Análise de Circuitos: Superposição e Transformações Estrela-Triângulo
Análise de Circuitos: Superposição e Transformações Estrela-Triângulo
Int rodução ao est udo de análise de circuit os elét ricos a part ir do Teorema da Superposição e princípio da linearidade, análise de circuit os ligados em
est rela ou t riângulo e suas t ransformações equivalent es.
PROPÓSITO
Compreender os conceit os fundament ais do princípio da linearidade de circuit os elét ricos, necessários para aplicação do Teorema da Superposição.
Analisar out ras formas de associação de element os para além dos modos em série e paralelo, por meio das ligações em est rela e t riângulo, bem como
suas t ransformações equivalent es.
PREPARAÇÃO
Ant es de iniciar est e cont eúdo, t enha à mão papel, canet a para anot ações e, se possível, uma calculadora cient ífica para facilit ar seus cálculos na
solução de equações dos circuit os elét ricos e t ransformações equivalent es para as ligações est rela e t riângulo.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Aplicar cálculos para solução de circuit os elét ricos at ravés do Teorema da Superposição
MÓDULO 2
Em nosso mat erial, unidades de medida e números são escrit os junt os (ex.: 25km). No ent ant o, o Inmet ro est abelece que deve exist ir um espaço
ent re o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relat órios t écnicos e demais mat eriais escrit os por você devem seguir o padrão int ernacional de
separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
A APLICAÇÃO DA LEI DE KIRCHHOFF DAS CORRENTES (LKC) E DA LEI DE KIRCHHOFF DAS TENSÕES
(LKT) PERMITE A SOLUÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS POR MANEIRAS MUITO SIMPLES, POR MEIO DA
ANÁLISE NODAL E ANÁLISE DE MALHAS, RESPECTIVAMENTE.
No ent ant o, se o circuit o for grande ou complexo, a aplicação dessas leis pode se t ornar muit o t rabalhosa, em virt ude da quant idade de cálculos e
equações necessárias para encont rar as variáveis t ensão e corrent e nos element os. Para lidar com o problema de solução de circuit os elét ricos
complexos, diversos t eoremas foram desenvolvidos para simplificar a análise.
Ent re os t eoremas mais ut ilizados, pode-se cit ar o Teorema de Thévenin, o Teorema de Nort on e o Teorema da Superposição, sendo esse o principal
t ema abordado nest e módulo.
É import ant e dest acar que os t eoremas de circuit os são válidos apenas para circuitos lineares e, por esse mot ivo, deve-se t er muit o claro o princípio
da linearidade em circuit os elét ricos.
PRINCÍPIO DA LINEARIDADE
O princípio da linearidade é uma relação mat emát ica de grande impact o em circuit os elét ricos em geral, int imament e relacionada com a
proporcionalidade e que pode ser represent ada graficament e por uma ret a.
VOCÊ SABIA
A linearidade é basicament e a propriedade de uma função ser compat ível com adição (adit ividade) e escalonament o (homogeneidade), t ambém chamado
de superposição.
Em um circuit o que obedece a propriedade de homogeneidade, se a ent rada, ou seja, a font e de aliment ação (excit ação) for mult iplicada por uma
const ant e, a sua saída, ou seja, a respost a à excit ação, deverá t ambém ser mult iplicada por essa mesma const ant e. Considerando a Lei de Ohm, que
relaciona a ent rada em corrent e para saída em t ensão no resist or:
v = Ri
(1)
Quando o valor dessa corrent e for aument ado “k vezes”, a t ensão sob o resist or t erá um aument o de “k vezes”, ou seja:
Kv = KiR
(2)
Uma função mat emát ica represent ada por uma linha ret a que passa pela origem possui a propriedade de proporcionalidade. Seja como exemplo, a função
f (x) = 2x
f (x) = y = 2x
Para o valor de
x = 2
, t em-se que
f (x) = 2 × 2 = 4
. Se o valor de
x
for dobrado, ou seja,
x = 4
, t em-se que
f (x) = 8
x
(ent rada), duplica-se t ambém
f (x)
x
, ou seja, o fat or de escala ou proporcionalidade não varia.
Já a propriedade de adição (adit ividade) diz que a respost a para a soma de ent radas diferent es em um circuit o é dada pela soma das respost as a cada
uma dessas ent radas aplicadas separadament e.
EXEMPLO
A part ir da relação ent re t ensão e corrent e no resist or, sua respost a a uma ent rada const it uída de duas corrent es será obt ida pelas respost as individuais
a cada uma dessas corrent es:
v1 = i1 R , v2 = i2 R
Aplicando
i1 + i2
, t em-se:
v = (i 1 + i 2 ) R = i 1 R + i 2 R = v1 + v2
(3)
f (x)
SE AS ENTRADAS
x1
x2
f (x)
, A SAÍDA SERÁ
f (x1 + x2 )
De modo geral, os conceit os de linearidade aplicados aos resist ores são t ambém est endidos para os demais component es do circuit o, os indut ores e
capacit ores. As leis desses component es são dadas por:
INDUTOR
di
v = L
dt
(4)
CAPACITOR
dv
i = C
dt
(5)
Inicialment e, as Equações 4 e 5 podem não parecer referent es a funções lineares. No ent ant o, bast a observar a derivada como a variável independent e
da função linear:
INDUTOR
A relação no indut or pode ser represent ada graficament e como uma linha ret a em que a derivada
di/dt
é o eixo horizont al e
v
, o eixo vert ical, conforme Figura 3. A inclinação dessa ret a é a indut ância L.
di di
v = f ( ) = L
dt dt
(6)
CAPACITOR
A relação no capacit or pode ser represent ada graficament e como uma linha ret a em que a derivada
dv/dt
é o eixo horizont al e i como eixo vert ical, conforme Figura 4. A inclinação dessa ret a é a capacit ância C.
dv dv
i = f ( ) = C
dt dt
(7)
ATENÇÃO
O princípio da linearidade não se aplica à pot ência elét rica. Essa proposição pode ser ent endida analisando a fórmula de pot ência, expressa pela Equação
8:
2
v
2
p = Ri =
R
(8)
A Equação 8 demonst ra que a relação ent re t ensão e corrent e para pot ência elét rica é quadrát ica, port ant o, o Teorema da Superposição, que será
demonst rado mais adiant e, não se aplica para cálculos de pot ência.
“UM CIRCUITO É LINEAR QUANDO SUA SAÍDA ESTÁ LINEARMENTE RELACIONADA À SUA ENTRADA, OU
SEJA, SAÍDA E ENTRADA SÃO DIRETAMENTE PROPORCIONAIS.”
EXEMPLO
Veja o circuit o linear ilust rado na Figura 5. Os element os cont idos nesse circuit o não são import ant es, desde que sejam lineares. A aliment ação (ent rada)
do circuit o é feit a por uma font e de t ensão e a respost a (saída) é represent ada pela corrent e no resist or R. Quando a font e de t ensão fornece 10V, a
corrent e no resist or é de 2A. Considerando o princípio da linearidade, calcule o valor da corrent e no resist or se a font e de t ensão ent regar uma t ensão de
10mV ao circuit o.
Como o circuit o é linear, as propriedades de adição e homogeneidade são válidas. Considerando a proporcionalidade ent re os valores de ent rada e saída,
t em-se:
Para:
vS = 10V → iR = 2A
Ent ão:
vs = 10mV → iR = 2mA
Perceba que, em virt ude da proporcionalidade, bast a fazer uma “regra de t rês” para obt er a solução.
TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO
Imagem: St ock.adobe.com
O Teorema da Superposição é baseado no princípio da linearidade apresent ado ant eriorment e, sendo, sem dúvidas, um dos mais ut ilizados em t écnicas
de solução de circuit os elét ricos.
Esse t eorema se aplica a circuit os lineares que cont enham font es independent es ou dependent es, resist ores, indut ores e capacit ores, que são
element os lineares, conforme descrit o ant eriorment e. A ut ilização desse t eorema pode, muit as vezes, reduzir a complexidade e facilit ar a solução de
circuit os elét ricos.
SAIBA MAIS
Normalment e, o Teorema da Superposição é aplicado para analisar circuitos que contenham duas ou mais fontes que não estejam conectadas em
série ou paralelo , ou seja, em arranjos diferent es que não permit am uma associação equivalent e diret a dessas font es.
É possível, dessa forma, det erminar os efeit os individuais de cada uma dessas font es e suas cont ribuições específicas nas grandezas dos circuit os. Para
font es de diferent es t ipos, o result ado final (t ot al) referent e às font es t rat a-se da soma algébrica de seus result ados individuais.
O Teorema da Superposição assegura que a corrent e elét rica ou a t ensão em um element o de um circuit o linear é dada pela soma algébrica das
corrent es ou t ensões produzidas pela at uação isolada de cada uma das font es independent es.
Esse Teorema, port ant o, permit e que se encont re uma solução para corrent e elét rica ou t ensão no circuit o linear ut ilizando apenas uma font e por vez.
Assim, após encont rar as soluções individuais, bast a prosseguir com uma soma algébrica para combinar os result ados e obt er a respost a t ot al. É
import ant e dest acar que a cont ribuição das font es pode permit ir que as corrent es elét ricas t enham sent idos opost os ou que as t ensões possuam
polaridades invert idas, por esse mot ivo, a cont ribuição t ot al é a soma algébrica, de modo que o sinal de cada font e deve ser considerado.
VOCÊ SABIA
Para aplicar o Teorema da Superposição, é necessário obt er as cont ribuições individuais das font es do circuit o elét rico, ou seja, é necessário avaliar cada
font e individualment e, enquant o t odas as out ras rest ant es devem ser removidas.
Exist em, basicament e, dois t ipos de font e em circuit os que deverão ser removidas, as font es de t ensão e as font es de corrent e. Para desat ivá-las, t em-
se:
FONTES DE TENSÃO
Para desat ivar uma font e de t ensão em um circuit o elét rico, bast a subst it uí-la por um curt o-circuit o, ou seja, uma conexão diret a ent re seus t erminais.
Assim, a t ensão será zero, que é o mesmo que desat ivar a font e. Se houver resist ência int erna na font e, essa deverá ser mant ida em série no circuit o. A
Figura 6 ilust ra a remoção de uma font e de t ensão em part e de um circuit o.
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 6: Remoção de uma font e de t ensão.
FONTES DE CORRENTE
Para desat ivar uma font e de corrent e em um circuit o elét rico bast a subst it uí-la por um circuit o abert o, ou seja, uma conexão abert a ent re seus t erminais.
Assim, a corrent e elét rica será zero, que é o mesmo que desat ivar a font e. Se houver resist ência int erna na font e, essa deverá ser mant ida em paralelo
no circuit o. A Figura 7 ilust ra a remoção de uma font e de corrent e em part e de um circuit o.
ATENÇÃO
Pode-se dizer que o número de circuit os a ser analisado a part ir do Teorema da Superposição se refere ao número de font es exist ent es, t endo em vist a
que o efeit o de cada uma será det erminado individualment e. A princípio isso pode parecer uma desvant agem do mét odo de análise, no ent ant o, a
superposição cont ribui para reduzir a complexidade de circuit os elét ricos pela simples subst it uição de font es por curt os-circuit os ou por circuit os
abert os em diferent es sit uações de análise.
ETAPA 1
Desat ivar t odas as font es independent es do circuit o elét rico, excet o uma. As font es de t ensão são subst it uídas por um curt o-circuit o e as font es de
corrent e por um circuit o abert o. As font es dependent es, ou cont roladas, devem ser mant idas no circuit o.
ETAPA 2
Repet ir a Et apa 1 at é que t odas as font es independent es t enham sido consideradas e calculadas suas cont ribuições individuais.
ETAPA 3
Det erminar a respost a t ot al nos element os fazendo a soma algébrica das respost as individuais de cada font e. As t ensões e corrent es em cada ramo
serão a soma das t ensões e corrent es das font es independent es obt idas individualment e. É import ant e at ent ar-se ao sent ido das corrent es e à
polaridade das t ensões, conforme já descrit o.
EXEMPLO
Com base no Teorema da Superposição e no princípio da linearidade descrit os, calcule a corrent e elét rica que circula por meio do resist or
R2
Inicialment e, será det erminada a cont ribuição da font e de t ensão de 24V. Para isso, a font e de corrent e deve ser desat ivada, o que significa subst it uí-la
por um circuit o abert o, conforme ilust rado na Figura 9.
O result ado é um circuit o em série simples e a cont ribuição da font e na corrent e, dada por
′
I
2
, será:
V V 24
′
I = = = = 2A
2
RT R1 + R2 8 + 4
Para encont rar a cont ribuição da font e de corrent e, é necessário desat ivar a font e de t ensão, ou seja, subst it uí-la por um curt o-circuit o, conforme
ilust rado na Figura 10:
R1
R2
. Com base no princípio de divisão de corrent e, a cont ribuição da font e de 6A, denominada
′′
I
2
, será:
R1 8
′′
I = I = 6 = 4A
2
R1 + R2 8 + 4
Como as duas corrent es encont radas t em o mesmo sent ido de fluxo no resist or
R2
′
I
2
′′
I
2
′ ′′
I = I + I = 2 + 4 = 6A
2 2
Est e exemplo demonst ra que, caso se deseje calcular a corrent e elét rica em um circuit o, a cont ribuição para t al corrent e deve ser det erminada para
cada font e, conforme Teorema da Superposição. Além disso, quando o efeit o de cada font e é det erminado, corrent es de mesmo sent ido são
adicionadas e corrent es de sent ido opost o são subt raídas, de modo a obedecer a soma algébrica dessas grandezas. O result ado obt ido é o sent ido da
soma maior e o valor absolut o da diferença.
Do mesmo modo, caso se deseje calcular a t ensão em um element o, sua cont ribuição t ambém deve ser det erminada para cada font e, conforme o
Teorema da Superposição. Além disso, quando o efeit o de cada font e é det erminado, t ensões de mesma polaridade são adicionadas, enquant o t ensões
de polaridades opost as são subt raídas, de modo a obedecer a soma algébrica dessas grandezas. O result ado obt ido t em a polaridade da soma maior e o
valor absolut o da diferença.
ATENÇÃO
Do mesmo modo que demonst rado ant eriorment e para o princípio da linearidade, o Teorema da Superposição não pode ser aplicado para calcular a
potência elétrica fornecida em um circuito . Sabe-se que a dissipação de pot ência nos element os lineares do circuit o como resist ores, varia em
função do quadrado da t ensão aplicada ou da corrent e que est á no seu ramo. Port ant o, a pot ência t ot al de cada component e do circuit o não será a
soma das pot ências individuais quando as font es at uam de forma isolada.
MÃO NA MASSA
1. COM BASE NO TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO, A CORRENTE ELÉTRICA QUE CIRCULA PELO RESISTOR
R2
A) 6,65A
B) 8,5A
C) 5,45A
D) 7,25A
E) 4,5A
2. O CIRCUITO DA FIGURA 12 ILUSTRA UM CIRCUITO ELÉTRICO ALIMENTADO POR UMA FONTE DE TENSÃO DE 1V.
CONSIDERANDO OS VALORES DOS COMPONENTES E O PRINCÍPIO DA LINEARIDADE, O VALOR DA CORRENTE
i0
A) 1A
B) 2A
C) 3A
D) 4A
E) 5A
I2
12kΩ
É DE APROXIMADAMENTE:
A) 1,56mA
B) 2,88mA
C) 1,77mA
D) 4,45mA
E) 6,66mA
4. AO APLICAR O TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO NO CIRCUITO ILUSTRADO NA FIGURA 14, A CORRENTE ELÉTRICA QUE
CIRCULA PELO RESISTOR DE
12Ω
É DE:
A) 2,05A
B) 1,08A
C) 3,42A
D) 2,36A
E) 1,56A
I0
É DE
0, 16A
vs
vs
24V
, O VALOR DA CORRENTE
I0
A) 0,64A
B) 1,5A
C) 0,56A
D) 1,48A
E) 0,32A
I0
I0
A) 1A
B) 2A
C) 3A
D) 4A
E) 5A
GABARITO
1. Com base no Teorema da Superposição, a corrente elétrica que circula pelo resistor
R2
É possível começar a resolver o circuit o calculando a cont ribuição da font e de t ensão de 32V. Nesse caso, a font e de corrent e deve ser desligada, ou
seja, subst it uída por um circuit o abert o equivalent e. O result ado é um circuit o em série cuja corrent e será:
V V 32 32
′
I = = = = = 2A
2
RT R1 + R2 14 + 2 16
Em que
′
I
2
é a corrent e no resist or
R2
Para calcular o efeit o da font e de corrent e, a font e de t ensão deve ser desligada do circuit o, ou seja, subst it uída por um curt o-circuit o equivalent e. O
result ado é a combinação dos resist ores
R1
R2
R1 14
′′
I = I = 6 = 5, 25A
2
R1 + R2 14 + 2
′ ′′
I2 = I + I = 2 + 5, 25 = 7, 25A
2 2
2. O circuito da Figura 12 ilustra um circuito elétrico alimentado por uma fonte de tensão de 1V. Considerando os valores dos componentes e
i0
i0
para a configuração ilust rada no circuit o, ou seja, com os parâmet ros já conhecidos de resist ores e da font e de t ensão igual a 1V:
8∥(5 + 3) = 4Ω
1 1
i = = A
1 + 4 5
i0
será de:
1 1
i0 = i = = 0, 1A
2 10
i = 2A
i0
será de:
1 1
i0 = i = 2 = 1A
2 2
3. A Figura 13 ilustra um circuito elétrico ligado em ponte. Ao aplicar o Teorema da Superposição, a corrente
I2
12kΩ
é de aproximadamente:
Ut ilizando o Teorema da Superposição, primeiro será considerado o efeit o da font e de corrent e de 4mA no resist or de
12KΩ
. Deve-se aplicar a regra de divisão de corrent e, ou seja:
R1 6k
′
I = I = 4mA = 1, 33mA
2
R1 + R2 6k + 12k
Tendo em vist a que as corrent es elét ricas referent es às duas font es t êm o mesmo sent ido at ravés de
R2
′ ′′
IR2 = I + I = 1, 33 + 0, 44 = 1, 77mA
2 2
4. Ao aplicar o Teorema da Superposição no circuito ilustrado na Figura 14, a corrente elétrica que circula pelo resistor de
12Ω
é de:
SOLUÇÃO
I0
é de
0, 16A
vs
vs
, o valor da corrente
I0
A solução do problema pode ser encont rada ut ilizando a Lei de Kirchhoff das t ensões (LKT) aplicada às duas malhas do circuit o e at ribuindo o valor de
24V à font e de t ensão vs. No ent ant o, como já foi fornecida a corrent e
I0
quando a font e vale 12V, é possível aplicar o princípio da linearidade para encont rar a nova corrent e.
Quando
vs = 12V
I0 = 0, 16A
Para
vs = 12V
I0 = 2 × 0, 16 = 0, 32A
Ou seja, como a font e de t ensão dobrou de valor e o circuit o é linear, a corrent e elét rica t ambém deverá ser dobrada.
I0
I0
no circuito ilustrado na Figura 16 é de:
V1
I1 = = 2A
4
I2 = I1 + I0 = 3A
V2 = V1 + 2I2 = 8 + 6 = 14V
V2
I3 = = 2A
7
I4 = I3 + I2 = 5A
Dessa forma,
IS = 5A
I0 = 1A
, t em-se
IS = 5A
15A
result ará em uma corrent e
I0
de
3A
como valor real.
GABARITO
TEORIA NA PRÁTICA
Ut ilizando o Teorema da Superposição, det ermine o valor da corrent e i, que circula pelo resist or de
3Ω
no circuit o elét rico ilust rado na Figura 17.
RESOLUÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 10V
B) 8V
C) 12V
D) 6V
E) 14V
15V
E UMA DE CORRENTE DE
6A
. CONSIDERANDO A CONTRIBUIÇÃO DESSAS DUAS FONTES, A CORRENTE
I1
(R1 )
É DE:
A) 4,0A
B) 1,5A
C) 3,0A
D) 2,0A
E) 2,5A
GABARITO
1. Utilizando o Teorema da Superposição, o valor da tensão v no resistor de 4Ω do circuito ilustrado na Figura 18 é de, aproximadamente:
Como o circuit o cont ém duas font es, é necessário calcular a cont ribuição de cada uma delas separadament e na t ensão t ot al do resist or de
4Ω
. Seja assim:
v = v1 + v2
Em que
v1
v2
Para obt er
v2
deve-se fazer a font e de corrent e como um circuit o abert o. Aplicando a Lei de Kirchhoff das t ensões, t em-se:
12i1 − 4 = 0 → i1 = 0, 33A
Assim,
v1 = 4i1 = 1, 33 V
OBS.:
v1
v2
, deve-se fazer a font e de t ensão como zero, ou seja, subst it uí-la por um curt o-circuit o. Assim, aplicando divisão de corrent e, t em-se:
8
i3 = 4 = 2, 66A
4 + 8
Ent ão a t ensão
v2
será:
v1
v2
v = 1, 33 + 10, 66 ≈ 12V
15V
e uma de corrente de
6A
I1
(R1 )
é de:
I1
pode ser encont rada aplicando o Teorema da Superposição. Considerando inicialment e a cont ribuição da font e de t ensão, deve-se fazer a font e de
corrent e como zero, ou seja, subst it uí-la por um circuit o abert o. Tem-se um simples circuit o compost o pela font e de t ensão em série com o resist or
R1
V 15
′
I = = = 2, 5A
1
R1 6
Para calcular a cont ribuição da font e de corrent e, por sua vez, deve-se fazer a font e de t ensão como zero, ou seja, subst it uí-la por um curt o-circuit o.
Como a corrent e elét rica sempre t oma o caminho de menor resist ência, t em-se que a cont ribuição dessa font e em Port ant o, a corrent e t ot al no resist or
R1
′′
I = 0A
1
R1
será:
′ ′′
I = I + I = 2, 5 + 0 = 2, 5A
1 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Imagem: St ock.adobe.com
A organização dos element os, como font es de aliment ação, resist ores, indut ores e capacit ores é import ant e para definir a forma como a energia será
ut ilizada. Est a, por sua vez, é chamada de associação. Trat ando mais especificament e de circuit os elét ricos básicos e aliment ados com corrent e
cont ínua, os element os do circuit o resumem-se aos resist ores.
A associação de resistores é muit o comum em circuit os elét ricos, pois nem sempre é possível obt er um valor específico de resist ência com apenas
um resist or. A associação desses resist ores é sempre represent ada por um resist or equivalent e
(Req )
, element o fict ício, ou seja, que não est á, de fat o, present e na rede, mas que represent a a resist ência t ot al referent e aos element os associados.
O comport ament o da associação, ou seja, a forma como as t ensões e corrent es est ão present es no circuit o, dependem do t ipo de ligação dos
resist ores. As associações básicas são dos tipos:
SÉRIE
PARALELO
MISTA (SÉRIE-PARALELO)
Além disso, os circuit os podem t er uma configuração complexa, em que os element os não podem ser considerados associados em série ou em paralelo,
como é o caso das configurações em estrela (Y) e triângulo (∆), que serão abordadas nest e módulo.
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Seja o circuit o ilust rado na Figura 20, que represent a um circuit o com uma font e de t ensão e dois resist ores ligados em série, de modo que apenas a
corrent e i circula por ambos (uma única corrent e de malha).
v1 = iR1 , v2 = iR2
(9)
Aplicando a Lei de Kirchhoff das t ensões (LKT) à malha, arbit rando que a corrent e circule no sent ido horário, t em-se:
−v + v1 + v2 = 0
(10)
Atenção! Para visualização complet a da equação ut ilize a rolagem horizont al
v = v1 + v2 = i (R1 + R2 )
v
i =
R1 + R2
(11)
A Equação 11 pode ser modificada, pois os dois resist ores podem ser subst it uídos por um equivalent e:
v = iReq
Onde,
Req = R1 + R2
(12)
N
resistores ligados em série é a soma algébrica dessas resist ências individuais desses element os.
Para
N
resist ores:
N
Req = R1 + R2 + ⋯ + RN = ∑ Rn
n=1
(13)
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Seja o circuit o ilust rado na Figura 21, compost o por uma font e de t ensão e dois resist ores ligados em paralelo,
R1
R2
. Por est arem ligados em paralelo, os dois resist ores est ão submet idos à mesma t ensão.
v = i1 R1 = i2 R2
v v
i1 = i2 =
R1 R2
(14)
i = i1 + i2
(15)
v v 1 1 v
i = + = v( + ) =
R1 R2 R1 R2 Req
(16)
Onde
Req
1 1 1 1 R1 + R2
= + → =
Req R1 R2 Req R1 R2
(17)
A resist ência equivalent e de dois resist ores ligados em paralelo é dada pelo produt o dessas resist ências dividido pela sua soma.
R1 R2
Req =
R1 + R2
(18)
São muit as as combinações possíveis para a associação mist a de resist ores, port ant o, é necessário analisar part es do circuit o separadament e a fim de
definir a abordagem que fornece a melhor est rat égia de det erminação das grandezas necessárias. A melhor forma de resolver um circuit o em associação
mist a é compreender bem as associações em série e paralelo apresent adas ant eriorment e. A Figura 22 ilust ra um circuit o com resist ores em associação
mist a.
VOCÊ SABIA
Em muit as sit uações, a configuração dos element os de um circuit o elét rico não se configura como associação em série e nem como associação em
paralelo. Essas sit uações dificult am, a princípio, a análise do circuit o a part ir das leis básicas, como a Lei de Kirchhoff das corrent es (LKC) e a Lei de
Kirchhoff das t ensões (LKT), aplicadas às análises nodal e de malhas.
Muit os desses circuit os complexos podem ser simplificados a part ir de uma conversão em redes equivalent es de t rês t erminais. As configurações de
ligação em est rela (Y) e t riângulo (∆) são, frequent ement e, responsáveis por essa dificuldade e que podem ser facilment e convert idas em redes
equivalent es. Muit as vezes, essas ligações são t ambém ident ificadas por “T” e “pi” (π), respect ivament e, ilust radas na Figura 23 e Figura 24:
Port ant o, de modo a auxiliar na aplicação das t écnicas de análise de circuit os para redes com essas ligações, serão apresent ados, na sequência, os
desenvolviment os das equações necessárias para a conversão de circuit os em est rela para t riângulo e vice-versa.
a
,
b
e
c
fixos. Caso se deseje ut ilizar o circuit o na configuração est rela (Y), em vez da configuração em t riângulo (∆), bast a aplicar diret ament e as equações que
serão desenvolvidas na sequência. É import ant e dest acar que apenas uma das configurações, est rela ou t riângulo, podem est ar present es ent re os
t erminais
a
,
b
e
c
, de modo que se possa dizer que são equivalent es.
O objet ivo mat emát ico da conversão ent re as configurações é det erminar uma expressão para
R1
,
R2
R3
em função de
RA
RB
RC
, e vice-versa, de modo a garant ir que a resist ência ent re dois t erminais quaisquer da configuração est rela seja equivalent e à resist ência ent re dois
t erminais quaisquer da configuração t riângulo.
É possível que, em algumas sit uações, seja mais convenient e analisar um circuit o em uma det erminada configuração.
EXEMPLO
Pode ser int eressant e fazer a conversão de part e de um circuit o que est eja ligada em t riângulo para seu equivalent e em est rela. Essa mudança é
denominada conversão t riângulo-est rela. Para fazer essa conversão, deve-se sobrepor o circuit o em est rela ao circuit o em t riângulo já exist ent e e
det erminar o valor da resist ência em cada par de nós que seja correspondent e à ligação em est rela.
(RA , RB , RC )
em est rela
(R1 , R2 , R3 )
R1 , R2 eR3
, em função de
RA , RB
RC
a − c
deve ser a mesma t ant o para a ligação t riângulo quant o para ligação est rela:
Ra−c (Y ) = Ra−c (Δ)
(19)
RB (RA + RC )
Ra−c = R1 + R3 =
RB + (RA + RC )
(20)
a − b
b − c
RC (RA + RCB )
Ra−b = R1 + R2 =
RC + (RA + RB )
(21)
RA (RB + RC )
Rb−c = R2 + R3 =
RA + (RB + RC )
(22)
De modo que:
RA RC − RB RA
R2 − R3 =
RA + RB + RC
(23)
RA RB + RA RC RA R
(R2 + R3 ) − (R2 − R3 ) = ( ) − (
RA + RB + RC RA +
Logo:
2RB RA
2R3 =
RA + RB + RC
(24)
R3
RA
RB
RC
(ligação em t riângulo):
RA RB
R3 =
RA + RB + RC
(25)
R1
R2
, t em-se:
RB RC
R1 =
RA + RB + RC
(26)
RA RC
R2 =
RA + RB + RC
(27)
É import ant e observar que não é necessário memorizar as expressões descrit as nas Equações 25 a 27. Para fazer a t ransformação, bast a criar um nó
ext ra
n
, conforme ilust rado na Figura 26 e seguir a seguint e regra:
“CADA RESISTOR DO CIRCUITO ESTRELA É O PRODUTO DOS RESISTORES NOS DOIS RAMOS EM
TRIÂNGULO ADJACENTES, DIVIDIDO PELA SOMA DOS TRÊS RESISTORES EM ESTRELA.”
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 26: Superposição de circuit os Y e ∆ (t ransformação).
Em out ras sit uações, pode ser mais convenient e analisar um circuit o em t riângulo, em vez de em est rela. Para isso, é necessário fazer a conversão
est rela-t riângulo para encont rar os resist ores equivalent es, semelhant e ao que foi feit o no t ópico ant erior. Com base nas Equações 25 e 26, t em-se a
seguint e divisão:
R3 (RA RB ) / (RA + RB + RC ) RA
= =
R1 (RB RC ) / (RA + RB + RC ) RC
Ou
RC R3
RA =
R1
(28)
R3 (RA RB ) / (RA + RB + RC ) RB
= =
R2 (RA RC ) / (RA + RB + RC ) RC
Ou
RC R3
RB =
R2
(29)
Subst it uindo
RA
RB
(RC R3 /R1 ) RC
R2 =
(RC R3 /R2 ) + (RC R3 /R1 ) + RC
(R3 /R1 ) RC
=
(R3 /R2 ) + (R3 /R1 ) + 1
(30)
RC R3 /R1
R2 =
(R1 R2 + R1 R3 + R2 R3 ) / (R1 R2 )
R2 R3 RC
=
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
Isolando
RC
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RC =
R3
(31)
Com base nesse mesmo procediment o, é possível encont rar as expressões para
RA
RB
R1
R2
RA
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RA =
R1
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RB =
R2
(32)
“O VALOR DE CADA RESISTOR DO TRIÂNGULO É IGUAL À SOMA DAS POSSÍVEIS COMBINAÇÕES DOS
PRODUTOS DAS RESISTÊNCIAS DO CIRCUITO ESTRELA (EXTRAÍDAS DUAS A DUAS), DIVIDIDA PELA
RESISTÊNCIA ESTRELA MAIS OPOSTA.”
Em circuit os que o valor das t rês resist ências é igual t ant o na ligação em est rela
(R1 = R2 = R3 )
(RA = RB = RC )
RA = RB = RC
2
RA RB RA RA R RA
A
R3 = = = =
RA + RB + RC RA + RB + RC 3RA 3
(33)
RA RA
R1 = , R2 =
3 3
(34)
RΔ
RY = , RΔ = 3RY
3
(35)
ISSO INDICA QUE, PARA UM CIRCUITO EM ESTRELA DE TRÊS RESISTORES IGUAIS, O VALOR DE CADA
RESISTOR DO TRIÂNGULO É IGUAL A TRÊS VEZES O VALOR DE UM RESISTOR EM ESTRELA.
EXEMPLO
Convert a o circuit o ilust rado na Figura 27, ligado em t riângulo (ou delt a) em seu equivalent e em est rela (ou T).
Com base nas Equações 25, 26 e 27, a conversão do circuit o em t riângulo para seu equivalent e em est rela consist e em encont rar os valores de
R1
R2
R3
:
RB RC 20 × 10
R1 = = = 3, 33Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10
RA RC 30 × 10
R2 = = = 5Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10
RA RB 20 × 30
R3 = = = 10Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10
MÃO NA MASSA
1. CONSIDERE O CIRCUITO DA FIGURA 29, QUE ILUSTRA UMA LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO (OU DELTA ‒ ∆). APÓS A
CONVERSÃO EM SEU CIRCUITO EQUIVALENTE EM ESTRELA, OS VALORES DAS RESISTÊNCIAS
R1
R2
E
R3
VALEM, RESPECTIVAMENTE:
A)
R1 = 10Ω, R2 = 8, 5Ω e R3 = 3Ω
B)
R1 = 7, 5Ω, R2 = 10Ω e R3 = 5Ω
C)
R1 = 4, 5Ω, R2 = 5Ω e R3 = 7, 5Ω
D)
R1 = 8Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 2Ω
E)
R1 = 7, 5Ω, R2 = 5, 5Ω e R3 = 10Ω
2. A FIGURA 30 ILUSTRA UM CIRCUITO CUJOS ELEMENTOS ESTÃO LIGADOS EM PONTE. CONSIDERE QUE:
RA = 2Ω, RB = 5Ω e RC = 4Ω
A RESISTÊNCIA TOTAL
RT
PARA ESSE CIRCUITO É DE, APROXIMADAMENTE:
A)
4, 5Ω
B)
1, 5Ω
C)
2, 75Ω
D)
5, 5Ω
E)
2, 5Ω
3. A CONVERSÃO DO CIRCUITO LIGADO EM TRIÂNGULO (OU DELTA), ILUSTRADO NA FIGURA 31, PARA SEU EQUIVALENTE
EM ESTRELA FORNECE COMO NOVOS VALORES DE RESISTÊNCIA:
A)
R1 = 7, 5Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 3Ω
B)
R1 = 3Ω, R2 = 5Ω e R3 = 7, 5Ω
C)
R1 = 7, 5Ω, R2 = 5Ω e R3 = 3Ω
D)
R1 = 3Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 5Ω
E)
R1 = 5Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 3Ω
4. O CIRCUITO DA FIGURA 32 APRESENTA UMA ASSOCIAÇÃO COMPLEXA DE RESISTORES. COM BASE NOS CONCEITOS
DE LIGAÇÕES EM ESTRELA E TRIÂNGULO, A RESISTÊNCIA TOTAL EQUIVALENTE ENTRE OS PONTOS A E B É DE:
A)
16, 75Ω
B)
25, 5Ω
C)
18, 75Ω
D)
23, 05Ω
E)
25Ω
5. PARA O CIRCUITO DA FIGURA 33, O VALOR DA RESISTÊNCIA EQUIVALENTE VISTA PELA FONTE, OU SEJA, A
RESISTÊNCIA TOTAL EQUIVALENTE ENTRE OS PONTOS A E B É DE, APROXIMADAMENTE:
A)
25Ω
B)
40Ω
C)
45Ω
D)
35Ω
E)
30Ω
6. A FIGURA 34 ILUSTRA UM CIRCUITO EM QUE OS RESISTORES ESTÃO ASSOCIADOS DE FORMA COMPLEXA, OU SEJA,
NÃO PODEM SER DIRETAMENTE RESUMIDOS A CIRCUITOS EM SÉRIE OU EM PARALELO. CONSIDERANDO A
POSSIBILIDADE DE CONVERSÃO ENTRE EQUIVALENTES EM ESTRELA OU EM TRIÂNGULO, O VALOR DA RESISTÊNCIA
ENTRE OS TERMINAIS AB DO CIRCUITO É DE, APROXIMADAMENTE:
IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES
A)
57, 13Ω
B)
45, 15Ω
C)
60, 25Ω
D)
38, 18Ω
E)
26, 14Ω
GABARITO
1. Considere o circuito da Figura 29, que ilustra uma ligação em triângulo (ou delta ‒ ∆). Após a conversão em seu circuito equivalente em
R1
R2
R3
valem, respectivamente:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Para convert er o circuit o em t riângulo para seu equivalent e em est rela, bast a volt ar às Equações 25, 26 e 27, que fornecem diret ament e os valores das
resist ências
R1
R2
R3
RB RC 15 × 30
R1 = = = 7, 5Ω
RA + RB + RC 20 + 15 + 30
RA RC 20 × 30
R2 = = = 10Ω
RA + RB + RC 20 + 15 + 30
RA RB 20 × 15
R3 = = = 5Ω
RA + RB + RC 20 + 15 + 30
Port ant o, os valores dos resist ores para o circuit o equivalent e em est rela são:
R1 = 7, 5Ω, R2 = 10Ω e R3 = 5Ω
2. A Figura 30 ilustra um circuito cujos elementos estão ligados em ponte. Considere que:
RA = 2Ω, RB = 5Ω e RC = 4Ω
A resistência total
RT
Com base nas Equações 25, 26 e 27, a conversão do segment o dest acado na Figura 30 para seu equivalent e em est rela é:
RB RC 5 × 4
R1 = = = 1, 8Ω
RA + RB + RC 2 + 5 + 4
RA RC 2 × 4
R2 = = = 0, 72Ω
RA + RB + RC 2 + 5 + 4
RA RB 2 × 5
R3 = = = 0, 9Ω
RA + RB + RC 2 + 5 + 4
Subst it uindo o segment o em t riângulo pelo seu equivalent e em est rela, a resist ência t ot al pode ser agora facilment e encont rada a part ir de associações
em série e paralelo, e será de:
(4 + 1, 8)(2 + 0, 72)
RT = 0, 9 +
(4 + 1, 8) + (2 + 0, 72)
RT = 0, 9 + 1, 85
RT = 2, 75Ω
3. A conversão do circuito ligado em triângulo (ou delta), ilustrado na Figura 31, para seu equivalente em estrela fornece como novos valores
de resistência:
Imagem: Fundamentos de Circuitos Elétricos. Sadiku, 2013
Com base nas Equações 25, 26 e 27, a conversão do segment o dest acado na Figura 31 para seu equivalent e em est rela é:
RB RC 10 × 25
R1 = = = 5Ω
RA + RB + RC 15 + 10 + 25
RA RC 25 × 15
R2 = = = 7, 5Ω
RA + RB + RC 15 + 10 + 25
RA RB 15 × 10
R3 = = = 3Ω
RA + RB + RC 15 + 10 + 25
Port ant o, os valores dos resist ores para o circuit o equivalent e em est rela são:
R1 = 5Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 3Ω
4. O circuito da Figura 32 apresenta uma associação complexa de resistores. Com base nos conceitos de ligações em estrela e triângulo, a
Primeirament e, deve-se t ransformar os resist ores da primeira malha, ligados em t riângulo, em seu equivalent e em est rela
(R1 , R2 eR3 )
.
RB RC 40 × 10
R1 = = = 4Ω
RA + RB + RC 40 + 50 + 10
RA RC 40 × 50
R2 = = = 20Ω
RA + RB + RC 40 + 50 + 10
RA RB 50 × 10
R3 = = = 5Ω
RA + RB + RC 40 + 50 + 10
20Ω
em série com
60Ω = 80Ω
5Ω
em série com
20Ω = 25Ω
O paralelo dessas associações é:
5. Para o circuito da Figura 33, o valor da resistência equivalente vista pela fonte, ou seja, a resistência total equivalente entre os pontos A e
B é de, aproximadamente:
SOLUÇÃO
6. A Figura 34 ilustra um circuito em que os resistores estão associados de forma complexa, ou seja, não podem ser diretamente resumidos
a circuitos em série ou em paralelo. Considerando a possibilidade de conversão entre equivalentes em estrela ou em triângulo, o valor da
30Ω
,
15Ω
e
10Ω
para seu equivalent e em est rela. De forma semelhant e, essa conversão pode ser aplicada ent re os resist ores de
20Ω
,
25Ω
e
30Ω
sem alt erar o result ado.
RB RC 10 × 30
R1 = = = 5, 45Ω
RA + RB + RC 30 + 15 + 10
RA RC 30 × 15
R2 = = = 8, 18Ω
RA + RB + RC 30 + 15 + 10
RA RB 15 × 10
R3 = = = 2, 72Ω
RA + RB + RC 30 + 15 + 10
GABARITO
TEORIA NA PRÁTICA
Os circuit os em pont e são muit o import ant es nas mont agens de equipament os elet rônicos, como, por exemplo, para medição de resist ência. Uma das
mont agens mais ut ilizadas é a chamada Pont e de Wheat st one, para medição de resist ências com elevada precisão, resist ores ent re
1Ω
e
1M Ω
. A solução de circuit os em pont e pode ser facilment e encont rada a part ir de t ransformações est rela-t riângulo. Com base nos conceit os dessas
t ransformações, calcule a pot ência elét rica fornecida à pont e do circuit o da Figura 35.
RESOLUÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A)
2, 54Ω
B)
3, 27Ω
C)
4, 65Ω
D)
3, 82Ω
E)
4, 18Ω
2. A CONVERSÃO DO CIRCUITO DA FIGURA 37, LIGADO EM ESTRELA, PARA SEU EQUIVALENTE EM TRIÂNGULO, FORNECE
COMO VALORES PARA
R1
R2
R3
, RESPECTIVAMENTE:
A)
B)
C)
D)
E)
GABARITO
1. Com base nas equações de transformação de circuitos estrela-triângulo, a resistência total do circuito ilustrado na Figura 36 é de:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
A conversão do circuit o em t riângulo para seu equivalent e em est rela permit e a análise do circuit o equivalent e a part ir de associações em série e
paralelo. No caso do circuit o da Figura 36, como os resist ores do t riângulo são iguais, é possível ut ilizar as equações de conversão para circuit os
equilibrados:
RΔ 6
RY = = = 2Ω
3 3
2 × 9
RT = 2 [ ] = 3, 27Ω
2 + 9
2. A conversão do circuito da Figura 37, ligado em estrela, para seu equivalente em triângulo, fornece como valores para
R1
R2
R3
, respectivamente:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
R1 R2 + R2 R3 + R3 R1 10 × 20 + 20 × 40 + 40 × 10
RA = = = 140Ω
R1 10
R1 R2 + R2 R3 + R3 R1 10 × 20 + 20 × 40 + 40 × 10
RB = = = 70Ω
R2 20
R1 R2 + R2 R3 + R3 R1 10 × 20 + 20 × 40 + 40 × 10
RC = = = 35Ω
R3 40
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise de circuit os elét ricos é facilment e ent endida com a aplicação das leis básicas de circuit os, como a Lei de Ohm e as Leis de Kirchhoff (das
t ensões e das corrent es). No ent ant o, para circuit os mais complexos ou que cont enham uma grande quant idade de element os e font es de aliment ação,
apenas o conheciment o dessas leis pode ser insuficient e para prosseguir com a análise. Dessa forma, t eoremas como o da Superposição, apresent ado
nest e cont eúdo, permit em a simplificação dos circuit os.
O Teorema da Superposição apresent ado baseia-se no princípio da linearidade dos element os de circuit o e diz que a corrent e elét rica ou a t ensão em um
element o de um circuit o linear é dada pela soma algébrica das corrent es ou t ensões produzidas pela at uação isolada de cada uma das font es
independent es. Dessa forma, o result ado dessas grandezas pode ser obt ido a part ir de uma análise individual de cada font e do circuit o, somadas
algebricament e. Por fim, foram apresent adas as equivalências ent re as ligações em est rela ou t riângulo, bem como suas equivalent es t ransformações
que permit em simplificar a aplicação das leis básicas em circuit os cujos element os não est ão ligados em série ou em paralelo.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de circuitos elétricos . Port o Alegre: AMGH, 2013.
BOYLESTAD, R. L.; NASCIMENTO, J. L. do. Introdução à análise de circuitos . São Paulo: Pearson Educat ion, 2004.
IRWIN, J. D. Análise de circuitos em engenharia. São Paulo: Pearson Educat ion, 2010.
JOHNSON, D. E.; HILBURN, J. L.; JOHNSON, J. R. Fundamentos de análise de circuitos elétricos . Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Cient íficos, 1994.
NILSSON, J. W., RIEDEL, S. A. Circuitos elétricos . São Paulo: Pearson Educat ion, 2008.
EXPLORE+
CRUZ, E. C. A. Eletricidade básica – circuit os em corrent e cont inua. São José dos Campos: Érica, 2014.
CONTEUDISTA