“Educação Inclusiva:
do que estamos falando?”
Camila Marafigo dos Santos
Mércia Freire Rocha Cordeiro Machado
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EXPEDIENTE TÉCNICO
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ – CAMPUS CURITIBA
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO, PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E
INOVAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
E TECNOLÓGICA (PROFEPT)
Produção: Camila Marafigo dos Santos
Orientação: Dra. Mércia Freire Rocha Cordeiro Machado
Projeto Gráfico e diagramação: Alexandra Arévalo
FICHA CATALOGRÁFICA
Dedico este e-Book a todos os professores que
apesar dos inúmeros percalços enfrentados,
estão constantemente se reinventando e as
pessoas com deficiência com as quais
aprendi a jamais desistir.
Apresentação
1)Introdução 3
2)Falando das diferenças 4
3)Direitos das pessoas com deficiência 7
4)Educação Inclusiva 12
5)Terminologia 15
6)Educação Inclusiva na prática 17
7)Ainda sobre educação inclusiva 31
8)Mãos à obra 35
9)Referências 37
1
PRESENTAÇÃ
Este e-Book é fruto de minha trajetória de mais de 20 anos
como professora na Educação Especial. Ao longo desses anos
como docente, no que se refere a acessibilidade curricular,
deparei-me com uma lacuna entre a legislação vigente e a
prática no trabalho pedagógico com alunos que apresentam
algum tipo de deficiência.
Este questionamento norteou minha pesquisa de mestrado , na
qual os dados assinalaram que os professores têm dificuldade
em ministrar aulas para alunos com deficiência em diferentes
níveis de ensino.
Diante disso, o objetivo deste e-Book é oferecer aos professores
uma ferramenta que auxilie na compreensão do que é a
educação inclusiva, quem são os alunos com deficiência, suas
principais características e de que forma podemos trabalhar de
forma mais efetiva com estes alunos.
Espero que ao final da sua leitura, você possa ter subsídios
para iniciar esta jornada em direção a inclusão de seus alunos
com deficiência, e sinta-se instigado a se aprofundar e ver que
a inclusão de alunos com deficiência é possível.
Bem vindos a este mundo cheio de possibilidade.... Boa leitura!
Camila Marafigo dos Santos
2
1 INTRODUÇÃO
Com o advento do acesso à escola para todos, esta tem se tornado um
espaço mais democrático, aberto a grupos que até pouco tempo atrás
encontravam-se ou longe das salas de aula ou em espaços
segregados, dentre estes grupos, estão os alunos com deficiência.
Segundo o Censo Escolar de 2018, o número de matrículas de alunos com
deficiência teve um aumento de 33,2% em relação ao ano de 2014,
atualmente há 1,2 milhão de estudantes matriculados nas escolas de
todo o Brasil. Estaremos preparados para este desafio de educar
crianças e jovens com deficiência? A escola como um espaço educativo
tem conseguido suprir estas demandas, através dos mais variados
meios de acessibilidade? As escolas têm se caracterizado como espaços
inclusivos?
Com certeza estas perguntas rondam o imaginário de muitos
professores que encontram em seu cotidiano um aluno com deficiência e
se veem diante do desafio de ensinar para um aluno que muitas vezes
não aprende da mesma forma que os demais ou em um ritmo diferente.
O objetivo deste ebook não é responder todas estas perguntas, nem
esgotar o assunto, pois isto é impossível. O objetivo é levar você leitor a
entrar nos principais conceitos da educação inclusiva e lhe dar dicas de
como começar sua jornada junto ao aluno com deficiência.
Diante deste panorama, compreender quem são as pessoas com
deficiência, seus direitos em termos educacionais e de que forma sua
aprendizagem pode ocorrer de forma mais efetiva, parece ser um bom
caminho para iniciarmos.
3
2 FALANDO DAS
DIFERENÇAS...
?
Você conhece alguém com deficiência? Em sua sala de aula, você
?
observou se alguns de seus alunos possuem algum tipo de deficiência?
Você sabia? Que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
cerca de um bilhão de pessoas no mundo apresentam algum tipo de
deficiência (ONU, 2020)?
PARA SABER MAIS:
https://news.un.org/pt/tags/pessoas-com-deficiencia
Com certeza sua resposta será sim para uma das questões, pois, as pessoas
com deficiência têm ocupado cada vez mais espaços na sociedade. Espaso
que até então não eram ocupados por elas. Atualmente, pessoas com
deficiência estão presentes nas escolas, na política, nas fábricas, bancos
entre outros.
A relação da sociedade com essas pessoas foi se modificando ao longo da
história, porém permeada por preconceitos e estereótipos que permanecem
até hoje. Prova disso, são algumas frases muito comuns de serem repetidas,
como:
Pessoas com deficiências são incapazes!
Pessoas com deficiência não aprendem!
Pessoas com deficiência são infelizes e deprimidas!
Tenho muita pena daquele ceguinho!
Ele é surdo e mudo!
Ensinar para pessoas com deficiência é coisa para especialistas!
4
2
?
?
Você já ouviu algumas dessas afirmações? Em sua sala de aula, você
observou alguns de seus alunos ou colegas falando alguma delas?
Todo estigma, preconceito ou estereótipo se origina, na maioria das vezes, por
falta de conhecimento sobre o assunto. Contudo, existe um esforço coletivo da
sociedade e principalmente de grupos ligados as pessoas com deficiência para
difundir informações sérias e relevantes para tornar conhecido o que seja a
deficiência, quem são as pessoas com deficiência, seus direitos, potencialidades
e possibilidades.
Um dos movimentos mais expressivos atualmente se dá no contexto escolar,
visando que este espaço se torne mais inclusivo, respeitando as diferenças e a
diversidade em seu interior.
Porém, se precisamos falar de inclusão escolar é porque provavelmente a
exclusão está ocorrendo.
Há, segundo Barroso (2003) quatro mecanismos de exclusão escolar, dos quais:
a escola exclui porque não deixa entrar os que estão fora.
a escola exclui porque põe fora os que estão dentro.
a escola exclui “incluindo”.
a escola exclui porque a inclusão deixou de fazer sentido.
Ao excluir um aluno, fica evidente que as suas diferenças e identidade , algo
único e singular, não foi respeitada. Contudo, apenas ter sua condição aceita,
tolerada, não é suficiente: “é fundamental considerar as diferenças e – a partir
delas – pensar e planejar uma intervenção pedagógica que contemple as funções
daquilo que, institucionalmente, é a competência da Escola enquanto espaço da
Educação (VIANA e SILVA, 2014, p.9).
Incluir um aluno com deficiência na escola, não é apenas possibilitar a
entrada deste aluno e o aceitar no espaço educativo, mas é prover meios para
sua permanência, ou seja, é proporcionar a igualdade de acesso e condições
de estudo e conclusão.
5
2
Para refletirmos sobre esta afirmação, vejamos a ilustração a seguir:
Fonte: Fonte: 2017Robert Wood Johnson Foundation
?
O que chama mais atenção nesta ilustração? Você identifica
De forma geral temos:
alguma disparidade?
- quatro pessoas da mesma família
que desejam andar de bicicleta.
A cada uma delas, foi ofertado uma
O que essa ilustração nos ensina?
Quando respeitamos as características
individuais , oferecendo a elas uma
bicicleta compatível com suas
?
bicicleta, o que inicialmente, parece necessidades, todos puderam
ser justo e igualitário. aproveitar o passeio de forma equitativa.
Ou seja, a diferenciação é premente
Porém as diferenças e as para a superação das situações injustas
particularidades de cada um não de desigualdade.
foram levadas em consideração no
primeiro momento, o que tornou esta O respeito as diferenças trazem
ação fácil para uns, difícil para outros consequências positivas como: evitar o
e impossível para um deles em sofrimento e o constrangimento,
particular. possibilitar um ambiente mais acolhedor
e educativo, onde todos aprendem com
a diversidade.
6
3
DIREITOS DAS
PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA
?
?
Você sabia que há uma série de leis que amparam os direitos das
pessoas com deficiência?
O direito à educação tem como fundamento a
Constituição Federal de 1988.
PARA SABER MAIS: a constituição de 1988.
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1988/constituicao
-1988-5-outubro-1988-322142-publicacaooriginal-1-pl.html
O direito à educação, tem como II - Liberdade de aprender, ensinar,
fundamento a Constituição Federal pesquisar e divulgar o
de 1988. Em seus artigos 205 e 206 pensamento, a arte e o saber;
destacam que: III - pluralismo de ideias e de
Art. 205. A educação, direito de todos concepções pedagogicas, e
e dever do Estado e da família, será coexistencia de intituições
promovida e incentivada com a publicas e privadas do ensino;
colaboração da sociedade, visando IV - gratitude do ensino público
ao pleno desenvolvimento da em estabelecimentos oficiais.
pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para
o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado
com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o
acesso e permanência na escola;
(BRASIL, 1988)
7
3
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Para saber mais sobre Lei de
–(LDBEN)nº 9.394/96 preconiza que: Diretrizes e Bases da
Educação Nacional- LDBEN -
• Artigo 59: cabe à escola adequar-se para receber o nº 9.394/96.
aluno com deficiência proporcionando as condições
necessárias para uma adequada aprendizagem de http://www.planalto.gov.br/c-
qualidade. civil_03/leis/l9394.html
• Artigo 58: o ensino para as pessoas com deficiência
deve ocorrer preferencialmente no ensino regular.
Para saber mais sobre a
Já a Resolução CNE/CEB Nº 02/01, na qual são
instituídas as Diretrizes Nacionais para a Educação Resolução CNE/CEB Nº 02/01
Especial na Educação Básica, ressalta a importância acesse:
da flexibilização curricular para os alunos com http://portal.mec.gov.br/pet/323-
deficiência com vistas no acesso ao currículo e a -secretarias-112877938/orgaos-
uma aprendizagem mais efetiva. -vinculados-82187207/12888-par
ecer-e-resolucao-normativos-so
bre-educacao-especial
Para saber mais sobre a
Em 2006 a ONU aprovou a Convenção sobre os Convenção sobre os Direitos das
Direitos das Pessoas com Deficiência, e o Brasil Pessoas com Deficiência acesse:
sendo signatário desta convenção assume o
compromisso de assegurar uma Educação Inclusiva http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2009/
em todos os níveis de ensino. decreto/d6949.htm
8
3
Buscando acompanhar os avanços nos direitos das
pessoas com deficiência, foi aprovada em 2008 a
Política Nacional de Educação Especial na Perspec-
tiva da
Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) e que objetiva o
Para saber mais sobre a
acesso, a participação e a aprendizagem dos
Política Nacional de Educação
alunos com
Especial na Perspectiva da
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
Educação Inclusiva acesse:
e altas habilidades/superdotação nas escolas
regulares, orientando os sistemas de ensino para
http://portal.mec.gov.br/ar-
promover
quivos/
respostas às necessidades educacionais especiais,
pdf/politicaeducespecial.pdf
na tentativa de garantir: a transversalidade da
educação especial desde a educação infantil até a
educação superior;
o atendimento educacional especializado;
a continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino;
a formação de professores para o atendimento educacional especializado e
demais profissionais da educação para a inclusão escolar;
a participação da família e da comunidade;
a acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos,
nos transportes, na comunicação e informação; e
a articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.
Um marco importante em relação aos
direitos das pessoas com deficiência foi
estabelecida pela Lei Brasileira de Inclusão Para saber mais sobre a Lei
(LBI), promulgada em 06 de julho de 2015, Brasileira de Inclusão acesse:
que nomeia diversos meios para possibilitar http://www.planalto.gov.br/
a garantia dos direitos das pessoas com ccivil_03/_ato2015-
deficiência, como destaque pode-se citar: -2018/2015/lei/l13146.htm
9
3
• Direito à educação e saúde;
• Direito ao atendimento educacional especializado, bem como todos os
meios necessários para o acesso e permanência das pessoas com defici-
ência em todos os níveis de ensino;
• Atendimento prioritário nos mais diversos serviços;
• Prevê multa e até prisão a quem cometer atos discriminatórios.
A LBI trouxe importantes avanços aos direitos fundamentais das pessoas
com deficiência, especialmente a equidade de oportunidades e
principalmente de acesso e permanência à educação.
Na contramão destes avanços, no ano de 2020 o Decreto 10.502, publicado
em 01.10.2020, a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva
e com Aprendizado ao Longo da Vida causou grande polêmica no contexto
da
Educação Especial ao propor o retorno de classes e escolas especializadas
como alternativa a educação dos alunos com deficiência. Tal decreto,
mostrou-se totalmente contrário aos princípios da Educação Inclusiva que,
preconizam a equidade ao ensino, de modo que, é um direito de todos,
deficientes ou não, compartilharem o mesmo espaço educacional e a ga-
rantia do pleno acesso ao conhecimento através de recursos e tecnologia
necessárias ao desenvolvimento da aprendizagem dos alunos conforme
suas particularidades.
No dia 18 /12/2020 o Supremo Tribunal Federal referendou, por maio-
ria, a liminar concedida pelo ministro Dias Toffoli suspendendo o decreto
10.502/20;
10
3
Para saber mais sobre a Política Nacional de Educação Especial:
Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida acesse:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.502-
de-30-de-setembro-de-2020-280529948
Todas essas normativas trouxeram importantes avanços aos direitos fun-
damentais das pessoas com deficiência, no que se refere as questões
equitativas, inclusivas e com vistas no aprendizado ao longo de toda a
vida. Contudo é importante ressaltar, que não bastam apenas leis, mas os
meios
necessários para a implementação e fiscalização de que estas estejam
sendo cumpridas.
11
4 EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
VOCÊ SABIA? A Educação
inclusiva, compreende a escola
como um espaço para todos.
“Os alunos constroem o
conhecimento segundo suas
Você sabe o que é educação capacidades, expressam suas
Inclusiva? Consegue descrever ideias livremente, participam
que características uma escola ativamente das tarefas de
deve ter para ser inclusiva? ensino e se desenvolvem como
cidadãos, nas suas diferenças”
(ROPOLLI, 2010).
PARA SABER MAIS: O site Todos pela Educação apresenta as
diferentes etapas que a educação inclusiva passou em nossa país.
https://todospelaeducacao.org.br/noticias/conheca-o-his-
torico-da-legislacao-sobre-educacao-inclusiva/
A proposta de educação inclusiva foi tratada pela primeira vez na Declaração
de Salamanca (1994), proposta esta, assumida por vários países, inclusive o
Brasil. Este documento propunha implementar em todos os sistemas de
ensino, programas que levassem em conta as características e necessidades
individuais de cada aluno, garantindo qualidade de ensino para todos
(Sampaio e Sampaio 2009).
Numa educação dentro da perspectiva inclusiva, não há espaço para a
separação entre normais e especiais. Mas sim há um respeito pelas
diferenças possibilitando o desenvolvimento não apenas dos alunos com
deficiência, mas dos demais alunos, que podem aprender com a diversidade.
A educação inclusiva envolve muitos fatores, para que ocorra de maneira
efetiva e proporcione condições de acesso, permanência e êxito das pessoas
com deficiência, é necessário estabelecer inúmeras ações com vistas na
garantia do princípio inclusivo da acessibilidade para o aluno com deficiência,
são elas:
12
4
a) Acessibilidade física e b) Acessibilidade
instrumental: refere-se à utilização comunicacional: assegura, no
dos espaços, mobiliários e processo educativo de alunos que
equipamentos urbanos, das apresentam dificuldades de
edificações e serviços de comunicação e sinalização
transporte e dos dispositivos, diferenciadas dos demais
sistemas e meios de comunicação educandos, a acessibilidade aos
e informação. conteúdos curriculares através do
Sistema Braille ou Língua de
Sinais.
c) Acessibilidade atitudinal: d) Acessibilidade curricular:
refere-se à implantação de garante aos alunos com
práticas de sensibilização e de deficiência, currículos, métodos,
conscientização geral para a técnicas, recursos educativos e
convivência diante da diversidade organização específicos para
humana. atender às suas necessidades.
Nakayama,2017
Os princípios da educação inclusiva estão relacionados ao papel formativo
e ético da escola que são:
a) celebração das diferenças;
b) direito de pertencer;
c) valorização da diversidade;
d) solidariedade humana;
e) igualdade;
f) cidadania (SASSAKI,1997 p.17).
13
4
A educação inclusiva vai muito além do ingresso de alunos com deficiência no
espaço escolar, ela passa pela mudança de paradigma, ou seja, há a
necessidade da mudança de visão e direção, de modo que todos sejam
verdadeiramente incluídos.
Uma escola que acolhe e respeita as diferenças é fundamental para todos,
mas de modo especial para os alunos com deficiência.
Superior
Educação
Ensino
Especial
A Educação Especial é uma Médio
Educação
básica
modalidade de ensino que
perpassa todos os níveis e Educação Fundamental
etapas do ensino, devendo
estar presente desde a Educação Infaltil
Educação Infantil até o
Ensino Superior. Deve
oferecer aos alunos com
deficiência,
serviços, recursos e
estratégias de acessibilidade
tanto do ambiente quanto
dos conhecimentos
escolares. Portanto, não se
trata de um ensino paralelo
para o aluno.
14
5 TERMINOLOGIA
VOCÊ SABIA? Ao longo da
história, utilizaram-se vários
termos para se referir a pessoa
com deficiência.
As terminologias foram se
Portador de deficiência? modificando e cada uma a seu
Necessidades Especiais? Afinal tempo expressava o que se
qual terminologia deve-se usar pensava a respeito das pessoas
ao se referir a alguém com com deficiência.
deficiência?
PARA SABER MAIS: Neste site você poderá ter dicas práticas de como
se referir e agir com pessoas com deficiência em diferentes situações.
https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/gestao
-na-camara-dos-deputados/responsabilidade-social-e-
ambiental/acessibilidade/Como-lidar.html
Atualmente a terminologia pessoa com deficiência é o termo mais adequado,
pois está de acordo com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU), ao qual o Brasil ratificou
com valor de emenda constitucional em 2008. Termos como pessoa portadora
de deficiência não devem ser usados, pois a pessoa com deficiência não porta
sua deficiência, mas possui uma deficiência, e antes de tudo é uma pessoa.
Do mesmo modo, terminologias como necessidades educacionais especiais,
podem ser muito genéricas e imprecisas ocultando as reais necessidades das
pessoas com deficiência contribuindo com a manutenção da indefinição de
políticas educacionais para esta população (CORDEIRO, 2013).
15
5
•Pessoa com deficiência: atualmente Hoje
é o termo mais adequado, pois está de
acordo com a Convenção sobre os Pessoas com
Linha do tempo baseada em: SASSAKI, Romeu Kazumi. Como chamar as pessoas que têm
Direitos das Pessoas com Deficiência. deficiência
deficiência? Revista da Sociedade Brasileira de Ostomizados, ano I, n. 1, 1° sem. 2003.
2004
•Pessoas com Necessidades Especiais:
este termo é muito genérico e 2002
impreciso, ocultando as reais necessi- “Pessoas com
dades das pessoas com deficiência, necessidades
contribuindo com a manutenção da especiais”.
indefinição de políticas educacionais 1994
para esta população (Cordeiro, 2013).
1993
•Pessoa Portadora de Deficiência: este “Pessoas portadoras
termo não deve ser utilizado, pois, a de deficiência”.
pessoa com deficiência não porta sua
deficiência, mas sim, possui uma 1988
deficiência e antes de tudo é uma
pessoa. 1987
Pessoas
•Pessoas deficientes: este termo deficientes
apresentou avanços por atribuir o 1981
valor de “pessoa” aqueles que tinham
deficiência, porém sinalizava que a 1980
pessoa inteira era deficiente.
pessoas defeituosas e
pessoas excepcionais
•Pessoas Excepcionais: este termo era 1960
usado para se referir às pessoas com
incapazes/
deficiência intelectual. Atualmente o
inválidos
termo correto seria Pessoa com Início do
Deficiência Intelectual. século 20
•Incapazes, inválidos: termo pejorativo
que não deve ser usado por estar
associado a ineficiência, e deficiência
não é sinônimo de incapacidade.
16
6
EDUCAÇÃO
INCLUSIVA NA
PRÁTICA
VOCÊ SABIA? Segundo o Censo
Demográfico de 2010, existem
45, 6 milhões de pessoas que
declaram ter algum tipo
Em seu cotidiano escolar você deficiência no Brasil,
tem alunos que apresentam representando 23,9 % da
algum tipo de deficiência?
população brasileira.
PARA SABER MAIS:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/
2012-agencia-de-noticias/noticias/16794-pessoas-com
-deficiencia-adaptando-espacos-e-atitudes
Segundo a Lei Brasileira de Inclusão pessoas com deficiências são:
[...] aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de
condições com as demais pessoas (Brasil, 2009).
As principais deficiências, segundo o Glossário da Educação Especial 2020,
são: deficiência física, deficiência visual, surdez e deficiência intelectual.
17
6
Deficiencia física
Consiste em impedimentos físicos
e/ou motores que demandam o uso
de recursos, meios e sistemas que
garantam acessibilidade ao currículo
e aos espaços escolares.
São exemplos de deficiência física:
paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia,
tetraparesia, triplegia, triparesia,
hemiplegia, hemiparesia, ostomia,
amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral,
nanismo, dentre outros. (GLOSSÁRIO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL,
2020 p. 6,7 e 8).
Como vemos pela definição, a deficiência física
compreende vários tipos de limitações físicas. Assim,
podemos encontrar alunos que apresentam desde a
paralisia de um membro ou de um segmento do corpo até a paralisia total dos
membros.
Muitos acreditam que ter deficiência física significa que o aluno terá uma limitação
cognitiva, principalmente se há ausência ou dificuldade de comunicação, assim sua
capacidade é subestimada. Isto não é verdade! Muitos alunos com deficiência física
apesentam potencial cognitivo preservado. Estes alunos podem aprender se suas
características forem respeitadas e se forem oferecidos os apoios necessários. O grau
de comprometimento dos membros vai refletir nos níveis de apoio e o tipo de
tecnologia assistiva necessário. A maioria dos alunos com deficiência física vão se
beneficiar com adequações e modificações no espaço escolar e nos materiais que
utiliza em seu cotidiano escolar.
Tecnologia assistiva
Refere-se a todo o arsenal de recursos que auxiliam na ampliação das habilidades
funcionais de pessoas com deficiência possibilitando melhor qualidade de vida e
consequentemente a inclusão social e escolar.
18
6
Ou seja, é buscar de maneira criativa soluções funcionais para auxiliar o aluno
a superar obstáculos que o impedem de realizar determinadas atividades em
seu cotidiano escolar.
Vejamos alguns tipos de tecnologia assistiva que podem ser utilizadas na
escola:
1)Auxílios para a vida diária, material
escolar e pedagógico:
Materiais e produtos para auxílio em
tarefas rotineiras tais como comer,
escrever e executar necessidades
pessoais etc. Exemplo: engrossador de
lápis ou caneta, o plano inclinado para
aproximar o papel do campo visual do
aluno sem precisar que se incline.
2) Comunicação aumentativa e
alternativa (CAA)
Recursos, eletrônicos ou não, que
permitem a comunicação expressiva e
receptiva das pessoas sem a fala ou
com limitações da mesma. Exemplos:
prancha de
comunicação, pranchas alfabéticas e de
palavras, a construção de cartões de
comunicação, símbolos de comunicação
pictórica, vocalizadores.
3) Recursos de acessibilidade
ao computador
Equipamentos que permitem ao aluno
com deficiência utilizar o computador.
Teclado e mouse adaptado, ponteiras.
19
6
3) Projetos arquitetônicos para
acessibilidade
Adaptações estruturais e reformas no
ambiente escolar, através de rampas,
elevadores, adaptações em banheiros
entre outras, que retiram ou reduzem as
barreiras físicas, facilitando a
locomoção do aluno com deficiência.
Muitas inquietações aparecem quando o professor se depara com um aluno com
deficiência física. Como vou ensiná-lo se ele não fala? Como farei uma prova se ele
não escreve? E a aula de educação física?
Inicialmente é importante o professor buscar parceria com o professor do atendimento
educacional especializado (AEE) e com os demais profissionais que o atendem como
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos. Esta equipe junto a escola
poderá encontrar os melhores caminhos para construir os recursos e adaptações
necessário para o aluno com deficiência.
Um segundo passo é conhecer este aluno, sua história, o tipo de deficiência física que
apresenta (paralisia cerebral, hemiplegia, tetraplegia, nanismo, etc).
Posteriormente fazer um levantamento das necessidades e habilidades deste aluno e
verificar possíveis barreiras no âmbito escolar. Traçar metas e objetivos para a
superação destas barreiras juntamente com a equipe que o acompanha é muito
importante. A partir deste levantamento dispor os recursos e estratégias necessários
para que o aluno participe de forma efetiva e tenha um aprendizado satisfatório. Estar
sempre atendo aos desafios que vão surgindo diariamente e avaliar o resultado do
aluno ao utilizar os recursos e estratégias proposto também é fundamental.
Vale ressaltar que se deve estar atento as particularidades dos alunos que
apresentam deficiência física, de modo que um ensino homogeneizado, nem sempre
será o melhor caminho a ser adotado, pois ao invés de investir nas possibilidades se
está acentuando as dificuldades.
Você poderá obter mais informações sobre o atendimento educacional
ao aluno com deficiência física no portal do Mec
https://www.gov.br/mec/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes
20
6
Surdez
Segundo o Decreto 5626 de 22 de
dezembro de 2005 pessoa surda é
aquela que, por ter perda auditiva,
compreende e interage com o mundo
por meio de experiências visuais,
manifestando sua cultura
principalmente pelo uso da Língua
Brasileira de Sinais – Libras.
O trabalho pedagógico com os alunos
com surdez deve ter como base o
bilinguismo, ou seja, a língua brasileira
de sinais e a língua da comunidade
ouvinte ao qual o surdo está inserido. A
libras como primeira língua e o
português escrito como segundo língua.
VOCÊ SABIA? A Língua Brasileira
Mas por que a LIBRAS como de sinais é uma língua é não
primeira língua e não o uma linguagem.
português? Possui gramática, semântica e
Porque a língua brasileira de sintaxe própria. É uma língua de
sinais é a língua adquirida caráter gestual-visual, ou seja,
naturalmente pelos surdos e ao a sinalização e os gestos faciais
se negar este direito e corporais são fundamentais
provocam-se perdas durante a comunicação. Cada
importantes nos aspectos país possui sua própria língua
cognitivos, sociais, afetivos, de sinais, mesmo no Brasil, a
linguísticos e principalmente na Libras sofre modificações de
aprendizagem desses alunos. região para região, possuindo,
então, regionalismos.
21
6
Como vimos o bilinguismo propõe a língua de sinais como primeira língua
portanto é muito importante a presença em sala de aula de um tradutor/
interprete de libras para a mediação linguística e o acesso aos conteúdos que
estão sendo trabalhados. Não confundir surdez com deficiência intelectual. O
aluno surdo geralmente tem sua inteligência preservada.
Xavier (2020) sugere alguns recursos pedagógicos que podem auxiliar o processo de
aprendizagem do aluno surdo, são eles:
Trechos de filmes.
Os recursos das obras cinematográficas podem ser bastante
proveitosos para sensibilizar os estudantes, para dar origem ao
tema escolhido e a partir daí gerar discussões com a turma, usar
recursos das imagens para que os estudantes surdos percebam o
tempo histórico, o cenário, vestuário, a diversidade cultural, efeitos
etc. Usar filmes com legendas.
Imagens.
Está comprovada através de inúmeras pesquisas que o trabalho com
imagens (pinturas, desenhos, fotografias, diagramas,
gravuras, filmes, entre outras) ajudam o estudante surdo pensar com
significado, construir e interpretar de forma mais clara aquilo que
está sendo estudado. Isto porque sabemos, que apesar do grande
avanço da Libras, ainda existem muitos termos técnicos que não
existe sinal aprovado pela comunidade surda.
Tecnologia da informação e comunicação.
As tecnologias são importantes, pois permitem as pessoas surdas
entrarem no mundo digital, como também melhorar sua socialização.
Com o uso da internet, por exemplo, o surdo pode encontrar textos,
imagens, produzirem efeitos visuais, conversar por chamadas de vídeos
(usando a língua de sinais), conversar por mensagens de texto
(aprimorando a escrita da Língua Portuguesa) através de sites de
conversas e relacionamento como MSN, WhatsApp e ICQ, e utilizar
softwares educativos e aplicativos direcionados a comunidade surda.
22
6
Charges, tiras e histórias em quadrinhos.
Estes tipos de recursos tem uma boa aceitação para os
estudantes surdos, pois além de trazerem imagens e textos
mais curtos e objetivos, possuem uma linguagem caricatural
que chama a atenção dos leitores. Além de tudo podem
desenvolver a argumentação crítica dos alunos surdos.
Mapas conceituais.
Pode ser utilizado pelo professor em uma abordagem inicial do
conteúdo. Como este recurso se apoia na organização visual
dos conceitos, podem favorecer na compreensão e elaboração
dos conhecimentos.
Materiais concretos.
O uso de materiais concretos estimula os estudantes surdos a
aplicarem as teorias formuladas às atividades, desenvolvendo
a criatividade dos mesmos, ajudando-os a analisar e entender
o funcionamento dos mais diversos mecanismos físicos e
principalmente para contribuir com que estes organizem suas
ideias a partir de uma lógica mais sofisticada de pensamento.
Gráficos, tabelas, quadros e mapas.
Estes recursos melhoram a leitura do conteúdo já que
apresentam as informações de maneira visual.
Para saber mais: Sugestão de alguns filmes sobre surdos
https://www.librasol.com.br/10-filmes-para-quem-quer
-entender-melhor-sobre-surdos/
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Deficiência visual
Consiste na perda total ou parcial da visão, congênita ou adquirida, em
nível variável. Pode ser classificada em cegueira e baixa visão (GLOSSÁRIO
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2020 p. 6,7 e 8).
De todos os seus sentidos, qual o
que você mais usa?
Com certeza sua resposta será a
visão. A visão reina absoluta, nos
permitindo perceber, formas,
cores, tamanhos, integrá-los e
associá-los a outros sentidos e E quem é deficiente visual,
gradativamente construir nosso como constrói suas memórias?
repertório de memórias visuais.
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6
EDUCAÇÃO
INCLUSIVA NA
PRÁTICA
VOCÊ SABIA? A deficiência visual pode ser classificada em cegueira e baixa visão.
Apesar de parecerem iguais, cegueira e baixa visão são condições distantes e com
implicações diversas na vida de quem é cego ou possui baixa visão. Importante termos
claro que todas as pessoas, com deficiência visual, mesmo tendo o mesmo diagnóstico
possuem suas próprias particularidades, experiências de vida e que a época em que
ocorreu a perda total ou parcial da visão será decisivo para a construção das suas
memórias e experiencias visuais.
A cegueira, segundo o glossário da educação especial (2020) consiste na perda total
da função visual ou pouquíssima capacidade de enxergar. Ela pode ser congênita
(nascimento) ou adquirida, devida a uma causa orgânica (p. ex. glaucoma) ou devido
a um acidente. Nas pessoas cegas as percepções das informações táteis, olfativas e
sinestésicas são mais desenvolvidas, pois elas recorrem a estes sentidos
remanescentes para decodificar e guardar na memória as informações, já que a visão
não é o seu principal sentido utilizado.
A escola tem um papel muito importante ao proporcionar o máximo de experiencias
corporais aos alunos cegos, usando os sentidos remanescentes.
É necessário que o aluno cego reconheça o ambiente escolar e especialmente a sala
de aula. O mobiliário deve ser estável e se houver alguma mudança ele deve ser
avisado.
A linguagem oral é um fator bastante importante para o aluno cego, portanto o
professor deve descrever objetos, figuras, situações e atividades, de modo que o aluno
possa integrar estas informações, formar conceitos e compreender o mundo a sua
volta.
Na exibição de um filme, documentário ou vídeo é necessário o uso da descrição oral
ou leitura de legenda simultânea. Pode-se apresentar um resumo anteriormente da
atividade
programada. Também deve-se utilizar a descrição oral de símbolos, legendas e
diagramas.
Tabelas, gráficos, desenhos devem ser apresentados em alto relevo.
Nas atividades de educação física por exemplo, pode-se utilizar materiais como
cordas, bolas, massas e guizos.
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6
EDUCAÇÃO
INCLUSIVA NA
PRÁTICA
VOCÊ SABIA?
O Sistema Braile foi criado por Louis Braile em 1825, na França.
Consiste no meio pelo qual as pessoas cegas leem e escrevem.
É composto por 63 pontos que representam as letras do alfabeto,
números e outros símbolos gráficos.
https://civiam.com.br/voce-sabe-o-que-e-reglete/
A escrita braile é feito por meio de uma
reglete e punção ou numa máquina braile
PARA SABER MAIS: Braile virtual é um curso online para difundir o ensino
do sistema braile as pessoas que veem.
http://www.braillevirtual.fe.usp.br/
26
6
Outro recurso bastante usado
por pessoas cegas para fazer
cálculos matemáticos é o
Sorobã. Trata-se de um ábaco
que contem cinco contas em
cada eixo e borracha compres-
sora para deixar as contas fixa.
Quanto a recursos tecnológicos, há leitores de tela com síntese de voz que
permite a pessoa cega navegar na internet, ler textos, acessar correio
eletrônico.O mais utilizados no Brasil são: DOSVOX, VIRTUAL VISION e JAWS.
A baixa visão segundo o Glossário da Educação Especial (2020) é:
Perda parcial da função visual. Nesse caso, o aluno possui resíduo visual, e seu
potencial de utilização da visão para atividades escolares e de locomoção é
prejudicado, mesmo após o melhor tratamento ou a máxima correção óptica
específica. Desse modo, o aluno necessita de recursos e materiais didáticos
acessíveis, como, por exemplo, material em letra ampliada, dentre outros.
As principais características do aluno com baixa visão são:
*Campo visual reduzido (central ou periférico)
*Diminuição da acuidade visual (para perto ou para longe)
*Alterações de sensibilidade ao contraste, na percepção de cores
*Dificuldades para reconhecer pessoas ou objetos
*Dificuldades na orientação e mobilidade.
(SILVA, VIANA e GRECA, 2014)
27
6
O trabalho pedagógico com o aluno com baixa visão pode ser complexo
inicialmente para o professor, pois geralmente o aluno irá oscilar entre
momentos de ver e não ver. Especialmente se algumas condições forem
desfavoráveis, como baixa luminosidade, cores que não contrastam, atividades
impressas que não condizem com o potencial da visão.
Portanto alguns pontos devem ser sempre observados pelo professor. Estas dicas
são bastante úteis e foram retiradas do curso Educação Inclusiva: direito à
diversidade ofertado pelo Mec (2007):
•Sentar o aluno a uma distância de aproximadamente um metro do quadro negro
na parte central da sala.
• Evitar a incidência de claridade diretamente nos olhos da criança.
• Estimular o uso constante dos óculos, caso seja esta a indicação médica.
• Colocar a carteira em local onde não haja reflexo de iluminação no quadro
negro.
• Posicionar a carteira de maneira que o aluno não escreva na própria sombra.
• Adaptar o trabalho de acordo com a condição visual do aluno.
• Em certos casos, conceder maior tempo para o término das atividades
propostas, principalmente quando houver indicação de telescópio.
• Ter clareza de que o aluno enxerga as palavras e ilustrações mostradas.
• Sentar o aluno em lugar sombrio se ele tiver fotofobia (dificuldade de ver bem
em ambiente com muita luz).
• Evitar iluminação excessiva em sala de aula.
• Observar a qualidade e nitidez do material utilizado pelo aluno: letras,
números, traços, figuras, margens, desenhos com bom contraste figura/fundo.
• Observar o espaçamento adequado entre letras, palavras e linhas.
• Utilizar papel fosco, para não refletir a claridade.
• Explicar, com palavras, as tarefas a serem realizadas.
Um último aspecto importante, conhecer o aluno com deficiência visual, seu
diagnóstico, seu potencial visual, seu histórico familiar, bem como os recursos
pedagógicos disponíveis é fundamental para o sucesso da aprendizagem destes
alunos.
PARA SABER MAIS: O site da fundação Dorina Nowil traz informações
bastante relevantes sobre a inclusão das pessoas com deficiência visual.
https://fundacaodorina.org.br/
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6
Deficiência intelectual
Caracteriza-se por alterações
significativas, relacionadas a
déficit tanto no desenvolvimento
intelectual quanto na conduta
adaptativa e na forma de
expressar habilidades práticas,
sociais e conceituais. GLOSSÁRIO
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2020 p.
6,7 e 8).
Esta terminologia não deve ser utilizada,
pois, gera preconceito e estigmatização,
pois, leva em consideração apenas a
deficiência da pessoa e não levando em
conta os demais aspectos que
constituem a pessoa com deficiência
Você sabe por que não se utiliza
a terminologia deficiência intelectual. Portanto, o termo correto é
mental ou retardo mental para deficiência intelectual, para enfatizar
se referir as pessoas com que é a dimensão intelectual associada
deficiência? a interação com o meio social da
pessoa que é afetada e para diferenciar
de doença mental.
Doença mental: são condições de saúde que envolvem mudanças na emoção,
pensamento ou comportamento (ou uma combinação delas).
PARA SABER MAIS: O termo deficiência intelectual passou a ser utilizado após a
Declaração de Montreal sobre deficiência intelectual realizada em outubro de 2004.
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/
declaracao_montreal.pdf
29
6
Ensinar o aluno com deficiência intelectual é um dos grandes desafios para os
professores, pois coloca frente a frente conceitos sobre inteligência, capacidade
e aprendizagem.
As principais características de um aluno com deficiência intelectual são:
• Déficit nas funções cognitivas, memoria, atenção, linguagem, percepção
• Dificuldade em generalizar, abstrair e transferir conhecimentos adquiridos
anteriormente
• Dificuldade no planejamento e resolução de situações problemas
A deficiência do aluno não deve ser vista pelo professor como uma
incapacidade de aprender. Deve-se focar no potencial de aprendizagem
deste aluno e de que maneira o professor poderá favorecer ao máximo a
aprendizagem.
Assim é importante que a escola oportunize:
* Situações desafiadoras que o permitam desenvolver sua aprendizagem e
principalmente permitam a eles trabalhar de forma contextualizada e
cooperativa com seus pares.
*Atividades que levem em consideração os interesses do aluno com
deficiência intelectual baseado nas experiencias previas.
* Estabelecer relações entre o conteúdo trabalhado com relações concretas.
*Possibilitar o máximo de situações e atividades escolares significativas.
O professor deve ao planejar suas aulas, pensar e incluir o aluno com
deficiência, podendo realizar ajustes nas atividades ou avaliações para que
o aluno participe de modo efetivo de todas elas e progressivamente adquira
o conhecimento desejado. A parceria com a equipe que realiza o
atendimento educacional especializado (AEE) é muito importante para que
estes ajustes se caracterizem como um meio de acesso ao aluno aos
conteúdos e avaliações propostas e não como um currículo paralelo.
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7
AINDA SOBRE
EDUCAÇÃO
INCLUSIVA...
O Transtorno do Espectro Autista
(TEA) como o próprio nome
refere é um transtorno e não
uma deficiência. Este transtorno
Você sabia que o Transtorno do inicia-se geralmente na primeira
Espectro Autista não é infância e caracteriza-se por:
considerado uma deficiência?
Quadro clínico caracterizado por deficiência persistente e clinicamente significativa
que causa alterações qualitativas nas interações sociais recíprocas e na comunicação
verbal e não verbal, ausência de reciprocidade social e dificuldade em desenvolver e
manter relações apropriadas ao nível de desenvolvimento da pessoa. Além disso, a
pessoa apresenta um repertório de interesses e atividades restrito e repetitivo,
manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados. Assim sendo,
são comuns a excessiva adoção de rotinas e padrões de comportamento ritualizados,
bem como interesses restritos e fixos. (GLOSSÁRIO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2020 p.6)
Alguns autistas podem apresentar deficiência também, porém esta não é causada
pelo TEA, mas é uma comorbidade. Em termos de legislação a pessoa com autismo é
considerada deficiente e tem todos os direitos legais de uma pessoa com deficiência.
Comorbidade: é a junção de uma ou mais doenças (deficiências, transtornos) em
uma mesma pessoa.
As principais características de um aluno com TEA são:
• Dificuldade na comunicação
• Dificuldade na interação social
• Alguns podem apresentar movimentos estereotipados como bater as mãos,
movimentos com o tronco
• Inflexibilidade com rotinas e dificuldades com mudanças
•Interesses insistentes por determinados coisas ou assuntos
Dentro do Transtorno do Espectro Autista há uma variedade de graduações e
manifestações. Assim poderemos encontrar alunos com TEA que falam, outros não,
alguns apresentam estereotipias motoras, outros não. Alguns se alfabetizam outros
não.
31
7
Muitas vezes, é importante o contato
com a equipe multidisciplinar que
atendem o aluno com TEA para
conhecer melhor estes
comportamentos e criar uma rede
de apoio (família, escola e equipe
Como professor o que posso
multidisciplinar) visando um bom
fazer em sala de aula com meu
resultado no processo de
aluno com TEA? aprendizagem deste aluno.
• Introduzir um conceito por vez com PARA SABER MAIS: A Lei nº 12.764 do dia
instruções simples e diretas. 27 de dezembro de 2012 que institui a
• avançar gradativamente o grau de Política Nacional de Proteção dos
complexidade de um conteúdo. Direitos da Pessoa com Transtorno
• ajustar o tempo de realização da do Espectro Autista assegura
tarefa ou avaliação levando em conta a todos os direitos das
condição de manter o foco atencional e, pessoas com autismo.
se necessário, segmentar a tarefa.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
• Proporcionar atividades em grupo _ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm
E os alunos com altas habilidades/superdotação onde se enquadram,
quem são?
Pessoas com altas habilidades/superdotação demonstram elevado
potencial intelectual, acadêmico, de liderança, psicomotor e artístico, de
forma isolada ou combinada, além de apresentarem grande criatividade e
envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu
interesse. (GLOSSARIO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2020, p.6)
32
7
Os alunos com altas habilidades superdotação são público alvo da educação
especial, porque, necessitam de um olhar e de estratégias pedagógicas
diferenciadas. Muitas vezes, estes alunos passam despercebidos no ambiente
escolar, pois, há o mito de que estes alunos tem um ótimo desempenho
escolar e que aprendem sem dificuldade alguma. Porém, quando o aluno não
se sente desafiado cognitivamente, tendem a se desmotivar e apresentar
problemas comportamentais. Por outro lado, podem ser aqueles alunos que
fazem muitas perguntas, são insistentes especialmente em relação aos
assuntos de seu interesse, o que pode gerar um certo desconforto na turma.
Também, em alguns casos os alunos com altas habilidades tendem a
apresentar um bom desempenho em suas áreas de interesse e nas demais
nem tanto, o que pode resultar em um baixo rendimento escolar. Daí a
necessidade de um suporte especializado visando além da potencialização
das habilidades do aluno, engaja-lo de forma efetiva na classe comum, de
modo a tornar sua aprendizagem o mais proveitosa possível.
Segundo Renzulli (2001) as principais características de um aluno com altas
habilidades/ superdotação são:
Além destas características pode-se
Habilidade
acima da média observar também:
• Boa memória
• Iniciativa
• Vocabulário avançado para sua idade
• Senso de humor
• Interesse por conhecimento
Envolvimento criatividade • Sabe lidar bem com ideias abstratas
com a tarefa
• Resolve problemas de forma criativa e
pouco usual
Como escola, o que podemos fazer pelo aluno com altas habilidades
superdotação?
33
7
Deve-se ter claro que a aprendizagem do aluno com altas habilidades/
superdotação passa pelos aspectos afetivo e social, além do cognitivo.
Portanto, um ambiente acolhedor que valorize os sentimentos e as
relações sociais é muito importante.
O professor pode criar estratégias instrucionais que estimulem o estudo
independente do aluno do conteúdo ou tópicos específicos que estão
sendo estudados.
O trabalho com projetos de acordo com a área de interesse do aluno
com altas habilidades/superdotação também é uma estratégia
interessante a ser usada que geralmente dá ótimos resultados.
PARA SABER MAIS: Neste site você encontra mais informações
sobre o aluno com altas habilidades/supedotação
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/
arquivos/1075-2.pdf
34
8 MÃOS À OBRA...
Ensinar dentro da perspectiva de uma educação inclusiva é um grande
desafio para todos, porém é um caminho possível.
Um ponto importante para o sucesso da inclusão e que todos os
envolvidos devem estar atentos, é a parceria, escola, família e atendi-
mento educacional especializado (AEE).
O trabalho colaborativo entre o AEE Certamente as informações e
e os professores do ensino comum sugestões propostas aqui, não são
tem como objetivo compartilhar a as únicas, mas acreditamos que
responsabilidade de planejar e ela possa servir para iniciar o
implementar o processo de ensino trabalho dentro de uma
aprendizagem dos alunos que são perspectiva inclusiva,
público alvo da educação especial, possibilitando aos professores e
ou seja, juntos buscar as melhores educadores em geral desenvolver
estratégias e ajustes para uma e buscar a partir destas, outras
efetiva aprendizagem. estratégias, visando a
aprendizagem de todos os alunos,
É na troca de saberes entre os sejam ele público alvo da
professores, que novos educação especial ou não.
conhecimentos surgem para
potencializar o processo de ensino A seguir a sugestão de um
e aprendizagem de todos os esquema que poderá ser utilizado
estudantes. no planejamento das aulas.
35
8
Qual é o diagnóstico do meu aluno?
Quais as principais características deste aluno e a
implicação destas características no seu processo de
aprendizagem?
Quem é
meu aluno?
Quais conteúdos e habilidades necessárias em minha
disciplina o aluno em questão não possui? E quais possui?
Qual o objetivo que desejo alcançar ao ensinar
Objetivos de determinado conteúdo? O que meu aluno deve aprender?
aprendizagem?
De que maneira posso organizar minha aula visando a
aprendizagem do aluno de forma mais eficaz e significativa?
De que forma vou sequenciar estes conteúdos, que
estratégias vou utilizar e quanto tempo usarei?
Metodologia Que materiais precisam ser ajustados?
Tenho alcançado meus objetivos com meu aluno com
deficiência?
De que maneira vou avaliar meu aluno, respeitando suas
diferenças e dando as mesmas oportunidades que os
Avaliação demais?
Produzido pela autora 2021
Finalizando este trabalho, queremos convidar a você que leu este e-book
a transpor estas páginas e ir ao encontro de seus alunos com deficiência.
Então mãos à obra...
36
9 REFERÊNCIAS:
BARROSO, João. Factores organizacionais da exclusão escolar: a inclusão
exclusiva. In: RODRIGUES, David (org). Perspectivas sobre a inclusão: da
educação à sociedade. Porto, Portugal: Editora Porto, 2003, p. 27.
BRASIL. (Constituição 1988). Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988. Brasília, DF: Presidência da República (2019).
Disponível em www.planalto.gov.br. Acesso em 06 de set. de 2019.
BRASIL. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Brasília:
MEC, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/. Acesso em: 04 de
maio de 2021.
BRASIL. Decreto Nº 10.502, de 30 de setembro de 2020.Institui a Política
Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao
Longo da Vida. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília DF, 01 de
outubro de 2020. Acesso em: 05 de maio de 2020. Disponível em:
https://www.in.gov.br/
BRASIL. Decreto Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.Regulamenta a Lei nº
10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais – Libras. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília DF,22 de
dezembro de 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/. Acesso em:
05 de maio de 2021.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira. Glossário da educação especial: Censo Escolar 2020 [recurso
eletrônico]. – Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira, 2020.
BRASIL. Lei nº. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União,
Poder Legislativo, Brasília DF, 27 dez. 1961. Disponível em:
www.planalto.gov.br. Acesso em 06 de set. de 2019.
BRASIL. Lei nº 13.146 de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário
Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília DF, 06 de julho de 2015.
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em 04 de maio de 2021.
37
9
BRASIL. Lei Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012. Institui a Política Nacional
de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília DF,27 de dezembro de
2012. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/. Acesso em: 10 de maio de
2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Brasília: MEC/SEESP, 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
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BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 02/01. Institui Diretrizes nacionais para a
Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC, 2001. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/ Acesso em 20 de ago. de 2020.
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Distância. Formação Continuada a distância de professores para o
Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Física. Brasília:
MEC/SEESP/ SEED, 2007a.
BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Secretaria de Educação a
Distância. Formação Continuada a distância de professores para o
Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Visual. Brasília:
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CORDEIRO, Diana Rosa Cavaglieri Liutheviciene. A inclusão de pessoas com
deficiência na rede regular de educação profissional / – Marília, 2013.
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NAKAYAMA, A. M. Educação Inclusiva: Princípios e
Representação. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São
Paulo, 2007
38
9
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https://nacoesunidas.org/acao/pessoas-com-deficiencia/. Acesso em 14
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RENZULLI, J.S. Os fatores da excepcionalidade, in Anais do XIV Congresso
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VIANA, C. R; SILVA, R. A. F. Uma sociedade que exclui, e uma escola... Pacto
Nacional pela Alfabetização na idade certa - Educação Inclusiva. 1 ed.
Brasília MEC/SEB, 2014 v 01.96p
XAVIER, NERI DA SILVA. Ensino para surdos: um olhar sobre estratégias
metodológicas para o ensino de alunos surdos no IF Sertão PE/ Produto
Educacional parte da dissertação intitulada “O percurso dos estudantes
surdos no ensino profissional e tecnológico no Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano” apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica
ofertado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão
Pernambucano (IF Sertão PE) / Campus Salgueiro, Salgueiro, PE, 2020.
39