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Enfermagem e Parada Cardiorrespiratória

O documento analisa a abordagem da equipe de enfermagem em casos de parada cardiorrespiratória na unidade de terapia intensiva, utilizando a metodologia PRISMA para revisar a literatura científica dos últimos cinco anos. A pesquisa destaca a importância do enfermeiro em todas as etapas do atendimento, desde a identificação precoce até a ressuscitação e cuidados pós-evento. Conclui-se que a atuação efetiva da equipe de enfermagem está interligada à redução da mortalidade e ao aumento das taxas de sobrevivência dos pacientes.
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Enfermagem e Parada Cardiorrespiratória

O documento analisa a abordagem da equipe de enfermagem em casos de parada cardiorrespiratória na unidade de terapia intensiva, utilizando a metodologia PRISMA para revisar a literatura científica dos últimos cinco anos. A pesquisa destaca a importância do enfermeiro em todas as etapas do atendimento, desde a identificação precoce até a ressuscitação e cuidados pós-evento. Conclui-se que a atuação efetiva da equipe de enfermagem está interligada à redução da mortalidade e ao aumento das taxas de sobrevivência dos pacientes.
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REVISTA OBSERVATORIO DE LA ECONOMIA LATINOAMERICANA

Curitiba, v.21, n.11, p. 19568-19583. 2023.

ISSN: 1696-8352

Abordagem da equipe de enfermagem frente a parada


cardiorrespiratória na unidade de terapia intensiva

Nursing team approach to cardio respiratory arrest in intensive care


unit
DOI: 10.55905/oelv21n11-053

Recebimento dos originais: 05/10/2023


Aceitação para publicação: 06/11/2023

Paulo Ricardo da Silva Silvério


Graduação em Enfermagem
Instituição: Faculdade Centro Universitário Sudoeste Paulista
Endereço: Av. Prof. Célso Ferreira da Silva, 1001, Jardim Europa I, Avaré - SP,
CEP: 18707-150
E-mail: [email protected]

Fernanda Augusta Penacci


Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu
Instituição: Faculdade Centro Universitário Sudoeste Paulista
Endereço: Av. Prof. Célso Ferreira da Silva, 1001, Jardim Europa I, Avaré - SP,
CEP: 18707-150
E-mail: [email protected]

RESUMO
Objetivo: identificar na literatura cientifica dos últimos cinco anos, a abordagem da
equipe de enfermagem frente a parada cardiorrespiratória na unidade de terapia intensiva.
Resumo: Adotou-se como metodologia, o protocolo PRISMA para analisar a abordagem
da equipe de enfermagem frente a parada cardiorrespiratória na unidade de terapia
intensiva. Utilizando a estratégia PICo, a busca foi feita nas bases de dados LILACS e
SCIELO resultando em quatro artigos completos na língua portuguesa e espanhol. O
profissional de enfermagem participa ativamente no atendimento ao paciente submetido
a parada cardiorrespiratória, desde na identificação precoce da patologia através da
sintomatologia clínica, fatores que submeteram o paciente a desenvolver, realização da
ressuscitação cardiopulmonar (RCP), administração medicamentosa conforme prescrição
médica, além das prestações de cuidados pós quadro clínico. Conclusão: Conclui-se que
o enfermeiro é de extrema importância durantes todos os processos e etapas que envolve
a sobrevida do paciente submetido a PCR, onde suas ações estão totalmente interligadas
com o excedo dos procedimentos e redução do nível de mortalidade.

Palavras-chave: parada cardiorrespiratória, enfermagem, unidade de terapia intensiva.

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ISSN: 1696-8352

ABSTRACT
Objective: To identify in the scientific literature of the last five years, the approach of the
nursing team to cardiorespiratory arrest in the intensive care unit. Abstract: As a
methodology, the PRISMA protocol was adopted to analyze the approach of the nursing
team to cardiorespiratory arrest in the intensive care unit. Using the PICo strategy, the
search was made in the LILACS and SCIELO databases resulting in four complete
articles in Portuguese and Spanish. The nursing professional actively participates in the
care of the patient submitted to cardiorespiratory arrest, since in the early identification
of the pathology through clinical symptomatology, factors that submitted the patient to
develop, the realization of cardiopulmonary resuscitation (CPR), drug administration as
prescribed by the doctor, besides the services of care after clinical condition. Conclusion:
It is concluded that the nurse is of extreme importance during all the processes and steps
that involve the survival of the patient submitted to PCR, where his actions are totally
interlinked with the exceedance of the procedures and reduction of the mortality level.

Keywords: cardiorespiratory arrest, nursing, intensive care unit.

1 INTRODUÇÃO
A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é a situação em que o paciente apresenta
crises apneia (ausência de respiração) e encerramento abrupto dos batimentos cardíacos,
ou seja, uma interrupção súbita do sistema respiratório (suporte ventilatório) e do sistema
circulatório. É um quadro clínico que necessita de intervenção imediata por apresentar
risco eminente de morte (Galvão, et al.,2019).
Quando um paciente apresenta sinais e sintomas característicos com a
fisiopatologia, a conduta atualmente orientada aos profissionais na unidade de terapia
intensiva (UTI) é que executem o atendimento intra-hospitalar desobstruindo vias aéreas
através do Bag Válvula Mask, realizem a projeção mandibular associado a introdução da
cânula orofaríngea ou nasofaringea e que se inicie rapidamente as manobras de
Reanimação Cardiopulmonar (RCP) agregado ao desfibrilador (Ashish, et al., 2019).
A RCP são compressões torácicas e uma intervenção terapêutica relacionada com
a frequência, ritmo e profundidade, que quando realizada com as técnicas corretas fornece
oxigenação, circulação e aumento da perfusão periférica. Diretrizes estimam que seja
realizado 100 a 120 compressões por minuto com a profundidade de 5 a 6 centímetros

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(Ashish, et al., 2019), com o intervalo de 30 compressões para duas ventilações (Kwon,
2019).
Estima-se que o retorno da circulação espontânea leve em média cerca de 5 a 56
minutos para normalizar (Pluze, et al.,2019). Com o objetivo de concretizar essa
regulamentação é utilizado na UTI o metrônomo, um aparelho capaz de otimizar as
constrições com batidas rítmicas, claras e precisas (Ashish, et al., 2019).
Na PCR existem dois grupos distintos, que são os casos chocáveis: taquicardia
ventricular e Fibrilação ventricular, e casos não chocáveis: Atividade Elétrica Sem Pulso
(AESP) que por sua vez é um dos principais ritmos que causam PCR na UTI e Assistolia.
A precisão na identificação no tipo de choque, mudará a conduta do profissional e o
desfecho do paciente (Lopes, et al.,2020).
Segundo Efendijev, et.al,. 2014 apud Girotra, et al., 2014

O ritmo inicial de PCR mais frequente foi a AESP seguida da Assistolia.


Resultados similares também foram reportados por Efendijev e cols. Estima-
se que em UTI gerais os ritmos não chocáveis sejam mais frequentes, variando
de 55 a 84% entre os estudos. Os ritmos chocáveis são mais comumente
observados em UTI com maior frequência de doenças cardíacas isquêmicas
enquanto os ritmos não chocáveis estão associados a maior estado de gravidade
e comprometimento clínico, como em estados avançados de hipóxia e na sepse.

Segundo Pardo et.al 2021

Para cada minuto de atraso na desfibrilação, a sobrevida diminui em 12%, com


uma sobrevida de 25% se a RCP for iniciada nos três primeiros minutos, caindo
para 3%, se for após o terceiro. A chave para o sucesso baseia-se no início
imediato de BCR e desfibrilação com DEA, por uma equipe treinados e
presentes no evento esportivo.

Para aumentar a taxa de sobrevida de um diagnóstico de PCR é necessário o


reconhecimento precoce da patologia para que assim, seja aplicado as técnicas (RCP)
associadas a desfibrilação através do Desfibrilador Externo Automático (DEA) quando
chocável (Delhomme, et al., 2018).
Medicações durante uma parada cardiorrespiratória possibilitam uma recuperação
e consequentemente melhora clínica do paciente. Os fármacos utilizados fazem parte do
grupo dos vasopressores que por sua vez tem o intuito de aumentar a perfusão periférica,

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otimizar o débito cardíaco e evitar a probabilidade de broncoaspiração e aumento de


secreções orogástrica. As principais drogas utilizadas são: Epinefrina, Noradrenalina e
Vasopressina. Essas drogas são primordiais para casos de PCR não chocável (Ashish, et
al., 2019).
Quando a RCP não fornece o retorno da oxigenação e da perfusão periférica de
maneira espontânea, é necessário que o enfermeiro tenha capacitações de como efetuar o
suporte avançado de vida, pois muitos pacientes precisam de Intubação Orotraqueal
(IOT). Para realização de tal procedimento é preciso ter compreensão de como realizar
uma avaliação orotraqueal procurando desvios e lesões traqueais, examinar
permeabilidade de vias aéreas e ter conhecimento de medicamentos para anestesia geral
como: mecanismo de ação, vias de administração, métodos para diluição, efeitos adversos
e materiais utilizados. Quando o profissional avalia e conclui o insucesso na IOT devido
a desvios ou via aérea de difícil acesso, é preciso usar a máscara laríngea para manter a
perfusão do enfermo (Ashish, et al., 2019).
Após isso, é realizada a inspeção, percussão e palpação nesse paciente.
Respectivamente devo observar simetria, expansão, presença de edemas, hematomas
ingurgitamento e defeitos na parede torácica e na ausculta murmúrios vesiculares e sopro,
ademais, verificar sintomatologia de pneumotórax, hemotórax e lesão brônquica (Stewart,
Rotondo, Sharon, 2018).
Segundo estudo, foi constatado que grande parte dos pacientes admitidos na
unidade de terapia intensiva que obtiveram parada cardíaca apresentavam comorbidades,
como Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes de Mellitus, Insuficiência Cardíaca,
Fibrilação Atrial, Acidente Vascular Cerebral, Insuficiência Renal e Doença Vascular
Periférica, além de sinais e sintomas característicos como: inconsciência, queda brusca
na saturação e bradicardia, portanto podemos classifica-los como grupo potencial de risco
para o desenvolvimento do quadro (Pluze, et al.,2019).
Portanto, diante dos dados apresentados, incluindo a alta incidência de parada
cardiorrespiratória, objetivou-se identificar na literatura científica nos últimos cinco anos
a abordagem da equipe de Enfermagem na parada cardiorrespiratória em Unidade de
Terapia Intensiva.

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2 MÉTODO
Trata-se de uma revisão integrativa que foi conduzida de acordo com a recomen-
dação do guideline PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and
Meta-Analyses, 2009), a questão norteadora da pesquisa foi elaborada utilizando a estra-
tégia População, Interesse e Contexto (PICo): pacientes adultos (P-população), com pa-
rada cardiorrespiratória (I-fenômeno de interesse), assistência de enfermagem (Co-con-
texto). Dessa maneira foi elaborada a seguinte questão norteadora: qual a abordagem cor-
reta da equipe de enfermagem diante a uma parada cardiorrespiratória na unidade de te-
rapia intensiva?
A busca foi realizada nas bases de dados Literatura da América Latina Caribe
(LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), em abril de 2023. Uma vez
que tais bases de dados e bibliotecas contemplam a temática da pesquisa, além de serem
referências técnico-científicas de periódicos conceituados na área da saúde.
Determinou-se o período de coleta de cinco (5) anos (2018-2023), foram utiliza-
dos termos livres baseados nos Descritores em Ciências da Saúde (DECS) para estabele-
cer os descritores que compuseram as estratégias de busca. Para tal, as buscas foram rea-
lizadas respeitando as singularidades de cada base, utilizando a combinação do operador
booleano “OR” entre os descritores, a estratégia de busca empregada utilizada em todas
as bases de dados foi (“Parada Cardiorrespiratória”), OR (“Unidade de terapia intensiva”)
OR (“enfermagem”).

Quadro 1 – Estratégia PICo, DeCS.


ESTRATÉGIA PICo DeCS
PICo Variáveis Componentes
Parada Cardiorrespiratória
P População Pacientes adultos
UTI

Assistência de enferma-
I Interesse gem
Enfermagem

Co Contexto Parada Cardiorrespiratória

Fonte: Elaboração própria (2023)

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Para a coleta de dados realizou-se a leitura do título e resumo dos artigos para
selecionar aqueles a serem inclusos ou exclusos. Determinando, assim, os critérios de
inclusão e exclusão. Então, realizou-se a organização, sumarização, análise crítica e
integrativa das informações extraídas acerca dos critérios e assistência de enfermagem
em pacientes adultos com morte encefálica na unidade de terapia intensiva nas produções
científicas.
Os critérios de inclusão das pesquisas científicas encontradas foram trazer como
temática o objetivo da pesquisa, terem sido publicados no período de 2018 a 2023,
disponibilização do texto completo gratuitamente na íntegra no idioma português,
espanhol e inglês. Os critérios de exclusão das pesquisas científicas encontradas foram
artigos que fugissem da temática, artigos em texto incompleto na íntegra, além do ano de
publicação.
Diante da pesquisa nas bases de dados foram encontrados 4361 artigos, sendo
3301 deles da base de dados Lilacs e 1060 da base de dados SciELO. Desses artigos,
foram excluídos 3.872, após a aplicação do filtro sobre o ano, menor que cinco (5) anos
– (2018 a 2023), texto completo, elegibilidade, totalizando quatro (4) artigos selecionados
para formularem essa revisão.
Para a análise dos dados, foi construído um quadro analítico que permitiu reunir e
sintetizar as principais informações dos artigos incluídos, conforme apresentado
posteriormente. Os dados foram interpretados e comparados e, posteriormente,
sintetizados de forma descritiva.

3 RESULTADOS
A seleção dos artigos encontrados, por meio dos diferentes cruzamentos dos vo-
cábulos, seguiu as recomendações do PRISMA, conforme mostra a Figura 1.

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Figura 1- Diagrama de busca e seleção dos artigos de acordo com o PRISMA 2009 Fluxograma de
seleção dos estudos.
Identificação

Identificação dos artigos nos Lilacs - 3301


bases de dados = 4361
Sceilo - 1060

Artigos excluídos por duplicata=


105
Artigos rastreados = 4256
seleção

Exclusão de artigos após a leitura


dos títulos e resumos =4243
Elegibilidade

Artigos para avaliação de


elegibilidade = 13
Inclusão

Artigos incluídos na síntese


qualitativa = 4

Fonte: Elaborada pelo autor (2023).

A amostra final constituiu na inclusão de quatro artigos que correspondiam ao


conhecimento da equipe de enfermagem frente a parada cardiorrespiratória na unidade de
terapia intensiva. As características dos artigos incluídos nesta revisão, acerca dos
autores, periódico, objetivos e método, seguem descritos no Quadro 2

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Quadro 2 – Caracterização dos artigos selecionados para análise segundo os autores/ano,


periódico, objetivo(s), e método.
Autores/ ano Periódico Objetivos Método (tipo, local e Título Resultados
participantes)

Gomesz Mateo, Revista de la Relatar evidencias Tipo: artigo de revisão Paro cardiaco de origen As causas mais
Agudelo Cristian, Escuela de sintomatológicas Local: Universidad traumático: ¿cómo comuns de PCR
Palacio Simon; Ciencias de la de um paciente CES. Medellín, podemos intervenir en el são os traumas de
2020 Salud de la com parada Colombia servicio de urgencias? maneira geral, com
Universidad cardiorrespiratória Participantes: ênfase na lesão
Pontificia com o intuito de pacientes que crânio encefálico,
Bolivariana, realizar uma obtiveram hipovolemia e
Colombia abordagem com clinicamente parada politrauma, que
bases literárias ao cardiorrespiratória em correspondem a
mesmo. âmbito global durante 48%, pneumotórax
o ano de 2020 (13%), hipóxia
(13%) e
tamponamento
cardíaco 10%). O
restante dos casos
foi devido a
embolia pulmonar.
Outras patologias
interligadas a PCR
são: Pneumotórax
hipertensivo,
tamponamento
cardíaco, contusão,
lesão miocárdica
de grandes vasos e
trauma pélvico.

Pardo G, et al., Rev Med Chile Ressaltar a Tipo: caso clínico Muerte súbita por Há uma incidência
2021 importância da Local: Av. Fernando fibrilación superior a 350.000
identificação Castillo Velasco 9100, ventricular en deportista. casos/ano, tem uma
precoce da La Reina. Santiago, Una taxa de
patologia e intervir Chile. presentación inusual del sobrevivência
com manobras de Participantes: análise Síndrome de inferior a 10%,
RCP e se de notificações de Brugada sendo essencial
chocável, utilizar fibrilação ventricular para aumentá-la, o
o desfibrilado em atletas jovens reconhecimento da
externo adultos no ano de parada
automático 2021 cardiorrespiratória
(DEA). precocemente e
início imediato das
manobras de
reanimação
cardiopulmonar
(RCP) associada a
aplicação do
desfibrilador
externo automático
(DEA)

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Pluze, et al., 2019 Suplemento da Identificar a Tipo: estudo Incidência e fatores Incidência de PCR
revista da incidência de quantitativo associados à parada nas primeiras 24
sociedade de parada Local: São Paulo Cardiorrespiratória nas horas de internação
cardiologia do cardiorrespiratória Participantes: foram primeiras 24 horas de foi de 3,6% (n =
estado de são Paulo (PCR) nas analisados 530 Internação em unidades de 19). Cada
(SOCEP) primeiras 24 horas prontuários completos terapia intensiva indivíduo teve em
de internação em de indivíduos média 1,61 ± 0,97
Unidades de pertencentes à eventos de PCR
Terapia Intensiva casuística do estudo com tempo médio
(UTI) e seus primário de 7,68 ± 10,59
fatores associados; “Caracterização minutos. Os ritmos
verificar se a Clínica de Adultos e mais frequentes
maior gravidade Idosos em UTI” foram: AESP
admissional está (42,1%), AS
associada à maior (21,1%); TV sem
ocorrência de PCR pulso (5,3%). A
em pacientes única comorbidade
internados em UTI que se associou à
PCR foi o choque
(p = 0,003). Os
métodos de
reversão mais
utilizados foram:
químico (31,6%),
químico+elétrico
(10,5%) e apenas
elétrico (5,3%).
Não houve retorno
da circulação
espontânea em
57,9% dos casos. A
SpO2 (p < 0,001),
o nível de
consciência (p <
0,001) e a
gravidade (p =
0,032) associaram–
se à ocorrência de
PCR incidência de
PCR nas primeiras
24 horas de
internação foi de
3,6% (n = 19).
Cada indivíduo
teve em média 1,61
± 0,97 eventos de
PCR com tempo
médio de 7,68 ±
10,59 minutos. Os
ritmos mais
frequentes foram:
AESP (42,1%), AS
(21,1%); TV sem
pulso (5,3%). A

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única comorbidade
que se associou à
PCR foi o choque
(p = 0,003). Os
métodos de
reversão mais
utilizados foram:
químico (31,6%),
químico+elétrico
(10,5%) e apenas
elétrico (5,3%).
Não houve retorno
da circulação
espontânea em
57,9% dos casos. A
SpO2 (p < 0,001),
o nível de
consciência (p <
0,001) e a
gravidade (p =
0,032) associaram–
se à ocorrência de
PCR.

Claudiano M, et Revista Nursing Avaliar o Tipo: estudo de corte Conhecimento, atitude e Dos 29
al., 2019 conhecimento, transversal prática dos enfermeiros em enfermeiros
atitude e pratica Local: São Paulo relação a parada inseridos na ubs,
dos enfermeiros Participantes: 24 cardiorrespiratória 24 participaram,
no atendimento a enfermeiros 87,5% tiveram
parada assistenciais dificuldade em
cardiorrespiratória identificar a
sequência correta
do atendimento,
70,8% dificuldade
em identificar os
ritmos
desfibriláveis,
70,8% não
reconhecem as
técnicas corretas
para aplicação de
medico o na PCR e
62,5% não
possuem segurança
para realização dos
procedimentos.

Fonte: Elaboração própria (2023)

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4 DISCUSSÃO
O estudo primário incluído na revisão trata-se de uma temática completa sobre a
parada cardiorrespiratória (PCR) com o intuito de expor sinais e sintomas sobre a
patologia, intervenções medicamentosas e manobras feitas pela equipe que se realizada
de maneira correta, gerando queda significante no nível de mortalidade nos pacientes
submetidos a tal enfermidade (Gomes, Agudelo, Simon, 2020).
As principais causas de PCR são os traumas de maneira geral, com ênfase na lesão
crânio encefálico, hipovolemia e politrauma, que correspondem a 48%, pneumotórax
(13%), hipóxia (13%) e tamponamento cardíaco 10%). O restante dos casos foi devido a
Pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco, contusão, lesão miocárdica de
grandes vasos e trauma pélvico. O exame físico e diagnóstico clínico são essenciais para
identificação da etiologia da parada cardiorrespiratória, a inspeção para avaliar a
expansão tórax, assimetria, retrações e distensão venosa jugular, a ausculta para observar
a ausência de sopro vesicular, palpação verifica se a frêmito subcutâneo, defeitos da
parede torácica e percussão que pondera embotamento, hiperressonância, além de avaliar
lesões com risco de vida, como lesão da árvore traqueal brônquica, pneumotórax
hipertensivo, pneumotórax aberto e hemotórax (Gomes, Agudelo, Simon, 2020).
O segundo estudo trata-se de um caso clínico onde aponta a importância do
desfibrilador externo automático (DEA) no PCR, considerado um suporte de tratamento
avançado de vida muito importante para identificação dos rítmicos cardíacos e realização
do choque de modo não sicronizado com o intuito de desempenhar ações para reduzir a
mortalidade relacionada a patologia. O dispositivo funciona em ritmos de fibrilação
ventricular e taquicardia ventricular, em casos de Assistolia e AESP o mesmo não será
útil, por tal motivo destaca-se a importância do reconhecimento precoce da parada para
evitar uma evolução para ritmos não chocáveis. Conforme pesquisado, 90% dos casos de
fibrilação quando reconhecido antecipadamente e aplicado o DEA, sobrevivem, no
entanto, quando isso acontece tardiamente e a desfibrilação atrasa a taxa de sobrevida
declina de 7 a 10 % a cada minuto. No momento da aplicação do aparelho deve-se se
atentar ao posicionamento dos eletrodos, realizar tricotomia se necessário e afastar todos
no momento do disparo do choque. A voltagem utilizada tem grande relevância para o

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sucesso do procedimento, estima-se que para um desfibrilador monofásico seja necessário


até 360J e para um bifásico 200J (Pardo g, et al., 2021).
O terceiro estudo é um estudo quantitativo que visa demostrar a incidência de PCR
na unidade de terapia intensiva (UTI) já que é um episódio recorrente no setor devido a
complexidade dos pacientes. Dentro das 24 horas o número de incidentes variou de 1 a 5
com o ritmo prevalente de AESP, sendo que menos da metade dos casos logram
reestabelecer a circulação sanguínea de maneira espontânea (Pluze, et al., 2019).
O número de incidência e prevalência varia muito na literatura, vai de 2,9 a 78,1%
isso devido a diferente complexidade de paciente para paciente, demanda de região para
região, acontecimentos extra e intra- hospitalares, o modo que as manobras são realizadas
e também a conduta de cada profissional, porém o rítmico e a duração do evento são bem
similares. Estimasse que para o retorno completo da circulação espontânea seja de 10
minutos, podendo variar até 56 minutos, no entanto, quanto mais rápido esse retorno
acontecer maior a taxa de sobrevida. 57.9% dos casos não obtiveram retorno da circulação
de maneira espontânea (Pluze, et al., 2019).
O quarto estudo trata-se de um corte transversal que propôs avaliar o
conhecimento dos enfermeiros frente a uma parada cardiorrespiratória, ou seja, analisar
como a a abordagem é realizada em comparação com o que se espera. Notou-se que
83,30% dos enfermeiros são capazes de identificar os sinais e sintomas de PCR, porém
50% dos mesmos não reconhecem o modo para se realizar a RCP ou não respeitam o
intervalo entre as compressões e ventilações, 10,2% consideram o protocolo antigo. São
dados críticos e alarmantes, uma vez que o sucesso e a sobrevida do paciente está
associada ao reconhecimento e início precoce das manobras. É importante que o
enfermeiro saiba identificar ritmos chocáveis e não chocáveis através da interpretação do
eletrocardiograma e sinais e sintomas, identificando isso o profissional saberá executar a
conduta correta para o enfermo, porém 29,2% logram excedo na definição de FV E TVSP.
Apenas 20% dos enfermeiros são cientes da voltagem que é necessária nos casos
chocáveis, seja o desfibrilador monofásico ou bifásico (Claudiano m, et al., 2019).
É valido relatar como é indispensável que toda equipe frente a uma parada tenha
segurança, conhecimento, habilidade, competência, organização e que tenha

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responsabilidades pré-definidas, ou seja, cada membro com sua função e delegação além
de terem ciência de suas limitações (Claudiano m, et al., 2019).

5 CONCLUSÃO
Conclui-se que a taxa de sobrevida de um paciente submetido a parada
cardiorrespiratória, está associada com o reconhecimento precoce da patologia embasado
na sintomatologia que o mesmo apresentar. Ressalta-se a importância do profissional de
saúde na UTI de não somente identificar a PCR, mas também saber o que e como executar
os procedimentos que o quadro clinico daquele cliente demanda. A RCP é um dos
tratamentos essenciais que restabelece a circulação espontânea do paciente e que segundo
o protocolo deve ser realizada 30 compressões para 2 ventilações dando um total 120 por
minuto, pode ser realizado com o AMBU para oxigenação ou com a máscara laríngea
quando o enfermo apesenta vias aéreas de difícil acesso. A cada 2 minutos é necessário
realizar a troca de quem está realizando a RCP, para evitar com que ela seja feita com
baixa qualidade devido a diminuição da profundidade das compressões, que em adultos
é 5cm e em bebes e crianças 4 cm. Estimasse que para o retorno completo da circulação
espontânea seja de 10 minutos, podendo variar até 56 minutos, no entanto, quanto mais
rápido esse retorno acontecer, maior a taxa de sobrevida.
O DEA é um dispositivo primordial utilizado para auxilio dos profissionais que é
capaz de identificar o ritmo cardíaco do paciente e aplicar o choque em casos chocáveis,
como fibrilação ventricular e taquicardia ventricular. 90% dos casos de fibrilação quando
reconhecido antecipadamente e aplicado o DEA, sobrevivem, no entanto, quando isso
acontece tardiamente e a desfibrilação atrasa a taxa de sobrevida declina de 7 a 10 % a
cada minuto. A voltagem utilizada tem grande relevância para o sucesso do procedimento,
estima-se que para um desfibrilador monofásico seja necessário até 360J e para um
bifásico 200J.
Na UTI os ritmos mais encontrados são os não chocáveis, AESP e Assistolia.
Nesses ritmos é necessário manter as compressões conforme o protocolo e iniciar o
tratamento farmacológico que é a epinefina que é uma droga vasoativa que aumenta a
contratilidade miocárdica.

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Para melhor atendimento do cliente é importante que os profissionais busquem


capacitações e aprimorem habilidades para diminuir os índices de morbidade e
mortalidade, se organizando como equipe, adquirindo confiança, segurança e que
reconheçam suas limitações e isso se dá por um auto estímulo e também da própria
instituição.

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