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Expansão Territorial Brasileira

O documento aborda a expansão territorial brasileira durante o período colonial, destacando eventos como a União Ibérica e o bandeirantismo, que foram cruciais para a formação do mapa atual do Brasil. As ações expansionistas incluíram estratégias militares e religiosas, além da exploração de recursos como a pecuária e as Drogas do Sertão. Também são discutidos os tratados de limites entre Portugal e Espanha, que moldaram as fronteiras do Brasil ao longo do tempo.

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Expansão Territorial Brasileira

O documento aborda a expansão territorial brasileira durante o período colonial, destacando eventos como a União Ibérica e o bandeirantismo, que foram cruciais para a formação do mapa atual do Brasil. As ações expansionistas incluíram estratégias militares e religiosas, além da exploração de recursos como a pecuária e as Drogas do Sertão. Também são discutidos os tratados de limites entre Portugal e Espanha, que moldaram as fronteiras do Brasil ao longo do tempo.

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EXPANSÃO TERRITORIAL

BRASILEIRA
Durante o período colonial, uma série de acontecimentos foram responsáveis
pela expansão das barreiras territoriais impostas pelo Tratado de Tordesilhas (1494).
A União Ibérica, as guerras por poder na Europa – como por exemplo a Guerra de
Sucessão do Trono Espanhol -, a pecuária, as missões religiosas, o bandeirantismo,
as drogas do sertão, dentre outros pontos ajudam a constituir o mapa territorial
semelhante ao que conhecemos atualmente.

AÇÕES EXPANSIONISTAS

Iniciando o processo expansionista, a coroa portuguesa utilizou de estratégias


militares e religiosas, onde buscava-se repelir seus rivais e em seguida fundar um forte
para guarnecer a região. Posteriormente eram enviadas missões religiosas, que formaram
as conhecidas reduções, onde jesuítas catequizavam e utilizavam a mão de obra
indígena. A pecuária teve seu crescimento para o interior, pois a necessidade de pasto do
gado forçava o afastamento das regiões de lavouras açucareiras. Outro fato importante se
deu pelo crescimento do mercado interno, aumentando a necessidade da expansão da
cultura bovina no Brasil. É válido destacar que a mão de obra estabelecida na pecuária
era, em sua maioria, livre.
O bandeirantismo se constituiu, principalmente, a partir de São Vicente. Esta região
perde progressivamente seu protagonismo, sobretudo quando superada economicamente
pela produção açucareira de Pernambuco, começando a utilizar o tráfico indígena como
forma de rentabilidade econômica. O lugar chegou inclusive a ser apelidado de Porto dos
Escravos. Com as invasões holandesas, a necessidade por mão de obra indígena
cresceu abruptamente, porque com os entraves estabelecidos pelos holandeses ao
fornecimento de escravos africanos para várias regiões da costa brasileira, logo se faz
sentir a ausência de mão de obra, retomando-se, em consequência, o escravo indígena.
O bandeirantismo de caça aos índios ficou conhecido como bandeirantismo de
apresamento.
Estas ações se chocaram com os interesses da Igreja Católica no Brasil. Os
bandeirantes usavam o conceito de Guerra Justa para escravizar o indígena, porque a
escravidão do cativo seria um direito consuetudinário. O período da União Ibérica
(1580-1640) acelerou estes choques, já que a própria Coroa permitiu as ações
bandeirantes. Isto ocorreu devido a sua desconfiança pelo forte poder jesuíta.
Os bandeirantes foram os principais agressores das reduções jesuíticas,
aprisionando grupos de nativos. Além disto, conquistam terras na região dos atuais
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, incorporando-as ao Brasil.
Posteriormente, avançaram em muito o Rio Paraguai, levando-os ao confronto com
espanhóis no Peru. Em seguida, adentraram em jangadas pelo rio Madeira, penetrando o
rio Amazonas até o Pará. No entanto, os jesuítas conseguiram uma importante vitória
contra os bandeirantes no rio Uruguai em 1641, formando um exército indígena com
armas e táticas europeias.

Posteriormente, estes bandeirantes foram contratados para combater revoltas,


como fugas de escravos, formações de quilombos, Guerra dos Bárbaros ou Confederação
dos Cariris – de atuação indígena. O contrato estabelecia o combate em troca de terras, e
por esta razão este movimento recebeu o nome de sertanismo de contrato.
Outro tipo de ação bandeirante foi o bandeirantismo prospector ou de ouro e
lavagem, que eram movidos pelo interesse em encontrar ouro ou prata. As missões de
buscas por metais preciosos, que eram patrocinadas pela Coroa, ganhavam o nome de
entradas. Já aquelas que ocorriam pelos rios se chamavam monções.
A crise econômica promovida pela decadência do açúcar forçou a busca por novos
agentes econômicos. Sendo assim, dentro desta concepção, encontramos as Drogas do
Sertão. O extrativismo vegetal consistiu na exploração destes produtos, que temos como
exemplo cacau, guaraná, borracha, urucum, salsaparrilha, castanha-do-pará, gergelim,
noz-de-pixurim, baunilha, coco e outras. Por isso, a escravidão encontrou um terreno
desfavorável, pois indígenas tinham mais serventia pelo seu conhecimento territorial.
Por último, em 1680, Portugal conquistou a região da Colônia de Sacramento, que foi
instalada na margem esquerda do Rio da Prata. Navios ingleses praticavam contrabando
na região. Para evitar conflitos diretos com a Espanha, os ingleses utilizavam o intermédio
português, o que desencadeou no expansionismo luso para a região.

OS TRATADOS DE LIMITES
No Norte, Portugal enfrentava tensões de limitações territoriais com a França, pois
este país constantemente enviava agentes a navegarem no Rio Amazonas. No Sul, o
enfrentamento era com a Espanha, que não concordava com a presença portuguesa na
Colônia de Sacramento. Em 1681 era assinado o Tratado Provisional ou de Lisboa entre
Portugal e Espanha, pelo qual os espanhóis reconheciam as posições portuguesas no
Prata. Em 1687 os espanhóis procuram reforçar suas posições, fundando os Sete Povos
das Missões, nos quais haviam jesuítas espanhóis e índios guaranis, que serviam como
uma barreira humana aos portugueses.
Porém, a derrota franco-espanhola na Guerra de Sucessão do Trono Espanhol
possibilitou que portugueses estabelecessem vantagens territoriais na América. Com isso,
foi assinado o Primeiro Tratado de Utrecht (1713), no qual a França reconheceu o direito
exclusivo português de navegação no rio Amazonas e, em contrapartida, houve o
reconhecimento de Portugal nas Guianas (Caiena). Em seguida, houve o Segundo
Tratado de Utrecht (1715), onde a Espanha reconheceu, em definitivo, a Colônia de
Sacramento como portuguesa.
O Tratado de Madri (1750) foi formulado utilizando o conceito de UTI POSSIDETIS
– critério de ocupação efetiva -, onde Portugal reivindicou parte do território ao oeste do
Tratado de Tordesilhas. Com isso, a Espanha negociou o reconhecimento pela devolução
da Colônia de Sacramento aos espanhóis. A região de Sete Povos das Missões foi dada
para Portugal, porém a forte presença de indígenas guaranis armados e treinados com a
conveniência de jesuítas impossibilitaram a posse portuguesa através das famosas
Guerras Guaraníticas (1753 – 1756). Revoltado, em 1761, o ministro Marquês de Pombal
anulou o Tratado de Madri através do Tratado de El Pardo (voltando ao contexto dos
Tratados de Utrecht).
Um novo acordo foi estabelecido com o Tratado de Santo Ildefonso (1777),
ocorrendo a revalidação do Tratado de Madri. Entretanto, os espanhóis revalidaram a
posse sobre Sete Povos das Missões. Em troca, eles reconheceram a posse portuguesa
sobre a margem esquerda do Rio da Prata e devolveram a Ilha de Santa Catarina para
Portugal.
O Tratado de Badajóz (1801) forçou Portugal a aceitar um desvantajoso acordo,
que atingiu suas terras na Europa e na América. No continente europeu, os portugueses
reconheceram a posse espanhola pela região de Olivença
No continente americano cederam parte do Amapá para França e, posteriormente,
concederam em definitivo Sacramento para os espanhóis. Posteriormente, o avanço
gaúcho sobre Sete Povos das Missões permitiu que a região fosse incorporada
oficialmente pelos portugueses.

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