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O documento apresenta o programa do Ensino Secundário Geral em Moçambique, destacando a necessidade de reformulação curricular para integrar competências essenciais para a vida dos alunos. O novo currículo busca proporcionar uma formação teórica sólida e profissionalizante, preparando os jovens para o mercado de trabalho e para a continuação dos estudos. O papel do professor é fundamental na implementação deste currículo, promovendo uma educação que desenvolva habilidades, atitudes e valores necessários para a cidadania responsável.

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O documento apresenta o programa do Ensino Secundário Geral em Moçambique, destacando a necessidade de reformulação curricular para integrar competências essenciais para a vida dos alunos. O novo currículo busca proporcionar uma formação teórica sólida e profissionalizante, preparando os jovens para o mercado de trabalho e para a continuação dos estudos. O papel do professor é fundamental na implementação deste currículo, promovendo uma educação que desenvolva habilidades, atitudes e valores necessários para a cidadania responsável.

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Ficha Técnica

Título:Português, Programa da 10ª Classe


Edição: ©INDE/MINED - Moçambique
Autor: INDE/MINED – Moçambique
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique Arte
final: INDE/MINED - Moçambique
Tiragem: 1500 Exemplares
Impressão: DINAME
Nº de Registo: INDE/MINED – 6298/RLINLD/2010

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Prefácio

Caro Professor

É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário
Geral.

Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade
de se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se
faça sem sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida
continuem a ser desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.

As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram


desenvolver, compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores
necessários para a vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o
mundo de trabalho numa economia cada vez mais moderna e competitiva.

Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem
em mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de
professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições
públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço da
transformação curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer.

Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas,


apelamos ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa
criatividade e empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que
amanhã contribuirão para o combate à pobreza.

Aires Bonifácio Baptista Ali.

Ministro da Educação e Cultura

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1. Introdução

A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se


enquadra no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e Cultura
e tem como objectivos:

• Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos


aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país.
Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado,
• flexível e profissionalizante.
Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos
• estudos como para o mercado de trabalho e auto emprego. Contribuir para a
construção de uma nação de paz e justiça social.

Constituem principais documentos curriculares:


•O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador
que contém os objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e
as estratégias de implementação;
•Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos; •O
regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG);
•Outros materiais de apoio.

1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG

O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que
continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.

O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.

As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do


mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das
Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre
outros desafios.

Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando
uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:

Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e


estético, de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos
e formular os seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões
individuais que tiver de tomar em diversas circunstâncias da sua vida;

Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de


conhecimentos científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a
compreensão, a interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais,
económicos, políticos e naturais;

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Saber Fazerque proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um
espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio
produtivo actual, mas também às tendências de transformação no mercado;

Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto
é, saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros
homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129

Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se


organize em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender
o mundo, agir sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma
responsável.

Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas


relevantes para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e
como cidadãos responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral.

1.2. Os desafios da Escola

A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o
papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir
grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre
outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender
e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.

Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?

As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é,


conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza
para enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana.
Isto significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas,
pensar critica e criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de
combinar um conjunto de conhecimentos, práticas e valores.

Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes,
tendo em conta a realidade do país.

Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as


competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e
escrita, matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente
reconhecidas como cruciais para o
desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar, nomeadamente:

a)Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;


b)Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de
aprendizagem e busca metódica de informação em diferentes meios e uso de
tecnologia;
c)Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e
apresentação dos trabalhos;

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d)Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica social
do país e do mundo;
e)Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se relacionar
bem com os outros;
f)Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g)Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h)Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da
comunidade bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i)Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j)Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k)Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação
individualmente ou em grupo;
l)Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e
crianças.

Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática
educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.
(...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de
experimentar situações em que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num
ambiente limpo se a escola estiver limpa e promover o asseio em todos os espaços
escolares. O aluno cumprirá as regras de comportamento se elas forem exigidas e
cumpridas por todos os membros da comunidade escolar de forma coerente e
sistemática.
PCESG:27

Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça,


solidariedade, humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o amor à
pátria, o amor próprio, o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito pelo próximo e pelo
bem comum, deverá estar ancorado à prática educativa e estar presente em todos os
momentos da vida da escola.

As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis
subsequentes.

Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-
se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez
mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas
na resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade
de modo a ter várias ocupações ao longo da vida.

1.3. A Abordagem Transversal

A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com


vista um desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a
comunidade escolar é chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na
resolução de situações-problema parecidas com as que se vão confrontar na vida.

No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos
temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas
competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo
na escola e as atitudes dos seus intervenientes

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sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver com os outros e
bem fazer.

Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas
de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele
contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e
co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.

O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao


longo do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas
indicações para a sua abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto
de apoio sobre os temas transversais.

O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias que


permite estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em
várias áreas de conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as
actividades a realizar no âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam
professores, alunos e até a comunidade e constituam em momentos de ensino-
aprendizagem significativos.

1.4 As Línguas no ESG

A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado.
No currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).

As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de


todas as disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os
professores deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam adequar
o seu discurso às diferentes situações de comunicação. A correcção linguística deverá ser
uma exigência constante nas produções dos alunos em todas as disciplinas.

O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da
leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos,
sessões para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições,
actividades culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática
da língua numa situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a
fazer comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões
sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias
ou criticar de forma apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la.

Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no
caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores
moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação
da moçambicanidade.

1.5. O Papel do Professor

O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e


responsáveis na família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou
no trabalho.

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Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-
os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A
preparação do aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias
leccionadas tenham significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações
reais.

O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais
sentido se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos
inerentes à disciplina, às componentes transversais e às situações reais.

Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:

• organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus


conhecimentos, habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de
soluções;
• encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento
de competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar
um problema que os obriga a recorrer a conhecimentos, procedimentos e experiências
de outras áreas do saber; acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder
• observar os alunos, motivá-los e corrigi-los durante o processo de trabalho;
criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o
• mundo e transformá-lo;
avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa
• perspectiva formativa.

Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à


profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa
passa pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os
professores de todas as disciplinas. Neste sentido, não se pode falar em
desenvolvimento de competências para vida, de interdisciplinaridade se os
professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas suas
próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionais ou da história local poderá
envolver diferentes disciplinas. Por exemplo:
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção
e correcção dos textos;
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes;
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da
região;
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.

Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em


equipa, de análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim
para o desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.

As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o


desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é
mais um centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para
reprodução e memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e
conhecimentos. O aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e
pesquisa de informação, reflectindo criticamente sobre a sociedade.

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O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os
recursos e aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma
comunidade escolar implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural,
organizador democrático e gestor da heterogeneidade vivencial dos alunos.

As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de


conceber e utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo;
entusiasmo, espírito competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e
debate de ideias; o interesse pela integração social e vocação
profissional.

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1.O Ensino aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa

O Programa de Língua Portuguesa a ser implementado visa dar continuidade à abordagem já


iniciada no Ensino Básico e iniciar a implementação das grandes linhas orientadoras da educação
expressas na Agenda 20–25 e no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico do
Ministério da Educação e Cultura. Nele prioriza-se conteúdos que visam o desenvolvimento de
conhecimentos, habilidades atitudes e valores que o indivíduo deverá mobilizar para enfrentar com
sucesso exigências do dia a dia.

O Programa de Língua Portuguesa é baseado numa tipologia de textos, nomeadamente: •Textos


Normativos;
•Textos Administrativos;
•Textos Jornalísticos;
•Textos Multiusos;
•Textos Literários
•Textos de Pesquisa e Organização de Dados.

O tratamento dos conteúdos, neste programa, teve em conta as linhas gerais previstas para o novo
currículo do Ensino Secundário Geral. Privilegia metodologias de ensino e aprendizagem
centradas no aluno e a abordagem de conteúdos é feita em espiral, o que significa que os diferentes
tipos de texto vão sendo retomados ao longo do ano lectivo com abordagens de nível de
complexidade crescente. Por exemplo, os textos expositivos-explicativos/argumentativos são
dados em várias classes, mas a dimensão e o nível de complexidade é diferente.

2.1. Principais Alterações


O programa apresenta algumas inovações: a abordagem cíclica dos conteúdos, os indicadores de
desempenho, uma proposta de obras literárias a serem lidas na 8ª classe e um glossário.

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O Plano Temático apresenta-se sob a forma de uma tabela, constituída por: objectivos específicos,
conteúdos, competências básicas e carga horária. As sugestões metodológicas e os indicadores de
desempenho apresentam-se fora da tabela.

As competências básicas traduzem a capacidade de realizar uma tarefa concreta, isto é, “no final
de cada aula ou unidade temática, o aluno deve ser capaz de revelar novos estágios do saber, saber
ser, estar e fazer, como resultado do processo de ensino aprendizagem” PCEB:75.

Assim, ao longo do 1º ciclo, na disciplina de Português, procurar-se-á desenvolver, no aluno,


competências que lhe permitam:

Usar a Língua Portuguesa de forma interactiva, isto é, saber utilizar a língua, os símbolos e
textos em várias situações da vida de modo a ter uma participação activa e reflexiva em
contextos múltiplos e assim contribuir para o seu bem estar e o da sociedade.

Comunicar-se com os outros, oralmente e por escrito, em vários contextos relevantes da


vida, tais como a família, escola, comunidade e emprego.

Analisar, interpretar e produzir textos relacionando-os com o contexto, estrutura,


organização e sua função na sociedade e explorando os seus recursos expressivos.

Usar a Língua Portuguesa como um instrumento para a compreensão da realidade, de


acesso ao conhecimento e à informação, explorando as novas formas de interacção
proporcionadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação.

Na 8ª classe, as competências acima descritas serão trabalhadas ao longo de cada unidade e aula,
através do envolvimento dos alunos em actividades concretas de compreensão e expressão oral e
escrita. Essas actividades devem levar os alunos a resolver situações reais com que se confrontam
no dia a dia, dentro da escola e fora

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dela, na família, no emprego, na repartição pública, no hospital, nas diversas associações, no grupo
de amigos, entre outros contextos.

Assim, para cada unidade estão definidas competências básicas que revelam os novos estágios do
saber, saber fazer, saber ser e saber estar, que o aluno deve demonstrar como resultado do processo
de ensino aprendizagem.

2.2. Ensino da Literatura no Ensino Secundário Geral

Em todas as épocas históricas e em todos os espaços geográficos onde haja comunidades humanas,
a literatura sempre se afirmou como sendo, por um lado, o espaço em que estão depositados de
forma mais ou menos condensada os valores culturais, morais e intelectuais dessas mesmas
comunidades, e, por outro, o veículo de difusão interna e externa desses mesmos valores.

O ensino da literatura preconizado no programa alicerça-se naquele pressuposto, pois, através do


tratamento sistemático e consciente de obras de diferentes autores moçambicanos e estrangeiros,
pretende-se, em princípio, despertar nos alunos e garantir que desenvolvam o gosto pela leitura. A
literatura abrirá portas para que os alunos se confrontem com um conjunto diversificado de
vivências que propiciarão a aquisição de valores culturais, morais e intelectuais locais e globais.
Através da leitura, espera-se que os alunos desenvolvam a sua imaginação, criatividade, raciocínio
crítico e que assimilem valores socialmente válidos como humanismo, respeito, aceitação de
realidades alternativas, sensibilidade, entre outros.

O ensino da Literatura será feito de forma sistemática, a partir do tratamento de diferentes


tipologias textuais inerentes aos três modos literários: narrativo, lírico e dramático. Neste âmbito,
pequenos textos ou extractos de textos servirão de pretexto para o estudo, quer dos aspectos
formais e linguísticos que lhes são específicos, quer dos elementos culturais e ideológicos por eles
veiculados.

A par do tratamento sistemático de textos de pequenas dimensões serão também trabalhadas obras
integrais de escritores moçambicanos, dos PALOP e da CPLP.

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Ao longo do 1º e 2º Ciclos, o aluno deverá ler obras e extractos de autores moçambicanos que
marcaram a história da literatura do país, no período anterior à independência tais como Rui de
Noronha, Noémia de Sousa, José Craveirinha, Rui Knopfli, Marcelino do Santos, Orlando Mendes,
Luís Bernardo Honwana, Rui Nogar, Sérgio Vieira, Armando Guebuza, Albino Magaia entre
outros. Serão ainda estudadas obras e textos de autores que se destacaram no período pós
independência, nomeadamente Mia Couto, Ungulani Ba Ka Kossa, Lília Momplé, Paulina
Chiziane, Eduardo White, Suleimane Cassamo, Aníbal Aleluia, Calane da Silva, Heliodoro
Baptista, Sebastião Alba, José C. Patraquim, Leite de Vasconcelos, entre outros. Ao nível da região
e do mundo em geral, recomenda-se o estudo de textos de autores dos PALOP, portugueses e
brasileiros bem como de autores africanos e de outras partes do mundo traduzidos para a língua
portuguesa.
A abordagem das obras tem em conta o nível de ensino, a faixa etária e o conteúdo da obra .

2.3.Abordagem dos Temas transversais na disciplina de Língua Portuguesa

O programa de Português integra os temas transversais definidos no PCESG e outros temas


derivados ou a estes relacionados.

Ao nível da língua portuguesa espera-se que os temas transversais possam ser usados como
suporte para a tipologia textual, assim como para o desenvolvimento da competência linguística e
comunicativa. Neste contexto, os conteúdos transversais serão abordados através de textos e das
actividades de língua realizadas na aula no âmbito do desenvolvimento das habilidades linguísticas
(ouvir, falar, ler e escrever).

A abordagem dos temas transversais contribui ainda para o desenvolvimento lexical. A


possibilidade de “construir” um glossário com terminologia específica, para Temas Transversais,
permite alargar o vocabulário e explorar as propriedades das palavras e os diferentes contextos de
uso. Por exemplo: para um tema relacionado com a natureza, far-se-ia um levantamento de termos
do tipo: ecológico, ambiente, poluir, recursos naturais, extinção das espécies, etc.(Fonte: “Educação
Moral e Cívica – 7ª classe”, Livro do Aluno).

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Os glossários podem ser constituídos por listas de palavras, organizadas por ordem alfabética, com
o respectivo significado, acompanhadas ou não de frases em que essas palavras ocorram. As frases
podem ser extraídas directamente dos materiais consultados e/ou serem criadas pelos próprios
alunos.

Para montar os glossários os alunos poderão recorrer a algumas fontes de consulta, nomeadamente:

- manuais escolares/livros de especialidade;


- textos distribuídos pelos professores das várias disciplinas;
- artigos de jornal e/ou revistas;
- consultas a pessoas que trabalham na área coberta pelo tema transversal;
- cartazes;
-etc.
Seja ou não com base nos glossários construídos pelos alunos, a propósito de cada tema transversal,
poder-se-á realizar actividades como:
- estabelecimento de família de palavras;
- formação de verbos a partir de nomes e vice-versa. Por exemplo: extinção – extinguir;
recorrer – recurso; etc.
- estabelecimento de campos lexicais para um tópico restrito. Por exemplo dentro do tema
transversal “Natureza”, poder-se-ia seleccionar o tópico “vegetação” e procurar palavras
relacionadas com este tópico (floresta, árvore, jardim, machamba, planta,
desflorestamento,etc.).
Frequentemente, a terminologia de áreas específicas contém termos pouco comuns e/ou de
difícil grafia. Assim, uma actividade que pode estar associada ao tratamento dos temas
transversais é o ditado:
- de palavras isoladas;
- de pequenos textos em que essas palavras ocorram.

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3.Competências a desenvolver no 1ºCiclo

•Interpreta textos orais e escritos de natureza diversa;


•Expressa-se oralmente e por escrito, de forma lógica, estruturada, criativa e
espontânea, em diferentes circunstâncias da vida quotidiana, social, económica e
política;
•Aplica as regras de organização e funcionamento da língua em diferentes situações
de comunicação;
•Pesquisa informação em língua portuguesa recorrendo a materiais
bibliográficos e às tecnologias de informação e comunicação;
•Interpreta obras literárias de escritores moçambicanos, dos países africanos
de língua oficial portuguesa (PALOP) e da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), visando a criação da sensibilidade estética e gosto pela leitura;

•Usa expressões adequadas para argumentar e defender os seus pontos de vista sobre
temas diversos de interesse social, económico e político; •Observa, nos trabalhos
escritos, as regras de ortografia, pontuação e o formato do texto, segundo a
tipologia;
•Contribui para o desenvolvimento da cultura de paz e amizade através da análise e
produção de textos.
•Analisa artigos contidos no Regulamento Escolar, Declaração dos Direitos da
Criança e Constituição da República;
•Manifesta amor patriótico e orgulho de ser moçambicano através do discurso
oral e escrito;
•Integra-se em diferentes situações de comunicação económica, social e política
através da interpretação, participação em debates e produção oral e escrita de textos;
•Apresenta argumentos claros e coerentes em situações de defesa da sua saúde e da
comunidade, no combate à droga, gravidez precoce, assédio sexual e HIV-
SIDA;
•Expressa-se oralmente e por escrito, usando registos de língua adequados às
diferentes situações de comunicação a nível social e profissional;

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•Exprime-se com espontaneidade e criatividade perante situações sociais,
económicas e políticas adoptando atitudes positivas perante a diversidade e
a sua mudança;
•Produz textos literários e não literários de natureza diversa revelando o domínio
das regras de textualização e do funcionamento da língua; •Produz textos que versam
sobre aspectos relativos à preservação e conservação do meio ambiente, saúde e
higiene, agro-pecuária, pesca e turismo;
•Produz textos com correcção ortográfica, obedecendo as regras de
acentuação e de pontuação;
•Desenvolve projectos de pesquisa, individualmente ou em grupos, de âmbito
escolar;
•Demonstra, através da língua, atitudes de respeito e solidariedade para com os
portadores de deficiência, idosos e crianças.

4.Objectivos Gerais da Disciplina de Português no ESG

•Usar a língua portuguesa como veículo de aquisição e desenvolvimento de


conhecimentos gerais, técnicos e científicos;
•Desenvolver e consolidar a capacidade de compreensão oral, visando a interpretação de
discursos de natureza diversa e inter-relacionando os aspectos linguísticos e
paralinguísticos;
•Desenvolver e consolidar a capacidade de expressão oral, visando o domínio de diversas
estratégias discursivas e a adequação do discurso às várias situações de comunicação
social;
•Desenvolver as habilidades de leitura, tendo em vista a consolidação da capacidade de
compreensão escrita, de forma autónoma e livre, sabendo reconhecer as regras de construção
dos vários tipos de texto;
•Desenvolver as habilidade de escrita, garantindo a coerência e coesão e revelando o
domínio das regras de textualização e de funcionamento da língua;

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•Enriquecer e consolidar o vocabulário necessário às várias situações de comunicação
social e à compreensão de conhecimentos científicos e técnicos; •Desenvolver e consolidar os
aspectos de funcionamento da língua necessários à reflexão sobre as suas propriedades
e regras, assim como ao aperfeiçoamento das competências linguística e comunicativa, oral e
escrita;
•Desenvolver hábitos de pesquisa e estudo independente na área da língua, que habilitam
para a busca de soluções para dúvidas surgidas na actividade estudantil e futura
actividade profissional.
•Promover a consciência do dinamismo da língua portuguesa e da sua plasticidade, bem
como variação geográfica, social e situacional;
•Usar a língua portuguesa para adquirir e divulgar conhecimentos sobre os deveres, direitos e
liberdades;
•Usar a língua portuguesa para:
- manifestar amor patriótico e orgulho de ser moçambicano;
- manifestar atitude moral e civicamente correctas;
- contribuir para a resolução pacífica de conflitos na família, na escola e
comunidade;
- participar na preservação e conservação do meio ambiente;
- divulgar as regras de saúde e higiene;
- divulgar e manifestar atitudes responsáveis em relação à Saúde Sexual e
Reprodutiva e em relação ao HIV/SIDA;
- discutir formas de prevenção da gravidez precoce;
- manifestar atitudes contra o assédio sexual;
- adquirir conhecimentos e divulgar informações sobre a prevenção e
combate ao uso de drogas;

•Usar a língua portuguesa como veículo de aquisição e desenvolvimento de


conhecimentos gerais, técnicos e científicos;
•Desenvolver a capacidade de compreensão oral, visando a interpretação de discursos
de natureza diversa e inter-relacionando os aspectos linguísticos e paralinguísticos;

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•Consolidar a capacidade de expressão oral, visando o domínio de diversas estratégias
discursivas e a adequação do discurso às várias situações de comunicação social;
•Desenvolver as habilidades de leitura, tendo em vista a consolidação da capacidade de
compreensão escrita, de forma autónoma e livre, sabendo reconhecer as regras de construção
dos vários tipos de texto;
•Aperfeiçoar as habilidades de leitura e compreensão de textos literários, com especial
incidência em textos de escritores moçambicanos, dos PALOP e da CPLP, visando ao
desenvolvimento da sensibilidade estética e do gosto pela leitura;
•Aperfeiçoar as habilidades de leitura e compreensão de textos não literários sabendo
extrair com facilidade a informação pretendida;
•Desenvolver as habilidade de escrita, garantindo a coerência e coesão e revelando o
domínio das regras de textualização e de funcionamento da língua; •Produzir textos literários e
não literários de natureza diversa;
•Enriquecer o vocabulário necessário às várias situações de comunicação social e à
compreensão de conhecimentos científicos e técnicos;
•Consolidar os aspectos de funcionamento da língua necessários à reflexão sobre as suas
propriedades e regras, assim como ao aperfeiçoamento das competências linguística e
comunicativa, oral e escrita;
•Analisar, de forma critica e criativa, exposições orais sobre temas da vida quotidiana e sobre
temas técnico – científicos, inter – relacionando os aspectos linguísticos e
paralinguísticos;
•Consolidar a aplicação das normas que regulam a escrita da língua, a nível da ortografia
e acentuação, assim como as regras de pontuação;
•Desenvolver hábitos de pesquisa e estudo independente na área da língua, que habilitem
para a consulta bibliográfica, assim como para a busca de soluções para dúvidas surgidas no
quotidiano de estudo ou de trabalho;
•Promover a consciência do dinamismo da língua portuguesa tendo em conta a variação
geográfica, social e situacional;
•Usar a língua portuguesa para adquirir e divulgar conhecimentos sobre os deveres, direitos e
liberdades;
•Usar a língua portuguesa para:

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- manifestar amor patriótico e orgulho de ser moçambicano;
- manifestar atitude moral e civicamente correctas;
- contribuir para a resolução pacífica de conflitos na família, na escola e
comunidade;
- participar na preservação e conservação do meio ambiente;
- divulgar as regras de saúde e higiene;
- divulgar e manifestar atitudes responsáveis em relação à Saúde Sexual e
Reprodutiva e em relação ao HIV/SIDA;
- discutir formas de prevenção da gravidez precoce;
- manifestar atitudes contra o assédio sexual;
- adquirir conhecimentos e divulgar informações sobre a prevenção e combate
ao uso de drogas;
- divulgar a importância da agro-pecuária e da pesca como actividades
importantes para a subsistência familiar e desenvolvimento económico do país;
- formular opiniões sobre potencial da hotelaria e do turismo para o
desenvolvimento socioeconómico do país;
- explicar a importância da indústria para o desenvolvimento
socioeconómico do país.

5.Visão Geral dos Conteúdos do 1º ciclo

8º classe 9ª classe 10ªclasse


1. Textos Normativos 1. Textos Normativos 1. Textos Normativos
1.1. Textos específicos 1.1. Textos específicos 1.1. Textos específicos
Regulamento: Declaração: -Constituição da
-escolar; - dos Direitos República.
-de concursos; Humanos;
-de Jogos; - dos Direitos da
-etc. Criança.
.
1.2.Funcionamento da 1.2.Funcionamento da 1.2.Funcionamento da
língua língua língua
-Regras gerais de - Verbos irregulares fazer, Verbos irregulares: pôr,
concordância nominal dar e poder. querer, e dever;.
(género e número); - Flexão dos substantivos Preposições: após,
- Voz passiva (regência do e adjectivos: regras gerais. perante, sob, sobre.

18
agente da passiva);
- Conjunções /locuções
coordenativas e orações
coordenadas disjuntivas.

1.3. Temas transversais 1.3 Temas transversais 1.1.Temas transversais


-Respeito pelo património -Declaração dos Direitos -Género e equidade.
escolar e regras da escola. Humanos e Democracia. -Educação Fiscal
-A votação e a observação -Educação Rodoviária
eleitoral.
-Direitos Humanos e
Democracia

2.Textos Administrativos 2.Textos Administrativos 2.Textos Administrativos


2.1 Textos específicos 2.1 Textos específicos 2.1Textos específicos
-Requerimento. -Convocatória. -Carta comercial.
-Aviso. -Acta. -Curriculum vitae.
-Carta comercial.

2.2.Funcionamento da 2.2. Funcionamento da 2.2. Funcionamento da


língua: língua: língua:
-Regras gerais de - Tempos compostos: - Conjugação pronominal;
concordância verbal (pessoa modos indicativo e -Pronomes pessoais
e número); conjuntivo. reflexos: reflexivos
- Verbos regulares: tempos propriamente ditos,
do modo conjuntivo; recíprocos, se passivo;
Formas de tratamento. -Tipos de palavras
compostas;
-Flexão das palavras
2.3 Tema transversal: 2.3 Temas transversais compostas.
-Agricultura -Desporto
-Higiene e ambiente 2.3 Temas transversais
-Educação fiscal - Comércio
- Turismo
- Desporto
3. Textos Jornalísticos 3. Textos Jornalísticos 3. Textos Jornalísticos
3.1 Textos específicos 3.1 Textos específicos 3.1 Textos específicos
-Notícia. - Texto publicitário. -Entrevista.
-Fait-divers.

3.2 Funcionamento da 3.2 Funcionamento da


língua: língua: 3.2 Funcionamento da
- Advérbios/locuções - Preposições: até, com, língua:
adverbiais de tempo, lugar e contra, desde, entre, sem; - Conjugação perifrástica:
modo; -Conjunções/locuções verbos auxiliares estar a,
- Numerais cardinais e subordinativas e orações começar a, acabar de,etc.
ordinais; subordinadas -Orações orações
- Percentagens; comparativas, concessivas subordinadas
-Conjunções/locuções e consecutivas; interrogativas (directas e
coordenativas adversativas e - Acentuação: casos indirectas);

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conclusivas; especiais (monossílabos, -Funções do que: pronome
- Verbos irregulares: ser, ter, hiatos, formas verbais dos relativo, conjunção
estar, haver; verbos ter, ver). integrante, causal e
- Funções sintácticas: consecutiva.
complementos
circunstanciais (tempo, lugar
e modo), nome predicativo
do sujeito;
- Preposições a, de, em, para,
por;
-Acentuação: regras gerais.

3.3. Tema transversal:


-Prevenção de doenças 3.3. Temas transversais:
diarreicas: cólera, desinteria e -Prevenção de doenças: 3.3. Temas transversais:
outras. malária. -Prevenção de doenças:
-O comércio diabetes.
-Abuso sexual de menores -Educação Patriótica
-Prevenção de doenças:
Diabetes
(consolidação)
4. Textos Multiusos 4. Textos Multiusos 4. Textos Multiusos
4.1 Textos específicos 4.1 Textos específicos 4.1 Textos específicos
•Textos didácticos •Textos didácticos •Textos didácticos
e/ou científicos: e/ou científicos: e/ou científicos:
-Instruções (de -Instruções várias; -Texto
aparelhos, -Textos de manuais expositivo/explicativo;
medicamentos...); escolares; -Texto
-Texto -Texto expositivo/argumentativo.
expositivo/explicativo; expositivo/explicativo;
-Relato de acontecimentos. -Guia turístico.
•Relato de viagem
4.2 Funcionamento da
língua:
- Verbos intransitivos e 4.2 Funcionamento da 4.2 Funcionamento da
transitivos; língua: língua:
- Funções sintacticas: sujeito - Oração subordinadas -Orações reduzidas de
complemento directo e integrantes; gerúndio, particípio e
indirecto; - Pronomes relativos e infinitivo;
- Verbos regulares: tempos orações subordinadas -Advérbios/locuções
do modo indicativo; relativas; adverbiais (ordem, dúvida
- Pronomes indefinidos; -Presente genérico. e quantidade);
-Verbos regulares: modos - Verbos com particípio
imperativo, condicional e passado regular e
infinitivo; irregular;
- Verbos irregulares dizer, -Flexão dos substantivos e
pedir e ouvir; adjectivos: regras
-Conjunções/locuções especiais.
subordinativas e orações
subordinadas: temporais e

20
condicionais

4.3 Tema transversal:


Desastres naturais: cheias

4.3 Temas transversais: 4.3 Temas transversais:


- Desastres naturais: seca Desastres naturais:
-Desastres naturais: sismos e erosão;
cheias -seca.
-Saúde sexual e
reprodutiva
5. Textos Literários 5. Textos Literários 5. Textos Literários
5.1 Textos específicos 5.1 Textos específicos 5.1 Textos específicos
5.1.1Textos narrativos: 5.1.1Textos narrativos: 5.1.1Narrativo:
-Conto; -Lenda; Extractos de romances
-Fábula; -Mito.
-Romance (extractos).

5.1.2 Textos poéticos 5.1.2 Textos poéticos 5.1.2 Textos poéticos


-Poesia de Noémia de Sousa, -Poesia de Orlando - Poesia de Rui de
Orlando Mendes, José Mendes, Rui Knopfli, José Noronha, Noémia de
Craveirinha, Mia Couto e Craveirinha, Reinaldo Sousa, Rui Nogar, e
Manuel Alegre. Ferreira e Luís de Camões. Agostinho Neto.

5.1.3 Texto dramático 5.1.3 Texto dramático


- Comédia Drama 5.1.3 Texto dramático
Tragédia
5.2 Funcionamento da 5.2 Funcionamento da
língua: língua: 5.2 Funcionamento da
-Conjunções/locuções -Formação de palavras língua:
subordinativas e orações compostas: aglutinação e - Funções sintácticas:
subordinadas: causais e justaposição; atributo e aposto;
finais; - Advérbios/locuções - Interjeições;
- Verbos irregulares: ir, vir, adverbiais (afirmação, -Adverbios/locuções
sair; intensidade e exclusão); (ordem, duvida e
-Funções sintácticas: nome quantidade);
predicativo do sujeito; - Verbos irregulares:
- Formação de palavras: trazer, ver, caber, crer e
prefixos e sufixos; conseguir.
- Discurso directo e indirecto;
- Formas de tratamento.

5.3 Tema transversal


Formas de prevenção e
combate às doenças de 5.3 Temas transversais 5.3 Temas transversais
transmissão sexual: ITS e -Assédio sexual. - Assédio sexual;
HIV/SIDA. -Amor patriótico e - Casamento prematuro.

21
Assédio sexual. moçambicanidade
Casamento prematuro. -Gravidez precoce e suas
consequências.
6. Texto de pesquisa e
organização de dados
6.1Textos específicos
-Relatório.

6.2 Funcionamento da
língua:
Discurso Relatado

6.3 Temas transversais


- Saneamento do meio.
-Cultura e Arte.

6. Objectivos Gerais da disciplina de Português na 10 ª classe

Ao terminar a 10ª classe, o aluno deve ser capaz de:

•Usar a língua portuguesa como veículo de aquisição e desenvolvimento de


conhecimentos gerais, técnicos e científicos;
•Desenvolver e consolidar a capacidade de compreensão oral, visando a
interpretação de discursos de natureza diversa e inter-relacionado os aspectos
linguísticos, linguísticos e paralinguísticos;
•Desenvolver e consolidar a capacidade de expressão oral, visando o domínio
de diversas estratégias discursivas e a adequação do discurso às várias
situações de comunicação social;
•Desenvolver as habilidades de leitura, tendo em vista a consolidação da
capacidade de compreensão escrita, de forma autónoma e livre, sabendo
reconhecer as regras de construção dos vários tipos de texto;
•Desenvolver as habilidades de escrita, garantindo a coerência e coesão, e
revelando o domínio das regras de textualização e de funcionamento da
língua, bem como criatividade;
•Enriquecer e consolidar o vocabulário necessário às situações de
comunicação social e à compreensão de conhecimentos científicos e
técnicos;

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•Desenvolver e consolidar aspectos de funcionamento da língua necessários à reflexão
sobre as suas propriedades e regras, assim como ao aperfeiçoamento das competências
linguística e comunicativa, oral e escrita;
•Desenvolver hábitos de pesquisa e estudo independente na área da língua, que
habilitem para a busca de soluções para dúvidas surgidas na criatividade estudantil
e futura actividade profissional;
•Promover a consciência do dinamismo da língua portuguesa e da sua
plasticidade, bem como variação geográfica, social e situacional;
•Usar a Língua Portuguesa para adquirir e divulgar conhecimentos sobre os deveres,
direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos e defender esses deveres, direitos e
liberdades;
•Usar a língua portuguesa para:
- manifestar orgulho de ser moçambicano;
- manifestar atitudes moral e civicamente correctas;
- contribuir para a resolução pacífica de conflitos na família, na escola
e na comunidade;
- participar na prevenção e conservação do meio ambiente;
- conhecer e divulgar as regras de saúde e higiene;
- conhecer, divulgar e manifestar atitudes responsáveis em relação à
Saúde Sexual Reprodutiva e em relação ao HIV/SIDA,
- adquirir conhecimentos sobre a prevenção da gravidez precoce; -
manifestar atitudes contra assédio sexual;
- adquirir conhecimentos e divulgar informações sobre a prevenção e o
combate ao uso das drogas;
- conhecer e divulgar a importância da agro-pecuária e da pesca como
actividades importantes para subsistência familiar e desenvolvimento
económico do país;
- tomar consciência da importância da indústria para o
desenvolvimento sócio-económico do país.

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7. Visão Geral dos Conteúdos da 10ª classe

1º Trimestre

Unidade 1 (10 Tempos)


1.Textos Normativos
1.1.Textos Específicos
Constituição da República (Artigos 1 a 10)

1.2.Funcionamento da Língua
- Verbos irregulares: pôr, querer e poder

1.3.Tema Transversal:
Género e equidade

Unidade 2 (12 Tempos)


2.Textos Administrativos
2.1.Textos Específicos
- Carta oficial

2.2. Funcionamento da Língua


- Conjugação pronominal reflexa e recíproca;

2.3. Tema Transversal


Comércio

Unidade 3.Textos Jornalísticos (15 Tempos)


3.1.Textos específicos
- Entrevista
Estrutura
. Tipo de Linguagem: predominância do discurso directo
3.2. Funcionamento da Língua:
- Conjugação Perifrástica: verbos auxiliares: estar a, começar a, acabar de.
3.3. Tema Transversal

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- Prevenção de doenças : diabetes

Unidade 4.Textos Multiusos (8 Tempos)


4.1.Textos específicos
- Textos didácticos e /ou científicos
- Texto expositivo/argumentativo
4.2.Funcionamento da Língua:
- Orações reduzidas de gerúndio, particípio e infinitivo
- Advérbios/locuções adverbiais (ordem, dúvida e quantidade), -
Exercícios de vocabulário
4.3. Temas transversais
- Desastres ecológicos: sismos e erosão

Unidade 5.Textos Literários (10 Tempos)


5.1.Textos específicos
5.1. 1. Texto narrativo
- Romance
5.2. Funcionamento da Língua:
- Funções sintácticas: atributo e aposto
- Exercícios de vocabulário.

5.3.Tema Transversal: Assédio sexual

Unidade 6. Textos de Pesquisa e Organização de Dados ( 5 Tempos)


6.1.Textos específicos
- Relatório (estilo informal)
6.2. Funcionamento da Língua:
- Discurso Relatado
- Exercícios de vocabulário.
6.3. Tema Transversal: Saneamento do meio

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2º Trimestre

Unidade 7.Textos Normativos (10 Tempos)


7.1.Textos Específicos
- Constituição da República
Título II, Capitulo II “Direitos, Deveres e Liberdades Fundamentais” (Artigos 66 a 85),
7.2.Funcionamento da Língua
-Preposições: após, perante
7.3.Tema Transversal: Educação Fiscal

Unidade 8.Textos Administrativos (14 Tempos)


8.1. Textos específicos
- Curriculum Vitae
8.2. Funcionamento da Língua
- Pronomes pessoais reflexos: reflexivos propriamente ditos, recíprocos , se passivo 8.3.Tema
Transversal: Turismo

Unidade 9.Textos Jornalísticos (8 Tempos)


9.1. Textos específicos
Texto publicitário: .
. impresso
. radiofónico
. televisivo

9.2. Funcionamento da Língua


- Orações subordinadas interrogativas: directas e indirectas 9.3.
Tema Transversal: Educação Patriótica

Unidade 10. Textos Multiusos (10 Tempos)


10.1. Textos Específicos
- Texto expositivo/argumentativo
10.2. Funcionamento da Língua.

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- Verbos com particípio passado regular e irregular, -
Exercícios de vocabulário
10.3.Tema Transversal: Desastres naturais: seca

Unidade 11.Textos Literários (10 Tempos)


11.1. Textos Específicos
- Texto poético (poesia de Rui de Noronha, Noémia de Sousa, Rui Nogar e Agostinho Neto)
11.2. Funcionamento da Língua
- Advérbios e locuções adverbiais (ordem, dúvida e quantidade),
- Exercícios de vocabulário
11.3. Tema Transversal: Assédio Sexual

Unidade 12.Textos de Pesquisa e Organização de Dados (8 Tempos)


12.1.Textos específicos
- Relatório (informal)

12.2. Funcionamento da Língua:


- Preposições e locuções prepositivas
- Exercícios de vocabulário
12.3. Tema Transversal: Cultura e Arte

3º Trimestre

Unidade 13. Textos Normativos (8 Tempos)


13.1.Textos específicos
- Constituição da República
- Título III, capítulo III “ Órgãos do Estado”(Artigos 107 a 132) 13.
2.Funcionamento da Língua:
- Preposições: sob e sobre
13.3.Tema transversal: Educação Rodoviária

Unidade 14. Textos Administrativos (10 Tempos)


14.1.Textos específicos

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- Currículo Vitae
14.2. Funcionamento da Língua:
- Tipos de palavras compostas
- Flexão de palavras
14.3.Tema Transversal: Desporto

Unidade 15. Textos Jornalísticos (10 Tempos)


15.1.Textos específicos
- Entrevista
- Texto publicitário
(Revisão e Consolidação)

15.2. Funcionamento da Língua:


- Funções do que: pronome relativo, conjunção integrante, causal e consecutiva.
- Pontuação
- Exercício de vocabulário
15.3. Tema Transversal: Prevenção de doenças: diabetes (Consolidação)

Unidade 16. Textos Multiusos (10 Tempos)


16.1.Textos específicos
- Texto expositivo/argumentativo
(Revisão e consolidação)

16.2. Funcionamento da Língua:


- Flexão dos substantivos e adjectivos: regras especiais
- Conectores
- Exercício de vocabulário
16.3. Tema transversal: Desastres naturais: seca (revisão e consolidação)

Unidade 17. Textos Literários (8 Tempos)


17.1.Textos específicos
- Texto dramático: Tragédia
17.2. Funcionamento da Língua:
- Adjectivos: funções sintácticas

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- Verbos irregulares: trazer, vir e conseguir
- Exercícios de vocabulário
17.3. Tema Transversal: Gravidez precoce e suas consequências

Unidade 18. Textos de Pesquisa e organização de dados (4 Tempos)


18.1.Textos Específicos
- Relatório (Revisão e consolidação)

18.2. Funcionamento da Língua


- Discurso Relatado
- Preposições e locuções prepositivas (Revisão
e Consolidação)
- Exercícios de vocabulário
18.3. Tema Transversal: Saneamento do meio

29
10. Avaliação

A avaliação, sendo parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, deve ocorrer em várias


fases desse processo.

No início de uma classe, semestre ou unidade didáctica, recorre-se à avaliação diagnóstica que
tem a função de verificar se os alunos possuem os conhecimentos necessários para iniciarem com
êxito uma nova aprendizagem.

Durante o processo de ensino-aprendizagem, recorre-se à avaliação formativa que tem a função


de regulador permanente do processo, servindo para verificar o grau de assimilação da matéria
pelos alunos e, simultaneamente, identificar problemas de aprendizagem, o que permitirá ao
professor tomar as medidas necessárias para os ajudar a ultrapassar essas dificuldades.

No fim de uma unidade didáctica, semestre ou ano lectivo, recorre-se à avaliação sumativa para
verificar o nível que o aluno atingiu no fim de uma etapa de ensino-aprendizagem.

A avaliação no ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa


No processo de ensino-aprendizagem de uma língua, avaliar implica, geralmente, a obtenção de
informações sobre o domínio de determinados padrões linguísticos e atitudes para com a língua e
deve, necessariamente, incidir nas seguintes áreas de conhecimento e técnicas:
- Compreensão e produção orais;
- Compreensão escrita e leitura;
- Produção escrita;
- Compreensão criativa, oral ou escrita;
- Funcionamento da língua.

Compreensão e produção oral


Na compreensão e produção orais, a avaliação visa verificar e ajudar o aluno a desenvolver as
seguintes competências :
- Apreender uma informação em linguagem corrente;

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- Reagir com frases adequadas nas diferentes situações de comunicação;- Usar
vocabulário variado e adequado;
- Encadear as ideias com facilidade;
- Pronunciar as palavras correctamente;

Compreensão escrita e leitura


Relativamente à compreensão escrita e à leitura, a avaliação visa verificar e ajudar o aluno a
desenvolver as seguintes competências :
- Compreender os textos que lê;
- Apreender rapidamente os dados essenciais de um texto;
- Ler com entoação e ritmo ajustados;
- Articular correctamente as palavras;
- Recorrer à leitura como apoio recreativo ou informativo.

Produção escrita
Quanto à produção escrita, a avaliação visa verificar e ajudar o aluno a desenvolver as seguintes
competências :
- Organizar as ideias de forma lógica;
- Exprimir-se de acordo com a natureza do texto;
- Usar frases correctas no plano sintáctico e morfológico;
- Apresentar ortografia precisa e pontuação adequada;
- Organizar graficamente os seus textos.

Expressão criativa, oral ou escrita


Na expressão criativa,oral ou escrita, a avaliação visa verificar e ajudar o aluno a desenvolver as
seguintes competências :
- Defender as suas ideias com argumentos convincentes;
- Manifestar interesse pela criação de textos, em função de pesquisas; -
Participar criativamente em actividades da classe;
- Revelar sensibilidade na linguagem, especialmente a nível poético.

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Funcionamento da língua
Em relação ao funcionamento da língua, a avaliação visa verificar e ajudar o aluno a desenvolver as
seguintes competências :
- Usar correctamente as estruturas fundamentais da língua;
- Executar com acerto exercícios estruturais;
- Analisar e compreender as relações morfológicas e sintácticas entre as
palavras nas frases;
- Dominar as regras de ortografia e pontuação.

Em suma, a avaliação deverá estar presente de forma contínua, permanente e


sistemática, em todos os momentos do processo de ensino - aprendizagem,
considerando, de entre outros aspectos, a participação individual diária, o TPC, os questionários
orais e escritos, os exercícios escritos de escolha múltipla, a composição escrita , a caligrafia e a
ortografia, a organização do material escolar do aluno, os trabalhos de grupo e de pesquisa e o
comportamento.

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Glossário

Competência Básica - Capacidade ou preparação para um a tarefa concreta no final de cada aula
ou uma unidade temática.

Conteúdos profissionalizantes - Conteúdos que habilitam o aluno a ser capaz de exercer uma
actividade útil para a sua vida , da família e da comunidade.

Currículo Local - Entende-se por currículo local o complemento do currículo oficial, nacional,
definido centralmente, que incorpora matérias diversas de vida ou de interesse da
comunidade local nas mais variadas disciplinas contempladas no Plano de Estudos. O
currículo local corresponde a 20% do tempo lectivo total de cada disciplina do currículo
oficial. Note-se que não inclui, na planificação do currículo local, , o tempo que a escola
pode planificar para as actividades extra-curriculares ou currículos de interesse para o
enriquecimento da formação dos seus discentes.

Ensino Relevante - Entende-se por ensino relevante aquele que responde às necessidades
educativas que concorrem para uma interacção social, económica e cultural do aluno. Esta
relevância está assente num processo de ensino - aprendizagem que coloca o aluno como
sujeito activo desse processo, dotado de
conhecimentos, capacidades, habilidades e valores morais sãos que
consubstanciam a sua formação integral

Fait Divers factos diversos) – são notícias da imprensa sensacionalista que cobrem escândalos,
curiosidades e coisas bizerras, recorrendo ao humor e à emoção.

Formação Integral - Aquisição de conhecimentos, habilidades e competências que integram o


saber, saber fazer, saber ser e saber estar.

Indicadores de desempenho – são indícios observáveis do desempenho do aluno. Os indicadores


de desempenho oferecem o detalhe do conteúdo e os processos em que o aluno deverá trabalhar.
Por outro lado, auxiliam aos professores a dividir e a sequenciar

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os conteúdos no processo do cumprimento dos objectivos. Os indicadores facilitam também a
planificação do processo de ensino-aprendizagem, o seguimento do processo e o diagnóstico de
problemas de aprendizagem.

Plano Estratégico - Faz referência à definição de um conjunto de objectivos muito amplos, aos
produtos e às actividades que se definem, produzem ou desenvolvem para enfrentar um problema
de grande complexidade como ampliação e melhoria da qualidade do ensino.

Plano Temático - Matriz que contém a organização das unidades temáticas, os objectivos
específicos, os conteúdos, as competências básicas e carga horária.

Programa - No contexto educativo significa conjunto de conteúdos que devem ser ensinados, isto
é, o que ensinar em cada uma das matérias ou disciplinas e para cada uma das classes ou
anos de escolaridade de um determinado sistema educativo.

Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) - Técnicas modernas de informar e


comunicar com recurso a meios informáticos, digitais, como computador, televisão, vídeo,
telefones (móveis e fixos), rádio, fax, e demais equipamentos e facilidades afins.

Transformação Curricular - É o processo de mudanças de um currículo para o outro. Isto


significa que, enquanto ocorre o processo de alteração do documento curricular oficial, são
operadas mudanças de todos os outros documentos através dos quais se expressa a proposta
educativa da sociedade, da forma como os professores e os alunos se apropriam dele e o põem em
prática.

Unidade Temática - Conjunto de temas ou conteúdos que versam sobre o mesmo assunto
didáctico

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