, enquanto a formação dos professores
dos Espaços Indígenas será realizada na DDPM.
3.1.7 Formação dos profissionais do magistério da Educação de Jovens e Adultos
EJA diurno: Serão 04 módulos presenciais na HTP dos professores, no período de março a
agosto.
EJA noturno: Serão 04 encontros presenciais, em polos, no período de março a agosto.
Esta formação será articulada ao Pacto pela Superação do Analfabetismo e à Qualificação
na EJA, podendo sofrer alterações, de acordo com as diretrizes do MEC.
3.1.8 Formação dos profissionais da Educação Especial
Os profissionais que atendem ao público específico da modalidade Educação Especial serão
atendidos em quatro projetos diferentes:
Projetos da Modalidade da Educação Especial
1. Professores de salas de recurso;
2. Professores da escola/classe especial;
3. Profissionais de apoio escolar da Educação Especial.
Para os professores da Sala de Recurso e professores de escola/classe especial, serão
realizados 03 módulos presenciais na DDPM. Enquanto isso, para os profissionais de apoio, será
realizado 01 módulo introdutório (em três dias consecutivos), no mês de fevereiro, para trabalhar
noções básicas do apoio escolar. Ao longo do ano, serão oferecidos mais 04 módulos, sendo 03
presenciais e 01 online, de março a agosto.
Projetos da Educação Inclusiva
Será oferecido 01 (um) módulo formativo abordando temáticas da Educação Especial nos
projetos formativos da Gestão Escolar, Educação Infantil e 1º ao 4° Ano, no formato on-line. Os
professores do 5º Ano receberão 01(um) módulo na modalidade presencial.
Para ampliar o apoio formativo aos professores da Rede Municipal de Ensino, será produzido
um vídeo da Educação Especial, que será trabalhado no primeiro encontro de todos os projetos
198
formativos.
3.1.9 Formação para a Diversidade
O projeto formativo da DDPM contempla a temática da diversidade cultural em sentido amplo
e em cumprimento ao Currículo Escolar Municipal. As formações com temáticas voltadas para as
questões da diversidade serão integradas aos projetos formativos da Educação Infantil e Anos Ini-
ciais do Ensino Fundamental. Além dessas formações, será desenvolvido o projeto Educação para
a Diversidade com os professores de História e Geografia de 6º ao 8º Ano do Ensino Fundamental,
com 02 módulos formativos, presenciais nas DDZs.
Será oferecido 01 (um) módulo formativo abordando temáticas da Diversidade nos projetos
formativos da educação infantil e 1º ao 4° Ano, no formato online. Os professores do 5º Ano rece-
berão 01 (um) módulo na modalidade presencial.
4. OUTROS PROJETOS E PROGRAMAS DA DDPM E SUAS GERÊNCIAS
Descrição: Além da formação geral, as duas gerências da DDPM desenvolvem outros pro-
jetos e programas formativos para atender diferentes demandas de formação dos profissionais do
magistério da Secretaria Municipal de Educação. O público atendido nos projetos e programas deve
priorizar as formações oferecidas nessas propostas, não havendo necessidade de participar dos
encontros da Formação Geral da DDPM.
Objetivo: Desenvolver Projetos e Programas que atendam as demandas formativas dos
educadores da Rede Municipal de Ensino, priorizando o planejamento, o acompanhamento e a
avaliação, visando a melhoria dos índices de alfabetização e os demais processos de ensino e
aprendizagem, além de promover a qualificação dos profissionais do magistério.
4.1 Programas e Projetos da Gerência de Formação Continuada - GFC
4.1.1 Programa de Tutoria Educacional - PTE
Descrição: O Programa de Tutoria atende prioritariamente os professores e pedagogos em
período de estágio probatório, bem como as equipes gestoras das Unidades de Ensino Municipais.
O público será divulgado a partir da lotação efetiva dos profissionais nas escolas. A título de moni-
199
toramento da Gestão Integrada da Educação (GIDE), fica estabelecido que a formação continuada
em serviço é uma estratégia da DDPM e, portanto, deve ser contabilizada como participação em
formação, sem a necessidade de participação em outros movimentos formativos da DDPM.
Objetivo: Qualificar o estágio probatório dos professores, a partir do desenvolvimento da au-
tonomia formativa da equipe gestora das escolas da Rede Municipal de Ensino, visando à formação
em serviço com foco nos resultados de aprendizagem dos alunos.
Metodologia: O Programa de Tutoria Educacional promove a formação continuada em servi-
ço, a partir de evidências coletadas no campo, em processo de parceria entre o formador e o sujeito
em formação, considerando o contexto e as aprendizagens que o sujeito possui, visando as que
ele deseja desenvolver. Recorrendo, assim, às estratégias da metodologia de Tutoria, bem como
às observações da prática, às reflexões do sujeito sobre si e no seu fazer profissional, entendendo
que, quanto mais próximo do fazer pedagógico, mais sentido terá a formação para eles. Os eixos da
formação, na metodologia de tutoria para professores, são: planejamento, prática de ensino, gestão
do ambiente e processos avaliativos. No que tange às equipes gestoras, as dimensões formativas
são: dimensão pedagógica, dimensão de pessoas e dimensão de resultados educacionais.
Para garantir os processos formativos com cada sujeito da formação, são previstos a reali-
zação de um percurso dividido em dois semestres, compreendendo o seguinte ciclo de formação:
1. Escuta e Diagnóstico;
2. Plano de formação;
3. Planos em Ação;
4. Avaliação e balanço.
Ressaltamos que nestes movimentos utiliza-se da metodologia embasada na aprendizagem
do adulto, recorrendo às seguintes estratégias: caminhada pedagógica, observação da sala de aula,
feedback, ação modelar, ação compartilhada (planejamento, estudo, aula compartilhada); tematiza-
ção da prática; autoscopia; dramatização.
O Programa Tutoria Educacional se desenvolve a partir das ações formativas: Formação
em Serviço dos Profissionais da Educação; Projeto Escrita Viva e Integração de Professores em
Estágio Probatório.
Formação em Serviço dos Profissionais da Educação: professores e equipes gestoras:
Trata-se de uma formação em serviço, personalizada, que ocorre nas escolas onde trabalham os
200
professores em estágio probatório, nas quais é desenvolvido o percurso formativo descrito anterior-
mente. Para obter os impactos esperados nas práticas pedagógicas dos profissionais da Educação,
como também a aprendizagem dos estudantes, é imprescindível a parceria com a gestão escolar,
para garantir tempo e espaço de formação para o professor em estágio probatório e equipe gestora
na própria escola. Com relação à formação das equipes gestoras, o foco é as lideranças da escola
(gestor/pedagogo) e se desdobra em ações que impactam a equipe escolar.
Em 2025, a formação de professores será modular, contemplando 04 Eixos formativos. A
formação destinada à equipe gestora será semestral (atendendo um grupo de gestores e pedagogos
no 1º semestre e outro grupo no 2º semestre), contemplando 04 dimensões formativas, com dois
encontros presenciais, a serem realizados na DDPM.
Projeto Escrita Viva: Tem por objetivo promover o debate e os estudos sobre formação
continuada e as práticas de ensino, a partir da escrita colaborativa sobre as experiências exitosas
de educadores da Rede Municipal de Ensino de Manaus, a fim de estimular a divulgação científica,
além da publicação específica em formato de e-book. Também será realizado um projeto de produ-
ção de relato de experiência a partir das seguintes ações:
Fevereiro/2025 - Envio dos textos para revisores externos;
Fevereiro/2025 - Submissão de projeto à FAPEAM e UFAM para Simpósio;
Março/2025 - Recebimento dos textos corrigidos pelos parceiros;
Março/2025 - Formadores fazem as correções sugeridas no texto;
Abril/2025 - Elaboração da boneca do livro pelo grupo de trabalho - GT e envio para correção final
de um único revisor;
Abril a julho/2025 - Processo editorial e organização do simpósio;
Agosto a setembro/2025 - Simpósio Escrita Viva;
Outubro/2025 - Relatórios e prestação de contas.
Integração de Professores em Estágio Probatório: Encontro de integração Coletivo de
novos servidores ao quadro da SEMED/MANAUS, com o objetivo de acolher e informar acerca da
201
legislação, estrutura organizacional e as principais orientações pedagógicas que norteiam a Rede
Municipal de Educação de Manaus. A Integração ocorrerá a partir de encontro presencial, com a
previsão de 01 (um) encontro anual.
4.1.2 Curso de Especialização em Educação Especial Inclusiva em Contextos Interculturais
Descrição: É um projeto de formação desenvolvido na escola em parceria com a UEA e
se configura como um curso de Pós-graduação (Lato Sensu) em Educação Especial Inclusiva em
contextos Interculturais. Teve início no primeiro semestre de 2024, com a realização da pesquisa
junto à comunidade escolar em 09 escolas: Escola Municipal Rui Barbosa Lima, Escola Municipal
Izabel Angarita, Escola Municipal José de Tavares Macedo, Escola Municipal Almeron Caminha
Monteiro, Escola Municipal Prof. Isabel Vitoria do Carmo Ribeiro, Escola Municipal Senador Fábio
Pereira de Lucena Bittencourt, Escola Municipal Pintor Leonardo da Vinci, CMEI Renata Holanda de
Souza, Escola Municipal São Luís. Participam da pós-graduação, professores das referidas escolas
que aderiram à proposta através da assinatura do termo de adesão. Além dos professores, a equi-
pe gestora também participa da formação. É uma formação em serviço. Enquanto os professores
participam da formação, os assistentes à docência (acadêmicos da UEA) dão prosseguimento ao
planejamento na sala de aula, não havendo necessidade de suspensão das aulas.
Objetivo: Qualificar professores(as) para atuarem no desenvolvimento de práticas curriculares
inclusivas, a partir da articulação teórico-prática e dos fundamentos legais que orientam as políticas
públicas da educação especial inclusiva.
Metodologia: A metodologia de formação está fundamentada no envolvimento e protagonis-
mo do professor, desde a discussão da proposta de formação, à reflexão e ressignificação de sua
prática em sala de aula e o desenvolvimento de projetos docentes e discentes.
Sua proposta se volta para uma perspectiva política pedagógica cujo centro de preocupação
é qualificar os professores para atenção às crianças, jovens e adultos com deficiências físicas e
intelectuais, bem como pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com Altas Habilidades
ou Superdotação (AH/S) e pessoas com Transtornos Específicos da Aprendizagem e transtorno
de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). Será realizado de forma presencial e a distância. A
formação a distância será direcionada para o trabalho da sala de aula e será acompanhada pelo
ambiente virtual de aprendizagem/Plataforma Moodle. O curso terá uma carga horária de 420h/a,
desenvolvida por meio de módulos de formação. Desta carga horária, 40% será presencial (que
202
ocorrerá na própria escola) e 60% a distância (no AVA/UEA), podendo ocorrer alterações de acordo
com os planos de cursos.
Na forma presencial, o curso será realizado em serviço e ocorrerá nas escolas em que os(as)
professores(as) trabalham. Cada escola corresponderá a uma turma de especialização.
O Cronograma Anual de Formação deve ser observado pela Escola/DDZ/DEGE, pois envolve
uma grande organização e articulação da parceria UEA/SEMED e movimenta vários atores, como
formadores e assistentes à docência.
4.2 Programas e Projetos da Gerência de Tecnologias Educacionais - GTE
4.2.1 Exposição de Ciência, Robótica, Educação Ambiental, Tecnologia e Inovação - EXPO-
CREATI
Descrição: A Exposição de Ciências, Robótica, Educação Ambiental, Tecnologia e Inova-
ção (EXPOCREATI) é um evento anual que abarca a Feira Municipal de Ciências, Tecnologia e
Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Educação de Manaus; o Concurso de Letramento
em Programação e Robótica; o Colóquio Cultura Digital na Educação Infantil, a apresentação de
projetos desenvolvidos pelos professores dos Anos Iniciais e o Workshop das Práticas Formativas
dos Coordenadores de CTEs.
Objetivo: Oportunizar a socialização de práticas inovadoras desenvolvidas por professores
e estudantes de escolas municipais que participam do processo de formação continuada da Ge-
rência de Tecnologia Educacional e os trabalhos desenvolvidos para a Feira Municipal de Ciências,
Tecnologia e Educação Ambiental.
Metodologia: Na EXPOCREATI, ocorrem simultaneamente diferentes atividades:
Desafios com a criação de narrativas para as escolas da Educação Infantil com programação
no software Scratch Jr;
Criação de jogos no software Scratch com Inteligência Artificial;
Criação de aplicativos com o App Inventor;
Competições de robótica com Robô Sumô e Robô Futebol;
Exposições de práticas pedagógicas com o uso de tecnologias na Educação Infantil e Anos
Iniciais;
203
Mostra de trabalhos resultantes do processo de pesquisa realizado nas escolas com a Feira
Municipal de Ciências, Tecnologia e Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino.
4.2.2 Formação continuada para coordenadores dos Centros de Tecnologias Educacionais
– CTEs
Descrição: O projeto de formação continuada para coordenadores dos Centros de Tecnolo-
gias Educacionais – CTEs proporciona aos profissionais de educação experiências interativas que
aproximem, inovem e ofereçam qualidade formativa a coordenadores, professores e, consequen-
temente, aos alunos da rede, para o uso pedagógico das tecnologias educacionais digitais como
recursos fundamentais nos processos de ensino e aprendizagem a partir de metodologias ativas.
Objetivos:
• Proporcionar processos de aprendizagem aos coordenadores de CTE, a partir do trabalho
colaborativo do movimento STEAM, fazendo uso de recursos tecnológicos;
• Realizar oficinas on-line e off-line de metodologias ativas e tecnologias educacionais digitais
visando, a preparação dos docentes para melhor desempenho dos alunos no Sistema de
Avaliação da Educação Básica (SAEB);
• Assessorar os coordenadores de CTE no desenvolvimento de projetos pedagógicos, como
o uso de recursos tecnológicos durante o ano letivo.
Metodologia: O projeto formativo será desenvolvido integralmente no formato presencial com
8 módulos realizados uma vez ao mês, na Gerência de Tecnologia Educacional. O acompanhamento
das atividades desenvolvidas pelos coordenadores cursistas dar-se-á por meio de assessoramento
pedagógico remoto e presencial, além de oficinas em serviço advindas das demandas das escolas,
por meio dos Assessores de Tecnologias Aplicadas à Educação (ATAEs) de cada DDZ.
4.2.3 EFEX - Professora Maria Helena Amazonas de Menezes
Descrição: O laboratório EFEX é um espaço Maker para o desenvolvimento de atividades
didático-pedagógicas que auxiliem o professor na práxis docente, possibilitando mobilizar as com-
petências e habilidades trabalhadas em diferentes áreas do conhecimento.
Objetivo: Promover a colaboração, o engajamento, o pensamento tecnológico, a educação
inovadora, a educação 5.0, a cultura Maker e o empreendedorismo em consonância com o Currículo
Escolar Municipal e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em sua Competência Geral 5.
204
Metodologia: As oficinas para professores formadores, coordenadores dos CTEs, profes-
sores e estudantes da Rede Municipal de Educação serão no formato presencial, especialmente,
trabalhadas no eixo Cultura Maker. Esse eixo oferece oportunidades potenciais para a realização
de atividades “mão na massa”, promovendo o protagonismo no processo de ensino-aprendizagem.
4.2.4 Robótica Educacional - ARDAGH/SESI
Descrição: Projeto de robótica educacional em parceria com a empresa ARDAGH/SESI.
Objetivos: Desenvolver as habilidades para o uso de aplicações tecnológicas de robótica
na educação.
Metodologia: Em 2025, o Projeto de Robótica Educacional Ardagh/SESI oferecerá 04 módulos
que serão desenvolvidos na modalidade presencial, em tempo integral, para atender a 03 turmas,
no total de 72 professores e 24 coordenadores de CTEs das escolas selecionadas.
4.2.5 Projeto Ciências em Rede
Descrição: Por meio de uma parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado
do Amazonas (FAPEAM), este projeto orienta e acompanha os professores da Rede Municipal de
Educação na submissão, implementação, desenvolvimento e socialização de projetos de pesquisa
nas escolas. Além de realizar a Feira Municipal de Ciências, Tecnologia e Educação Ambiental. Além
disso, promove a realização da Feira Municipal de Ciências, Tecnologia e Educação Ambiental.
Objetivos:
• Orientar e acompanhar os professores da Rede Municipal de Educação na submissão,
implementação, desenvolvimento e socialização de projetos de pesquisa segundo o edital
do Programa Ciência na Escola (PCE), fomentado pela FAPEAM);
• Incentivar a alfabetização científica nas escolas municipais;
• Oferecer de forma presencial (previamente agendada) oficinas, tanto nas escolas quanto
na Gerência de Tecnologia Educacional (GTE/DDPM);
• Auxiliar na participação dos professores e alunos em eventos de divulgação e socialização
dos resultados científicos de forma remota e/ou presencial;
• Acompanhar o processo de implementação dos projetos na escola, tanto para o PCE quanto
para a Feira Municipal de Ciências, Tecnologia e Educação Ambiental;
• Promover a Feira Municipal de Ciências, Tecnologia e Educação Ambiental.
205
Metodologia: Divulgação, orientação e realização de oficinas de submissão de projetos que
antecedem o lançamento do edital da FAPEAM a fim de motivar e preparar um maior número de
professores da rede municipal. As atividades ocorrem de forma híbrida, com a realização de oficinas,
produção de slides e vídeos explicativos para que se alcance um maior número de professores.
No decorrer da implementação dos projetos, incentivamos professores e estudantes a participarem
das atividades virtuais de socialização de resultados científicos nas escolas e na Feira Municipal de
Ciências, Tecnologia e Educação Ambiental.
4.2.6 Projeto de Letramento em Programação e Robótica (Procurumim)
Coordenação: Gerência de Tecnologia Educacional
Descrição: O Projeto de Letramento em Programação e Robótica (Procurumim) promove a
formação continuada de professores(as) e coordenadores dos Centros de Tecnologias Educacionais
(CTEs) da Educação Infantil à Educação de Jovens e Adultos da Rede Municipal de Ensino. Além
de realizar oficinas em serviço, demandadas pelas escolas participantes do projeto.
Objetivo: Fomentar o uso de Linguagem de Programação e Robótica Educacional nas Es-
colas Públicas Municipais de Manaus, alinhadas ao Currículo Escolar, como práticas pedagógicas
inovadoras e multifacetadas, a fim de promover a Multialfabetização, o Letramento Digital e as
competências e habilidades relacionadas ao Pensamento Computacional.
Metodologia: Em 2025, o projeto ofertará 04 módulos formativos para professores da Edu-
cação Infantil e 08 módulos (04 Procurumim e 04 oficinas do Espaço EFEX) para Coordenadores
de CTEs do Ensino Fundamental e EJA. Os participantes serão divididos em turmas, conforme o
segmento escolar (Educação Infantil, Ensino Fundamental 1, Ensino Fundamental 2 e EJA).
O acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos professores e coordenadores cursis-
tas dar-se-á por meio de assessoramento pedagógico remoto e presencial. O professor e o coorde-
nador de CTE devem manifestar interesse em participar do Projeto de Letramento em Programação
e Robótica (Procurumim) ao Assessor de Tecnologias Aplicadas à Educação (ATAE) de sua DDZ,
para que ele faça a inscrição.
206
Maria Inez Pereira de Alcântara
Chefe da Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério - DDPM
99233 - 2044 (Inez) / 99187- 4779 (Joanilde)
[email protected]
[email protected]
Austonio Queiroz dos Santos
Gerente da Gerência de Tecnologia Educacional - GTE
98842 - 7070 (Austonio) / 99256- 0659 (Ieda)
[email protected]
Gerente da Gerência de Formação Continuada - GFC
Sônia Cláudia da Rocha Fonseca
99103 - 8976 (Sônia)
[email protected]
207
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP no 2 de 20 de dezembro de 2019. Define as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica
e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica
(BNC-Formação). Republicada em 10 fev. 2020.
_______. 2015, Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com De-
ficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm;
acesso em: 13 dez. 2024.
_______.Resolução CNE/CEB 1/2002 - Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas
Escolas do Campo. MEC: Brasília - DF, 2002. BRASIL.
MANAUS. Secretaria Municipal de Educação de Manaus. Currículo Escolar Municipal de Manaus.
2021. Disponível em: https://semed.manaus.am.gov.br/prefeitura-lanca-novocurriculo-escolar-mu-
nicipal-de-manaus/. Acesso em: 13 dez. 2024.
________. Programa de Formação Permanente dos Profissionais da Educação -
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, 2020
_______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
208
Divisão de
Apoio à
Gestão Escolar
209
DIVISÃO DE APOIO À GESTÃO ESCOLAR
A Divisão de Apoio à Gestão Escolar (DAGE) tem como objetivo principal proporcionar a
orientação necessária aos procedimentos operacionais para a constituição dos Conselhos Escolares,
Grêmios Estudantis, a implementação e execução dos Programas Federais oriundos da parceria do
Ministério da Educação (MEC) e FNDE, a realização das ações do Núcleo de Parcerias Institucionais
(NUPI), Coaching na Educação e dos projetos elaborados para atender as necessidades da rede
Municipal de Ensino de Manaus.
No intuito de oferecer às DDZs e Unidades de Ensino, o aporte teórico e o suporte neces-
sários aos Conselhos Escolares e Programas Federais, seguem informações e orientações indis-
pensáveis, desde a constituição dos Conselhos Escolares e dos Grêmios Estudantis, ao momento
da adesão e execução dos Programas Federais, prosseguindo com a concepção, o planejamento,
a execução e a funcionalidade de cada Ação Integrada.
Espera-se, com isso, favorecer para a melhoria do processo de gestão escolar, fortalecendo
a autonomia na escola e incentivando a participação do Conselho Escolar nas decisões no âmbito
administrativo, pedagógico e financeiro.
De acordo com o DECRETO Nº 2.682, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2013, no Art. 49. À Divisão
de Apoio à Gestão Escolar compete:
I – Apoiar, monitorar, supervisionar e avaliar as atividades administrativas e pedagógicas
executadas no sistema de ensino municipal;
II – Orientar as unidades escolares quanto à aplicação da legislação educacional vigente,
quanto à documentação e auditoria escolar, em parceria com as Divisões Distritais;
III – Acompanhar, sistematicamente, as escolas da Rede Municipal de Ensino, visando à
melhoria da organização e do funcionamento dos estabelecimentos escolares, em parceria com as
unidades administrativas distritais;
IV – Orientar e apoiar o processo de implementação de programas e projetos de qualidade,
possibilitando autoavaliação e consequente melhoria da gestão escolar;
V – Desenvolver outras atividades correlatas.
210
1. ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
O Conselho Escolar, instituído na Rede Municipal de Manaus por meio do Decreto N.º
9.669 de 11 de julho de 2008 (DOM n.º 2001 de 15/07/2008) , que “CRIA o Conselho Escolar nas
unidades da Rede Municipal de Ensino”, constitui-se em um órgão colegiado composto por repre-
sentantes da Comunidade Escolar e Local, sendo de natureza deliberativa, consultiva, fiscal e pe-
dagógica para cooperar com a gestão escolar tanto nos aspectos administrativos e financeiros da
escola quanto nos de cunho político-pedagógico. É uma associação privada, autônoma, instituída
na forma da lei por tempo indeterminado, sem fins econômicos (lucrativos), religiosos, raciais ou
políticos partidários, com personalidade jurídica própria, devidamente registrada na Receita Federal
do Brasil (CNPJ próprio). Desempenha papel de Órgão Colegiado representativo da comunidade
escolar concomitantemente com o papel de Unidade Executora de recursos financeiros destinados
à conta-corrente da escola pelos programas federais de repasses de recursos, assim como pelo
programa local “Programa Orçamento na Escola (PROESC)”. O Conselho Escolar configura-se em
órgão de fundamental importância para o desenvolvimento da gestão democrática escolar prevista
na legislação nos níveis federal, estadual e municipal.
Objetivo geral: Oportunizar espaço democrático de discussão onde todos os segmentos
da comunidade escolar e local, por meio de suas representações, possam expressar suas ideias
e necessidades, participando coletivamente das decisões no âmbito escolar com base no estabe-
lecimento de prioridades para a escola. O foco é sempre a melhoria da qualidade do ensino e da
aprendizagem na Rede Municipal.
Objetivos específicos:
• Ampliar a participação das comunidades escolar e local na gestão administrativa, financeira
e pedagógica das escolas;
• Participar do processo de construção, implementação, acompanhamento e avaliação do
Projeto Político-Pedagógico (PPP) da Escola;
• Incentivar a integração entre os turnos de funcionamento da escola a fim de conferir simetria
ao trabalho desenvolvido;
• Propor melhorias diversas sempre que a Assembleia delibere após consulta à comunidade
escolar;
• Deliberar sobre os objetivos, metas e princípios da política educacional do município, sempre
com a finalidade de buscar alcançar as metas propostas para a unidade de ensino;
211
• Zelar pela transparência e lisura na aplicação dos recursos da unidade escolar, assim como
de sua prestação de contas.
• Buscar parcerias diversas que contribuam para o desenvolvimento e melhoria da comunidade
escolar;
• Acompanhar o desempenho dos estudantes e propor medidas para superar as dificuldades;
• Organizar e coordenar o processo de eleição para representantes do Conselho Escolar,
bem como instituir a comissão eleitoral da unidade de ensino;
• Realizar assembleias ordinárias e/ou extraordinárias, para definir prioridades na aplicação
dos recursos destinados à unidade de ensino, quando necessário;
• Promover círculos de estudos, palestras, seminários e debates, objetivando propiciar momen-
tos de estudos e reflexão envolvendo todos os integrantes da comunidade escolar e local,
buscando a integração do tripé Escola, Família e Comunidade;
• Organizar momentos de formação para conselheiros escolares a fim de subsidiar uma atuação
mais significativa e consciente de seu papel na gestão democrática.
• Incentivar a organização dos trabalhadores da educação e outros segmentos da comunidade
escolar em colegiados representativos da comunidade escolar e local;
• Organizar as atividades das diretorias (Executiva e Fiscal) em Plano Anual de Trabalho a fim
de dar suporte à gestão estratégica dos recursos financeiros e pedagógicos da escola.
• Planejar bimestralmente atividades na escola voltadas para o atendimento das demandas
mais urgentes (pedagógicas, administrativas e financeiras), em atendimento ao disposto na
Portaria nº 0253/2021-SEMED/GS que institui na rede o dia do “Planejamento Bimestral dos
Conselhos Escolares”.
Público-alvo: 505 Conselhos Escolares.
Alcance: 6.060 Conselheiros Escolares e de aproximadamente 248.673 alunos da Rede
Municipal.
Metodologia: O Conselho Escolar instituído na Rede Municipal de Manaus por meio do
Decreto n.º 9.669 de 11 de julho de 2008, que “CRIA o Conselho Escolar nas unidades da Rede
Municipal de Ensino”, está implementado sob a organização e realização do trabalho pedagógico
e administrativo em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEMED, obser-
212
vando os preceitos legais contidos na Constituição Federal do Brasil, na Lei n.º 9.394/96 (LDB),
no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no Projeto Político Pedagógico e no Regimento
Interno da unidade de ensino. Sendo assim, o Regimento Geral das Unidades de Ensino expressa
que a Unidade de Ensino deve contar, no mínimo, com a representação da comunidade educativa,
com a participação de representantes dos diferentes segmentos das comunidades escolar e local,
devendo constituir-se em um espaço de discussão de caráter consultivo, deliberativo, fiscalizador
e mobilizador. É também, um espaço de aprendizagens para além de relações entre pais e filhos,
entre professor e estudante, entre diretor e professor (Regimento Geral, art. 83).
A Estrutura Administrativa do Conselho Escolar é constituída por membro nato (Diretor
da Unidade de Ensino) como seu presidente e por representantes de segmentos da Comunidade
Escolar e Local escolhidos mediante eleição direta a cada dois anos. Conta com uma Comissão
Fiscal, também composta por representantes da comunidade escolar, que atua diretamente no
acompanhamento e na fiscalização das ações da Diretoria Executiva, incluindo aí a prestação de
contas dos recursos destinados à escola (recursos públicos e próprios).
O Conselho Escolar adota metodologia de trabalho compartilhado, onde estabelece um cro-
nograma das reuniões ordinárias e extraordinárias, obedecendo ao calendário definido na primeira
reunião de cada ano letivo inserido no Plano Anual de Trabalho. A tomada de decisão se dá de
forma colegiada e com base no consenso de seus representantes. Adota o Planejamento Bimestral
(Portaria n.º 0253/2021-SEMED/GS) como forma de organização de suas demandas mais urgentes
e de distribuição do Plano Anual em etapas menores, onde as atividades são guiadas por um tema
a cada bimestre.
1.2 Grupo Articulador de Fortalecimento dos Conselhos Escolares (GAFCE)
O GAFCE está instituído na SEMED por meio de Portaria desde o ano de 2010 (Portaria N.º
1.407/2010-SEMED/GS) e, desde então, vem atuando para melhorar a participação da comunidade
escolar nos processos de gestão da escola. Sua criação se dá por força da lei, estando prevista
no art. 14 da LDB, consubstanciada pela Portaria Ministerial N.º 2.896/2004 que cria o Programa
Nacional de Formação de Conselheiros Escolares (PNFCE), que tem como pilares a qualificação e
ações de fomento à implementação e fortalecimento dos Conselhos Escolares nas escolas públicas
brasileiras. Seus membros são eleitos dentre os pares que compõem a comunidade escolar e local,
por representantes dos vários segmentos da escola, a cada dois anos. Dessa forma, são eleitos
membros titulares e suplentes dos segmentos de Gestor Escolar, dos Discentes, dos Docentes,
dos Administrativos, dos Comunitários, dos Pais/Responsáveis por estudantes, dos Assessores
213
Pedagógicos dos setores da Semed (Sede e DDZs) e dos Assessores das Verbas Federais lotados
nas Divisões Distritais Zonais.
O GAFCE Municipal de Manaus se integra ao GAFCE Nacional, coordenado pela Secreta-
ria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. Essa integração possibilita a troca de
experiências dos nossos Conselhos Escolares com os de vários outros municípios da federação,
enriquecendo a discussão acerca do fazer desse grupo, que se reúne ordinariamente seguindo
calendário de reuniões e, extraordinariamente, sempre que necessário, para discutir encaminha-
mentos para as questões escolares (pedagógicas, administrativas, financeiras e de articulação com
a comunidade), para reforçar o papel de cada conselheiro no órgão colegiado e, assim, fomentar a
necessidade do cumprimento do preceito legal da gestão democrática do ensino nas escolas da rede.
Nessa discussão sobre a gestão democrática na escola, o GAFCE instrumentaliza os conselheiros
a melhor estabelecerem as necessidades e definirem as prioridades de cada unidade escolar. Para
isso, realizam-se encontros de formação (seminários distritais e oficinas de novos gestores), reuniões
de esclarecimentos, de planejamento coletivo por escola, e socialização de práticas exitosas. Ponto
de destaque é o acompanhamento in loco do dia D do planejamento dos conselhos escolares em
cooperação com os Assessores Pedagógicos e das Verbas Federais das Divisões Distritais Zonais
(DDZs).
1.3 Grêmio Estudantil
Objetivo geral: Promover o envolvimento dos estudantes no ambiente escolar, por meio do protago-
nismo infantojuvenil, esclarecendo os direitos e deveres, desenvolvendo ações para o fortalecimento
do processo educativo nas escolas e de representação dos estudantes nas decisões da Instituição
de Ensino, contribuindo de forma participativa na democratização da gestão escolar.
Objetivos específicos:
● Participar dos projetos que promovem o protagonismo infantojuvenil e o controle social;
● Realizar ações em prol de melhorias na escola no que se refere ao desempenho escolar e
ambiente físico;
● Fortalecer a gestão democrática por meio da representação dos estudantes na defesa dos
direitos e no cumprimento dos deveres.
Público-alvo: Estudantes do Ensino Fundamental: Anos Iniciais, Anos Finais, EJA (Educação
214
de Jovens e Adultos) e Escolas Indígenas.
Alcance: 354 Grêmios Estudantis e 123.368 estudantes (sendo 4.956 membros das dire-
torias).
Metodologia: O Grêmio Estudantil é um órgão de apoio institucional, sem fins lucrativos,
constituído pelos estudantes regularmente matriculados e frequentes da Escola, com duração por
tempo indeterminado, terá suas atividades regidas por Estatuto próprio aprovado em Assembleia
Geral.
A organização dos grêmios estudantis está amparada pela Lei Federal Nº 7.398, de 4 de no-
vembro de 1985, em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9394/96 (LDB),
com as metas 2 e 19 do Plano Nacional de Educação - PNE e o Regimento Geral das Unidades de
Ensino da Rede Pública Municipal de Manaus.
O Grêmio Estudantil integra a Gestão Democrática e Participativa da escola junto ao Con-
selho Escolar, propiciando ao segmento estudantil uma efetiva participação. Tem como finalidade o
exercício da cidadania e o desenvolvimento do protagonismo infantojuvenil, sem qualquer distinção
de raça, credo político ou religioso, orientação sexual ou quaisquer outras formas de discriminação,
estimulando o interesse dos estudantes na construção de soluções para os problemas da escola,
contribuindo para formar, assim, cidadãos conscientes dos direitos e deveres, participativos, éticos
e multiplicadores destes valores, sempre condizentes com a Constituição da República Federativa
do Brasil, promulgada em 1988.
No cumprimento de suas finalidades, o Grêmio Estudantil promoverá ações na área social,
da saúde, cultural, esportiva, educacional e política, podendo sugerir e/ou promover eventos, cur-
sos, debates, palestras, campeonatos, concursos e quaisquer outras atividades ligadas às suas
finalidades. Para tanto, poderá estabelecer parcerias que permitam a realização destas ações.
Organização do Grêmio Estudantil
O Grêmio está organizado em instâncias deliberativas:
I – Diretoria do Grêmio;
II - Assembleia Geral dos Estudantes;
III – Conselho Fiscal.
Todos os estudantes da escola são membros do Grêmio Estudantil, cabendo-lhes a escolha
215
de uma Diretoria representativa, elegendo-a por eleição direta ou por aclamação de chapa única
inscrita, sob orientação da Comissão Eleitoral.
O Estatuto Padrão dos Grêmios Estudantis apresenta a seguinte composição da Diretoria
do Grêmio Estudantil: Presidente; Diretor Financeiro; Diretor de Comunicação e Tecnologia; Diretor
Social e de Promoção à Saúde; Diretor de Esporte e Lazer; Diretor de Cultura e Arte; Diretor de
Cidadania, Política e Meio Ambiente, tendo para cada um dos cargos descritos acima a participação
de 01 Suplente.
A Assembleia Geral é o órgão máximo de decisão do Grêmio Estudantil e é composta por
todos os estudantes da escola, sendo reunida por meio de convocação.
O Conselho Fiscal é a instância encarregada de fiscalizar administrativa e financeiramente a
entidade, reunindo-se sempre que necessário, é composto pelo gestor escolar, um docente efetivo
e um responsável pelo estudante.
O Professor Coordenador é o docente da Escola responsável por apoiar e orientar os mem-
bros da Diretoria na articulação e diálogo com a gestão e comunidade escolar, visando a execução
das ações previstas em seu plano de trabalho.
A Escola que já possui Grêmio Estudantil constituído realizará, a cada biênio (02 anos), um
novo processo eleitoral para eleição da nova Diretoria. Este processo é orientado pelos Assessores
dos Grêmios nas DDZs e pela Coordenação dos Grêmios/DAGE.
1.3.1 Ações e projetos
1.3.1.1Grêmio PRÓ-SAEB
As Diretorias dos Grêmios Estudantis atuarão em cada Escola auxiliando à gestão escolar,
desenvolvendo ações de mobilização junto aos estudantes de 5º e 9º ano do Ensino Fundamental,
para participação dos mesmos nas estratégias desenvolvidas pelo Programa Educa+ Manaus:
● Sequência Didática;
● Simulados Quinzenais;
● 6º Tempo;
● Acompanhamento Familiar.
216
O Grêmio Estudantil poderá contribuir no incentivo aos estudos, divulgação das estratégias
(com destaque aos Simulados e avaliação ADE), monitoria, motivação a estudantes com baixo
rendimento, acompanhamento da frequência escolar, sensibilização aos colegas que estejam em
situação de infrequência e/ou faltas excessivas, respeitando as devidas especificidades.
Para tanto, os Grêmios elaborarão um Plano de Ação Pró-SAEB, registrando as atividades
previstas.
1.3.1.2 Busca ativa estudantil
Este Projeto coloca como necessidade a participação de todos em torno da defesa e asse-
guramento do direito à Educação. Nesse contexto, o Grêmio Estudantil mobiliza esforços junto ao
conjunto de atores já envolvidos com os procedimentos de busca ativa escolar.
Os Grêmios Estudantis propõem uma sequência de procedimentos que poderão ser adota-
dos por gestores, pedagogos/apoios pedagógicos, professores, assessores e demais parceiros em
cada Unidade de Ensino no combate ao abandono escolar, com os Grêmios Estudantis atuando no
suporte e como fator de mobilização junto à comunidade escolar.
Nessa linha, constituiu-se o projeto de atuação em Eixos de Atuação:
a) mobilização da comunidade escolar para fins de sensibilização quanto a importância
dos estudos, acompanhamento dos pais/responsáveis na frequência e vida escolar
dos estudantes;
b) incentivo, participação e solicitação de procedimentos relacionados à Busca Ativa de
estudantes infrequentes e/ou em situação de potencial abandono escolar;
c) acompanhamento da reintegração dos estudantes infrequentes ao ambiente escolar,
promovendo o acolhimento.
1.3.1.3 Oficina dos grêmios estudantis
Esta ação visa proporcionar o conhecimento aos gestores, professores, coordenadores e
gremistas sobre a Base Legal do Grêmio Estudantil, a atuação dos membros das diretorias, as ações
e projetos do Grêmio Estudantil.
217
Os assessores que acompanham os Grêmios Estudantis receberão pela Coordenação do
Grêmio da DAGE as orientações para a realização da Oficina, assim como os gestores e professo-
res coordenadores.
1.3.1.4 2º Ciberencontro municipal dos grêmios estudantis
O Encontro Municipal dos Grêmios em formato remoto visa consolidar a atuação dos Grêmios
Estudantis da Rede Municipal de Ensino, prevê a apresentação de resultados das ações desenvol-
vidas, práticas exitosas dos Grêmios Estudantis no apoio à Gestão Escolar e atrações musicais.
Os assessores que acompanham os Grêmios Estudantis serão orientados e farão a mobili-
zação e organização junto aos gestores e professores coordenadores para a efetivação do Encontro
sob orientação da Coordenação dos Grêmios Estudantis.
1.4 Programas Federais - Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)
1.4.1 PDDE Básico
Objetivo geral: Contribuir para a manutenção e melhoria da infraestrutura física e pedagógica
das escolas da rede municipal de educação, com a consequente elevação do desempenho escolar.
Objetivo específico: Incentivar a autogestão escolar e o exercício da cidadania com a par-
ticipação da comunidade no controle social.
Público-alvo: Comunidade escolar.
Alcance: 501 Escolas Municipais (Creches, CMEI’s, CIME’s, Ensino Fundamental Anos Ini-
ciais e Finais) para o atendimento de 246.168 estudantes.
Metodologia: O Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, criado no ano de 1995, co-
nhecido como PDDE Básico, atualmente é regido pela Resolução CD/FNDE/MEC nº 15, de 16 de
setembro de 2021. Esta resolução dispõe sobre as orientações para o apoio técnico e financeiro,
fiscalização e monitoramento na execução do Programa, em cumprimento ao disposto na Lei nº
11.947, de 16 de junho de 2009.
218
O PDDE possui caráter suplementar baseado no planejamento participativo em apoio à gestão
escolar e consiste na destinação anual de recursos financeiros repassados às entidades partici-
pantes, liberados nas categorias de Custeio e Capital: Custeio (destinadas à aquisição de materiais
de consumo e à contratação de serviços para funcionamento e manutenção da escola) e Capital
(destinadas a cobrir despesas com aquisição de material permanente de grande durabilidade que
resultem em reposição ou elevação patrimonial, obrigatórios de serem tombados para o patrimônio
do município de acordo com a vinculação administrativa da escola).
FINALIDADES DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS:
• Na implementação de projetos pedagógicos;
• No desenvolvimento de atividades educacionais;
• Na avaliação de aprendizagem;
• Na aquisição de material de consumo necessário ao funcionamento da escola;
• Na aquisição de material permanente, quando receberem recursos de capital;
• Na realização de pequenos reparos, adequações e serviços necessários à manutenção,
conservação e melhoria da estrutura física da unidade escolar;
• No custeio de despesas cartorárias (alterações de estatutos das UEx ou recomposição de
membros).
IMPEDIMENTOS PARA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS:
• Pagamento pessoal com ou sem vínculo empregatício (Ex.: contador, secretária);
• Implementação de ações que já sejam financiadas por outros programas executados pelo
FNDE (PNLD; PNAE; PNATE etc.);
• Despesas de manutenção predial como: aluguel, telefone, água, luz e esgoto;
• Passagens e diárias;
• Combustíveis, materiais para a manutenção de veículos e transportes para atividades admi-
nistrativas;
219
• Flores, festividades, comemorações, coquetéis, recepções, prêmios, presentes etc.;
• Edificação e ampliação de áreas construídas;
• Pagamentos de tarifas bancárias e de tributos não incidentes sobre os bens e serviços con-
tratados;
• Despesas de qualquer espécie que caracterizem auxílio assistencial ou individual (uniforme,
material escolar etc.);
• Pagamento, por serviços prestados, a militar ou a servidor público da ativa, ou empregado
de empresa pública ou de sociedade de economia mista.
CONDIÇÕES PARA RECEBER OS RECURSOS DO PDDE:
Entidade Executora (EEx): para receber os recursos do PDDE, a EEx, além de ter feito a
adesão ao Programa, por meio do Sistema PDDEWeb, deve estar adimplente com as prestações
de contas de recursos do PDDE recebidos em anos anteriores.
Unidade Executora (UEx): para receber os recursos do PDDE e das Ações Integradas, a
UEx deve:
● Sendo uma nova UEx, realizar o cadastro no Sistema PDDEWeb;
● Sendo uma UEx que já possui cadastro no Sistema PDDEWeb, realizar, quando necessário, a
atualização dos dados da entidade, do domicílio bancário e do percentual que deseja receber
nas categorias econômicas de custeio e de capital;
● Estar com o mandato do dirigente da UEx vigente no ano de repasse. O mandato deve estar
dentro do prazo de validade tanto no Sistema PDDEWeb;
● Atualização cadastral atualizada na agência bancária;
● Estar adimplente com as prestações de contas de recursos do PDDE e das Ações Integradas
recebidos em anos anteriores; e
● Regularidade com a Receita Federal.
Atenção! Quando a entidade gestora apresenta um ou mais fatores impeditivos, é impor-
tante que eles sejam solucionados até a data de 31.10 (31 de outubro) do exercício em curso,
220
para que a escola esteja apta a receber os recursos do PDDE e Ações Integradas previstos para o
exercício corrente.
1.4.2 PDDE Inovação Educação Conectada
Objetivo geral: Apoiar a universalização do acesso à internet em alta velocidade e fomentar
o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica.
Objetivos específicos:
• Auxiliar que o ambiente escolar esteja preparado para receber a conexão de internet;
• Destinar aos professores a possibilidade de conhecerem novos conteúdos educacionais;
• Proporcionar aos estudantes o contato com as novas tecnologias educacionais.
Público-alvo: Aproximadamente 236.665 estudantes e 10.000 professores das escolas da
Rede Municipal de Manaus.
Alcance: 482 escolas municipais.
Metodologia: As metodologias e ferramentas devem estar a serviço de uma reorganização
de currículos, práticas pedagógicas, tempos e espaços, com a intenção de romper com práticas
pedagógicas conservadoras, repetitivas e acríticas.
A educação inovadora deve formar jovens e crianças para desenvolverem “competências
cognitivas, pessoais e sociais que não se adquirem da forma convencional e que exigem proativi-
dade, colaboração, personalização e visão empreendedora [em cenários de rápida transformação]”.
Neste cenário de inovação na educação brasileira, este módulo apresenta, além do histó-
rico de políticas e programas do MEC relacionados à tecnologia na educação, a teoria Quatro em
Equilíbrio (Four in Balance)², segundo a qual o sucesso de políticas de tecnologias da informação
e da comunicação (TICs) para a educação depende do equilíbrio entre quatro dimensões: visão,
competências/formação, recursos educacionais digitais e infraestrutura, conforme descritos abaixo:
• Visão - Orienta o programa e estimula os entes a planejarem a inovação e a tecnologia, com
elementos transformadores da educação;
221
• Formação - Garantem que os profissionais estejam preparados para implementar o programa,
incorporar e utilizar componentes tecnológicos na sala de aula;
• Recursos Educacionais Digitais - Reúne os recursos educacionais de qualidade para uso
em sala de aula e cria um banco de tecnologias educacionais e de avaliadores em tecnologias;
• Infraestrutura - Investe na ampliação do acesso, na conectividade e na aquisição da infraes-
trutura interna nas escolas públicas para melhorar a qualidade do ensino.
1.4.3 PDDE Escola e Comunidade (PROEC)
Objetivo geral: Promover a parceria entre escola, família e comunidade por meio de projetos
de formação, que favoreçam a cidadania, a cultura de paz, a gestão democrática e a melhoria da
qualidade da educação pública brasileira.
Objetivos específicos:
• Fortalecer a articulação da escola com a família e a comunidade;
• Estimular projetos de formação que promovam o desenvolvimento pleno de estudantes,
famílias e comunidades;
• Promover ações que valorizem e potencializem a participação da família e da comunidade
nos processos educativos dos estudantes e na construção do seu projeto de vida;
• Fomentar ações de fortalecimento da gestão democrática, qualificando a atuação dos con-
selheiros escolares e garantindo a participação efetiva das comunidades escolar e local;
• Promover ações que ampliem o acesso às informações educacionais e financeiras das es-
colas públicas, fortalecendo o controle social;
• Incentivar o intercâmbio de experiências educacionais entre as instituições de ensino com
foco no desenvolvimento integral dos estudantes;
• Contribuir para a consecução das metas do Plano Nacional de Educação - PNE;
222
• Contribuir para a consecução das premissas da Base Nacional Comum Curricular - BNCC,
no que se refere prioritariamente à formação integral dos estudantes.
Público-alvo: Estudantes; Familiares/Comunidade; Membros do Conselho Escolar e Profis-
sionais da educação.
Perspectiva de alcance: Unidades escolares da Rede Municipal (realizaram Adesão Ciclo:
2024/2025): 162.
Projetos de Formação encaminhados ao MEC com alcance para o público-alvo:
● Estudantes do Ensino Básico: Anos Iniciais e Finais: 59.268.
● Familiares/Comunidade: 45.701.
● Profissionais da Educação: 5.375.
● Total de Participantes: 110.344.
Metodologia: Os projetos de formação serão compostos por ações promotoras da educação
integral dos estudantes, realizados em estrita colaboração com a família, os profissionais da educa-
ção e a comunidade, devendo abranger temas contemporâneos transversais, e poderão promover
a pesquisa científica, as práticas culturais, artísticas, esportivas, de lazer e brincar, tecnologias da
comunicação e informação, da cultura de paz e dos direitos humanos, da aprendizagem baseada
na relação direta com a natureza e na preservação do meio ambiente e na promoção de práticas
de cuidado e saúde integral bem como demandas emergenciais da sociedade.
A escola que for selecionada pelo seu respectivo sistema de ensino deverá elaborar, em
parceria com o Conselho Escolar e a Unidade Executora Própria - UEx, seu Projeto de Formação
de acordo com as orientações e os prazos estabelecidos pela Secretaria de Educação Básica do
Ministério da Educação - SEB/MEC.
Os recursos financeiros serão depositados em conta bancária específica aberta pelo FNDE,
em nome de cada UEx representativa das escolas participantes, na mesma agência bancária de-
positária dos recursos do PDDE. Os repasses financeiros integrarão a ação denominada PDDE
Qualidade e a destinação PDDE Escola e Comunidade, para fins de operacionalização e monito-
ramento pelo FNDE.
223
1.4.4 PDDE Cantinho da leitura
Objetivo geral: Apoiar as salas de alfabetização das escolas, viabilizando a instalação de
espaço planejado de incentivo às práticas de leitura apropriados à faixa etária, ao contexto sociocul-
tural, ao gênero e ao pertencimento étnico-racial dos estudantes, em contribuição à Política Nacional
Compromisso Criança Alfabetizada.
Objetivo específico:
• Implementar o ambiente de aprendizado nas escolas, impulsionando a alfabetização,
o estímulo à leitura e o desenvolvimento infantil;
• Apoiar o professor na promoção de interações entre as crianças, entre as crianças e
os adultos, e entre as crianças e os livros;
• Possibilitar a aproximação da criança com a leitura, construindo o hábito e gosto pela
leitura, ampliando a competência leitora das crianças no processo de alfabetização.
Público-alvo: Estudantes matriculados no Ensino Fundamental, prioritariamente, turmas de
1º e 2º Ano e salas multisseriadas.
Alcance: 278 unidades de ensino e 49.117 estudantes a serem atendidos.
Metodologia: O Programa Cantinho da Leitura faz parte do Compromisso Nacional da Criança
Alfabetizada - CNCA, Decreto 11.556 de 12/06/2023, nova Política Nacional de Alfabetização, lan-
çada pelo Ministério da Educação - MEC em 2023, que visa subsidiar ações concretas dos estados,
municípios e Distrito Federal para a promoção da alfabetização de todas as crianças do país.
O Programa faz parte da implementação das ações do Eixo Melhoria e Qualificação da In-
fraestrutura Física e Pedagógica, do CNCA, sendo viabilizada por meio do Programa Dinheiro Direto
na Escola - PDDE, para a instalação de espaços de incentivo a práticas de leitura nas salas de aula
em turmas de 1º e 2º Anos, em escolas públicas de Ensino Fundamental.
No primeiro momento, o MEC realiza a pré-seleção das escolas públicas consideradas ele-
gíveis, com matrículas de alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, prioritariamente do 1º e
2º Anos, apuradas pelo Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira – INEP, do ano anterior ao do repasse.
Após confirmação da seleção das escolas no SIMEC, é necessário registrar a confirmação
224
do interesse no Sistema PDDE Interativo, na data pré-estabelecida. Nessa fase, as escolas preen-
chem o Plano da Ação da aquisição de custeio e capital para instalação do espaço.
A verba a ser recebida servirá para aquisição do mobiliário necessário à instalação do espa-
ço de incentivo à leitura em salas de aulas, apropriado à faixa etária, ao contexto sociocultural, ao
gênero e ao pertencimento étnico-racial dos estudantes, de acordo com as normas do Compromisso
Nacional Criança Alfabetizada.
1.4.5 PDDE Sala de Recursos Multifuncionais
Objetivo geral: Equipar salas de recursos multifuncionais e bilíngues de surdos ao atendimen-
to educacional especializado, visando à aquisição ou adequação de itens que compõem essas salas.
Objetivos específicos:
• Oferecer atendimento especializado aos estudantes especiais matriculados em salas do
ensino regular.
Público-alvo: Estudantes do público da Educação Especial matriculados em salas comuns
ou escolas com estudantes surdos; ou escolas especializadas (incluindo as escolas bilíngues de
surdos) identificadas no Censo Escolar do ano anterior ao do atendimento.
Alcance: 222 escolas (Creches, CMEIs e Ensino Fundamental, séries iniciais e finais) foram
contempladas com recurso via PDDE.
Metodologia: A adesão é realizada em 02 (duas) etapas: a primeira, através da Secretaria
Municipal de Educação (EEx), por meio do Sistema PDDE Interativo, com a indicação das escolas
que estarão aptas a aderir ao Programa; a segunda etapa, através das Unidades Executoras (UEx)
representativas das escolas indicadas pela EEx, por meio da elaboração do Plano de Atendimento
PDDE Interativo.
Somente serão válidas as adesões das EEx preenchidas e enviadas ao MEC por meio do
PDDE Interativo.
A indicação de escolas pelas EEx será realizada a partir de lista prévia de escolas, elabo-
rada pela SEMESP/MEC, considerando os limites orçamentários previstos para o período e ainda
os seguintes critérios:
• Escola com matrículas de estudantes do público da Educação Especial ou escolas com
225
estudantes surdos; ou escolas especializadas (incluindo as escolas bilíngues de surdos)
identificadas no Censo Escolar do ano anterior ao do atendimento, realizado pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação
– Inep/MEC;
• No termo de adesão, a EEx deverá declarar que a escola indicada possui espaço físico
adequado, destinado para a utilização dos materiais pedagógicos e equipamentos;
• Contar com a presença de no mínimo um profissional com formação inicial ou continuada
em Educação Especial, para coordenar o atendimento educacional especializado na referida
escola; ou profissional com formação inicial ou continuada em educação bilíngue libras-língua
portuguesa para coordenar o atendimento educacional bilíngue na referida escola.
As escolas com os recursos recebidos poderão equipar uma ou mais salas de recursos
multifuncionais específicas ou bilíngues de surdos, em face das especificidades do público que
a escola atende. Poderão participar escolas que já foram contempladas pelo Programa Sala de
Recursos Multifuncionais em anos anteriores e escolas que ainda não tenham sido contempladas.
Após o recebimento, análise e aprovação dos Planos de Atendimentos, a SEMESP/MEC
encaminhará a lista das escolas ao FNDE, com vistas à adoção dos procedimentos operacionais e
financeiros necessários aos repasses dos recursos às respectivas UEx.
As eventuais alterações no Plano de Atendimento, as circunstâncias e os fatos motivadores
admitidos deverão ser objeto de registro em atas a serem anexadas nas respectivas prestações de
contas a serem submetidas à EEx.
Monitoramento: O monitoramento do Programa nas UEx será realizado via PDDE Intera-
tivo, por meio da elaboração de Relatórios de Execução das Atividades, nos quais as UEx deverão
informar dados sobre a implementação do Plano de Atendimento da Escola.
1.4.6 PDDE Escola do campo
Objetivo geral: Destinar recursos financeiros às escolas municipais localizadas na zona rural
(campo, indígenas e quilombolas) para a adequação e benfeitoria na infraestrutura física dessas
unidades, necessárias à realização de atividades educativas e pedagógicas voltadas à melhoria da
qualidade do ensino e à elevação do desempenho escolar.
Público-alvo: Comunidade Escolar
226
Alcance: 06 Escolas municipais (Ensino Fundamental, Anos Iniciais e Finais) para o atendi-
mento de 259 estudantes do Campo e Indígena.
Metodologia:
Critérios de recebimento do recurso:
• Tenha declarado no Censo Escolar do ano anterior ao do repasse de recursos;
• Unidade Escolar funcionará em prédio próprio;
• Unidade Escolar possuir Unidade Executora Própria - UEx;
• Enviar à Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação do Ministério da Educação -
Semesp/MEC os documentos (Termo de Declaração e Compromisso, Plano de Atendimento,
Ata da reunião e Fotos do local).
Condições para a liberação e uso dos recursos:
Para garantir o atendimento, em conformidade com a dotação orçamentária e a disponibili-
dade financeira, será necessário que as UEx representativas das escolas selecionadas elaborem
seus Planos de Atendimento, acompanhados de anexos, contendo:
1. Termo de Declaração e Compromisso;
2. Ata da Reunião;
3. Plano de Aplicação;
4. Relatório Fotográfico, contendo no mínimo 3 (três) fotos e, no máximo, 5 (cinco) dos locais onde
serão feitos os investimentos.
Onde empregar os recursos:
De acordo com o Art. 7º da Resolução nº 5 de abril/2021, os recursos deverão ser em-
pregados na contratação de mão de obra para realização de reparos e/ou pequenas ampliações,
e cobertura de outras despesas, que favoreçam a manutenção, conservação e melhoria de suas
instalações, bem como na aquisição de mobiliário escolar e na concretização de outras ações que
concorram para a elevação do desempenho escolar.
Planejamento: O planejamento reflete as decisões tomadas em conjunto com a Comuni-
dade Escolar. Portanto, deve:
227
• Reunir com a comunidade escolar para definir o Plano de Atendimento;
• Registrar em Ata as ações prioritárias a serem realizadas, sendo posteriormente assinada
por todos os participantes;
• Registro fotográfico que evidencie as ações durante o período de execução.
Monitoramento: Será realizado por meio do envio de fotos (relatório fotográfico) à SEMESP/
MEC, comprovando a implementação do Plano de Atendimento na fase inicial, intermediária e
final. O monitoramento será de responsabilidade das SEMESP/MEC, FNDE e Secretarias.
Papel da comunidade escolar na gestão dos recursos:
Participar ativamente da elaboração do Planejamento e execução dos recursos para atestar
se estão sendo empregados em conformidade com o Plano de Trabalho, verificando a qualidade
dos serviços.
1.4.7 PDDE Água na escola e esgotamento sanitário
Objetivo geral: Destinar recursos financeiros às escolas municipais localizadas na zona rural
(campo, indígenas e quilombolas) para garantir o abastecimento de água em condições apropriadas
ao consumo e o esgotamento sanitário nas unidades escolares beneficiadas.
Público-alvo: Comunidade Escolar
Alcance: 04 Escolas municipais (Ensino Fundamental Anos Iniciais) para o atendimento de
121 estudantes da zona rural.
Metodologia:
Critérios de recebimento do recurso:
• Tenha declarado no Censo Escolar do ano anterior ao do repasse de recursos;
• Unidade Escolar funcionará em prédio próprio;
• Unidade Escolar possuir Unidade Executora Própria - UEx;
228
• Enviar à Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação do Ministério da Educação -
Semesp/MEC os documentos (Termo de Declaração e Compromisso, Plano de Atendimento,
Ata da reunião e Fotos do local).
Condições para a liberação e uso dos recursos:
Para garantir o atendimento, em conformidade com a dotação orçamentária e a disponibilidade
financeira, será necessário que as UEx representativas das escolas selecionadas elaborarem seus
Planos de Atendimento, acompanhados de anexos contendo:
1. Termo de Declaração e Compromisso;
2. Ata da Reunião;
3. Plano de Aplicação;
4. Relatório Fotográfico, contendo no mínimo 3 (três) fotos e, no máximo, 5 (cinco) dos locais
onde serão feitos os investimentos.
Onde empregar os recursos:
Considerando o Art. 7º, resolução 2 de abril/2021, os recursos deverão ser empregados na
aquisição dos itens e materiais relacionados no Guia de Orientações disponibilizado pela Semesp/
MEC, para a elaboração do Plano de Atendimento ou na contratação de serviços de reforma de ba-
nheiro, de mão de obra voltada à construção de poços, cisternas, fossa séptica ou outros que visem
a assegurar o provimento contínuo de água adequada ao consumo humano e esgotamento sanitário.
Planejamento:
O planejamento reflete as decisões tomadas em conjunto com a Comunidade Escolar.
Portanto, deve:
• Reunir com a comunidade escolar para definir o Plano de Atendimento;
• Registrar em Ata as ações prioritárias a serem realizadas, sendo posteriormente assinada
por todos os participantes;
• Registro fotográfico que evidencie as ações durante o período de execução.
229
Monitoramento:
Será realizado por meio do envio de fotos (relatório fotográfico) à SEMESP/MEC, compro-
vando a implementação do Plano de Atendimento na fase inicial, intermediária e final, sendo que o
monitoramento será de responsabilidade da SEMESP/MEC, FNDE e Secretarias.
Papel da comunidade escolar na gestão dos recursos:
Participar ativamente da elaboração do Planejamento e execução dos recursos para atestar
se estão sendo empregados em conformidade com o Plano de Trabalho, verificando a qualidade
dos serviços.
1.4.8 PROGRAMA ESCOLA DAS ADOLESCÊNCIAS
Objetivo geral: Desenvolver processos para a melhoria contínua da qualidade social da
oferta dos Anos Finais do Ensino Fundamental, dos resultados de aprendizagem dos estudantes e da
equidade educacional, elementos precípuos na construção de trajetórias escolares bem-sucedidas.
Objetivos específicos:
• Implementar ações para assegurar o direito à aprendizagem dos estudantes dos Anos
Finais do Ensino Fundamental e a construção de trajetórias escolares bem-sucedidas;
• Promover medidas para o aprimoramento da organização curricular e pedagógica dos Anos
Finais do Ensino Fundamental, com foco na ampliação e aprofundamento dos letramentos
nas diferentes áreas do currículo dos anos finais do Ensino Fundamental;
• Desenvolver estratégias para fortalecer o regime de colaboração, a gestão escolar, a for-
mação de profissionais da educação e o protagonismo estudantil, com foco no desenvol-
vimento integral dos estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental.
Público-alvo: Estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º).
Alcance: 34 Escolas Municipais (Ensino Fundamental Anos Finais) para o atendimento de
3.386 estudantes.
Metodologia: O Programa Escola das Adolescências, instituído, pela Portaria nº 635, de 10
230
de julho de 2024/Ministério da Educação - MEC. Este ato administrativo dispõe sobre os princípios,
diretrizes, objetivos, bem como as estratégias de implementação do programa e seus eixos estru-
turantes.
O referido programa tem o apoio da União, de natureza supletiva e redistributiva, que ocorre
mediante ações de assistência técnica e financeira com observância aos princípios, aos objetivos
e às diretrizes definidas na Portaria.
FINALIDADES DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS:
• Os recursos destinados ao financiamento das ações no âmbito do eixo organização curricu-
lar e pedagógica serão repassados às UEx representativas das escolas participantes para a
cobertura de despesas de custeio e capital.
• O valor a ser destinado a cada UEx visa atender ao turno com o maior número de turmas
com o público-alvo dos Anos Finais;
• O valor de repasse anual, considerando UEx com o quantitativo de uma a nove turmas de
Anos Finais no turno com o maior número de turmas, será de R$ 1.300,00 (mil e trezentos
reais) por turma; e II - o valor de repasse anual, considerando UEx com o quantitativo de
dez turmas ou mais no turno com o maior número de turmas, será de R$ 13.000,00 (treze
mil reais) no total;
• O percentual destinado a despesa de custeio, deverá ser de 70% (setenta por cento), e para
a despesa de capital, deverá ser correspondente a 30% (trinta por cento), da totalidade da
parcela.
• O recurso para despesa de custeio deverá ser utilizado em:
I - aquisição de recursos didático-pedagógicos para a diversificação de insumos adequados
ao desenvolvimento de clubes de letramentos (científico, matemático, literário e de ação
comunitária);
II - recursos didático-pedagógicos para o desenvolvimento de atividades e intervenções pe-
dagógicas adequadas à progressão de aprendizagens, junto aos estudantes de Anos Finais.
• O recurso recebido para despesa de capital deverá ser utilizado em:
I - aquisição de equipamentos necessários à instalação de espaços de incentivo ao desenvol-
vimento de clubes de letramentos (científico, matemático, literário e de ação comunitária); e
231
II - espaços de apoio ao reagrupamento com foco na progressão de aprendizagens de es-
tudantes com defasagem de aprendizagem em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências
da Natureza.
CONDIÇÕES PARA RECEBER OS RECURSOS DO PROGRAMA:
As escolas públicas de Anos Finais que forem selecionadas devem atender aos critérios a
seguir:
● Possuir Unidades Executoras Próprias - UEx;
● Aderir ao Programa Escola das Adolescências;
● Confirmar o interesse em receber o recurso financeiro em instrumento disponibilizado
pelo Ministério da Educação;
● Elaborar um Plano de Ação em módulo específico do PDDE Interativo, e este por sua
vez, deverá ser coerente com a política educacional da Rede de Ensino e com o projeto
pedagógico da unidade escolar;
● Constar matrículas de alunos do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental, apuradas
pelo Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira - Inep do ano anterior ao do repasse.
Obs.: O encaminhamento das informações pela UEx é condição necessária para autorização
dos novos repasses no âmbito do Programa Escola das Adolescências, sendo assim, o preenchi-
mento do Plano de Ação confirma o interesse de participação da escola.
Monitoramento:
O monitoramento deverá respeitar os prazos e o cronograma divulgados pelo Ministério da
Educação, no endereço eletrônico https://www.gov.br/mec/pt-br. A monitoração da implementação
dos atos e iniciativas constantes do Plano de Ação será realizada de maneira informatizada, por
meio do Sistema PDDE Interativo.
Em caso de necessidade de ajustes no Plano de Ação, as alterações deverão ser justificadas
em ata e apresentadas na prestação de contas a ser encaminhada à EEx.
232
O formulário de monitoramento inclui:
● Informações sobre o acompanhamento da proposta de ação pactuada no Plano de
Ação;
● Utilização dos recursos repassados;
● Execução das ações planejadas;
● Os ajustes realizados pela unidade escolar (caso haja).
Obs.: O preenchimento do módulo específico de monitoramento é condição necessária para rece-
bimento de parcelas em exercícios seguintes.
1.5 Núcleo de Parcerias Institucionais (NUPI)
Objetivo geral: Estabelecer parcerias/convênios com instituições públicas e privadas para
desenvolver ações pedagógicas e socioeducativas.
Objetivo específico: Contribuir para melhoria da prática pedagógica realizada pela Secre-
taria Municipal de Educação, por meio de uma rede de parcerias, refletindo no processo de ensino
aprendizagem.
Público-alvo: Comunidade Escolar (Estudantes, Pais/Responsáveis, Professores, Pedago-
gos e Gestores)
Alcance: Unidades Escolares e Departamentos da Secretaria Municipal de Educação.
Metodologia: Realizar visita técnica nas Instituições, Divisões Distritais Zonais e escolas para
implementação dos projetos nas Unidades de Ensino. O NUPI realizará orientações pertinentes à
formalização do Termo de Cooperação Técnica, às instituições parceiras, de acordo com metas e as
parcerias que o núcleo almeja estabelecer e gerenciar, buscando identificar e avaliar as instituições
interessadas, e a influência da instituição na sociedade, para assim mapear demandas e executar
as atividades relacionadas às parcerias de forma estruturada.
1.5.1 Projetos e ações:
1.5.1.1 Escola em Paz
233
Objetivo geral: Implementar a cultura de paz nas escolas, por meio da metodologia da Justiça
Restaurativa, aplicando os Círculos de Construção de Paz.
Público-alvo: Estudantes da Rede Municipal de Ensino do Ensino Fundamental - Anos Ini-
ciais e Finais.
Parceria: Ministério Público do Amazonas.
Metodologia: A Divisão Distrital Zonal (DDZ) realiza a seleção das unidades participantes.
Após a seleção das unidades escolares, a equipe de facilitadores da Justiça Restaurativa realiza
contato com a equipe diretiva das escolas para compartilhar orientações pertinentes à realização
da ação proposta.
A metodologia da Justiça Restaurativa será aplicada ao grupo de discentes indicados pela
gestão da unidade, alinhado ao cronograma da proposta pedagógica da escola.
1.5.1.2 Saúde mental na escola
Objetivo geral: Sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância dos cuidados com
a saúde mental.
Público-alvo: Estudantes da Rede Municipal de Ensino do Ensino Fundamental - Anos Ini-
ciais e Finais.
Parceria: Faculdade Estácio do Amazonas.
Metodologia: A Divisão Distrital Zonal (DDZ) realiza a seleção das unidades escolares parti-
cipantes. Após a seleção das escolas, a equipe responsável (NUPI e Instituição Parceira) realiza o
contato com a gestão escolar para compartilhar orientações pertinentes à realização da ação pro-
posta. O projeto Saúde Mental na Escola é aplicado ao grupo de discentes indicados pela gestão
da unidade, alinhado ao cronograma da proposta pedagógica da escola. São realizadas palestras,
rodas de conversa e escuta empática dos estudantes. A ação é conduzida pelos acadêmicos e pre-
ceptores do Curso de Psicologia da Faculdade Estácio do Amazonas e acompanhada pela equipe
do Núcleo de Parcerias Institucionais (NUPI).
1. 5.1.3 Justiça restaurativa nas escolas
Objetivo geral: Implementar a cultura de paz nas escolas, por meio da metodologia da Justiça
Restaurativa, promovendo cursos de capacitação nas unidades escolares.
234
Público-alvo: Equipe Escolar
Parceria: Tribunal de Justiça do Amazonas.
Metodologia: A Divisão Distrital Zonal (DDZ) irá realizar a seleção das unidades participantes.
Após a seleção das escolas, a equipe responsável (NUPI e Instituição Parceira) realizará o contato
com a gestão escolar para compartilhar orientações pertinentes à realização da ação proposta. O
projeto Justiça Restaurativa nas Escolas é aplicado ao grupo de profissionais indicados pela gestão
da unidade, alinhado ao cronograma da proposta pedagógica da escola. Serão realizadas palestras,
rodas de conversa e orientações pertinentes a temática. A ação é conduzida pelos instrutores do
Núcleo de Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) e acompanhada pela
equipe do Núcleo de Parcerias Institucionais (NUPI).
1.6 Coaching na Educação
Objetivo geral: O programa tem por objetivo oportunizar aos professores e estudantes, exer-
cícios emocionais que promovam o bem-estar, empatia e autorresponsabilidade dentro das unidades
de ensino. Promovendo assim a alta performance emocional na vida pessoal e profissional, bem
como, o atingimento das metas e objetivos macros da Secretaria de educação.
Objetivos específicos:
• Criar sinapses de engajamento, proatividade e resiliência no ambiente de trabalho/estudo;
• Promover mudança de comportamento dentro das unidades de ensino, bem como, nos se-
tores pedagógicos e administrativos da secretaria municipal de educação.
Público-alvo: Professores, estudantes e servidores municipais.
Alcance: 10 escolas e demais setores.
Metodologia: Através de ferramentas e exercícios exclusivos do Método Coaching Integral
Sistêmico - METODO CIS.
1.7 Vumbora EJA
Objetivo geral: Estimular a prática de hábitos saudáveis no cotidiano escolar, comunitário e
domiciliar, com foco na saúde física e mental.
235
Objetivos específicos:
• Incentivar hábitos saudáveis;
• Direcionar ações práticas de cultura regional e lazer;
• Proporcionar atividades socioeducativas.
Público-alvo: Estudantes e profissionais das unidades escolares que funcionam com a EJA
na Rede Pública Municipal de Ensino de Manaus.
Alcance: Atingir 100% das escolas da Rede Municipal de Ensino que atendem a modalidade
EJA.
Ação integrada: GEJA - CEMASP - CEMEAPI - PROJOVEM - DDZs e ESCOLAS
Metodologia:
• Dia do Movimento Pró-Saúde e Cultural na EJA
Será um dia por mês, na última semana, para acontecerem ações que promovam a qualidade de
vida ou a cultura regional nas escolas, visando um momento agradável onde o protagonismo dos
estudantes seja valorizado.
Público-alvo: Comunidade Escolar da EJA
Monitoramento: Via Google Forms.
• Concursos:
Solta a voz parente - será um concurso cultural de canto, voltado para a difusão musical
interpretadas por estudantes e servidores da Educação de Jovens e Adultos da Rede Municipal de
Ensino. O intuito da ação é fortalecer a cultura popular, dar destaque e promover talentos, além de
democratizar a cena artística, enriquecendo a cultura do canto e suas diversas expressões.
Público-alvo: Comunidade Escolar da EJA.
Tô brocado - será um concurso que visa promover o talento, a cultura, a criatividade, regio-
nalização e incentivar os (as) manipuladores (as) de alimentos das escolas da Rede Pública Muni-
cipal de Ensino, a ter suas preparações culinárias desafiadas a inovar nas formas de produção da
merenda escolar.
Público-alvo: Manipuladores de alimentos das escolas
236
Os concursos terão seu formato ampliado, atendendo 100% das escolas que atuam na EJA,
sendo divididos em 8 etapas (7 classificatórias por DDZ e 1 final com os campeões das etapas
anteriores).
1. 8 Circuito do Saber Pró-SAEB 2.0
Objetivo geral: Integrar estudantes, família e escola por meio de atividades pedagógicas,
físicas, artísticas, culturais e de cidadania no espaço democrático da escola visando fortalecer o
acompanhamento familiar.
Objetivos específicos:
• Realizar atividades integradoras, práticas pedagógicas, físicas, artísticas e culturais em
escolas das DDZ’s;
• Realizar atividades com estratégias diversificadas nos componentes curriculares de Língua
Portuguesa e Matemática;
• Fortalecer o acompanhamento familiar a partir da participação nas atividades desenvolvidas.
Público-alvo: Estudantes de ensino fundamental, 5º e 9º ano de toda a Rede Municipal e
pais ou responsáveis.
Alcance: Todas as escolas que possuem 5º e 9º ano da Rede Municipal de Ensino devem
participar das atividades, que serão desenvolvidas voltadas para o atendimento aos estudantes
e atendimentos aos pais ou responsáveis, separadamente. As escolas devem adaptar as ações
conforme sua realidade.
Ação integrada:
CEMASP - GACPE - NUPI - Coaching na Educação
Metodologia:
• Atendimentos aos estudantes:
O atendimento aos estudantes é dividido em dois momentos: Momento aprendizagem e
Momento movimento.
Momento aprendizagem: Envolve a realização de aulas dinâmicas com atividades pedagógicas
diferenciadas seguindo os conteúdos pré-estabelecidos nas sequências didáticas produzidas pela
Divisão de Ensino Fundamental (DEF) para os anos de ensino que as possuem e os conteúdos do
237
Currículo Escolar de Manaus que estejam sendo trabalhados em sala de aula no período da ação
para as demais.
Momento Movimento: Englobam atividades pedagógicas, físicas, esportivas, artísticas e cul-
turais. Tais atividades devem compor o modal de desporto educacional, onde as atividades possuem
intencionalidade pedagógica.
Como exemplo, circuito motor, que envolva atividades de desenvolvimento da lateralidade,
concentração, raciocínio lógico, trabalho em equipe, entre outros.
• Atendimento aos pais ou responsáveis
O atendimento aos pais ou responsáveis é realizado por meio de atividades como palestras,
rodas de conversa, apresentações teatrais entre outras.
O monitoramento das ações será realizado pela GIDE.
Luiz Antônio de Oliveira Jacinto
Chefe da Divisão de Apoio à Gestão Escolar - DAGE
[email protected]
238
Referências
BRASIL. Decreto nº 11.556, de 12 de junho de 2023. Institui o Compromisso Nacional Criança
Alfabetizada. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 12 jun. 2023.
BRASIL. Decreto nº 9.669, de 11 de julho de 2008. Cria o Conselho Escolar. Diário Oficial da
União: seção 1, Brasília, DF, 11 jul. 2008.
MANAUS. Decreto nº 2.682, de 26 de dezembro de 2013. Dispõe sobre o regimento interno da
Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e dá outras providências. Diário Oficial do Município:
seção 1, [Cidade], 26 dez. 2013.
MANAUS. Portaria nº 0322/2023-SEMED/GS, de 16 de fevereiro de 2023. Institui o Dia D para
constituição dos Grêmios Estudantis. Diário Oficial do Município: seção 1, Manaus, 16 fev. 2023.
MANAUS. Portaria nº 635, de 10 de julho de 2024. Institui o Programa das Adolescências
(PDDE). Ministério da Educação (MEC) / Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE). Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 10 jul. 2024.
BRASIL. Decreto nº 9.204, de 23 de novembro de 2017. Cria o Programa de Inovação de
Educação. Ministério da Educação (MEC) / Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE). Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 23 nov. 2017.
BRASIL. Portaria nº 264, de 1º de abril de 2024. Institui o Programa Escola e Comunidade. Mi-
nistério da Educação (MEC) / Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Diário
Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 1 abr. 2024.
BRASIL. Resolução nº 33, de 9 de agosto de 2013. Institui o Programa PDDE Água. Fundo Na-
cional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 9
ago. 2013.
BRASIL. Resolução nº 32, de 2 de agosto de 2013. Institui o Programa PDDE Campo. Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF,
2 ago. 2013.
BRASIL. Resolução nº 15, de 7 de outubro de 2020. Institui o Programa Sala de Recursos. Mi-
nistério da Educação (MEC) / Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Diário
Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 7 out. 2020.
BRASIL. Resolução CD/FNDE/MEC nº 15, de 16 de setembro de 2021. Dispõe sobre as diretri-
zes do FNDE. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 16 set. 2021.
239
Gerência de
Documentação e
Auditoria Escolar
240
GERÊNCIA DE AUDITORIA E DOCUMENTAÇÃO ESCOLAR
DA FINALIDADE
As Unidades de Ensino da Rede Pública Municipal de Manaus devem atentar aos procedimen-
tos para o Ano Letivo de 2025.
As orientações constantes neste documento devem ser seguidas e amplamente divulgadas
com o intuito de oferecer ensino de qualidade, evitar prejuízos aos estudantes da rede, bem como
equívocos de procedimentos de responsabilidade da direção das Unidades de Ensino.
Cabe à Gerência de Documentação e Auditoria Escolar orientar e supervisionar a aplicabilidade
da legislação educacional vigente no âmbito da Rede Municipal de Ensino de Manaus, assim como
assegurar a integridade dos resultados finais dos estudantes e dos documentos escolares expedidos
pelas secretarias das Unidades de Ensino da Rede Municipal.
Os procedimentos que envolvem SIGEAM, GIER e Diário Digital devem ser cuidadosamente
realizados, nos prazos estabelecidos pela SEMED, tendo em vista que algumas ações não terão
retrocesso devido às parametrizações de sistema e competências estabelecidas.
Na Portaria Nº 2038/2021-SEMED/GS – Diário Digital:
a) o descumprimento das legislações, orientações vigentes e prazos estabelecidos, resultarão
em Relatório Circunstanciado que será encaminhado à superior consideração para análise e provi-
dências.
b) compete à direção da unidade de ensino o desenvolvimento dos processos de gestão, de
acordo com os princípios legais, observando o que preconiza a Resolução Nº 038/CME/2015.
Salientamos quanto à necessidade de orientar os procedimentos no que concerne ao acom-
panhamento do processo ensino aprendizagem.
EDUCAÇÃO INFANTIL
DA MATRÍCULA
A matrícula é o ato formal de ingresso do estudante à Unidade de Ensino da Rede Pública
Municipal de Manaus.
241
É obrigatória a matrícula na Educação Infantil na fase pré-escolar de crianças que completam
4 (quatro) ou 5 (cinco) anos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula.
A matrícula nas Creches obedecerá aos critérios das legislações e procedimentos vigentes.
As crianças que completam 6 (seis) anos após o dia 31 de março do ano em que ocorrer a
matrícula, devem ser matriculadas no 2º período na Educação Infantil.
Para a efetivação da matrícula, a secretaria da Unidade Escolar que atende a Educação Infantil
deve proceder com a solicitação dos seguintes documentos:
a) certidão de nascimento da criança;
b) CPF da criança;
c) documento de identidade e CPF do responsável legal;
d) comprovante de residência com CEP;
e) 03 fotos 3x4;
f) declaração de cartão de vacina atualizado;
g) cartão de vacinação (cópia);
h) número de telefone atual do responsável;
i) documento de autorização de refúgio (em caso de estrangeiro).
Os documentos acima mencionados deverão ser apresentados à secretaria da Unidade
Escolar que atende a Educação Infantil no ato da efetivação da matrícula da criança, conforme as
orientações e período determinado por esta SEMED.
Não poderá haver, sob hipótese alguma, a inserção de crianças ouvintes nas turmas de
Educação Infantil, sob pena de o diretor responder administrativamente.
Não poderá ser realizado o remanejamento de crianças nas turmas de creche.
As crianças que foram matriculadas no SIGEAM e ainda não constam no sistema GIER, o
secretário ou diretor da creche deve proceder a matrícula no referido sistema.
A FREQUÊNCIAUnidade de Ensino. Sugestão: a secretaria da Unidade Escolar que
atende a Educação Infantil.
A exigência mínima de frequência na Educação Infantil é de 60% do total de horas letivas:pais
ou responsáveis deverão zelar pela frequência da criança no estabelecimento de ensino, cabendo
à Unidade de Educação Infantil o controle e a comunicação da infrequência às autoridades com-
242
petentes;
a) as justificativas de faltas (por meio de documento legal) serão realizadas na secretaria de
acordo com a organização do sistema vigente e orientações da SEMED;
c) as crianças da pré-escola que não obtiverem o percentual mínimo de frequência exigida
em lei, não terão direito à rematrícula automática;
d) as crianças da pré-escola que ultrapassarem os 40% de ausência e esgotados todos os
procedimentos para seu retorno, poderá ser realizado o deixou de frequentar /abandono;
e) a execução do que trata o item acima está condicionada às ações dos procedimentos de
busca ativa não exitosas;
f) proceder com o registro da falta no diário de classe (físico ou GIER) das crianças ausentes;
g) a justificativa/compensação de faltas será realizada pela secretaria da Unidade de Educa-
ção Infantil por meio do sistema GIER, conforme as orientações desta SEMED;
h) para justificativa/compensação de falta devem ser apresentados documentos legais ou
registro do motivo em livro próprio com assinatura dos pais ou responsáveis;
i) as faltas com justificativa legal não entrarão no cômputo final.
DA TRANSFERÊNCIA
A transferência na Educação Infantil/Pré-Escola será expedida juntamente com o Relatório
do Desenvolvimento Integral da Criança.
Na Educação Infantil - Fase Creche será realizada a transferência somente nos casos de
mudança de município ou estado.
As Creches da Rede Municipal de Ensino de Manaus não realizarão transferência entre si, ou
remanejamento, considerando o formato de inscrição/matrícula nas referidas unidades de Educação
Infantil.
SISTEMA GIER – FASE CRECHE
O sistema GIER é a ferramenta oficial e legal utilizada na Educação Infantil com o objetivo de
organizar, uniformizar e dar celeridade ao processo educacional.
Para o acesso ao sistema GIER, o diretor, pedagogo, professor e secretário devem ter seu
e-mail institucional, para onde será enviada sua senha GIER.
243
O referido sistema abrangerá o prontuário da criança, planejamento pedagógico, frequência,
campo de experiências, desenvolvimento infantil e demais dados e relatórios concernentes à fer-
ramenta.
As turmas e a lotação de professores no GIER estarão organizadas conforme as informa-
ções do SIGEAM.
Os registros de Planejamento e Diário de Classe são documentos oficiais e substituirão os
demais registros em outras plataformas ou documentos físicos.
O Planejamento Pedagógico será realizado no sistema GIER.
Os professores devem registrar diariamente a frequência, campos de experiência e atividades
no Diário de Classe (GIER).
Cabe ao diretor e pedagogo verificar mediante os relatórios do Diário de Classe os registros de
frequência, campos de experiência, atividades e fichas de desenvolvimento da criança, observando
a ausência de registro.
O professor deverá registrar a falta de crianças ausentes e, em caso de justificativa de faltas, o
diretor/secretário deverá realizar a compensação no GIER, conforme orientado no item Frequência.
No GIER, após o término do semestre, a Unidade de Educação Infantil não poderá mais
realizar ajustes.
Qualquer divergência no sistema GIER, a Unidade de Educação Infantil deverá encaminhar à
GDAE para análise e providências.
DO DIÁRIO DE CLASSE FÍSICO
O diário de classe (físico) é o instrumento oficial e legal para registro diário das atividades
pedagógicas (frequência, conteúdo, avaliações) nas Unidades de Ensino que não utilizam sistema
GIER, não podendo ser substituído por links e drives eletrônicos.
O diário de classe não poderá conter rasuras, colagens ou preenchimento a lápis.
O registro no diário de classe deverá ser realizado diariamente, manuscrito ou digitado, sendo
que as assinaturas do professor e diretor/pedagogo deverão ser somente manuscritas.
Ao término das atividades pedagógicas diárias, o diário de classe deve ficar sob a guarda da
244
secretaria.
O docente não poderá levar, sob hipótese alguma, o diário de classe do recinto da Unidade
de Ensino.
A utilização e preenchimento do diário de classe obedecerá ao que estabelece o Regimento
Geral das Unidades de Ensino.
O registro no diário de classe deverá ser realizado diariamente podendo ser manuscrito,
utilizando caneta de tinta azul ou preta, ou digitado, utilizando a fonte Arial, tamanho 12 e espaço
simples entre as linhas, sendo que as assinaturas dos(as) professores(as) deverão ser somente
manuscritas.
O professor deverá entregar o diário de classe devidamente preenchido diante de qualquer
possibilidade de afastamento (licença, férias, recesso, remoção, dentre outros), ficando o servidor
passível de penalidades administrativas nos casos de negligência quanto ao documento em questão.
Nas reuniões de RADM ou demais eventos de paralisação de aulas, as Unidades de Ensino
farão o registro no campo de observação.
Ao final de cada mês, o(a) professor(a) deve registrar no diário de classe as aulas previstas,
as aulas ministradas, assinar, datar e devolver à secretaria da Unidade de Ensino.
O diretor e/ou pedagogo da Unidade de Educação Infantil deverá validar e assinar mensal-
mente o diário de classe.
Ao final do ano letivo, o secretário deverá arquivar o diário de classe no arquivo permanente.
Os registros serão realizados pelo(a) professor(a) em formulário impresso do SIGEAM/MA-
TRIIDC:
a) Opção 08: para registro de frequência das turmas multisseriadas;
b) Opção 11: registro de atividade da Educação Infantil;
c) Opção 17: registro de frequência da Educação Infantil;
A avaliação da educação infantil será através do Relatório de Desenvolvimento Integral e
preenchimento da Ficha de Avaliação do Processo de Desenvolvimento Infantil no SIGEAM/PD-
TURMA, ambos com periodicidade semestral.
DO ARQUIVO PERMANENTE
O arquivo permanente deve ser conservado em caráter definitivo, organizado em ordem al-
245
fabética, cronológica ou numérica, em local apropriado e organizado, sem a presença de material
alheio ao trabalho da secretaria, devido à finalidade dos documentos que o compõe:
a) Processo de criança/estudante;
b) Ata Final de Aproveitamento e Frequência;
c) Diário de Classe;
d) Livro de Ponto;
e) Documentos pessoais dos servidores.
As Unidades de Ensinos que se encontram paralisadas e tiveram seus arquivos permanentes
provisoriamente remanejados para outra Unidade, devem informar o novo local do arquivo à comu-
nidade escolar e à GDAE, via memorando.
A Unidade de Ensino deverá organizar os trabalhos da secretaria no novo local de armaze-
namento do arquivo de forma a atender a comunidade escolar para expedição dos documentos
escolares.
Ao retornar às atividades após a paralisação, a Unidade de Ensino deverá realocar imediata-
mente seu arquivo permanente para proceder à emissão dos documentos escolares.
No ambiente da secretaria/arquivo permanente, orientamos evitar a circulação de pessoas
alheias ao trabalho da secretaria escolar.
ENSINO FUNDAMENTAL
DA MATRÍCULA
A matrícula no 1º ano do Ensino Fundamental dar-se-á aos estudantes com 6 (seis) anos
completos até 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula:
a) os estudantes que não apresentarem comprovação de escolaridade e não possuem distor-
ção de dois anos/série, devem ser matriculados no 1º ano do Ensino Fundamental.
O Programa de Correção de Fluxo é destinado exclusivamente a estudantes que estão em
distorção idade/série:
a) primeira fase: atenderá alunos sem vida escolar e não alfabetizados, os quais deverão ser
matriculados no 1º ano; e alunos não alfabetizados do 3º, 4º e 5º anos;
246
b) segunda fase: atenderá alunos alfabetizados do 2º, 3º, 4º e 5º anos, possibilitando a ace-
leração dos estudos;
c) alunos com deficiência de natureza intelectual, mental, sensorial e altas habilidades ou
superdotação não poderão ser matriculados no Programa de Correção de Fluxo;
d) o aluno cursará somente 1 (um) ano letivo em cada fase;
e) o aluno da segunda fase poderá ser acelerado em até três anos, sendo, no entanto, a ace-
leração efetuada no máximo para o 6º ano;
f) ao realizar a matrícula de estudante na correção de fluxo, atentar para fase de origem de
acordo com a vida escolar comprovada por documentação.
Para a efetivação da matrícula, a secretaria da Unidade de Ensino deve proceder à análise e
solicitação de comprovação de vida escolar com apresentação dos seguintes documentos:
a) certidão de nascimento e/ou carteira de identidade e CPF;
b) documento de identidade e CPF do responsável legal;
c) guia de transferência do estudante (extrarrede/particular);
d) comprovante de residência com CEP;
a) 03 fotos 3x4;
b) declaração de cartão de vacina atualizado;
c) cartão de vacinação (cópia);
d) número de telefone atual do responsável;
e) documento de autorização de refúgio (em caso de estrangeiro).
Os documentos acima mencionados deverão ser apresentados na Unidade de Ensino no ato
da efetivação da matrícula do estudante, conforme as orientações e período determinado por esta
SEMED.
Para a efetivação da matrícula:
a) verificar a vida escolar antes da efetivação da matrícula, mediante a consulta
no ALUCON e CONHISTO;
247
b) contactar o setor competente antes da realização da efetivação da matrícula,
caso identificada inconsistência na vida escolar do estudante;
c) orientar os pais ou responsáveis quanto à efetivação da matrícula mediante a
solução da problemática na vida escolar ou apresentação da documentação necessária,
ressaltando que a carta de designação poderá ser prorrogada.
Os estudantes que não apresentarem comprovação de vida escolar e/ou estudantes estran-
geiros, deverão ser submetidos ao Exame de Classificação antes da efetivação da matrícula.
A SEMED não realiza matrícula de estudante com distorção idade/série considerando somente
a idade, mas mediante a vida escolar com documentação comprobatória.
O estudante que não possui o 1º ano não deverá ser matriculado no 2º ano, conside-
rando todo o processo de alfabetização.
Analisar cuidadosamente o ano/série de vida escolar e dados pessoais do estudante nas
designações de matrícula via web, antes da efetivação da matrícula.
A designação de matrícula do estudante não é documento legal para indicação de ano/série
do mesmo, necessitando de documentação de comprovação com análise do ALUCON/CONHISTO
realizada pela secretaria da Unidade de Ensino.
Na necessidade de Exame de Classificação, observar as orientações do tópico Dos Exames,
presente neste documento.
Os estudantes transferidos entre as Unidade de Ensino da SEMED terão sua matrícula con-
dicionada à análise do ALUCON e CONHISTO, não necessitando da impressão de documento de
Guia de Transferência físico, somente o procedimento da transferência no sistema da Unidade de
Ensino de origem.
Não poderá haver, sob hipótese alguma, a inserção de estudantes ouvintes nas turmas do
Ensino Fundamental, sob pena do diretor responder administrativamente.
A matrícula efetivada com erro é de responsabilidade da direção da Unidade de Ensino, po-
dendo responder administrativamente.
As matrículas para ingresso de estudantes estrangeiros novos na Rede Pública Municipal de
Ensino de Manaus serão realizadas, preferencialmente, até o término do mês de maio, considerando
o calendário escolar divergente, bem como, o percentual de frequência exigido em lei.
248
DA FREQUÊNCIA
Para o Ensino Fundamental a frequência mínima é de 75% do total de horas letivas.
O acompanhamento da frequência dos estudantes na Unidade de Ensino deverá obedecer
ao seguinte fluxo:
a) os pais ou responsáveis deverão zelar pela frequência dos estudantes na Unidade de Ensino;
b) os professores deverão comunicar imediatamente ao pedagogo e/ou diretor da Unidade
de Ensino sobre a infrequência dos estudantes quando ocorrerem 5 (cinco) faltas consecutivas ou
10 (dez) faltas alternadas no bimestre/semestre;
c) após comunicada pelo professor, caberá ao diretor e ao pedagogo convocar os respon-
sáveis pelos estudantes, procedendo aos encaminhamentos pertinentes e, persistindo a situação,
comunicar às autoridades competentes, conforme a legislação educacional vigente.
Os estudantes que ultrapassarem os 25% de ausência e esgotados todos os procedimentos
para seu retorno, poderá ser realizado o DEIXOUFR no SIGEAM.
O estudante transferido (extrarrede) terá direito ao Plano de Estudos quando apresentar lacuna
de, no máximo, 1(um) bimestre.
O estudante infrequente deve ter o registro da falta no diário de classe (físico ou digital).
Os estudantes com atestado ou justificativa legal deverão ter o registro da falta no diário de
classe (físico ou digital) porém, as faltas com justificativa legal não entrarão no cômputo final.
Para justificativa de falta, devem ser apresentados documentos legais ou registro do motivo
em livro próprio com assinatura dos pais ou responsáveis.
Quaisquer acordos internos quanto à infrequência de estudante será de total responsabilidade
da direção da Unidade de Ensino.
Não poderá ser realizada atividade remota com estudantes matriculados em Unidade de Ensino
no formato presencial.
O controle da frequência está desvinculado do rendimento escolar.
DA TRANSFERÊNCIA
Para fins de matrícula de estudantes oriundos de instituição extrarrede ou particular, será
EXIGIDO o documento original da Guia de Transferência, com as devidas notas bimestrais/
semestrais e/ou parciais, dependendo do período.
249
O reconhecimento da legalidade na Guia de Transferência do estudante será conferido pela
própria Unidade de Ensino que a receber, observando a existência de carimbo, assinatura do diretor,
secretário, o ato de criação e autorização do Conselho de Educação.
As Unidades de Ensino que utilizam o diário digital deverão registrar as notas bimestrais e/
ou parciais na referida ferramenta para proceder a transferência dos estudantes.
Não realizar remanejamento interno sem o registro das notas no diário digital, de forma a não
prejudicar o estudante.
O remanejamento caracteriza uma transferência interna na Unidade de Ensino, não podendo
a escola realizar alterações de registros anteriores.
Após a realização da transferência no sistema não será possível a REATIVAÇÃO do estudante.
Não será considerada a emissão de documento físico com notas dos estudantes transferidos
de Unidade de Ensino que utiliza o diário digital.
Os estudantes ingressos com transferência em curso (extrarrede ou particular), onde a Unidade
de Ensino de destino utiliza o Diário Digital, registrar as notas bimestrais ou parciais no SIGEAM/
LANOTDIA.
Realizar o IMPNOTAS para o processamento das notas oriundas da escola de origem.
É responsabilidade dos pais ou responsáveis se dirigir à secretaria da Unidade de Ensino
para solicitação de transferência.
A secretaria escolar deve emitir o requerimento com a devida assinatura dos responsáveis
para respaldo da Unidade de Ensino e proceder com a transferência via SIGEAM.
A transferência dos estudantes de 1º, 2º e 3º anos será entregue junto com o Formulário de
Acompanhamento das Fases do Desenvolvimento da Leitura e da Escrita.
As transferências em curso do Programa de Correção de Fluxo para outros municípios ou
estados devem ser acompanhadas de parecer parcial que indiquem o nível de aprendizagem e o
ano de origem correspondente.
Não deverão ser realizadas transferências próximo ao término dos bimestres para evitar
prejuízos quanto aos resultados do estudante, especialmente, no 4º bimestre, visto que ficará sem
o resultado final.
Transferências de estudantes da Rede Pública Municipal de Ensino de Manaus com mudança
de ensino, somente na Gerência de Matrícula.
250
DA BANCA EXAMINADORA
A Portaria da Banca Examinadora deve ser instituída no início do 1º bimestre pelo diretor,
com prazo de vigência de 1 (um) ano, de acordo com o que preconiza a Resolução Nº 038/CME/2015
- Regimento Geral das Unidades de Ensino da Rede Pública Municipal de Manaus:
a) a unidade de ensino que atende o Ensino Fundamental deve organizar o Banco de Pro-
vas de todos os anos/séries que a unidade oferece.
b) a Portaria da Banca Examinadora deve ser afixada em local visível na Unidade de Ensino.
A Banca Examinadora terá competência para organizar, aplicar e corrigir os Exames de
Classificação, Reclassificação, Regularização de Estudos e Regularização da Alfabetização e será
composta conforme abaixo:
a) nos anos iniciais do Ensino Fundamental: pelo diretor, pedagogo, secretário e três pro-
fessores;
b) nos anos finais do Ensino Fundamental: pelo diretor, pedagogo, secretário e um professor
por componente curricular da Base Nacional Comum;
c) se a escola oferecer anos iniciais e anos finais compõe-se apenas uma Banca Exami-
nadora, com representatividade do 1º ao 9º ano;
d) o formulário padrão da Portaria da Banca Examinadora será emitido via SIGEAM por meio
do comando AGEINDIV (F11);
e) o banco de provas deve ser organizado independente de exames a realizar.
O banco de provas, para efeito de classificação, deve ser organizado antecipadamente ao
término de cada ano letivo para os exames do ano vindouro.
DOS EXAMES
A avaliação para exame de Classificação, Reclassificação, Regularização de Estudos e Re-
gularização da Alfabetização deverá obedecer aos critérios abaixo:
a) o preenchimento do cabeçalho da avaliação deverá ser manuscrito pelo próprio estudante,
assim como sua assinatura (nome completo);
b) indicar o tipo de exame que se trata (Classificação, Reclassificação, Regularização de
251
Estudos ou Regularização da Alfabetização) e o ano/série;
c) ser elaborada para todos os componentes da Base Nacional Comum Curricular;
d) conter, no mínimo, 5 (cinco) questões, devendo ser indicado o valor correspondente de
cada questão;
e) os objetos do conhecimento devem contemplar os objetivos e habilidades, de acordo com
a Proposta Pedagógica;
f) os pontos obtidos pelo estudante deverão constar ao lado da questão corrigida;
g) as avaliações deverão conter questões objetivas e discursivas para cada componente
curricular, obedecendo a escala de valores de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) pontos;
h) as avaliações não poderão conter emendas ou rasuras.
O estudante deverá alcançar a nota 5,0 (cinco) como média mínima para aprovação nos
exames de Classificação, Regularização de Vida escolar ou de Alfabetização.
O exame de Classificação e Reclassificação será realizado impreterivelmente até o tér-
mino do 1º Bimestre, cumprindo a frequência mínima de 75% do total de horas letivas exigidas em
Lei e marcação do Censo.
De posse dos resultados do exame, o secretário escolar fará a inserção dos resultados no
SIGEAM, exceto o exame de Regularização de Estudos, que será analisado e inserido na GDAE.
O secretário escolar agendará o exame no SIGEAM, por meio do comando AGEINDIV, e,
posteriormente, lançará os resultados através do comando ALUINDIV.
Observar durante o agendamento dos ensinos qual a estrutura curricular a ser selecionada,
para não incorrer em erro.
No exame de Classificação, a matrícula será efetivada no ano/série em que o estudante
estiver apto, após o resultado das avaliações, considerando que a legislação ampara os anos an-
teriores ao referido exame.
a) as avaliações que compõem o exame de Classificação serão aplicadas pela Banca
Examinadora, contemplando todos os componentes curriculares dos Anos Iniciais ou Fi-
nais, conforme a Proposta Pedagógica da Rede Pública Municipal de Ensino de Manaus;
b) a classificação será realizada em qualquer série ou etapa, exceto o primeiro ano do
ensino fundamental;
c) o exame de Classificação deverá ser aplicado com todos os estudantes estrangeiros
252
novos na rede sem localização de matrícula no SIGEAM;
d) o referido exame ampara os estudos anteriores, bem como, adequa às legislações e
propostas pedagógicas da Rede Pública Municipal de Ensino de Manaus;
e) na EJA semestral, o exame de classificação será realizado na primeira quinzena do
início do semestre.
O exame de Regularização será realizado para preencher a lacuna de apenas 1 (um) ano
letivo.
O referido exame deverá ser aplicado e corrigido pela Banca Examinadora e encaminhado
à GDAE para análise e autorização, mediante a apresentação de memorando e as provas do estu-
dante realizadas conforme as orientações anteriores.
O exame de Regularização da Alfabetização deverá ser realizado ao término do ano letivo:
a) este exame será destinado aos estudantes que foram aprovados no 2º ano, entretanto
obtiveram notas inferiores a 5,0 (cinco) no 1º ano;
b) O exame de regularização da alfabetização é realizado após o ENCERANO/RESLALF
antes do término do calendário civil;
c) após a inserção do exame, realizar novamente o RESULALF;
d) a não realização do referido exame será de total responsabilidade da direção da
Unidade de Ensino quanto ao prejuízo do estudante.
O exame de Reclassificação será aplicado ao estudante de Ensino Fundamental e EJA que
apresentar extraordinário aproveitamento nos estudos, mediante diagnóstico do professor:
a) na EJA semestral o exame de Reclassificação será realizado no primeiro mês do início
do semestre;
b) para ser considerado apto à reclassificação pretendida, o estudante deverá obter, em
cada componente curricular da Base Nacional Comum Curricular, nota igual ou superior a 8,0 (oito),
em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez);
c) o resultado do exame de Reclassificação deverá ser registrado no SIGEAM e, após a
finalização dos procedimentos do exame, o estudante deverá ser imediatamente remanejado para
o ano/série e/ou etapa seguinte;
d) na EJA o processo de Reclassificação ocorrerá somente entre as Etapas do Primeiro
Segmento, exceto na primeira etapa;
253
e) o estudante que for submetido ao Exame de Classificação não poderá participar do
processo de Reclassificação;
f) fica vetado o Exame de Reclassificação para estudantes do 1º, 2º, 5º ano e 4ª Etapa/EJA
(5º ano), considerando a mudança de segmento.
Após todos os procedimentos, os exames e a Ata de Resultados serão arquivados no processo
do estudante.
DA PROGRESSÃO PARCIAL
A secretaria escolar deverá imprimir a relação dos estudantes em Progressão Parcial (SI-
GEAM/ALUNOSPP) e repassá-la ao diretor/pedagogo para providências quanto ao cumprimento
dos exames.
Os estudantes novos (extrarrede) da Unidade de Ensino que possuem pendência de Pro-
gressão Parcial, devem constar na relação que será entregue ao pedagogo para o cumprimento do
referido exame.
A Progressão Parcial (PP) deverá ser realizada conforme a Resolução N. 005/CME/2014:
a) a inserção da nota no SIGEAM dar-se-á, preferencialmente, até o término do 2º bimestre;
b) o estudante não poderá certificar no ensino fundamental sem o cumprimento das devidas
progressões parciais;
c) o estudante que possuir 3 progressões parciais ficará retido;
d) não será permitido ao estudante acumular Progressão Parcial (PP) no mesmo componente
curricular;
e) o exame de PP realizado após o término do Ensino Fundamental não terá validade, con-
siderando que o estudante não pertence mais à rede municipal;
f) após todos os procedimentos, os exames e a Ata de Resultados serão arquivados no pro-
cesso do estudante.
Na EJA 2º Segmento não haverá Progressão Parcial, com exceção dos estudantes oriundos
do ensino regular.
254
DA ANÁLISE DE HISTÓRICO ESCOLAR
Histórico Escolar é o documento que certifica toda a vida escolar de um estudante, destinan-
do-se à transferência de uma escola e posterior matrícula em outra, bem como a certificação.
A SEMED Manaus não aceita a declaração escolar nos casos de estudantes extrarrede ou
rede particular, sendo a Guia de Transferência original o documento oficial para efeito de matrícula.
Ao receber uma Guia de Transferência/Histórico Escolar para análise, a secretaria deve
observar:
a) identificação da escola de origem (nome da escola, atos de autorização e/ou reconheci-
mento);
b) localização da escola (nome da entidade mantenedora (se houver), endereço completo
e telefone);
c) identificação do estudante (nome completo do estudante, filiação, data e local de nasci-
mento) de acordo com a certidão ou identidade;
d) análise dos ano/séries cursados;
e) local e data de expedição;
f) assinaturas do diretor e do(a) secretário(a) escolar (assinatura eletrônica e respectivos
números de portaria);
g) em caso de lacuna na vida escolar, providenciar junto à Banca Examinadora a realização
dos exames de Regularização;
h) verificar se houve exame e a sua legalidade;
i) o documento oficial não pode conter rasura ou emenda;
j) caso o histórico seja de estudante da rede, identificar os ensinos e a organização de cada
um para realizar a análise;
k) verificar o amparo dos ensinos da escola de origem;
l) caso a escola de origem não conste no SIGEAM, entrar em contato com o referido setor
para cadastro no sistema;
m) Identificados problemas de inserção no histórico via INCHISTO, a Unidade de Ensino
poderá realizar o ALTHISTO para correção, com exceção de históricos registrados pela SEDUC;
n) atentar para as legendas e legislações constantes no histórico do estudante;
255
o) os casos de estudante extrarrede ou com exames realizados, verificar a necessidade de
amparo (AMPALUNO);
p) emitir o relatório RELPENDE para verificação das possíveis pendências da vida escolar
do estudante.
DA EMISSÃO DE CERTIFICADO
O certificado é o documento oficial e padronizado pela SEMED que comprova legalmente a
conclusão do ensino fundamental com êxito para continuidade dos estudos.
Para a emissão do certificado dos estudantes que concluíram o ensino fundamental (9º ano e
8ª Etapa/EJA), a secretaria da Unidade de Ensino deve realizar a análise de vida escolar:
a) verificar os dados pessoais do estudante;
b) identificar em cada histórico os ensinos, a carga horária e resultados da vida escolar do
estudante com registros corretos antes do comparecimento à GDAE;
c) realizar o AMPALUNO referente aos ensinos cursados em outras instituições (extrarrede)
ou exames realizados, inserindo no sistema a opção de incluir no certificado;
d) apresentar memorando e relação nominal (RELCONCL) dos concludentes a GDAE para
liberação no sistema dos devidos certificados;
e) a emissão do certificado será realizada no prazo de 15 dias após o término do ano escolar.
O novo certificado será acompanhado do Histórico Escolar.
O histórico escolar só terá validade mediante a expedição do certificado, com as devidas au-
tenticações e assinaturas do diretor e secretário da Unidade de Ensino que o estudante concluiu.
Não poderá ser emitido certificado de conclusão aos estudantes que apresentarem pendências
no histórico escolar.
Para a emissão do certificado realizar o INCSOLI, REGCERT, IMPCERTI
O atendimento na GDAE para liberação do formulário de certificado ocorrerá a partir da verifi-
cação de 1 ano letivo por dia.
256
DO DIÁRIO DIGITAL
Diário Digital (DD) é um instrumento legal de uso exclusivo do professor para o registro das
atividades pedagógicas, frequência, objeto do conhecimento e notas dos estudantes regularmente
matriculados nas Unidades de Ensino da Rede Pública Municipal de Ensino de Manaus:
a) para acesso ao Diário Digital o professor deve ter seu e-mail institucional e CPF cadastrados no
sistema;
b) caso o servidor não possua o e-mail institucional, deverá utilizar o link http://acessoweb.semed.
manaus.am.gov.br para solicitar o e-mail ou recuperar senha.
No ensino fundamental, antes de habilitar os professores para o uso do Diário Digital, a Uni-
dade de Ensino deverá preencher as informações nos mnemônicos MANHORAR e MANHODIA:
a) Unidades de Ensino que possuem Anos Iniciais e Anos Finais no mesmo turno, realizar
um único MANHORAR de 5 tempos com 45 minutos e intervalo de 15 minutos;
b) unidades de ensino que possuem Anos Iniciais e Anos Finais em turnos diferentes,
realizar o MANHORAR conforme abaixo:
Anos Iniciais – 4 tempos de 56 minutos e intervalo de 16 minutos.
Anos Finais – 5 tempos de 45 minutos e intervalo de 15 minutos.
c) Unidades de Ensino que possuem somente Anos Iniciais realizar o MANHORAR de 4
tempos de 56 minutos e intervalo de 16 minutos;
d) Unidades de Ensino que possuem Anos Iniciais, realizar MANHODIA de 4 tempos, sem
o registro do intervalo;
e) Unidades de Ensino que possuem Anos Finais, realizar MANHODIA de 5 tempos, sem
o registro do intervalo;
f) evitar alteração de horários (MANHODIA) após início das atividades do Diário Digital para
não gerar inconsistências. Caso necessário, salvar todos os relatórios de frequência, objeto
do conhecimento e notas.
O diretor/secretário deve realizar o MANACDIA para liberar o acesso dos servidores ao Diário
Digital.
257
O diretor/secretário deve verificar a lotação e enturmação do professor nos comandos CONLO-
SER e CONTUGER:
a) as divergências de lotação dos servidores deverão ser encaminhadas ao setor de lotação.
Cabe ao diretor e pedagogo verificar, mediante os relatórios gerenciais do Diário Digital, os
registros de frequência, objeto do conhecimento e notas, observando a ausência de registro.
Os professores devem registrar diariamente a frequência e objeto do conhecimento ministrado.
No Diário Digital, atentar para as orientações:
a) evitar alteração do registro da falta, objetos de conhecimento e notas do estudante após o
fechamento da aparata;
b) não é atribuição do secretário e/ou administrativo realizar lançamento de frequência, objeto
do conhecimento e notas;
c) ao realizar registros no campo de observação não inserir nenhum caractere diferenciado
(parênteses ( ), ponto e vírgula (;) , dois pontos (:), barra (/), etc), somente o ponto e vírgula (;) se-
parando as informações sem o uso do ENTER.
Os agendamentos de avaliações no DD só poderão ser realizados mediante o registro da fre-
quência e objeto do conhecimento:
a) agendar as avaliações somente quando for realizar os registros das notas.
O professor deverá registrar a falta dos estudantes ausentes e em caso de justificativa,
o diretor/secretário deverá realizar o procedimento no SIGEAM:
b) preencher MANJUSFA para justificar as ausências, com documento legal, onde as mesmas
não entrarão no cômputo do total de faltas bimestrais;
c) caso o estudante possua faltas justificadas de muitos dias (exemplo: 30 dias), realizar o
MANJUSFA somente ao final do bimestre para não comprometer possíveis lançamentos de notas.
Nos casos de ausência do professor (atestado médico, formação, dentre outros), usar o MA-
NAUSDO para desabilitá-lo.
Ao retornar às atividades, o professor deverá proceder com a reposição dos Componentes
Curriculares/Objeto do Conhecimento referentes ao dia que não houve aula, utilizando a opção
de REPOSIÇÃO no Diário Digital:
258
● na reposição não haverá registro de frequência dos estudantes.
Em casos de substituição de professor, solicitar à GDAE o MANAUTOP para acesso tem-
porário, informando os seguintes dados:
a) nome completo, matrícula, turno, turmas e componente curricular do docente de licença;
assim como, nome completo, turno e matrícula do servidor que irá substituí-lo;
b) o substituto deve ter lotação no mesmo turno e ser professor, pedagogo ou diretor;
c) o substituto não realizará alterações nos registros anteriores do professor regente e fará tão
somente os registros no período da licença;
d) os registros devem ser realizados pelo substituto no período autorizado, não podendo
realizar nova substituição no mesmo período;
e) o professor regente, ao retornar de licença, não terá acesso ao Diário Digital no período de
seu afastamento.
Para professores lotados após o início do ano letivo, o diretor ou pedagogo realizará a auto-
rização no campo AUTORIZAÇÃO no Diário Digital, permitindo os registros anteriores.
Para evitar as pendências nos registros dos professores no Diário Digital, o assessor peda-
gógico, diretor ou pedagogo deve realizar o acompanhamento efetivo junto à sua equipe peda-
gógica priorizando:
a) emissão semanalmente dos relatórios gerenciais de frequência, objeto do conhecimento e notas;
b) acompanhamento junto aos professores que estão com os registros desatualizados;
c) solicitação, junto aos professores, dos registros diários, conforme o que estabelece o Regimento
Geral quanto às competências dos mesmos;
d) acompanhamento dos registros de notas dos estudantes e fechamento das aparatas para pro-
cessamento e análise do rendimento;
e) acompanhamento dos registros de todas Avaliações (AVs) que devem ser realizadas pelo pro-
fessor, bem como, das recuperações paralelas e 2ª chamada dos estudantes que se ausentaram;
f) solicitar a cada AV realizada, o relatório de notas dos professores;
g) verificação das ausências de notas com resolutiva junto aos professores;
h) legitimidade nos resultados dos estudantes;
259
i) cumprimento dos prazos estabelecidos.
Nos casos de eventos de caráter extraordinários como: queima de bomba d’água, falta de
energia, RADM, reforma, entre outros, a unidade de ensino deverá realizar o MANEVESC para
desabilitar o Diário Digital e proceder à reposição das aulas.
As atualizações e ajustes realizados no Diário Digital processarão no prazo máximo de 24 horas.
O Diário Digital deverá ser devidamente preenchido diante de qualquer possibilidade de afasta-
mento (licença, férias, recesso, remoção, dentre outros), ficando o servidor passível de penalidades
administrativas nos casos de negligência quanto ao documento em questão.
Não prevalecerá a extensão dos 5 dias após o encerramento do bimestre para as Uni-
dades de Ensino que utilizam o Diário Digital.
DIÁRIO DE CLASSE FÍSICO
O diário de classe (físico) é instrumento oficial e legal para registro diário das atividades
pedagógicas (frequência, conteúdo, avaliações) nas Unidades de Ensino que não utilizam Diário
Digital, não podendo ser substituído por links e drives eletrônicos.
O diário de classe não poderá conter rasuras, colagens ou preenchimento a lápis.
O registro no diário de classe deverá ser realizado diariamente, manuscrito ou digitado, sendo
que as assinaturas do professor e diretor/pedagogo deverão ser somente manuscritas.
Ao término das atividades pedagógicas diárias, o diário de classe deve ficar sob a guarda da
secretaria.
O docente não poderá levar, sob hipótese alguma, o diário de classe do recinto da unidade
de ensino.
A utilização e preenchimento do diário de classe obedecerá ao que estabelece o Regimento
Geral das Unidades de Ensino.
O registro no diário de classe deverá ser realizado diariamente podendo ser manuscrito,
utilizando caneta de tinta azul ou preta, ou digitado, utilizando a fonte Arial, tamanho 12 e espaço
simples entre as linhas, sendo que as assinaturas dos(as) professores(as) deverão ser somente
manuscritas.
260
O professor deverá entregar o diário de classe devidamente preenchido diante de qualquer
possibilidade de afastamento (licença, férias, recesso, remoção, dentre outros), ficando o servidor
passível de penalidades administrativas nos casos de negligência quanto ao documento em questão.
Nas reuniões de RADM ou demais eventos de paralisação de aulas, as Unidades de Ensino
farão a reposição da aula com registro no próximo dia letivo.
Ao final de cada mês, o(a) professor(a) deve registrar no diário de classe as aulas previstas,
as aulas dadas, assinar, datar e devolver à secretaria da Unidade de Ensino.
O diretor e/ou pedagogo da Unidade de Educação Infantil deverá validar e assinar mensal-
mente Diário de Classe.
Ao final do ano letivo, o secretário deverá arquivar o Diário de Classe no arquivo permanente.
Ensino Fundamental e EJA
Os formulários do diário de classe poderão ser obtidos via SIGEAM/MATRIIDC nas opções:
a) Opção 08: para registro de frequência das turmas multisseriadas;
b) Opção 14: registro de conteúdo do Ensino Fundamental;
c) Opção 15: registro de notas/recuperação paralela do 1º/2º bimestre;
d) Opção 16: registro de notas/recuperação paralela do 3º/4º bimestre;
e) Opção 17: registro da frequência do estudante;
f) Opção 18: registro de notas/recuperação paralela do 1º/2º semestre - EJA.
A Hora do Trabalho Pedagógico do professor não será registrada no diário de classe, devendo ser
registrada em instrumento específico, acompanhado pela equipe pedagógica da Unidade de Ensino.
DOS RELATÓRIOS E FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DO 1º, 2º E 3º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Para acompanhamento bimestral dos estudantes do 1º, 2º e 3º ano do ensino fundamental a
Unidade de Ensinoutilizará os relatórios abaixo via SIGEAM:
a) ACOMPALF: para acompanhamento bimestral da progressão da aprendizagem dos estudantes
do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental;
261
b) FICHAALF: para o registro de resultado final do 1º e 2º ano do ensino fundamental;
c) FDIAGALF: emitido bimestralmente para entregar ao professor;
d) DIAGALF: para inserção dos registros das Fases de Desenvolvimento dos Estudantes a cada
bimestre;
e) RESULALF: para gerar a média da alfabetização.
DO ARQUIVO PERMANENTE
O arquivo permanente deve ser conservado em caráter definitivo, organizado por ordem al-
fabética, cronológica ou numérica, em local apropriado e organizado, sem a presença de material
alheio ao trabalho da secretaria, devido à finalidade dos documentos que o compõe:
a) Processo de estudante;
b) Ata Final de Aproveitamento e Frequência;
c) Diário de Classe;
d) Livro de Ponto;
e) Documentos pessoais dos servidores.
As Unidades de Ensino que se encontram paralisadas e tiveram seus arquivos permanentes
provisoriamente remanejados para outra Unidade, devem informar o novo local do arquivo à comu-
nidade escolar e à GDAE, via memorando.
A Unidade de Ensino deverá organizar os trabalhos da secretaria no novo local de armaze-
namento do arquivo, de forma a atender a comunidade escolar para expedição dos documentos
escolares.
Ao retornar às atividades após a paralisação, a Unidade de Ensino deverá realocar imediatamen-
te seu arquivo permanente para proceder a emissão dos documentos escolares de seus estudantes.
No ambiente da secretaria/arquivo permanente, orientamos evitar a circulação de pessoas
alheias ao trabalho da secretaria escolar.
DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS
262
Considera-se ilegítima a alteração de resultados dos estudantes, salvo com comprovação legal,
considerando assim a valorização dos professores quanto ao ao processo de ensino-aprendizagem
realizado e seus resultados.
Os resultados dos estudantes serão registrados respeitando as normas, obedecendo a trans-
parência e legalidade, evitando ações que comprometam a ética e o profissionalismo.
Todo o processo de intervenção pedagógica deve ser realizado de forma a permitir a aprendi-
zagem dos estudantes e o cumprimento das orientações emanadas desta SEMED.
Os casos omissos serão resolvidos no âmbito desta Secretaria de Educação.
Orleanzio de Lima Alves
Gerente da Gerência de Documentação e Auditoria Escolar - GDAE
[email protected]/
999626283 ou 988445203
263
Gerência de atividades
complementares e
programas especiais
264
Gerência de Atividades Complementares e Programas Especiais
A Secretaria Municipal de Educação, por intermédio da Gerência de Atividades Complemen-
tares e Programas Especiais – GACPE, com objetivo em contribuir com a melhoria do rendimento
escolar, a permanência e o acesso de estudantes da rede municipal de ensino, fomenta programas e
projetos suplementares nas áreas de assistência à saúde do escolar, programas dos livros (didáticos,
de pesquisas e de leitura), programa de apoio às bibliotecas escolares, programa de transferência
de renda (Programa Bolsa Família – PBF), combate à violência e ao uso de drogas na escola, fa-
vorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz e
um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade.
Conforme Decreto 2.682, de dezembro de 2013, dispõe sobre as atribuições desta Gerência:
Art. 51 - À Gerência de Atividades Complementares e Programas Especiais compete:
I - planejar e coordenar os projetos e programas de apoio à comunidade escolar;
II - articular parcerias com órgãos governamentais e não governamentais, visan-
do ao desenvolvimento de atividades complementares junto à comunidade escolar;
III - cumprir normas pedagógicas, emanadas do Departamento de Gestão Educacional, re-
lacionadas ou correlatas às atividades complementares ao processo de ensino aprendizagem;
IV - desenvolver outras atividades correlatas.
1. ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
1.1 Programa Bolsa Família (PBF) condicionalidade da educação
O Programa Bolsa Família na educação tem o compromisso de acompanhar a frequência
escolar e intervir nas possíveis violações quanto ao direito das crianças e adolescentes e ao acesso
à educação básica de qualidade, assegurando o acesso, a inclusão, a permanência e a formação
dos estudantes, desenvolvendo competências e habilidades adequadas às transformações sociais.
Objetivo: combater o abandono e a evasão escolar e, desse modo, estimular a permanência e a
progressão escolar de crianças e adolescentes em situação de pobreza e de extrema pobreza.
Objetivo específico: proporcionar condições para a permanência das crianças e adolescentes
na escola e em cumprimento a condicionalidade da Educação no Sistema Presença do Programa
Bolsa Família.
265
Público-alvo: estudantes de 4 a 18 anos incompletos.
Metodologia: tem como metodologia monitorar a frequência escolar de estudantes, por meio da
gestão do Sistema Presença (SP), consolidar dados e compartilhar com o Ministério da Educação e
Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a fim de subsidiar
a gestão do Programa Bolsa Família (PBF).
O acompanhamento da frequência através do Sistema Presença ajuda no pensamento sobre
formas de melhorar as políticas educacionais, principalmente, no que diz respeito à redução das
desigualdades, que é uma grande preocupação desta Secretaria. Esse acompanhamento realizado
por gestores públicos, privados e federais de modo intersetorial, proporciona a facilidade de identifi-
cação e monitoramento da educação básica para todos, principalmente às crianças e adolescentes
em situação de pobreza e extrema pobreza.
Nº de escolas envolvidas: 967 (públicas, federais e privadas).
Nº de estudantes acompanhados: 177.613
Instituições parceiras: Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (SEDUC), Secre-
taria de Estado de Assistência Social (SEAS), Secretaria Municipal da Mulher Assistência Social e
Cidadania (SEMASC) e Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA).
1.1.1 Cadastramento do Operador “Diretor de Escola”:
1. O(a) Operador(a) Escolar do Programa Bolsa Família é o(a) diretor(a) escolar ou representante
indicado(a) pela Unidade de Ensino para coletar e registrar a frequência dos estudantes bene-
ficiários do Programa Bolsa Família, bem como auxiliar em ações de acompanhamento para
inclusão das famílias em descumprimento de condicionalidades nos serviços socioassistenciais;
2. O(a) Operador(a) Escolar do Programa Bolsa Família deverá criar conta no Portal Gov.br para
ter acesso ao sistema presença;
3. Pré–cadastro - o preenchimento do pré-cadastro no Sistema Presença é de responsabilidade
do(a) usuário(a) que está ingressando na rede de educação do Programa Bolsa Família. Após
realizar o pré-cadastro, o(a) usuário(a) deverá entrar em contato (por e-mail e/ou telefone) com
o(a) coordenador(a) do Programa Bolsa Família, coordenado pela GACPE, responsável pela
ativação do perfil e apresentar os documentos comprobatórios, se necessários;
4. Inserir no sistema as informações coletadas e tratadas pela área administrativa.
266
1.1.2 Fluxograma de funcionamento:
O Programa tem a duração de informação da frequência de 5 (cinco) períodos, estabelecido em
calendário do exercício de 2025 pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e
Combate à Fome, para o acompanhamento da condicionalidade da educação e aplicação de efeitos.
As condicionalidades da área da educação são:
1. A frequência mínima de 60% da carga horária escolar mensal para os beneficiários de 4 e 5
anos de idade;
2. A frequência mínima de 75% da carga horária escolar mensal para os beneficiários de 6 a
17 anos de idade;
3. A frequência mínima de 75% da carga horária escolar mensal para os beneficiários de 18
anos de idade incompletos, que não tiverem concluído a educação básica, aos quais tenha
sido concedido o Benefício Variável Adolescente (BVA).
1.2 Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD)
O Programa compreende um conjunto de ações voltadas para a distribuição de obras didá-
ticas, pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa, destinados aos
alunos e professores das escolas públicas de educação básica do País.
Objetivo: contribuir com o processo ensino aprendizagem do escolar.
Público-alvo: professores e estudantes
1.2.1 Ações PNLD:
• Atendimento aos professores e orientação ao corpo técnico das escolas;
• Realização de reuniões com diretores escolares, pedagogos e professores para orientação
da equipe técnica das escolas;
• Orientação aos diretores e secretários de escolas quanto a escolha do livro didático;
• Liberação de senha para consulta junto ao MEC;
267
• Acompanhamento da distribuição das obras, desde a saída do MEC até a chegada aos
Correios;
• Acompanhamento da distribuição dos livros didático pelos Correios para as escolas;
• Controle dos livros solicitados pelas escolas;
• Remanejamento de livros entre as escolas;
• Realização de campanha de conservação e valorização do livro didático;
• Orientação sobre a escolha de obras literárias (paradidáticos);
• Realização palestras sobre o Dia do Livro Didático (27/02);
• Acompanhamento e apoio no processo de escolha e montagem dos acervos e compilação
de seus resultados;
• Realização do monitoramento, para fins de verificação, da efetivação do Programa junto às
Redes de Ensino;
• Acompanhar o desfazimento do livro didático após cada conclusão do ciclo de atendimento,
que fazem parte do acervo da escola. Com o apoio da secretaria de educação, a escola tem
a responsabilidade em decidir o destino desse material;
• Acompanhamento da distribuição dos livros didáticos aos alunos da Rede de Ensino;
• Participação nos eventos realizados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação;
• Orientação quanto à realização da Campanha de Devolução do Livro Didático;
• Visitação às escolas para acompanhamento de ações relacionadas ao PNLD.
268
1.3 Programa de Apoio às Bibliotecas Escolares
O Programa de Apoio às Bibliotecas Escolares promove o desenvolvimento das ações de
incentivo à leitura, empréstimo e auxílio à pesquisa aos estudantes nas bibliotecas e salas de leitura
das Unidades de Ensino da Secretaria Municipal de Educação.
Objetivo: planejar, coordenar, supervisionar e avaliar as ações pedagógicas desenvolvidas por
meio do incentivo à leitura, empréstimo e auxílio à pesquisa nas bibliotecas e salas de leitura das
Unidades de Ensino da Secretaria Municipal de Educação – SEMED.
Público-alvo: estudantes, professores, bibliotecários e auxiliares de biblioteca.
Metodologia: na Secretaria Municipal de Educação - SEMED - as ações de incentivo à leitura, em-
préstimo e auxílio à pesquisa são desenvolvidas de acordo com estas diretrizes gerais do Programa
de Apoio às Bibliotecas Escolares e pelas ações macro de incentivo à leitura estabelecidas em leis
municipais. Para assegurar tais ações, visa-se cumprir a Lei Federal n°. 12.244, de 24 de maio de
2010, que trata acerca da criação e ampliação do quantitativo de bibliotecas escolares, alterada
pela Lei n°. 14.837, de 8 de abril de 2024, a qual dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas
instituições de ensino no país.
1.3.1. Ações do Programa de Apoio às Bibliotecas Escolares
• Reuniões com bibliotecários, auxiliares de biblioteca e assessores das Atividades Comple-
mentares/Biblioteca Escolar das Divisões Distritais Zonais (DDZs) para alinhamento das
ações a serem desenvolvidas nas Unidades de Ensino
• Monitoramento de utilização da biblioteca escolar e salas de leitura, por meio de visitas técni-
cas, assessoramento pedagógico e relatórios, em parceria com as assessoras das Atividades
Complementares/Biblioteca Escolar das DDZs;
• Coleta de dados quantitativos dos estudantes que realizaram empréstimos, pesquisas e lei-
turas nas bibliotecas e salas de leitura, por meio de instrumentos específicos e de relatórios
das ações macro de incentivo à leitura - previstas em lei;
• Atualização das informações contidas no Sistema de Gestão Educacional do Amazonas
(SIGEAM) e Censo Escolar sobre os recursos humanos que atuam nas bibliotecas e salas
de leitura, bem como se existe ou não esses espaços de leitura nas Unidades de Ensino da
SEMED;
269
1.3.2 Ações macro de incentivo à leitura estabelecidas em leis municipais
• Semana da Literatura Amazonense - Lei Municipal nº. 882, de 2005;
• Dia de Motivação da Leitura - Lei Municipal nº. 2.168, de 2016;
• Semana do Livro Infantil - Lei Municipal nº 1.012 de 2006.
1.3.3 Biblioteca Digital Semed
A coordenação do Programa de Apoio às Bibliotecas Escolares realiza o acompanhamento
do desenvolvimento das ações técnicas e pedagógicas realizadas pelos bibliotecários que operam
a Biblioteca Digital SEMED.
Para a efetivação das ações de incentivo à leitura, empréstimo e auxílio à pesquisa nas
bibliotecas e salas de leitura, a SEMED conta com a equipe da coordenação do Programa de Apoio
às Bibliotecas Escolares, assessores de Ações Complementares das Divisões Distritais Zonais,
bibliotecários e auxiliares de biblioteca.
1.4. Programa Saúde na Escola – PSE
O PSE é uma política intersetorial do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, instituído
por decreto presidencial, nº 6.286, de 05 de dezembro de 2007 e, portanto, coordenado por Grupos
de Trabalhos no âmbito Federal, Estadual e Municipal.
Em Manaus, o Grupo de Trabalho Intersetorial Municipal do PSE – GTI-M é composto pelas
Secretarias de Estado da Saúde (SES) e Educação (SEDUC), Secretarias Municipais de Saúde
(SEMSA) e Educação (SEMED). Conta com apoio das áreas distritais, de ambos os setores, no
monitoramento e avaliação do programa. Sua execução é planejada entre escola e unidades de
saúde vinculadas no mesmo território.
Objetivo: contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, pre-
venção e atenção à saúde.
Público-alvo: estudantes da Rede pública de Ensino.
Em 2025 o Município de Manaus realizará uma nova adesão ao programa no primeiro trimestre,
para o Ciclo de 2025-2026, definindo as escolas participantes. Destacam-se as 14 ações (Temas
e Práticas) a serem desenvolvidas em conjunto com as Equipes de Saúde da SEMSA, conforme
270
Termo de Compromisso bienal:
I. Saúde Ambiental;
II. Promoção da atividade física;
III. Alimentação saudável e prevenção da obesidade;
IV. Promoção da cultura de paz e direitos humanos;
V. Prevenção das violências e dos acidentes;
VI. Prevenção de doenças negligenciadas;
VII. Verificação da situação vacinal;
VIII. Saúde sexual e reprodutiva e prevenção do HIV/IST;
IX. Prevenção ao uso de álcool, tabaco, e outras drogas;
X. Saúde bucal;
XI. Saúde auditiva;
XII. Saúde ocular.
XIII. Saúde Mental;
XIV. Prevenção à Covid-19 nas escolas.
ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO LOCAL (ESCOLA E EQUIPE DE SAÚDE):
1) É imprescindível que o planejamento das ações do PSE seja realizado, pelos representantes
da equipe local da saúde e da educação, observando as especificidades do Calendário Escolar
e das ações estabelecidas no projeto político pedagógico da escola.
2) Cada equipe local (saúde e educação) deve incluir no plano de ação o calendário de encon-
tros para discussão e definição do planejamento, do monitoramento e do controle das metas
estabelecidas em cada ciclo, garantindo a contemplação das ações a todos os envolvidos.
3) O primeiro encontro entre os representantes da equipe local será oportuno para apre-
sentação da rotina de cada um, a fim de que ambos conheçam suas atribuições fren-
te às ações do programa. Assim, é necessário observar as seguintes situações:
271
a) Unidade de Saúde conhecendo a Escola
• Horários: da entrada e saída dos alunos, dos intervalos para lanche/merenda, dos horários
de almoço, sono e das aulas diversificadas (ciências, laboratório, educação física etc);
• Número de salas por turma e período;
• Número de alunos por sala;
• Ter acesso a lista nominal dos alunos por sala: disponibilizada e/ou enviada pela escola para
o profissional da unidade de saúde (importante para conhecer os alunos e para a realização
dos levantamentos epidemiológicos, inclusive para facilitar o lançamento dos dados para o
e-SUS e a emissão do Cartão Nacional de Saúde-CNS);
• Nome dos servidores e o que fazem na escola: fazer a apresentação da equipe de saúde e
seu papel no PSE para que todos possam colaborar na execução;
• Dias e horários das reuniões com os professores (Hora de Trabalho Pedagógico – HTP e de
demais projetos);
• Calendário de provas, festas na escola e Semana da Saúde na Escola, se houver.
• Informações sobre ações de saúde/projetos que já são desenvolvidas na escola e que pos-
sam somar ao PSE.
b) Escola conhecendo a Unidade de Saúde;
• Saber da localização da unidade de saúde, horário de funcionamento da mesma, telefone
de contato;
• Realizar visita na Unidade de Saúde, conhecer os servidores, a rotina e os serviços ofertados;
• Estabelecer um vínculo com o profissional de saúde responsável pela equipe que desenvol-
verá as ações ao longo do ano;
• Compreender e divulgar os fluxos de atendimento do escolar junto a rotina da Unidade de
Saúde, oportunizando espaço de diálogo com a comunidade escolar e local;
• Receber o retorno da lista nominal dos alunos e seus números de Cartão do SUS – CNS
e inserir no Cadastro do Aluno - SIGEAM, bem como contribuir com a equipe de saúde na
divulgação do numerário do CNS aos pais e/ou responsáveis dos alunos.
272
c) Registro das Ações:
• Escola e Equipe devem registrar todas as ações realizadas na ficha coletiva E-SUS, conforme
cronograma e planejamento local e estabelecidos pelo GTI-M.
1.5 Programa Municipal Saúde do Escolar (PMSE)
O Programa Municipal Saúde do Escolar compreende ações de saúde que atendem atividades
relacionadas à saúde do estudante.
Objetivo: orientar a comunidade escolar para atitudes preventivas em saúde, contribuindo com o
rendimento escolar e a melhoria da qualidade de vida dos estudantes.
Público-alvo: estudantes de educação infantil da rede municipal de ensino, de escolas selecionadas.
As ações educativas e preventivas são desenvolvidas no decorrer do ano letivo, de acordo
com os temas de saúde geral contidos no Calendário Macro da GACPE. Além de conteúdos essen-
ciais como higiene pessoal e ambiental, o PMSE compreende atividades relacionadas a doenças
negligenciadas de alta prevalência no município, ações em cumprimento a Leis, Decretos e Por-
tarias (municipais, estaduais, federais) e ações em alusão a campanhas relacionadas à saúde do
estudante.
Em 2025, os temas serão desenvolvidos em Unidades de Ensino de Educação Infantil que
não possuem o Programa Saúde na Escola (PSE). As atividades serão realizadas por Agentes de
Saúde Escolar (ASE), odontologistas, professores e/ou outros servidores da rede municipal de en-
sino, assim como por parceiros institucionais.
O PMSE envolve projetos inter- e transdisciplinares, articulados em parceria com instituições
de saúde com o objetivo de promover a conscientização de estudantes e de seus responsáveis,
além dos servidores das Unidades de Ensino, sobre a importância de hábitos e comportamentos
saudáveis capazes de contribuir para uma melhor qualidade de vida e manutenção da saúde.
No âmbito da educação infantil, os temas serão desenvolvidos em conformidade com:
1. Resolução CNE/CEB nº01 de 17 de outubro de 2024, que “Institui as Diretrizes Operacio-
nais Nacionais de Qualidade e Equidade para a Educação Infantil”, sobretudo aos Art.14,
Art. 17 e Art. 21;
2. Ações previstas em Leis, Decretos e Portarias Municipais, Estaduais e Federais
relacionadas à saúde do estudante.
273
As ações com os estudantes serão realizadas em sala de aula ou em outros ambientes das
Unidades de Ensino, através de: observação e aplicação de testes de acuidade visual e auditiva
(professores ou servidores focais após treinamento); atividades que favoreçam as interações e as
brincadeiras (professores, servidores focais ou parceiros externos à Unidade de Ensino).
As ações com os professores e demais servidores serão realizadas através de orientações,
treinamento e envio de materiais digitais que favoreçam as estratégias de formação continuada e o
conhecimento de temas relacionados à saúde dos estudantes.
As ações com os responsáveis ocorrerão através de palestras ou oficinas relacionadas aos
temas propostos.
Ações de saúde voltadas à educação infantil previstas no Calendário Macro 2025
Ações educativas e preventivas em saúde geral:
• Combate à dengue;
• Higiene ambiental;
• Higiene pessoal (cuidados gerais de higiene, doença parasitária, pediculose, COVID-19);
• Tuberculose;
• Alimentação saudável;
• Saúde bucal, ocular e auditiva;
• Dia Mundial da Saúde;
• Autismo x Seletividade Alimentar.
Ações em cumprimento à Leis, Decretos e Portarias Municipais, Estaduais e Federais rela-
cionadas à saúde do estudante:
• Agosto Dourado Lei Municipal Nº13.435/14;
• Segurança e Saúde nas Escolas Lei Federal Nº12.645/12;
• Orientação postural. Lei Municipal Nº 1.501/10;
• Recebimento de declaração atualizada de vacinação. Portaria Nº323/22;
• Semana de Prevenção ao Diabetes. Lei Municipal nº2243, Decreto 4.827, de 18 de maio de
274
2020;
• Dia Nacional de Prevenção à Obesidade. Lei Federal nº 11.721 (11/10);
• Semana de Prevenção, Orientação e Combate ao Câncer Bucal (Lei Municipal nº 1.866/2013);
• Semana Estadual de Combate ao Aedes aegypti no estado do Amazonas. Lei nº 4.398, de
01 de dezembro de 2016.
Ações de Campanhas Nacionais, Estaduais e Municipais de saúde:
• Outubro Rosa
As ações desenvolvidas, as evidências e o quantitativo de estudantes devem ser informados
pelas escolas às DDZs, que serão responsáveis em enviar o relatório bimestralmente para a GACPE.
As atividades realizadas com a colaboração de parceiros externos articuladas diretamente pelas
Unidades de Ensino, devem ser comunicadas, antes de sua efetivação, para as DDZs.
1.6. Programa de prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas
O Programa visa contribuir com o papel da escola no trabalho de prevenção primária, a qual
ocorre no contexto pedagógico, no estímulo ao desenvolvimento do pensamento crítico e integral
do estudante, para que este potencialize escolhas saudáveis e desenvolva o protagonismo e a
autonomia.
Objetivo: contribuir com a qualidade de vida do estudante, auxiliando-o a fazer escolhas saudá-
veis e a estabelecer relações vinculares positivas.
Público-alvo: estudantes da rede municipal de ensino.
As ações relacionadas à temática álcool, tabaco e outras drogas podem ser desenvolvidas
durante todo o ano letivo (de forma contínua ou sob demandas específicas) através de rodas de
conversa, oficinas de prevenção, feiras, seminários e palestras com estudantes de 6º ao 9º anos,
familiares, professores e equipe pedagógica da escola.
Fazem parte das ações preventivas:
• Semana Nacional Antidrogas;
• Atividades realizadas pela equipe da própria escola;
• Atividades efetuadas por parcerias, como SEMSA/CAPSi, Polícia Militar, Civil e Federal, além
de Instituições Não-Governamentais;
275
• Aulas do Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD), que através da par-
ceria entre a SEMED e a Polícia Militar do Amazonas, viabiliza o PROERD para escolas com
maior vulnerabilidade.
As ações desenvolvidas, as evidências e o quantitativo de alunos devem ser informados
pelas escolas às DDZs que serão responsáveis em enviar o relatório bimestralmente para a GACPE.
As atividades realizadas com a colaboração de parceiros externos, articuladas pela própria
escola, devem ser comunicadas, antes de sua efetivação, para as DDZs.
1.7 Programa Minha Escola Saudável
O Programa busca desenvolver um trabalho multidisciplinar contínuo visando a mudança de
comportamento relacionada aos hábitos alimentares e estilo de vida saudáveis no cenário da rede
pública municipal de educação, na prevenção e controle epidemiológico do Diabetes Mellitus, assim
como no cuidado aos portadores já existentes da doença no ambiente escolar.
Objetivo: proporcionar o ambiente escolar favorável à mudança de comportamento relacionada
aos hábitos alimentares e estilo de vida saudável dos estudantes, integrando família, comunidade
e escola no controle das doenças crônicas não transmissíveis como diabetes e obesidade na Rede
Pública Municipal de Ensino.
Público-alvo: comunidade escolar (estudantes, pais/responsáveis, professores, pedagogos, dire-
tores e manipuladores de alimentos).
Alcance: 90% das Unidades de Ensino da Rede Municipal de Ensino no período de 2025 a 2028.
Trata-se de um projeto municipal intitulado “Minha Escola Saudável” implementado através
da Secretaria Municipal de Educação de Manaus para apoiar as Unidades Escolares na prevenção
e combate à obesidade e diabetes mellitus (DM), sendo a obesidade um fator de risco modificável
para o DM tipo 2, além de fornecer o apoio no âmbito escolar ao estudante já portador de DM, em
especial do tipo 1.
O Programa Municipal amplia dois eixos do Programa Federal Saúde na Escola e dispõe de
bases no reconhecimento de que as escolas da Rede Municipal de Ensino já estimam um número
significativo de crianças e adolescentes em situação de sobrepeso e obesidade, necessitando do
acompanhamento preventivo e do autocontrole da doença.
Para isto, contará com um trabalho multidisciplinar em ações e conhecimentos articulados
entre as áreas de Pediatria, Psicologia, Nutrição, Educação Física e Serviço Social, cada uma
276
contribuindo para a promoção do desenvolvimento físico, mental e social - fatores determinantes à
qualidade de vida - e a identificação dos casos alterados de obesidade e diabetes entre os escolares
e referenciado ao serviço de atenção primária.
Desta forma, seguem as diretrizes gerais e norteadoras que definem a consolidação, o
planejamento e a execução do Programa Municipal Minha Escola Saudável:
• Supervisionar e orientar na implantação, na execução, no acompanhamento e na avaliação
do Programa;
• Coordenar, supervisionar e orientar na realização do projeto Desafio Saudável, em sua 3ª
edição, a ser desenvolvido em todos as unidades de ensino municipal como forma de va-
lorizar a saúde e bem-estar com base na tríade: atividade física, alimentação saudável e
saúde mental, neste dia será criada uma corrente em prol da mudança de hábitos e melhor
qualidade de vida;
• Viabilizar o treinamento aos profissionais da Educação inseridos no ambiente escolar sobre
alimentação (professores, pedagogos, funcionários e manipuladores de alimentos) visando
a mudança de hábitos e atitudes em prol da saúde e bem-estar das crianças e adolescentes;
• Desenvolver sistematicamente o monitoramento contínuo das ações aplicadas nas escolas
participantes do Programa para acompanhar a evolução e intervenção aos casos necessários;
• Desenvolver estratégias para identificar os fatores ambientais determinantes que dificultam
o controle de peso das crianças e adolescentes nas escolas;
• Coordenar e realizar a ação Dia “D” de Combate ao Diabetes, da Secretaria Municipal de
Educação, focados na importância da conscientização dos sinais, sintomas, fatores de ris-
cos para todos os tipos de Diabetes, detectá-lo precocemente, entender e adotar práticas
e cuidados que a escola e os professores precisam ter com os escolares e servidores que
possuem diabetes, tornando o ambiente escolar um lugar acolhedor, seguro e preparado.
• Estimular a prática de atividade física, como prevenção e controle do DM. O programa oferece
orientações específicas ao profissional de educação física quanto ao cuidado e a importância
do incentivo do estudante acometido pela diabetes quanto à prática da atividade física regular,
assim como o trabalho visando a prevenção da obesidade.
277
1.8 Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento a todos os tipos de Vio-
lência Sexual (PAIR)
O PAIR constitui-se em uma metodologia de articulação de políticas e de intervenção de redes,
assentada na Doutrina da Proteção Integral da criança e do adolescente (ECA - Lei 8.069, de 1990),
tendo por base os eixos do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil.
Objetivo: integrar políticas para a construção de uma agenda comum de trabalho, entre Governos,
Sociedade Civil e Organismos Internacionais, visando o desenvolvimento de ações de prevenção,
enfrentamento e atendimento a crianças e adolescentes vulneráveis ou vítimas de violência, da
exploração sexual e tráfico, para fins de exploração sexual.
Público-alvo: estudantes
Promoção de campanhas preventivas, presentes no calendário escolar, determinadas pela
legislação específica vigente: as ações são realizadas por meio das campanhas preventivas e
informativas do calendário Macro da Secretaria Municipal de Educação. São direcionadas a estu-
dantes, educadores, pais e responsáveis, com o objetivo de mobilizar a comunidade escolar para
a prevenção e ao enfrentamento das violações dos direitos humanos de crianças e adolescentes.
1.8.1 Campanhas Macro das Ações de Prevenção e/ou estabelecidas em Lei -Campanhas Preven-
tivas para 2025:
• Dia da Paz e da Solidariedade nas Escolas Municipais de Manaus. Lei nº 1426 de 26 de
março de 2010;
• Leis de Combate ao Bullying: Lei Municipal N. 2.104, de 06/04/2016 - Março Laranja - combate
ao bullying escolar; Lei Municipal N. 3.095, de 06/07/2023 – antibullying e cyberbullying; Lei
14.811, de 12/01/2024 – inclusão dos delitos de bullying e cyberbullying;
• Semana Municipal de Prevenção e Combate à Violência Sexual Infanto-Juvenil. Lei Municipal
Nº 1.649, de 16 de março de 2012;
• Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Lei
9.970, de 17 de maio 2000 – Campanha do Faça Bonito – 18 de maio;
• Semana Nacional de Combate ao Trabalho Infantil Lei Nº 11.542/2007, 12 de junho;
• Semana Municipal de Aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. (Lei Nº
278
8.069/1990);
• Campanha Setembro Amarelo – Promoção da saúde mental e valorização da vida;
• Campanha Municipal de Conscientização Criança Não Namora Nem de Brincadeira. Lei
Municipal Nº2.998/2022.
1. 8.2 Ações Realizadas pelo Programa de Prevenção e Combate a todos os tipos de violência:
• Palestras para pais, estudantes, responsáveis e educadores com temas voltados para a
prevenção de todas as violências, prevenção ao Trabalho Infantil e promoção dos Direitos
Humanos de criança e adolescente;
• Realização de oficinas, rodas de conversa sobre Bullying escolar, cyberbullying, promoção
da saúde mental e da educação para sexualidade voltadas para crianças, adolescentes,
pais e educadores;
• Orientação e apoio a toda equipe escolar quanto ao encaminhamento e fluxo de Notifica-
ção e atendimento, em casos de violência, ocorridos na escola ou não, de acordo com o
Protocolo de Encaminhamento e Acompanhamento de Casos de Criança e Adoles-
cente da Rede Municipal de Ensino Vítima ou Testemunha de Violência;
• Acompanhamento e monitoramento de casos suspeitos e confirmados de violência reve-
lados na escola, ocorridos ou não no ambiente escolar;
• Atendimento Psicossocial com a família e os estudantes vítimas e/ou testemunhas de vio-
lência, que ocorreram ou foram identificados no espaço escolar, casos em que o suposto
vitimador é um profissional da educação;
• Abordagem e mediação para resolução de conflitos, quando o foco é a violação dos di-
reitos da criança e adolescente;
• Identificação e encaminhamentos para rede de proteção dos casos de mendicância, tra-
balho infantil, abandono e negligencia;
• Acompanhamento de estudantes migrantes, refugiados e apátridas;
• Monitoramento de estudantes (crianças e adolescentes) em cumprimento de medidas
socioeducativa com restrição de liberdade;
• Trabalho articulado com o Programa de Segurança nas Escolas – PROSEG.
279
1. 8.3 Protocolo de Encaminhamento e Acompanhamento de casos de Criança e Adolescente da
Rede Municipal de Ensino Vítima ou Testemunha de Violência
O Protocolo de Encaminhamento e Acompanhamento de casos de Criança e Adolescente
da Rede Municipal de Ensino Vítima ou Testemunha de Violência, foi feito em cumprimento a
Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017. Sendo criado pela Gerência de Atividades Complementares e
Programas Especiais – GACPE/SEMED, tornando-se público pelo Decreto Nº 5.543, de 14 de abril
de 2023.
Como parte integrante do sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente
vítima ou testemunha de violência, as escolas da Rede Municipal de Educação têm o compromis-
so de promover e garantir os direitos humanos de criança e adolescentes, haja vista que a escola
não é uma mera instituição transmissora de conhecimentos, mas um espaço em que é trabalhado
saberes, afetos, valores, leis e direitos constituídos de Criança e Adolescente, como a Lei nº 8.069,
280
de 13 de Julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente. Por este motivo, todos os tipos de
violência contra criança e adolescente devem ser combatidos de forma urgente e enérgica por toda
a sociedade, sobretudo pelos órgãos que compõem a Rede de Proteção de Criança e Adolescente,
estabelecido pela Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017.
A escola deve ser um ambiente de informação e acolhimento aos estudantes, em especial
aqueles que são vítimas ou testemunhas de violência de algum tipo de violência, seja ela revelada
espontaneamente ou identificada no espaço da escola. Destarte que grande parte da vida das crian-
ças e adolescentes se desenvolve no ambiente escolar, o que permite que sejam criados laços de
confiança com todos os profissionais de ensino.
A escola deve orientar todos os estudantes sobre a sua segurança, esclarecer que ao perce-
ber que existe algum perigo, ele pode falar e pedir apoio na escola, pois de acordo com estudos, a
maioria das vítimas sofre a violência por um vitimizador que é alguém conhecido, a violência ocorre
dentro de casa, no próprio sistema familiar.
Com base na função de cuidado e proteção da escola, a escola deve desenvolver em seus alu-
nos que nenhum tipo de violência deve ser tolerado e permitido, seja dentro ou fora do ambiente
escolar, contra crianças e adolescentes. Em casos, principalmente, em que o sujeito suspeito de
ser o vitimizador for um profissional da educação, configurando a violência institucional, é dever da
Secretaria Municipal de Educação – SEMED - agir imediatamente, adotando procedimentos céle-
res e eficazes, visando a apuração e responsabilização do(s) autor(es) nos casos de suspeita ou
comprovação da violência.
1.8.4 Conheça e divulgue os canais de proteção - órgãos responsáveis para receber Notificação de
violência contra crianças e adolescentes.
Canais de Notificação de Violência contra crianças e adolescentes:
1. Conselho Tutelar – para casos de violência física ou sexual, inclusive por familiares,
casos de ameaça ou humilhação por agentes públicos, casos de atendimento médico negado, é ne-
cessário chamar o Conselho Tutelar. Verifique o contato do Conselho Tutelar da sua zona territorial;
2. Disque 100 e WhatsApp do Disque 100 (61) 99656-5008 – recebem denúncias de
violências praticadas contra crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, população
de rua, tráfico de pessoas e todas as outras formas de violações dos direitos humanos;
281
3. Disque 180 – Central de Atendimento a Meninas e Mulheres em Situação de Violência;
4. Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) – Re-
cebe Notificações e Denúncias de violência praticada contra criança e adolescente. Endereço:
Avenida Via Láctea, Conjunto Morada do Sol, bairro Aleixo, CEP: 69060- 085, Manaus – AM. Tel.
Notificação: (92)99962-2441;
5. Disque 190 Polícia Militar – caso presencie algum ato de violência, acione a Polícia;
6. Safernet Brasil – https://new.safernet.org.br – o site recebe denúncias de cyberbullying
e crimes realizados em ambiente online;
7. Disque Denúncia Ministério Público – 0800-092-0500.
8. SOS Criança – 0800-921407;
9. Juizado de Menores – 3657-1384;
10. Justiça Volante – 0800-644-2020;
11. Disque 188 - Centro de Valorização da Vida - CVV – Em caso de tristeza, desânimo
ou risco de suicídio, ligar para o CVV, o serviço é gratuito e presta apoio emocional e prevenção
ao suicídio, também pode acessar o site www.cvv.org.br a qualquer dia e a qualquer hora, e não
precisa se identificar se não quiserem.
Mário Jorge Cruz Lima
Gerente da Gerência de Atividades Complementares e Programas Especiais gacpe.
[email protected] (92) 99160 – 8311
282
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº6.286 de 05 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Esco-
la - PSE, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil;
BRASIL. Decreto nº 12.021, de 16 de maio de 2024, altera o Decreto nº 9.099, de 18 de julho de
2017, que dispõe sobre o Programa Nacional do Livro e do Material Didático. Diário Oficial da Re-
pública Federativa do Brasil;
BRASIL. Decreto n.º 12.064 de 17 de junho de 2024. Regulamenta o Programa Bolsa Família,
instituído pela Lei nº 14.601, de 19 de junho de 2023, e dá outras providências. Diário Oficial da
República Federativa do Brasil;
BRASIL. Lei N o 11.542, de 12 de novembro de 2007, institui o dia nacional de combate ao trabalho
infantil, celebrado anualmente no dia 12 de junho. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
BRASIL. Lei Federal n°. 12.244 de 24 de maio de 2010. Dispõe sobre a universalização das biblio-
tecas nas instituições de ensino do País. Diário Oficial da República Federativa do Brasil;
BRASIL. Lei N o 14.432, de 3 de agosto de 2022, institui a campanha maio laranja, a ser realizada
no mês de maio de cada ano, em todo o território nacional, com ações efetivas de combate ao abuso
e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
BRASIL. Lei N o 14.811, de 12 de janeiro de 2024, institui medidas de proteção à criança e ao ado-
lescente contra a violência nos estabelecimentos educacionais ou similares, e dá outras providências.
Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
MANAUS. Decreto N o 718 de 15 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei N 1426, de 26 de Mar-
ço de 2010, que Institui o Dia da Paz e da Solidariedade nas Escolas Municipais de Manaus, e dá
outras providências. Diário Oficial do Município de Manaus-AM.
MANAUS. Lei N o 1649, de 16 de março de 2012, Insere no calendário oficial da cidade de Manaus
o evento “marcha de combate à exploração e ao abuso sexual da criança e do adolescente, e dá
outras providências. Diário Oficial do Município de Manaus-AM.
MANAUS. Lei N o 2104, de 6 de abril de 2016, Institui, no calendário oficial da cidade de Manaus,
o março laranja, mês de prevenção e combate ao bullying escolar, e dá outras providências. Diário
Oficial do Município de Manaus-AM.
MANAUS. A Lei N o 2.937, de 21 de julho de 2022, institui a semana de divulgação e valorização
do estatuto da criança e do adolescente (ECA) no município de Manaus. Diário Oficial do Município
283
de Manaus-AM.
MANAUS. A Lei N o 2.998, de 29 de dezembro de 2022, institui a campanha municipal de cons-
cientização Criança não Namora! Nem de Brincadeira! e dá outras providências. Diário Oficial do
Município de Manaus-AM.
284
Centro Municipal de
Atendimento
Sociopsicopedagógico
285
CENTRO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SOCIOPSICOPEDAGÓGICO
O Centro Municipal de Atendimento Sociopsicopedagógico (CEMASP) foi criado pela Lei
nº 1.556, de 13/01/2011, regulamentado pelo Decreto nº 2.755, de 9 de abril de 2014, que tem o
compromisso ético e social de contribuir nas soluções das dificuldades encontradas no processo
de ensino-aprendizagem nas Unidades de Ensino da Rede Municipal de Manaus, através de ações
preventivas e intervenções específicas da área de psicologia, psicopedagogia, serviço social e fo-
noaudiologia com o intuito de promover a permanência do estudante na Unidade de Ensino.
As ações preventivas e intervenções são realizadas conforme o Decreto/Lei supracitado, no
art.4º e art. 5º:
Art. 4º Constituem tarefas dos integrantes das equipes multiprofissionais, conforme as res-
pectivas habilitações:
I - assessoramento sociopsicopedagógico e orientação do corpo técnico das escolas munici-
pais com vistas ao acompanhamento, de forma sistemática, dos alunos encaminhados ao Programa;
II - realização de:
a) palestras educativas para pais de alunos ou seus responsáveis, com a finalidade de pres-
tar-lhes informações e orientação, bem como sensibilizá-los quanto às dificuldades e problemas
vivenciados nas escolas;
b) reuniões com gestores escolares, pedagogos e professores, para orientação da equipe
técnica e pedagógica e sugestão de estratégias para o desenvolvimento integral do aluno e a sua
permanência na escola;
c) oficinas para os alunos, com temáticas que possam auxiliar sua permanência na escola;
d) visitas domiciliares aos alunos infrequentes, em situação de abandono escolar temporá-
rio ou definitivo, com o objetivo de conhecer a dinâmica familiar, resgatá-los e prestar orientação
às famílias quanto à importância de sua participação no processo educacional das crianças e sua
permanência na escola;
e) atendimentos multidisciplinares a grupos de alunos que vivenciem situações similares;
f) atendimentos sociais, pedagógicos, psicológicos, psicopedagógicos e fonoaudiológicos
aos alunos;
g) triagem e estudo dos casos encaminhados ao Programa;
286
h) monitoramento dos casos de alunos que retornaram à sala de aula.
III - orientação aos professores, pais de alunos ou seus responsáveis, na busca de resolução
de problemas, a fim de alcançar resultado satisfatório entre os envolvidos no processo escolar;
IV - encaminhamento de casos aos Conselhos Tutelares, órgãos ou instituições parceiras,
segundo as exigências de solução;
V - elaboração de relatórios semanais e mensais, e recebimento de relatórios de instituições
parceiras, remetendo-os ao CEMASP.
Art. 5º Como centro de excelência no combate à evasão escolar, com a missão de resgatar
alunos com baixa frequência ou em situação de abandono definitivo, reduzindo os respectivos índi-
ces, compete ao CEMASP:
I - a supervisão, o controle e a avaliação das ações pedagógicas, psicológicas, psicopeda-
gógicas, sociais e fonoaudiológicas desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de
Atendimento Sociopsicopedagógico - PASP junto às escolas;
II - o pleno conhecimento, com o auxílio dos gestores das Divisões Distritais Zonais, dos casos
de pouca frequência, abandono e desajuste dos alunos em relação ao processo de aprendizagem,
de modo a orientar as ações das equipes multiprofissionais;
III - a definição de estratégias para o desenvolvimento integral do aluno e a sua permanência
na escola, a partir dos exemplos vivenciados pelos componentes das equipes multiprofissionais;
IV - o permanente acompanhamento de alunos que retornaram à sala de aula, a partir de
relatórios dos integrantes das equipes multiprofissionais, com a geração de dados estatísticos de
todos os atendimentos e dos resgates alcançados;
V - a alocação dos recursos humanos envolvidos no Programa em polos de atividades, com
vistas ao atendimento das áreas territoriais de maior demanda;
VI - a seleção, supervisão e orientação de estagiários para apoio às atividades do Programa,
na área administrativa e nas áreas profissionais específicas;
VII - a execução de outras ações e atividades relacionadas à sua natureza e finalidade.
O CEMASP pauta suas ações nos referidos ideais de:
MISSÃO — contribuir para permanência e sucesso da aprendizagem dos estudantes da Rede Mu-
nicipal de Manaus.
VISÃO — ser reconhecido pelas ações de combate à evasão escolar e apoio no processo de apren-
287
dizagem, com parcerias para encaminhamento dos estudantes que necessitem de diagnóstico e
acompanhamento especializado.
VALORES — amor, equidade, respeito, comprometimento, ética, empatia, confiança, cooperação,
responsabilidade social e inovação.
1. Perfil de estudante que deve ser encaminhado ao CEMASP
1.1 Busca ativa
Devem ser considerados estudantes público-alvo da busca ativa escolar os infrequentes com
cinco faltas consecutivas ou 10 alternadas sem justificativa e sem sucesso de resolução pela
Unidade de Ensino.
1.2 Atendimento sociopsicopedagógico
Devem ser considerados público-alvo do assessoramento sociopsicopedagógico os estudantes
do ensino fundamental (1º ao 9º ano) com dificuldades de aprendizagem por:
● Indícios de TDAH sem laudo, sendo estes os estudantes com dificuldade de atenção e con-
centração nas atividades que exigem esforço mental, distração com estímulos do ambiente,
desinteresse por situações que demandam concentração, recorrência de circunstâncias de
esquecimento, problemas com regras e limites, dificuldade em esperar sua vez para falar ou
antecipação para responder algo, incapacidade de ficar sentado ou parado, problemas com
organização que afetem o desempenho escolar;
● Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH com laudo;
● Vulnerabilidade social: são considerados estudantes com vulnerabilidade social aqueles que
apresentam ausência do acompanhamento familiar, sonolência recorrente em sala de aula,
desnutrição, sinais de negligência na saúde e na higiene, de modo que esteja prejudicando
a aprendizagem;
● Dificuldade comportamental: para este item são considerados comportamentos persistentes
como a falta de atenção, hiperatividade, impulsividade, agressividade, indisciplina, timidez
excessiva, mudança de comportamento, isolamento, nervosismo e medos desproporcionais,
tristeza persistente e automutilação;
● Dificuldades fonoaudiológicas: dificuldade de pronúncia, gagueira persistente, trocas de letras
288
na escrita e/ou fala, omissão de fonemas, rouquidão persistente e anquiloglossia (popular-
mente conhecido como língua presa).
1.3 Ações preventivas e educativas
Quando a Unidade de Ensino detectar problemas de ordem social e ou psicológica que esteja
prejudicando o aprendizado dos discentes, como casos de violência, uso de drogas e gravidez
precoce, deve entrar em contato com as instituições listadas no item “PERFIL DE ESTUDANTE
ATENDIDO PELO CEMASP”. Adicionalmente, é possível solicitar ao Coordenador do CEMASP da
sua Unidade de Ensino, ações preventivas e educativas como palestras, rodas de conversa e/ou
oficinas que tratem do tema com os estudantes e/ou responsáveis. A solicitação pode ser enviada
por e-mail para o CEMASP polo que agendará a data da ação.
2. PERFIL DE ESTUDANTE NÃO ATENDIDO PELO CEMASP
• Estudantes com Transtorno do Espectro Autista – TEA e estudantes com altas habilidades e
Pessoa com Deficiência (PcD) - encaminhar ao Complexo Municipal de Educação Especial
(CMEE);
• Estudantes com suspeita de abuso e violência intrafamiliar - encaminhar para o Programa de
Ações de Enfrentamento a Violência Sexual Infanto-Juvenil (PAIR), via DDZ. Seguir Protocolo
da SEMED (DECRETO Nº 5.543, DE 14 DE ABRIL DE 2023);
• Estudantes com problemas de uso abusivo de álcool e outras drogas - Centro de Atenção
Psicossocial Infantil/Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CAPSi ou
CREAS); Contato CREAS: 0800 921407. Obs.: devido à urgência da demanda, os responsá-
veis dos estudantes devem ser orientados a levá-los o quanto antes às instituições citadas;
• Ideação suicida - Unidade Básica de Saúde (UBS); CAPSi; Clínica de Instituição de Ensino
Superior (IES). Obs.: devido à urgência da demanda, os responsáveis dos estudantes devem
ser orientados a levar o quanto antes nas instituições citadas;
• Estudantes vítimas de violação de direitos humanos (falta de cuidados dos res-
ponsáveis com a saúde, higiene física e a falta de atenção dos pais com a edu-
cação dos filhos) - Conselho Tutelar. Obs.: em casos de necessidade, os estu-
dantes podem ser encaminhados paralelamente ao CEMASP para atendimento
sociopsicopedagógico/realização de ações preventivas e educativas nas Unidades de Ensino.
289
3. AÇÕES 2025
1.1 III SEMANA DO TDAH NA SEMED MANAUS
Objetivo: promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces
em indivíduos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Público-alvo: comunidade escolar da Rede Municipal de Ensino da Cidade de Manaus.
Esta ação fundamenta-se na LEI Nº 14.420, DE 20 DE JULHO DE 2022, que institui a Semana
Nacional de Conscientização sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
3.2 Busca ativa escolar
CONTATO POR TELEFONE E VISITAS DOMICILIARES: a fiscalização da Unidade de Ensino em
relação à frequência do estudante é importante porque a infrequência pode revelar outros problemas
sociais ou familiares, que potencialmente exigem a intervenção estatal. Assim, os estabelecimentos
de ensino devem estar atentos às suas incumbências legais de comunicar aos órgãos responsáveis
para não caracterizar omissão ou descumprimento de obrigação legal (Lei 8.069/90 Art. 56).
Após detectar cinco (05) dias de faltas consecutivas ou dez (10) alternadas por mês não
justificadas, a Unidade de Ensino deve imediatamente efetivar as ações de resgate do estudante
infrequente (entrar em contato família, reunir com os pais/responsáveis, acompanhar a frequência
junto ao professor, verificar os fatores que levam à infrequência do estudante e outros). Os estudan-
tes não resgatados devem ter a Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente (FICAI) encaminhada
para o CEMASP via SIGEAM.
Ressalta-se que, de acordo com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, o estudante é
reprovado se ultrapassar o limite de 25% (vinte e cinco por cento) de faltas no ano letivo. A Lei
nº 13.803, de 10/01/2019, obriga a notificação de faltas escolares ao Conselho Tutelar quando
superiores a 30% (trinta por cento) do percentual de faltas permitidas. Na Rede Municipal de
Ensino de Manaus apenas os estudantes não resgatados pelo CEMASP serão encaminhados para
o Conselho Tutelar, portanto é necessário atuar antes que os estudantes infrequentes ultrapassem
o quantitativo de faltas previsto em Lei.
As ações de busca ativa realizadas pelo CEMASP têm o fim de contactar com os pais e/ou
responsáveis para detectar as razões da infrequência, orientar as possíveis soluções, sensibilizar
290
da importância de garantir o direito à educação e advertir das questões legais (Lei 8.069/90, Art.
129/V; Art. 249).
O trabalho será iniciado através de contato telefônico e/ou por redes sociais; nos casos de
insucesso serão realizadas as visitas domiciliares. O resgate do discente será considerado efetivado
quando o responsável se apresentar com o estudante na Unidade de Ensino, assinar o TERMO
DE COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE e uma cópia do documento for encaminhada ao
respectivo polo do CEMASP.
É importante ressaltar que ações de acolhimento, acompanhamento e apoio ao estudante
resgatado por parte da Unidade de Ensino são fundamentais para a permanência do estudante na
mesma e prevenir o abandono escolar.
MONITORAMENTO AOS ESTUDANTES TELE/RESGATADOS: as Unidades de Ensino e os CE-
MASP polos realizam pesquisas no SIGEAM, mensagens de WhatsApp, chamadas telefônicas
(Unidade de Ensino e família) e visitas institucionais visando o engajamento e a permanência dos
estudantes nas aulas e no desenvolvimento da aprendizagem através da participação nas atividades
escolares.
ACOLHIMENTO: TELE/AÇÕES EDUCATIVAS E ORIENTAÇÕES AOS ESTUDANTES, PAIS E/
OU RESPONSÁVEIS E AO CORPO TÉCNICO PEDAGÓGICO DAS UNIDADES DE ENSINO: com
objetivo de promover a saúde mental da comunidade escolar, o CEMASP realizará ações de aco-
lhimento, palestras e outras estratégias de orientação sociopsicopedagógicas, quando solicitadas.
291
3.3 Atendimento Sociopsicopedagógico
O atendimento sociopsicopedagógico é realizado por uma equipe multiprofissional forma-
da pelos seguintes profissionais: Psicólogos, Assistentes Sociais, Pedagogos, Psicopedagogos e
Fonoaudiólogo. O perfil dos estudantes encaminhados para o atendimento: estudantes do ensino
fundamental (1º ao 9º anos) com dificuldades de aprendizagem por indícios de TDAH sem Trans-
torno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH com laudo; Vulnerabilidade social; Dificuldades
fonoaudiológicas.
292
3.4 Ações Educativas e Preventivas
Ação de orientar a comunidade escolar sobre temas que possam afetar a permanência
do estudante na Unidade de Ensino.
Quando a escola detecta problemas de ordem social e/ou psicológica que estão prejudi-
cando o aprendizado dos discentes, a Unidade de Ensino solicita ao CEMASP ações preventi-
vas e educativas como palestras, rodas de conversa e/ou oficinas que tratem do tema, com os
estudantes e/ou responsáveis. A solicitação pode ser enviada por e-mail para o CEMASP polo
que agendará a data da ação.
293
3.5 Atendimentos
3.5.1 Atendimento aos estudantes da educação infantil (creche e pré-escola)
Os profissionais do CEMASP poderão promover tele/ações educativas aos pais, tais como:
orientações sociopsicopedagógicas e fonoaudiológicas por meio de tele/roda de conversa, oficinas
e palestras.
Os estudantes infrequentes serão atendidos com ações preventivas, visto que, a FICAI (Ficha
de Comunicação de Aluno Infrequente) destina-se a estudantes a partir dos 4 anos de idade,
segundo o art. 6º da Lei nº 9394/96 (LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
Os atendimentos sociopsicopedagógicos devem ser acompanhados da adesão da família com
o comprometimento de estar presente no dia agendado para acompanhamento do discente (Lei
8.069/90 art.129).
3.5.2 Atendimento aos estudantes dos anos iniciais e anos finais
Aos estudantes do ensino fundamental as tele/ações educativas serão presenciais com escuta
psicológica, acolhimento psicossocial, roda de conversa, vídeos educativos e orientações sociopsico-
pedagógicas com intuito de direcionar sobre a importância de criar uma rotina escolar e ou abordando
temas relacionados ao seu desenvolvimento socipsicopedagógico. Quanto aos pais/responsáveis,
o CEMASP irá promover tele/ações socioeducativas e busca ativa escolar, orientações e postagens
de vídeos em prol do desempenho escolar dos estudantes enfatizando aos pais e/ou responsáveis
quanto a importância do seu papel para o engajamento e envolvimento educativo dos filhos.
Os atendimentos sociopsicopedagógicos devem ser acompanhados da adesão da família
com o comprometimento de estar presente no dia agendado (Lei 8.069/90 art.129).
3.5.3 Atendimento aos estudantes da zona rural/áreas ribeirinha e rodoviária
As ações do CEMASP RURAL, nas áreas ribeirinhas e rodoviárias, acontecerão de forma pre-
sencial. O encaminhamento das demandas (FICAI e Atendimento Sociopsicopedagógico) poderão
ser enviados via SIGEAM, podendo utilizar a ferramenta digital da DDZ Rural ou entrando em contato
com a Coordenadora do CEMASP RURAL via e-mail institucional e/ou whatsapp.
Os estudantes encaminhados e seus responsáveis terão atendimentos sociopsicopedagógicos
na Unidade de Ensino onde frequentam. Os estudantes infrequentes receberão visita domiciliar.
294
3.5.4 Atendimento aos estudantes da EJA
Aos estudantes da Educação de Jovens e Adultos-EJA, o CEMASP desenvolverá tele/ações
socioeducativas como: palestras, oficinas temáticas, tele/assessoramento, disponibilização de folder
informativo sobre atendimento psicossocial, tele/roda de conversa, escuta psicológica, elaboração
de vídeos e folhetos com temáticas que atendam às demandas específicas dos estudantes e equipe
técnica escolar; realizará busca ativa de estudantes por meio de ligações telefônicas.
Ressalta-se que os estudantes infrequentes maiores de idade serão atendidos com ações pre-
ventivas, visto que A FICAI (Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente) se aplica aos estu-
dantes até os 17 anos e 11 meses de idade, conforme segundo o art. 2° da LEI Nº 8.069, de 13 de
JULHO de 1990 (ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente). Porém, o CEMASP Noturno realiza
ações preventivas e o TELE/RESGATE, sendo necessário os diretores encaminharem os dados dos
estudantes infrequentes para o polo do CEMASP, via e-mail.
4 PROJETOS
4.1 Projeto Movimentes
O projeto é estabelecido em Unidades de Ensino que apresentam um número expressivo de
estudantes do terceiro ano com dificuldade na aprendizagem.
Objetivo:
Público-alvo: estudantes do 3º ano do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino da
Cidade de Manaus.
Adesão: a Unidade de Ensino precisa manifestar o desejo de receber o projeto após apre-
sentação da proposta de trabalho pela equipe. Ainda se faz necessário que a Unidade de Ensino
possua espaço físico, parceria com o professor regente e bom relacionamento com os familiares
dos estudantes público-alvo do projeto, uma vez que esses precisarão participar de oficinas.
Metodologia: é um Projeto de Intervenção Motora que, através do componente Educação
Física, oferece apoio e ambientes especializados de intervenção para estudantes que apresentam
dificuldade na aprendizagem.
295
1.2 PROJETO ESPAÇO DE SUPERAÇÃO
Objetivo: oferecer atendimento multiprofissional (Psicologia, Fonoaudiologia, Psicopedagogia,
Serviço Social e Educação Física) para estudantes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hipera-
tividade (TDAH) e seus pais/responsáveis.
Metodologia: o projeto oferece 14 atendimentos multiprofissionais que trabalham as funções
executivas afetadas pelo TDAH. Os atendimentos são simultâneos para os estudantes e seus res-
ponsáveis, dando ferramentas para superar as dificuldades e seguirem em seu desenvolvimento
e aprendizagem. Os atendimentos são no contraturno, uma vez por semana, com duração de 50
minutos.
Público-alvo: estudantes a partir do 2º período da Educação Infantil ao 5º ano dos Anos Iniciais,
com TDAH, da Rede Municipal de Ensino da Cidade de Manaus.
296
5 PRAZO DE RECEBIMENTO DAS DEMANDAS - zona Urbana e Rural
O recebimento dos encaminhamentos para atendimento dos estudantes em potencial abandono
ou que apresentam necessidades de atendimento multiprofissional deverão ser enviados nos três
primeiros dias úteis de cada mês, via SIGEAM. Ressalta-se que os prazos mencionados no qua-
dro abaixo, com datas de início e término, referem-se ao recebimento das demandas, no entanto
as ações do CEMASP continuam ocorrendo até a conclusão dos trabalhos.
URBANA DATA
Encaminhamentos para início dos atendimentos 01, 02 e 03/04/2025
FICAI e sociopsicopedagógico.
Encerramento do recebimento para atendimento 01,04 e 05/08/2025
sociopsicopedagógico.
Encerramento do recebimento para atendimento 01, 02 e 03/10/2025
FICAI.
RURAL - RIO NEGRO/RIO AMAZONAS DATA
Encaminhamentos para início do atendimento 24/02/2025
sociopsicopedagógico.
297
Encerramento do recebimento para atendimento 29/08/2025
sociopsicopedagógico.
Encaminhamento do recebimento para atendimento 24/02/2025
FICAI.
Encerramento do recebimento para atendimento 26/09/2025
FICAI.
RURAL - RODOVIÁRIO DATA
Encaminhamentos para início do atendimento 10/03/2025
sociopsicopedagógico.
Encerramento do recebimento para atendimento 29/09/2025
sociopsicopedagógico.
Encaminhamento do recebimento para atendimento 10/03/2025
FICAI.
Encerramento do recebimento para atendimento 31/10/2025
FICAI.
Karla Menezes
COORDENADORA GERAL DO CEMASP
SEMED sede - Av. Mário Ypiranga, 2358 - Parque Dez de Novembro
98844-5240
[email protected]/ [email protected]
298
Coordenadora do Projeto MOVIMENTES:
Viviane Figueiredo
981561746
[email protected]/
CEMASP NORTE: Rua Curió nº 64 - Cidade Nova I
Coordenadora:
Valdirene Nascimento Ishiba
99662-5350
[email protected]/ [email protected]
CEMASP SUL: Avenida André Araújo 1118 Aleixo
Coordenadora: Ytaciara Ferreira
99122-2071
[email protected]/ [email protected]
CEMASP CENTRO-SUL: Rua Sabiá Preto, nº 01, Bairro: Cidade de Deus- Comunidade Fazendi-
nha
Coordenador:
Hudes Tavares de Lima
99962-5535
[email protected] [email protected]
299
CEMASP LESTE I: Av. Autaz Mirim, nº 2091. – Armando Mendes
(Dependências da DDZ LESTE I)
Coordenador: José Erivan
99962-6215
[email protected]/
[email protected]
CEMASP LESTE II: Av. Itaúba, 117- Jorge Teixeira: Dependências da Unidade de Ensino Escola
Municipal Hiran Lima Caminha – (SALA DO TELECENTRO) Coordenador:
Nasson Passos
98844-5426
[email protected]/ [email protected]
CEMASP RURAL: Av. Pedro Teixeira, nº 149 – Cj. Dom Pedro I
Coordenadora:
Jane Lara Costa da Silva.
98842-2574
[email protected]/ [email protected]
CEMASP OESTE: Av. Torquato Tapajós, nº S/N – Bairro da Paz - Dependências da do Prédio da
Engenharia e Transporte da SEMED
Coordenador:
Weryton Leite da Cunha
99962-4900
[email protected]/ [email protected]
300
REFERÊNCIAS
BRASIL/MEC. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educa-
ção Nacional. Brasília, DF: 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adoles-
cente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 16 jul. 1990.
MANAUS. Jornada Pedagógica 2023: Diretrizes Técnico-Pedagógicas. 2023, p.174.
MANAUS. Lei nº 1.556, de 13 de janeiro de 2011. Dispõe sobre a criação na Estrutura Adminis-
trativa da Secretaria Municipal de Educação - SEMED, o Programa de Atendimento Sóciop-
sicopedagógico da Rede Municipal de Ensino - PASP dá outras Providências.
MANAUS. Decreto nº 2.755, de 09 de abril de 2014. Dispõe sobre o regulamento da Lei nº 1556,
de 13 de janeiro de 2011, e dá outras providências.
301
Coordenação de
Esportes
302
COORDENAÇÃO DE ESPORTES
1.COORDESP
A Educação Física é um componente curricular fundamental no desenvolvimento integral
do indivíduo, promovendo não apenas a aptidão física, mas também aspectos sociais, emocionais
e cognitivos (BETTI, 2005). Através de atividades físicas e esportivas, os alunos aprendem sobre
saúde, trabalho em equipe, disciplina e superação de desafios. A prática regular de exercícios con-
tribui para a prevenção de doenças, melhora a autoestima e proporciona um estilo de vida ativo
e integrativo. Além disso, a educação física estimula o desenvolvimento de habilidades motoras e
promove valores como respeito, inclusão e fair play. Em um mundo cada vez mais sedentário, a
educação física se torna essencial para formar cidadãos saudáveis e conscientes de seu corpo e
do seu potencial intelectual (SANTOS, 2024). Nesse sentido, a Coordenação de Esportes (COOR-
DESP) visa proporcionar o acesso à prática esportiva regular de qualidade nas Unidades de Ensino
da cidade de Manaus, através da realização de eventos e de estratégias educacionais e esportivas
que contribuam para o bom desempenho escolar e desenvolvimento da autonomia, criticidade e
compreensão da cultura corporal e social dos estudantes.
1.2 Sobre a competência da COORDESP
Compete à COORDESP proporcionar o acesso à prática esportiva regular de qualidade
através da realização de eventos e de estratégias educacionais e esportivas que contribuam para o
bom desempenho escolar e desenvolvimento da autonomia, criticidade e compreensão da cultura
corporal e social.
1.3 Principais atribuições da COORDESP
1.3.1 Planejar, organizar e gerir eventos, ações de desporto escolar, projetos e competições de
forma eficiente;
1.1.2 Fomentar o desporto escolar, promovendo capacitação técnica-pedagógica aos discentes da
Rede Municipal de Ensino acerca do conhecimento de regras, técnicas e estratégias dos esportes,
além das melhores práticas e inovações na área.
303
2. Ações
A COORDESP desenvolverá durante o ano letivo de 2025 os seguintes projetos conforme
descritos abaixo:
2.1 Ação: Projeto Educar pelo Esporte
O Projeto Educar pelo Esporte foi criado com a finalidade de desenvolver modalidades espor-
tivas no âmbito pedagógico, social, cognitivo e motor.
Objetivo: contribuir no desenvolvimento de habilidades físicas, técnicas, cognitivas, de estraté-
gia e concentração dos estudantes da rede municipal de ensino de Manaus, através da prática de
esportes. Fortalecendo a formação de cidadãos éticos, disciplinados e comprometidos, permitindo
deste modo, a socialização além da melhoria na qualidade de vida do público-alvo deste projeto.
Público-alvo: o projeto visa atender aproximadamente 5 mil estudantes do 4° ao 9° anos do
ensino fundamental.
Modalidades esportivas: as modalidades atendidas serão: futebol, futsal, handebol, judô, jiu-jitsu,
natação e voleibol.
Metodologia: participarão estudantes na faixa etária de 08 a 15 anos, com turmas variando de
20 a 30 alunos, dependendo da modalidade esportiva e os espaços físicos ofertados pela escola.
As aulas realizar-se-ão de segunda a sexta-feira, cada turma atendida fará a atividade esportiva
duas (2) vezes por semana.
Avaliação: a avaliação é realizada através da participação e frequência nas atividades escolares
e eventos no decorrer do projeto.
2.2 Ação: Aprender Lutando
Objetivo: oferecer aos estudantes um ambiente especializado de aprendizagem a partir de
vivências proporcionadas pelo Componente Curricular da Educação Física por meio das modalida-
des de judô, jiu-jitsu e taekwondo.
304
Público-alvo: estudantes do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino - anos iniciais
e finais.
Metodologia: participarão estudantes na faixa etária de 08 a 15 anos, com turmas variando
de 20 a 30 alunos, dependendo da modalidade esportiva e os espaços físicos ofertados pela escola.
As aulas realizar-se-ão de segunda a sexta-feira, cada turma atendida fará a atividade esportiva
duas (2) vezes por semana.
Avaliação: a avaliação é realizada através da participação e frequência nas atividades escolares
e eventos no decorrer do projeto.
2.3 Ação: Jogos Escolares Municipais
As Municipíadas visam oportunizar o desporto escolar, para o aprimoramento das habilidades
motoras e a socialização dos alunos.
Objetivo: Proporcionar aos estudantes a experiência da competição esportiva com um olhar
pedagógico. Contribuindo no desenvolvimento de habilidades físicas, técnicas e cognitivas. De es-
tratégia e concentração dos estudantes através da prática do esporte.
Os Jogos Escolares Municipais de 2025 englobarão a XXVI Municipíadas, XI Municipíadas Noturnas,
JIMS e Municipíadas Ribeirinhas.
Estimativa/público-alvo: o público-alvo terá uma estimativa de aproximadamente 15 mil estudantes
do 3° ao 9° anos do ensino fundamental.
Metodologia: o evento possui 14 modalidades: atletismo, basquete 3x3, badminton, futsal,
futebol, ginástica rítmica, handebol, judô, jiu-jitsu, natação, tênis de mesa, voleibol, vôlei de praia e
xadrez.
Classificados em categorias: mirim, infantil e juvenil (faixas etárias de 09 a 16 anos); os estudantes
participarão de uma seletiva nas modalidades coletivas.
Avaliação: os jogos escolares municipais servirão como parâmetro de avaliação do desempenho
escolar e desporto dos alunos no Componente Curricular de Ed. Física.
305
2.4 Municipíadas Noturnas
As Municipíadas Noturnas é uma iniciativa fundamental para a promoção do desporto escolar
entre os alunos do público do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), oferecendo uma oportunidade única
de socialização entre diferentes escolas e estudantes. Este evento não só incentiva a prática des-
portiva, promovendo a saúde e o bem-estar físico, mas também fortalece o sentido de comunidade,
inclusão e cooperação entre pessoas de diferentes idades e contextos sociais. A participação em
atividades desportivas em horário noturno permite que os alunos da EJA, que muitas vezes pos-
suem responsabilidades profissionais e familiares durante o dia, possam desfrutar de um momento
de lazer, competição saudável e integração. As Municipíadas Noturnas contribuem, assim, para um
ambiente escolar mais acolhedor e para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais,
tão importantes para a formação pessoal e acadêmica desses alunos.
Objetivo: oportunizar o desporto escolar para os estudantes da Rede Municipal de Ensino que estu-
dam no turno noturno, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades motoras e a socialização
dos alunos da Educação de Jovens e Adultos da SEMED.
Estimativa/público-alvo:
A estimativa é de atender aproximadamente mil estudantes do 1° e 2° segmento da Educação
de Jovens e Adultos (EJA).
Metodologia: o evento possui 08 modalidades: bola ao cesto, damas, dominó, futsal, pênalti,
queimada, voleibol e tênis de mesa. Os estudantes participarão em denominação de categorias
livres, categoria A (até 29 anos) e categoria B (a partir de 30 anos).
1.5 Paramunicipíadas
Objetivo: fomentar o acesso à prática esportiva e participativa educacional por meio de
atividades paradesportivas dirigidas à Educação Especial e demais estudantes da Rede Municipal
de Ensino de Manaus, com vistas a garantir o direito constitucional previsto no artigo 217 da Cons-
306
tituição Federal de 1988.
Estimativa/público-alvo: estudantes da SEMED com deficiências.
Metodologia: O evento possui 02 modalidades: atletismo, natação, bocha e judô. Os estudantes
com deficiência participarão em Categorias Livres.
2.6 Municipíadas Ribeirinhas
Objetivo: promover a integração social e o desenvolvimento esportivo entre os estudantes das
escolas ribeirinhas da zona rural da cidade de Manaus, valorizando a cultura local e incentivando a
prática esportiva em um ambiente de respeito, inclusivo e cooperativo. Considerando as particula-
ridades geográficas e naturais da região.
Estimativa/Público-Alvo: a estimativa é de atender aproximadamente 3 mil estudantes das
escolas ribeirinhas.
Metodologia: o evento possuirá 08 modalidades: atletismo, badminton, futsal, futebol, queimada,
vôlei de praia, jogos de combate e xadrez.
Classificados em categorias mirim, infantil e juvenil (faixas etárias de 09 a 16 anos). Envolvendo as
escolas situadas entre os Rios Negro e Rio Amazonas.
2.7 Jogos Indígenas e Ancestralidade Cultural da SEMED
Objetivo: promover a valorização da cultura indígena por meio de jogos tradicionais, desenvol-
vendo habilidades críticas, reflexivas e colaborativas nos alunos.
Estimativa/público-alvo: estudantes da Educação indígena e demais estudantes matriculados
na Rede Municipal de Ensino de Manaus.
307
Metodologia: o evento possuirá várias estações de atividades como: Sócio recreativas e edu-
cativas.
2.8 Jogos Inclusivos Municipais da SEMED – JIMS
Objetivo: fomentar o acesso à prática esportiva e de lazer com caráter orientativo, participa-
tivo, educacional e inclusivo por meio de atividades paradesportivas dirigidas à Educação Especial
e demais estudantes da Rede Municipal de Ensino de Manaus, com vistas a garantir o direito cons-
titucional previsto no artigo 217, da Constituição Federal de 1988.
Estimativa/Público-Alvo: atender aproximadamente entre 3.500 estudantes da rede muni-
cipal de ensino.
Metodologia: o evento possuirá várias estações de atividades como: pré-desportivas, sócio-recrea-
tivas e educativas, atletismo, vôlei sentado, goalbol, badminton e bocha paralímpica.
Ação Integrada: complexo Municipal de Educação Especial André Vidal de Araújo (CMEE)
e Gerência de Educação Especial (GEE).
2.9 Xadrez na Escola
Objetivo: contribuir no desenvolvimento de habilidades cognitivas, de estratégia, concentra-
ção e raciocínio lógico dos estudantes.
Estimativa/Público-alvo: a estimativa é de atender aproximadamente 2 mil estudantes da
rede municipal de ensino dos anos iniciais e anos finais.
Metodologia: o Projeto Xadrez na Escola atenderá 150 escolas das divisões distritais, utili-
zando aulas expositivas dialogadas, exercícios práticos e resolução de problemas (on e offline).
Ronnie Mendes de Melo
Coordenação de esportes - COORDESP
[email protected]
308
REFERÊNCIAS
BETTI, Mauro. “A Educação Física na escola: implicações para a formação do indivíduo.” Revista
Brasileira de Ciências do Esporte, vol. 26, núm. 3, 2005, pp. 127-142. Colégio Brasileiro de Ciên-
cias do Esporte.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5
de outubro de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos.
Resolução nº 01/2021, de 25 de maio de 2021.
SANTOS, Ricardo Braga dos. “Educação Física Escolar, Saúde e Qualidade de Vida: Ressignifi-
cando Práticas Pedagógicas para a Educação Escolar.” Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia da Paraíba, 2024.
309
Ocas do conhecimento
Ambiental
310
OCAS DO CONHECIMENTO AMBIENTAL
A Coordenadoria das Ocas do Conhecimento Ambiental é o setor de educação ambiental não formal
da Secretaria Municipal de Educação, responsável por desenvolver projetos e ações ambientais
nas escolas do município de Manaus, além de coordenar os espaços denominados Ocas do Co-
nhecimento Ambiental.
1.1 Organograma do setor
311
2. PROJETOS E AÇÕES LIGADOS ÀS ESCOLAS DA REDE
2.1. Projeto Oca vai à Escola
Objetivo: Tem como objetivo desenvolver, nas escolas da rede municipal, juntamente com parceiros,
palestras, atividades lúdicas, oficinas sustentáveis e outras atividades que contribuam na sensibili-
zação dos estudantes, para a preservação do meio ambiente.
Início: 01/03/2025
Final previsto: 30/11/2025
Público-alvo: Fundamental I e II, uma vez por mês.
Local: Escolas escolhidas pelas DDZs.
2.2 Projeto Contação de Histórias
Objetivo: Abordar temas de cunho ambiental, de maneira lúdica, utilizando a estratégia de contação
histórias.
•Início: 01/03/2025
•Final previsto: 30/11/2025
• Público: Alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental I;
• Envio dos vídeos através dos e-mails das escolas;
2.3 Programa Manaus, te quero verde
Parceria SEMED e Instituto Soka Amazônia.
Objetivo: Sensibilizar a sociedade manauara para a importância da arborização em áreas urbanas,
oferecendo à comunidade escolar um circuito ambiental no Instituto Soka.
• Plantio de Mudas
• Início: 01/03/2025
• Final previsto: 30/11/2025
• Público-alvo: Educação Infantil e Ensino Fundamental I e II.
312
• Academia Ambiental
• Início: 01/03/2025
• Final previsto: 30/11/2025
• Público-alvo: Alunos do Ensino Fundamental II.
2.4. Visitas à Oca do Conhecimento Ambiental CIGS
Objetivo: Desenvolver atividades de cunho ambiental, como palestras, exibição de vídeos, exposi-
ções e visita ao Zoológico do CIGS, com alunos da rede municipal de ensino.
Início: 01/03/2025
Final previsto: 20/12/2025
Público-alvo: Educação Infantil e Ensino Fundamental I e II.
Funcionamento: Aberto de terça a sexta-feira das 9h às 16h.
Agendamentos por ofício endereçado ao Comandante Glauco Corbari Corrêa. Este ofício deve
ser encaminhado ao e-mail [email protected]
2.5 Visitas ao Espaço ECAM
Objetivo: Desenvolver atividades de cunho ambiental, como palestras, exibição de vídeos, exposi-
ção, circuito ambiental e oficinas, com alunos da rede municipal de ensino.
Início: 02/01/2025
Final previsto: 30/12/2025
Público-alvo: Ensino Fundamental I e II.
Funcionamento: Aberto de segunda a sexta-feira das 10h às 22h.
Agendamentos pelo telefone 98842-7500 ou pelo e-mail [email protected]
2.6 Contatos
Coordenador das Ocas do Conhecimento Ambiental
Professor Renato Bezerra Lima Júnior – 92 99301-9805/98842-1245
[email protected]
313
Gestão Integrada
da Educação - GIDE
314
Gestão Integrada da Educação – GIDE
Coordenação: Gestão Integrada da Educação – GIDE
COMPETÊNCIA DO SETOR:
A Gestão Integrada da Educação-GIDE monitora, acompanha e orienta os processos de gestão na
Rede Municipal de Educação, utilizando uma metodologia fundamentada na Gestão de Processos
que representa um caminho científico para solução de problemas.
Desta maneira, auxilia as unidades de ensino a identificar seus problemas e agir nas principais cau-
sas, viabilizando o alcance das metas e, por conseguinte a melhoria contínua do processo de ensino
e aprendizagem, visando assim um alto índice na qualidade da educação do município de Manaus.
METODOLOGIA UTILIZADA:
As ações desenvolvidas são orientadas pelo método científico de solução de problema denominado
PDCA (Plan-Do-Check-Act). Utilizado para a melhoria dos resultados do processo ensino aprendi-
zagem de maneira sistêmica, proporciona a possibilidade do alcance das metas.
Cada fase do método é composta por subetapas, que são desenvolvidas de acordo com o planeja-
mento realizado, visando aumentar a eficácia e eficiência dos processos:
Nas unidades de ensino o PDCA é utilizado para melhorar processos de forma contínua, por meio
315
da análise e ajustes constantes. Suas etapas são desenvolvidas da seguinte maneira:
A Gestão Integrada da Educação-GIDE, utiliza estratégias e processos para promover uma gestão
escolar mais dinâmica e eficiente, focada no bem-estar e no sucesso dos estudantes e na colabo-
ração de todos os envolvidos na qualidade educacional. Sendo assim é necessário que a definição
dos indicadores, sejam eles de processo e de resultados sejam bem definidos e monitorados para
o resultado possa ser alcançado.
Diante disso, iremos descrever algumas ações que serão desenvolvidas, monitoradas, acompanha-
das e orientadas pela GIDE durante o ano letivo de 2025.
316
1. AÇÃO: REUNIÃO ESTRATÉGICA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO - 2025
A Reunião Estratégica para elaboração do plano de ação é essencial para alinhar os objetivos
pedagógicos, identificar desafios e definir os passos concretos a serem tomados para promover
melhorias educacionais por meio de um planejamento estruturado e estratégico que propicie que
as ações sejam desenvolvidas de maneira eficiente e produtiva.
Objetivo: Analisar os resultados do ano anterior e realizar um diagnóstico detalhado da Unidade
de Ensino/Divisão Distrital Zonal-DDZ, para elaboração do Plano de Ação Estratégico que norteará
as ações desenvolvidas para o alcance das metas e objetivos propostos.
Público-Alvo:
• Unidade de Ensino (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e
Adultos): Diretor(a), secretário(a), administrativo(a), professores(as), bibliotecário(a), coor-
denador(a) do CTE e demais servidores lotados na unidade de ensino que contribuem com
o processo pedagógico.
• Divisão Distrital Zonal (DDZ): Chefe, gerentes, coordenadores e demais servidores lotados
nas DDZs que contribuem com o processo pedagógico.
Metodologia: A Reunião Estratégica para elaboração do Plano de Ação, acontece no início do ano
letivo, em todas as unidades de ensino e Divisões Distritais Zonais-DDZs. Essa ação faz parte da
fase P- Planejamento, do método científico PDCA. Nessa reunião o Marco Referencial, ou seja,
a identidade da instituição é fortalecida por meio da revisão e afirmação dos Marcos Situacional,
Doutrinal e Operativo.
Nesse momento também é realizado o diagnóstico por meio das análises dos resultados. Esse
processo de análise é direcionado para identificar os problemas, localizando assim oportunidades,
análises dos fatos e dados, identificação das causas, culminando na elaboração do plano de ação
que norteará o fazer da instituição ao longo do ano letivo.
Pontos de Atenção: O Plano de Ação será acompanhando ao longo do ano letivo pela equipe de
assessoria de gestão às unidades de ensino e DDZs, por meio do Relatório de Implementação das
Ações do Plano – RIAP. Ao se identificar algum desvio no alcance das metas e objetivos propostos,
é inserido no plano de ação, procedimentos de intervenção para bloquear as causas para que se
obtenha resultados positivos. Em caso de ações assertivas, as práticas serão registradas para que
possa ser utilizada por outros profissionais que se encontram em situações semelhantes. Esse fazer
317
proporciona o fortalecimento da autonomia e escrita docente.
2. RELATÓRIO DE ANÁLISES DE DESVIO DE METAS - RADM
O RADM é uma ferramenta de gestão utilizada para identificar, analisar e corrigir os desvios entre
as metas estabelecidas e os resultados efetivamente alcançados em determinado período. Ele é
crucial para o monitoramento de desempenho das unidades de ensino.
Objetivo: Analisar os resultados obtidos pela Unidade de Ensino/DDZ após o encerramento do
bimestre, para identificação das causas do desempenho alcançado e fortalecimento das ações
planejadas e/ou elaboração de ações corretivas para o alcance das metas e objetivos propostos.
Público-alvo: Unidades de Ensino que atendem o Ensino Fundamental, Divisões Distritais Zonais
–DDZs e sede/SEMED.
Metodologia: O Relatório de Análises de Desvio de Meta-RADM é realizado ao final do primeiro,
segundo e terceiro bimestre. Nessas reuniões são apresentadas as ferramentas utilizadas para a
coleta dos dados, data das coletas, resultados obtidos pela unidade de ensino/DDZ, análise dos
desvios observados nas metas estabelecidas para o período.
A partir dessas informações, são realizadas análises estratificadas para identificar as causas e onde
ocorreram os desvios/dificuldades, suas implicações e assim elaborar plano de ação complementar
com as ações corretivas necessárias para que os desvios sejam sanados e as metas estabelecidas
alcançadas.
Esse processo assegura que o planejamento estratégico esteja sendo seguido corretamente, ajus-
tando as estratégias quando necessário.
Pontos de Atenção: A participação do(a) diretor(a) no RADM da Unidade de Ensino e do (a)chefe no
RADM da DDZ é de fundamental importância para o desenvolvimento da ação, considerando a importân-
cia desse momento dentro do processo de conhecimento, análise e deliberações quanto aos resultados.
3. PAINEL DE GESTÃO À VISTA
O Painel de Gestão à Vista é uma ferramenta visual usada para monitorar e exibir informações
importantes sobre o desempenho nos processos, projetos e ações da unidade de ensino/DDz, de
forma clara e acessível a todos.
318
Objetivo: Promover divulgação das informações da instituição à equipe escolar, visando participação
da equipe na busca pela melhoria contínua no processo ensino e aprendizagem.
Público-alvo: Unidades de Ensino que atendem Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação
de Jovens e Adultos e Divisões Distritais Zonais-DDZs.
Metodologia: A assessoria de gestão irá disponibilizar os slides com o modelo padrão e as infor-
mações inseridas no mesmo para que o Painel de Gestão à Vista seja elaborado e organizado
no início de ano letivo de 2025, visando a disponibilização das informações sobre a instituição de
maneira clara, simples e de fácil assimilação.
Nesta organização inicial será apresentado no Painel os resultados finalísticos do ano anterior
(2024) e conforme a obtenção de novos resultados ao término dos bimestres e em outros momen-
tos ao longo do ano letivo, de acordo com a periodicidade de emissão dos dados, estes devem ser
atualizados, pela unidade de ensino. Essa organização melhora a comunicação e aumenta a trans-
parência, permitindo que todos os membros da equipe acompanhem os resultados em andamento
Pontos de Atenção: É necessário a atualização dos dados ao longo do ano letivo, após obtenção
dos resultados.
Painel de Gestão da E. M. Padre Raimundo Nonato, 2024.
4. AÇÃO: POTENCIAL ABANDONO
O Potencial Abandono é um processo de monitoramento realizado pela assessoria de gestão em
todas as unidades de ensino da SEMED, desde o ano de 2014.
No Brasil, essa exigência é estabelecida principalmente pelo Estatuto da Criança e do Adolescen-
te (ECA) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que preveem o direito
319
à educação como fundamental e determinam que as escolas e autoridades educacionais devem
monitorar a frequência escolar dos estudantes.
Objetivo: Identificar fatores e comportamentos de risco antes que os estudantes deixem de fre-
quentar a unidade de ensino em que estão matriculados, contribuindo assim para a implementação
de ações preventivas e corretivas para manter os estudantes matriculados e engajados, garantindo
sua permanência e sucesso escolar.
Público-Alvo: Unidades de Ensino que atendem as etapas da Educação Básica: Educação Infantil,
Ensino Fundamental e a modalidade de Educação de Jovens e Adultos-EJA.
Metodologia: O monitoramento sistemático realizado pela assessoria de gestão, ocorre de maneira
mensal nas unidades de ensino que atendem as etapas da Educação Infantil, Ensino Fundamental
e a modalidade de Educação de Jovens e Adultos-EJA. São relacionados os casos de estudantes
infrequentes que possuem 5 faltas consecutivas e/ou 10 alternadas, utilizando como fonte de coleta
os diários físico e digital devidamente preenchidos pelos professores regentes das turmas e valida-
dos pelo(a) pedagogo(a) ou pelo(a) diretor(a) da unidade de ensino.
Após a coleta dos dados, as informações são consolidadas e apresentadas aos(as) diretores(as)
escolares para que sejam desenvolvidas estratégias necessárias diante da situação sinalizada.
Essas análises também acontecem em outras esferas, em nível de Divisões Distritais Zonais-DDZs
e sede/SEMED.
Esse processo de monitoramento do abandono escolar permite, entre outras ações:
1. Identificação de Sinais de Risco: Faltas frequentes, baixo rendimento e problemas de
comportamento são alguns sinais de que um estudante pode estar em risco de abandono. E
o monitoramento realizado ajuda a identificar esses sinais precocemente.
2. Acompanhamento Personalizado: Com dados específicos de cada estudante, é possível
a unidade de ensino planejar estratégias de apoio individualizado, como intervenções pe-
dagógicas, apoio psicológico, reforço escolar, entre outras ações relacionadas à realidade
identificada.
3. Intervenções Rápidas: O monitoramento permite a implementação de ações rápidas, como
campanhas de conscientização, envolvimento das famílias, criação de ambientes escolares
acolhedores, entre outras estratégias para prevenir o abandono.
4. Avaliação Contínua: Através do acompanhamento sistemático, a unidade de ensino consegue
320
avaliar o impacto das ações desenvolvidas e ajustar as estratégias, conforme necessário.
Análise dos Potenciais Abandonos em nível SEMED/DDZ, 2024.
5. AÇÃO: MONITORIA PREVENTIVA DOS RESULTADOS
A Monitoria Preventiva dos Resultados é um processo de gestão que vem sendo desenvolvido nas
unidades de ensino da SEMED, desde o ano de 2015, sendo regulamentada no ano 2019, por meio
a publicação da Orientação Técnico-pedagógica de n° 03/2019/SEMED/DEGE/DEF/GDAE.
Objetivo: Intervir em tempo hábil no processo de ensino-aprendizagem, oportunizando aos estudan-
tes, formas diferenciadas de apropriar-se dos objetos de conhecimento previstos no currículo, para
obtenção de resultados positivos ao final do bimestre, bem como no resultado finalístico, evitando
assim a reprovação.
Público-Alvo: Unidades de Ensino que atendem a etapa da Educação Básica: Ensino Fundamental
321
e a modalidade de Educação de Jovens e Adultos-EJA.
Metodologia:
1º Passo: Coleta
1. A assessoria de gestão e as unidades de ensino seguirão as seguintes orientações referentes
ao monitoramento preventivo dos estudantes, no 1º bimestre:
• O(A) professor(a) irá utilizar os resultados da sondagem inicial e/ou das avaliações parciais
realizadas para identificação dos estudantes que apresentarem baixo desempenho escolar;
• Junto a assessoria de gestão, cada professor(a) comporá o perfil dos estudantes com baixo
desempenho escolar, observando as seguintes informações: frequência, participação, estu-
dante com deficiência, comportamento, acompanhamento familiar.
• O professor poderá utilizar as habilidades que constam na sondagem inicial para identificar
os estudantes que ainda possuem lacunas de aprendizagem, para preenchimento do campo
PONTOS A MELHORAR;
2. Na Monitoria Preventiva do 2º e 3º bimestre, o relatório RELAPROV (emitido pelo SIGEAM)
servirá de base para coletas de informações.
3. Na Monitoria Preventiva do 4º bimestre, o relatório RELAPROV (emitidos pelo SIGEAM)
servirá de base para coletas de informações, considerando o parâmetro de pontos inferior a
15 pontos, no consolidado dos 3 primeiros bimestres.
4. A tabulação dos dados irá orientar o encaminhamento dos estudantes que necessitam de
monitoria no processo de aprendizagem.
2° Passo – Análise e Elaboração do Plano Complementar da Monitoria Preventiva
1. A equipe diretiva da unidade de ensino, juntamente com o assessor de gestão, assessor peda-
gógico e o professor, realizará a análise dos dados tabulados, bem como a elaboração do plano
de intervenção com ações corretivas, focando na recuperação da aprendizagem dos estudantes
abaixo da média.
2. Deverá ser realizada averiguação da existência de ações corretivas já estabelecidas anteriormente,
observando a importância de aplicá-las dentro dos prazos estabelecidos.
3. Os pais e/ou responsáveis devem ser informados sobre o processo de recuperação da aprendi-
zagem, para que possam acompanhar e colaborar com as atividades desenvolvidas, no decorrer
322
do bimestre, garantindo dessa forma a frequência escolar.
3° Passo: Execução e Acompanhamento das Ações Complementares
1. Na fase de execução do plano de intervenção, os responsáveis por sua aplicação devem articu-
lar-se com toda a equipe escolar envolvida, a fim de garantir o êxito das ações de recuperação de
aprendizagem.
2. Deverão ser utilizados todos os recursos tecnológicos e pedagógicos disponíveis na unidade de
ensino (site Reconstruindo Saberes/Alfa Digital, Aula digital, Super ensino, Simulador de Simulados,
Livro, livros didáticos, literaturas PNAIC E PNLD, jogos pedagógicos, fichas de leitura, biblioteca,
CTEs, etc).
3. O assessor de gestão realizará acompanhamento das ações por meio do Relatório de Implemen-
tação das ações dos Planos/RIAP.
4. O assessor de gestão e o assessor pedagógico mediarão, junto as unidades de ensino, em caso
de dificuldades na execução das ações, assinalando alternativas para resolução dos pontos proble-
máticos que estejam impedindo a operacionalização das atividades planejadas.
4° Passo: Acompanhamento dos Resultados do Bimestre e Tomada de Ações Corretivas, em
Caso de Insucesso.
1. Após término do bimestre, o assessor de gestão encaminhará à unidade de ensino, os resulta-
dos de cada turma, mensurando em forma de gráficos com número/percentual e realizará análise
com a equipe escolar, sobre os impactos desses percentuais no rendimento interno da unidade de
ensino/ano/turma.
2. Com base na análise dos resultados da monitoria preventiva o assessor de gestão e o assessor
pedagógico auxiliarão a unidade de ensino na definição de ações corretivas, por meio da ferramenta
do Relatório e Análise dos Desvios de Metas/RADM.
3. No caso em que a unidade de ensino consiga elevar o número de estudantes recuperados, im-
pactando positivamente os seus resultados, as práticas exitosas utilizadas poderão ser padronizadas
no formulário do Procedimento Operacional Padrão/ POP.
Pontos de Atenção: A direção escolar deverá assegurar tempo e espaço para realização da en-
trevista/diálogo com o professor, no 1º bimestre, sem que haja interrupção do dia letivo, bem como
nos demais bimestres de acordo com a necessidade.
323
Análises da Monitoria Preventiva dos Resultados, SEMED/DDZ, 2024.
6. AÇÃO: ESTUDANTES ALFABETIZADOS DO 1º AO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
O acompanhamento do desenvolvimento da alfabetização é essencial não apenas para garantir que
os estudantes aprendam a ler e escrever, mas também para assegurar que eles estejam desenvol-
vendo as habilidades necessárias para serem bem-sucedidos na vida escolar e social.
Objetivo: Acompanhar bimestralmente o desempenho dos estudantes alfabetizados no 1º, 2º e 3º
ano, matriculados na rede.
Objetivos específicos:
Identificar as fases de alfabetização de cada estudante por meio do relatório ACOMPALF
emitido pelo SIGEAM;
Apresentar os resultados e os desvios bimestrais e anuais às unidades de ensino, Divisões
Distritais Zonais e Sede/SEMED;
Identificar e reavaliar a eficácia da ação de acompanhamento deste indicador no plano pe-
dagógico da unidade de ensino, reformulando caso necessário para obtenção de melhores
resultados.
Público-alvo: Estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental, matriculados na Rede Municipal
de Ensino.
Metodologia:
1. Ao término do bimestre e após o fechamento do período para o lançamento das fases da
324
leitura e da escrita, o assessor de gestão por meio do SIGEAM, emite o relatório ACOMPALF
da unidade de ensino, organiza os dados de cada estudante por ano, turma, fase e apresenta
aos diretores e pedagogos, para análise dos resultados;
2. A base com os resultados de todas as unidades de ensino é apresentada e encaminhada
também às DDZs por meio das Coordenadoras de gestão, para providências a ações de
intervenção junto às unidades de ensino;
3. Esses dados também são organizados em formato de apresentação e utilizados bimestral-
mente no Relatório de Análises de Desvio de Metas-RADM. Eles são apresentados conside-
rando os estudantes alfabetizados e não alfabetizados e em que fase eles se encontram para
que sejam planejadas ações de fortalecimento do trabalho desenvolvido, bem como ações
corretivas, caso seja necessário.
Pontos de atenção
• São considerados alfabetizados pela Secretaria os estudantes que estão nas fases: Alfabética
Completa ou Alfabética Consolidada;
• As Unidades de ensino deverão lançar as Fases de Alfabetização no sistema dentro do prazo
previsto para o lançamento de notas, conforme calendário.
Modelo de análises dos estudantes alfabetizados do 3º ano por fase de alfabeti zação, SEMED/DDZ, 2024.
7. AÇÃO: ESTUDANTES ALFABETIZADOS NA 1ª ETAPA DA EJA
Os Estudantes Alfabetizados na 1ª etapa da EJA é um indicador finalístico e também um processo
(meio) na metodologia GIDE. Como indicador finalístico estabelece as metas globais a serem alcança-
das ao final de cada ano letivo e as metas da unidade de ensino que são inseridas no Plano de Ação
325
Estratégico. Como processo, faz parte dos indicadores processuais do Plano de Ação Estratégico
em que são elaborados ações e procedimentos para acompanhar o progresso e desenvolvimento
da alfabetização dos jovens e adultos que não tiveram acesso à educação básica.
Objetivo geral: Acompanhar o quantitativo de estudantes alfabetizados na 1ª etapa da EJA.
Objetivos específicos:
Acompanhar o desenvolvimento do processo de alfabetização realizado, semestralmente,
através da AMAEJA, nas turmas da 1ª etapa da EJA;
Monitorar o processo de Alfabetização nas turmas da 1ª Etapa da EJA, identificando as
possíveis lacunas;
Analisar junto à comunidade escolar as causas dos estudantes não alfabetizados, para as-
sim, definir estratégias de melhorias e incluí-las no Plano de Ação Estratégico da Unidade
de Ensino;
Cumprir os objetivos de aprendizagem descritos no PNA - Política Nacional de Alfabetização
e BNCC Base Nacional Comum Curricular.
Público-Alvo: Estudantes matriculados na 1ª Etapa da EJA.
Metodologia:
1. Após a realização da avaliação pelos estudantes, no período definido, os professores respondem
através do link, disponibilizado pela Gerência de Educação de Jovens e Adultos-GEJA, o desem-
penho de cada estudante na Avaliação Municipal da Alfabetização na EJA-AMAEJA, realizada
em cada semestre letivo;
2. A GEJA, encaminha a base com os resultados a GIDE. A equipe de análises recebe a base com
os resultados e realiza o tratamento desses dados, análise e organiza uma apresentação com
os resultados obtidos.
3. Esses dados são apresentados a GEJA e disponibilizados as coordenadoras e assessores de
gestão;
4. De posse desses resultados, o assessor de Gestão apresenta as informações a equipe diretiva da
unidade de ensino, bem como elabora apresentação para ser socializada na Reunião Estratégica.
As coordenadoras de gestão, procedem de igual forma no âmbito da DDZ.
Pontos de Atenção: Acompanhar o período de preenchimento do link, atentando para que não
falte a avaliação de nenhum estudante.
326
Modelo de slide da apresentação organizada em Power Point para análise dos resultados,SEMED/DDZ, 2024.
8. AÇÃO: VALIDAÇÃO DO CURRÍCULO
Acompanhar o currículo nas unidades de ensino é fundamental, pois o desenvolvimento do mesmo
impacta tanto no aprendizado dos estudantes quanto na qualidade do ensino oferecido.
Objetivo: Acompanhar o desenvolvimento do currículo nas unidades de ensino pelos professores, visando a
garantia do direito a aprendizagem dos estudantes bem como a melhoria no processo ensino e aprendizagem.
Público-Alvo: Unidades de Ensino que atendem as etapas da Educação Básica: Educação Infantil
e Ensino Fundamental.
Metodologia:
1. Ao término de cada bimestre/semestre, o assessor de gestão valida o cumprimento do cur-
rículo da Educação Infantil e Ensino Fundamental;
2. Utilizam-se como fonte de coleta para essa validação, os registros feitos pelo professor, nos
diários de classe físico e digital;
3. Para a coleta, o assessor de gestão utiliza uma ferramenta em Excel de acompanhamento
do currículo em que estão organizados todos os objetos de conhecimento, conforme o Cur-
rículo Escolar Municipal (CEM);
4. A ferramenta de acompanhamento está organizada da seguinte forma:
327
Ferramenta de Coleta do Currículo da Educação Infantil (Creche), 1º semestre, 2024.
Ferramenta de Coleta do Currículo da Educação Infantil (Pré-Escola), 1º semestre, 2024.
Ferramenta de Coleta do Currículo dos Anos Iniciais, 1º semestre, 2024.
Ferramenta de Coleta do Currículo dos Anos Finais, 2024.
5. Ao finalizar a validação do currículo, o assessor de gestão compartilha o resultado com a
equipe diretiva da unidade de ensino;
6. Em caso de objetos de conhecimento/habilidades não encontrados na validação, o as-
sessor de gestão relaciona os mesmos e os compartilha com a equipe diretiva e orienta
que seja apresentado ao professor, para que este, de acordo com sua organização, pos-
sa estar desenvolvendo com os estudantes, garantindo assim o direito a aprendizagem.
7. No Relatório de Análises de Desvio de Metas-RADM, os dados são apresentados considerando
328
a validação do currículo em nível de: unidade de ensino, ano/fase, turma e componente curricular
para que sejam planejadas ações de fortalecimento do trabalho desenvolvido, bem como ações
corretivas, caso seja necessário.
Pontos de Atenção: É importante que os professores preencham os diários, conforme as orientações
repassadas pelos setores demandantes, considerando sua área de atuação (DEI, DEF, GEJA,
GDAE). O acompanhamento da assessoria pedagógica, neste processo de desenvolvimento do
currículo, pelos professores nas unidades de ensino, bem como do registro realizado no diário físico
e digital, é de extrema importância.
9. AÇÃO: ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL
O registro da Avaliação às crianças da Educação Infantil será realizado por meio da Ficha de Ava-
liação do Processo de Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil. As orientações às unidades de
ensino são repassadas por meio da Divisão da Educação Infantil - DEI e são elas que norteiam o
monitoramento, acompanhamento e análise dos dados da assessoria de gestão.
Objetivo geral: Acompanhar os processos de desenvolvimento das crianças a partir dos indica-
dores relacionados por campo de experiências, presentes na Ficha de Avaliação do Processo de
Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil.
Público-alvo: Unidades de ensino que atendem a Educação Infantil, nas fases Creche e Pré-escola.
Metodologia:
A ação ocorrerá, ao final de cada semestre letivo, de acordo com seguinte fluxo:
1. O assessor de gestão emitirá o Relatório de Acompanhamento do Desenvolvimento da Criança
- RELCONCE, retirado do SIGEAM, para realizar a coleta dos dados informados pelas Unidades
de Ensino;
2. Após a coleta, os dados serão consolidados e tratados para a realização das análises desse
processo;
3. O assessor de gestão dará devolutiva do resultado da coleta à unidade de ensino, para que sejam
realizadas as análises com a equipe gestora, a fim de que sejam planejadas intervenções necessárias.
4. Os dados também são organizados para apresentação em nível de Divisão Distrital Zonal-DDZ e
os setores gestores da sede/SEMED para conhecimento dos resultados e planejamento de ações
interventivas, quando necessário.
329
Pontos de Atenção: É necessário que a unidade de ensino realize o preenchimento das informa-
ções das avaliações no SIGEAM, no período determinado.
Relatório RELCONCE,2023
Modelo de Análise do Desenvolvimento Integral da Criança, DDZ 2024.
10. AÇÃO: MONITORAMENTO DOS PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
A assessoria de gestão é responsável pelo monitoramento dos Programas, Projetos e Ações plane-
jados pelos setores da Subsecretaria de Gestão Educacional-SSGE e que são institucionalizados,
visando garantir que os objetivos propostos sejam alcançados, fortalecendo as orientações junto às
unidades de ensino sobre o desenvolvimento das ações planejadas, mensurando também a parti-
330
cipação ativa do público-alvo, contribuindo assim, para a melhoria dos resultados e envolvimento
de todos no processo.
Objetivo: Acompanhar sistematicamente os Programas, Projetos e Ações que atendem os estu-
dantes da Rede Municipal de Ensino.
Público-alvo: Unidades de Ensino que atendem as etapas da Educação Básica: Educação Infantil,
Ensino Fundamental e a modalidade de Educação de Jovens e Adultos-EJA.
Metodologia
1. As informações e orientações referente aos Programas, Projetos e Ações são repassadas à
coordenação da GIDE pelos responsáveis dos setores demandantes da Sede/SEMED. De
posse das orientações, a equipe de análises elabora ferramentas de acompanhamento das
ações que foram solicitadas pelos setores demandantes.
2. Após a elaboração das ferramentas, é definido o fluxo de acompanhamento pela coordenação
da GIDE e validado com os setores. Após deliberação, a equipe de assessoria de gestão é
orientada quanto aos processos de monitoramento e acompanhamento realizados nas uni-
dades de ensino.
3. O assessor de gestão, ao receber as orientações metodológicas, irá se apropriar das infor-
mações e reforçará junto às unidades de ensino o fazer de cada um no processo de imple-
mentação e execução destes. Durante os assessoramentos in loco o assessor de gestão irá
acompanhar o desenvolvimento dos programas, projetos e ações, sanando dúvidas, quando
necessário.
4. Ao final de cada período definido para coleta dos resultados, conforme definido nas diretrizes,
a unidade de ensino disponibiliza os documentos/instrumentos comprobatórios ao assessor
de gestão e este realiza a coleta e consolidação dos dados.
5. Posterior a essa coleta, é realizada a análise dos resultados e são organizadas apresenta-
ções em Power Point. Essas apresentações são utilizadas nas unidades de ensino, Divisões
Distritais Zonais e Sede/SEMED para que junto às equipes gestoras, observe-se como estão
sendo desenvolvidas as ações planejadas, e quais estão tendo resultado positivo e quais
as que necessitam de intervenção. Esse processo de análises dos resultados fortalece e
direciona o desenvolvimento das ações planejadas e replanejadas, oportunizando o alcance
dos objetivos propostos.
Pontos de Atenção: É importante que o público executante de cada ação tenha conhecimento
do Programa, Projeto e Ação que está envolvido para que desempenhe sua atribuição, conforme
previsto, a fim de que possa contribuir de maneira efetiva com o alcance dos objetivos propostos.
331
Monitoramento dos Programas, Jornada Pedagógica, 2024.
Coordenadora Geral: Gilcélia Bezerra Pereira de Andrade
Gestão Integrada da Educação-GIDE
[email protected]
332
Centro de Mídias
Educacionais de
Manaus
333
CENTRO DE MÍDIAS EDUCACIONAL DE MANAUS
O Centro de Mídias da Secretaria Municipal de Educação – Manaus foi criado pela Portaria
nº0450/2021-SEMED/GS, de 09/06/2021 – Edição 5115, pág.14, que cita suas finalidades e com-
petências, a partir na necessidade de ressignificar processos educativos em destaque o que lhe
compete:
II – Compete ao Centro de Mídias
a) Desenvolver programas e projetos educacionais e socioeducativos, visando
maior alcance dos estudantes do município de Manaus, garantindo assim a
equidade para todos que buscam uma formação de excelência;
b) Oportunizar aos estudantes da SEMED/Manaus, por meio de programas e
projetos midiáticos, o desenvolvimento da sua formação na educação básica
(Educação Infantil, Ensino Fundamental e suas modalidades), através de aulas
ministradas remotamente;
c) Minimizar o distanciamento entre a sociedade Manaura e a Secretaria, jun-
tamente com suas Unidades de Ensino, levando informação e formação não
somente para os estudantes da Rede, mas também para pais e/ou responsáveis
e às comunidades das quais estes fazem parte;
d) Criar comunicação direta com a sociedade Manaura, mostrando as diferentes
formas de trabalhar o protagonismo dos estudantes da rede, desenvolvendo
programas e projetos que valorizem seus conhecimentos, habilidades e com-
petências;
e) Favorecer aos jovens, adultos e idosos formas diferenciadas de desenvolver-
-se, por meio de projetos socioeducativos que levem estes não somente à
apropriação do conhecimento, mas que possam oportunizar emprego e renda,
favorecendo o empreendedorismo familiar;
f) Apresentar estratégias que desenvolvam o processo de inclusão efetiva em
nossas Unidade de Ensino, assim como trabalhar com as famílias de estudan-
tes inclusos, buscando estratégia para ajudá-los fora dos espaços escolares.
(Portaria nº 0450/2021 SEMED/GS – 09/06/2023).
O Centro de Mídias Educacionais de Manaus tem sua sede a Rua Pedrarias Avilar, n° 26,
334
Bairro Japiim, e tem um quadro de servidores composto por: Diretor, Coordenações Pedagógicas
e Administrativas, Assessores Técnicos e Pedagógicos e Professores Especialistas e Generalistas.
Essa é a equipe responsável em criar estratégias pedagógicas efetivas e engajadoras que possibi-
litem a estudantes e professores melhoria qualitativa nos seus resultados educacionais, no que diz
respeito aos processos de alfabetização, recomposição da aprendizagem, transformação pessoal
e social a partir dos contextos experienciados, através da produção de conteúdos institucionais
estruturados, atualizados e educativos.
Este documento é composto por orientações sobre os projetos e ações desenvolvidas pelo
Centro de Mídias Educacionais de Manaus para o ano de 2025, bem como sua organização peda-
gógica e administrativa.
Esperamos, dessa forma, apresentar as ações do Centro de Mídias Educacionais de Manaus,
junto às Diretrizes Pedagógicas de 2025, ampliando e elucidando processos, organização e enca-
minhamentos necessários para o bom fluxo às demandas, contribuindo, assim, com os objetivos e
metas da Secretaria Municipal de Educação/Manaus.
2. PROJETOS E AÇÕES
2.1. PROGRAMA EDUCA+ MANAUS – 6º TEMPO
Objetivo Geral: esta ação visa produzir conteúdo institucional que contribua com as ações de me-
lhoria na qualidade ensino da rede municipal.
Público: estudantes do 9º Ano da rede municipal de ensino.
Setores Integrados: DEGE/DEF/CM/DAM/DAGE.
Metodologia:
A metodologia se dará mediante a produção de vídeos aulas, fazendo parte integrante do planeja-
mento e execução das ações do 6º tempo, de acordo com as diretrizes da SEMED, no que consiste:
a) Elaboração dos planos de aula realizada pelos Professores do CM;
b) Análise, aprovação e encaminhamento dos planos de aula pelas técnicas pedagógicas para
a Coordenação do CM;
c) Análise e aprovação final dos planos de aula a ser realizada pelas Coordenadoras do CM;
d) Pré e pós-produção a ser realizada pela Produtora.
335
2.2 PROGRAMA EDUCA+ MANAUS – VIRADÃO SAEB
Objetivo Geral: esta ação visa contribuir com a organização do evento, do planejamento, da exe-
cução e dos resultados.
Público: estudantes do 9º Ano da rede municipal de ensino.
Setores Integrados: DEGE/DEF/CM/DAM/DAGE.
Metodologia:
A metodologia dessa ação contempla em parte integrante do planejamento e execução do Vi-
radão SAEB, de acordo com as diretrizes da SEMED, tendo um fluxo de trabalho que respeito os
processos abaixo:
a) Planejamento das aulas de Língua Portuguesa e Matemática pelos professores do Centro
de Mídias;
b) Roteirização das aulas de Língua Portuguesa e Matemática para o evento;
c) Ministração das aulas de Língua Portuguesa e Matemática;
d) Coordenação e transmissão ao vivo do evento (produtora);
e) Assessoramento aos eventos juntos aos grupos de trabalho: recepção e distribuição de lan-
ches;
f) Monitoramento da participação dos estudantes e professores nas redes sociais; Fazendo
links ao vivo de participação junto às Unidades Escolares para transmissão direta no evento
(produtora).
2.3 REVISTA EDUCATIVA
A criação de uma revista educacional busca fortalecer a comunicação interna, compartilhar
boas práticas e inovações educacionais, além de valorizar as ações desenvolvidas no âmbito da
educação municipal. A revista servirá como uma ferramenta de comunicação para profissionais da
rede, mantendo-os atualizados sobre as principais tendências e metodologias educacionais.
Objetivo Geral: produzir a arte e efetivar a diagramação do conteúdo institucional e cientí-
fico, demandado pelo DEGE em pautas editoriais, apoiando o compartilhamento de boas práticas
e recursos pedagógicos, fortalecendo a valorização das políticas educacionais daRede Municipal
de Ensino.
336
Público: professores da Rede Municipal de Ensino
Setores Integrados: todos os departamentos, divisões, gerências e setores da Rede Muni-
cipal de Ensino.
Metodologia:
PRÉ-PRODUÇÃO
a) Receber o direcionamento do DEGE para as pautas Editoriais;
b) Organizar cronograma de produção da revista para 2025;
c) Reunir com os setores e divisões para definição de pauta;
d) Participar do alinhamento das entrevistas, pesquisas e elaboração dos textos;
e) Organizar títulos e seções da revista.
PRODUÇÃO
a) Reunião com a equipe e/ou responsável pela edição e diagramação;
b) Analisar e Monitorar a edição e diagramação junto a equipe responsável;
c) Receber o material editado e diagramado;
d) Encaminhar para validação do DEGE e dos setores e divisões integrados;
e) Receber validação do DEGE e dos setores e divisões integrados.
PÓS- PRODUÇÃO
a) Formalizar a entrega do material finalizado para o DEGE;
b) Acompanhar e apoiar divulgação e impressão encaminhados pelo DEGE.
2.4 PROJETO VIVÊNCIAS MIDIÁTICAS
O Projeto Vivências Midiáticas pretende voltar a atenção da sociedade manauara para as
belezas locais e também para os desafios enfrentados pelos estudantes, professores e diretores
que são moradores do campo, das águas e da floresta.
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Objetivo: produzir conteúdo institucional nos formatos de vídeos de curta-metragem e documentá-
rios, com efetiva participação dos estudantes do Ensino Fundamental (7º ano) da DDZ Rural, com
foco nas experiências educativas e que retratem a importância da Educação do campo, das águas
e da floresta.
Público: 20 (vinte estudantes) de 04 (quatro) escolas da Divisão Distrital Rural.
Setores Integrados: DEGE/DEGD/CM/DDZ RURAL
Metodologia:
Periodicidade: de fevereiro a setembro de 2025, organizado em 07 (sete) etapas que compreendem:
a) Apresentação da prévia do Edital para a chefia/gerência pedagógica da DDZ Rural para ali-
nhamento e validação;
b) Lançamento de edital em evento previamente acordado entre DDZ Rural, DEGE e Centro de
Mídias;
c) Reuniões de alinhamento e orientação;
d) Realização das Oficinas pelos servidores do Centro de Mídias;
e) Produção que compõe roteirização, edição, diagramação;
f) Acompanhamento da criação dos vídeos de curtas-metragens e documentários;
g) Entrega dos conteúdos produzidos em evento de premiação que culmina no encerramento.
2.5 PARCERIAS INTERSETORIAIS
A ação Parcerias Intersetoriais pretende desenvolver processos de produção de suas ações
em atendimento aos setores/departamentos parceiros.
Objetivo Geral: fortalecer as ações intersetoriais (departamentos, divisões e setores) realizadas na
SEMED em prol da melhoria contínua da qualidade de ensino.
Público: departamentos, divisões, gerências, setores e coordenações da SEMED/Manaus.
Setores Integrados: todos os departamentos, divisões, gerência e setores da rede municipal.
Metodologia: recepcionar as demandas formalizadas dos setores da SEMED; reunir para alinha-
338
mentos e orientações; produzir o conteúdo solicitado; validação dos responsáveis pela solicitação
de demanda e disponibilizar em canais de comunicação acordados previamente.
3. CALENDÁRIOS, CRONOGRAMAS
As ações do Centro de Mídias Educacionais de Manaus seguem planejamento e organização
de acordo com as demandas validadas pelo Departamento de Gestão Educacional, assim como
também se adequam ao calendário oficial das ações macro da SEMED.
“Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante.”
Paulo Freire
Luciano Rodrigues de Amorim Neto
Diretor do Centro de Mídias Educacional de Manaus
[email protected]
339
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB – Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996.
Currículo Escolar Municipal da SEMED/Manaus, publicado do DOM 5006, de 12 de janeiro de
2021, pela Resolução nº 0179/CME/2020 – Aprovada em 03/12/2020.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem. São Paulo: Atta mídia e educação. VIDEODVD.
______. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 15ª ed. São Paulo: Cortez,
2003.
Portaria nº 0450, de 09 de junho de 2021. Dispõe sobre o ato de criação do Centro de Mídias e
Tecnologias Educacionais de Manaus. Ed. 5115. Diário Oficial do Município.
SOUZA, João Valdir Alves de. Introdução à Sociologia da Educação. 2ª ed. Belo Horizonte: Au-
têntica, p.111, 2009.
VYGOTSKY. Aprendizado e Desenvolvimento. Um processo sócio-histórico. São Paulo: Sci-
pione, 1993.
340
Centro Municipal de
Arte-Educação
Aníbal Beça
341
CENTRO MUNICIPAL DE ARTE - EDUCAÇÃO ANÍBAL BEÇA
É uma instituição educativa e artística da prefeitura de Manaus, administrada pela SEMED
– Secretaria Municipal de Educação, que surge como polo de referência para o ensino da arte na
Zona Leste da cidade de Manaus. Está localizado na Rua Barreirinha, 175 (antiga rua J), São José 3.
A proposta de atendimento é interdisciplinar, fundamentada na Base Nacional Comum Cur-
ricular (BNCC/fundamental I e II) que sugere caminhos para ampliar o acesso dos alunos a expe-
riências estéticas nas aulas de Artes, colocando as crianças e os jovens como protagonistas, que
podem expressar seus sentimentos e sua criatividade por meio do processo artístico, bem como
toda a vivência docente do arte-educador e suas experiências artísticas.
A educação é prioridade para todos os seres humanos, por isso, é necessário que a escola
estabeleça metas que possam ser desenvolvidas gradativamente e que atendam as necessidades
da comunidade escolar, visando o desenvolvimento integral do educando e contribuindo para a
melhoria da qualidade do ensino e do ambiente escolar.
Assim, a arte-educação presente no CMAE Anibal Beça, fundamenta-se no princípio de ofertar
propósito de educação que possa contribuir para a formação de cidadãos conscientes do seu papel
na sociedade, por meio da construção, da disseminação do conhecimento da (re)leitura do mundo,
em um processo contínuo de aprendizado, envolvendo professores, alunos, colaboradores e toda
a comunidade.
2.ORIENTAÇÕES GERAIS - A BNCC e o ensino de artes - Prática e teoria para as oficinas de
artes na escola.
O ensino de arte, centrado nas linguagens das Artes Visuais, da Dança, da Música e do
Teatro, além dessas, uma última unidade temática, chamada de Artes Integradas, foi incorporada à
Base. Nas Artes Visuais, a ideia é que os alunos conheçam culturas visuais diversas e experimen-
tem inúmeras possibilidades de criar e se expressar visualmente explorando as transformações dos
materiais, recursos tecnológicos e apropriando-se da cultura cotidiana.
Na unidade temática de Dança a proposta é que os alunos articulem processos cognitivos e
envolvam-se em investigações e produções artísticas da dança, centrando-se no que acontece no
342
corpo, discutindo e dando significado às relações entre corporeidade e produção estética. Pretende-
-se também repensar estereótipos como corpo versus mente, popular versus erudito, teoria versus
prática, favorecendo um conjunto híbrido e dinâmico de práticas.
Na parte de Música, o foco é o estudo da música, tanto em sua perspectiva sensível e sub-
jetiva — na percepção e experimentação de sons e ritmos, por exemplo, quanto como fio condutor
de diversas interações sociais, circunscritas culturalmente, como uma forma de participar crítica e
ativamente da sociedade. E no Teatro a unidade prevê a vivência de jogos, improvisações e ence-
nações, que possibilitem a troca de experiências entre alunos e permitam aprimorar a percepção
estética, a imaginação, a consciência corporal, a intuição, a memória, a reflexão e a emoção.
E uma grande possibilidade de trabalho para o desenvolvimento integral, as Artes Integradas
como inovação na BNCC, que traz a sensibilidade de que os alunos explorem as relações entre as
diferentes linguagens e suas práticas, permitindo uma mesma proposta onde as corporalidades,
visualidades, musicalidades, espacialidades e teatralidades estejam presentes de maneira conco-
mitante, além de articular as diferentes linguagens e suas práticas, possibilitando também o uso das
novas tecnologias de informação e comunicação.
As instituições parcerias conquistadas, também, nos sinalizam que juntos com outras ins-
tituições que fomentam a Arte, podemos e devemos realizar inúmeras ações para um processo
integrador colaborativo, dinâmico, criativo, educativo, cultural, emocional e experimental, compreen-
dendo a arte e contextualizando-a nas diversas culturas, identificando sua diversidade de padrões
e reconhecendo a variedade das concepções estéticas existente.
Almejamos a formação de cidadão social, com a consciência de seus direitos e também de
seus deveres na sociedade, respeitando outros seres sociais sem julgamentos de classe social ou
credo religioso. Indivíduos que saibam atuar de maneira respeitosa, com igualdade, respeito e justiça
social, com ações para promover as condições de desenvolvimento da capacidade de reflexão e
decisão, considerando valores de cidadania, de diversidade, de justiça, de disciplina, de criticidade
e de autonomia.
Como ser social e histórico, o ser humano é capaz de produzir e suprir suas necessidades
através de suas atividades e nas relações com o mundo. Desta forma, o conhecimento cultural e
educativo nas práticas do Centro de Arte é promover o trabalho da construção social, pautado nas
reflexões sobre autonomia, coletivo, meio ambiente, socialização e a sistematização com a impor-
tante e significativa mediação do arte-educador visando o acesso e permanência da inclusão e a
343
diminuição da evasão escolar e de repetências nas escolas de ensino regular.
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Propiciar o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, ca-
racterizando um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana, desenvol-
vendo com os alunos atendidos a sensibilidade, a percepção e a imaginação do conhecimen-
to artístico, necessário para compreender a arte como meio de humanização da realidade.
3.2 Objetivos Específicos
• Contribuir para a formação estética dos envolvidos na promoção da socialização da arte;
• Considerar a arte como prática social nos diversos ambientes que atuamos;
• Promover o desenvolvimento educativo em arte, com caráter intencional e com suporte teórico;
• Articular entre o fazer e o conhecer em todo o ensino da arte;
• Desenvolver a sensibilidade estética, possibilitando aos envolvidos o apreciar, o criar, o refletir
e elaborar seus próprios sentidos com relação ao mundo;
• Aprimorar as capacidades perceptivas, inventivas, imaginativas e criativas dos envolvidos.
METODOLOGIA
As atividades de conhecimentos realizados no Centro de Artes são desenvolvidas nas ativi-
dades artísticas de:
Artes visuais - técnicas de desenho e pintura e a história da arte;
Arte multimídia – criação de projetos midiáticos voltados para arte-educação;
Dança - balé clássico e contemporânea;
Música – Canto coral infantojuvenil e adulto, clarinete, flauta doce, percussão alternativa,
teclado, violão e violino;
344
Orquestra e coro – práticas experimentais e de audição musicais.
Assim, o desenvolvimento das ações e práticas da arte-educação busca a reflexão e a con-
cepção do processo ensino e aprendizagem visando a autonomia, investigação, criatividade e o
experimental das produções artísticas. As práticas, concertos didáticos e vivências artísticas acon-
tecem em hora/aula (1h50min), dividido em tempos, com as turmas formadas em dois dias na se-
mana, nos turnos matutino, vespertino e noturno, com atividades voltadas para teoria e prática das
linguagens artísticas.
4.1 O PEDAGÓGICO
As atividades de conhecimentos realizadas no Centro de Artes são desenvolvidas nas ativi-
dades artísticas de DANÇA, MÚSICA, TEATRO E ARTES VISUAIS, considerando-se os princípios
pedagógicos da interdisciplinaridade.
Planejamento pedagógico
Atuamos de maneira articulada entre as linguagens – plano de curso, plano de aula e projetos
artísticos de DANÇA, MÚSICA, ARTES VISUAIS e TEATRO de maneira integradora, com atuação
pedagógica em atendimentos individualizados com cada especificidade da linguagem artística
Instrumentos pedagógicos
Ementa do Curso/Linguagem Artísticas; O.T.D. – Organização do Trabalho Didático – plano
mensal e semanal do Arte educador; Diário de Classe – mensal; Relatório de Rendimento das Tur-
mas (Curso); Mapa de Conceitos (notas) de acordo com a Proposta de Avaliação elaborada pelo
arte-educador.
4.2 CALENDÁRIO ESCOLAR
Zona Urbana – ensino fundamental I; calendário CMAE Aníbal Beça – eventos artísticos e cultu-
rais, apresentações artísticas (interna e externa).
4.3 MATRÍCULA ESCOLAR
Janeiro e junho – alunos novos;
345
Dezembro – rematrícula alunos do ano letivo.
4.4 CURRÍCULO
A Base Curricular Nacional Curricular; Proposta Pedagógica (ensino fundamental I e II); vivência
docente e artística de cada arte-educador (artista/arte-educador).
4.5 AVALIAÇÕES
Diagnósticas:
Período Técnico – (início, meio e fim do ano letivo) com audições musicais e teatrais, apresentações
de palco, provas escritas e trabalhos de pesquisas de acordo com cada curso.
Formativas:
Práticas de Ensaios Técnicos e Artísticos, Atuações em Produções Artísticas, Leituras de Partituras,
Criações de Produções Teatrais, Musicais, Solos de Dança – individuais e coletivos.
Somativas:
O processo pedagógico e artístico como um todo: apresentações artísticas e culturais, os conceitos
obtidos nas atividades solicitadas, o desenvolvimento dos estudantes.
5. PROJETOS E AÇÕES
5.1 ARTE MULTIMÍDIA: Artes Visuais, Artes Cênicas, Artes Textuais, Música e Dança
Objetivo Geral:
Promover a mostra dos trabalhos dos alunos, desenvolvendo o pensamento artístico e a percepção
estética, demonstrando de modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência do discente nas
diferentes linguagens e suas práticas, possibilitando uso das novas tecnologias.
Objetivos específicos:
Contribuir para a formação estética dos envolvidos nas aulas de arte multimídias que sejam capazes
346
de transformar o ambiente em que vivem através das artes.
Público:
Alunos de anos iniciais, finais e comunidade.
Público: estudantes dos anos finais e comunidade.
Avaliação: será mediante as práticas desenvolvidas pelo aluno no decorrer do processo das habi-
lidades do aluno.
5.2 ORQUESTRA E CORO: Teórica Musical, História da Música, e Apresentação, Práticas Instru-
mentais.
Objetivo Geral: contribuir para o corpo discente experiências de palco em conjunto, assim colabo-
rando para a formação estética dos envolvidos na promoção da socialização da arte.
Objetivos específicos:
Mediar conhecimento da arte para a formação estética musical dos alunos envolvidos nas aulas de
arte multimídias, trandformando ambiente em que vivem através das artes.
Público: estudantes dos anos finais e comunidade.
Metodologia: envolvimento dos alunos nas práticas experimentais e audição musicais.
Avaliação: será mediante as práticas desenvolvidas pelo aluno no decorrer do processo das habi-
lidades do aluno
5.3 CURSO DE ARTE – DANÇA: Dança (Contemporânea, Balé clássico), Música – Os Soprani-
nos, (Flauta Doce), Curumim na Lata – (Percussão Alternativa), Grupo Rio Negro (Clarinete), SING
(Canto Infanto Juvenil).
Objetivo Geral: proporcionar o desenvolvimento do pensamento artístico e a percepção estética do
mundo da arte levando em conta a imaginação e a prática musical do aprendizado artístico.
Objetivos Específicos:
Mediar o conhecimento da arte para a formação estética musical dos alunos envolvidos nas aulas
de arte da dança, transformando o ambiente em que vivem através das habilidades dos movimentos
ensinados.
Público: estudantes dos anos finais e comunidade.
Metodologia: envolvimento nas atividades e habilidades dos alunos nas práticas experimentais e
347
audição musical dos instrumentos trabalhados no curso.
Avaliação: será mediante as práticas desenvolvidas pelo aluno no decorrer do processo das habi-
lidades ensinadas aos alunos.
6. CONSIDERAÇÕES
Desde muito cedo, a humanidade percebeu que nem tudo o que sentia podia transmitir através dos
gestos e das “palavras” usadas na comunicação diária. Com o decorrer do tempo, o homem en-
controu novas formas de utilizar elementos como a palavra, o movimento, a forma, a linha, a cor, o
som, a imagem etc. Assim, surgiram as ARTES aumentando em muito as possibilidades do homem
não só de comunicar universalmente, mas também de transmitir o belo, fruto do despertar de uma
nova consciência.
Diante disso, buscamos em nosso fazer educativo, cultural e pedagógico, propiciar o desenvolvimento
do pensamento artístico e da percepção estética, caracterizando um modo próprio de ordenar e dar
sentido à experiência humana, desenvolvendo com TODOS OS ENVOLVIDOS NO PROCESSO a
sensibilidade, a percepção e a imaginação do conhecimento artístico, necessário para compreender
a arte como meio de humanização da realidade.
Vanice Silva dos Anjos
Diretora do Centro Municipal de Arte Aníbal Beça
[email protected]
(92) 8842-7918
348
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1998.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, 1998.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei Nº 9.394 de 1996. Brasília: Mec,
1996.
CONSELHO DE EDUCAÇÃO. Gestão em Rede. Consed: abril, nº 84, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários para a prática educativa. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1998.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS. Gestão Escolar e Planejamento Participativo. Ma-
naus: UFAM, 2009.
VASCONCELOS. Celso do S. Planejamento de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político Pedagó-
gico para elaboração e realização, 7ª Ed. – São Paulo: Libertad, 2000.
349
Centro Municipal de
Arte-Educação
Nelson Neto
350
CENTRO MUNICIPAL DE ARTE - EDUCAÇÃO NELSON NETO
Anteriormente denominado Centro Cultural Nelson Neto, é uma instituição da Prefeitura de
Manaus, com prédio próprio da Secretaria Municipal de Educação/SEMED.
Está localizado na Rua Rio Paduari, nº 27 - Conj. Meu Prefeito - São José IV – CEP 69086-
120.
O CMAE Nelson Neto oferece as seguintes atividades: Balé Clássico, Canto Coral, Teatro e
Musicalização. A faixa etária atendida é a partir de 05 anos completos, sem limite de idade.
OBJETIVO: Interligar Arte e Educação, promovendo o crescimento das inteligências múltiplas de
crianças, jovens e adultos, possuindo o sentido de suscitar o domínio da expressão corporal e oral,
aumentando a autoestima e o pertencimento de Cidadania, além de possibilitar o encontro com
outras visões culturais e espaços socioculturais da cidade, gerando o sentimento de efetivação dos
direitos humanos e sociais através da Arte-Educação, ao possibilitar o desenvolvimento cognitivo,
afetivo, motor, de comunicação e autoestima.
1. ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS:
1.2 Balé clássico – 08 turmas
04 turmas matutino/04 turmas vespertino
Quantidade: 25 estudantes
Duração: 01h e 30 min
02 vezes na semana
1.3 Canto coral – 02 turmas
02 turmas vespertino
Quantidade: 30 estudantes
Duração: 02h
02 vezes na semana
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1.4 Teatro – 04 turmas
02 turmas matutino/02 turmas vespertino
Quantidade: 30 estudantes
Duração: 02h
02 vezes na semana
1.5 Musicalização – 01 turma
matutino/vespertino
Quantidade: 50 participantes
Duração: 02h
02 vezes na semana
2. FAIXA ETÁRIA ATENDIDA:
A partir dos 05 anos completos, sem limite de idade
3. HORÁRIOS: de 8h a 12h e de 13h a 17h
4. PLANEJAMENTO: anual, sendo atualizados e especificados mensalmente.
5. HORA DE TRABALHO PEDAGÓGICO: sextas-feiras (aliado com ensaios para apresenta-
ções externas, aquisição e confecção de materiais)
6. PROJETOS:
6.1 Música: musicalização com a melhor idade
• Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus
contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimen-
sões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética;
• Promover a qualidade de vida, na fase do envelhecimento, através da construção dos pro-
cessos educativos e artísticos da socialização, da coletividade, da colaboração, da solida-
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riedade e do respeito ao diferente, oportunizando o bem-estar, as trocas de experiências e
os momentos significativos;
• Integrar com a DDPM para a formação continuada do Arte-Educador;
• Integrar com CEMEAPI/GEJA, visando um atendimento pedagógico e as vivências artísticas
e culturais.
Metodologia: a metodologia se baseia em aulas direcionadas aos idosos, respeitando os limites de
cada um, onde participam da escolha do repertório musical, preparam e manuseiam os instrumentos
musicais. As atividades são interativas e coletivas.
Avaliação: através da observação individual, participação e assiduidade.
Público-alvo: idosos participantes no Parque Municipal do Idoso.
Quantidade prevista: 50 (cinquenta)
6.2 Teatro: Mostra do 1º semestre
• Analisar e experimentar diferentes elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha sonora etc.)
e espaços (convencionais e não convencionais) para composição cênica e apresentação
coreográfica;
• Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos dramáticos ou outros
estímulos (música, imagens, objetos etc.), caracterizando personagens (com figurinos e
adereços), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador;
• Integrar com a DDPM para a formação continuada do Arte-Educador.
Público-alvo: a partir dos 05 anos completos, sem limite de idade
Metodologia: metodologia baseada em atividades significativas, onde o estudante participa ativa-
mente da elaboração cênica. As habilidades teatrais são desenvolvidas durante as aulas.
Avaliação: realizada semestralmente através do Instrumento Avaliativo.
Quantidade prevista: 250 (duzentos e cinquenta)
6.3 Espetáculo Teatral “E Agora, Rei Papudo?”
• Analisar e experimentar diferentes elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha sonora etc.)
e espaços (convencionais e não convencionais) para composição cênica e apresentação
353
coreográfica;
• Enfatizar a importância da Alfabetização mostrando como o excesso de trabalho pode ser
prejudicial e que viver a vida de forma equilibrada e dominando a Leitura é a melhor opção;
• Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos dramáticos ou outros
estímulos (música, imagens, objetos etc.), caracterizando personagens (com figurinos e
adereços), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador;
• Integrar com a DDPM para a formação continuada do Arte-Educador;
• Integrar com a DAGE/NUP para desenvolvimento de Palestras e Rodas de Conversa com
Adolescentes matriculados no Curso, assim como suas Famílias
Metodologia: a metodologia é através de aulas com alongamentos, exercícios de relaxamento,
jogos teatrais, criação de cenas, exercícios de improvisação, leitura e revisão de textos e ensaios.
Os estudantes participam em todo o processo do espetáculo.
Avaliação: realizada semestralmente através do Instrumento Avaliativo.
Público-alvo: a partir dos 05 anos completos, sem limite de idade
Quantidade prevista: 80 (oitenta)
6.4 Teatro: V Festival 5 Minutos de Esquetes, Performance e Exercício.
• Oportunizar palco para pequenas apresentações, pensando nos artistas estudantes veteranos
e iniciantes, como prática das técnicas estudadas e vivenciadas nas aulas de teatro e dança;
• Interação entre os estudantes, responsáveis e comunidades;
• Desenvolver habilidades teatrais que permitam competências socioemocionais.
Metodologia: metodologia baseada em atividades significativas, onde o estudante participa ativa-
mente da elaboração cênica. As habilidades teatrais são desenvolvidas durante as aulas.
Avaliação: realizada semestralmente através do Instrumento Avaliativo.
Público-alvo: a partir dos 05 anos completos, sem limite de idade.
Quantidade prevista: 80 (oitenta).
354
6.5 Espetáculo de Balé Clássico: “O Lago dos Cisnes”
• Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e criação do movimento como
fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios;
• Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de maneira imaginativa
na improvisação teatral e no jogo cênico;
• Experienciar a participação em espetáculo, bem como a vivência de palco, por meio da
contextualização artística-histórica;
• Integrar com a DDPM para a formação continuada do Arte-Educador;
• Integrar com a DAGE/NUP para desenvolvimento de Palestras e Rodas de Conversa com
Adolescentes matriculados no Curso, assim como suas famílias.
Metodologia: metodologia baseada inicialmente dividindo os estudantes por nível, desenvolvimento
das habilidades como flexibilidade e coordenação. As aulas são práticas, proporcionando aos estu-
dantes vivenciar a música e utilizar os equipamentos da sala.
Avaliação: realizada semestralmente através do Instrumento Avaliativo.
Público-alvo: a partir dos 05 anos completos, sem limite de idade
Quantidade prevista: 200 (duzentos)
6.6 Canto Coral
• Executar as vozes em harmonia, exigindo uma combinação de notas diferentes entre as
vozes, fazendo acordes;
• Experienciar o ouvir e a combinação das vozes, ao mesmo tempo os efeitos sonoros que
elas proporcionam;
• Conhecer novas palavras, ampliando o vocabulário e aperfeiçoando o método de diálogo;
• Integrar com a DDPM para a formação continuada do Arte-Educador.
Público-alvo: estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental 1
Quantidade prevista: 60 (sessenta)
Metodologia: a metodologia se baseia em atividades práticas, como aquecimento vocal, técnica
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vocal e interpretação musical. Os estudantes participam ativamente da escolha do repertório musical.
Avaliação: realizada semestralmente através da observação, participação e assiduidade.
Fabíola Mara Silva dos Santos
Diretora do Centro Municipal de Arte e Educação Nelson Neto
[email protected]
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