ESCOLA DE APLICAÇÃO PROFESSORA IVONITA ALVES GUERRA
EVA LUANA GOIS DA SILVA
IARA RODRIGUES DA SILVA
ILANA ROBERTA
MARIA CLARA AQUINO NUNES
MARIA ISABELLY OLIVEIRA DA SILVA
NATHALYA LYRA
PRISCILLA APARECIDA SOUZA DA COSTA
SOFIA XAVIER DE LIMA
KUDURO
Garanhuns
2024
O kuduro, que é um estilo musical e de dança originário de Luanda, Angola nos
anos 1990, tem suas raízes na periferia. Ele se destaca pela mistura enérgica de
batidas eletrônicas rápidas com ritmos tradicionais angolanos como a música do
carnaval. A dança enérgica do kuduro é acompanhada por um som acelerado e
frenético, caracterizada por movimentos intensos e acrobáticos nas pernas,
juntamente com uma postura rígida no quadril inspirada em filmes de ação.
Muitos jovens angolanos consideram esse estilo como mais do que apenas
música, é um verdadeiro modo de vida. Os dançarinos de kuduro se destacam pelo
seu visual extravagante, com roupas coloridas e acessórios chamativos como
brincos grandes, correntes vistosas, pulseiras chamativas e tênis estilosos. Além
disso, eles exibem cortes de cabelo exclusivos. Tony Amado criou a dança do
kuduro, que é uma expressão autêntica da cultura urbana angolana ao combinar
elementos tradicionais com modernos.
As letras das músicas de kuduro refletem o dia a dia dos moradores da periferia,
com temáticas que incluem amizade, festas e a realidade dos bairros mais carentes
de Luanda. Além disso, as danças trazem consigo uma alta dose de sensualidade.
Assim como ocorre no funk brasileiro, o kuduro também é comumente produzido em
estúdios caseiros e distribuído sem a necessidade de grandes gravadoras,
preservando assim sua autenticidade e vínculo com as comunidades locais.
O sucesso do kuduro se expandiu rapidamente para além de Angola, tornando-se
popular em diversos países africanos e também na Europa, sobretudo em Portugal.
Foi graças ao grupo Buraka Som Sistema que o kuduro ganhou destaque nas pistas
de dança europeias, tornando-se um fenômeno mundial.
No Brasil, o kuduro foi introduzido de maneira mais discreta, sobretudo em
Salvador, onde ocorrem festas voltadas para esse gênero musical que atraem uma
considerável comunidade de imigrantes africanos. A festa Socakuduro, promovida
pelo DJ Raiz, é uma oportunidade para os participantes se conectarem à sua cultura
africana através dos ritmos como semba e kizomba, mas o grande destaque fica por
conta do kuduro.
Hoje, o Kuduro continua a evoluir, mantendo sua essência vibrante e desafiadora.
Ele permanece como um símbolo de resistência, energia e inovação, capturando o
espírito de uma juventude que encontra no ritmo e na dança uma forma poderosa de
se expressar e de afirmar sua identidade no mundo.