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Eduardo Araujo de Lima: Nestes Termos

Eduardo Araujo de Lima interpõe recurso de apelação contra a decisão que julgou improcedente sua Ação Popular, alegando que a magistrada ignorou provas de irregularidades e vínculos de réus com o crime organizado. O apelante argumenta que a falta de produção de provas não pode ser atribuída a ele, uma vez que solicitou diligências que não foram atendidas. O documento destaca a gravidade das acusações e a necessidade de reavaliação do caso pela Segunda Instância.

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Edgar Dias
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Eduardo Araujo de Lima: Nestes Termos

Eduardo Araujo de Lima interpõe recurso de apelação contra a decisão que julgou improcedente sua Ação Popular, alegando que a magistrada ignorou provas de irregularidades e vínculos de réus com o crime organizado. O apelante argumenta que a falta de produção de provas não pode ser atribuída a ele, uma vez que solicitou diligências que não foram atendidas. O documento destaca a gravidade das acusações e a necessidade de reavaliação do caso pela Segunda Instância.

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fls.

1605

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Caieiras

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000883-97.2023.8.26.0106 e código xb08Z0Yc.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por THIAGO DE SIQUEIRA COSCIA, protocolado em 12/01/2025 às 09:32 , sob o número WCAI25700006006 .
1000883-97.2023

EDUARDO ARAUJO DE LIMA, já qualificado nos


presentes autos, por seu advogado, in fine assinado, vem, com todo respeito, à presença
de V.Exa., inconformado com a r. decisão que julgou improcedente a Ação Popular,
interpor recurso de APELAÇÃO para alcance do total provimento da ação. Junta as razões
de apelo em apartado e deixa de comprovar o preparo por ser isento de custas. Requer o
devido processamento para remessa à Segunda Instância.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Caieiras, 11 de janeiro de 2025.

THIAGO DE SIQUEIRA COSCIA,


OAB/SP nº 262.169
fls. 1606

1000883-97.2023.8.26.0106
Apelante: EDUARDO ARAUJO DE LIMA

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Apelados: MUNICÍPIO DE CAIEIRAS e outros

RAZÕES DE APELAÇÃO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA,

COLENDA CÂMARA,

EMÉRITOS JULGADORES,

Decidiu a ilustre Magistrada de Primeira Instância julgar


improcedente a ação em julgamento antecipado da lide, a ignorar os reiterados pleitos
de produção de prova e impugnação de documentos juntados pelas partes requeridas, em
especial as graves ocorrências indicadas na petição de fls. 1562/1567, que demonstram a
ligação dos réus com o crime organizado (PCC), indício de venda de sentença, e
vinculação dos agentes públicos com o beneficiário do contrato impugnado na presente
Ação Popular.
A nobre juíza de Primeiro Grau desconsiderou a
gravidade dos fatos articulados com colação de documentos (i. e. manifestação do
Ministério Público de Contas) e, sem promover a instrução probatória requerida pelo
Autor, atribuiu a ele a falta de prova sobre os fatos narrados na inicial.

Inconsistências da fundamentação do decidum objurgado:


fls. 1607

“documentação constante nos autos demonstra que o procedimento administrativo foi


devidamente instruído, com justificativa técnica e financeira para a dispensa, e ratificado

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pela autoridade competente, afastando qualquer vício formal.”

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Na realidade, os documentos acostados nos autos
demonstram exatamente o contrário, inclusive quanto ao ato ulterior da autoridade
competente (prefeito) que promoveu abertura de processo administrativo para apurar os
graves desvios de conduta do então Secretário que causou o dano ao erário. Os vícios na
dispensa de licitação foram elencados exaustivamente, por exemplo, em parecer do
Ministério Público de Contas:
fls. 1608

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fls. 1609

Quanto à alegada lesão ao patrimônio público, verifico que o autor não produziu provas
concretas de que os serviços contratados não foram executados ou de que houve

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superfaturação

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Ao ignorar todos os pleitos de produção de prova, não
pode o juízo fundamentar a sentença por falta de provas. De início, a fls. 1567, o Autor
reiterou o pedido de expedição de ofício ao Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e
o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Social para informar a esse Juízo se foi
expedida autorização de financiamento destinado ao Município de Caieiras para realizar o
Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais
Básicos – PMAT, em razão de não ter havido qualquer implementação do referido
programa na Prefeitura do Município de Caieiras, além de a simples alegação de
protocolo de documentos não conferem validade a execução do contrato
impugnado
A inexistir qualquer execução efetiva do PMAT
contratado no valor de R$1.576.875,00 (um milhão, quinhentos e setenta e seis mil,
oitocentos e setenta e cinco reais), salta aos olhos a ocorrência de dano ao erário. No
caso, os documentos juntados pelo Autor restaram inimpugnados. Também, desincumbiu
de apresentar os dispêndios:
ESTORNO contábil e as datas de pagamentos efetivados por Samuel Barbieri Pimentel da
Silva e Andréa Figeueira Barreto Vilas Boas das Notas Fiscais emitidas pela FIA, conforme
segue:
2021:

2020:
2019:
fls. 1610

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fls. 1611

Por fim, rejeito as pretensões contra os réus que alegaram atuação limitada a suas funções
legais, porquanto não há nos autos elementos que vinculem suas condutas pessoais a

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qualquer irregularidade ou lesividade

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De igual forma, as relações dos agentes públicos réus
precedentes e no curso da dispensa de licitação e da prorrogação foram mitigadas pela
nobre Magistrada sentenciante, embora exaustivamente apresentada nos autos. A
exemplo, o Secretário de Assuntos Jurídicos era consultor jurídico e palestrante da
contratada.

De fato, na função de Secretário da Fazenda, Samuel Barbieri


promoveu desvio de recursos públicos1 em favor da FIA dolosamente a se prevalecer da
ascendência hierárquica administrativa no instante em que apresentou as aludidas Notas
Fiscais aos servidores subalternos, e também a outros fornecedores com quem mantém
relações de interesse financeiro.

1 Agravo de Instrumento nº 2292656-60.2020.8.26.0000: A contratação foi manejada por meio do Processo


Administrativo nº 5104/2019, em que o Dr. Samuel assina a requisição de compra (P.2), assina o Termo de
Referência (p. 15), assina a disponibilidade financeira (p. 105), assina a autorização de compra (p. 107/108), assina
o Parecer Jurídico de dispensa de licitação e assina o CONTRATO no valor de R$1.576.875,00 (um milhão,
quinhentos e setenta e seis mil, oitocentos e setenta e cinco reais) eivados de nulidade, em razão da incompetência
funcional para contratar em nome do Município de Caieiras. De fato, o Decreto nº 8029/2019 não autoriza o
Secretário a assinar contratos, mas, sim, atuar como Gestor, que deve acompanhar a execução contratual e proceder
pagamentos em ordem de eventual ratificação. Desse modo, o Dr. Samuel tomou para si, exclusiva e ilegalmente, a
formalização de contrato oneroso.” (fls. 1/5 daqueles autos)
fls. 1612

Nesse grupo, EDGAR HUALKER DA SILVA DIAS agiu


em conluio com Samuel Barbieri Pimentel da Silva, primeiro como Consultor da FIA

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e integrante do corpo da entidade para articular tal dispensa de licitação. Nesse conluio,

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criaram documentos artificiais (pareceres, termo de referência, declaração de
disponibilidade financeira, estimativa de custo etc, a fim de dar falsa aparência de
regularidade de malsinada aquisição de serviços de consultoria e, consequentemente,
encobrir o propósito ilícito), com o fim de prejudicar direito, criar obrigação e alterar a
verdade sobre fato juridicamente relevante, ao se prevalecerem do cargo ou função
pública que respectivamente tinham e exerciam e vieram a exercer.

LIGAÇÃO COM ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA E VENDA DE SENTENÇA:

Fls. 1562/1567:
“Em 19/02/2024, foi instaurado Inquérito Policial
nº 0002895-94.2024.8.26.000 em corolário ao Pedido de Providências oriunda da
Corregedoria Nacional de Justiça – CNJ, autos nº 0000539-53.2024.00.0000, e Inquérito
STF nº 4.972 DF, de relatoria do Ministro Alexandre de Moraes, que guardam relação com
o objeto da presente Ação Popular e o processo de nº 1003622-77.2022.8.26.0106, que
trata de Ação de Cobrança promovida pela FIA – Fundação Instituto de Administração
contra o Município de Caieiras

De início, houve ajuizamento de TUTELA ANTECIPADA


ANTECEDENTE, processo nº 2033246-21.2021.8.26.0000, em face de PETER
ECKSCHMIEDT, GILMAR SOARES VICENTE, EDUARDO DE OLIVEIRA
TAGLIAFERRO SAMUEL BARBIERI PIMENTEL DA SILVA, e EDGAR HUALKER DA
SILVA DIAS, porquanto, por meio de tráfico de influência e em benefício de EDUARDO
DE OLIVEIRA TAGLIAFERRO, o Magistrado exigiu do prefeito de Caieiras, Gilmar
Vicente, a intromissão deste beneficiário, para proceder “auditoria” nas finanças da
municipalidade, sem contrato ou investidura em cargo público, a promover vazamento de
informações sensíveis da Prefeitura do Município de Caieiras.

Nesse feito, também é noticiado que o juiz PETER


ECKSCHMIEDT tem íntima relação com Eduardo Tagliaferro, inclusive por meio de
nomeações deste como perito). O Magistrado ainda se associou a Edgar Dias e Samuel
Barbieri. Em relação aos dois primeiros sócios, também há outros atos ímprobos aduzidos
em ação correlata aos fatos da presente ação popular, em que consta:

“Em igual esquema de tráfico de influência, o magistrado réu exigiu do


prefeito de Caieiras, réu Gilmar Vicente, a nomeação do 5º réu, Samuel
da Silva para o cargo de Diretor de Compras. O interesse do juiz na
nomeação efetivada consiste na formação de grupo de interesse
comercial com a prefeitura de Caieiras, a que o 5º réu tem gestão nas
licitações e contratos da municipalidade. Além dessa imoralidade
fls. 1613

pactuada com o segundo e terceiro réus, o Dr. Samuel é réu em duas


Ações Cíveis Públicas, acusado de atos de improbidade administrativa. A
nomeação do 6º réu, Edgar Dias, no cargo de Procurador do Município
com denominação de Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos também

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está eivada de nulidade não só porque patrocina causa contra o Município
de Caieiras, conforme indicado acima (proc. 1002391-83.2020.8.26.0106),
mas, também, por ser filho do7º réu, Mauro Dias, nomeado para o cargo
de Chefe de Gabinete, que tem status de Secretário Municipal (Lei
Municipal nº 5038/2019). Além disso, Edgar Dias tem parceria com o
reú Samuel Silva (cópia depetição anexa, fls. 50/53: “5 – A única
vinculação do Réu Samuel Barbieri com a FIA naquela ação em
curso na 1ª Vara, que pode suscitar quebra de segredo de justiça, é a
ligação dele com o advogado Dr. Edgar Hualker S. Dias”) na proteção
dos interesses financeiros da FIA – Fundação Instituto de
Administração, especialmente em relação à dispensa de licitação,
processo nº5104/2019, no valor de R$1.576.875,00 (um milhão,
quinhentos e setenta e seis mil, oitocentos e setenta e cinco reais).”

INDUÇÃO A ERRO DO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU: 16/01/23 autos nº 1003622-77.2022.8.26.0106

O tráfico de influência relatado resultou na


continuação de atos dolosos, porquanto, a teor da manifestação de 16 de janeiro de
2023 nos autos nº 1003622-77.2022.8.26.0106, e, apesar de ajuizamento de Ação Cível
Pública por improbidade administrativa e nesta Ação Popular (1000883-
97.2023.8.26.0106) por ato lesivo ao patrimônio em curso, o Rafael Botta reconheceu
ilicitamente o direito da autora de receber o valor de R$ 726.363,43 (fls. 01/18). Conforme
consta ainda nos autos nº 1002621-28.2020.8.26.0106 (Ação Civel Pública), PETER
ECKSCHMIEDT e SAMUEL BARBIERI PIMENTEL DA SILVA articularam a extinção da
ACP com a seguinte estratégia:

1 – O Réu Samuel Barbieri, em causa própria, compareceu


“espontaneamente” nos autos da Ação Cível Pública em trâmite, EM
SEGREDO DE JUSTIÇA, perante a 1ª Vara Cível, processo nº 1002591-
90.2020.8.26.0106, com pedido de conexão, nos seguintes termos:

“Está em curso na 2ª Vara Cível deste Foro e Comarca de Caieiras a


Ação Civil Pública de n.º 1002621- 28.2020.8.26.0106 onde são comuns
os pedidos e as causas de pedir, ....”
1002591-90.2020.8.26.0106:
Petição Juntada Nº Protocolo: WCAI.20.70029039-7 Tipo da Petição:
Petições Diversa
fls. 1614

Diante deste pedido, o MM. Juiz da 1ª Vara, de forma instantânea, deferiu


o pedido de conexão, sem que, em qualquer das ações, as citações
tivessem sido efetivadas ou existisse condição mínima de conectividade:
Proferido Despacho

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Vistos. Fls. 83/84: Assiste razão ao requerido. Em sua emenda à inicial, o
autor utiliza como fundamento da improbidade deste feito os pagamentos
questionados na ação n. 1002621-28.2020.8.26.0106, da 2a Vara local.
Como esta ação é conexa e foi distribuída em primeiro lugar, determino a
reunião das duas ações para julgamento conjunto. Redistribua-se a ação
da segunda vara local mencionada a fls. 47 e apense-se a este feito,
tornando conclusos após.

Nessa estratégia, o intuito dessa manobra redundou no


reconhecimento ilícito de direito da inadimplente de receber o valor de R$ 726.363,43
(setecentos e vinte e seis mil, trezentos e sessenta e três reais e quarenta e três
centavos).

LIGAÇÃO COM O CRIME ORGANIZADO: PCC – Primeiro Comando da Capital


De igual perspectiva de malfeitos desse grupo, há
notícia de crime com o fim de perquirir vínculos sobre fato investigativo de municípios
terem pactuado contratos com Vagner Borges Dias ME - CNPJ 09.635.153/0001-80,
MOVA Empreendimentos Comercial e Serviços EIRELI - CNPJ 20.323.784/0001-04, CJM
Soluções LTDA - CNPJ 24.614.395/0001-80, CENTERMIX Comércio e Serviços EIRELI -
CNPJ 17.200.168/0001-43, JAVA Comercial e Serviços EIRELI - CNPJ 20.489.478/0001-
34, D.X. do Brasil Serviços LTDA - CNPJ 32.233.044/0001-58, INOVA Gerenciamento e
Construção LTDA- CNPJ 12.081.623/0001-15, LATRELL Brito Apoio e Serviços LTDA -
CNPJ 41.139.475/0001-40 e VAGNER BORGES DIAS - CPF 284.818.938-03.
fls. 1615

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Nessa perquirição, as investigações apontam indícios
para existência de esquema com MOVA Empreendimentos Comercial e Serviços EIRELI,
Vagner Borges Dias ME e a Câmara Municipal/Prefeitura de Caieiras desde 2018 De
fato, MOVA Empreendimentos Comercial e Serviços EIRELI subempreitou os serviços
contratados pela Câmara Municipal de Caieiras, para Viva Verde Comércio e
Paisagismo Ltda, conforme se extrai dos autos nº 1002652-45.2024.8.26.0191. Nesse
procedimento, é colacionado diálogos sinistros de servidor da Câmara em pleno gozo de
férias e horário noturno com funcionários da subempreitada, conforme o seguinte print:
fls. 1616

VAZAMENTO DE DADOS E INFORMAÇÕES:

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No mesmo procedimento, 2033246-21.2021.8.26.0000,
há notícia de manifesta ilegalidade dos atos perpetrados mediante utilização dos próprios
municipais, recursos materiais (equipamentos, insumos administrativos), labor de
funcionários públicos e outros, para permitir acesso indevido a todo tipo de informação e
conteúdo de procedimentos, inclusive acesso a saldos bancários, movimentação
financeira, dados protegidos por senha e interesses reservados da municipalidade por
sigilo fiscal, a desafiar a responsabilidade sobre a segurança de informação.

A inicial contextualiza que o vazamento de dados a


terceiros com fim escuso por si próprio é um dano material irreversível em desfavor da
administração pública, em razão de ser degradação a imagem e reputação de indivíduos,
com potencial de danos irreparáveis, tais como ações de danos morais, perda de
confiança e de credibilidade em relação, também, às instituições privadas, especialmente
dentro do contexto dos avançados algoritmos de extração — data mining — e análise
massiva de dados e de metadados— big data”.

Eduardo Tagliaferro, sob os auspícios de Peter, Gilmar, Edgar


e Samuel, acessam dados massivos de ente federativo, para uso sem limites. Associado
à impessoalidade (art. 37, caput, da CF 88), o princípio da finalidade é basilar para a
Administração Pública, a qual deve sempre visar atingir o objetivo fixado em lei.

De igual sorte, no Agravo de Instrumento nº 2292656-


60.2020.8.26.0000: A contratação foi manejada por meio do Processo Administrativo nº
5104/2019, em que o Dr. Samuel assina a requisição de compra (P.2), assina o Termo de
Referência (p. 15), assina a disponibilidade financeira (p. 105), assina a autorização de
compra (p. 107/108), assina o Parecer Jurídico de dispensa de licitação e assina o
CONTRATO no valor de R$1.576.875,00 (um milhão, quinhentos e setenta e seis mil,
oitocentos e setenta e cinco reais) eivados de nulidade, em razão da incompetência
funcional para contratar em nome do Município de Caieiras. De fato, o Decreto nº
8029/2019 não autoriza o Secretário a assinar contratos, mas, sim, atuar como Gestor,
que deve acompanhar a execução contratual e proceder pagamentos em ordem de
eventual ratificação. Desse modo, o Dr. Samuel tomou para si, exclusiva e ilegalmente, a
formalização de contrato oneroso.” (fls. 1/5 daqueles autos).

Em suma, há novos fatos relevantes sobre atos dolosos


continuados, em que os réus manipularam processos judiciais para favorecerem
interesses privados em prejuízo ao Erário, promovem vazamento de informações
privilegiadas, além de se infiltrarem em organização criminosa.
fls. 1617

Isto posto, requer seja dada nova vista ao douto


representante do Ministério Público, para conhecimento dos fatos e providências
necessárias no desempenho do custos legis, bem como reitera o pedido de expedição de

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por THIAGO DE SIQUEIRA COSCIA, protocolado em 12/01/2025 às 09:32 , sob o número WCAI25700006006 .
ofício ao Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e o BNDES – Banco Nacional de
Desenvolvimento Social para informar a esse Juízo se foi expedida autorização de
financiamento destinado ao Município de Caieiras para realizar o Programa de
Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos –
PMAT, em razão de não ter havido qualquer implementação do referido programa na
Prefeitura do Município de Caieiras, além de a simples alegação de protocolo de
documentos não conferem validade a execução do contrato impugnado.”

Corregedoria-Geral de Justiça do E. Tribunal de Justiça de São Paulo:

Os fatos acima narrados e noticiados na petição de fls.


1562/1567 dos presentes autos também são objeto do RD nº 0000851.73-
24.0.00.0826 da Corregedoria-Geral de Justiça do E. Tribunal de Justiça de São Paulo.

CERCEAMENTO DE DEFESA:
O julgamento antecipado da lide afrontou também os
princípios do contraditório e da ampla defesa, bem como do devido processo legal, nos
termos do art. 5º, incisos LIV e LV, da CF/88.

Nesse quadro, a nobre magistrada de Primeira Instância omite


a conjunção de fatos que favoreceram o direcionamento da dispensa de licitação, em
especial todos os atos ilícitos evidenciados, sobre o que o pedido de de expedição de
ofício ao Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e o BNDES – Banco Nacional de
Desenvolvimento Social para informar a esse Juízo se foi expedida autorização de
financiamento destinado ao Município de Caieiras para realizar o Programa de
Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos –
PMAT, em razão de não ter havido qualquer implementação do referido programa na
Prefeitura do Município de Caieiras, além de a simples alegação de protocolo de
documentos não conferem validade a execução do contrato impugnado sequer foi
apreciado.
Indene de dúvidas a montagem fraudulenta de
processos administrativos para direcionamento da dispensa, ilegalidade nos termos
contratuais e a lesividade comprovada por contratação direcionada, conforme
determinados os atos ilegais e lesivos de cada réu, é caso para que seja a presente
Ação Cidadã julgada inteiramente PROCEDENTE para ANULAR a dispensa de
licitação, processo nº do contrato nº 219/2019 e Termo de Prorrogação nº 067/2020, bem
como para condenar os Réus a restituírem aos cofres públicos o valor de R$961.894,05
(novecentos e sessenta e um mil, oitocentos e noventa e quatro reais e cinco centavos),
devidamente corrigidos a partir do desembolso.
fls. 1618

Isto posto, espera o Apelante seja o presente recurso


conhecido e provido para julgar inteiramente procedente a demanda, em prestígio

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000883-97.2023.8.26.0106 e código xb08Z0Yc.
ao devido processo legal, ou, alternativamente anular a sentença para promoção da

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por THIAGO DE SIQUEIRA COSCIA, protocolado em 12/01/2025 às 09:32 , sob o número WCAI25700006006 .
dilação probatória requerida.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Caieiras, 11 de janeiro de 2025.

THIAGO DE SIQUEIRA COSCIA,


OAB/SP nº 262.169

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