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Exame Físico Ortopédico

O documento fornece um roteiro detalhado para a realização de exames físicos ortopédicos das colunas cervical, torácica e lombar, além dos membros superiores, cotovelo, punho e mão. Inclui etapas de inspeção, palpação, avaliação neurológica e testes específicos para cada região, visando identificar condições como radiculopatias, epicondilites e lesões musculares. O exame é estruturado em etapas sistemáticas para garantir uma avaliação abrangente e precisa do paciente.

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Exame Físico Ortopédico

O documento fornece um roteiro detalhado para a realização de exames físicos ortopédicos das colunas cervical, torácica e lombar, além dos membros superiores, cotovelo, punho e mão. Inclui etapas de inspeção, palpação, avaliação neurológica e testes específicos para cada região, visando identificar condições como radiculopatias, epicondilites e lesões musculares. O exame é estruturado em etapas sistemáticas para garantir uma avaliação abrangente e precisa do paciente.

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Exame Físico Ortopédico da Coluna Vertebral

Roteiro Exame Físico da Coluna Cervical

1) Cumprimentar e se apresentar ao paciente;


2) Solicitar ao paciente para tirar a camisa;
3) Inspeção:
• Estática:
▪ Torcicolo (redutível ou não), altura implantação
cabelos;
▪ Tumores na fossa clavicular (Pancost);
▪ Assimetria músculos membro superior;
▪ Cicatrizes de cirurgias prévias;
• Inspeção dinâmica (ADM): flexoextensão 130º; rotações
80º (bilateral), inclinações laterais 45º (bilateral);

4) Palpação:
• Posterior: trapézio, espinhosos (C2 e C7 proeminentes), ligamento nucal posterior;
• Trígono anterior (ECM, mandíbula e incisura do esterno); hioide C3, cartilagem
tiroidiana C4/C5, primeiro anel cricoide e tubérculo carotídeo C6;

5) Neurológico
• C5: sens = face lateral do braço; motor = flexores do cotovelo/deltoide, reflexo = bicipital;
• C6: sens. = face lateral do AB + 1º e 2º QD; motor = bíceps, ERLC e ERCC; reflexo =
braquioradial;
• C7: sens. = 3º QD; motor = tríceps + flexores do punho + extensão dos dedos; reflexo =
tricipital;
• C8: sens. = 4º e 5º QD + medial do antebraço; motor = interósseos + flexores dos dedos;
• T1: sens. = face medial do cotovelo; motor = interósseos, abdutor do 5º QD;
6) Testes específicos:
• Spurling: compressão axial e inclinação lateral piora
radiculopatia;
• Distração ou Spurling reverso: alivia a dor da
compressão radicular.

Roteiro Exame Físico da Coluna Torácica

1) Cumprimentar e se apresentar ao paciente;


2) Solicitar ao paciente para se despir e tirar os sapatos;
3) Inspeção:
• De frente: presença dos músculos peitorais, pectus
escavatus e carinatus, simetria de expansão do
tórax;
• Lateral: curvas fisiológicas (lordose cervical, cifose torácica e lordose
lombar);
▪ Teste de Adams: angulação da cifose;

• De costas: altura dos ombros, triângulo do talhe, tufos de


pelos e neurofibromas, manchas de pele, cicatrizes;
▪ Linha de prumo do espinhoso de C7 até sulco
interglúteo;
▪ Alinhamento das cristas ilíacas (diferencial com
dismetria de membros);
▪ Teste da inclinação anterior (Adams), Encurtamento
ITT;

• ADM:
▪ Flexão, extensão e inclinações laterais – 45º;
▪ Rotações laterais (sentado + pelve fixa) - 50º;
• Teste para músculo serrátil anterior: paciente em pé e de costas + empurrar a parede,
+ se a escápula se afasta do gradio costal → escápula alada;

4) Palpação:
• Palpação romboides, escápula, pontos de dor, assimetria músculos;
• Palpação todos os processos espinhosos;
• Espinha da escápula = T3;
• Ângulo inferior escápula = T7;

5) Neurológico:
• T4 – mamilos;
• T7 – xifoide;
• T10 – umbigo;
• T12 – virilha.
Roteiro Exame Físico da Coluna Lombar

1) Cumprimentar e se apresentar ao paciente;


2) Solicitar ao paciente para se despir e tirar os sapatos;
3) Inspeção:
• De frente: proeminência abdominal, desvios laterais;
• Lateral: curvas fisiológicas (lordose cervical, cifose torácica e lordose lombar);
• De costas: altura dos ombros, triângulo do talhe, escápula alada, tufos de pelos e
neurofibromas, manchas de pele, cicatrize;
▪ Linha de prumo do espinhoso de C7 até sulco interglúteo;
▪ Alinhamento das cristas ilíacas – diferencial com dismetria de membros;
• ADM: flexão 40-60º, extensão 20-35º,
inclinação lat. 15-20º, rotação 3-18º;
• Dor à extensão: espondilolisteses
(jovens), dor facetária (idosos);
• Inclinação lateral pode ser igual ao
Spurling;
• Ainda de costas, em pé: encurtamento
IITT (palpar tensão nos mm);
4) Palpação:
• Processos espinhosos, m. paravertebral, n. ciático;
• Cristas ilíacas (altura de L4-L5); EIPS S2;
5) Neurológico:
• L2: motor = extensão do quadril; sens =
anteroproximal da coxa;
• L3: motor = flexão quadril/extensão joelho;
sens = anterodistal/medial da coxa e joelho;
• L4: motor = extensão de quadril/joelho e
extensão tnz (TA); sens = anteromedial
perna/ medial do pé; reflexo patelar;
• L5: motor = flexão joelho e extensão 1º PD
(ELH); sens = lateral perna/ dorso do pé;
• S1: motor = tríceps sural e fibulares; sens =
lateral/plantar do pé; reflexo aquileo;

6) Testes especiais:
• Lasegue: elevação do MI em extensão → dor ciática: 30 a 70º;
• Kernig: quadril e joelhos fletidos + extensão joelho → + se dor;
• Nachlas: DVH, extensão do quadril com joelho fletido, testa N
femoral, L2-L3.
Exame Físico Ortopédico Membro Superior

Roteiro Exame Físico do Ombro

1) Cumprimentar e se apresentar ao paciente;


2) Solicitar ao paciente para despir os MMSS;
3) Inspeção:
• Estática: atitude do MS em relação ao tronco, contraturas, cicatrizes, hipotrofias,
discrepâncias. Avaliar deformidades da coluna cervical → efeito direto sobre MMSS;
▪ Avaliar deformidades ósseas: clavícula (calo ou fratura), articulação AC, acrômio
(Sinal da dragona), escápula (assimetrias; alada - n.
torácico longo; lesão do trapézio ou n. espinhal acessório -
escápula roda medialmente);

▪ Trofismo muscular – deltoide, supraespinhoso e infraespinho;


• Dinâmica (na posição anatômica):
▪ Flexão (plano sagital): 0 a 180º;
▪ Extensão (plano sagital): 0 a 60º;
▪ Elevação (plano da escápula): 0 a 180º;
▪ Abdução (plano coronal): 0 a 90º;
▪ Adução: 0 a 75º (feito com flexão de 30º);
▪ Rotação Externa (cotovelo fletido 90º): 0 a 75/90º;
▪ Rotação Interna: T7 (L1-T12);
▪ Ritmo escapulo-torácico e escapulo-umeral;

4) Palpação (Antero-Medial → Lateral → Póstero-Medial):


• Art. esternoclavicular, clavícula;
• Art. acrômio-clavicular (sinal da Tecla);
• Coracoide, deltoide, tubérculo maior;
• Acrômio, supra, infra, redondo menor;
• Escápula e musculatura periescapular.
5) Testes de Impacto:
• Neer:
▪ Elevação passiva no plano da escápula, potencializado com RI;
▪ Positivo: se doloroso entre 70º e 120º (Bursite, Capsulite, OA, Tend Calcárea);
▪ Projeção da cabeça umeral contra a face anteroinferior do acrômio;

6) Testes de Manguito Rotador (Contra resistência!):


• Supraespinhoso:
▪ Teste do supraespinhoso: rotação neutra + elevação ativa no plano da escápula, é
+ se dor ou perda de força → Tendinite ou rupturas
▪ Teste de Jobe: rotação interna + elevação ativa no plano da escápula;
• Infraespinhoso/ Rotação externa:
▪ Teste do Infraespinhoso: MS ao lado tórax com cotovelo em 90º de flexão, RE
contra resistência;
• Subescapular:
▪ Teste do de Gerber: dorso da mão nas costas, afastar mão de L5 ativamente, + se
sustentar posição passiva
• Cabo Longo do Bíceps:
▪ Teste de Yergason: “Sinal da supinação”
➢ Cotovelo a 90º, antebraço em pronação → supinação contra
resistência → Dor no sulco bicipital → inflamação do CLB

Roteiro Exame Físico do Cotovelo

1) Cumprimentar e se apresentar ao paciente;


2) Solicitar ao paciente para despir os MMSS;
3) Inspeção:
• Estática: observar região anterior, posterior, medial e lateral;
▪ Alterações pele e fâneros: cicatrizes, manchas;
▪ Aumentos de volume, trofismo muscular, sinais inflamatórios articulares;
▪ Ângulo de carregamento:
➢ Cotovelo em extensão + Supinação;
➢ Ângulo entre Úmero e Antebraço;
➢ Normal: 10º (homem) e 13º (mulher) em valgo;

• Dinâmica (na posição anatômica):


▪ Flexão: 0 a 140º;
▪ Extensão: 0 a 5º;
▪ Supinação: 80º;
▪ Pronação: 75º;
▪ Arco funcional: 30º a 130º de flexão, 50º-0º-50º de pronação
e supinação;

4) Palpação (Medial → Anterior → Lateral → Posterior):


• Medial: n. ulnar, ep. medial, ligamento colateral medial;

• Anterior: fossa cubital, arterial braquial, tendão do bíceps;


• Lateral: epicôndilo lateral, origem da musculatura extensora, cabeça do rádio;

• Posterior: olécrano, bursa → relação entre epicôndilos e o olécrano forma um triângulo


equilátero em flexão e uma linha em extensão;

5) Testes de Epicondilite:
• Epicondilite Lateral (ERCC) (“cotovelo do tenista”):
▪ Cozen:
➢ Cotovelo em 90º de flexão + antebraço em pronação → extensão ativa do
punho contra resistência → + se dor em epicôndilo lateral;
▪ Mill:
➢ (PROF) Cotovelo extensão + punho fletido + mão cerrada;
➢ (LIVRO) Cotovelo em 90º de flexão + antebraço em pronação → O
examinador então forçará o punho em flexão e o paciente é orientado para
resistir ao movimento → + se dor;

• Epicondilite Medial (“cotovelo do golfista”):


▪ Cotovelo flexão 90º + AB supinado + punho
em extensão com mão aberta → extensão
cotovelo mantendo punho em extensão ou
flexão do punho contra resistência → + se
dor no epicôndilo medial;
6) Testes para ruptura distal do bíceps:
• Hook test - Teste do gancho:
▪ Cotovelo em 90º de flexão + AB em supinação ativa →
palpa-se com o dedo de lateral para medial.

7) Avaliação da estabilidade ligamentar do cotovelo:


• Estresse me varo;
• Estresse em valgo;
Roteiro Exame Físico do Punho e da Mão

1) Cumprimentar e se apresentar ao paciente;


2) Solicitar ao paciente para despir os MMSS;
3) Inspeção:
• Estática:
▪ Paciente sentado com o cotovelo apoiado na mesa de exame;
▪ Sempre comparativo, perguntar se o paciente é destro ou canhoto;
▪ Avaliar pregas palmares: distal, média e proximal (na mão dominante são mais
profundas e com hipertrofia muscular intrínseca);
▪ Pele: escoriações, abrasões, pelos, cor (infecção), pregas cutâneas;
▪ Unha: doenças sistêmicas, infecções fungos ou bactérias;
▪ Saliências e depressões: fraturas, atrofias musculares;
▪ Atitude dos dedos: lesão tendínea;
▪ Deformidades (trauma) ou malformações;
▪ Cicatrizes, retrações, calosidades, Dupuytren;
▪ Aumento de volume: edema, sinovite, tumoração;
▪ Tumores: cistos sinoviais, encondroma;
▪ Deformidades que acometem os dedos → dedo em: martelo, botoeira, pescoço de
cisne;

• Dinâmica (na posição anatômica):


▪ Citar sinergismo → flete punho estende dedos; estende punho flete dedos;
▪ Punho:
➢ Flexão (radiocárpica): 70 a 80º;
➢ Extensão (mediocárpica) 60 a 70º;
➢ Desvio ulnar (adução): 45º, desvio radial (abdução): 15º;
➢ Pronação - Supinação: 80-0-90º;
▪ MTC-F: extensão 30º; flexão 100º; adução 20º; abdução 30º;
▪ IFP: extensão 0º; flexão 100º;
▪ IFD: Extensão 15º; Flexão 90º;
▪ Polegar:
➢ Carpo-MTC: extensão 20º; flexão 20º; adução 50º; abdução
20º; RI 40º; RE 20º;
➢ MF: flexão 50º, extensão 0º;
➢ IF: flexão 90º, extensão 15º;

4) Palpação (Lateral → Anterior → Medial → Posterior):


• Localizar os pontos específicos de dor;
• Lateral: tubérculo de Lister, tabaqueira anatômica (entre eles, palpa o escafóide e o
trapézio), estilóide do rádio;
• Palmar: polias (nódulos – gatilho), aponeurose palmar,
trofismo tenar e hipotenar, hâmulo do hamato e
pisiforme;

• Dorsal e medial: estiloide da ulna e fibrocartilagem triangular,


piramidal, semilunar (metacarpos e falanges);

• Nódulos: Bouchart (IFP), Heberden (IFD) → osteoartrite;


5) Exame Neurológico (motor e sensibilidade):
• N. mediano: palmar e falanges distais do 1º, 2º e 3º QD e
palmar radial da mão;
▪ Motor → flex profundo do 1º, 2º e 3º QD;
• N. ulnar: Palmar e dorsal do 4º e 5º QD e lado ulnar da
mão;
▪ Motor → abdução e adução dos dedos;
• N. radial: dorsal menos falanges distais do 1º,2º e 3º QD e
dorso radial da mão;
▪ Motor → extensão do punho e polegar.

6) Testes para De Quervain:


• Teste de Finkelstein: polegar aduzido e fletido na palma da mão, faz-se um desvio ulnar
do punho;

7) Testes para Síndrome da Túnel do Carpo:


• Teste de Phalen: 1 min com os punhos em flexão forçada (parestesia na região do
mediano);
• Teste de Tinel: percussão do nervo (+ se choque irradiando);
• Teste de Durkan: mais específico → flete levemente o punho e comprime o n. mediano
por 30 segundos → + se sintomas.
Exame Físico Ortopédico dos Membros Inferiores

Roteiro Exame Físico do Quadril

1) Cumprimentar e se apresentar ao paciente;


2) Solicitar ao paciente para despir os MMII;
• Exame começa quando paciente entra na sala, avaliando marcha (claudicação);
• Exame em pé, sentado e deitado;
• Pontos de dor: região inguinal (doenças intra-articulares), face lateral do quadril (doenças
extra-articulares → síndrome da dor peritrocantérica), região posterior do quadril (DD
doenças da coluna, síndrome da dor glútea profunda, ex.: síndrome do músculo
piriforme);
3) Inspeção:
• Estática: desvios posturais, contraturas, cicatrizes, hipotrofias,
discrepâncias, aumento de RI (anteversão), aumento de RE
(retroversão);
▪ Avaliar comprimento de membros no caso de discrepância
(Aparente Umbigo → maléolo medial, Real EIAS → Maléolo
medial);
▪ Sinal do C: pensar em doenças intra-articulares → dor
interior profunda e mal definida na região do quadril →
paciente com a mão espalmada sobre a articulação e seu
polegar voltado posteriormente, em forma de “C”;
• Dinâmica: ADM quadril (estabilizar pelve)
▪ Arco de movimento em decúbito dorsal: flexão 120º,
extensão 30º, RI 40º, RE 50º, abdução 50º, adução 30º;
▪ Sinal de Drehmann: paciente em decúbito dorsal → flexão
passiva do quadril afetado → RE do membro →
epifisiolistese da cabeça femoral, Legg-Calvé-
Perthes;
➢ diminuição ADM RI (Osteoartrose);
▪ Exame da marcha: observar a rotação do pé,
mobilidade pélvica nos planos coronal e
transversos, fase de balanço e comprimento do
passo → marcha de Trendelenburg; marcha
antálgica (diminuição da fase de apoio do lado acometido como autoproteção pela
dor);
4) Palpação (Medial → Anterior → Lateral → Posterior)
• Tubérculo púbico, adutores, reto abdominal, canal
inguinal, NAV, EIAS, sartório, reto femoral;
• Trocânter maior (Perthes, coxa vara), inserção
glúteo médio, bursas;
• Crista Ilíaca, EIPS, tuberosidade isquiática, nervo
ciático, rotadores externos;

5) Testes Contraturas Musculares:


• Teste de Thomas: flexão máxima do quadril bilateral, corrige
lordose → segura um e estende o avaliado → ângulo entre mesa
x coxa = flexo do músculo psoas;
6) Testes Especiais:
• Teste de Trendelenburg: apoio monopodálico no lado
examinado por 30 seg. → queda do quadril para o lado oposto, se fraqueza da musculatura
abdutora ipsilateral (glúteo médio);
• Teste de Fabere (Patrick): paciente em decúbito dorsal, membro contralateral em
extensão e o membro a ser examinado em posição de “4”, sobre a mesa, ou sobre o joelho
→ examinador apoia a mão sobre o joelho fletido e coloca a outra sobre o quadril oposto,
verificando o desencadeamento de dor → dor referida na virilha: doença no quadril
examinado; dor na região da sacroilíaca contralateral: avaliar essa articulação;
• Teste da rolagem (log roll): membro inferior em extensão + rotações externa e interna,
devendo ser realizada bilateralmente → avaliar frouxidão ligamentar, sinovite, efusão ou
doença intra-articular → dor à RI (Coxartrose);

Roteiro Exame Físico do Quadril Pediátrico

1) Cumprimentar e se apresentar ao paciente;


2) Solicitar para despir bebê, aquecer as mãos;
3) Inspeção (coluna, MMSS, deformidades, cervical, reflexos primitivos – ver se transtorno no
quadril não é paralítico ou neuromuscular);
• Estática: assimetria pregas glúteas e inguinais, comprimento MMII, cor, sinais flogísticos
(A.R.), mais velho (lordose excessiva, trocânter proeminente, geno valgo compensatório);
• Dinâmica: ADM quadril bebê, limitação RI → pensar Perthes, Sinal de Drehmann →
epifisiólise, (marcha, trendelenburg, claudicação...);
4) Palpação:
• Aumento de volume, nodulação;
5) Testes Especiais
• Barlow: quadril luxável (0-6m de idade);
• Ortolani: redução de quadril luxado (0-6m de idade);
• Galleazzi: assimetria joelhos ao fletir joelhos e quadris.

Roteiro Exame Físico do Joelho

1) Cumprimentar e se apresentar ao paciente;


2) Solicitar ao paciente para despir os MMII;
3) Como o paciente está em pé iremos iniciar avaliando a marcha:
• Marcha com geno valgo/varo;
• Flambagem: degenerativo (varo), ligamentar (rotacional);
• Marcha em rotação interna ou externa;

4) Inspeção:
• Estática (em pé):
▪ Alinhamento (varo/valgo, ante ou recurvato, posição da patela (estrabismo),
torção tibial;
▪ Ângulo Q: ângulo formado pela linha imaginária que conecta o centro da
patela à EIAS e a TAT → normal: até 20º;
▪ Trofismo muscular, derrame, edema, equimoses, cicatrizes, Osgood-
Schlatter;
• Estática/dinâmica (sentado):
▪ Ângulo Q, joelho em baioneta (ângulo aumentado, deformidade torcional,
desvio lateral da TAT);
▪ Avaliar excursão patelar: instabilidade femoropatelar (patela luxa
lateralmente ao fim da extensão), luxação habitual em flexão (desvio no
início do movimento), crepitações audíveis à flexo-extensão;
▪ ADM joelho (flexão de 135º / extensão 0-10º);
5) Palpação:
• Anterior: tendões (músculo quadríceps femoral: reto, vasto medial e lateral), patela,
ligamento da patela, TAT, espessamento ou edema da bolsa suprapatelar, teste cubo gelo
(derrame articular);
• Posterior: fossa poplítea (cistos de Baker: distensão da bolsa do músculo gastrocnêmio),
fabela, cabeças lateral e medial do gastrocnêmico;
• Medial: inserções tendíneas (pata de ganso: sartório, grácil, semitendíneo), côndilo e
epicôdilo medial do fêmur, ligamento colateral medial, tubérculo adutor;
• Lateral: côndilo e epicôndilo lateral do fêmur, ligamento colateral lateral, cabeça da
fíbula, tendão m. bíceps femoral;
6) Testes específicos
• Contraturas:
▪ Ângulo poplíteo: avaliar contratura em flexo;
• Patela:
▪ Sinal da Tecla: estendido → patela flutua: derrame articular;
▪ Teste da compressão patelar: joelho em extensão + compressão da patela +
contração do quadríceps → + se dor = condromalácia, artrose ou instabilidade
femoropatelar;
• Meniscos:
▪ Teste de Murray: decúbito dorsal + quadril em flexão de 90º e joelhos em flexão
máxima + examinador com a mão nas interlinhas + movimentos de rotação → dor
na RI = menisco lateral; dor na RE = menisco medial
▪ Teste de Appley: decúbito ventral + flexão do joelho com o quadril em extensão
→ 1º compressão axial + RI e RE, + se dor (RI = lateral, RE = medial) →
contraprova = 2º distração + RI e RE, + se alívio;

• Testes ligamentares:
▪ Teste de Lachman: decúbito dorsal + joelho em 30º de flexão → translação
anterior = lesão LCA; translação posterior = lesão LCP;
▪ Teste da gaveta anterior: decúbito dorsal + joelho em 90º de flexão + tração para
a frente → anteriorização da tíbia: lesão LCA → deve ser pesquisado nas três
rotações da perna (interna, neutra e externa);
▪ Teste da gaveta posterior: decúbito dorsal + joelho em 90º de flexão + tração para
trás → posteriorização da tíbia: lesão LCP;
Roteiro Exame Físico do Pé

1) Cumprimentar e se apresentar ao paciente;


2) Solicitar ao paciente para despir os MMII;
3) Enquanto se despe, observar calçado;
4) Inspeção:
• Paciente em pé:
▪ Alinhamento do MI, eixo da TAT coincidindo com 2º MTT;
▪ Valgo retropé/pé plano: sinal de Too Many Toes (insuficiência
do tibial posterior);
▪ Arco longitudinal medial (plano / cavo);
▪ Fórmula digital: pé egípcio, grego ou quadrado;
▪ Hálux e pequenos dedos: martelo, garra, taco de golfe;

▪ Marcha:
➢ Padrão da marcha, contato do pé com o solo, amplitude;
➢ Ponta dos pés: varização fisiológica;
• Paciente deitado ou sentado:
▪ Testar ADM do tornozelo: flexão 45º, extensão 25º;
▪ Subtalar: inversão 20º, eversão 10º;
▪ Chopart: adução 20º, abdução 10º;
▪ Lisfrank: supinação 15º, pronação 25º;
▪ MTT-F: dorsiflexão 80º, Flexão 30º;
5) Neurológico:
• Sensibilidade:
▪ Borda medial: L4 → N. Safeno;
▪ Dorso: L5 → N. Fibular Superficial;
▪ Borda lateral: S1 → N. Sural;
▪ 1ª Comissura: S2 → N. Fibular profundo;
• Força Muscular: TA = L4, ELH = L5, TS = S1;
6) Palpação:
• Vascular: a. dorsal do pé (pulso pedioso), a. tibial posterior;
• Maléolos medial e lateral, ligamento
deltoide, ligamento talofibular anterior,
tendão aquileo, inserção do aquileo,
cabeças dos metatarsos na face plantar,
exostose do 1º e do 5º, base do 5º MTT,
artelhos;
7) Testes específicos:
• Ruptura do Aquiles:
▪ Teste de Thompson: DVH + flexão joelho + compressão da
panturrilha → + se não houver flexão plantar → lesão no tendão
de Aquiles;
• Hálux e pequenos dedos:
▪ Teste de Mulder: compressão mediolateral
antepé com uma mão enquanto a outra
comprime a face plantar do terceiro espaço
intermetatarsal → + se estalido e ou dor
(neuroma de Morton);
• Paciente em pé (com carga):
▪ Too Many Toes: visualização mais de 1 dedo = pé plano;
▪ Teste da ponta dos dedos: visualização variação do calcâneo, avaliar a integridade
dos tendões calcâneo e tibial posterior e a capacidade neuromuscular de se erguer
na ponta dos pés;
▪ Teste de Jack: paciente em ortostase bipodálica + hiperextensão passiva hálux →
refaz arco = pé plano flexível, não refaz arco + pé plano rígido.

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