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Energia Mecanica

O documento aborda o conceito de energia mecânica, definindo-a como a energia relacionada ao movimento e à capacidade de realizar trabalho. Ele explora diferentes formas de energia, como potencial e cinética, e discute a conservação e degradação da energia em sistemas mecânicos. Exemplos práticos e exercícios são apresentados para ilustrar os conceitos discutidos.

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Energia Mecanica

O documento aborda o conceito de energia mecânica, definindo-a como a energia relacionada ao movimento e à capacidade de realizar trabalho. Ele explora diferentes formas de energia, como potencial e cinética, e discute a conservação e degradação da energia em sistemas mecânicos. Exemplos práticos e exercícios são apresentados para ilustrar os conceitos discutidos.

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ENERGIA MECÂNICA Prof.

Alberto Ricardo Prass

Prof. Alberto Ricardo Prass

A ENERGIA MECÂNICA

O que é Energia? 12

S
em dúvida nenhuma energia é o termo técnico, originário da Física, mais empregado em nossa vida
cotidiana.
Energia é um conceito muito abrangente e, por isso mesmo, muito abstrato
e difícil de ser definido com poucas palavras de um modo preciso. Usando
apenas a experiência
do nosso cotidiano, poderíamos conceituar energia como “algo que é capaz de originar
mudan- ças no mundo”. A queda de uma folha. A correnteza de um rio. A rachadura em
uma parede. O vôo de um inseto. A remoção de uma colina. A construção de uma
represa. Em todos esses casos, e em uma infinidade de outros que você pode
imaginar, a interveniência da energia é um requisito comum.
Muitos livros definem energia como “capacidade de realizar trabalho”. Mas esta
é uma defi- nição limitada a uma área restrita: a Mecânica. Um conceito mais
completo de energia deve incluir outras áreas (calor, luz, eletricidade, por exemplo). À
medida que procuramos abranger áreas da Física no conceito de energia, avolumam-
se as dificuldades para se encontrar uma definição con- cisa e geral.
Mais fácil é descrever aspectos que se relacionam à energia e que,
individualmente e como um todo, nos ajudam a ter uma compreensão cada vez
melhor do seu significado.
Vejamos, a seguir, alguns aspectos básicos para a compreensão do conceito de
energia.

1)A quantidade que chamamos energia pode ocorrer em diversas formas. Energia
pode ser trans- formada, ou convertida, de uma forma em outra (conversão de
energia).
Exemplo:
1
A energia mecânica de uma queda d’água é convertida em energia elétrica a
qual, por exem- plo, é utilizada para estabilizar a temperatura de um aquário
(conversão em calor) aumentando, com isso, a energia interna do sistema em
relação à que teria à temperatura ambiente. As
1
Adaptação livre do livro “Física para Secundaristas” de Rolando Axt e Virgínia Alves, Instituto de Física – UFRGS, 1994.
2
No SI a unidade utilizada para medir energia é o Joule (J), em homenagem ao físico inglês James Prescott Joule, 1818-1889.
Em alguns casos usa-se a coloria (1 cal = 4,1855 J)

2
ENERGIA Prof. Alberto Ricardo
moléculas do meio, por sua vez, recebem do aquário energia que causa um aumento
em sua ener- gia cinética de rotação e translação.

2) Cada corpo e igualmente cada “sistema” de corpos contém energia. Energia pode ser
transferida
de um sistema para outro (transferência de energia).
Exemplo:
Um sistema massa/mola é mantido em repouso com a mola distendida. Nestas
condições, ele armazena energia potencial. Quando o sistema é solto, ele oscila
durante um determinado tempo mas acaba parando. A energia mecânica que o
sistema possuía inicialmente acaba transfe- rida para o meio que o circunda (ar) na
forma de um aumento da energia cinética de translação e rotação das moléculas do
ar.

3) Quando energia é transferida de um sistema para outro, ou quando ela é


convertida de uma forma em outra, a quantidade de energia não muda (conservação
de energia).
Exemplo:
A energia cinética de um automóvel que para é igual à soma das diversas
formas de energia nas quais ela se converte durante o acionamento do sistema de
freios que detém o carro por atrito nas rodas.

4)Na conversão, a energia pode transformar-se em energia de menor qualidade, não


aproveitável para o consumo. Por isso, há necessidade de produção de energia apesar
da lei de conservação. Dizemos que a energia se degrada (degradação de energia).

Exemplo:
Em nenhum dos três exemplos anteriores, a energia pode “refluir” e assumir
sua condição inicial. Nunca se viu automóvel arrancar reutilizando a energia
convertida devido ao acionamento dos freios quando parou. Ela se degradou. Daí
resulta a necessidade de produção constante (e crescente) de energia.

3
ENERGIA Prof. Alberto Ricardo

4
ENERGIA Prof. Alberto Ricardo

Energia Mecânica

Considerações Gerais

C
hamamos de Energia Mecânica a todas as formas de energia relacionadas
com o mo- vimento de corpos ou com a capacidade de colocá-los em
movimento ou deformá-los.

Classes de energia mecânica


1) Energia potencial
É a que tem um corpo que, em virtude de sua posição ou estado, é capaz de
realizar traba-
lho. 3

Podemos classificar a energia potencial em:


a)
Energia Potencial Gravitacional (EPG)
Está relacionada com a posição que um corpo ocupa no campo gravitacional
terrestre e sua capacidade de vir a realizar trabalho mecânico.
Matematicamente

onde P é o peso do
corpo e h é a altura
em
relação ao nível de
EPG  P . h referência
(EPG = 0).

Ou, sabendo que P = m.g,


onde m é a massa do corpo e g é
EPG  m. g. h a aceleração gravitacional

5
ENERGIA Prof. Alberto Ricardo

3
Entende-se como trabalho mecânico qualquer transferência de energia entre um corpo (ou sistema) e outro ou alterações na
forma de um corpo
(deformações).

6
ENERGIA Prof. Alberto Ricardo
Exercícios resolvidos:

1) Um corpo de massa 4 kg encontra-se a uma altura de 16 m do solo. Admitindo o


solo como nível de referência e supondo g = 10 m/s2, calcular sua energia potencial
gravitacional.

Resolução:
EPG  m. g.  E  4.10.16  EPG  640J
PG
h

2) Um corpo de massa 40 kg tem energia potencial gravitacional de 800J em relação


ao solo. Dado g = 10 m/s2 , calcule a que altura se encontra do solo.

Resolução:

EPG EPG
 h  800
 m. g.
m.  h  40.10  h  2m
h
g

b)
Energia Potencial Elástica (EPE)

É a energia armazenada em uma mola comprimida ou distendida.


Matematicamente

onde k é a constante
elástica da mola e x é a
deformação da
kx 2 mola (quanto a mola foi compri-
EPE  mida ou distendida)
2

Exercícios resolvidos:

3) Uma mola de constante elástica k = 400 N/m é comprimida de 5 cm. Determinar a


sua energia potencial elástica.

Resolução: EPE kx 2 400.(5  102 ) 2


  EPE   EPE  0,5J
2 2

4) Qual é a distensão de uma mola de constante elástica k = 100 N/m e que está
armazenando uma energia potencial elástica de 2J?

7
ENERGIA Prof. Alberto Ricardo
Resolução: EPE kx 2 2. EPE 2.2
 x k  x  100  x  0,2m  20cm
2

8
ENERGIA Prof. Alberto Ricardo
2) Energia Cinética (EC)

Todo corpo em movimento possui uma energia associada a esse movimento


que pode vir a realizar um trabalho (em uma colisão por exemplo). A essa energia
damos o nome de energia cinética.

Matematicame
nte onde m é a massa e v a velocidade do corpo
m.v
2
4
EC 
2
Exercícios resolvidos:

5) Determine a energia cinética de um móvel de massa 50 kg e velocidade 20 m/s.

Resolução: EC m.v 2 50.202


  EC   EC  10.000J  10kJ
2 2

A Conservação da Energia Mecânica

U
ma força é chamada conservativa, quando pode devolver o trabalho
realizado para vencê-la. Desse modo, o peso de um corpo e a força elástica
são exemplos desse tipo de força. No entanto, a força de atrito cinético,
que não pode devolver o trabalho reali-
zado para vencê-la, é uma força não-conservativa, ou dissipativa (ocorre degradação
da energia mecânica).
Isso quer dizer que, em um sistema no qual só atuam forças conservativas
(sistema conser- vativo), a ENERGIA MECÂNICA (EM) se conserva, isto é, mantém-se
com o mesmo valor em qual- quer momento, mas alternando-se nas suas formas
cinética e potencial (gravitacional ou elástica).
Para sistemas
conservativos.
EM  EC  EP  cons tan
te O trabalho das forças
dissipati-
 FORÇAS _DISSIPATIVAS  EMEC
 EFINAL INICIAL
MEC  E MEC

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4
Notas:
i) Sendo m>0 e v20, a energia cinética nunca será estritamente negativa.
ii) Como a velocidade escalar v depende do referencial adotado, a energia cinética também dependerá do referencial
adotado.
iii) Como a função Ec=f(v) é do 2º grau, o gráfico será um arco de parábola.

1
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Exercícios resolvidos:

6) Uma esfera de massa 5 kg é abandonada de uma altura de 45m num local onde g
= 10 m/s2. Calcular a velocidade do corpo ao atingir o solo. Despreze os efeitos do ar.

Resolução:

Desprezando a resistência do ar, o sistema é conservativo, logo:

B
A
Conforme o corpo vai descendo, a
EE M M
energia potencial gravitacional vai se
transfor- mando em energia cinética, ECA  EPG
A
 EC B  EPG
B
até que em B toda energia mecânica
está sob a forma de energia cinética. mv2A mv2B
 mgh   mgh
A B
2 2
v A2  gh  v B2  gh
A B
2 2
02  10.45  v2B 
10.0 2 2
2
450  v B  900  v2
B
2
vB  900  vB  30m / s

7) Um corpo de 2 kg é empurrado contra uma mola de constante elástica 500 N/m,


comprimindo-a 20 cm.
Ele é libertado e a mola o projeta ao longo de uma superfície lisa e horizontal que
termina numa rampa inclinada conforme indica a figura. Dado g = 10 m/s 2 e
desprezando todas as formas de atrito, calcular a altura máxima atingida pelo corpo
na rampa.

Quando a mola é solta, a energia potencial elástica é transferida para o corpo na forma de energia cinética e quando o corpo começa a su

Resolução:

1
ENERGIA Prof. Alberto Ricardo

Com a mola
comprimida, temos
apenas energia
potencial elástica.

Como o sistema é conservativo, temos:


EA  EB  E A  EA  EBA  EB   EB
E
M M C PG PE C PG PE
kx 2 500.(0,2)2
00  0  mghB   2.10. hB
2 2
0
hB 

8) Um esquiador de massa 60 kg desliza de uma encosta, partindo do repouso, de


uma altura de 50 m. Sabendo que sua velocidade ao chegar no fim da encosta é de
20 m/s, calcule a perda de energia mecânica devido ao atrito. Adote g = 10 m/s2.
Resolução:
E A  EB  E
M M DISSIPADA
E A  E A  EB  EB  E
C PG C PG DISSIPADA
mvB2
0  mgh  0E
A DISSIPADA
2
60.202
60.10.50   EDISSIPADA
2
EDISSIPADA  18.000J  18kJ

1
ENERGIA Prof. Alberto Ricardo
Exercícios propostos:

1) Um garoto abandona uma pedra de massa 20 g do alto de um viaduto de 5 m


de altura em relação ao solo. Considerando g = 10 m/s 2, determine a velocidade e
a energia cinética da pedra ao atingir o solo. (Despreze os efeitos do ar.)

2) Um corpo de massa 0,5 kg é lançado, do solo, verticalmente para cima com


velocidade de 12 m/s. Desprezando a resistência do ar e adotando g = 10 m/s 2,
calcule a altura máxima, em relação ao solo, que o corpo alcança.

3) Um pêndulo de massa 1 kg é levado a posição


horizontal e então abandonado.

Sabendo que o fio tem um comprimento de 0,8 m e g = 10 m/s2, calcule a


velocidade do pêndulo quando passar pela posição de altura mínima.

4) Do alto de uma torre de 61,6 n de altura, lança-se verticalmente para baixo,


um corpo com velocidade de 8 m/s. Calcule a velocidade com que o corpo atinge
o solo. Adote g = 10 m/s2 e despreze os efeitos do ar.

5) Um corpo de massa 2 kg é lançado do solo, verticalmente para cima, com


velocidade de 50 m/s. Sabendo que, devido ao atrito com o ar, o corpo dissipa 100
J de energia sob a forma de calor, determine a altura máxima atingida pelo corpo.
Adote g = 10 m/s2.
6) Um corpo de massa igual a 0,5 kg e velocidade constante de 10 m/s choca-se
com uma mola de constante elástica 800n/s. Desprezando os atritos, calcule a
máxima deformação so- frida pela. mola.

7) Consideremos uma mola de constante elástica 400 N/m, e um corpo de massa


1 kg nela encostado que produz uma compressão de 0,8 m. Liberando a mola,
qual é a velocidade do corpo no instante em que perde contato com ela?
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Despreze as forças de resistência.

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8) No escorregador mostrado na figura, uma
criança com 30 kg de massa, partindo do repouso
em A, desliza até B.

Desprezando as perdas de energia e admitindo g = 10 m/s2, calcule a velocidade


da criança ao chegar a B.

9) Um corpo de massa m é empurrado contra uma mola cuja constante elástica é


600 N/s, comprimindo-a 30 cm. Ele é liberado e a mola o projeta ao longo de uma
superfície sem atrito que termina numa rampa inclinada conforme a figura.
Sabendo que a altura máxima atingida pelo corpo na rampa é de 0,9 m e g = 10
m/s2, calcule m. (Despreze as forças resistivas.)

10) Um corpo de massa 20 kg está sobre uma


mola com- primida de 40 cm. Solta-se a mola e
deseja-se que o corpo atinja a altura de 10 m em
relação à sua posição inicial.

Determine a constante elástica da mola. Adote g = 10 m/s2 e despreze os efeitos do


ar.
11) Uma esfera parte do repouso em A e percorre o caminho representado sem
nenhum atrito ou resistência. Determine sua velocidade no ponto B.

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ENERGIA Prof. Alberto Ricardo

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ENERGIA Prof. Alberto Ricardo

12)Um carrinho situado no ponto A (veja a figura), parte do repouso e alcança o ponto
B.
a) Calcule a velocidade do carrinho em B, sabendo que 50% de sua energia
mecânica inicial é dissipada pelo atrito no trajeto.
b) Qual foi o trabalho do atrito entre A e B?

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13) Uma esfera de massa 2 kg é lançada horizontalmente do ponto A e deseja-se
que ela atinja a pista superior. Os trechos AB e BCD são perfeitamente lisos. A
aceleração da gravidade é de 10 m/s2. Determine a mínima velocidade que o
corpo deve ter ao atingir o ponto B.

14) Uma esfera é suspensa por um fio ideal. Quando abandonada da posição A
sem velocidade inicial, ela passa por B com velocidade de 10 m/s. Desprezando as
resistências, determine o valor da altura h, de onde a esfera foi solta. Adote g =
10 m/s2.

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Respostas dos Exercícios Propostos

1) 1 J e 10 m/s
2) 7,2 m
3) 4 m/s
4) 36 m/s
5) 120 m
6) 0,25 m
7) 16 m/s
8) 8 m/s
9) 3 kg
10) 25 kN/m
11) 10 m/s
12) 10m / s e –20J
13) 10
m/s
14) 5 m

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