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Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências Agronômicas Câmpus de Botucatu

A tese investiga o manejo da adubação nitrogenada na cultura do feijão após o cultivo de gramíneas forrageiras, visando otimizar a produção de sementes. O trabalho inclui experimentos que avaliam a produção e qualidade das sementes, além da liberação e quantidade de nutrientes da palhada. Os resultados contribuem para práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes no uso de insumos.

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Gilson Oliveira
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Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências Agronômicas Câmpus de Botucatu

A tese investiga o manejo da adubação nitrogenada na cultura do feijão após o cultivo de gramíneas forrageiras, visando otimizar a produção de sementes. O trabalho inclui experimentos que avaliam a produção e qualidade das sementes, além da liberação e quantidade de nutrientes da palhada. Os resultados contribuem para práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes no uso de insumos.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS


CÂMPUS DE BOTUCATU

MANEJO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA PARA A CULTURA DO


FEIJÃO EM SUCESSÃO A GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS CULTIVADAS
PARA PRODUÇÃO DE SEMENTES

TIAGO ARANDA CATUCHI

Tese apresentada à Faculdade de Ciências


Agronômicas da UNESP – Câmpus de
Botucatu, para obtenção do título de Doutor
em Agronomia (Agricultura)

BOTUCATU - SP
Agosto de 2015
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CÂMPUS DE BOTUCATU

MANEJO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA PARA A CULTURA DO


FEIJÃO EM SUCESSÃO A GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS CULTIVADAS
PARA PRODUÇÃO DE SEMENTES

TIAGO ARANDA CATUCHI

Orientador: Prof. Dr. Rogério Peres Soratto


Coorientador: Prof. Dr. Carlos Sérgio Tiritan

Tese apresentada à Faculdade de Ciências


Agronômicas da UNESP – Câmpus de
Botucatu, para obtenção do título de Doutor
em Agronomia (Agricultura)

BOTUCATU - SP
Agosto de 2015
III

“[...] nada é fixo para aquele que alternadamente pensa e têm objetivos [...]”

Modificado de Gaston Bachelard


IV

DEDICATÓRIA

Aos meus queridos pais Donizete e Izilda, pelo amor, dedicação, orientação e
ensinamentos por toda minha vida.

À minha esposa Larissa, pelo amor, carinho e apoio na realização deste trabalho, e pela
compreensão nos momentos em fiquei ausente para realização deste.

Às minhas irmãs Yara e Flavia, pelo apoio e companheirismo.


V

AGRADECIMENTOS

A Deus, primeiramente pela vida, por nunca ter me deixado só nesta caminhada,
pela saúde, paz e sabedoria nos momentos difíceis.

Aos meus pais, que sempre acreditaram na minha capacidade, pelo sacrifício,
amor, dedicação em cada passo da minha vida.

À minha esposa Larissa Carvalho Rodrigues Catuchi pelo carinho, amor, e apoio
na realização dos meus projetos.

Ao Prof. Dr. Rogério Peres Soratto, pela orientação, pelos preciosos ensinamentos
e pela confiança, permitindo que eu desenvolvesse os experimentos da tese em outra
região.

Ao Prof. Dr. Carlos Sérgio Tiritan, pela coorientação, apoio e auxílio ao longo de
minha jornada acadêmica.

Ao Prof. Dr. Gustavo Maia Souza, pela orientação no período de graduação e


mestrado, pela amizade, ensinamentos proporcionados.

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo apoio


financeiro mediante a Bolsa de Doutorado (2012/09398-4), o que permitiu a dedicação
exclusiva na realização deste trabalho.

À Fundação Agrisus – Agricultura Sustentável, pelo apoio financeiro através da


concessão do Auxilio a Pesquisa (PA 1095-13), custeando as despesas para a realização
deste trabalho.

Aos funcionários do Departamento de Produção e Melhoramento Vegetal, pelo


auxílio nos trabalhos e atividades experimentais durante as disciplinas, em especial a
Dorival Pires de Arruda pelas orientações no Laboratório de Relação Solo-Planta.

Ao Professor Doutor Juliano Carlos Calonego, por ter me apresentado a


Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu (FCA) - UNESP.
VI

Aos Professores da FCA/UNESP, por terem proporcionado conhecimentos


durante o curso.

Aos amigos das disciplinas realizadas durante o curso de doutorado, Bruno Aires,
Danilo de Almeida e Juan Piero.

Aos amigos de república, que me acolheram e puderam me mostrar muitos valores


de respeito e amizade, assim como por todos os momentos de descontração.

À família Sardette em nome do Sr. Irineu Sardette pela concessão da área e


suporte para a realização dos experimentos.

À Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), pela concessão da área e suporte


para a realização dos experimentos, e estrutura de laboratório para a realização das
análises.

Aos funcionários da UNOESTE, desde o pessoal de apoio de campo, técnicos de


laboratório e professores, que proporcionaram pleno apoio para condução dos
experimentos.

Aos alunos do curso de Agronomia da UNOESTE, Elton Anderson Aranda,


Diego Espanhol, Vinicius José S. Peres, Eduardo Mazetti, Lucas Olivo, Everton
Francisquini, Igor Souza e Alexandre Paião pelo auxilio na condução e avaliação dos
experimentos.

Ao Ricardo Navarro Vaccaro, pelas caronas e companheirismo nas viagens para


Botucatu.

Aos amigos do Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista (GPAGRO),


Wellington Guerra, Alexandrius de Moraes Barbosa, Willian Takata, Rodrigo Takashi,
pelo apoio nas atividades experimentais e no compartilhamento de conhecimentos, em
especial a Amarildo Francisquini Junior, pela preciosa ajuda e dedicação na instalação,
condução, avaliação e análises laboratoriais dos experimentos, que em alguns momentos
coincidiram em avaliações de dois experimentos simultaneamente.

A todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho.


VII

SUMÁRIO

1. RESUMO .......................................................................................................................... 1
2. SUMMARY ...................................................................................................................... 3
3. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 7
5. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................. 15
5.1. Características dos locais .......................................................................................... 15
5.2. Tratamentos e delineamento experimental ............................................................... 17
5.3. Histórico da área, instalação e condução dos experimentos ..................................... 18
5.4. Avaliações ................................................................................................................. 23
5.4.1. Produção e qualidade fisiológica das sementes das plantas forrageiras .......... 23
5.4.2. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de nutrientes da
palhada ....................................................................................................................... 24
5.4.3. Avaliações na cultura do feijão ........................................................................ 25
5.4.4. Análise estatística ............................................................................................. 27
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 28
6.1. Experimento I ........................................................................................................... 28
6.1.1. Produção e qualidade fisiológica das sementes das plantas forrageiras .......... 28
6.1.2. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de nutrientes da
palhada ....................................................................................................................... 30
6.1.3. Índice relativo de clorofila, matéria seca da parte aérea, teores de nutriente e
acúmulo de N na cultura do feijão ............................................................................. 54
6.1.4. Componente da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão ........ 59
6.2. Experimento II .......................................................................................................... 63
6.2.1. Produção e qualidade fisiológica das sementes das plantas forrageiras .......... 63
6.2.2. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de nutrientes da
palhada ....................................................................................................................... 64
6.2.3. Índice relativo de clorofila, matéria seca da parte aérea, teores de nutrientes e
acúmulo de N na cultura do feijão ............................................................................. 87
6.2.4. Componente da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão ........ 91
6.3. Experimento III ......................................................................................................... 95
6.3.1. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de nutrientes da
palhada ....................................................................................................................... 95
6.3.2. Índice relativo de clorofila, matéria seca da parte aérea, teores de nutrientes e
acúmulo de N na cultura do feijão ........................................................................... 118
6.3.3. Componentes da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão ..... 123
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 127
8. CONCLUSÕES ............................................................................................................. 129
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 130
VIII

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Características químicas do solo nas profundidades de 0-0,20 e 0,20-0,40 m,


determinadas antes da instalação dos experimentos. ........................................ 17
Tabela 2. Características granulométricas do solo nas profundidades 0-20 e 20-40 cm,
determinadas antes da instalação dos experimentos. ........................................ 17
Tabela 3. Porcentagem de germinação, viabilidade e produtividade de sementes da U.
humidicola cv. Llanero por ocasião da colheita, em razão de formas de
manejo de adubação nitrogenada. Santo Anastácio, ano agrícola 2013/14
(Experimento I). ................................................................................................ 29
Tabela 4. Matéria seca da cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I). ..... 31
Tabela 5. Teor e quantidade de N acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.
Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP, ano agrícola
2012/13 (Experimento I)................................................................................... 34
Tabela 6. Teor de C na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I). .... 37
Tabela 7. Relação C/N na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I). .... 39
Tabela 8. Teor e quantidade de P acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.
Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP, ano agrícola
2012/13 (Experimento I)................................................................................... 42
Tabela 9. Teor e quantidade de K acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.
Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP, ano agrícola
2012/13 (Experimento I)................................................................................... 44
Tabela 10. Teor e quantidade de Ca acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola
cv. Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP, ano agrícola
2012/13 (Experimento I)................................................................................... 47
Tabela 11. Teor e quantidade de Mg acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola
cv. Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
IX

antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),


em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP, ano agrícola
2012/13 (Experimento I)................................................................................... 50
Tabela 12. Teor e quantidade de S acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.
Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP, ano agrícola
2012/13 (Experimento I)................................................................................... 52
Tabela 13. Índice de relativo de clorofila (IRC), população de plantas, matéria seca,
teor de N, quantidade de N acumulada, na parte aérea do feijoeiro no
estádio vegetativo V4 e no estádio de florescimento (R6), em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Santo Anastácio-SP, ano
agrícola 2012/13 (Experimento I). .................................................................... 55
Tabela 14. Teores de nutrientes na folha diagnose do feijoeiro no estádio de
florescimento em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN).
Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13. ...................................................... 58
Tabela 15. Componentes da produção e produtividade de feijão em razão de formas
de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses
de N aplicadas no feijoeiro (DN). Santo Anastácio-SP, ano agrícola
2012/13 (Experimento I)................................................................................... 60
Tabela 16. Desdobramento da interação significativa entre formas de manejo de
adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), para produtividade de grãos da cultura do
feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I). ................ 62
Tabela 17. Porcentagem de germinação, viabilidade e produtividades de sementes
puras da U. brizantha cv. MG-5, em razão de formas de manejo de
adubação nitrogenada. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II). .............................................................................................. 64
Tabela 18. Matéria seca da cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento
II). ..................................................................................................................... 66
Tabela 19. Teor e quantidade de N acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada
na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em
diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento II). ................................................................................ 69
Tabela 20. Teor de C na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento
II). ..................................................................................................................... 71
X

Tabela 21. Relação C/N na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento
II). ..................................................................................................................... 73
Tabela 22. Teor e quantidade de P acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada
na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em
diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento II). ................................................................................ 75
Tabela 23. Teor e quantidade de K acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada
na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em
diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento II). ................................................................................ 78
Tabela 24. Teor e quantidade de Ca acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada
na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em
diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento II). ................................................................................ 81
Tabela 25. Teor e quantidade de Mg acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha
cv. MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento II). ................................................................................ 83
Tabela 26. Teor e quantidade de S acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada
na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em
diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento II). ................................................................................ 85
Tabela 27. Índice de relativo de clorofila (IRC), população de plantas, matéria seca,
teor de N e quantidade de N acumulada na parte aérea do feijoeiro no
estádio vegetativo V4 e no estádio de florescimento (R6), em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente Prudente-SP, ano
agrícola 2013/14 (Experimento II). .................................................................. 88
Tabela 28. Teores de nutrientes na folha diagnose do feijoeiro no estádio de
florescimento em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN).
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II). .................... 90
Tabela 29. Componentes da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão
em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II)....................................... 92
XI

Tabela 30. Desdobramento da interação significativa entre formas de manejo de


adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), para o número de vagens por planta do
feijoeiro. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II). .... 92
Tabela 31. Matéria seca da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão
de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento
III). .................................................................................................................... 96
Tabela 32. Teor e quantidade de N acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento III). ............................................................................... 99
Tabela 33. Teor de C na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento
III). .................................................................................................................. 101
Tabela 34. Relação C/N da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão
de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento
III). .................................................................................................................. 103
Tabela 35. Teor e quantidade de P acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano
agrícola 2013/14 (Experimento III). ............................................................... 105
Tabela 36. Teor e quantidade de K acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento III). ............................................................................. 108
Tabela 37. Teor e quantidade de Ca acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano
agrícola 2013/14 (Experimento III). ............................................................... 111
Tabela 38. Teor e quantidade de Mg acumulada na cobertura vegetal (P. maximum
cv. Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano
agrícola 2013/14 (Experimento III). ............................................................... 113
XII

Tabela 39. Teor e quantidade de S acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento III). ............................................................................. 116
Tabela 40. Índice de relativo de clorofila (IRC), população de plantas, matéria seca,
teor de N e quantidade de N acumulada na parte aérea do feijoeiro no
estádio vegetativo V4 e no estádio de florescimento (R6), em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente Prudente, ano
agrícola 2013/14 (Experimento III). ............................................................... 119
Tabela 41. Desdobramento da interação significativa entre formas de manejo de
adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), para o teor de N na parte aérea do feijoeiro no
estádio R6. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento
III). .................................................................................................................. 120
Tabela 42. Teores de nutrientes na folha diagnose do feijoeiro no estádio de
florescimento em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN).
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 122
Tabela 43. Componentes da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão
em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). .................................. 124
XIII

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Precipitação pluvial, temperatura máxima e temperatura mínima registradas


na área experimental: (a) experimento I, ano agrícola 2012/13; (b)
experimento II e III, ano agrícola 2013/14. CU: corte de uniformização da
forrageira; Emer.: emergência da forrageira; 1a e 2a ANF: primeira e
segunda aplicação de N na forrageira, respectivamente; CF: corte
forrageira para colheita das sementes; Emer. Feijão: emergência do feijão;
N-cob.: aplicação de N em cobertura no feijoeiro; Flor.: florescimento do
feijão e, Colh.: colheita do feijão. ..................................................................... 16
Figura 2. Processo de colheita das sementes: (a) varredura das sementes; (b)
separação das sementes do solo em conjunto de peneiras; (c) detalhe do
conjunto de peneiras com as sementes separadas; (d) área de cada parcela
que foi amostrada. ............................................................................................. 19
Figura 3. (a) Equipamento utilizado para triturar a palhada e (b) área com a palhada
triturada. ............................................................................................................ 20
Figura 4. Matéria seca da cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 32
Figura 5. Quantidade de N na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 35
Figura 6. Teor de C na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 38
XIV

Figura 7. Relação C/N na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 40
Figura 8. Quantidade de P na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 43
Figura 9. Quantidade de K na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 45
Figura 10. Quantidade de Ca na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 49
Figura 11. Quantidade de Mg na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
XV

semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do


feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 51
Figura 12. Quantidade de S na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 53
Figura 13. Matéria seca da cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão;
colheita do feijão. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II). .............................................................................................. 67
Figura 14. Quantidade de N na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão;
colheita do feijão. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II). .............................................................................................. 70
Figura 15. Teor de C na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão;
colheita do feijão. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II). .............................................................................................. 72
Figura 16. Relação C/N da cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão;
XVI

colheita do feijão. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14


(Experimento II). .............................................................................................. 74
Figura 16. Quantidade de P na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão;
colheita do feijão. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II). .............................................................................................. 76
Figura 17. Quantidade de K na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão;
colheita do feijão. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II). .............................................................................................. 79
Figura 18. Quantidade de Ca na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão;
colheita do feijão. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II). .............................................................................................. 82
Figura 19. Quantidade de Mg na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão;
colheita do feijão. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II). .............................................................................................. 84
Figura 20. Quantidade de S na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão;
colheita do feijão. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II). .............................................................................................. 86
XVII

Figura 21. Matéria seca da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). .................. 97
Figura 22. Quantidade de N na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 100
Figura 23. Teor de C na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 102
Figura 24. Relação C/N da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, Ano Agrícola 2013/14 (Experimento III). .............. 104
Figura 25. Quantidade de P na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 106
Figura 26. Quantidade de K na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
XVIII

nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.


Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 109
Figura 27. Quantidade de Ca na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 112
Figura 28. Quantidade de Mg na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 114
Figura 29. Quantidade de S na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 117
1

1. RESUMO

Com a manutenção na superfície do solo da palhada residual da


colheita de gramíneas forrageiras, cultivadas para a produção de sementes, podem ocorrer
alterações na dinâmica do nitrogênio (N) no solo. Assim, o cultivo de feijão comum
(Phaseolus vulgaris L.) em sucessão a essas forrageiras, com recomendações de adubação
nitrogenadas convencionais, realizadas em cobertura, pode ter reduzida produtividade de
grãos, pela carência de N, especialmente na fase inicial de desenvolvimento das plantas.
Neste contexto, a prática de antecipação da adubação nitrogenada na cultura forrageira,
pode favorecer a produção de sementes das mesmas e disponibilizar N na fase inicial da
cultura do feijão em sucessão, por proporcionar produção de palhada com menor relação
C/N. Isso também pode contribuir para decomposição da palhada, evitando acúmulo
excessivo nas áreas destinadas a produção de sementes de forrageiras, já que elevadas
quantidades de resíduos podem atrapalhar a colheita, que é realizada no chão após a
degrana natural. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do manejo da adubação
nitrogenada na produção e qualidade de sementes de gramíneas forrageiras (Urochloa
humidicola cv. Llanero, U. brizantha cv. MG-5 e Panicum maximum cv. Mombaça), na
decomposição da palhada residual e na nutrição e produtividade da cultura do feijão
cultivada em sucessão, em sistema de semeadura direta, sob doses de N em cobertura.
Foram conduzidos três experimentos em áreas de produção de sementes de forrageiras na
região de Presidente Prudente-SP, nos anos agrícolas 2012/13 e 2013/14. O delineamento
experimental adotado em todos os experimentos foi em blocos casualizados, em esquema
de parcela subdividida, com quatro repetições. As parcelas foram constituídas por cinco
formas de manejo da dose de 150 kg ha-1 de N na forrageira (0-0 (testemunha), 150-0, 0-
150, 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N), respectivamente, aproximadamente 40 dias após o
corte de uniformização (Experimento I) ou 40 dias após a emergência (DAE) (Experimento
2

II e III) e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)). As subparcelas foram


compostas por doses de N aplicadas em cobertura no feijoeiro (0, 50, 100 e 150 kg ha-1 de
N). A aplicação do N em cobertura no feijoeiro foi realizada no estádio V4. A adubação
nitrogenada na forrageira aumentou a produtividade de sementes puras, porém o efeito da
forma de parcelamento foi variável entre as espécies/cultivar. Na U. humindicola cv.
Llanero de segundo ciclo, a maior produtividade foi obtida com aplicação de 100 kg ha-1
de N aos 43 após o corte de uniformização e o restante na fase de pré-emborrachamento.
Na U. brizantha cv. MG-5 de primeiro ciclo, a maior produtividade foi obtida com
aplicação 50 kg ha-1 de N na fase inicial (32 DAE) e o restante na fase de pré-
emborrachamento. Em geral, a adubação nitrogenada aumentou o poder germinativo e a
viabilidade das sementes produzidas. A produção de matéria seca da parte aérea das
forrageiras foi pouco influenciada pela adubação nitrogenada, independentemente da forma
de parcelamento. A adubação nitrogenada na forrageira aumentou o teor e o acúmulo de N
e reduziu a relação C/N da palhada, porém, incrementou apenas a taxa de liberação de N e
K, interferindo pouco na dinâmica de decomposição da cobertura vegetal e na liberação
dos demais macronutrientes para o solo. A adubação nitrogenada na forrageira,
independentemente da forma de manejo, promoveu maior oferta de N ao feijoeiro
cultivado em sucessão, aumentando o número de vagens por planta e a produtividade de
grãos. Entretanto, devido à grande quantidade de resíduos remanescentes da forrageira com
elevada relação C/N, independentemente do manejo do N na forrageira, a cultura do feijão
teve a produtividade de grãos aumentada com a aplicação de N em cobertura.

Palavras Chave: Phaseolus vulgaris, nitrogênio, Urochloa spp., Panicum maximum,


forrageiras perenes, palhada, antecipação da adubação, produtividade de sementes.
3

MANAGEMENT OF NITROGEN FERTILIZATION FOR COMMON BEAN CROP IN


SUCCESSION TO GRASS FORAGE GROWN FOR SEED PRODUCTION.
Botucatu, 2015. 141p. Tese (Doutorado em Agronomia/Agricultura) – Faculdade de
Ciências Agronômicas. Universidade Estadual Paulista.
Author: TIAGO ARANDA CATUCHI
Adviser: ROGÉRIO PERES SORATTO
Co-adviser: CARLOS SÉRGIO TIRITAN

2. SUMMARY

By maintaining residual straw on soil surface forage grasses grown


for seed production changes in the dynamics of the soil nitrogen (N) may occur. Thus,
common bean (Phaseolus vulgaris L.) growth in succession to these forage grasses with
conventional N fertilizer recommendations, made in sidedressing, may have reduced grain
yield by the lack of N, especially in the early stages of plant development. In this context,
the practice of early N application on forage grass crop may increase the production of
seeds of them and provide N in early common bean crop in succession, by providing straw
production with smaller C/N. This also can contribute to decomposition of the straw mulch
avoiding excessive accumulation in areas for the production of forage seeds, as high
amounts of straw residues can disrupt the harvest, which is held on the ground after natural
threshing. The objective of this study was to evaluate the effects of management of N
fertilization on yield and quality of seeds of forage grasses (Urochloa humidicola cv.
Llanero, U. brizantha cv. MG-5 and Panicum maximum cv. Mombasa), the decomposition
of residual straw, and on nutrition and grain yield of common bean crop cultivated in
succession, in no-tillage system under rates of N in. Three field experiments were
conducted in forage seed production areas in the region of Presidente Prudente-SP, in the
agricultural years 2012/13 and 2013/14. The experimental design was a randomized block
in a split plot design, with four replications. The plots consisted of five forms of
management of 150 kg ha-1 N in forage grass (0-0 (control), 150-0, 0-150, 100-50, and 50-
100 kg ha-1 N ), approximately 40 days after the standardized harvest (Experiment I) or 40
days after emergence (DAE) (Experiment II and III) and pre-booting stage (floral
differentiation)). The subplots were composed of N rates sidedressed to common bean (0,
4

50, 100, and 150 kg ha-1 N). Nitrogen application in common bean was held at the V4
stage. Nitrogen fertilization increased the seed yield of forage grasses, but the effect of the
form of split application varies among species/cultivar. In U. humindicola cv. Llanero in
second cycle, the highest seed yield was obtained with application of 100 kg ha-1 N at 43
after the standardized cut and the rest in pre-booting stage. In the U. brizantha cv. MG-5 in
first cycle, the highest seed yield was obtained by applying 50 kg ha-1 N in the initial phase
(32 DAE) and the rest in pre-booting stage. In general, the N fertilization increased the
germination and viability of seeds produced. The dry matter production of the aerial part of
the forage grasses was little influenced by N fertilization, regardless of the form of split
application. Nitrogen fertilization increased the concentration of N and reduced the C/N
ratio in the forage straw; however, only increased the release rate of N and K and did not
interfere in the dynamics of decomposition of residual straw and the release of other
macronutrients to the soil. The N fertilization on forage grass, whatever the form of
management, promoted greater supply of N to common bean cultivated in succession,
increasing the number of pods per plant and grain yield. However, due to the large amount
of remaining residues of forage grasses with high C/N, regardless of management of N in
forage grass, the common bean crop had grain yield increased with sidedressed N
application.

Keywords: Phaseolus vulgaris, nitrogen, Urochloa spp., Panicum maximum, perennial


forage grasses, straw mulch, anticipation of fertilization, seed yield.
5

3. INTRODUÇÃO

O Brasil destaca-se no cenário mundial em produção e tecnologia


de sementes de forrageiras, cultivando mais de 140.000 ha por ano (ANUALPEC, 2014).
A demanda por sementes de gramíneas forrageiras tende a crescer nos próximos anos, em
razão dos incentivos por parte do governo através do programa de Agricultura de Baixo
Carbono (ABC) e liberação de linhas de créditos para os agricultores implantarem práticas
agrícolas sustentáveis como o sistema semeadura direta na palha (SSD) e recuperação de
pastagens degradadas (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, 2012).
Nos últimos anos, o sistema tradicional de manejo de campos de
produção de sementes de forrageiras teve que ser revisto, principalmente quando se aborda
aspectos referentes ao manejo da adubação e anos de condução consecutiva de campos de
produção na mesma área, pois a queima da palhada residual da colheita das sementes foi
restringida legalmente (ARANTES, 2006). Com a manutenção da alta quantidade de
palhada na superfície do solo (SOUZA e SILVA, 2006), que pode acarretar problemas na
colheita que é realizada por varredura (colheita no chão após degrana das sementes) e
interferir na produtividade de sementes no ciclo seguinte, em razão do alto volume de
palhada dificultar a rebrota da soqueira das forrageiras. Alguns produtores estão
conduzindo campos de produção de sementes de forrageiras por um ou dois anos
consecutivos e, em sequência, cultivando culturas graníferas, como o feijão comum
(Phaseolus vulgaris L.), em SSD. A prática visa reduzir a quantidade de palhada no
sistema, promover a quebra de ciclo de pragas e doenças, além de agregar valor a terra,
conduzindo espécies de variados seguimentos agrícolas na mesma área. Contudo, esse
sistema tem encontrado alguns entraves do ponto de vista técnico, especialmente em
6

relação ao manejo da adubação nitrogenada. Com a manutenção da palhada das forrageiras


de elevada relação C/N sobre o solo a dinâmica do nitrogênio (N) é alterada
(KLUTHCOUSKI et al., 2006) e com o manejo convencional da adubação nitrogenada na
cultura do feijão, por exemplo, realizado em cobertura entre 20 e 30 dias após a
emergência (DAE) das plantas (AMBROSANO et al., 1997), tem ocorrido carência de N
na fase inicial do desenvolvimento da cultura. Isso ocorre em razão do processo de
imobilização temporária do N pela massa microbiana do solo (CANTARELLA, 2007).
Nesse contexto, a prática de antecipar a adubação nitrogenada nas
plantas forrageiras cultivadas para produção de sementes, pode proporcionar maior
produtividade e qualidade fisiológica das sementes das forrageiras (DEMINICIS et al.,
2010). Com a aplicação tardia de N na forrageira possivelmente não incrementa a produção
de palhada, mas proporciona produção de material vegetal com menor relação C/N (LEITE
e GALVÃO, 2008). Com isso têm-se maior taxa de decomposição e liberação dos
nutrientes da palhada, fornecendo N para a cultura do feijão na sua fase inicial de
desenvolvimento, podendo minimizar os efeitos do processo de imobilização do N na fase
inicial de desenvolvimento do feijoeiro (SÁ, 1999). Ademais, a aceleração do processo de
decomposição da palhada poderá favorecer a instalação de campos de produção de
sementes de forrageira após o cultivo do feijão.
Assim, o objetivo do trabalho foi de avaliar os efeitos do manejo da
adubação nitrogenada na produtividade e qualidade de sementes de plantas de forrageiras,
na decomposição da palhada residual e na nutrição e produtividade da cultura do feijão
cultivada em sucessão, em sistema de semeadura direta (SSD), com aplicação de doses de
N em cobertura.
7

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O Brasil é considerado o principal produtor mundial de sementes


de plantas forrageiras, cultivando mais de 140.000 ha, com produção de 100.000 toneladas
de sementes de forrageiras por ano, das quais em torno de 10% é exportado, obtendo-se
faturamento total cerca de US$ 300 milhões anualmente (ANUALPEC, 2014). A grande
demanda por sementes de gramíneas forrageiras tropicais se deve ao fato, de atualmente
espécies como dos gêneros Urochloa (Syn. Brachiaria) e Panicum serem utilizadas para
cobertura do solo no SSD em programas de integração lavoura-pecuária (CRUSCIOL et
al., 2009), e na reforma de pastagens degradadas, sendo que o Brasil possui cerca de
171,70 milhões de hectares de pastagens (IBGE, 2007). Deste total cerca de 60% se
encontram em algum processo de degradação e necessita de reformas (CECATO et al.,
2014).
A região de Presidente Prudente, localizada no Oeste do Estado de
São Paulo, é considerada um importante polo produtor de sementes de forrageira, em razão
das condições de textura do solo, classificada como arenosa a média (EMBRAPA, 2006).
Essa característica do solo viabiliza o processo de colheita por varredura, evitando que as
partículas de solo fiquem aderidas as sementes após o processo de pré-limpeza, o que
ocorre nos solos mais argilosos. Outro fator que favorece o cultivo de forrageiras para
produção de sementes nesta região é as condições climáticas do tipo Aw, segundo a
classificação de Köppen, permitindo o pleno desenvolvimento das espécies forrageira
8

tropicais no período de primavera-verão, com inverno seco, propício para a colheita das
sementes.
No sistema de produção de sementes de forrageiras, um dos
componentes de qualidade dos lotes de sementes é a sua porcentagem de impureza, sendo
consideradas impurezas as sementes com antécios vazios, sementes de outras espécies e,
principalmente, palha dos restos culturais de plantas forrageiras (BRASIL, 2009). Para
reduzir a quantidade de impurezas dos lotes de sementes colhidas, evitar problemas na
colheita realizada por varredura e reduzir a baixa rebrota da soqueira da forrageira, em
razão do alto volume de palhada, adotava-se a prática de queima da palhada residual da
colheita no manejo pós-colheita dos campos de produção, visto que na mesma área
procedia-se a colheita das sementes por três a quatro anos consecutivos. Porém, nos
últimos anos, em função das mudanças climáticas e cotas para emissão de CO2 (MACEDO
et al., 2010), a prática da eliminação da palhada através da queima passou a ser restringida
legalmente pelos órgãos ambientais (ARANTES, 2006).
Nestas condições, buscando novas alternativas para a utilização da
palhada residual, alguns produtores estão substituindo gradativamente o cultivo de
gramíneas forrageiras por mais de dois anos consecutivo e inserindo neste sistema a prática
de rotação com culturas graníferas anuais, como o feijão, em SSD na palhada residual (SÁ
et al., 2006).
Considerando que os campos de produção de sementes forrageiras
se dão em regiões tropicais e áreas com solos de textura média a arenosa e com baixos
teores de matéria orgânica, a prática de rotação de cultura em SSD pode ser boa alternativa
para a utilização da palhada residual. A manutenção dos resíduos vegetais na superfície do
solo promove manutenção de umidade do solo e mantém a temperatura dele em escalas
favoráveis, além de incrementar o teor de matéria orgânica e reduzir a perda de nutrientes
e, consequentemente, a emissão de CO2 para atmosfera. Segundo Martius et al. (2001), a
matéria orgânica do solo e a atividade biológica estão diretamente ligadas às característica
essenciais para a manutenção da capacidade produtiva dos solos.
Entretanto, o cultivo de culturas graníferas em SSD sobre a palhada
das forrageiras pode apresentar limitações do ponto de vista nutricional, pois o manejo da
adubação dos campos de produção de sementes de forrageiras é baseado deficitariamente
em boletins técnicos de pastagens (VILELA et al, 2003; PIRES, 2006). Com a manutenção
de palhada no sistema a dinâmica dos nutrientes, principalmente com relação ao N, é
9

alterada (KLUTHCOUSKI et al., 2006). Pode repercutir negativamente na qualidade e


produção de sementes forrageiras e baixa produtividade da cultura granífera e promover
gradativamente o esgotamento nutricional do solo. Segundo Sá (1994), a vitalidade das
sementes depende, em parte, do vigor de seus ascendentes, motivo pelo qual o solo
cultivado com a finalidade de produção de sementes deve possuir boa fertilidade e receber
adubações equilibradas.
O N desempenha papéis vitais na planta, como a fotossíntese e
constituinte de aminoácidos e proteínas. A participação do N na fotossíntese pode ser
explicada por sua atuação deste nutriente na síntese de clorofila e pelo seu papel na síntese
da enzima Rubisco, que promove a fixação do CO2 atmosférico (TAIZ; ZEIGER, 2009).
Plantas bem nutridas com N possuem sistema radicular mais desenvolvido em razão do
maior expansão da área foliar com, consequente maiores taxas fotossintéticas, com isso há
maior fluxo de carboidrato para a raiz favorecendo seu crescimento (PRADO, 2008). O N
é o nutriente absorvido em maior quantidade pelas plantas, sendo o principal elemento
limitador da produtividade da maioria das culturas (LOPES et al., 2004; PRADO, 2008).
Há carência de trabalhos científicos na área de adubação e nutrição
de forrageiras para produção de sementes, principalmente com relação a doses e épocas de
adubação nitrogenada (VERZIGNASSI et al., 2008; NERY et al., 2012). Observações de
cunho prático, indicam que dependendo da época que é realizada a adubação nitrogenada
de cobertura, a maioria das cultivares de Urochloa spp. reduz a produtividade de sementes.
Fato que ocorre em razão da planta direcionar o nutriente para a produção de biomassa
vegetativa (CECATO el al., 2004; MAGALHÃES et al, 2007; VIANA et al., 2011). Neste
sentido, o método de antecipação da adubação nitrogenada na forrageira cultivada para
produção de sementes deve ser avaliado com aplicação de N em estádios fenológicos que
possibilite a planta direcionar o aporte nutricional para os órgãos reprodutivos. Cornélio et
al. (2007), avaliando épocas de adubação nitrogenada e produção de sementes de arroz,
observaram maior produtividade em razão da aplicação de 1/3 da dose de 160 kg ha-1 de N
no momento da semeadura, sendo o restante aplicado na diferenciação floral. Fabre et al.
(2011) encontraram a mesma classe de resposta no arroz de várzea, com maior
produtividade na aplicação da dose de 118 kg ha-1 de N metade na semeadura e o restante
aos 45 dias após a germinação na ocasião da diferenciação floral, já Condé e Garcia
(1988), obtiveram maior produção de sementes de Urochloa decumbens (Stapf) cv. IPEAN
10

com aplicação de 150 kg ha-1 de N no pleno perfilhamento, ou seja, 75 dias após a


emergência das plantas.
Entre os nutrientes classificados como essencial para as plantas o N
é o que possui o manejo mais difícil por apresentar grande dinâmica no sistema solo-planta
(SANTOS et al., 2003). O N é um elemento que se perde facilmente por lixiviação,
volatilização e desnitrificação no solo (KLUTHCOUSKI et al., 2006). Segundo estes
autores, em SSD há um aumento gradativo de matéria orgânica e, consequentemente, na
atividade microbiológica dos solos, alterando não somente o ciclo do N no solo, tornando-
o menos disponível para as plantas em um determinado período, como o fluxo de perdas.
Segundo Kluthcouski et al. (2006) e Sá (1999), nos primeiros anos de adoção do SSD a
imobilização prevalece devido à adição de material orgânico exceder a decomposição.
Após alguns anos de adoção desse sistema, ocorre equivalência dos processos e, com o
passar dos anos, o aporte de N via decomposição de resíduos e matéria orgânica lábil
acumulada será maior que a quantidade de N imobilizado pelos microrganismos do solo. A
imobilização do N é a transformação do N inorgânico em orgânico, processo realizado por
microrganismos que incorporam o N inorgânico disponível no solo às suas células. Ao
morrerem, o N assimilado pode voltar a ser mineralizado (CANTARELLA, 2007).
Em alguns casos a antecipação da adubação nitrogenada, em
relação às recomendações convencionais, promove a antecipação da imobilização do N
pela massa microbiana do solo, fazendo com que o N fique disponível justamente na fase
em que é mais requerido pela cultura (SÁ, 1999). Com isso, a prática de antecipação da
adubação nitrogenada na forrageira cultivada para produção de sementes, pode promover
benefícios em relação aplicação em cobertura no feijoeiro, como o aproveitamento do
nutriente pela forrageira para conversão em produtividade e qualidade de sementes
(ABRANTES et al., 2010; DEMINICIS et al., 2010). Também pode favorecer a proteção
do N aplicado dos eventos de perda ocasionados por lixiviação de N em forma nítrica
(SANGOI et al, 2003) e volatilização (BOUWEESTER et al., 1985; DUARTE et al.,
2007), pois quando o N é aplicado sobre palhada senescente aumenta o fluxo de perda de
NH3 por volatilização em razão do favorecimento da atividade da enzima urease (LARA
CABEZAS; YAMADA, 1999; CONTIN, 2007). A prática de antecipação nitrogenada na
gramínea forrageira pode minimizar os efeitos do processo de imobilização (SÁ, 1999) e
deixar este elemento prontamente disponível para a cultura sucessora, após a senescência
11

das plantas forrageiras e mineralização da palhada (SOUZA; MELO, 2000; SORATTO,


2011).
A cultura do feijão comum ocupa um grande espaço na agricultura
brasileira, devido à sua importância econômica e social. A produção nacional de feijão na
safra 2014/15 está estimada em 3,3 milhões de toneladas, em 3,1 milhões de hectares
cultivados (CONAB, 2015). A cultura compõe desde sistemas agrícolas intensivos
irrigados, altamente tecnificados, até aqueles com baixo uso tecnológico, principalmente
de subsistência, pois dependendo do cultivar e das condições edafoclimaticas. Pode
apresentar ciclos variando de 70 a 110 dias, permitindo o cultivo em varias épocas dentro
do mesmo ano agrícola (AIDAR, 2003). As épocas recomendadas para semeadura
concentram-se, basicamente, em três períodos denominados das "águas", entre os meses de
setembro a novembro, o da "seca", de janeiro a março, e o de outono-inverno ou terceira
época, nos meses de maio a julho. O cultivo de outono-inverno ou terceira época só pode
ser conduzido em regiões com inverno ameno, sem ocorrência de geadas, e com irrigação,
como em algumas áreas do Oeste de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás
e Espírito Santo (SILVA, 2003; FANCELLI; DOURADO NETO, 2007).
Para obtenção de elevada produtividade de grãos, o fornecimento
de N à cultura do feijão é fundamental. Em relação aos demais nutrientes, o N é absorvido
em quantidades mais elevadas pelo feijoeiro (SANT’ANA et al., 2011). Segundo Soratto et
al. (2013), para cada tonelada de grãos produzido a planta de feijão absorve em média 40
kg ha-1 de N. Este nutriente é responsável pelo incremento da área foliar da planta, que
aumenta a eficiência de intercepção da radiação solar, a taxa fotossintética e,
consequentemente, a produtividade de grãos (FAGERIA; BALIGAR, 2005). Plantas de
feijão com deficiência de N apresentam clorose nos folíolos das folhas mais velhas, que
entram em senescência prematuramente. As nervuras tornam-se mais destacadas, com a
evolução da deficiência a clorose se acentua, podendo, no entanto, permanecer manchas
verdes puntiformes, pequenas, como salpicos (ROSOLEM; MARUBAYASHI, 1994).
Plantas de feijão com carência de N apresentam menor teor de proteína nas sementes
(GOMES JUNIOR; SÁ, 2010), menor produção de matéria seca (SORATTO et al., 2006),
redução na massa de 1000 grãos (FARINELLI et al., 2006) e, consequentemente, menor
produtividade de grãos (BARBOSA FILHO et al, 2005; SORATTO et al., 2004; 2006;
TEIXEIRA et al., 2008).
12

De acordo com Ambrosano et al. (1997), a recomendação de


adubação nitrogenada de cobertura para a cultura do feijão no Estado de São Paulo é de 20
a 90 kg ha-1 de N, variando de acordo com a produtividade esperada e a classe de resposta
ao N, devendo ser aplicado entre 15 e 30 DAE. Fancelli e Dourado Neto (2007)
recomendam esta mesma dosagem quando se almeja produtividade acima de 1.200 kg ha-1
em aplicação única por ocasião da emissão da 3a folha trifoliada.
Oliveira et al. (2003) observaram resposta linear da produtividade
de grãos de feijão à adubação nitrogenada em cobertura, variando doses de 0 a 100 kg ha-1
de N. Já Guerra et al. (2000) obtiveram maior produtividade de feijão com adubação
nitrogenada de cobertura, na dose de 80 kg ha-1. Em trabalho realizado por Silva et al.
(2004) houve influencia da adubação nitrogenada sob a produtividade de grãos com a
aplicação de 75 a 100 kg ha-1 de N. Em SSD, Alvarez et al. (2005) encontraram maior
produtividade do feijão irrigado com adição de 100 kg ha-1 de N, via cobertura. Meira et al.
(2001) observaram em feijoeiro cultivado sob SSD, que a produtividade máxima obtida foi
com 164 kg ha-1 de N. Avaliando desempenho do feijão, cv. Pérola, cultivado em sucessão
a plantas de cobertura, Silveira et al. (2005) observaram que em palhadas de braquiária,
milho em consórcio com braquiária, sorgo e mombaça, a resposta da produtividade do
feijoeiro à adubação nitrogenada foi linear até a dose de 120 kg ha-1 de N.
A elevada demanda de N no sistema de cultivo do feijão em
sucessão a plantas de cobertura gramíneas está relacionada em parte com a necessidade de
N pelos microrganismos para decomposição dos restos culturas remanescentes (LEITE;
GALVÃO, 2008). A adição ao solo de material orgânico com alta relação C/N, faz com
que os microrganismos responsáveis pela decomposição do material recorram ao N
inorgânico disponível do solo para sustentar o crescimento da população, com isso a
imobilização do N do solo predomina (CANTARELLA, 2007), reduzindo a quantidade do
N disponível para planta em sucessão, assim demandando maiores doses de N no SSD, fato
que é minimizado no SSD consolidado (KLUTHCOUSKI et al., 2006).
Em razão da decomposição dos resíduos orgânicos serem mais
lento em SSD, em relação ao sistema de cultivo com preparo convencional (AMADO et al,
2003), sendo que o primeiro mantem-se na superfície do solo palhada de gramíneos com
alta relação C/N, prevalece inicialmente o processo de imobilização do N pela massa
microbiana do solo (CANTARELLA, 2007). Palhadas de gramíneos como Urochloa
brizantha (Hochst. ex A. Rich. Webster) cv. Marandú e Panicum maximum (Jacq.) cv.
13

Mombaça possuirem teores de N de aproximadamente 13 g kg-1 na fase vegetativa


(SORATTO, 2011), considerando a produção média de matéria seca de campos de
produção de sementes que é de 18 t ha-1, teríamos 234 kg ha-1 de N disponível para a
cultura em sucessão. Contudo, a taxa de liberação deste nutrinte ocorre lentamente pelo
processo de mineralização (AMADO et al, 2003). Essa disponibilidade de N muitas vezes
não coincide com a fase em que o N é mais requerido pela planta, que no caso do feijoeiro
é de 50 a 68 DAE (BRITO et al., 2009; SORATTO et al., 2013).
A prática de antecipação da adubação nitrogenada nas plantas
forrageiras pode favorecer a nutrição do feijão cultivado em sucessão em SSD, em relação
às recomendações convencional de adubação nitrogenada do feijão que é realizado em
cobertura de 15 a 30 DAE (AMBROSANO et al.,1997), pois isso diminui a relação C/N da
palhada, acelera o processo de decomposição e minimiza o de imobilização. Assim, o N
estará disponível na fase em que é mais requerido pela cultura do feijão, podendo
promover o aumento na eficiência de utilização do N e ganhos de produtividade
(KLUTHCOUSKI et al., 2006; SORATTO, 2011).
Oliveira et al. (2010) obtiveram maior produtividade de feijão
cultivado em sucessão a palhada de milho + braquiária não triturada com 80 kg ha-1 de N,
aplicado antecipadamente no dia da semeadura em relação aplicação da mesma dose em
cobertura 29 DAE. Kluthcouski et al. (2006) obtiveram maior produtividade de feijão
cultivado em SSD aplicando 90 kg ha-1 de N antecipadamente comparadas às adubações
realizadas em cobertura 10 e 20 DAE. Soratto (2011), utilizando 100 kg ha-1 de N, na
forma de uréia, observou que aplicação de adubação nitrogenada proporcionou maiores
produtividade em relação à testemunha e que a adubação antecipada realizada 19 dias antes
da dessecação das plantas forrageiras e 33 dias antes da semeadura do feijão, proporcionou
produtividades similares da adubação realizada em cobertura 23 DAE.
A aplicação de N de forma antecipada, na cultura antecessora, pode
ser vantajosa pelo menor custo de produção, pois esta prática possibilita maior rendimento
operacional de maquinas em razão da maior facilidade de distribuição do fertilizante a
lanço, reduzindo gastos com mão de obra, combustível e reparo nos maquinários
(CERETTA, 1998; LANGE et al., 2008). Segundo esses autores, a aplicação de N
antecipado possibilita também maior flexibilidade no período da aplicação de N e uso da
mão-de-obra e maquinário.
14

Com a antecipação da adubação nitrogenada tem-se a aceleração da


decomposição da palhada residual da colheita da forrageira, pois nos campos de produção
de sementes de forrageiras há elevada produção de palhada residual de elevada relação
C/N, que dependendo da espécie, cultivar e nível de fertilidade do solo pode variar entre 10
e 20 t ha-1 (SERRÃO; SIMÃO NETO, 1971; SOUZA; SILVA, 2006). Leite e Galvão
(2008) destacaram que a decomposição do material vegetal adicionado ao sistema depende
de vários fatores, como tipo de material, da idade, tamanho da partícula, condições do solo
(umidade, temperatura, pH e aeração). Contudo, um fator que merece atenção é o conteúdo
de N do material, pois a relação C/N influencia marcadamente a taxa de decomposição e a
mineralização da palhada, uma vez que o N determina a atividade e crescimento dos
microrganismos que mineralizarão o C orgânico (CANTARELLA, 2007). Amado et al.
(2003) observaram que a adição de adubação nitrogenada na palhada de aveia não
interferiu na decomposição da palhada, apesar de ter reduzido a relação C/N dos resíduos,
os autores atribuíram esta resposta ao baixo contato resíduo-solo verificado em SSD.
Confirmando esta colocação, Acosta et al. (2001) observaram que a incorporação da
palhada de aveia a 10 cm de profundidade e a redução da relação C/N com aplicação de N
em cobertura, auxiliou na decomposição dos resíduos, em relação ao resíduo sem aplicação
de adubação nitrogenada. Assim, a adubação nitrogenada antecipada na forrageira e o
manejo da cultura granífera poderão favorecer a decomposição da palhada remanescente,
melhorando o desempenho da semeadora e colheita por varredura das sementes após o
retorno do campo de produção de sementes de forrageiras na área manejada.
15

5. MATERIAL E MÉTODOS

Foram conduzidos três experimentos durante os anos agrícolas de


2012/13 (experimento I) e 2013/14 (experimentos II e III).

5.1. Características dos locais


Os experimentos foram instalados em municípios localizados na
região de Presidente Prudente-SP, região Oeste do estado de São Paulo.
O clima predominante na região é do tipo Aw, segundo a
classificação de Köppen, que apresenta duas estações distintas: quente e chuvosa, de
outubro a março e outra seca, entre abril e setembro. Os dados climáticos registrados
durante a condução dos experimentos estão contidos na Figura 1.
O experimento I foi conduzido em área produção de sementes
localizada na Fazenda Estância Paraíso, município de Santo Anastácio-SP, com latitude
22º09’S, longitude 51º47’W e altitude de 440 m. Os experimentos II e III foram
conduzidos em áreas localizadas na estação experimental da Universidade do Oeste
Paulista (UNOESTE), município de Presidente Prudente-SP, com latitude 22º07’S,
longitude 51º26’W e altitude de 418 m.
O solo da área do experimento I foi classificado como Latossolo
Vermelho Amarelo distrófico e das áreas dos experimentos II e III foi classificado como
Argissolo Vermelho Amarelo distrófico, de acordo com o Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006). Foram realizadas amostragens de solo nas
profundidades 0-0,20 e 0,20-0,40 m, nas áreas utilizadas para cada
16

experimento. Os resultados de análises químicas e granulométrica estão apresentados na


Tabela 1 e 2, respectivamente.

150 60
(a)
135 Emer.
2º ANF CF Feijão N-cob. Flor. Colh.
CU 1º ANF 50
120

105
40
Precipitação (mm dia-1)

Temperatura (oC)
90

75 30

60

20
45

30
10

15

0 0
1
5
9
13
17
21
25
29
3
7
11
15
19
23
27
31
4
8
12
16
20
24
28
1
5
9
13
17
21
25
29
3
7
11
15
19
23
27
31
4
8
12
16
20
24
28
4
8
12
16
20
24
28
1
5
9
13
17
21
25
29
3
7
11
15
19
23
27
31
4
8
12
16
20
24
28
2
6
10
14
18
22
26
30
Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
150 60
(b) Emer. Colh.
1º ANF 2º ANF Emer. feijão N-cob. Flor.
135 Ex. III Ex. III Ex. III Ex. III Ex. III Ex. III Ex. III

50
120 Emer. feijão N-cob. Flor. Colh.
Emer. 1º ANF 2º ANF
CF Ex. II Ex. II Ex. II Ex. II Ex. II
Ex. II Ex. II Ex. II
105
40
Precipitação (mm dia -1)

Temperatura (oC)
90

75 30

60

20
45

30
10

15

0 0
01/12/2013
05/12/2013
09/12/2013
13/12/2013
17/12/2013
21/12/2013
25/12/2013
29/12/2013
02/01/2014
06/01/2014
10/01/2014
14/01/2014
18/01/2014
22/01/2014
26/01/2014
30/01/2014
03/02/2014
07/02/2014
11/02/2014
15/02/2014
19/02/2014
23/02/2014
27/02/2014
03/03/2014
07/03/2014
11/03/2014
15/03/2014
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27/03/2014
31/03/2014
04/04/2014
08/04/2014
12/04/2014
16/04/2014
20/04/2014
24/04/2014
28/04/2014
02/05/2014
06/05/2014
10/05/2014
14/05/2014
18/05/2014
22/05/2014
26/05/2014
30/05/2014
03/06/2014
07/06/2014
11/06/2014
15/06/2014
19/06/2014
23/06/2014
27/06/2014
01/07/2014
05/07/2014
09/07/2014
13/07/2014
17/07/2014
21/07/2014
25/07/2014
29/07/2014
02/08/2014
06/08/2014
10/08/2014
14/08/2014
18/08/2014
22/08/2014
26/08/2014
30/08/2014
03/09/2014
07/09/2014
11/09/2014
15/09/2014
19/09/2014
23/09/2014
27/09/2014
01/10/2014
05/10/2014
09/10/2014
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21/10/2014
25/10/2014
29/10/2014

Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro

Figura 1. Precipitação pluvial ( ), temperatura máxima ( ) e temperatura mínima ( )


registradas na área experimental: (a) experimento I, ano agrícola 2012/13; (b) experimento
II e III, ano agrícola 2013/14. CU: corte de uniformização da forrageira; Emer.:
emergência da forrageira; 1a e 2a ANF: primeira e segunda aplicação de N na forrageira,
respectivamente; CF: corte forrageira para colheita das sementes; Emer. Feijão:
emergência do feijão; N-cob.: aplicação de N em cobertura no feijoeiro; Flor.:
florescimento do feijão e, Colh.: colheita do feijão.
17

O experimento I foi instalado em área de campo de produção de


sementes de forrageira de segundo ano de cultivo, ou seja, após rebrota da forrageira
colhida na safra 2012/13 para produção de sementes. Os experimentos II e III foram
instalados em área de primeiro ano de produção de sementes.

Tabela 1. Características químicas do solo nas profundidades de 0-0,20 e 0,20-0,40 m,


determinadas antes da instalação dos experimentos.
Profundidade pH(CaCl2) M.O. P (resina) H+Al K+ Ca2+ Mg2+ CTC V
m g dm-3 mg dm-3 _______________
mmolc dm-3_____________ %
Experimento I – 2012/13
0,0-0,20 5,5 17,3 18,4 17,6 4,0 20,7 11,6 54,1 67,3
0,20-0,40 5,3 12,1 16,2 23,9 2,1 19,8 7,1 53,8 53,9
Experimento II – 2013/14
0,0-0,20 5,2 9,2 37,4 17,6 2,3 21,6 8,4 49,9 64,7
0,20-0,40 5,5 9,5 14,7 15,1 2,1 27,7 6,2 51,1 70,6
Experimento III – 2013/14
0,0-0,20 5,1 7,7 45,6 18,2 4,4 20,5 7,8 50,9 64,2
0,20-0,40 5,0 5,6 33,2 20,5 3,7 18,6 6,5 49,3 58,4

Tabela 2. Características granulométricas do solo nas profundidades 0-20 e 20-40 cm,


determinadas antes da instalação dos experimentos.
Profundidade Areia Silte Argila
_____________________________
m g kg-1________________________________
Experimento I – 2012/13
0,0-0,20 760 70 170
0,20-0,40 777 72 151
Experimento II – 2013/14
0,0-0,20 767 62 171
0,20-0,40 736 81 183
Experimento III – 2013/14
0,0-0,20 750 62 188
0,20-0,40 740 70 190

5.2. Tratamentos e delineamento experimental

Nos três experimentos adotou-se o delineamento experimental em


blocos completos casualizados, em esquema de parcelas subdivididas, com quatro
repetições. As parcelas foram constituídas por cinco formas de manejo da dose de 150 kg
ha-1 de N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1
18

de N na forrageira, respectivamente, aproximadamente 40 dias após o corte de


uniformização (Experimento I) ou 40 DAE (Experimento II e III) e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)). As subparcelas foram compostas por doses de N
(0, 50, 100 e 150 kg ha-1 de N) aplicadas em cobertura na cultura do feijão, no estádio V4
(FERNANDEZ et al., 1986). A fonte de N utilizada, tanto na forrageira quanto para a
cobertura no feijoeiro, foi o nitrato de amônio. A dose de 150 kg de N ha-1 aplicada na
forrageira, foi determinada com base em trabalhos científicos (CONDÉ; GARCIA, 1988;
CORNÉLIO et al., 2007; DEMINICIS et al., 2010) e observações práticas realizadas por
produtores em campos de produção de sementes de plantas forrageiras.
Cada parcela foi demarcada com 5 m de largura por 30 m de
comprimento, com uma área total de 150 m2. As subparcelas tinham 5 m de largura por 6
m de comprimento. Foram semeadas cinco fileiras de forrageira espaçadas em 0,90 m e
nove fileiras de feijão espaçadas em 0,45 m. Para avaliação foram consideradas as três
fileiras centrais da forrageira e as quatro fileiras centrais do feijão.

5.3. Histórico da área, instalação e condução dos experimentos

A) Experimento I
O experimento I foi constituído por soqueira da U. humidicola cv.
Llanero instalada em 2011, em área de sequeiro. Foi utilizada esta área de soqueira em
razão desta cultivar apresentar maiores produtividades no segundo ano de cultivo.
No dia 29/09/2012 foi realizado o corte da forrageira para
uniformização da área a altura de 0,10 m e dia 11/11/2012 foi realizada adubação potássica
de cobertura na forrageira em área total, na dose de 90 kg ha-1 de K2O, utilizando a fonte
de cloreto de potássio. A realização da aplicação de N dos tratamentos pré-definidos foi 43
dias após o corte de uniformização (11/11/2012) e a aplicação do N na fase de pré-
emborrachamento foi realizada no dia 27/12/2012. As doses pré-determinadas para cada
parcela foram divididas em três porções e cada parte distribuída em um terço da área,
permitindo uma distribuição uniforme do fertilizante na área total da parcela, em razão da
área ser extensa (150 m2), sendo as aplicações de N na forrageira realizadas a lanço e
manualmente.
Após as sementes das forrageiras atingirem a sua maturidade
fisiológica e degrana no solo, foi realizada a ceifa das plantas com auxílio de uma
19

ceifadeira tracionada a trator (12/02/2013), com posterior enleiramento da palhada e


colheita das sementes (02 a 06/03/2013). Na área de amostragem para a colheita das
sementes fez-se a capina manual na base da forrageira e, em seguida, as sementes desta
área juntamente com o solo foram varridos com o auxílio de escovão (Figura 2a). Depois,
as sementes foram transferidas para um conjunto de peneiras para a remoção do excesso de
solo e impurezas (Figuras 2b, 2c, 2d). Após esse processo, as amostras foram
encaminhadas para o laboratório de sementes.

(a) (b)

(c) (d)

Figura 2. Processo de colheita das sementes: (a) varredura das sementes; (b) separação das
sementes do solo em conjunto de peneiras; (c) detalhe do conjunto de peneiras com as
sementes separadas; (d) área de cada parcela que foi amostrada.

Após a colheita das sementes, foi realizada a aplicação de


dessecante na soqueira das forrageiras utilizando o herbicida glifosato, na dose de 1,08 kg
ha-1 do ingrediente ativo (i.a.), e a palhada remanescente na área foi triturada (15/03/2013)
20

em partículas de 5 cm, com auxilio de triturador mecânico (Figura 3). Para evitar que a
palhada de uma parcela contaminasse outra no momento da trituração, cada parcela foi
cercada com tela tipo “sombrite” 80%.
Na semeadura da cultura do feijão comum cv. IPR 139 em SSD, no
dia 01/04/2013, as sementes foram tratadas com o fungicida carboxin+tiram (60+60 g do
i.a por 100 kg de sementes) e com o inseticida fludioxonil+metalaxyl-M (7,55+3 g do i.a.
por 100 kg de semente). A semeadora foi regulada para distribuir 15 sementes viáveis por
metro de sulco, com espaçamento entre fileiras de 0,45m. Na adubação de semeadura foi
aplicado o fertilizante formulado N-P2O5-K2O 08-28-16, na dose de 280 kg ha-1. A
emergência das plantas de feijão ocorreu em 07/04/2013. Quando as plantas de feijão
encontravam-se com cinco folhas trifolioladas (10/05/2013), foi realizada a adubação
nitrogenada de cobertura a lanço e manualmente com as doses pré-determinadas. De
acordo com as recomendações técnicas (AMBROSANO et al., 1997), a adubação
nitrogenada deveria ter sido realizada no estádio V4 (terceira folha trifoliada totalmente
expandida), porém em razão da ausência de precipitações pluviométricas neste período
(10/04/2013), não foi possível realizar a adubação nesta fase.

(a) (b)

Figura 3. (a) Equipamento utilizado para triturar a palhada e (b) área com a palhada
triturada.

Em relação aos tratos culturais, foi necessário controlar as plantas


daninhas incidentes nas entrelinhas do feijoeiro com aplicação de fluazifop-p-butil (187,5 g
ha-1 do i.a. ha-1), em 16/04/2013. Para o controle de pragas, foram realizadas pulverizações
com inseticidas tiametoxam + lambda-cialotrina (17,6 + 13,5 g ha-1 do i.a.), nos dias
21

20/04/2013 e 04/06/2013, e clorpirifós (480 g ha-1 do i.a.), no dia 16/05/2013. Para o


controle de doenças, foram realizadas pulverizações com os fungicidas
-1
azoxystrobin+difenoconazole (80+50 g ha do i.a.), nos dias 16/05/2013 e 04/06/2013, e
carbendazim (250 g ha-1 do i.a.), no dia 15/06/2013.
O florescimento pleno do feijoeiro ocorreu dia 31/05/2013, com
posterior colheita dia 02/07/2013.

B) Experimentos II e III
Os experimentos II e III foram instalados em áreas diferentes,
porém próximas (50 m de distância) e com histórico e características dos solos parecidos, e
cultivados na safra 2010/11 e 2011/12 com milho para produção de grãos, em sistema
convencional de preparo do solo.
Para implantação dos experimentos, os solos de ambas as áreas
foram preparados convencionalmente com o uso de arado de discos (20/11/2013),
gradagem niveladora e rolo compactador adaptado para uniformização do solo
(17/12/2013), práticas estas utilizadas em campos de produção de sementes no primeiro
ano de cultivo.
Após o preparo do solo, a área do experimento II foi semeada com
U. brizantha cv. MG-5 (17/12/2013), no espaçamento de 0,90 m, utilizando 3 kg ha-1 de
sementes de certificadas de categoria C2. Simultaneamente foi realizada a adubação de
semeadura com 300 kg ha-1 do fertilizante formulado N-P2O5-K2O 04-30-10 e cuja
emergência ocorreu em 26/12/2013. O experimento III foi semeado com P. maximum cv.
Mombaça (17/01/2014), no espaçamento de 0,90 m, utilizando 2,5 kg ha-1 de sementes
certificadas de categoria C2. Também simultaneamente a semeadura, foram aplicados 300
kg ha-1 do fertilizante formulado 04-30-10. A emergência ocorreu em 26/01/2014.
Para o experimento II, as aplicações dos tratamentos pré-
determinados foram realizadas nos dias 27/01/2014, ou seja, 32 DAE (fase inicial) e
22/03/2014, na fase de pré-emborrachamento. Já no experimento III, a aplicação dos
tratamentos foram realizadas no dia 14/03/2014, ou seja, 47 DAE (fase inicial) e no dia
05/05/2014 na fase de pré-emborrachamento. Foram utilizados os mesmos procedimentos
de distribuição adotado no experimento I.
Foram necessárias aplicações de imazetapir (84,8 g ha-1 do i.a. ha-1)
para controle plantas daninhas monocotiledôneas incidentes as linhas das forrageiras
22

(30/12/2013 e 07/01/2014, no experimento II, e em 25/03/2014, no experimento III). Para


controle de dicotiledôneas nas entrelinhas das forrageiras, foi aplicada no dia 04/02/2014
(experimento II) e 25/03/2014 (experimento III) o herbicida 2,4-D (1,4 g ha-1 do i.a. ha-1).
Após as sementes das forrageiras atingirem a sua maturidade
fisiológica e degrana no solo, foi realizado o processo de colheita, similar ao adotado no
experimento I. No experimento II, a ceifa do capim para colheita foi realizada no dia
30/06/2015 e colheita das sementes no dia 04/07/2014. No experimento III, apesar de
ocorrer diferenciação floral de algumas plantas de forrageira (fase utilizada para definir a
segunda adubação nitrogenada), não houve produtividade significativa de sementes
(poucas plantas emitiram panículas), assim neste experimento não foi realizada colheita
das sementes para realização das análises de qualidade e produtividade de sementes.
Após a colheita das sementes (experimento II), foi realizada a
aplicação de dessecante na soqueira das forrageiras utilizando o herbicida glifosato na dose
de 1,8 kg ha-1 do ingrediente ativo (i.a.), em ambos os experimentos e a palhada
remanescente na área foi triturada em partículas de 5 cm, isso nos dia 08/07/2014
(experimento II) e 07/07/2014 (experimento III), utilizando o mesmo procedimento do
experimento I.
No dia 30/07/2014 (experimento II) e 10/07/2014 (experimento
III), foram realizadas as semeaduras da cultura do feijão comum cv. Pérola em SSD. As
sementes foram tratadas com o fungicida carboxin + tiram (60 + 60 g do i.a por 100 kg de
sementes) e com o inseticida fludioxonil + metalaxyl-M (7,55 + 3 g do i.a. por 100 kg de
semente). A semeadora foi regulada para distribuir 17 sementes viáveis por metro de sulco,
com espaçamento entre fileiras de 0,45 m, na adubação de semeadura foi aplicado o
fertilizante formulado 04-14-08, na dose de 300 kg ha-1. Quando as plantas de feijão
estavam no estádio V4, dia 08/09/2014 (experimento II) e dia 18/08/2014 (experimento
III), foi realizado a adubação nitrogenada de cobertura a lanço e manualmente, nas doses
pré-determinadas.
Para o controle de plantas daninhas na cultura do feijão, no
experimento II, foi aplicado fluazifop-p-butil (187,5 g ha-1 do i.a. ha-1) no dia 08/09/2014 e
nova aplicação deste mesmo ingrediente ativo e dose, no dia 30/09/2014. No experimento
III o controle de plantas daninhas no feijoeiro foi realizado com a aplicação de bentazona
(720 g ha-1 do i.a. ha-1) e fluazifop-p-butil (187,5 g ha-1 do i.a. ha-1), no dia 19/08/2014.
23

Para controle de pragas na cultura do feijão, no experimento II,


foram realizadas pulverizações com os inseticidas metomil (172 g ha-1 do i.a.), nos dia
15/08/2014 e 08/09/2014. No dia 23/09/2014 foi aplicado o inseticida flubendiamida (24 g
ha-1 do i.a.). No experimento III, foi aplicado o inseticida metomil (172 g ha-1 do i.a.) e
flubendiamida (24 g ha-1 do i.a.), no dia 19/08/2014, tiametoxam+lambda-cialotrina (17,6
+ 13,5 g ha-1 do i.a.), no dia 12/09/2014, e flubendiamida (24 g ha-1 do i.a.), no dia
23/09/2014.
Foram realizadas aplicações de epoxiconazol (250 g ha-1 do i.a.),
nos dias 08/09/2014 e 23/09/2014, e azoxystrobin+difenoconazole (80+50 g ha-1 do i.a.),
no dia 20/10/2014, em ambos os experimentos, para controle preventivo de doenças
foliares.
A área foi irrigada por aspersão (canhão autopropelido) de forma
suplementar, quando necessário, em função das baixas precipitações ocorridas,
principalmente no momento da adubação nitrogenada de cobertura no feijoeiro (aplicação
de 15 mm de água).
Nos experimentos II e III, o florescimento pleno ocorreu em
06/10/2014 e 05/09/2014, respectivamente. As colheitas foram realizadas nos dias
17/11/2014 (experimento II) e 27/10/2014 (experimento III).

5.4. Avaliações
Todas as variáveis descritas a seguir, com exceção do item 5.4.1
(para o experimento III), foram avaliadas em todos os tratamentos dos três experimentos.

5.4.1. Produção e qualidade fisiológica das sementes das plantas


forrageiras
Foram colhidas as sementes de duas subamostras de 6 m2 por
parcela para quantificação da produtividade de sementes puras por hectare. Após esse
processo as duas subamostras de todas as parcelas foram misturadas para composição de
uma amostra por parcela, a qual foi levada ao laboratório de sementes, para a quantificação
da porcentagem de germinação, porcentagem de sementes viáveis, pelo teste de tetrazólio,
e sementes puras por amostras (BRASIL, 2009), sendo esta última variável utilizada para
24

calcular a produtividade de sementes puras, em kg ha-1, corrigido para teor de água de 120
g kg-1.

5.4.2. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de


nutrientes da palhada

A palhada da forrageira depositada na superfície do solo foi


avaliada quanto à massa seca inicial residual, além dos teores de nutrientes.
Para isso, no experimento I foram efetuadas amostragens de
palhada das forrageiras em cada unidade experimental, na ceifa da forrageira para colheita
das sementes (12/02/2013), trituração da palhada (15/03/2013), na semeadura do feijão
(01/04/2013), imediatamente antes da aplicação da adubação de cobertura na cultura do
feijão (30/04/2013), no florescimento (31/05/2013) e na colheita do feijão (02/07/2013).
Nos experimentos II e III foram efetuadas amostragens de palhada das forrageiras, em cada
unidade experimental, na trituração da palhada (08/07/2014 no experimento II e
07/07/2014 no experimento III), antes da aplicação da adubação de cobertura na cultura do
feijão (08/09/2014 no experimento II e 18/08/2014 no experimento III), no florescimento
(06/10/2014 no experimento II e 08/09/2014 no experimento III) e na colheita do feijão
(17/11/2014 no experimento II e 27/10/2014 no experimento III). As amostragens de
palhada após a semeadura do feijão foram realizadas apenas nas entrelinhas da cultura.
Utilizou-se um quadro de amostragem de 0,45 m x 0,5m, para a
coleta do material vegetal de cada unidade experimental, que em seguida, foram lavados
para retirada das impurezas minerais, seco em estufa a 65 oC por 72 horas, e pesado em
balança de precisão. Posteriormente, o material foi moído e encaminhado para análise dos
teores de P, K, Ca, Mg e S (MALAVOLTA et al., 1997). Os teores de N e C foram
determinados por um analisador elementar (Modelo TruSpecTM CHN, LECO®). Com os
resultados dos teores de C e de N foi possível determinar a relação C/N de cada amostra.
A quantidade de nutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S) contida na
palhada em cada época de amostragem, foi obtida pelo produto da quantidade de matéria
seca com o teor do nutriente no resíduo vegetal, sendo apresentado em kg ha-1.
25

5.4.3. Avaliações na cultura do feijão

5.4.3.1. Índice relativo de clorofila (IRC)


O índice relativo de clorofila foliar foi determinado imediatamente
antes da aplicação da adubação nitrogenada de cobertura no feijoeiro (V4) e por ocasião do
florescimento pleno da cultura (R6), com auxilio de um medidor portátil de clorofila
(modelo CCM 200, OptSciences, UK). As leituras foram realizadas na terceira folha
trifoliada totalmente expandida a partir do ápice de 10 plantas por unidade experimental.

5.4.3.2. Massa de matéria seca da parte aérea


Imediatamente antes da aplicação da adubação nitrogenada de
cobertura no feijoeiro (V4) e por ocasião do florescimento pleno da cultura (R6), foram
coletadas 10 plantas por unidade experimental, cortando-as rente à superfície do solo. Em
seguida, as plantas foram submetidas à lavagem com água destilada, sendo posteriormente
colocadas para secagem em estufa de ventilação forçada de ar a 65 ºC por 72 horas e
pesadas para determinação da massa de matéria seca da parte aérea.

5.4.3.3. Teor e acúmulo de N na parte aérea


O teor e o acúmulo de N foi realizado imediatamente antes da
aplicação da adubação nitrogenada de cobertura no feijoeiro (V4) e por ocasião do
florescimento pleno da cultura (R6), utilizando as mesmas plantas coletadas para
quantificação da matéria seca da parte aérea (5.4.3.2.). Após a secagem em estufa de
ventilação forçada de ar a 65 ºC por 72 horas, a parte aérea das plantas foi moídas e
analisada quanto o teor de N, de acordo com a metodologia descrita por Malavolta et al.
(1997). Com base nos resultados, foram estimadas as quantidades de N acumuladas por
área, mediante a determinação do estande de plantas com contagem do número de plantas
de duas fileiras de 1 m da área útil de cada unidade experimental.

5.4.3.4. Diagnose foliar


Por ocasião do florescimento pleno, foi realizada a amostragem de
folhas diagnose, seguindo as recomendações de Ambrosano et al. (1997), ou seja,
coletando-se 15 folhas trifoliadas (3a totalmente expandida a partir do ápice) por unidade
experimental. Estas foram lavadas com água destilada e levadas à estufa de ventilação
forçada de ar a 65 ºC por 72 horas e moídas, para serem analisadas, segundo metodologia
26

descrita por Malavolta et al. (1997), para determinação dos teores de N, P, K, Ca, Mg, S,
Cu, Fe, Mn e Zn.

5.4.3.5. Componentes de produção


a) População final de plantas
Foi realizada na véspera da colheita, contando-se as plantas em
duas fileiras centrais com comprimento de 4 m em cada unidade experimental, sendo os
resultados convertidos em plantas ha-1.

b) Número de vagens por planta


Por ocasião da colheita, foi realizada a coleta de 10 plantas
seguidas por unidade experimental, nas quais foi determinado o número de vagens por
planta, mediante a relação entre número total de vagens e o número total de plantas.

c) Número de grãos por vagem


Foi determinado mediante a relação entre número total de grãos e o
número total de vagens, avaliando nas 10 plantas coletadas para determinação do número
de vagens por planta.

d) Massa de 100 grãos (g)


Foi avaliada através da pesagem de quatro amostras, de 100 grãos
cada uma, em cada unidade experimental. Os dados obtidos foram transformados para teor
de água de 130 g kg-1.

5.1.4.3.6. Produtividade de grãos


Para esta avaliação foram colhidas manualmente as plantas
contidas em duas fileiras de 5 m de comprimento na área útil de cada unidade
experimental, após a maturidade fisiológica dos grãos. Após esta operação, as plantas
foram trilhadas e os grãos foram pesados e foi calculada a produtividade de grãos, em kg
ha-1, corrigida para teor de água de 130 g kg-1.
27

5.4.4. Análise estatística


Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância. As
médias dos tratamentos de manejo de N nas forrageiras foram comparadas pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade. Os efeitos das doses de N em cobertura na cultura do feijão
foram avaliados mediante análise de regressão polinomial. Utilizou-se o programa
estatístico SISVAR (FERREIRA, 2011).
28

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1. Experimento I
6.1.1. Produção e qualidade fisiológica das sementes das plantas
forrageiras

A adubação nitrogenada proporcionou aumento na porcentagem de


germinação e viabilidade das sementes, porém, os tratamentos 150-0 kg ha-1 de N para
porcentagem de germinação e 100-50 kg ha-1 de N para viabilidade de sementes, não
diferiram da testemunha (0-0 kg ha-1 de N) (Tabela 3). O efeito da adubação nitrogenada
na porcentagem de germinação pode ter ocorrido em função da interferência do N no
conteúdo de proteína das sementes, uma vez que este nutriente é a base para a formação de
proteínas nos tecidos vegetais (PRADO, 2008). Desta maneira, em campos de produção de
sementes, a suplementação das plantas com N tem forte influência sobre o poder
germinativo das sementes formadas (OLIVEIRA; SÁ, 2006), pois no processo de
germinação, as proteínas são hidrolisadas para suprir de N e C o eixo embrionário,
ocorrendo um bom desenvolvimento inicial das plântulas (BUCKERIDGE et al., 2004).
Respostas similares quanto ao efeito do N sobre a germinação também foram observadas
por Deminicis et al. (2010), em que o fornecimento de N (200 kg de N ha-1) na fase inicial
de desenvolvimento (no dia do corte de uniformização da forrageira) influenciou
positivamente a germinação e produtividade de sementes de U. humidicola.
29

Tabela 3. Porcentagem de germinação, viabilidade e produtividade de sementes da U.


humidicola cv. Llanero por ocasião da colheita, em razão de formas de manejo de
adubação nitrogenada. Santo Anastácio, ano agrícola 2013/14 (Experimento I).
Manejo do
Germinação Viabilidade Produtividade
nitrogênio(1)
% % kg ha-1
0-0 26,2b 41,5b 260,2c
150-0 33,7ab 58,8a 352,7ab
0-150 37,5a 62,6a 300,9bc
100-50 38,1a 56,2ab 418,5a
50-100 34,2a 57,5a 326,2b
CV (%) 15,5 22,2 14,9
Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. (1) Formas
de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N
aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)).

As maiores produtividades de sementes puras foram observadas no


tratamento com 100-50 kg ha-1 de N, seguido do tratamento com 150-0 kg ha-1 de N e a
menor produtividade foi obtida no tratamento sem adubação nitrogenada (testemunha)
(Tabela 3). Esses resultados demonstram que, em áreas de produção de sementes de U.
humidicola cv. Llanero, o aumento da produtividade é mais dependente da adubação
nitrogenada na fase inicial do que na fase reprodutiva. De acordo com Peres et al. (2010),
altas doses de N (acima de 100 kg ha-1 de N) na fase inicial das plantas pode promover o
crescimento vegetativo exagerado, em detrimento do desenvolvimento reprodutivo, fato
não observado no presente experimento, em que as maiores produtividades ocorreram com
aplicação total ou de maior proporção da dose na fase inicial do desenvolvimento da
forrageira (100-50 e 150-0 kg ha-1 de N). Entretanto, a matéria seca da parte aérea da
forrageira, coletada por ocasião da colheita, foi maior no tratamento 150-0 kg ha-1 de N,
em relação aos tratamentos 0-150 kg ha-1 de N e a testemunha (Tabela 4). Isso pode estar
atribuída ao efeito deste nutriente no perfilhamento das gramíneas (PERES et al., 2010),
promovendo maior número de perfilho reprodutivos por área. Outro fator que pode ter
contribuído para não ocorrer o crescimento vegetativo exagerado na forrageira, em razão
da adubação nitrogenada inicial, foi o curto período de desenvolvimento (46 dias) da
primeira aplicação de N (início das chuvas) até diferenciação floral (pré-
emborrachamento). Após a diferenciação floral ocorre declínio no desenvolvimento de
folhas, pela modificação da relação fonte-dreno das plantas, onde que os fotoassimilados
que antes eram destinados ao crescimento da parte aérea (perfilhos+folhas), passam a ser
destinados a emissão de estruturas reprodutivas (TAIZ; ZEIRGER, 2009; BASTO, 2014).
30

Cornélio et al. (2007), avaliando épocas de adubação nitrogenada e


produção de sementes de arroz, observaram maior produtividade em razão da aplicação de
1/3 da dose de 160 kg ha-1 de N no momento da semeadura, sendo o restante aplicado na
diferenciação floral. Condé e Garcia (1988) obtiveram maior produção de sementes de U.
decumbens cv. IPEAN com aplicação de 150 kg ha-1 de N no pleno perfilhamento, ou seja,
75 DAE das plantas. Catuchi et al. (2013) observaram maior produtividade de sementes de
U. humidicola cv. Llanero com aplicação de 127 kg ha-1 de N, sendo uma parte na fase
inicial de estabelecimento e o restante na fase de pré-emborrachamento da forrageira. Já
em trabalho desenvolvido por Peres et al. (2010), foi observado maior produtividade de
sementes de U. humidicola com aplicação de 75 kg ha-1 de N por ocasião do corte de
uniformização, sendo realizado no início do período chuvoso.
A porcentagem de germinação e a viabilidade de sementes foram
baixas (Tabela 3), em razão das altas precipitações ocorridas no período de colheita (Figura
1a), o que promoveu a danificação das sementes, resultando em baixa qualidade
fisiológica. A produtividade média de 331 kg ha-1 de sementes alcançadas está condizente
com a média atingida pelos produtores da região onde foi desenvolvido o presente
experimento, sendo de aproximadamente 320 kg ha-1 de sementes puras.

6.1.2. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de


nutrientes da palhada

A forrageira U. humidicola cv. Llanero, cultivada para produção de


sementes, proporcionou grande acúmulo de matéria seca vegetal na superfície do solo após
a colheita das sementes (Tabela 4 e Figura 4). No momento da colheita, a quantidade de
palhada na área, era em média de 9.850 kg ha-1. Essa quantia é superior ao acúmulo de
matéria seca observada em alguns sistemas de Integração Lavoura Pecuária (ILP)
(SANTOS et al., 2014; COSTA et al., 2012), pois em campos de produção de sementes de
forrageira, as plantas se desenvolvem por período superior até completar seu ciclo
reprodutivo, sem interferência de pastejo, caso que ocorre nos sistemas de ILP.
31

Na primeira coleta (12/02/2013), a maior produção de matéria seca


da cobertura vegetal foi observada no tratamento 150-0 kg ha-1 de N, diferindo dos
tratamentos 0-150 kg ha-1 de N e testemunha (Tabela 4). Essa resposta é atribuída a um
aumento no crescimento vegetativo das plantas (VIANA et al., 2011), promovido pela
aplicação da dose total de N na fase inicial de desenvolvimento da forrageira. Na segunda
coleta (15/03/2015), 32 dias após o corte das forrageiras para colheita das sementes
(DAC), a matéria seca no tratamento 150-0 kg ha-1 de N ainda era superior à testemunha.
Nos demais períodos de coleta não houve diferença estatística da matéria seca, entre as
formas de N aplicadas na forrageira e nem mesmo com relação às doses de N aplicadas em
cobertura no feijoeiro.

Tabela 4. Matéria seca da cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP, ano
agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1) ________________________________
kg ha-1 ________________________________
0-0 8.820b 7.510b 6.200 4.333 3.489 2.816
150-0 11.321a 8.952a 6.583 4.298 3.775 2.503
0-150 9.141b 7.256ab 5.371 3.673 2.594 1.800
100-50 9.980ab 7.949ab 5.919 4.355 3.121 2.099
50-100 9.991ab 7.898ab 5.805 4.067 3.547 2.580
DN (kg ha-1)
0 - - - - 3.440 2.743
50 - - - - 3.054 2.042
100 - - - - 3.426 2.365
150 - - - - 3.301 2.290
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 7,3 9,1 24,1 16,4 31,1 36,5
CVsubparcela (%) - - - - 29,9 35,2
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no
pré-emborrachamento (diferenciação floral)). (2)Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após
a primeira amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
32

Figura 4. Matéria seca da cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte
de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).

Na última coleta, realizada 131 DAC havia 23,6% do material


vegetal inicial sobre o solo, na média dos tratamentos (Tabela 4 e Figura 4). Em trabalho
realizado por Soratto (2011) com U. brizantha consorciada com milho, que se desenvolveu
pelo período de um ano e meio após a colheita do milho, foi observado 35,5% de matéria
vegetal remanescente na área, 93 dias após a dessecação da cobertura vegetal. Já Santos et
al. (2014) observaram 39% de resíduo vegetal de milho + U. ruziziensis aos 220 dias após
a dessecação em sistema de ILP. Em estudo realizado por Calonego et al. (2012), foi
encontrado aos 135 dias após a dessecação, a degradação de 41 e 42% da matéria seca da
palhada de milheto e U. brizantha, respectivamente. Leite et al . (2010) relataram
degradação de apenas 13% da palhada de U. brizantha cv. Marandú nos primeiros 60 dias
33

após a dessecação, os autores atribuem essa baixa porcentagem de degradação, a ausência


de precipitação neste período. Fato que não ocorreu no presente trabalho, já que houve
volume considerável de precipitação no período de avaliação com curtos períodos de
veranico (Figura 1a), fator que contribuiu para a degradação acentuada da cobertura
vegetal. Costa et al. (2014), em trabalho de persistência de palhada do consórcio de
crotalária + milheto, obtiveram decomposição de 50% na quantidade inicial aos 57 e 48
dias após a dessecação, sem e com fragmentação da fitomassa com triturador de palhada,
respectivamente, ou seja, com a fragmentação da palhada houve aumento da superfície de
contato do material com solo, acelerando sua decomposição.
Apesar dos tratamentos terem apresentado quantidades semelhantes
de palhada na superfície do solo por ocasião da última amostragem (131 DAC), a aplicação
de N na planta forrageira, independentemente da época, acelerou o processo de
decomposição (Figura 4). Nos tratamentos nos quais foi aplicado N na forrageira, na
última amostragem havia apenas 22% da palhada inicial sobre a superfície do solo, em
média, enquanto na testemunha havia 32% da palhada remanescente. As doses de N
aplicadas em cobertura no feijoeiro não interferiram na persistência do material vegetal
sobre o solo. Soratto (2011) não observou interferência da aplicação antecipada de N (100
kg ha-1) sobre a persistência da palhada remanescente do consórcio milho + U. brizantha
cv. Marandú, sendo que a adubação nitrogenada foi realizada 19 dias antes da dessecação
da cobertura vegetal. Porém, deve-se considerar que no referido trabalho o material
vegetal, independentemente do tratamento, apresentou teor mais elevado de N.
O teor de N na matéria seca da cobertura vegetal foi influenciado
pela aplicação de N na forrageira e pela aplicação de N em cobertura no feijoeiro (Tabela
5). Em todas as épocas de avaliação, os teores de N foram superiores nos tratamentos que
receberam adubação nitrogenada na forrageira, em relação à testemunha (sem aplicação de
N). Porém, na primeira (0 DAC), terceira (32 DAC) e quarta (86 DAC), o tratamento com
150-0 kg ha-1 de N, e na quinta (97 DAC) coleta, o tratamento 50-100 kg ha-1 de N na
forrageira não diferiram da testemunha. Em geral, os maiores teores de N foram
observados no tratamento 0-150 kg ha-1 de N, relacionando-se à menor produção de
matéria seca de cobertura vegetal (Tabela 4), quando realizado a adubação total na fase de
pré-emborrachamento, minimizando o efeito “diluição”, resultando em maior teor de N por
unidade de matéria seca (FOLONI et al., 2008).
34

Tabela 5. Teor e quantidade de N acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.


Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1) ________________________________
Teor de N, g kg-1 ________________________________
0-0 5,3b 5,1c 5,8c 5,4b 8,2c 8,0b
150-0 8,4ab 8,5b 8,5ab 7,5ab 10,5ab 10,2a
0-150 11,1a 11,0a 11,0a 10,0a 12,4a 11,1a
100-50 9,3a 9,1ab 8,8ab 9,0a 10,7ab 10,5a
50-100 9,9a 8,7ab 8,1cb 8,2a 10,0bc 10,0a
DN (kg ha-1)
0 - - - - 8,3 8,4
50 - - - - 11,3 10,7
100 - - - - 10,9 10,3
150 - - - - 11,0 10,5
(3) (4)
Regressão - - - -
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 16,1 12,6 13,2 14,5 16,5 17,2
CVsubparcela (%) - - - - 14,9 14,5
______________________________
MA Quantidade de N, kg ha-1 ______________________________
0-0 47,1b 38,8b 35,9b 22,7b 28,9 23,0
150-0 97,1a 76,6a 56,5ab 31,9ab 39,6 25,1
0-150 100,7a 79,9a 59,3a 36,7a 32,3 18,7
100-50 93,6a 72,8a 52,6ab 39,2a 33,2 22,7
50-100 99,3a 68,9a 48,0ab 33,1ab 35,5 23,0
DN (kg ha-1)
0 - - - - 25,8 18,6
50 - - - - 42,1 20,3
100 - - - - 37,1 29,6
150 - - - - 30,5 21,3
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 16,1 16,3 35,0 16,1 31,8 30,0
CVsubparcela (%) - - - - 33,7 34,1
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a
primeira amostragem da cobertura vegetal. (3) y = -0,0003x2 + 0,0588x + 8,4975 R² = 0,86**; (4)y = -
0,0002x2 + 0,0434x + 8,6036 R² = 0,84**. ns: Não significativo.

Os teores de N na cobertura vegetal até a quarta coleta (86 DAC),


ou seja, até a aplicação de N em cobertura na cultura do feijão, diminuiu cerca de 10% em
relação ao teor inicial, na média dos tratamentos (Tabela 5). Resultados diferentes dos
observados por Crusciol et al. (2008), que verificaram redução de 40% do teor de inicial
de N, 53 dias após dessecação da aveia preta. O autor atribui esta reposta à degradação
35

similar do resíduo vegetal sobre o solo, que foi 33% em relação à quantia inicial da matéria
seca, no mesmo período de avaliação. A baixa redução do teor de N na cobertura vegetal
do presente estudo pode estar relacionada à alta ligação do N a lignina (GONÇALVES et
al., 2001), componente de carboidratos estruturais, que é resistente à decomposição
(FORTES, 2010; OLIVEIRA et al., 1999). Desta forma, apesar da redução da cobertura
vegetal (Tabela 4), o que evidencia a decomposição da palhada, o material persistente na
área durante as amostragens manteve o conteúdo de N.

Figura 5. Quantidade de N na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de


formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte
de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
36

A aplicação de N em cobertura no feijoeiro proporcionou aumento


nos teores de N da cobertura vegetal, na quinta (97 DAC) e sexta (131 DAC) amostragens,
com maiores teores observados para aplicações de 98 e 108 kg ha-1 de N em cobertura no
feijoeiro, respectivamente, para a quinta e a sexta coletas (Tabela 5). Soratto (2011)
também observou aumento no teor de N na cobertura vegetal de U. brizantha mediante à
aplicação de N em cobertura na cultura do feijão cultivado em sistema de semeadura
direta.
Com relação à quantidade de N acumulado na cobertura vegetal,
houve efeito significativo da aplicação de N na forrageira (Tabela 5 e Figura 5). Na
primeira (0 DAC) e segunda (32 DAC) avaliação, os acúmulos foram maiores nos
tratamentos que receberam aplicação de N na forrageira, em relação à testemunha. Na
terceira avaliação (48 DAC) apenas no tratamento 0-150 kg ha-1 de N na forrageira foi
observado maior quantidade de N na palhada, em comparação com a testemunha. Já na
quarta avaliação, valores maiores foram observados nos tratamentos 0-150 e 100-50 kg ha-
1
de N na forrageira. As doses de N aplicadas em cobertura no feijoeiro não interferiram
sobre a quantidade de N acumulada na palhada.
O acúmulo de N na cobertura vegetal foi de 47 kg ha-1 na
testemunha (0-0 kg ha-1 de N) e média de 97 kg ha-1 nos tratamentos que receberam
adubação nitrogenada na forrageira (Tabela 5). Considerando o conteúdo inicial, antes da
aplicação da adubação nitrogenada no feijoeiro (86 DAC), na testemunha (0-0 kg ha-1 de
N) foram liberados 24,3 kg ha-1 de N (51%), já nos tratamentos que receberam adubação
nitrogenada na forrageira, foram liberados 62 kg ha-1 de N (64%) para o solo. Dessa forma,
verifica-se que a aplicação de N na forrageira, além de aumentar a quantidade de N
acumulado na palhada, também proporcionou maior liberação de N da mesma para o solo
(Tabelas 4 e 5). Calonego et al. (2012) encontraram liberações de 40% de N da palhada de
U. brizantha 90 dias após dessecação das plantas. Aos 100 dias de avaliação, Leite et al.
(2010) obtiveram redução de 48 e 50% da matéria seca da palhada, assim como diminuição
de 67 e 65% do N total, respectivamente para U. brizantha cv. Marandú e do consórcio U.
brizantha cv. Marandú e milheto.
Os teores de C na cobertura vegetal, não apresentaram diferença
em função das formas de aplicação do N na forrageira e das doses de N aplicadas em
cobertura no feijoeiro (Tabela 6 e Figura 6). É possível observar baixa redução (apenas 7%
em média) do conteúdo de C contido na cobertura vegetal da coleta inicial (0 DAC) até a
37

sexta coleta de material (131 DAC). Esses resultados estão de acordo com o trabalho de
Fortes (2010), que observou redução no teor C de 18% na palhada de cana-de-açúcar, em
um período de 12 meses, não havendo resposta desta variável à aplicação de N na cultura.
De acordo com Cantarella (2007), à medida que o substrato é metabolizado pelos
microrganismos, o C orgânico é oxidado e liberado na forma de CO2 no processo
respiratório para gerar energia. Nesse contexto, essa atividade ocorre com maior
intensidade na interface solo-cobertura vegetal (SILVA et al., 2010), pequeno contato,
verificado sob áreas de sistema plantio direto (AMADO et al., 2003).

Tabela 6. Teor de C na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de formas
de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas
no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP, ano agrícola
2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(2) ____________________________________
g kg-1 ____________________________________
0-0 458,5 461,8 484,3 448,5 453,7 445,7
150-0 470,3 468,4 466,5 453,5 452,8 452,9
0-150 468,8 468,3 475,3 452,8 439,4 430,0
100-50 483,8 458,5 477,8 475,0 438,9 426,5
50-100 467,8 455,6 497,0 450,3 460,9 423,7
DN (kg ha-1)
0 - - - - 446,9 437,1
50 - - - - 445,2 429,6
100 - - - - 450,5 435,7
150 - - - - 454,0 434,3
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 2,6 2,4 4,8 5,3 5,2 4,9
CVsubparcela (%) - - - - 5,2 8,9
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no
pré-emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após
a primeira amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.

Quanto à relação C/N da cobertura vegetal, pode-se observar


valores menores, em todos os tratamentos que receberam adubação nitrogenada na
forrageira, independente da forma de aplicação (Tabela 7 e Figura 7). Até a coleta
realizada 86 DAC, antes da adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro, praticamente
não houve redução na relação C/N, porém, na última coleta (131 DAC) foi observada
redução de aproximadamente 25%, em comparação com a relação C/N inicial (0 DAC).
38

Esses resultados evidenciam que a redução da relação C/N do material é dependente do


aumento do teor de N (Tabela 5), uma vez que, os teores de C (Tabela 6 e Figura 6), da
cobertura não se alteram com as formas e doses de N aplicadas na forrageira e em
cobertura no feijoeiro, respectivamente.

Figura 6. Teor de C na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de formas
de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de
uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro
(a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das
plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP,
ano agrícola 2012/13 (Experimento I).

Em trabalho realizado por Calonego et al. (2012), houve redução de


41 e 42% da matéria seca de milheto e U. brizantha, respectivamente, 135 dias após a
dessecação, entretanto os autores não observaram alteração da relação C/N neste mesmo
período de avaliação para ambas espécies. Crusciol et al (2008) verificaram o aumento
linear da relação C/N da aveia preta após o manejo, sendo que na avaliação inicial a
relação C/N da aveia era de 34, após os valores ajustados foram 38, 44 e 50 para 13, 35 e
53 dias após o manejo da cultura respectivamente. Os atores atribuem esta resposta, a
39

liberação do teor de N contido na matéria seca, que reduziu 40% em relação ao teor inicial.
Já Fortes (2010), em trabalho com palhada remanescente da colheita de cana-de-açúcar,
observou em um prazo de 12 meses, redução de 63% e 75% do conteúdo inicial de matéria
seca, respectivamente, sem e com a adição de 40 a 120 kg ha-1 de N na cultura. Ele reporta
que estas respostas estão atribuídas a redução da relação C/N pela mineralização do C da
palha e pela adição de N no plantio, que favoreceu a atividade microbiológica do solo.

Tabela 7. Relação C/N na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP,
ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1)
0-0 83,5a 82,9a 82,2a 79,6a 65,2a 57,3a
150-0 58,0b 56,7b 55,3b 52,2b 48,6b 45,4b
0-150 42,1b 42,8c 43,5b 44,0b 41,4b 38,8bc
100-50 52,5b 53,7bc 54,9b 53,5b 47,1b 36,5c
50-100 52,4b 52,4bc 52,7b 55,2b 52,7ab 41,0bc
DN (kg ha-1)
0 - - - - 61,2 51,9
50 - - - - 45,8 40,0
100 - - - - 48,6 42,7
150 - - - - 48,4 40,6
(3) (4)
Regressão - - - -
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 17,8 10,6 11,0 10,1 23,1 16,1
CVsubparcela (%) - - - - 17,5 17,7
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no
pré-emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após
a primeira amostragem da cobertura vegetal. (3) y = 0,0015x2 - 0,2996x + 60,199 R² = 0,84*; (4)y = 0,001x2
- 0,2097x + 50,99 R² = 0,79*. ns: Não significativo.

Amado et al. (2003) não encontraram efeito da adubação


nitrogenada na aveia preta sobre a velocidade de decomposição do material vegetal,
embora a adubação nitrogenada tenha reduzido a relação C/N, entretanto, esta redução não
correspondeu a um incremento na velocidade de decomposição. Os autores ressaltam que
em áreas de plantio direto, apesar de a adubação nitrogenada reduzir a relação C/N do
material, o fator determinante é o limite de contato dos resíduos com o solo. Acosta et al.
(2001) observou que a incorporação da palhada de aveia a 10 cm de profundidade e a
40

redução da relação C/N com aplicação de N em cobertura, auxiliaram na decomposição


dos resíduos, em relação ao resíduo sem aplicação de adubação nitrogenada. Apesar disso,
os resultados do presente experimento evidenciam que a aplicação de N na gramínea
forrageira, cultivada para produção de sementes, reduziu a relação C/N e aumentou a
velocidade de degradação da palhada, apesar de que se aplicada em maior proporção na
fase vegetativa também aumentou a produção de matéria seca pela forrageira (Figuras 4 e
7). A trituração da palhada da forrageira pode ter aumentado a superfície de contato e
favorecido a decomposição do material, especialmente dos tratamentos que
proporcionaram menor relação C/N.

Figura 7. Relação C/N na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte
de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
41

Carvalho et al. (2008) avaliaram persistência de resíduos de


diferentes espécies sobre o solo, entre elas milheto e nabo-forrageiro, em dois sistemas de
manejo, com e sem incorporação. Eles observaram maior índice de degradação dos
resíduos com a incorporação do material a 10 cm de profundidade em um período de
avaliação de 210 dias. Estes autores reportam que esta resposta ocorreu em razão do
aumento da superfície de contato do material vegetal com o solo e a presença constante de
umidade nestas condições, o que repercute no favorecimento da ação biológica e a
decomposição mais acelerada do material vegetal.
Com relação aos teores de P na cobertura vegetal, observou-se
efeito da aplicação de N na forrageira apenas na quinta coleta (97DAC), na qual os teores
de P no tratamento 0-150 kg ha-1 de N foi superior ao tratamento 50-100 kg ha-1 de N
(Tabela 8). Não houve resposta dos teores de P na cobertura vegetal às doses de N
aplicadas em cobertura no feijoeiro. O teor inicial de P, contido no material vegetal era de
1,6 g kg-1, média dos tratamentos, sendo que na última coleta (131 DAC) houve redução de
75% (0,41 g kg-1) do teor inicial (Tabela 8). Crusciol et al. (2008) encontraram redução de
59% no teor de P da aveia preta aos 53 dias após o manejo. Em trabalho realizado por
Costa et al. (2014), a redução no teor de P da palhada do consórcio crotalária + milheto foi
de 56 e 31% do teor de P inicial, aos 91 dias após o manejo, para palhada fragmentada e
não fragmentada com triturador mecânico, respectivamente. Essa porcentagem de
liberação está relacionada ao P na planta estar ligado a estruturas orgânicas, como
estruturas de moléculas de proteínas e a compostos envolvidos no processo de geração de
energia (PRADO, 2008), componentes de rápida degradação (MENDONÇA et al., 2015).
No presente trabalho, os teores de P na cobertura vegetal foram rapidamente reduzidos,
sendo que na terceira coleta (48 DAC) já havia ocorrido redução de 66% (Tabela 8).
Com relação ao acúmulo de P na cobertura vegetal, não houve
efeito significativo dos fatores estudados em nenhuma das avaliações realizadas (Tabela 8
e Figura 8). O acúmulo inicial de P na cobertura vegetal foi de 15,9 kg ha-1, na média dos
tratamentos, sendo que na última coleta (131 DAC) havia apenas 6% da quantidade de P
inicialmente acumulado; contudo, já na terceira coleta o acúmulo de P era de apenas 20%
do conteúdo inicial. Esses resultados indicam que a liberação do P da palhada para o
sistema foi mais rápido do que a degradação da matéria seca da cobertura vegetal (Tabela 4
e Figura 4), pois também houve redução no teor de P do material vegetal (Tabela 8). Em
trabalho realizado por Mendonça et al. (2015), os autores observaram liberação de 77% do
42

P inicialmente acumulado, na média de U. brizantha cv. Marandu; U. ruziziensis; P.


maximum cv. Tanzânia e P. maximum cv. Áries, 120 dias após dessecação das mesmas. Já
Carpim et al. (2008) encontraram liberação de 76% do acúmulo de P na palhada de
milheto, 150 dias após a dessecação.

Tabela 8. Teor e quantidade de P acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.


Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1) ________________________________
Teor de P, g kg-1 ________________________________

0-0 1,7 1,2 0,5 0,4 0,4ab 0,4


150-0 1,5 1,0 0,6 0,3 0,4ab 0,4
0-150 1,7 1,2 0,6 0,4 0,5a 0,4
100-50 1,4 0,9 0,5 0,5 0,4ab 0,5
50-100 1,6 1,0 0,5 0,3 0,3b 0,3
DN (kg ha-1)
0 - - - - 0,4 0,4
50 - - - - 0,4 0,4
100 - - - - 0,4 0,4
150 - - - - 0,4 0,3
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 13,6 17,0 26,1 24,7 38,5 37,5
CVsubparcela (%) - - - - 34,4 30,3
______________________________
MA Quantidade de P, kg ha-1 ______________________________
0-0 14,9 8,8 3,1 1,8 1,3 1,2
150-0 17,3 9,7 3,7 1,4 1,7 1,1
0-150 16,0 8,7 3,2 1,5 1,4 0,7
100-50 14,8 7,8 3,4 2,2 1,4 1,1
50-100 16,8 8,3 2,5 1,2 1,0 0,8
DN (kg ha-1)
0 - - - - 1,3 0,9
50 - - - - 1,6 0,8
100 - - - - 1,4 1,4
150 - - - - 1,2 0,8
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 16,6 18,1 32,8 23,5 35,5 38,2
CVsubparcela (%) - - - - 27,5 20,1
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a
primeira amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
43

Figura 8. Quantidade de P na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de


formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte
de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).

Os teores de K não foram influenciados pelas formas de manejo de


N na forrageira, assim como para doses de N em cobertura no feijoeiro, com exceção da
quarta coleta, em que os teores de K foram inferiores na testemunha (0-0 kg ha-1 de N) em
relação aos demais tratamentos, e na quinta coleta, na qual os teores foram menores no
tratamento 50-100 kg ha-1 de N, em relação ao tratamento 150-0 kg ha-1 de N (Tabela 9).
Houve rápida redução dos teores de K, sendo que na segunda coleta (32 DAC) já havia
apenas 55,1% do teor inicial de K. Na sexta amostragem (131 DAC) o teor de K era de 5%
em relação ao teor inicial, média dos tratamentos. O K é rapidamente liberado por ser um
elemento que não está associado com nenhum componente estrutural do tecido vegetal
44

(Figura 9), permanecendo na forma iônica na planta (PRADO, 2013). Por ser um elemento
que não fica incorporado às cadeias carbônicas do material orgânico, após a senescência
das plantas, ele volta rapidamente ao solo com a água da chuva (FOLONI; ROSOLEM,
2008). Vários autores observaram rápida redução no teor de K do material vegetal após
precipitações hídricas (ROSOLEM et al., 2007; CRUSCIOL et al., 2008; FOLONI;
ROSOLEM, 2008; GAMA-RODRIGUES et al., 2008; COSTA et al., 2014).

Tabela 9. Teor e quantidade de K acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.


Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1) ________________________________
Teor de K, g kg-1 ________________________________
0-0 14,4 8,2 2,0 1,3b 1,7ab 0,77
150-0 18,2 10,0 2,4 2,2a 2,2a 0,82
0-150 21,2 11,5 2,8 2,3a 1,9ab 0,72
100-50 14,7 8,3 2,6 2,7a 1,3ab 1,26
50-100 20,0 10,8 2,3 2,6a 0,9b 1,13
DN (kg ha-1)
0 - - - - 1,4 0,91
50 - - - - 1,5 1,16
100 - - - - 1,4 0,89
150 - - - - 1,5 0,81
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 19,7 17,7 28,8 12,4 39,1 39,3
CVsubparcela (%) - - - - 24,1 26,2
_________________________
MA Quantidade de K, kg ha-1 ________________________
0-0 125,3b 61,5 12,2 5,8 5,8 2,3
150-0 207,8a 90,7 15,4 9,5 5,5 1,7
0-150 195,3ab 83,5 15,0 8,7 5,0 1,0
100-50 159,7b 65,6 16,5 12,0 3,2 2,8
50-100 200,6a 85,8 13,9 10,9 2,5 2,5
DN (kg ha-1)
0 - - - - 4,6 2,0
50 - - - - 5,9 2,2
100 - - - - 5,2 2,5
150 - - - - 4,2 1,7
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 23,2 22,5 33,3 19,8 35,7 36,2
CVsubparcela (%) - - - - 32,9 38,2
Medias seguida de letras distintas na coluna, dentro de cada fator, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N aplicados, respectivamente, na forrageira aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a
primeira amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
45

Figura 9. Quantidade de K na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de


formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte
de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).

A forma de manejo do N na forrageira influenciou a quantidade de


K acumulada na cobertura vegetal após a colheita, com os maiores valores sendo
observados nos tratamento 150-0 e 50-100 kg ha-1 de N, em relação ao tratamento 100-50
kg ha-1 de N e a testemunha (Tabela 9 e Figura 9). Esse efeito é atribuído ao maior
acúmulo de matéria seca da cobertura vegetal nos tratamentos em que foram observados
quantidades superiores de K acumulado (Tabela 4 e Figura 4). Nas amostragens realizadas
a partir de 32 DAC (15/03/2013) não houve efeito dos fatores estudados na quantidade de
K remanescente na cobertura vegetal (Tabela 9 e Figura 9). Ocorreu rápida liberação de K
da palhada para o solo, pois já na terceira coleta (48 DAC) o conteúdo de K no material
46

vegetal era de apenas 12% da quantidade inicialmente acumulada. Sendo essa resposta
explicada pela decomposição do material vegetal (Tabela 4 e Figura 4) e pela rápida
redução dos teores de K no mesmo após a senescência das plantas (Tabela 4 e Figura 4),
conforme observado também por Rosolem et al. (2007), Crusciol et al. (2008), Foloni e
Rosolem (2008), Gama-Rodrigues et al. (2008) e Costa et al. (2014). Esses resultados
demonstram alta capacidade de reciclagem de K pela forrageira quando adubada com N
(191 kg ha-1, em média), liberando para o solo aproximadamente 176 kg ha-1 nos primeiros
48 DAC (Tabela 9 e Figura 9). Tal resultado ocorre em razão da capacidade que as raízes
das forrageiras tem em extrair K em maiores profundidades do solo, disponibilizando
posteriormente o nutriente quando essas são dessecadas para formação de palhada
(MENDONÇA et al., 2015).
Não houve efeito dos fatores estudados sobre os teores de Ca na
cobertura vegetal (Tabela 10). Na última coleta (131 DAC), os teores médios eram, em
média, 28% do teor inicial, indicando que a liberação de Ca dos tecidos foi mais rápido do
que a decomposição da palhada (Tabela 4 e Figura 4).
Houve interferência da aplicação de N na forrageira sobre o
acúmulo de Ca na matéria seca da cobertura vegetal na primeira coleta (Tabela 10 e Figura
10). O acúmulo de Ca foi maior no tratamento 150-0 kg ha-1 de N, em relação ao
tratamento 100-50 kg ha-1 de N e a testemunha. Não houve efeito das doses de N em
cobertura no feijoeiro sobre o acúmulo de Ca na matéria seca da cobertura vegetal. Nas
demais épocas de avaliação não foram observados efeito dos fatores estudados na
quantidade remanescente de Ca na cobertura vegetal. Da quantidade de Ca inicialmente
acumulada na palhada, apenas 6% (1,4 kg ha-1), em média, permanecia na última avaliação
(131 DAC), demonstrando liberação do Ca para o solo, da mesma forma observada para a
redução do teor deste nutriente na matéria seca (Tabela 10). Carpim et al. (2008) encontrou
23% Ca remanescente aos 151 dias após a dessecação do milho, sendo que esse resultado
estava relacionado à função do Ca no metabolismo vegetal, sendo um elemento que faz
parte da composição estrutural das células (TAIZ; ZEIGER, 2009) tendo assim maior
dificuldade de ser mineralizado e liberado para o solo. Santos et al. (2014), em trabalho
com consórcio de milho + U. ruziziensis, os autores observaram acúmulo de 63 kg ha-1 de
Ca, sendo disponibilizado um total de 48,6 ha-1 (77%) de Ca para o solo, entre a primeira
até a avaliação final, 220 dias após a dessecação da cobertura vegetal, que produziu 6,2 t
47

ha-1 de matéria seca, os autores salientam liberação gradativa deste nutriente durante os
períodos de avaliação.

Tabela 10. Teor e quantidade de Ca acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.
Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1) ________________________________
Teor de Ca, g kg -1 ________________________________

0-0 1,7 1,7 1,6 1,3 0,5 0,7


150-0 2,4 2,0 1,8 1,5 0,6 0,7
0-150 2,6 2,1 1,8 1,0 0,9 0,6
100-50 2,0 1,8 1,3 1,0 0,8 0,5
50-100 2,4 1,7 1,5 0,5 0,6 0,6
DN (kg ha-1)
0 - - - - 0,8 0,6
50 - - - - 0,7 0,6
100 - - - - 0,6 0,6
150 - - - - 0,7 0,7
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 26,6 24,2 24,8 38,9 43,5 33,9
CVsubparcela (%) - - - - 34,5 37,5
______________________________
MA Quantidade de Ca, kg ha-1 ______________________________
0-0 15,7b 12,9 10,2 5,7 1,7 1,9
150-0 27,3a 17,7 11,0 6,9 2,1 1,7
0-150 24,1ab 15,1 10,1 3,7 2,5 1,0
100-50 20,7b 14,1 8,2 4,8 2,8 1,1
50-100 24,7ab 13,8 8,7 2,5 2,1 1,4
DN (kg ha-1)
0 - - - - 2,4 1,3
50 - - - - 2,4 1,0
100 - - - - 2,1 1,9
150 - - - - 2,0 1,4
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 26,7 21,6 29,1 36,14 27,2 23,6
CVsubparcela (%) - - - - 30,2 38,7
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a
primeira amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.

A liberação gradativa deste elemento está relacionada ao Ca ser


integrante de componentes estruturais na planta, como na parede celular (MARSCHNER,
1995; PRADO, 2008), o que depende da degradação desta estrutura para ser liberado do
48

material vegetal. Costa et al. (2014) observaram, aos 91 dias após o manejo do consórcio
de crotalária + milheto, teor de Ca de 64% menor em relação ao teor inicial, não se
correlacionando com a degradação da palhada, em que restaram 34% do volume inicial no
mesmo período de avaliação. Entretanto, eles observaram que com a fragmentação desse
material com triturador mecânico, a porcentagem de Ca remanescente aos 91 dias foi de
50%, processo que contribuiu também para maior degradação da palhada (crotalária +
milheto) com 28% restante deste material, no mesmo período de avaliação. Os autores
atribuem essa reposta ao maior contato do material com o solo em razão da fragmentação,
acelerando a degradação e liberando mais facilmente nutrientes que estão associados a
componentes orgânicos do tecido vegetal, como é o caso do Ca. O que explica a mais
rápida liberação Ca no presente experimento, onde a palhada foi triturada após a colheita
das sementes. Bernardes et al. (2010) também observaram rápida liberação do Ca da
palhada de U. brizantha manejada com triturador de palha.
Não houve efeito das formas de aplicação de N na forrageira sobre
o teor de Mg na cobertura vegetal e, apenas na quinta coleta de material (97 DAC), a
aplicação de N em cobertura na cultura do feijão reduziu de forma linear o teor de Mg na
palhada (Tabela 11). Na sexta coleta de material (131 DAC) o teor de Mg era 35% do teor
inicial, na média para os tratamentos. Houve uma mais rápida liberação do Mg dos tecidos
vegetais nos primeiros dia de avaliação, visto que 48 DAC o teor de Mg era de 53% do
inicial. Crusciol et al (2008) observaram resposta similar em palha de aveia, com a redução
dos teores de Mg ajustadas de forma quadrática, com tendência de estabilização a partir
dos 35 dias após o manejo da aveia. De acordo com os autores esta resposta ocorreu,
devido a 70% do Mg atuar no vacúolo (MARSCHNER, 1995; TAIZ; ZEIGER, 2009),
assim, a maior parte do Mg é rapidamente liberada, uma vez que esta porção não faz parte
de constituintes celulares. O restante do Mg (30%) é liberado posteriormente de forma
gradual, pois faz parte de compostos estruturais (CRUSCIOL et al., 2008; BERNARDES
et al., 2010).
49

Figura 10. Quantidade de Ca na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-
150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o
corte de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).

Não foi observado efeito da adubação nitrogenada aplicada na


forrageira, bem como das doses de N aplicadas em cobertura no feijoeiro, sobre a
quantidade de Mg acumulada na matéria seca da cobertura vegetal, em nenhum período de
avaliação (Tabela 11 e Figura 11). O acúmulo inicial de Mg foi, em média, de 36 kg ha -1,
sendo observado apenas 8% (2,9 kg ha-1) de Mg na última avaliação (131 DAC). Em
trabalho realizado por Ferrari Neto et al. (2012), observou-se aos 91 dias após o manejo do
consórcio guandú-anão com milheto, 40% do teor de Mg em relação ao teor inicial, com
resposta similar ao do presente experimento, ocorrendo rápida liberação nos primeiros 40
dias, em sequência ocorreu uma liberação gradual de Mg para o solo. Santos et al. (2014),
50

trabalhando com consórcio de milho + U. ruziziensis, observaram liberação de 88% do


conteúdo inicial de Mg acumulado na matéria seca, 220 dias após a dessecação da
cobertura vegetal. Entretanto, aos 68 dias após a dessecação, 50% da quantidade total de
Mg acumulado foi liberado para o solo.

Tabela 11. Teor e quantidade de Mg acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.
Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1) ________________________________
Teor de Mg, g kg-1 ________________________________
0-0 3,9 3,1 2,3 1,7 1,2 1,2
150-0 4,0 3,2 2,5 1,5 1,3 1,2
0-150 3,5 3,1 2,6 1,6 1,3 1,5
100-50 3,9 3,2 2,5 2,0 1,5 1,3
50-100 3,1 2,8 2,5 1,9 1,6 1,3
DN (kg ha-1)
0 - - - - 1,6 1,4
50 - - - - 1,4 1,3
100 - - - - 1,4 1,3
150 - - - - 1,3 1,3
(3)
Regressão - - - - ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 23,6 15,7 13,1 14,4 23,9 35,8
CVsubparcela (%) - - - - 20,8 25,2
______________________________ -1 ______________________________
MA Quantidade de Mg, kg ha
0-0 35,5 23,8 14,4 7,6 4,4 3,7
150-0 44,4 28,8 16,8 6,5 5,1 2,8
0-150 32,5 22,6 14,5 5,9 3,4 2,5
100-50 39,6 25,9 15,4 8,9 4,7 2,7
50-100 31,1 22,4 14,5 7,8 5,7 2,9
DN (kg ha-1)
0 - - - - 5,1 3,0
50 - - - - 5,2 2,5
100 - - - - 4,7 3,7
150 - - - - 3,7 2,6
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 24,3 18,7 30,4 28,7 32,8 29,6
CVsubparcela (%) - - - - 33,9 34,3
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a
primeira amostragem da cobertura vegetal. (3) y = -0,0014x + 1,522 R² = 0,63*; ns: Não significativo.* a 1%
de probabilidade pelo teste F.
51

Figura 11. Quantidade de Mg na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-
150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o
corte de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).

O teor de S na palhada não sofreu efeito dos fatores estudados, em


nenhuma das avaliações realizada (Tabela 12). Na última coleta de material (131 DAC)
foram observados 64% do teor inicial de S, na média dos tratamentos. Os baixos teores de
S na cobertura vegetal das forrageiras após a colheita das sementes, se deve ao fato de que
esse é um nutriente remobilizado em grande quantidade paras as estruturas reprodutivas.
Ferrari Neto et al. (2012), que observaram 25% do teor inicial de S, em palhada do
consórcio de guandú-anão com milheto aos 91 dias após o manejo do material vegetal;
entretanto, os autores relataram que o teor médio de S no início da avaliação foi 2,1 g kg-1,
ou seja, sendo cinco vezes maior que os teores iniciais encontrados no presente
experimento que foi de 0,42 g kg-1 de S, na média para os tratamentos (Tabela 12), o que
52

se deve, provavelmente, ao fato das plantas terem sido manejadas antes da formação de
sementes. Em trabalho realizado por Crusciol et al. (2008), em palhada de aveia preta os
teores iniciais de S foi de 2,4 g kg-1 e aos 53 dias após o manejo da cobertura foi observado
46% do teor inicial de S.

Tabela 12. Teor e quantidade de S acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.
Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1) ________________________________
Teor de S, g kg-1 ________________________________
0-0 0,35 0,28 0,24 0,20 0,23 0,28
150-0 0,45 0,33 0,20 0,23 0,26 0,29
0-150 0,45 0,25 0,30 0,35 0,31 0,26
100-50 0,43 0,39 0,37 0,35 0,18 0,29
50-100 0,45 0,34 0,28 0,23 0,25 0,24
DN (kg ha-1)
0 - - - - 0,24 0,30
50 - - - - 0,20 0,28
100 - - - - 0,24 0,25
150 - - - - 0,27 0,24
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 31,7 21,3 38,3 32,0 38,6 40,7
CVsubparcela (%) - - - - 46,1 28,7
______________________________
MA Quantidade de S, kg ha-1 ______________________________
0-0 3,1 2,0 1,4 0,8 0,7 0,9
150-0 5,2 3,0 1,3 0,9 1,0 0,7
0-150 4,0 1,8 1,6 1,3 0,8 0,4
100-50 4,2 3,1 2,2 1,6 0,6 0,6
50-100 4,5 2,7 1,6 0,9 0,7 0,5
DN (kg ha-1)
0 - - - - 0,8 0,7
50 - - - - 0,7 0,5
100 - - - - 0,8 0,8
150 - - - - 0,7 0,5
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 33,7 24,7 35,1 33,5 33,4 32,4
CVsubparcela (%) - - - - 40,4 36,1
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a
primeira amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
53

O acúmulo de S na matéria seca da cobertura vegetal não foi


influenciado por nenhum fator estudado no presente experimento (Tabela 12 e Figura 12).
O acúmulo inicial de S foi de 4,2 kg ha-1, já na última coleta foi observado 10% (0,55 kg
ha-1) do conteúdo inicial de S, ocorrendo rápida liberação deste nutriente para o solo,
conforme também observado por Santos et al. (2014).

Figura 12. Quantidade de S na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte
de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
54

6.1.3. Índice relativo de clorofila, matéria seca da parte aérea, teores de


nutriente e acúmulo de N na cultura do feijão

A aplicação de N na forrageira não influenciou o índice relativo de


clorofila (IRC) na folha do feijoeiro (Tabela 13), em ambas as épocas de avaliação (estádio
V4 e R6), apesar de que no estádio R6, os teores de N na parte aérea (Tabela 13) e na folha
diagnose (Tabela 14) terem sido incrementados pela aplicação de N na forrageira. A
aplicação de N em cobertura no feijoeiro aumentou de forma linear o IRC no estádio R6
(Tabela 13). Soratto et al. (2004) também observaram aumento no IRC, com a aplicação de
N em cobertura no feijoeiro. Os autores correlacionam estas repostas ao maior teor de N no
tecido vegetal com aplicação deste nutriente, resposta também observada no presente
trabalho para os teores de N em razão das doses deste nutriente, aplicadas em cobertura no
feijoeiro (Tabelas 13 e 14). Maia et al. (2012; 2013) observaram maiores IRC em razão das
maiores doses de N aplicadas em cobertura na cultura do feijão.
De acordo com Marschner (1995), o N é nutriente principal na
composição da molécula de clorofila. A energia luminosa ao ser absorvida pela clorofila
provoca uma reação fotoquímica que resulta na retirada de elétrons da água (causando
liberação de O2) e, consequentemente, elevação dos mesmos (elétrons) para níveis
energéticos mais elevados (através dos dois fotossistemas), que possibilitam a síntese de
ATP (energia) e NADPH (poder redutor). A energia química e o poder redutor assim
formados são utilizados para reduzir o CO2 a compostos orgânicos, durante as reações
bioquímicas da fotossíntese (TAIZ; ZEIGER, 2009). Neste contexto, maior IRC pode se
correlacionar com maior taxa fotossintética da planta (PRADO et al., 2008), resultando em
maiores produtividades (SORATTO et al., 2004; SOUZA; SORATTO, 2012).
Os tratamentos estudados não influenciaram a população de plantas
avaliadas tanto no estádio V4, assim como no R6 (Tabela 13). Sendo que as populações de
plantas médias observadas foram de 284.580 plantas ha-1 e 190.978 plantas ha-1,
respectivamente, nos estádio V4 e R6. A obtenção do estande de 284.580 plantas ha-1, que
está abaixo da taxa de semeadura empregada (333.330 plantas ha-1) foi ocasionada pelas
altas precipitações ocorridas após a semeadura (Figura 1a), reduzindo a germinação das
sementes. Já a queda de população de plantas, da primeira para a segunda avaliação, está
relacionada ao período de veranico que ocorreu na fase vegetativa, ocasionando a morte
das plantas.
55

Tabela 13. Índice de relativo de clorofila (IRC), população de plantas, matéria seca, teor
de N, quantidade de N acumulada, na parte aérea do feijoeiro no estádio vegetativo V4 e
no estádio de florescimento (R6), em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Santo Anastácio-
SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
População
Tratamentos IRC Matéria seca Teor de N N acumulado
de plantas
plantas ha-1 g planta-1 g kg-1 kg ha-1
(1)
MA Estádio V4
0-0 23,0 275.553 1,0 33,8 10,1
150-0 23,9 285.275 1,2 35,7 12,3
0-150 25,3 276.941 1,1 34,3 10,5
100-50 25,2 298.469 1,3 33,6 13,5
50-100 24,3 286.664 1,2 35,6 13,2
CV (%) 21,1 14,9 15,6 6,1 18,8
MA(1) Estádio R6
0-0 25,1 191.257 5,8 29,8c 34,1
150-0 23,6 181.907 6,0 32,2ab 36,2
0-150 26,1 195.634 6,7 34,2ab 45,2
100-50 27,6 190.705 6,3 37,2a 44,9
50-100 28,7 195.390 6,3 34,2ab 42,1
DN (kg ha-1)
0 21,9 192.443 5,1 28,9 29,2
50 23,6 193.061 6,5 33,8 43,1
100 29,4 190.064 6,7 35,4 45,8
150 30,0 188.346 6,5 36,1 43,9
(2) (3) (4) (5)
Regressão ns
Interação MA x DN ns ns ns ns ns
CVparcela (%) 22,3 16,7 27,5 17,4 24,0
CVsubparcela (%) 13,1 10,7 15,7 10,9 21,7
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1)Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de
uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)). (2) y = 0,0632x + 21.2446 R² = 0,96**;
(3)
y = -0,0002x2 + 0,0339x + 5,2069 R² = 0,98*; (4)y = 0,0465x + 30,087 R² = 0,85*; (5)y = -0,0016x2 +
0,3315x + 29,563 R² = 0,98*. ns: Não significativo. * e ** a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente,
pelo teste F.

A adubação nitrogenada aplicada na forrageira não influenciou a


matéria seca da parte aérea de plantas do feijão (Tabela 13). Entretanto, houve efeito
quadrático da adubação nitrogenada aplicada em cobertura no feijoeiro, com maior matéria
seca da parte aérea com a aplicação da dose estimada de 84 kg ha-1 de N,
independentemente do manejo do N adotado na forrageira precedente. Sabundjian et al.
(2013), Crusciol et al (2007), Silva et al. (2004), Souza e Soratto (2012) e Soratto et al.
(2014) também observaram aumento de matéria seca com a aplicação de N em cobertura
no feijoeiro. Essa resposta está relacionada à maior teor de N na parte aérea (Tabela 13),
proporcionado pela adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro, pois este nutriente
56

aumenta o índice de área foliar e, consequentemente, a taxa fotossintética das plantas,


elevando o acúmulo de matéria seca (PRADO, 2008; TAIZ; ZEIGER, 2009). É importante
salientar que os valores de matéria seca por planta nos estádio R6, ficaram inferiores dos
observados pelos autores citados acima, em razão das baixas precipitações ocorridas na
fase vegetativa das plantas (Figura 1a).
O manejo da adubação nitrogenada na forrageira não afetou o teor
de N na parte aérea no estádio V4 do feijoeiro cultivado em sucessão (Tabela 13).
Contudo, no estádio R6 foi observado maior teor no tratamento 100-50 kg ha-1 de N, em
relação à testemunha (0-0 kg ha-1 de N) (Tabela 13). Além disso, foi observado aumento
linear nos teores de N na planta de feijão em função da adubação nitrogenada de cobertura,
independentemente do manejo do N na forrageira (Tabela 13).
A forma de manejo do N na forrageira também não influenciou o
acúmulo deste nutriente na parte aérea da cultura do feijão, em ambos os estádios de
avaliação (Tabela 13). Contudo, houve resposta de forma quadrática do acúmulo de N em
que às doses de N aplicadas em cobertura no feijoeiro, com maior valor proporcionado
pela aplicação em cobertura da dose estima de 103 kg ha-1 de N. Soratto et al. (2013)
encontraram acúmulo de N na parte aérea do feijoeiro no florescimento, estatisticamente
similar ao da testemunha, com aplicação do 100 kg ha-1 de N aos 33 dias antes da
semeadura, com respostas apenas quando esta mesma dose foi aplicada na semeadura ou
23 DAE. Souza e Soratto (2011) observaram aumento na quantidade de N acumulado na
parte aérea do feijoeiro cultivado em SPD, em função da adubação nitrogenada em
cobertura. As quantidades de N acumuladas na parte aérea da cultura do feijão (Tabela 13),
estão a baixo dos encontrados na literatura (SOUZA et al., 2011; SOUZA; SORATTO,
2011; SORATTO et al., 2013), o que foi ocasionado em razão do baixo acúmulo de
matéria seca das plantas, devido as reduzidas precipitações na fase vegetativa da cultura
(Figura 1a).
O teor de N na folha diagnose (3ª folha totalmente expandida a
partir do ápice) foi significativamente afetado pela forma de aplicação do N na forrageira,
com os maiores teores encontrados nos tratamentos 0-150 e 50-100 kg ha-1 de N, diferindo
da testemunha (0-0 kg ha-1 de N) (Tabela 14). Esse efeito é devido aos maiores teores de N
na matéria seca da cobertura vegetal nos tratamentos que receberam maior dose adubação
nitrogenada na fase reprodutiva da forrageira (Tabela 5). Assim, estes tratamentos
proporcionaram liberação de maiores quantidades de N para o solo e que,
57

consequentemente, foi aproveitado pela cultura do feijão. A aplicação de N em cobertura


na cultura do feijão proporcionou aumento linear no teor de N nas folhas do feijoeiro,
independentemente da aplicação de N na forrageira (Tabela 14). Porém, é importante
salientar que mesmo nos tratamentos sem aplicação de N os teores desse elemento estavam
dentro da faixa considerada adequada (30-50 g kg-1) por Ambrosano et al. (1997). Alvarez
et al. (2005), Farinelli et al. (2006), Crusciol et al. (2007), Souza e Soratto (2012) também
observaram aumento linear no teor foliar de N em feijão, em razão do aumento de doses de
N em cobertura no feijoeiro, mesmo com a testemunha apresentando teor dentro da faixa
considerada adequada. Entretanto, estes teores de N dentro das faixas satisfatórias no
presente experimento, pode estar relacionado ao crescimento reduzido das plantas de feijão
(Tabela 13), o que minimizou o “efeito diluição” do nutriente na planta (FOLONI et al.,
2008), pois o solo da área experimental se mostra como baixo fornecedor de N mineral à
cultura, em que o acúmulo de N na matéria seca na cobertura vegetal foi 35 % (97 kg ha-1
de N, na média dos tratamentos que receberam N na forrageira) menor que a dose de N
aplicada (150 kg ha-1 de N) (Tabela 5). Em trabalho realizado por Soratto (2011) a
aplicação de N antecipada na forrageira antecedendo a cultura do feijão, proporcionou
acúmulo de N na fitomassa de U. brizantha maiores que as doses efetivamente aplicadas,
promovendo teores de N na folha do feijão dentro da faixa adequada (30-50 g kg-1), com o
dobro da produção de matéria seca por planta no estádio R6 observada no presente
experimento, que foi de 6,2 g planta-1, na média dos tratamentos.
Os teores foliares de P, K, S e Mn não foram alterados pelos
tratamentos avaliados no presente experimento (Tabela 14). O teor de Ca foi afetado
apenas pelo manejo da adubação nitrogenada na forrageira, com maior teor observado no
tratamento 100-50 kg ha-1 de N em relação ao tratamento 150-0 kg ha-1 e a testemunha (0-0
kg ha-1 de N). O teor de Mg foi maior no tratamento 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N em
relação a testemunha (0-0 kg ha-1 de N). Também houve aumento linear no teor de Mg em
razão da aplicação das doses de N em cobertura na cultura feijão. Teixeira et al. (2008)
observaram redução linear no teor de Ca e aumento no de Mg na folha do feijoeiro com a
adubação nitrogenada de cobertura. Os teores de Cu e Fe também apresentaram elevação
linear em função da adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro. O teor de Zn sofreu
efeito quadrático da adubação nitrogenada em cobertura na cultura do feijão, com aumento
até a dose estimada de 84 kg ha-1 de N.
58

Os efeitos da adubação nitrogenada na forrageira ou em cobertura


no feijoeiro, sobre os teores de nutrientes foliares desta cultura podem ser atribuídos,
dentre outros fatores, a maior produção de matéria seca pela cultura (Tabela 13), que foi
positivamente influenciado pela adubação nitrogenada, estimulando o crescimento do
sistema radicular (SANTI et al., 2003), o que promove maior exploração do solo e,
consequentemente, absorção de nutrientes.
Tabela 14. Teores de nutrientes na folha diagnose do feijoeiro no estádio de florescimento
em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e
doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13.
Macronutrientes
Tratamentos
N P K Ca Mg S
MA(1) ______________________________________
g kg-1 ______________________________________
0-0 37,9b 3,9 17,6 13,8b 4,6b 2,1
150-0 41,7ab 3,5 14,8 12,4b 5,1ab 2,4
0-150 43,7a 4,1 19,8 15,1ab 5,0ab 2,4
100-50 42,7ab 3,6 19,8 18,8a 5,2a 2,4
50-100 44,8a 4,4 20,9 17,2ab 5,2a 2,2
DN (kg ha-1)
0 35,5 3,9 17,3 16,4 4,4 2,2
50 42,0 4,0 18,5 13,5 4,6 2,2
100 45,0 3,7 18,8 15,3 5,4 2,3
150 46,1 4,0 19,8 16,5 5,7 2,5
(2) (3)
Regressão ns ns ns ns
Interação MA x DN ns ns ns ns ns ns
CVparcela (%) 14,9 27,5 29,8 29,9 8,8 17,1
CVsubparcela (%) 10,3 15,6 23,1 21,1 17,8 20,5
Micronutrientes
Tratamentos
Cu Fe Mn Zn
______________________________________ -1 ______________________________________
MA mg kg
0-0 17,5 275,5 133,8 33,0
150-0 19,6 223,6 127,8 37,3
0-150 19,7 268,5 171,3 37,3
100-50 18,2 269,0 188,7 34,0
50-100 21,0 262,3 138,7 33,0
DN (kg ha-1)
0 13,9 228,4 106,2 29,5
50 14,7 188,5 117,0 39,5
100 21,0 264,1 146,3 36,7
150 20,2 320,4 159,2 34,7
(4) (5) (6)
Regressão ns
Interação MA x DN ns ns ns ns
CVparcela (%) 28,2 24,9 35,7 18,3
CVsubparcela (%) 29,1 27,3 34,8 19,5
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no
pré-emborrachamento (diferenciação floral)). (2) y = 0,0693x + 37,006 R² = 0,89**; (3) y = 0,0077x + 4,538
R² = 0,97**; (3) y = 0,0555x + 14,92 R² = 0,88**; (4) y = 0,5895x + 211,67 R² = 0,72*; (5)y = -0,0013x² +
0,1969x + 30,32 R² = 0,89* ns: Não significativo. * e ** a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente,
pelo teste F.
59

6.1.4. Componente da produção e produtividade de grãos da cultura do


feijão

A população final de plantas não foi influenciada pelos tratamentos


aplicados (Tabela 15). Apesar da taxa de semeadura ter sido realizada para proporcionar
333.330 mil planta ha-1, a população final média de plantas foi de aproximadamente 163
mil planta ha-1, ou seja, 7,3 plantas por metro de fileira na lavoura. Como já comentado,
esta redução de estande de lavoura deve-se as altas ocorrências de precipitação alguns dias
após semeadura (Figura 1a), provocando a redução do número de plantas germinadas,
somada aos períodos de veranico ocorridos no estádio vegetativo que promoveu morte de
plantas.
A aplicação de N na forrageira promoveu o aumento do número de
vagens por planta, especialmente quando foram aplicados 50 kg ha-1 de N na fase inicial da
forrageira e 100 kg ha-1 no pré-emborrachamento da forrageira (50-100 kg ha-1 de N)
(Tabela 15). Soratto et al. (2013) observaram maior número de vagens por planta de feijão
em relação a testemunha (0 kg ha-1 de N), com aplicação antecipada de 100 kg ha-1 de N
nos restos culturais do milho, 33 dias antes da semeadura do feijão. Houve resposta do
número de vagens por planta à adubação nitrogenada em cobertura na cultura do feijão,
com maiores valores observados com a aplicação da dose estimada de 114 kg ha-1 de N
(Tabela 15). Segundo Silva et al. (2009), essa resposta pode estar atribuída a maior
emissão de ramos reprodutivos promovido pela maior disponibilidade de N. Vários autores
observaram, em trabalhos com a cultura do feijão, aumento do número de vagens por
planta em razão da adubação nitrogenada (ALVEZ et al., 2005; CRUSCIOL et al., 2007;
SOUZA et al., 2011; MOREIRA et al., 2013; SORATTO et al., 2004, 2006, 2013, 2014).
O número de grãos por vagem, não foi influenciado pelos
tratamentos estudado (Tabela 15). Esses resultados estão de acordo com trabalho de
Sabundjian et al. (2013) e Soratto et al. (2004, 2013, 2014), que também não observaram
resposta do número de grãos por vagens em razão da adubação nitrogenada, sendo
característica de alta herdabilidade genética, que sofre pouca influência do ambiente.
A massa de 100 grãos, sofreu alteração apenas em função da
adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro, com maiores valores com aplicação da
dose estimada de 57 kg ha-1 de N (Tabela 15), estando de acordo com os dados de Farinelli
et al. (2006) e Sabundjian et al. (2013) e Soratto et al. (2014), que observaram aumento
dessa variável em razão da adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro. Entretanto,
60

Soratto et al. (2013) e Crusciol et al. (2007), observaram respostas da massa de 100 grãos,
à adubação nitrogenada.

Tabela 15. Componentes da produção e produtividade de feijão em razão de formas de


manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no
feijoeiro (DN). Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
População Vagens por Grãos por Massa de Produtividade
Tratamentos
final planta vagem 100 grãos de grãos
MA(1) plantas ha-1 no planta-1 no vagem-1 g kg ha-1
0-0 158.632 16,1b 3,5 30,0 2.642c
150-0 163.657 18,1ab 3,1 30,2 2.771bc
0-150 171.134 18,6ab 3,1 30,0 2.968ab
100-50 158.705 17,3ab 3,3 30,9 2.834b
50-100 165.265 19,4a 3,2 30,0 3.224a
DN (kg ha-1)
0 166.943 16,13 3,23 30,0 2.526
50 166.561 17,97 3,23 29,4 2.864
100 163.228 18,87 3,31 30,5 2.980
150 159.846 18,91 3,22 31,0 3.180
(2) (3) (4)
Regressão ns ns
Interação MA x DN ns ns ns ns *
CVparcela (%) 20,6 13,6 14,7 4,4 5,4
CVsubparcela (%) 13,4 11,5 12,1 4,8 6,3
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)). (2) y = -0,0002x2 + 0,0457x + 16,129 R² = 0,99*; (3) y = 0,0001x² -
0,01151x + 29,9890 R² = 0,89*; (4) y = 4,159x + 2576,00 R² = 0,95**; ns: Não significativo. * e ** a 5 e 1%
de probabilidade, respectivamente, pelo teste F.

A produtividade de grãos da cultura do feijão foi influenciada pela


forma de manejo de N na forrageira, doses de N em cobertura e pela interação entre estes
dois fatores (Tabela 15). Houve aumento linear da produtividade de grãos com o aumento
das doses de N em cobertura no feijoeiro, independentemente das formas de manejo do N
na gramínea forrageira precedente (Tabelas 15).
No desdobramento da interação, é possível observar que em todas
as doses de N aplicadas em cobertura na cultura do feijão, quando se realizou a aplicação
de 50-100 kg ha-1 de N, respectivamente, na fase inicial da forrageira e no pré-
emborrachamento, as produtividades de grãos de feijão foram maiores que a testemunha
(0-0 kg ha-1 de N). Para o tratamento 0-150 kg ha-1 de N, as produtividades foram
superiores à testemunha apenas na presença de 50 e 100 kg ha-1 de N em cobertura no
feijoeiro. A resposta de maiores produtividades de grãos nos tratamentos que receberam
61

adubação nitrogenada na forrageira (0-150 e 50-100 kg ha-1 de N) em relação à testemunha


(0-0 kg ha-1 de N) ocorre pelo fato dessa prática proporcionar na época do florescimento do
feijão, maior liberação de N ao sistema (62 kg ha-1 de N) em relação à testemunha (24 kg
ha-1 e N) (Tabela 5). Outro fator que pode ter contribuído para as maiores produtividades
com o uso da adubação nitrogenada na forrageira, porém não foi avaliado no presente
trabalho, é a produção de sistema radicular com menor relação C/N, pois de acordo com
Silva et al. (2008) o sistema radicular de gramíneas, a exemplo do milho, pode apresentar
relação C/N (C/N 58) superior a parte aérea da planta (C/N 51). Echer et al. (2012), em
trabalho que foi avaliado absorção de nutrientes e crescimento inicial do algodoeiro,
cultivado sobre resíduos de planta inteira, parte aérea e sobre raiz de U. ruziziensis,
observaram menor teor de N na folha e crescimento da planta, quando esta foi cultivada
sobre o sistema radicular da U. ruziziensis, atribuindo estas respostas a imobilização do N
promovido pelos sistema radicular da U. ruziziensis. Entretanto, quando o algodoeiro foi
cultivado sobre a parte aérea da U. ruziziensis houve maior acúmulo de N e crescimento da
planta, em razão da maior liberação de N para o sistema, promovido pela matéria seca da
pare aérea da U. ruziziensis.
No presente experimento, a adubação nitrogenada na forrageira
reduziu a relação C/N (Tabela 7), mas alterou de forma pouco expressiva a decomposição
da cobertura vegetal (Tabela 4), o que pode não ter interferido de forma importante na
imobilização do N pela matéria seca da cobertura vegetal. O sistema radicular tem uma
maior superfície de contato do material vegetal com o solo e a presença constante de
umidade nestas condições, o que resulta no favorecimento da ação biológica e a
decomposição mais acelerada do material vegetal (CARVALHO et al., 2008). Com o
sistema radicular no solo de alta relação C/N, ocorre a imobilização temporária do N pela
massa microbiana do solo, que é a transformação do N inorgânico em orgânico, processo
realizado por microrganismos que incorporam o N inorgânico disponível no solo às suas
células, ao morrerem, o N assimilado pode voltar a ser mineralizado (CANTARELLA,
2007). Neste contexto a prática da adubação nitrogenada na forrageira produz sistema
radicular com menor relação C/N reduzindo o processo de imobilização do N no solo
(SOUZA; MELO, 2000; SORATTO, 2011), que somada à maior deposição de N no
sistema promove maior aporte de N a cultura do feijão. Entretanto, as resposta do feijoeiro
a adubação nitrogenada de cobertura deveu-se a presença de material vegetal com alta
relação C/N (50 a 60) no solo. De acordo com Cantarella (2007) a condição de equilíbrio,
62

na qual a mineralização é igual à imobilização, ocorre quando a relação C/N do material


vegetal está na faixa de 20 a 30.

Tabela 16. Desdobramento da interação significativa entre formas de manejo de adubação


nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), para
produtividade de grãos da cultura do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I).
DN (kg ha-1)
MA(1) Equação de regressão
0 50 100 150
Produtividade de grãos, kg ha-1
0-0 2.238b 2.590b 2.748c 2.994ab y = 2278,3 + 4,8542x (R² = 0,97**)
150-0 2.522b 2.798ab 2.907bc 2.857c y = 2603,6 + 2,2327x (R² = 0,70*)
0-150 2.412b 3.074a 3.082ab 3.306ab y = 2564,9 + 5,3796x (R² = 0,80**)
100-50 2.480b 2.789ab 2.783bc 3.285ab y = 2473,4 + 4,8131x (R² = 0,87**)
50-100 2.979a 3.070a 3.383a 3.461a y = 2959,8 + 3,5168x (R² = 0,93**)
Médias seguidas de letras distintas na coluna diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
(1)
Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg
ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)). * e ** significativos a 5% e 1% de probabilidade pelo teste F,
respectivamente; ns: não significativo.

A elevada demanda de N para se obter boas produtividades no


cultivo da cultura do feijão em sucessão a plantas forrageiras cultivadas para produção de
sementes, está relacionada com a demanda de N pelos microrganismos para decomposição
dos restos culturais remanescentes (LEITE; GALVÃO, 2008). Se considerarmos a
quantidade de N liberada da cobertura vegetal desde o seu manejo até o florescimento do
feijão na testemunha (Tabela 5), foi menor que o acúmulo de N pela cultura do feijão no
mesmo período (Tabela 13), evidenciando a alta demanda pelo N proveniente da adubação
por cobertura no feijoeiro, o que pode estar relacionado com a alta complexidade do N no
sistema solo-palha-atmosfera (SANTOS et al., 2003; SORATTO et al., 2011).
No presente experimento, para produzir 2.840 kg ha-1 de grãos
(média dos tratamentos), foi acumulado 34,5 kg ha-1 de N na matéria seca da parte aérea do
feijoeiro, por ocasião do florescimento. Já Perez et al. (2013) observou acúmulo de 84 kg
ha-1 de N na matéria seca da parte aérea da cultura do feijão, para produção de 2.684 kg ha-
1
de grãos. Essa maior eficiência de utilização de N no presente experimento está
relacionada ao desenvolvimento de plantas mais compactas (menor crescimento
vegetativo), o que foi ocasionado pelo estresse hídrico no estádio vegetativo (Figura 1a). A
pesar da ocorrência de veranicos no desenvolvimento vegetativo das plantas que ocasionou
plantas mais compactas, no início do florescimento até a colheita houve boas precipitações
63

e as temperaturas ficaram favoráveis à cultura, promovendo boa taxa de fixação de flores e


vagens (Figura 1a). A produtividade média de grãos do presente experimento (2.840 kg ha-
1
) pode ser considerar alta para o cultivo em sistema de sequeiro.

6.2. Experimento II

6.2.1. Produção e qualidade fisiológica das sementes das plantas


forrageiras

A porcentagem de germinação e a viabilidade de sementes da U.


brizantha cv. MG-5 não foram afetadas pelas formas de manejo da adubação nitrogenada
na forrageira (Tabela 17). Esses resultados são divergentes de diversos autores, os quais
salientam a importância do N para a nutrição das sementes e aumenta o poder germinativo
destas (BUCKERIDGE et al., 2004; OLIVEIRA; SÁ, 2006; PRADO, 2008; DEMINICIS
et al., 2010).
A maior produtividade de sementes puras foi observada no
tratamento 50-100 kg ha-1 de N (Tabela 17). No tratamento 0-150 kg ha-1 de N houve
maior produtividade em relação à testemunha (0-0 kg ha-1 de N), demonstrando que em
áreas de produção de sementes de U. brizantha cv. MG-5, as maiores produtividades são
dependentes da adubação nitrogenada inicial para promover o perfilhamento das plantas e
com complementação de maior parte do N na fase reprodutiva, sendo está segunda
aplicação direcionada para a formação das estruturas reprodutivas da planta. De acordo
com Peres et al. (2010), altas doses de N (> 100 kg ha-1) na fase inicial das plantas, pode
promover o crescimento vegetativo exagerado, em detrimento do desenvolvimento
reprodutivo.
A porcentagem de germinação e viabilidade de sementes foram
satisfatórias, pois ao contrário do experimento I, a colheita das sementes ocorreu com
ausência de precipitações pluviais (Figura 1b). A produtividade média de sementes
alcançada (275 kg ha-1) está de acordo com a média 260 kg ha-1 de sementes puras,
atingida pelos produtores da região em que foi desenvolvido o trabalho.
64

Tabela 17. Porcentagem de germinação, viabilidade e produtividades de sementes puras da


U. brizantha cv. MG-5, em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Manejo do
Germinação Viabilidade Produtividade
nitrogênio(1)
% % kg ha-1
0-0 55,5 68,5 225,5c
150-0 58,7 70,0 252,3bc
0-150 63,7 74,5 285,7b
100-50 60,5 75,5 267,7bc
50-100 62,2 72,5 354,5a
CV (%) 12,7 21,5 8,5
Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. (1) Formas
de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na
forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)).

6.2.2. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de


nutrientes da palhada

Por ocasião da colheita, a quantidade média de palhada na área era


de 12.348 kg ha-1 (Tabela 18 e Figura 13), comprovando o grande potencial produtivo de
matéria seca da U. brizantha cv. MG-5, sendo que em campos de produção de sementes as
plantas se desenvolvem sem influencia de manejo com corte ou pastejo. A quantidade de
cobertura vegetal acumulada no presente experimento foi superior a do experimento I
(9.850 kg ha-1) com a U. humidicola cv. Llanero (Tabela 4). A U. brizantha cv. MG-5,
além do maior potencial de produção de matéria seca (PIRES, 2006), se desenvolveu por
um período de 72 dias a mais que a forrageira do experimento I.
As formas de manejo de N na forrageira não influenciaram a
produção de matéria seca, observada por ocasião da colheita das sementes (Tabela 18 e
Figura 13). Apenas na última avaliação (132 DAC) foi observado efeito das formas de
manejo do N na quantidade de cobertura vegetal remanescente sobre o solo, sendo que nos
tratamentos 0-150 e 50-100 kg ha-1 de N a quantidade de matéria seca da cobertura vegetal
foi menor em relação à testemunha e ao tratamento 150-0 kg ha-1 de N. Com o aumento
das doses de N aplicadas em cobertura na cultura no feijoeiro, foi possível observar na
terceira coleta (91 DAC), redução linear na quantidade de matéria seca da forrageira
remanescente sobre o solo.
Na última avaliação (132 DAC), ainda havia 72% da palhada
remanescente na testemunha, enquanto na média dos tratamentos 0-150 e 50-100 kg ha-1 de
65

N aplicados na forrageira à percentagem remanescente era de 62%. Os resultados


evidenciaram que, apesar de pouco expressiva, a aplicação de N na forrageira
proporcionou aceleração na velocidade de decomposição da palhada. Em trabalho
desenvolvido por Soratto (2011), aos 93 e 97 dias após a dessecação da cobertura vegetal
de U. brizantha, no primeiro e segundo anos de avaliação, verificou-se ainda haver 35,5%
e 36,4% do material vegetal remanescente nas áreas, respectivamente, bem como a
aplicação de N na forrageira interferiu de forma pouco expressiva na degradação da
palhada. Santos et al. (2014) observaram 39% de resíduo vegetal de milho + U. ruziziensis
220 dias após a dessecação em sistema de ILP. Calonego et al. (2012) encontraram aos
135 dias após a dessecação, degradação de 41 e 42% da matéria seca da palhada de milheto
e U. brizantha, respectivamente. Leite et al . (2010) relataram degradação de apenas 13%
da palhada de U. brizantha cv. Marandú nos primeiros 60 dias após a dessecação, os
autores atribuem esta baixa porcentagem de degradação, à ausência de precipitação neste
período. Entretanto no presente experimento, a apesar das baixas precipitações ocorridas
(Figura 1b), a área foi irrigada de forma suplementar, assim a lenta decomposição da
cobertura está mais relacionada com baixo contato do material vegetal com o solo
(AMADO et al., 2003) e a redução da temperatura neste período de inverno (Figura 1b).
De acordo com Cantarella et al. (2007), a temperatura ótima que favorecem os
microrganismos do solo que promovem a decomposição e mineralização de material
orgânico, é em torno de 40ºC, reduzindo 2 a 3 vezes a cada 10ºC a menos na temperatura,
dentro de um intervalo de 10 a 40 ºC. Costa et al. (2014) em trabalho de persistência de
palhada do consórcio de crotalária + milheto, obtiveram decomposição 50% da quantidade
inicial aos 57 e 48 dias após a dessecação, sem e com fragmentação da fitomassa com
triturador de palhada, respectivamente, ou seja, com a fragmentação da palhada
proporcionou maior exposição do material ao solo, acelerando sua decomposição.
66

Tabela 18. Matéria seca da cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas
de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas
no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano
agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) ________________________________
kg ha-1 ________________________________
0-0 12.646 11.534 9.789 9.100a
150-0 12.796 10.728 9.336 8.614a
0-150 11.411 9.991 8.577 7.288b
100-50 12.322 9.710 8.856 8.453ab
50-100 12.565 10.331 8.425 7.682b
DN (kg ha-1)
0 - - 8.574 9.048
50 - - 8.352 8.789
100 - - 8.269 8.643
150 - - 8.260 8.527
(3)
Regressão - - ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 24,8 15,0 8,6 9,8
CVsubparcela (%) - - 8,4 10,1
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. (3) y = -2,0517x + 8517,7 R² = 0,82*; ns: Não significativo.
67

Figura 13. Matéria seca da cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas
de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das sementes;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).

O teor de N na cobertura vegetal foi influenciado pelas formas de


manejo de N aplicada na forrageira, assim como pelas doses de N aplicadas em cobertura
no feijoeiro (Tabela 19). Em todas as épocas de avaliação, os teores de N foram maiores
nos tratamentos que receberam adubação nitrogenada na forrageira em relação à
testemunha (0-0 kg ha-1 de N), com exceção dos tratamentos 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N
na coleta realizada 60 DAC. De forma similar ao observado no experimento I, houve baixa
redução do teor de N da cobertura vegetal, que, antes da aplicação da adubação
nitrogenada no feijoeiro (60 DAC) era muito similar ao teor inicial, na média dos
68

tratamentos. A baixa redução do teor de N na cobertura vegetal do presente estudo pode


estar relacionada à alta ligação do N a lignina (GONÇALVES et al., 2001), componente de
carboidratos estruturais, que é resistente à decomposição (OLIVEIRA et al., 1999;
FORTES, 2010).
A aplicação de N em cobertura no feijoeiro proporcionou aumento
no teor de N na cobertura vegetal na terceira (91 DAC) e quarta (132 DAC) coletas (Tabela
19). Soratto (2011) também observou aumento no teor de N na cobertura vegetal de U.
brizantha mediante à aplicação de N em cobertura na cultura do feijão cultivado em
sistema de semeadura direta.
Houve efeito significativo da aplicação de N na forrageira sobre a
quantidade deste nutriente acumulado na cobertura vegetal (Tabela 19 e Figura 14). Na
primeira avaliação (0 DAC), os tratamentos que receberam aplicação de N na forrageira
apresentaram maiores quantidade de N acumulada na palhada que a testemunha (0-0 kg ha-
1
de N). Já na segunda (60 DAC), terceira (91 DAC) e na última avaliação (132 DAC),
maiores quantidade de N que a testemunha foram observadas nos tratamentos 0-150 e 150-
0 kg ha-1 de N, 150-0 kg ha-1 de N, 100-50 kg ha-1 de N, respectivamente. As doses de N
aplicadas em cobertura no feijoeiro na terceira avaliação (91 DAC) promoveu maior
quantidade de N na cobertura vegetal, sendo quantidade máximo observada com a
aplicação da dose estima de 97 kg ha-1 de N.
O acúmulo inicial de N na cobertura vegetal foi de 81,5 kg ha-1
para a testemunha e, média de 107 kg ha-1 nos tratamentos que receberam adubação
nitrogenada na forrageira (Tabela 19 e Figura 14). Considerando a quantidade inicial de N
observado na primeira avaliação, em relação ao conteúdo observado antes da aplicação da
adubação nitrogenada no feijoeiro (60 DAC), na testemunha (0-0 kg ha-1 de N) foram
liberados 8,1 kg ha-1 de N (9,9%), já na média para os tratamentos que receberam adubação
nitrogenada na forrageira, foram liberado 19,2 kg ha-1 de N (17,9%) para o sistema, através
da degradação da palhada. De maneira geral, na última amostragem (132 DAC) havia sido
liberado da cobertura vegetal 29% do total de N acumulado em relação à quantidade inicial
(0 DAC), na média dos tratamentos (Tabela 19 e Figura 14). Calonego et al. (2012)
encontraram liberação de 40% do N da palhada de U. brizantha 90 dias após dessecação
das plantas. Aos 100 dias de avaliação, Leite et al. (2010) obtiveram redução de 48 e 50 %
da matéria seca da palhada de U. brizantha cv. Marandú e do consórcio U. brizantha cv.
Marandú e milheto, respectivamente, com diminuição de 67 e 65 % do N total, em estudo
69

no cerrado maranhense. Boer et al. (2007), 60 dias de avaliação após o manejo da


cobertura de milheto, os autores observaram liberação de 18% do conteúdo de N inicial.

Tabela 19. Teor e quantidade de N acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-
5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de N, g kg -1 _____________________________

0-0 6,5b 6,4c 7,9b 6,7b


150-0 8,9a 8,8ab 10,1a 8,9a
0-150 9,0a 9,8a 10,3a 9,9a
100-50 8,9a 8,4abc 9,7a 9,3a
50-100 8,0a 7,3bc 9,5a 9,2a
DN (kg ha-1)
0 - - 8,4 8,1
50 - - 9,5 9,0
100 - - 10,3 8,9
150 - - 9,8 9,3
(3) (4)
Regressão - -
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 8,1 12,4 13,8 15,9
CVsubparcela (%) - - 14,1 13,2
MA(1) ___________________________
Quantidade de N, kg ha -1 ___________________________

0-0 81,5b 73,4b 77,3b 61,3b


150-0 112,4a 95,2a 94,3a 76,9ab
0-150 102,9a 98,9a 88,7ab 72,5ab
100-50 109,1a 82,2ab 85,8ab 79,4a
50-100 103,5a 75,0b 80,0ab 70,7ab
DN (kg ha-1)
0 - - 73,0 72,1
50 - - 78,0 78,1
100 - - 91,5 70,1
150 - - 80,4 79,3
(5)
Regressão - - ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 7,8 9,5 15,9 20,3
CVsubparcela (%) - - 16,3 17,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. (3) y = -0,0002x2 + 0,0336x + 8,3687 R² = 0,97*; (4)y = 0,0068x + 8,3233 R² = 0,76*; (5)y = -
0,0016x2 + 0,3129x + 71,345 R² = 0,70*. ns: Não significativo.
70

Figura 14. Quantidade de N na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).

No presente experimento, a baixa liberação de N para o solo, está


relacionada à lenta degradação da cobertura vegetal, que foi de 15,3% na média dos
tratamentos no período de 60 dias anteriores à aplicação da adubação nitrogenada em
cobertura no feijoeiro (Tabela 19). No experimento I, foram liberados 24,3 kg ha-1 de N
(51%) na testemunha (0-0 kg ha-1 de N), e nos tratamentos que receberam adubação
nitrogenada antecipada na forrageira, foram liberados 62 kg ha-1 de N (64%) aos 86 DAC,
ou seja, antes da adubação nitrogenada por cobertura no feijoeiro, porém, houve maior
degradação da cobertura vegetal (57% média para os tratamentos) (Tabelas 4 e 5) em
relação ao presente experimento (15,3%, média para os tratamentos) (Tabela 18). Torres et
al. (2005) observaram 50% de decomposição da matéria seca e da liberação do N da
palhada da U. brizantha num período de 60 dias após a dessecação, os autores relacionam
71

esta rápida decomposição a baixa relação C/N no material que foi de 19,6; em razão do
curto período de desenvolvimento, entre a semeadura até a dessecação (110 dias), pois de
acordo com Pires (2006), quando as forrageiras se desenvolvem até o florescimento, como
o caso do presente experimento, ocorre a redução do conteúdo de proteína e aumento do
teor de lignina, reduzindo assim sua decomposição.
Os teores de C na cobertura vegetal não apresentaram diferença
entre as formas de manejo de N aplicadas na forrageira, da mesma maneira para doses de
N aplicadas em cobertura no feijoeiro (Tabela 20 e Figura 15). Destaca-se que, conforme
também observado no experimento I, apesar de relativa diminuição da quantidade de
matéria seca da cobertura vegetal sobre o solo, devido à decomposição, o teor de C no
material remanescente não foi alterado pela aplicação de N ou pelo tempo decorrido desde
a colheita das sementes.

Tabela 20. Teor de C na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas
de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas
no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano
agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) ________________________________
g kg-1 ________________________________
0-0 445,3 459,3 453,8 446,3
150-0 454,8 449,8 452,5 430,9
0-150 453,3 439,0 451,3 432,3
100-50 450,8 448,5 455,9 431,8
50-100 451,5 462,8 460,3 434,6
DN (kg ha-1)
0 - - 457,1 440,3
50 - - 455,1 440,4
100 - - 450,9 431,6
150 - - 456,1 428,5
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 1,0 3,4 3,7 5,8
CVsubparcela (%) - - 3,1 5,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2)Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
72

Figura 15. Teor de C na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas de
manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das sementes;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).

Quanto à relação C/N da cobertura vegetal, foi possível observar


valores menores em todos os tratamentos que receberam adubação nitrogenada na
forrageira, independente da forma de aplicação (Tabela 21 e Figura 16). Até a coleta
realizada 60 DAC, antes da adubação nitrogenada no feijoeiro, não houve redução na
relação C/N. Na última coleta (132 DAC) observou-se redução de 8,4% em comparação
com a relação C/N inicial (0 DAC). Esses resultados, de forma similar ao experimento I,
evidenciam que a redução da relação C/N do material é dependente do aumento do teor de
N, uma vez que, os teores de C da cobertura vegetal não se alteram com as formas de N
aplicada na forrageira e com as doses de N aplicadas em cobertura no feijoeiro (Tabelas 19
e 20).
73

Tabela 21. Relação C/N na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas
de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas
no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano
agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1)
0-0 69,6a 69,2a 59,6a 66,7a
150-0 51,8b 52,0bc 46,1b 49,3b
0-150 50,2b 44,8c 45,3b 44,0b
100-50 50,9b 53,9bc 47,9b 48,4b
50-100 56,2b 64,3ab 49,6b 48,1b
DN (kg ha-1)
0 - - 56,4 56,0
50 - - 49,7 50,5
100 - - 45,2 51,2
150 - - 47,4 47,4
(3) (4)
Regressão - -
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 10,5 11,6 15,9 18,5
CVsubparcela (%) - - 15,7 17,8
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1)Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-
50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. (3) y = -0,0629x + 54,419 R² = 0,70*; (4)y = -0,0498x + 55,02 R² =
0,83*; ns: Não significativo.

Amado et al. (2003) encontraram efeito de doses de N (0, 40, 80,


120, 160, 200 e 240 kg ha-1 de N), aplicadas de forma parcelada na aveia preta (semeadura,
20, 50 e 80 dias após a emergência), na redução da relação C/N dos resíduos, porém, essa
redução não correspondeu a um incremento na velocidade de decomposição do material
vegetal sobre o solo. Esses autores ressaltam que em áreas de plantio direto, apesar de a
adubação nitrogenada reduzir a relação C/N do material, o fator determinante é o limite de
contato dos resíduos com o solo. Acosta et al. (2001) observaram que a incorporação da
palhada de aveia a 10 cm de profundidade e a redução da relação C/N com aplicação de N
em cobertura, auxiliou na decomposição dos restos culturais, em relação ao material
vegetal sem aplicação de adubação nitrogenada. No presente experimento, apesar da
grande redução da relação C/N proporcionada pela aplicação de N na forrageira e do alto
volume de palha, a degradação não foi afetada com a mesma intensidade (33,7% do
material vegetal inicial, na média dos tratamentos) (Tabelas 18 e 21). Tal efeito pode ser
74

explicado pelo fato de que, mesmo nos tratamento que recebera N na forrageira, a relação
C/N da palhada ainda era elevada (CANTARELLA, 2007).

Figura 16. Relação C/N da cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas
de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das sementes;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).

Os teores de P na cobertura vegetal não foram influenciados pelas


formas de manejo do N na forrageira e doses de N em cobertura no feijoeiro (Tabela 22).
Também não se observou efeitos dos fatores estudados sobre a quantidade de P acumulada
na cobertura vegetal (Tabela 22 e Figura 16). O teor de P inicial contido no material
vegetal, era de 1,3 g kg-1, na média dos tratamentos, sendo que para última coleta (132
DAC) houve redução de 35% (0,84 g kg-1) no teor de P. Em trabalho realizado por Gama-
Rodrigues et al. (2008) foi observado teor de P de 1,04 g kg-1 na parte aérea da U.
75

brizantha com 145 dias de desenvolvimento, similar ao teor de P observado na primeira


avaliação (0 DAC) do presente experimento.

Tabela 22. Teor e quantidade de P acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-
5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de P, g kg-1 _____________________________
0-0 1,3 1,0 0,9 0,8
150-0 1,3 0,9 0,9 0,8
0-150 1,2 0,9 0,9 0,9
100-50 1,3 1,0 1,0 1,0
50-100 1,3 0,8 0,8 0,8
DN (kg ha-1) - -
0 - - 0,9 0,9
50 - - 0,9 0,9
100 - - 0,9 0,8
150 - - 0,9 0,8
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 16,2 13,4 18,4 17,1
CVsubparcela (%) - - 12,2 21,6
MA(1) ___________________________
Quantidade de P, kg ha-1 ___________________________
0-0 16,7 11,1 9,2 7,4
150-0 16,8 9,0 8,3 7,0
0-150 15,1 8,8 7,6 6,3
100-50 16,6 9,8 8,7 7,5
50-100 16,7 8,8 7,7 6,6
DN (kg ha-1)
0 - - 8,3 7,3
50 - - 8,3 7,3
100 - - 8,0 6,5
150 - - 8,0 6,8
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 14,3 15,2 21,5 19,5
CVsubparcela (%) - - 15,6 26,0
Médias seguida de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (1) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
76

Figura 16. Quantidade de P na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).

O acúmulo inicial de P na cobertura vegetal foi de 16,4 kg ha -1 na


média dos tratamentos, sendo que na última avaliação (132 DAC) foi observado apenas
42% da quantidade inicial de P (7 kg ha-1) (Tabela 22 e Figura 16). Esses resultados
indicam liberação gradual do conteúdo de P para o solo, que acompanhou a degradação da
matéria seca da cobertura vegetal (Tabela 18 e Figura 13), e a liberação do teor de P
contido no mesmo (Tabela 22). No experimento I, a liberação de P para o solo (Tabela 8 e
Figura 8) foi mais acentuada do que no presente experimento, em razão da maior taxa de
degradação da cobertura vegetal (Tabela 4 e Figura 4), o que reforça a hipótese de
correlação da liberação do P com a taxa de degradação da cobertura vegetal. Gama-
Rodrigues et al. (2008), observaram liberação de 50% de P do resíduos vegetal de U.
brizantha, aos 112 dias após o corte das plantas, sendo que a decomposição de 50% da
77

matéria seca ocorreu 108 dias após o corte das plantas, neste contexto os autores salientam
correlação positiva encontrada no trabalho entre a liberação de P e a taxa de decomposição
da matéria seca de U. brizantha.
Os teores de K também não foram influenciados pelas formas de
manejo de N na forrageira ou pelas doses de N em cobertura na cultura no feijoeiro (Tabela
23). Houve rápida redução dos teores de K, sendo que na segunda coleta (60 DAC) o teor
era de 7,7% do inicial, já na última amostragem (132 DAC), o teor de K em relação ao teor
inicial era de 5,1%, na média dos tratamentos, sendo esta resposta similar ao observado no
experimento I, no mesmo período de avaliação (Tabela 8). O K é rapidamente liberado, por
ser um elemento que não está associada com nenhum componente estrutural do tecido
vegetal, permanecendo na forma iônica nos tecidos (MARSCHNER, 1995), após a
senescência das plantas ele volta rapidamente ao solo com a água da chuva (FOLONI;
ROSOLEM, 2008).
A quantidade de K acumulada na cobertura vegetal também não foi
afetada pelos fatores estudados (Tabela 23 e Figura 17). O acúmulo médio inicial de K na
cobertura vegetal foi de 332 kg ha-1, ocorrendo uma rápida liberação desse nutriente para o
solo, pois já na segunda coleta (60 DAC), o conteúdo de K na palhada era de 6,8% em
relação ao acúmulo inicial. Vários trabalhos na literatura reportam a rápida liberação do
conteúdo de K da cobertura vegetal após a senescência das plantas (ROSOLEM et al.,
2007; CRUSCIOL et al., 2008; FOLONI; ROSOLEM, 2008; COSTA et al., 2014). Estes
resultados demonstram alta capacidade de reciclagem de K pela forrageira, liberando alta
quantidade de K (331 kg ha-1) para o solo. Tal resultado se explica pela capacidade das
raízes dessa forrageira em extrair K em maiores profundidades do solo, disponibilizando-o
posteriormente o nutriente quando as plantas forem dessecadas para formação de cobertura
vegetal (MENDONÇA et al., 2015).
78

Tabela 23. Teor e quantidade de K acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-
5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de K, g kg-1 _____________________________
0-0 27,4 2,4 1,5 1,4
150-0 28,3 1,8 1,3 1,3
0-150 26,4 1,9 1,5 1,5
100-50 26,6 1,9 1,5 1,5
50-100 27,7 2,8 1,2 1,2

DN (kg ha-1) - - 1,5 1,5


0 - - 1,5 1,4
50 - - 1,4 1,4
100 - - 1,3 1,3
150 - - ns ns
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN 17,5 33,8 33,2 24,9
CVparcela (%) - - 31,1 31,0
CVsubparcela (%) 27,4 2,4 1,5 1,4
MA(1) ___________________________
Quantidade de K, kg ha-1 ___________________________
0-0 325,0 27,4 15,6 13,6
150-0 355,1 21,8 13,0 11,4
0-150 301,0 21,5 13,2 11,0
100-50 328,8 20,9 13,6 13,2
50-100 355,2 23,2 10,6 10,8
DN (kg ha-1)
0 - - 14,8 12,9
50 - - 13,8 11,8
100 - - 12,6 11,4
150 - - 11,7 11,0
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 17,0 37,4 36,0 28,7
CVsubparcela (%) - - 33,2 35,3
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
79

Figura 17. Quantidade de K na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).

Não houve efeito dos fatores estudados sobre o teor e quantidade


de Ca acumulada na cobertura vegetal (Tabela 24 e Figura 18). Na segunda (60 DAC),
terceira (91 DAC) e última avaliação (132 DAC), os teores de Ca eram, em média, de 34%,
28% e 19%, respectivamente, em relação ao teor inicial.
O acúmulo de Ca inicial (0 DAC) na cobertura vegetal foi de 82,6
kg ha-1 média para os tratamentos, sendo observado 14% (11 kg ha-1) de Ca na última
avaliação (132 DAC), entretanto já na segunda avaliação (60 DAC) foi observado 29% (24
kg ha-1) da quantidade inicial de Ca presente na cobertura vegetal. Esses resultados
indicam que a liberação do Ca da palhada para o solo foi mais rápido do que a degradação
da matéria seca da cobertura vegetal (Tabela 18 e Figura 13), o que está relacionado com a
80

rápida redução no teor deste nutriente da cobertura vegetal para o solo (Tabela 24). De
acordo com Costa et al. (2014) a fragmentação da cobertura vegetal com triturador
mecânico, promove maior contato do material com o solo, acelerando a degradação e
liberando mais facilmente os nutrientes que estão associados a componentes orgânicos do
tecido vegetal, como é o caso do Ca. O que explica a mais rápida liberação Ca no presente
experimento, onde a palhada foi triturada após a colheita das sementes. Bernardes et al.
(2010) também observaram rápida liberação do Ca da palhada de U. brizantha manejada
com triturador de palha.
Não houve efeito das formas de aplicação de N na forrageira, assim
como das doses de N aplicadas em cobertura no feijoeiro sobre os teores e quantidades de
Mg acumuladas na cobertura vegetal (Tabela 25 e Figura 19). Na última avaliação (132
DAC), restavam 24% do teor inicial de Mg, na média dos tratamentos. Da mesma forma
observada no experimento I, houve uma rápida liberação do Mg nos primeiros dia de
avaliação no presente experimento, sendo que na segunda avaliação (60 DAC) restavam
33% do conteúdo inicial de Mg, em relação ao acúmulo inicial. Essa rápida liberação do
Mg, ocorre em razão de 70% desse nutriente atuar no vacúolo, assim, a maior parte do Mg
é rapidamente liberada, uma vez que esta porção não faz parte de constituintes celulares
(MARSCHNER, 1995; TAIZ; ZEIGER, 2009). O restante do Mg (30%) é liberado
posteriormente de forma gradual, pois faz parte de compostos estruturais (CRUSCIOL et
al., 2008; BERNARDES et al., 2010).
81

Tabela 24. Teor e quantidade de Ca acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de Ca, g kg-1 _____________________________
0-0 6,9 2,6 1,7 1,3
150-0 6,0 1,9 1,8 1,3
0-150 6,9 2,1 1,6 1,2
100-50 6,7 2,3 2,2 1,4
50-100 6,9 2,7 2,2 1,4
DN (kg ha-1)
0 - - 1,9 1,4
50 - - 1,9 1,4
100 - - 1,9 1,3
150 - - 1,9 1,4
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 23,7 23,2 31,9 15,9
CVsubparcela (%) - - 24,0 19,6
MA(1) ___________________________
Quantidade de Ca, kg ha-1 ___________________________
0-0 87,1 30,4 17,2 12,4
150-0 76,1 20,1 17,2 11,7
0-150 79,0 22,2 14,3 10,1
100-50 81,3 21,5 20,1 12,8
50-100 89,9 27,9 19,1 10,8
DN (kg ha-1)
0 - - 18,4 11,9
50 - - 17,8 11,7
100 - - 17,2 10,6
150 - - 17,0 11,5
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 24,1 23,9 32,3 22,3
CVsubparcela (%) - - 26,2 22,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
82

Figura 18. Quantidade de Ca na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).

O acúmulo inicial de Mg (0 DAC) foi de 74 kg ha-1, na média dos


tratamentos, sendo observado 16% (12 kg ha-1) de Mg na última avaliação (132 DAC),
com uma rápida liberação na segunda avaliação, em que 60 DAC foi liberado 72% do
conteúdo inicial. Em trabalho realizado por Ferrari Neto et al. (2012), observou-se aos 91
dias após o manejo do consórcio guandú-anão com milheto, 40% do teor de Mg em
relação ao teor inicial, com resposta similar ao do presente experimento, ocorrendo rápida
liberação nos primeiro 40 dias, em sequência ocorreu uma liberação gradual de Mg para o
solo.
83

Tabela 25. Teor e quantidade de Mg acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de Mg, g kg-1 _____________________________
0-0 5,8 1,8 1,6 1,5
150-0 5,8 1,9 1,5 1,4
0-150 5,9 1,8 1,5 1,6
100-50 6,8 2,0 1,6 1,6
50-100 6,5 2,2 1,6 1,5
DN (kg ha-1)
0 - - 1,7 1,6
50 - - 1,6 1,5
100 - - 1,5 1,5
150 - - 1,5 1,4
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 22,8 29,5 24,1 34,5
CVsubparcela (%) - - 22,0 33,2
MA(1) ___________________________
Quantidade de Mg, kg ha-1 ___________________________
0-0 65,4 20,8 16,0 13,8
150-0 74,1 19,7 14,6 12,3
0-150 66,9 18,3 13,6 12,0
100-50 83,2 19,0 14,5 13,6
50-100 84,4 23,2 13,7 11,7
DN (kg ha-1)
0 - - 16,6 14,2
50 - - 14,7 12,5
100 - - 13,4 12,0
150 - - 13,2 12,1
Regressão - -
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 21,2 26,5 28,6 33,8
CVsubparcela (%) - - 24,7 37,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
84

Figura 19. Quantidade de Mg na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).

Os teores e as quantidades de S acumulado não foram influenciados


pelas formas de manejo de N aplicados na forrageira, assim como pelas doses de N
aplicadas em cobertura no feijoeiro (Tabela 26 e Figura 20). Na última coleta de material
(132 DAC) foram observados 89% do teor inicial de S, na média dos tratamentos. De
forma similar ao experimento I, no presente experimento os baixos teores de S na
cobertura vegetal das forrageiras, após a colheita das sementes, se deve ao fato de que esse
é um nutriente remobilizado em grande quantidade paras as estruturas reprodutivas. Ferrari
Neto et al. (2012), observaram 25% do teor inicial de S em palhada do consórcio de
guandú-anão com milheto 91 dias após o manejo da cobertura vegetal, entretanto para este
trabalho, o teores S no início da avaliação foi 2,1 g kg-1, sendo quatro vezes maior que os
85

teores iniciais encontrados no presente experimento, que foi de 0,49 g kg-1 de S, na média
dos tratamentos. Em trabalho realizado por Crusciol et al. (2008) em palhada de aveia
preta, os teores iniciais de S foi de 2,4 g kg-1, aos 53 dias após o manejo da cobertura, foi
observado 46% do teor inicial de S.

Tabela 26. Teor e quantidade de S acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-
5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de S, g kg -1 _____________________________

0-0 0,40 0,38 0,39 0,33


150-0 0,53 0,55 0,45 0,39
0-150 0,53 0,53 0,48 0,47
100-50 0,50 0,50 0,46 0,41
50-100 0,50 0,48 0,40 0,37
DN (kg ha-1)
0 - - 0,43 0,41
50 - - 0,46 0,40
100 - - 0,44 0,35
150 - - 0,45 0,43
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 22,7 30,8 17,5 31,9
CVsubparcela (%) - - 29,9 32,9
MA(1) ___________________________
Quantidade de S, kg ha -1 ___________________________

0-0 5,0 4,2 3,7 3,0


150-0 6,6 5,7 4,2 3,4
0-150 6,0 5,2 4,1 3,4
100-50 6,1 4,9 4,0 3,5
50-100 6,4 4,9 3,7 2,9
DN (kg ha-1)
0 - - 3,9 3,4
50 - - 4,1 3,3
100 - - 3,8 2,7
150 - - 3,9 3,6
Regressão - -
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 20,2 35,2 19,4 34,6
CVsubparcela (%) - - 31,1 36,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N, na forrageira respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
86

O acúmulo inicial de S foi de 6 kg ha-1 e na última coleta foi


observado 53% (3,2 kg ha-1) do conteúdo inicial, ocorrendo uma liberação gradativa deste
nutriente para o solo. Essa resposta pode estar relacionada ao fato do teor inicial já se
encontrar abaixo do encontrado para gramíneas na literatura (CRUSCIOL et al, 2008;
FERRARI NETO et al, 2012; SANTOS et al, 2014).

Figura 20. Quantidade de S na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
87

6.2.3. Índice relativo de clorofila, matéria seca da parte aérea, teores de


nutrientes e acúmulo de N na cultura do feijão

As formas do manejo de N na forrageira não influenciaram o IRC


na folha do feijoeiro (Tabela 27), em ambas as épocas de avaliação (estádio V4 e R6),
apesar no estádio R6, os teores de N na folha diagnose (Tabela 28) terem sido
incrementados pela aplicação de N na forrageira. Ocorreu apenas reposta do teor do IRC
no estádio R6, com aumento linear em razão da adubação nitrogenada em cobertura no
feijoeiro. Estas repostas estão relacionadas ao maior teor de N no tecido vegetal da folha
diagnose, em razão da adubação nitrogenada aplicada em cobertura no feijoeiro (Tabela
28). O mesmo também foi observada em trabalho com a cultura do feijão desenvolvido por
Soratto et al. (2004).
Os tratamentos estudados não influenciaram a população de plantas
avaliadas nos estádios V4 e R6. Sendo que as populações observadas foram de 312.774
plantas ha-1, e 230.302 plantas ha-1, respectivamente para avaliações realizadas, nos
estádios V4 e R6. As formas de adubação nitrogenada aplicada na forrageira, não
influenciou a matéria seca da parte aérea do feijoeiro, em ambos os estádios de avaliação
(V4 e R6) (Tabela 27). Entretanto houve resposta da adubação nitrogenada aplicada em
cobertura no feijoeiro, com maior valor de matéria seca da parte aérea, observado com
aplicação da dose estimada de 145 kg ha-1 de N. Silva et al. (2004), Crusciol et al. (2007),
Souza e Soratto (2012), Sabundjian et al. (2013), também observaram aumento de matéria
seca da parte aérea do feijão com a aplicação de N em cobertura. A adubação nitrogenada
aumenta o índice de área foliar e, consequentemente, a taxa fotossintética das plantas,
elevando o acúmulo de matéria seca (PRADO, 2008; TAIZ; ZEIGER, 2009). Os valores de
matéria seca da parte aérea no estádio R6 foram superiores aos observados no experimento
I, em razão da disponibilidade hídrica na fase vegetativa das plantas no presente
experimento (Figura 1b).
Não houve efeito da forma de manejo do N aplicado na forrageira
sobre os teores e acúmulo de N na parte aérea da planta de feijão, em ambos os estádios
(V4 e R6) de avaliação (Tabela 27). Houve resposta de forma quadrática do acúmulo de N
no estádio R6, em razão da adubação nitrogenada aplicada em cobertura no feijoeiro, com
maior valor proporcionado pela aplicação da dose estimada de 113 kg ha-1 de N. A
adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro proporcionou aumento na matéria seca e
acúmulo de N na parte aérea da planta do feijoeiro, porém não influenciou os teores de N
88

na parte aérea. Souza e Soratto (2012) observaram aumento na quantidade de N acumulada


na parte aérea do feijão cultivado em SPD, em função da adubação nitrogenada de
cobertura.

Tabela 27. Índice de relativo de clorofila (IRC), população de plantas, matéria seca, teor
de N e quantidade de N acumulada na parte aérea do feijoeiro no estádio vegetativo V4 e
no estádio de florescimento (R6), em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
População
Tratamentos IRC Matéria seca Teor de N N acumulado
de plantas
plantas ha-1 g planta-1 g kg-1 kg ha-1
(1)
MA Estádio V4
0-0 15,3 305.552 4,7 45,6 66,8
150-0 15,6 316.663 4,9 52,8 82,4
0-150 17,5 324.996 5,3 47,0 80,3
100-50 17,5 311.108 4,8 46,4 70,1
50-100 19,0 305.552 4,7 45,9 66,1
CV (%) 19,1 11,6 11,9 8,0 14,9
MA(1) Estádio R6
0-0 25,8 228.608 13,1 45,0 138,7
150-0 25,7 231.247 14,4 45,2 151,8
0-150 26,8 229.858 14,4 46,2 153,9
100-50 26,5 231.942 14,1 46,4 152,7
50-100 26,3 229.858 14,4 43,9 145,5
DN (kg ha-1)
0 20,5 233.331 11,8 43,8 121,3
50 25,3 228.886 14,5 45,9 152,3
100 27,7 231.108 14,9 46,3 160,7
150 30,8 231.108 15,1 45,6 159,8
(2) (3) (4)
Regressão ns ns
Interação MA x DN ns ns ns ns ns
CVparcela (%) 13,3 6,2 10,3 6,3 14,9
CVsubparcela (%) 14,3 6,8 15,0 8,2 19,2
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2)y = 0,0663x + 21,161 R² = 0,97** (3)y = -0,0002x2 + 0,058x + 11,935 R² = 0,97**; (4)y = -
0,0032x2 + 0,7276x + 121,95 R² = 0,99; ns: Não significativo. * e ** a 5 e 1% de probabilidade,
respectivamente, pelo teste F.

O teor de N na folha diagnose do feijoeiro (3ª folha totalmente


expandida a partir do ápice) foi significativamente afetado pela forma de manejo do N na
forrageira, sendo que maiores teores foram encontrados nos tratamentos 100-50 e 50-100
kg ha-1 de N em relação à testemunha (0-0 kg ha-1 de N). Esse resultado pode ser atribuído
aos maiores teores de N contidos na matéria seca da cobertura vegetal, nos tratamentos que
receberam adubação nitrogenada (Tabela 19). Assim, apesar de baixas, estes tratamentos
89

proporcionaram liberação de maior quantidade de N para o solo e que, consequentemente,


foram aproveitadas pela cultura do feijão. A adubação nitrogenada em cobertura na cultura
do feijão proporcionou aumento linear no teor de N nas folhas do feijoeiro, independente
das formas de manejo do N na forrageira (Tabela 28). Porém, é importante salientar que de
forma similar ao experimento I, mesmo na testemunha o teor de N na folha do feijão estava
dentro da faixa considerada adequada (30-50 g kg-1) descrita por Ambrosano et al. (1997),
indicando que mesmo sem a aplicação de adubação nitrogenada, havia boa disponibilidade
de N no solo. Alvarez et al. (2005), Farinelli et al. (2006), Crusciol et al. (2007), Souza e
Soratto (2012), também observaram aumento linear no teor foliar de N em razão do
aumento da adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro, mesmo com testemunha
apresentando teores dentro da faixa considerada adequada. Entretanto, esses teores de N
dentro das faixas satisfatórias no presente experimento, podem estar relacionados ao
fornecimento de N mineral à cultura promovido pelo solo, pois houve baixa liberação de N
da cobertura vegetal, em torno 16 kg ha-1 de N (16%) na média dos tratamentos (Tabela
19). Além do alto acúmulo de N na matéria seca da parte aérea do feijão (138 kg ha-1 de N)
na testemunha que não recebeu N na forrageira, sendo estatisticamente similar aos
tratamentos que receberam N na forrageira (150 kg ha-1 de N, na média dos tratamentos)
(Tabela 27). Outro fator que pode ter contribuído com a alta oferta de N às plantas mesmo
na testemunha (0-0 kg ha-1 de N), se deve a grande quantidade de cobertura vegetal na
superfície do solo promover menor oscilação da temperatura e manter a umidade do solo,
favorecendo a fixação simbiótica de N2.
Os teores de P, K, Ca, Mg, S, Fe e Zn na folha diagnose do
feijoeiro não foram alterados pelos tratamentos avaliados no presente experimento (Tabela
28). Para os teores de Cu houve efeito da adubação nitrogenada aplicada na forrageira, com
maior teor observado no tratamento com aplicação de 100-50 kg ha-1 de N em relação aos
demais tratamentos e a testemunha. O teor de Mn foi maior no tratamento 100-50 kg ha-1
de N em relação à testemunha (0-0 kg ha-1 de N). Houve aumento de forma linear no teor
de Mn com a aplicação das doses de N em cobertura na cultura do feijão.
Os maiores teores de nutrientes na folha do feijoeiro, em razão da
adubação nitrogenada na forrageira ou em cobertura no feijoeiro (Tabela 28), pode estar
relacionada, dentre outros fatores, ao fato da maior oferta de N ter promovido maior
crescimento do sistema radicular (SANTI et al., 2003), resultando na maior exploração do
solo e, consequentemente, absorção dos nutrientes.
90

Tabela 28. Teores de nutrientes na folha diagnose do feijoeiro no estádio de florescimento


em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e
doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II).
Macronutrientes
Tratamentos
N P K Ca Mg S
MA(1) ___________________________________
g kg-1 ___________________________________
0-0 35,5b 4,7 22,4 10,1 5,5 1,3b
150-0 36,9ab 4,8 22,5 9,8 5,6 1,3b
0-150 36,8ab 4,7 22,0 11,7 5,4 1,6a
100-50 37,1a 4,7 21,5 11,3 5,4 1,8a
50-100 38,4a 4,6 22,6 11,9 6,2 1,7a
DN (kg ha-1)
0 35,6 4,7 22,4 10,3 5,6 1,6
50 36,4 4,5 21,5 11,8 5,7 1,5
100 37,3 4,7 21,6 11,1 5,7 1,6
150 38,6 4,8 23,4 10,6 5,5 1,6
(2)
Regressão ns ns ns ns ns
Interação MA x DN ns ns ns ns ns ns
CVparcela (%) 5,0 8,1 5,4 20,8 16,8 13,2
CVsubparcela (%) 4,0 9,1 4,7 17,3 8,6 14,3
Micronutrientes
Cu Fe Mn Zn
MA(1) __________________________________
mg kg-1 __________________________________

0-0 32,2bc 102,2 104,3b 38,2


150-0 39,8b 122,3 108,1ab 39,5
0-150 36,3bc 120,9 121,0ab 47,6
100-50 54,0a 134,4 129,8a 46,3
50-100 29,0c 129,3 120,4ab 49,0
DN (kg ha-1)
0 35,5 117,6 98,2 40,8
50 36,6 122,5 104,4 42,8
100 43,5 122,4 130,5 42,5
150 37,4 124,8 133,8 50,5
(3)
Regressão ns ns ns
Interação MA x DN ns ns ns ns
CVparcela (%) 18,9 28,0 18,8 30,9
CVsubparcela (%) 22,2 24,0 18,3 33,0
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) y = 0,0196x + 35,519 R² = 0,98**; (3) y = 0,2655x + 96,849 R² = 0,90**; ns: Não significativo.
* e ** a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F.
91

6.2.4. Componente da produção e produtividade de grãos da cultura do


feijão

A população final de plantas não sofreu influencia dos tratamentos


aplicados, com média de aproximadamente 235 mil planta ha-1, ou seja, 10,5 plantas por
metro de fileira na lavoura (Tabela 29). Não houve redução do estande entre o
florescimento e a colheita.
O número de vagens por planta de feijão foi influenciada pela
forma de manejo do N na forrageira, doses de N em cobertura e pela interação entre estes
dois fatores (Tabela 29). No desdobramento da interação (Tabela 30), é possível observar
resposta das formas de N na forrageira sobre o número de vagens por planta, apenas na
interação com as doses de 100 e 150 kg ha-1 de N em cobertura no feijoeiro, em que nos
tratamentos 0-150 e 50-100 kg ha-1 de N, respectivamente, ocorreu maior número de
vagens por planta. Para a aplicação de 50-100 kg ha-1 de N na forrageira e na testemunha
(0-0 kg ha-1 de N), foi observada resposta linear crescente em razão da adubação
nitrogenada em cobertura (Tabela 30). Já quando houve a aplicação de 0-150 kg ha-1 de N
na forrageira, a resposta foi de forma quadrática, observando-se maior número de vagens
por planta com a aplicação da dose estimada de 63 kg ha-1 de N em cobertura na cultura do
feijão. Estes resultados evidenciam que sem aplicação de N na forrageira, o aumento do
número de vagens por planta é dependente da adubação nitrogenada em cobertura no
feijoeiro, entretanto quando foram aplicados 50 kg ha-1 de N na fase inicial de
estabelecimento da forrageira e 100 kg ha-1 no pré-emborrachamento da forrageira (50-100
kg ha-1 de N) ocorreu resposta linear positiva, com maior número de vagens por planta em
relação à testemunha (0-0 kg ha-1 de N). Já com aplicação de todo N no pré-
emborrachamento da forrageira, ou seja, mais próximo do cultivo do feijão em sucessão, é
possível obter maior número de vagens por plantas através da aplicação de N em cobertura
com a dose estimada de 63 kg ha-1 de N.
92

Tabela 29. Componentes da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão em


razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses
de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II).
População Vagens por Grãos por Massa de 100 Produtividade
Tratamentos
final planta vagem grãos de grãos
MA(1) plantas ha-1 n planta-1
o
n vagem-1
o
g kg ha-1
0-0 233.331 7,0b 3,4 24,8 1.407b
150-0 230.553 8,1ab 3,7 25,7 1.662ab
0-150 239.581 8,2ab 3,4 26,4 1.691ab
100-50 236.109 7,9ab 3,4 27,0 1.743a
50-100 238.192 9,1a 3,8 25,3 1.816a
DN (kg ha-1)
0 240.553 7,3 3,7 25,3 1.524
50 236.664 7,5 3,6 26,3 1.667
100 233.331 8,4 3,6 26,1 1.704
150 231.664 9,0 3,3 25,7 1.761
(2) (3)
Regressão ns ns ns
Interação MA x DN ns * ns ns ns
CVparcela (%) 7,7 20,9 23,7 14,8 16,8
CVsubparcela (%) 6,0 15,9 25,8 21,4 15,9
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) y = 0,0125x + 7,157 R² = 0,95**; (3)y = 1,5009x + 1551,4 R² = 0,91*; (ns) Não significativo. * e **
a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F.

Tabela 30. Desdobramento da interação significativa entre formas de manejo de adubação


nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), para
o número de vagens por planta do feijoeiro. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento II).
DN (kg ha-1)
MA(1) Equação de regressão
0 50 100 150
Número de vagens por planta
0-0 5,5a 6,9a 6,7b 8,9b y = 0,0198x + 5,5483 (R² = 0,84**)
150-0 7,5a 7,9a 8,4ab 8,6b ns
0-150 7,9a 7,9a 9,7a 7,1b y = -0,0003x2 + 0,0381x + 7,6412 (R² = 0,47*)
100-50 7,8a 6,6a 8,4ab 8,7b ns
50-100 7,6a 8,1a 8,9ab 11,9a y = 0,0274x + 7,0992 (R² = 0,84**)
Médias seguidas de letras distintas na coluna diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. (1)
Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de
N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)). * e **
significativos a 5% e 1% de probabilidade pelo teste F, respectivamente; ns: não significativo.

O número de grãos por vagem não foi influenciado pelos


tratamentos estudados (Tabela 29). Esses resultados estão de acordo com os dados de
Sabundjian et al. (2013) e Soratto et al. (2013) que não observaram resposta do número de
grãos por vagens em razão da adubação nitrogenada, sendo característica de alta
93

herdabilidade genética, que sofre pouca influência do ambiente. A massa de 100 grãos
(Tabela 29), não sofreu alteração em razão dos tratamentos empregados no presente
experimento, estando de acordo com os dados de Crusciol et al (2007) e Soratto et al.
(2013) que também não observaram resposta da massa de 100 grãos à adubação
nitrogenada.
A produtividade de grãos da cultura do feijão foi influenciada pela
aplicação de N na forrageira e doses de N em cobertura no feijoeiro (Tabela 29). Houve
aumento linear da produtividade de grãos com aplicação da adubação nitrogenada em
cobertura no feijoeiro, independentemente das formas de aplicação do N na gramínea
forrageira precedente, concordando com os dados obtidos por Alvez et al. (2005), Silveira
et al. (2005), Farinelli et al. (2006), Soratto et al. (2006), Teixeira et al. (2008), que
observaram aumento linear da produtividade em função adubação nitrogenada em
cobertura no feijoeiro, no sistema plantio direto. Contudo, de maneira geral, foram
observadas maiores produtividades de grãos do feijoeiro quando se aplicou parte da dose
de N na fase inicial e parte na fase de pré-emborrachamento (diferenciação floral) da
forrageira (100-50 e 50-100 kg ha-1 de N), o que está relacionado com os maiores teores de
N nas folhas diagnose (Tabela 28). Esses resultados podem ter ocorrido pela aplicação de
N na forrageira ter promovido, a pesar de pequena, liberação de N ao solo superior à
testemunha (Tabela 19). Outro fator que pode contribuído para maior produtividade com a
aplicação da adubação nitrogenada na forrageira, porém não foi avaliado no presente
experimento, é a produção do sistema radicular da forrageira com menor relação C/N, pois
de acordo com Silva et al. (2008) os sistema radicular de gramíneas a exemplo do milho
pode ser superior (C/N 58) a parte aérea da planta (C/N 51). Echer et al. (2012), avaliando
o crescimento inicial e a absorção de nutrientes pelo algodoeiro cultivado sobre resíduos de
planta inteira, parte aérea e raízes de U. ruziziensis, observaram menor crescimento e teor
de N na folha da cultura quando esta foi cultivada sobre o sistema radicular da U.
ruziziensis, atribuindo estas respostas à imobilização do N, promovida pelo sistema
radicular da U. ruziziensis. Entretanto, quando o algodoeiro foi cultivado sobre a parte
aérea da U. ruziziensis houve maior acúmulo de N e crescimento da planta, em razão da
maior liberação deste nutriente da parte aérea da U. ruziziensis para o solo.
No presente experimento, assim como no experimento I, a
adubação nitrogenada na forrageira reduziu a relação C/N (Tabela 21), mas alterou de
forma pouco expressiva a decomposição da cobertura vegetal (Tabela 18), o que pode não
94

ter interferido de forma importante na imobilização do N pela matéria seca da cobertura


vegetal, possivelmente em função do baixo contato da cobertura vegetal com o solo
(ACOSTA et al., 2001). Assim, o sistema radicular tem uma maior superfície de contato
com o solo e a presença constante de umidade nestas condições, resulta no favorecimento
da ação biológica e na decomposição mais acelerada do material vegetal (CARVALHO et
al., 2008). Com sistema radicular de alta relação C/N no solo ocorre à imobilização
temporária do N pela massa microbiana do solo (CANTARELLA, 2007). Neste contexto, a
prática de aplicação da adubação nitrogenada na forrageira produz sistema radicular com
menor relação C/N, reduzindo o processo de imobilização do N no solo (SOUZA; MELO,
2000; SORATTO, 2011), o que promove maior aporte de N a cultura do feijão cultivado
em sucessão.
A elevada demanda de N, para se obter boas produtividades no
sistema de cultivo do feijão em sucessão a plantas de cobertura gramíneas, está relacionada
com a quantidade de N necessária pelos microrganismos para decomposição dos restos
culturais remanescentes (LEITE; GALVÃO, 2008). No tratamento que não recebeu
aplicação de N na forrageira, se considerarmos a quantidade de N liberada da palhada
desde o manejo da forrageira até o florescimento do feijoeiro (Tabela 19), essa foi menor
que a quantidade de N acumulada pela cultura do feijão no mesmo período (Tabela 27),
evidenciando alta demanda pelo nutriente proveniente da adubação de cobertura na cultura
no feijoeiro (SANTO et al., 2003; SORATTO et al., 2011).
No presente experimento, para produzir 1.663 kg ha-1 de grãos
(média para os tratamentos), foram acumulados 148,5 kg ha-1 de N na matéria seca da parte
aérea do feijoeiro, por ocasião do florescimento (Tabelas 27 e 29). Nota-se menor
eficiência de utilização de N, em relação ao experimento I, que para produzir 2.840 kg ha-1
de grãos acumulou 35,5 kg ha-1 de N, pois naquele experimento (experimento I) as plantas
apresentaram menor desenvolvimento em relação ao presente experimento. A baixa
produtividade de grãos do presente experimento está relacionada ao aumento das
temperaturas no período de florescimento (Figura 1b), o que acarretou aumento excessivo
na taxa de abortamento de flores e vagens.
95

6.3. Experimento III

Neste experimento não houve produtividade de sementes pela


forrageira de forma homogênea na área, com poucas plantas emitindo panícula. O mesmo
ocorreu nos campos de produção de sementes da região. Assim, os produtores realizaram
ceifa das plantas antecipadamente para tentar um segundo período de florescimento.
Porém, caso adotássemos esta prática no presente estudo, ficaria tarde para realizar a
semeadura da cultura do feijão.

6.3.1. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de


nutrientes da palhada

A quantidade de material vegetal produzido pela forrageira (P.


maximum cv. Mombaça) foi de 8.579 kg ha-1 (Tabela 31 e Figura 21). Essa produtividade
de matéria seca é considerada baixa para o cultivar Mombaça, que possui potencial
produtivo em torno de 30.000 kg ha-1 ano-1 (PIRES, 2006), fato ocorrido em razão da maior
proporção das plantas não terem se desenvolvido até o estádio reprodutivo. O acúmulo de
matéria seca do presente experimento foi inferior aos observados nos experimentos I e II,
com a U. humidicola cv. Llanero e U. brizantha cv. MG-5, respectivamente (Tabelas 4 e
18). Também foi bem abaixa da produtividade de matéria seca encontrada por Soratto
(2011), no P. maximum cv. Mombaça que foi de 18.000 kg ha-1, que se desenvolveu por
um período de um ano.
A adubação nitrogenada na forrageira não influenciou a produção
de matéria seca da mesma (Tabela 31 e Figura 21). Apenas na última coleta (113 DAC) foi
observada diferença entre as formas de manejo do N na forrageira, sobre a quantidade de
matéria seca remanescente na superfície do solo, sendo encontrado no tratamento 50-100
kg ha-1 de N, quantidade de matéria seca inferior ao tratamento 0-150 kg ha-1 de N. As
doses de N aplicadas em cobertura no feijoeiro não influenciaram na quantidade de matéria
seca remanescente sobre o solo. Na última coleta (113 DAC), havia 32% do material
vegetal remanescente sobre o solo na testemunha, enquanto na média do tratamento que foi
aplicado 50 kg ha-1 de N na fase inicial de estabelecimento e 100 kg ha-1 no pré-
emborrachamento da forrageira (50-100 kg ha-1 de N) à quantidade remanescente era de
24%. De forma, similar aos experimentos I e II, os resultados evidenciaram que, apesar de
96

pouco expressiva, a aplicação de N na forrageira proporcionou aceleração na


decomposição da palhada remanescente.

Tabela 31. Matéria seca da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP,
ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) ________________________________
kg ha-1 ________________________________
0-0 7.856 5.908 4.436 2.562ab
150-0 8.797 6.508 4.466 2.849ab
0-150 8.524 5.725 4.596 3.001a
100-50 8.897 5.767 4.533 2.692ab
50-100 8.822 5.725 5.021 2.148b
DN (kg ha-1)
0 - - 4.897 2.870
50 - - 4.399 2.749
100 - - 4.645 2.658
150 - - 4.413 2.532
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 10,3 21,9 24,5 14,9
CVsubparcela (%) - - 26,8 19,7
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.

Ainda que conduzido nas mesmas condições climáticas do


experimento II (Figura 1b) com a U. brizantha cv. MG-5, em que foi observado após 132
DAC 66% do material vegetal remanescente sobre o solo, no presente experimento, o fato
das plantas não terem se desenvolvido até o estádio reprodutivo contribuiu para a produção
de material vegetal com maior relação folha/haste, que possui degradação mais rápida,
sendo observados 31% (na média dos tratamentos) do material remanescente 113 DAC das
plantas forrageiras (Tabela 31 e Figura 21). Segundo Costa et al. (2007), as colheitas de
forragens mais maduras implicam na obtenção de material vegetal com baixa degradação,
devido ao decréscimo da relação folha/haste. De acordo com Pires (2006), quando as
forrageiras se desenvolvem até o florescimento, ocorre a redução do conteúdo de proteína e
aumento do teor de lignina nas folhas e caules, reduzindo assim sua decomposição.
97

Figura 21. Matéria seca da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).

O teor de N na matéria seca da cobertura vegetal foi influenciado


pela aplicação de N na forrageira e pelas doses de N aplicadas em cobertura no feijoeiro
(Tabela 32). Na primeira avaliação (0 DAC) os teores de N foram superiores nos
tratamentos que receberam adubação nitrogenada na forrageira, em relação a testemunha.
Na segunda avaliação (43 DAC) maiores teores em relação à testemunha foram observados
nos tratamentos 0-150 e 100-50 kg ha-1 de N. Já na última avaliação (113 DAC) teores
superiores ocorreram nos tratamentos 0-150, 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N. De forma
similar ao observado no experimento I e II, houve baixa redução do teor de N da cobertura
vegetal, que, antes da aplicação da adubação nitrogenada no feijoeiro (43 DAC), era muito
similar ao teor inicial, na média dos tratamentos. Dados que diferem dos obtidos por
98

Crusciol et al. (2008), que verificaram redução de 40% do teor de inicial de N, 53 dias
após dessecação da aveia preta.
A aplicação de N em cobertura no feijoeiro proporcionou aumento
de forma quadrática nos teores de N da cobertura vegetal, na terceira (64 DAC) e última
avaliação (113 DAC) (Tabela 32), com maiores teores observados para aplicações da dose
estimada de 95 e 76 kg ha-1 de N, respectivamente. Soratto (2011) também observou
aumento no teor de N na cobertura vegetal de U. brizantha mediante à aplicação de N em
cobertura na cultura do feijão cultivado em sistema de semeadura direta.
Com relação à quantidade de N acumulado na cobertura vegetal
houve efeito significativo da aplicação do N na forrageira (Tabela 32 e Figura 22). Na
primeira avaliação (0 DAC) as quantidades de N acumuladas foram maiores nos
tratamentos que receberam adubação nitrogenada na forrageira em comparação à
testemunha (0-0 kg ha-1 de N). Contudo, já na última avaliação (113 DAC) foi observado
maior quantidade de N nos tratamentos 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N, em relação
ao tratamento 150-0 kg ha-1 de N, e a testemunha. Não houve resposta significativa do
acúmulo de N, para as doses de adubação nitrogenada aplicadas em cobertura no feijoeiro.
O acúmulo de N na cobertura foi de 81 kg ha-1 para a testemunha e,
média de 132 kg ha-1 nos tratamentos que receberam adubação nitrogenada na forrageira
(Tabela 32 e Figura 22). Considerando quantidade de N antes da aplicação da adubação
nitrogenada no feijoeiro (43 DAC), na testemunha foram liberados 20 kg ha-1 de N (25 %),
já nos tratamentos que receberam adubação nitrogenada na forrageira, foi liberado 52 kg
ha-1 de N (40 %) para o solo, através da degradação da palhada. Dessa forma, verifica-se
que a aplicação de N na forrageira, além de aumentar a quantidade de N acumulada na
palhada, também proporcionou maior liberação de N da mesma para o solo (Tabelas 32).
De maneira geral, na última amostragem (113 DAC) havia na
cobertura vegetal 26% do total de N acumulado em relação à quantidade inicial (0 DAC),
na média dos tratamentos (Tabela 32 e Figura 22). Com base nos resultados obtidos no
presente experimento e no experimento I, fica evidente que a liberação do N para o solo é
dependente da degradação da cobertura vegetal, em razão da alta ligação do N a lignina
(GONÇALVES et al., 2001), componente de carboidratos estruturais, que é resistente a
decomposição (FORTES, 2010; OLIVEIRA et al., 1999). Aos 100 dias de avaliação, Leite
et al. (2010) obtiveram redução de 48 e 50% da matéria seca da palhada de U. brizantha
99

cv. Marandú e do consórcio U. brizantha cv. Marandú e milheto, assim como diminuição
de 67 e 65% do N total, respectivamente, em estudo no cerrado maranhense.

Tabela 32. Teor e quantidade de N acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de N, g kg -1 _____________________________

0-0 10,3b 10,0b 13,6a 10,8b


150-0 14,0a 11,7ab 14,9a 11,9b
0-150 15,5a 14,6a 15,2a 13,7a
100-50 16,2a 13,8a 15,5a 14,8a
50-100 14,6a 13,5ab 15,3a 14,1a
DN (kg ha-1)
0 - - 12,9 12,8
50 - - 15,1 13,3
100 - - 16,0 13,3
150 - - 15,6 12,9
(3) (4)
Regressão - -
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 9,1 12,0 13,3 9,0
CVsubparcela (%) - - 10,2 8,1
MA(1) ___________________________
Quantidade de N, kg ha -1 ___________________________

0-0 81,6b 61,0 57,1 27,7c


150-0 123,5a 76,1 66,5 33,9b
0-150 131,4a 84,3 69,9 41,0a
100-50 144,6a 81,2 67,4 40,1a
50-100 128,8a 75,6 72,3 35,3ab
DN (kg ha-1)
0 - - 61,7 35,4
50 - - 66,5 38,9
100 - - 71,0 34,7
150 - - 67,4 33,4
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 14,6 15,9 30,0 14,6
CVsubparcela (%) - - 27,0 23,2
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. (3)y = -0,0003x2 + 0,0573x + 12,879 R² = 0,99**; (4)y = -1E-04x2 + 0,0153x + 12,765 R² = 0,99*
(ns)
. ns: Não significativo.
100

Figura 22. Quantidade de N na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).

Também de forma similar aos experimentos I e II, no presente


experimento, os teores de carbono na cobertura vegetal (Tabela 33 e Figura 23), não
apresentaram diferença entre as formas de N aplicadas na forrageira e às doses de N
aplicadas em cobertura no feijoeiro. É possível observar baixa perda de carbono contido na
cobertura vegetal na última avaliação (113 DAC) em relação à avaliação inicial (0 DAC),
ocorrendo perca de apenas 5%. Estes resultados estão de acordo com os dados obtidos por
Fortes (2010).
101

Tabela 33. Teor de C na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP,
ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) ________________________________
g kg-1 ________________________________
0-0 423,0 415,5 401,1 411,6
150-0 428,5 431,0 405,4 416,7
0-150 424,5 419,5 404,5 401,6
100-50 427,0 440,3 409,4 403,7
50-100 426,5 434,0 406,4 399,3
DN (kg ha-1)
0 - - 410,2 410,6
50 - - 401,8 405,5
100 - - 411,0 404,6
150 - - 398,6 405,6
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 1,3 2,6 6,2 5,4
CVsubparcela (%) - - 4,6 6,8
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.

Quanto à relação C/N da cobertura vegetal (Tabela 34 e Figura 24),


pode-se observar na primeira avaliação (0 DAC), menores valores nos tratamentos que
receberam adubação nitrogenada na forrageira. Na segunda avaliação (43 DAC) menor
relação foi observada no tratamento 0-150 kg ha-1 de N. Já na última avaliação (113 DAC)
menor valor desta variável ocorreu nos tratamentos 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N.
Houve redução de forma linear da relação C/N, com o aumento das doses de N em
cobertura no feijoeiro, na terceira avaliação (64 DAC). Em geral, não houve redução da
relação C/N da primeira (0 DAC) para a última avaliação da cobertura vegetal (113 DAC).
Estes resultados evidenciam que apesar redução da relação C/N do material vegetal
promovido pela adubação nitrogenada aplicada na forrageira ou doses de N aplicas em
cobertura no feijoeiro, a taxa de decomposição da palhada não se alterou (Tabela 31), em
razão dos teores de C não terem sido influenciados pelos tratamentos avaliados no presente
experimento (Tabela 33). Fortes (2010), em trabalho com palhada remanescente da
colheita de cana-de-açúcar, observou em um prazo de 12 meses, redução de 63% e 75% do
conteúdo inicial de matéria seca, respectivamente, sem e com a adição de 40 a 120 kg ha-1
102

de N na cultura, respectivamente. Ele reporta que estas respostas estão atribuídas a redução
da relação C/N pela mineralização do C da palha e pela adição de N no plantio, que
favoreceu a atividade microbiológica do solo.
Em razão das plantas forrageiras no presente experimento não
terem se desenvolvidos até o estádio reprodutivo, a relação C/N (Tabela 34 e Figura 24),
foi expressivamente menor em comparação ao experimento II (Tabela 21 e Figura 16),
fator que contribuiu com a maior degradação da palhada no presente experimento (Tabela
31 e Figura 21) (AMADO et al., 2003; CANTARELLA, 2007).

Figura 23. Teor de C na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
103

Tabela 34. Relação C/N da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP,
ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1)
0-0 41,1a 42,5a 30,3a 38,7a
150-0 30,7b 37,3ab 27,9a 35,1a
0-150 27,5b 29,2b 27,1a 29,6b
100-50 26,5b 32,0ab 27,0a 27,4b
50-100 29,5b 32,6ab 27,0a 28,4b
DN (kg ha-1)
0 - - 32,7 33,1
50 - - 26,9 31,3
100 - - 26,0 30,9
150 - - 25,8 32,2
(3)
Regressão - - ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 9,3 14,0 14,9 13,6
CVsubparcela (%) - - 12,3 12,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. (3)y = -0,0435x + 31,098 R² = 0,73*; ns: Não significativo.
104

Figura 24. Relação C/N da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, Ano Agrícola 2013/14 (Experimento III).

Os teores de P não foram influenciados pelas formas de manejo de


N na forrageira, ou doses de N em cobertura no feijoeiro (Tabela 35). Também não foram
observados efeitos dos fatores estudados sobre a quantidade de P acumulada na cobertura
vegetal (Tabela 35 e Figura 25). O teor de P inicial contido no material vegetal foi de 2,4 g
kg-1 na média dos tratamentos, sendo que na última avaliação (113 DAC) houve redução
de 59% (0,98 g kg-1) do conteúdo inicial de P. Em trabalho realizado por Costa et al.
(2014), a redução no teor de P da palhada do consórcio crotalária + milheto foi de 56 e
31% do teor de P inicial, aos 91 dias após o manejo, para palhada fragmentada e não
fragmentada com triturador mecânico, respectivamente. Essa porcentagem de liberação
está relacionada ao P na planta estar ligado a estruturas orgânicas, como na composição de
105

moléculas de proteínas e a compostos envolvidos no processo de geração de energia


(PRADO, 2008), componentes de rápida degradação (MENDONÇA et al., 2015).

Tabela 35. Teor e quantidade de P acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de P, g kg-1 _____________________________
0-0 2,3 1,2 1,2 0,9
150-0 2,4 1,4 1,3 1,0
0-150 2,3 1,3 1,4 1,1
100-50 2,4 1,4 1,3 0,9
50-100 2,6 1,4 1,4 1,0
DN (kg ha-1)
0 - - 1,3 1,0
50 - - 1,2 0,9
100 - - 1,4 1,0
150 - - 1,3 1,0
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 12,9 23,4 24,6 21,7
CVsubparcela (%) - - 26,5 29,9
MA(1) ___________________________
Quantidade de P, kg ha-1 ___________________________
0-0 18,7 7,6 5,9 2,3
150-0 21,6 8,3 5,9 2,9
0-150 20,3 7,7 6,1 2,9
100-50 21,6 8,3 5,8 2,7
50-100 22,9 7,2 6,5 2,7
DN (kg ha-1)
0 - - 6,5 2,8
50 - - 5,5 2,9
100 - - 6,0 2,8
150 - - 6,2 2,6
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 15,9 30,4 33,2 26,1
CVsubparcela (%) - - 33,7 31,7
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.

O acúmulo inicial de P na cobertura vegetal foi de 21 kg ha-1, na


média dos tratamentos, sendo que na última coleta (113 DAC) foi observado apenas 12%
106

do acúmulo inicial de P (2,7 kg ha-1), contudo já na terceira coleta a quantidade de P era de


37% (7,8 kg ha-1) em relação à quantidade inicial. Indicando que a liberação do conteúdo
de P para o solo acompanhou a degradação da palhada (Tabela 31 e Figura 21), e a
liberação do teor de P contido no material vegetal. Estes resultados ocorrem de forma
similar ao experimento I, em que houve rápida liberação do P para o solo (Tabela 8 e
Figura 8), em razão da maior taxa de degradação da cobertura vegetal (Tabela 4 e Figura
4). Gama-Rodrigues et al. (2008), observaram liberação de 50% de P do resíduos vegetal
de U. brizantha, aos 112 dias após o corte das plantas, sendo que a decomposição de 50%
da matéria seca ocorreu 108 dias após o corte das plantas, neste contexto os autores
salientam correlação positiva encontrada no trabalho entre a liberação de P e a taxa de
decomposição da matéria seca de U. brizantha.

Figura 25. Quantidade de P na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
107

Os teores e as quantidades acumulada de K não foram


influenciados pelas formas de manejo de N aplicadas na forrageira, ou doses de N em
cobertura no feijoeiro (Tabela 36 e Figura 26). O teor de K inicial contido no material
vegetal foi de 51 g kg-1, na média dos tratamentos. Houve rápida redução dos teores de K,
em que na segunda coleta (43 DAC) havia 4,8% do conteúdo inicial de K. Este nutriente é
rapidamente liberado, por ser um elemento que não esta associada com nenhum
componente estrutural do tecido vegetal, permanecendo na forma iônica nos tecidos
(MARSCHNER, 1995), após a senescência das plantas este nutriente volta rapidamente ao
solo com a água da chuva (FOLONI; ROSOLEM, 2008).
O acúmulo inicial de K na cobertura vegetal foi de 420 kg ha-1,
ocorrendo uma rápida liberação de K para o solo (Tabela 36 e Figura 26), em que na
segunda coleta (43 DAC) a quantidade de K era de 3,7% em relação ao acúmulo inicial.
Vários trabalhos na literatura reportam a rápida liberação do conteúdo de K, da cobertura
vegetal após a senescência das plantas (ROSOLEM et al., 2007; CRUSCIOL et al., 2008;
FOLONI; ROSOLEM, 2008; COSTA et al., 2014). Da mesma forma observada no
experimento I e II, no presente experimento é possível observar alta capacidade de
reciclagem de K pela forrageira, liberando alta quantidade de K (417 kg ha-1) para o solo.
Tal resultado se explica pela capacidade das raízes dessa forrageira em extrair K em
maiores profundidades do solo, disponibilizando-o posteriormente o nutriente quando as
plantas forem dessecadas para formação de cobertura vegetal (MENDONÇA et al., 2015).
108

Tabela 36. Teor e quantidade de K acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de K, g kg-1 _____________________________
0-0 47,0 2,0 1,2 1,0
150-0 53,0 2,9 1,4 0,8
0-150 56,1 2,3 1,4 1,5
100-50 49,8 2,0 1,8 1,0
50-100 49,2 3,1 1,9 0,8
DN (kg ha-1)
0 - - 1,7 1,1
50 - - 1,6 0,8
100 - - 1,3 1,1
150 - - 1,6 0,9
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 15,0 29,6 37,1 32,6
CVsubparcela (%) - - 38,9 30,3
MA(1) ___________________________
Quantidade de K, kg ha-1 ___________________________
0-0 370,2 14,1 5,4 2,5
150-0 473,7 19,9 6,5 2,2
0-150 476,0 14,7 6,6 3,7
100-50 446,9 13,3 8,3 2,9
50-100 436,2 15,9 9,6 1,9
DN (kg ha-1)
0 - - 8,7 3,4
50 - - 7,2 2,5
100 - - 6,1 2,9
150 - - 7,2 2,5
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 20,0 34,3 28,8 33,2
CVsubparcela (%) - - 38,8 35,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
109

Figura 26. Quantidade de K na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).

Os teores e as quantidades acumuladas de Ca não foram


influenciados pelas formas de manejo de N aplicadas na forrageira, ou doses de N em
cobertura no feijoeiro (Tabela 37 e Figura 27). O teor de Ca inicial contido no material
vegetal foi de 14 g kg-1 na média dos tratamentos, sendo que na última avaliação (113
DAC) houve redução de 67% (4,8 g kg-1) do conteúdo inicial de Ca, indicando que a
liberação de Ca dos tecidos foi similar à taxa de decomposição da palhada (Tabela 31 e
Figura 21). Essa resposta está relacionada ao Ca ser integrantes de componentes estruturais
na planta, como a pare celular (PRADO, 2008), dependendo da degradação destas
estruturas para ser liberado do material vegetal.
110

O acúmulo de Ca inicial (0 DAC) na cobertura vegetal foi de 128


kg ha , na média dos tratamentos, sendo observado 10% de Ca (13 kg ha-1) na última
-1

avaliação (113 DAC). Costa et al. (2014) observaram, aos 91 dias após o manejo do
consórcio de crotalária + milheto, teor de Ca de 64% menor em relação ao teor inicial, não
se correlacionando com a degradação da palhada, em que restaram 34% do volume inicial
no mesmo período de avaliação. Entretanto, eles observaram que com a fragmentação
desse material com triturador mecânico, a porcentagem de Ca remanescente aos 91 dias foi
de 50%, processo que contribuiu também para maior degradação da palhada (crotalária +
milheto) com 28% restante deste material, no mesmo período de avaliação. Os autores
atribuem essa reposta ao maior contato do material com o solo em razão da fragmentação,
acelerando a degradação e liberando mais facilmente nutrientes que estão associados a
componentes orgânicos do tecido vegetal, como é o caso do Ca. De forma similar ao
experimento I, a mais rápida liberação Ca no presente experimento, pode ser explicada em
razão de a palhada ter sido triturada após a colheita das sementes. Bernardes et al. (2010)
também observaram rápida liberação do Ca da palhada de U. brizantha manejada com
triturador de palha.
111

Tabela 37. Teor e quantidade de Ca acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de Ca, g kg-1 _____________________________
0-0 14,7 6,6 6,4 5,6
150-0 14,5 7,9 5,9 5,2
0-150 15,6 7,9 6,1 4,8
100-50 14,7 5,3 5,1 4,2
50-100 15,4 8,3 6,5 4,2
DN (kg ha-1)
0 - - 6,0 5,2
50 - - 6,2 4,7
100 - - 6,0 4,9
150 - - 5,7 4,5
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 12,8 11,9 31,4 40,1
CVsubparcela (%) - - 26,2 38,7
MA(1) ___________________________
Quantidade de Ca, kg ha-1 ___________________________
0-0 114,4 39,4 28,6 14,9
150-0 127,9 46,6 26,4 14,8
0-150 132,8 45,3 27,7 14,0
100-50 131,3 33,6 22,1 11,4
50-100 136,4 41,9 31,8 10,6
DN (kg ha-1)
0 - - 28,9 14,6
50 - - 27,5 13,7
100 - - 27,4 12,6
150 - - 25,4 11,7
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 16,7 16,4 31,2 37,9
CVsubparcela (%) - - 33,1 32,0
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
112

Figura 27. Quantidade de Ca na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-
150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).

Da mesma forma observada nos experimentos I e II, não houve


respostas dos teores e quantidade acumulada de Mg aos tratamento empregado no presente
experimento (Tabela 38 e Figura 28). Ocorreu uma rápida liberação do teor de Mg nos
primeiros dia de avaliação, em que aos 43 DAC restavam 32% do conteúdo de Mg inicial,
sendo observado na última avaliação (113 DAC) 26% do conteúdo inicial de Mg, na média
dos tratamentos. Crusciol et al (2008) observaram resposta similar em palha de aveia, onde
a redução dos teores de Mg, foram ajustadas de forma quadrática, com tendência de
estabilização a partir dos 35 dias após o manejo da aveia, de acordo com os autores esta
resposta ocorreu, devido a 70% do Mg atuar no vacúolo (MARSCHNER, 1995; TAIZ;
ZEIGER, 2009), assim, a maior parte do Mg é rapidamente liberada, uma vez que esta
113

porção não faz parte de constituintes celulares. O restante do Mg (30%) é liberado


posteriormente de forma gradual, pois faz parte de constituintes estruturais (CRUSCIOL et
al., 2008).

Tabela 38. Teor e quantidade de Mg acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de Mg, g kg-1 _____________________________
0-0 7,8 2,8 2,7 2,3
150-0 7,2 2,6 2,4 2,0
0-150 8,9 2,4 2,3 2,3
100-50 8,2 2,1 2,1 1,8
50-100 8,7 3,4 2,3 2,5
DN (kg ha-1)
0 - - 2,6 2,2
50 - - 2,4 2,1
100 - - 2,2 2,3
150 - - 2,2 2,1
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 9,8 31,8 25,8 35,8
CVsubparcela (%) - - 28,8 22,3
MA(1) ___________________________
Quantidade de Mg, kg ha-1 ___________________________
0-0 61,3 17,1 12,0 6,1
150-0 63,7 17,5 10,8 5,9
0-150 75,8 14,2 10,8 7,0
100-50 73,7 12,4 9,2 5,0
50-100 76,8 17,4 11,1 6,3
DN (kg ha-1)
0 - - 12,5 6,2
50 - - 10,7 6,3
100 - - 10,2 6,2
150 - - 9,7 5,6
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 15,9 36,4 31,2 32,0
CVsubparcela (%) - - 36,6 34,1
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
114

O acúmulo inicial de Mg (0 DAC) foi de 70 kg ha-1 na média dos


tratamentos, sendo observado 8% (2,9 kg ha-1) de Mg na última avaliação (113 DAC).
Estes resultados indicam que a liberação de Mg para o solo, acompanhou a liberação do
teor deste nutriente contido no material vegetal, com rápida liberação aos 43 DAC, quando
havia 22% da quantidade inicial de Mg, na média dos tratamentos. Em trabalho realizado
por Ferrari Neto et al. (2012), os autores observaram, 91 dias após o manejo do consórcio
guandú-anão com milheto, 40% do teor de Mg em relação ao teor inicial, com resposta
similar ao do presente experimento, ocorrendo rápida liberação nos primeiro 40 dias, em
sequencia ocorreu uma liberação gradual de Mg para o solo.

Figura 28. Quantidade de Mg na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-
150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
115

Não houve respostas dos teores e quantidades acumuladas de S aos


tratamentos empregados no presente experimento (Tabela 39 e Figura 29). Na última
avaliação de cobertura vegetal (113 DAC) foram observados 63% do teor inicial de S, na
média dos tratamentos. Ferrari Neto et al. (2012) observaram 25% do teor inicial de S, em
palhada do consórcio de guandú-anão com milheto 91 dias após o manejo do material
vegetal, entretanto para este trabalho, o teores S no início da avaliação foi 2,1 g kg-1, sendo
três vezes maior que os teores iniciais encontrados no presente experimento que foi de 0,73
g kg-1 de S, média para os tratamentos. Em trabalho realizado por Crusciol et al. (2008) em
palhada de aveia preta, os teores iniciais de S foi de 2,4 g kg-1, aos 53 dias após o manejo
da cobertura, foi observado 46% do teor inicial de S. Neste contexto, também observado
no experimento I e II, a baixa redução do teor de S, no presente estudo, pode estar
relacionado ao fato do teor inicial já se encontrar a baixo ao observado para gramíneas na
literatura. O acúmulo inicial de S foi de 6,3 kg ha-1, já na última avaliação (113 DAC) foi
observado 20% (1,3 kg ha-1) do conteúdo inicial de S, ocorrendo uma liberação gradativa
deste nutriente para o solo.
116

Tabela 39. Teor e quantidade de S acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de S, g kg-1 _____________________________
0-0 0,65 0,63 0,57 0,48
150-0 0,68 0,65 0,64 0,48
0-150 0,76 0,77 0,62 0,42
100-50 0,85 0,75 0,61 0,46
50-100 0,73 0,70 0,68 0,49
DN (kg ha-1)
0 - - 0,64 0,49
50 - - 0,60 0,52
100 - - 0,60 0,41
150 - - 0,61 0,46
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 17,0 23,6 48,3 34,1
CVsubparcela (%) - - 44,1 45,0
MA(1) ___________________________
Quantidade de S, kg ha-1 ___________________________
0-0 5,1 3,6 2,6 1,2
150-0 5,9 4,4 2,8 1,4
0-150 6,4 4,4 3,1 1,3
100-50 7,6 4,3 2,7 1,3
50-100 6,4 3,5 3,1 1,4
DN (kg ha-1)
0 - - 3,1 1,3
50 - - 2,7 1,5
100 - - 2,7 1,1
150 - - 2,9 1,3
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 21,6 26,6 38,3 39,3
CVsubparcela (%) - - 39,6 32,3
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
117

Figura 29. Quantidade de S na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
118

6.3.2. Índice relativo de clorofila, matéria seca da parte aérea, teores de


nutrientes e acúmulo de N na cultura do feijão

A aplicação de N na forrageira não influenciou o índice relativo de


clorofila (IRC) na folha do feijoeiro (Tabela 40), em ambas as épocas de avaliação (estádio
V4 e R6), apesar no estádio R6, os teores de N na parte aérea no tratamento 0-150 kg ha-1
de N (Tabela 40) e na folha diagnose (Tabela 42) nos tratamentos que receberam N na
forrageira, terem sido incrementados. A aplicação de N em cobertura no feijoeiro
aumentou de forma linear o IRC no estádio R6 (Tabela 40), resposta também observada
nos experimento I e II, e nos trabalhos desenvolvidos por Soratto et al. (2004) e Maia et al.
(2012; 2013).
Os tratamentos estudados não influenciaram a população de plantas
avaliadas tanto no estádio V4, assim como no R6 (Tabela 40), da mesma forma ao
observado nos experimentos I e II. Sendo que as populações de plantas médias observadas
foram de 257.975 plantas ha-1 e 233.470 plantas ha-1, respectivamente, nos estádio V4 e
R6.
A adubação nitrogenada aplicada na forrageira não influenciou a
matéria seca da parte aérea das plantas do feijão, em ambas às épocas de avaliação (estádio
V4 e R6) (Tabela 40). Entretanto, houve resposta quadrática da adubação nitrogenada
aplicada em cobertura na cultura do feijão, com maior valor de matéria seca da parte aérea
à dose estimada de 118 kg ha-1 de N, independentemente do manejo do N adotado na
forrageira precedente. Essa resposta está relacionada à maior teor de N na parte aérea
(Tabela 40), proporcionado pela adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro, pois este
nutriente aumenta o índice de área foliar e, consequentemente, a taxa fotossintética das
plantas, elevando o acúmulo de matéria seca (PRADO, 2008; TAIZ; ZEIGER, 2009).
Os teores de N na parte aérea do feijoeiro foram influenciados
pelas formas de manejo de N aplicado na forrageira, doses de N em cobertura no feijoeiro
(Tabela 40) e pela interação entre estes dois fatores (Tabela 41). O manejo da adubação
nitrogenada na forrageira afetou este parâmetro apenas no estádio R6, em que foi
observado maior teor no tratamento 0-150 kg ha-1 de N, em relação à testemunha (0-0 kg
ha-1 de N) (Tabela 40). Além disso, foi observado aumento linear nos teores de N na planta
do feijoeiro em função da adubação nitrogenada de cobertura, independentemente do
manejo do N na forrageira (Tabela 40).
119

Tabela 40. Índice de relativo de clorofila (IRC), população de plantas, matéria seca, teor
de N e quantidade de N acumulada na parte aérea do feijoeiro no estádio vegetativo V4 e
no estádio de florescimento (R6), em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente
Prudente, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
População
Tratamentos IRC MS Teor de N N acumulado
de plantas
plantas ha-1 g planta-1 g kg-1 kg ha-1
MA Estádio V4
0-0 18,1 253.775 3,5 48,1 42,5
150-0 18,4 266.664 3,6 49,1 48,3
0-150 19,6 249.998 3,6 48,6 44,6
100-50 18,4 252.775 3,7 48,1 44,6
50-100 18,4 266.664 3,8 48,6 49,1
CV (%) 12,9 9,2 7,9 3,8 9,3
MA Estádio R6
0-0 26,5 231.248 13,8 38,3b 122,3
150-0 26,7 235.414 14,2 39,5ab 134,8
0-150 27,7 229.859 13,7 40,7a 133,9
100-50 28,4 233.331 13,7 40,3ab 133,2
50-100 27,2 237.498 14,4 40,2ab 140,5
DN (kg ha-1)
0 26,1 229.442 13,5 37,3 115,3
50 26,6 236.664 14,7 39,8 137,9
100 27,8 226.664 14,5 40,3 132,1
150 28,2 241.109 14,5 41,8 146,4
(2) (3) (4) (5)
Regressão ns
Interação MA x DN ns ns ns ns ns
CVparcela (%) 10,9 10,2 27,9 4,1 23,9
CVsubparcela (%) 7,4 12,4 14,8 5,2 19,6
Médias seguidas de letras na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) y = 0,015x + 26,093 R² = 0,96*; (3)y = -0,0001x2 + 0,0237x + 13,599 R² = 0,84*; (4) y =
0,0278x + 37,754 R² = 0,93*; (5)y = 0,1751x + 119,84 R² = 0,74**. ns: Não significativo. * e ** a 5 e 1%
de probabilidade, respectivamente, pelo teste F.

No desdobramento da interação entre a aplicação de N na


forrageira e as doses de N aplicadas em cobertura no feijoeiro, para os teores de N na parte
aérea das plantas de feijão no estádio R6 (Tabela 41), observou-se que, quando foi aplicada
adubação nitrogenada na forrageira e, sem aplicação de N no feijoeiro, os teores deste
nutriente na parte aérea foram maiores que a testemunha (0-0 kg ha-1 de N). Para o
tratamento 0-150 kg ha-1 de N, os teores de N foram superiores aos tratamentos 0-150 e
100-50 kg ha-1 de N apenas na presença de 50 e 100 kg ha-1 de N aplicados em cobertura
no feijoeiro, respectivamente. Ocorreu aumento linear dos teores de N na parte aérea do
120

feijão no estádio R6, em razão da aplicação da adubação nitrogenada em cobertura no


feijoeiro, com ausência de aplicação de N na forrageira e, na interação com os tratamentos
0-150 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira. A resposta de maiores teores de N na
parte aérea do feijoeiro, nos tratamentos que receberam N na forrageira, na ausência de N
em cobertura no feijoeiro, evidencia a importância desta prática de adubação, na nutrição
do feijoeiro cultivado em sucessão à forrageira, em que houve maior liberação de N para o
solo, por ocasião do florescimento do feijoeiro, em relação à testemunha (Tabela 32 e
Figura 22).

Tabela 41. Desdobramento da interação significativa entre formas de manejo de adubação


nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), para
o teor de N na parte aérea do feijoeiro no estádio R6. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento III).
DN (kg ha-1)
MA(1) Equação de regressão
0 50 100 150
______________
Teor de N, g kg-1 ______________
0-0 31,5b 40,4a 39,9ab 41,5ab y = 0,0596x + 33,893 (R² = 0,69*)
150-0 38,9a 39,6a 37,7b 41,8ab ns
0-150 37,7a 38,1a 42,0a 45,2a y = 0,053x + 36,8 (R² = 0,92*)
100-50 40,5a 40,2a 41,8ab 38,6b ns
50-100 38,1a 40,8a 40,2ab 41,7ab y = 0,0207x + 38,685 (R² = 0,75*)
Médias seguidas de letras distintas na coluna diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
(1)
Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg
ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)). * e
** significativos a 5% e 1% de probabilidade pelo teste F, respectivamente; ns: não significativo.

A forma de manejo do N na forrageira também não influenciou o


acúmulo deste nutriente na parte aérea da cultura do feijão, em ambos os estádios de
avaliação (V4 e R6) (Tabela 40). Contudo, houve aumento linear do acúmulo de N com a
adubação nitrogenada aplica em cobertura no feijoeiro. Respostas similares foram
observadas por Souza e Soratto (2011). No presente experimento esta resposta relaciona-se
à matéria seca e teor de N na parte aérea da planta do feijoeiro, que responderam
positivamente à adubação nitrogenada em cobertura.
Os teores de N nas folhas diagnose do feijoeiro (3ª folha totalmente
expandida a partir do ápice) foi significativamente afetado pela forma de aplicação do N na
forrageira, em que os maiores teores foram encontrados nos tratamentos que receberam
adubação nitrogenada na forrageira em relação à testemunha (0-0 kg ha-1 de N). Esses
efeitos estão atribuídos aos maiores teores de N contidos na matéria seca da cobertura
121

vegetal nos tratamentos que receberam adubação nitrogenada na forrageira em relação à


testemunha (Tabela 32). Assim, estes tratamentos proporcionaram liberação de maiores
quantidades de N para o solo e que, consequentemente, foi aproveitado pela cultura do
feijão. A aplicação de N em cobertura no feijoeiro proporcionou aumento linear no teor de
N nas folhas diagnose do feijoeiro (Tabela 41). Apesar das repostas aos tratamentos com
adubação nitrogenada, é importante salientar que na testemunha o teor de N na folha
diagnose do feijão ficou dentro da faixa considerada adequada (30-50 g kg-1) por
Ambrosano et al. (1997), e nos tratamentos que receberam N na forrageira ou em cobertura
no feijoeiro, os teor de N ficaram acima da faixa adequada (30-50 g kg-1), com média de 52
g kg-1. Alvarez et al. (2005), Farinelli et al. (2006), Crusciol et al. (2007), Souza e Soratto
(2012), também observaram aumento linear no teor foliar de N em feijão, em razão do
aumento de doses de N em cobertura no feijoeiro, mesmo com a testemunha apresentando
teores dentro da faixa considerada adequada. Entretanto, esses teores de N dentro das
faixas satisfatórias no presente experimento, podem estar relacionados ao fornecimento de
N mineral à cultura, promovido pelo solo. Além do aporte de N à cultura através da
fixação simbiótica de N2, que foi propiciado pela menor oscilação da temperatura e boas
condições de umidade do solo, em razão da grande quantidade de palha na superfície do
solo.
Os teores de P, K, Mg, S, Cu Fe e Mn na folha diagnose no
feijoeiro, não foram alterados pelos tratamentos avaliados no presente experimento (Tabela
42). Para os teores de Ca, houve efeito apenas para adubação nitrogenada aplicada na
forrageira, com maior teor observado no tratamento 50-100 kg ha-1 de N. O teor de Zn foi
maior no tratamento 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira. Houve aumento
de forma quadrática no teor de Zn em razão da aplicação das doses de N em cobertura no
feijoeiro, com maior teor observado com a dose estimada de 78 kg ha-1 de N. A resposta da
maior absorção de nutrientes, em razão da adubação nitrogenada na forrageira ou em
cobertura no feijoeiro, pode estar atribuída dentre outros fatores, ao estimulo que a maior
oferta de N promoveu ao crescimento do sistema radicular do feijoeiro (SANTI et al.,
2003), promovendo maior exploração do solo e absorção de nutrientes.
122

Tabela 42. Teores de nutrientes na folha diagnose do feijoeiro no estádio de florescimento


em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e
doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento III).
Macronutrientes
Tratamentos
N P K Ca Mg S
MA(1) ___________________________________
g kg-1 ___________________________________

0-0 49,0b 4,9 26,0 21,5ab 8,4 3,0


150-0 53,0a 5,0 26,4 19,5b 7,9 3,0
0-150 52,7a 5,1 26,3 20,2ab 8,7 2,6
100-50 52,8a 5,0 28,8 19,5b 7,9 2,6
50-100 53,0a 5,1 28,7 22,6a 7,9 2,6
DN (kg ha-1)
0 49,6 5,0 26,6 20,9 7,9 2,7
50 50,4 5,2 29,0 21,2 8,3 2,8
100 54,7 5,1 27,2 20,0 8,0 2,8
150 53,8 5,2 26,2 20,6 8,4 2,7
(2)
Regressão ns ns ns ns ns
Interação MA x DN ns ns ns ns ns ns
CVparcela (%) 5,7 8,8 10,6 12,5 9,5 15,9
CVsubparcela (%) 5,6 9,4 13,9 13,8 8,0 13,0
Micronutrientes
Tratamentos
Cu Fe Mn Zn
MA(1) __________________________________
mg kg-1 __________________________________
0-0 10,6c 204,4 193,1 41,3bc
150-0 15,0b 210,6 189,9 40,3c
0-150 15,2b 206,6 242,8 49,1ab
100-50 15,4b 153,5 232,8 51,5a
50-100 19,2a 172,6 210,5 52,8a
DN (kg ha-1)
0 15,3 191,4 207,2 42,5
50 14,3 190,6 219,6 51,0
100 14,9 180,5 207,0 49,9
150 15,9 195,7 221,5 44,5
(3)
Regressão ns ns ns
Interação MA x DN ns ns ns ns
CVparcela (%) 17,5 28,5 32,3 15,4
CVsubparcela (%) 14,8 21,2 22,7 18,5
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) y = 0,0338x + 49,623 R² = 0,76**; (3) y = -0,0014x2 + 0,2192x + 42,814 R² = 0,97**; ns: Não
significativo. * e ** a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F.
123

6.3.3. Componentes da produção e produtividade de grãos da cultura do


feijão

A população final de plantas não foi influenciada pelos tratamentos


avaliados no presente experimento (Tabela 43). Sendo observada população de plantas por
ocasião da colheita de grãos, de aproximadamente 144 mil planta ha-1, ou seja, 6,5 plantas
por metro de fileira na lavoura. Esta redução de estande de lavoura entre o florescimento
(Tabela 40) e a avaliação final, deve-se as altas temperaturas ocorridas no final do ciclo da
cultura (Figura 1b).
A aplicação de N na forrageira promoveu o aumento do número de
vagens por planta, quando foram aplicados 100 kg ha-1 de N na fase inicial de
estabelecimento e 50 kg ha-1 no pré-emborrachamento da forrageira (100-50 kg ha-1 de N)
(Tabela 43). Soratto et al. (2013) observou maior número de vagens por planta de feijão
em relação a testemunha (0 kg ha-1 de N), com aplicação antecipada de 100 kg ha-1 de N
nos restos culturais do milho, 33 dias antes da semeadura do feijão. Houve resposta do
número de vagens por planta à adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro, com
maiores valores observados com a aplicação da dose estimada de 76,3 kg ha-1 de N (Tabela
43). Segundo Silva et al. (2009) essa resposta pode estar atribuída a maior emissão de
ramos reprodutivos promovido pela adubação nitrogenada. Vários autores reportam o
aumento do número de vagens por planta em razão da adubação nitrogenada (ALVEZ et
al., 2005; CRUSCIOL et al., 2007; MOREIRA et al., 2013).
De forma similar ao experimento I e II, o número de grãos por
vagens (Tabela 43), não foi influenciado por nenhum fator estudado no trabalho, estes
resultados estão de acordo com Sabundjian et al. (2013); Soratto et al. (2013) que não
observaram resposta do número de grãos por vagens em razão da adubação nitrogenada,
sendo característica de alta herdabilidade genética, que sofre pouca influência do ambiente.
A massa de 100 grãos, também não foi influenciada pelos
tratamentos estudos no presente experimento, estando de acordo com os resultados
encontrados por Crusciol et al (2007) e Soratto et al. (2013) que não observaram resposta
da massa de 100 grãos, à adubação nitrogenada. Para este experimento, estes efeitos podem
estar relacionados ao fato da adubação nitrogenada na forrageira ou em cobertura no
feijoeiro, ter proporcionado maior número de vagens por plantas, toda via a maior
124

produção de fotoassimilados foi translocada para suprir estas estruturas, não se


expressando no maior peso de grãos.

Tabela 43. Componentes da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão em


razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses
de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14
(Experimento III).
População Vagens por Grãos por Massa de Produtividade
Tratamentos
final planta vagem 100 grãos de grãos
MA(1) plantas ha-1 no planta-1 no vagem-1 g kg ha-1
0-0 147.221 15,3bc 3,6 30,6 2.269c
150-0 143.054 14,9c 3,9 31,2 2.370bc
0-150 139.582 17,0abc 3,8 30,6 2.590abc
100-50 150.693 18,8a 3,7 30,7 2.656ab
50-100 141.665 17,7ab 4,0 35,9 2.727a
DN (kg ha-1)
0 142.776 15,4 3,8 31,4 2.329
50 142.776 17,5 3,7 30,7 2.577
100 145.554 17,3 3,8 35,6 2.563
150 146.665 16,9 4,0 29,5 2.622
(2) (3)
Regressão ns ns ns
Interação MA x DN ns ns ns ns ns
CVparcela (%) 7,5 14,5 16,2 35,8 11,2
CVsubparcela (%) 9,1 14,3 18,9 38,7 14,0
Medias seguida de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) y = -0,0003x2 + 0,0458x + 15,588 R² = 0,90*; (3) y = 1,7349x + 2392,5 R² = 0,72*; ns: Não
significativo. * e ** a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F.

A produtividade de grãos da cultura do feijão foi influenciada pela


adubação nitrogenada na forrageira e doses de N aplicada em cobertura no feijoeiro
(Tabela 43). Houve aumento linear da produtividade de grãos em razão da adubação
nitrogenada em cobertura independentemente das formas de manejo de N na gramínea
forrageira precedente. Concordando com os dados obtidos em trabalhos desenvolvidos por
Alvez et al. (2005), Silveira et al. (2005), Farinelli et al. (2006), Soratto et al. (2006),
Teixeira et al. (2008).
Foram encontradas maiores produtividades de grãos nos
tratamentos 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, em relação à testemunha (0-0 kg
ha-1 de N), com maior produtividade geral no tratamento 50-100 kg ha-1 de N (Tabela 43).
Essa resposta ocorre em razão dessa prática proporcionar maior liberação do N da palhada
para o solo até a época do florescimento do feijoeiro (52 kg ha-1 de N) em relação à
testemunha (20 kg ha-1 de N) (Tabela 32 e Figura 22). Como já reportado nos experimentos
125

I e II, outro fator que pode ter contribuído para maiores produtividades de grãos, com a
adubação nitrogenada na forrageira, pode estar relacionada à produção sistema radicular
com menor relação C/N, pois de acordo com Silva et al. (2008) os sistema radicular de
gramíneas a exemplo do milho pode ser superior (C/N 58) a parte aérea da planta (C/N 51).
Echer et al. (2012) avaliando crescimento inicial do algodoeiro e absorção de nutrientes
cultivada sobre resíduos de planta inteira, parte aérea e raiz de U. ruziziensis, os autores
observaram menor crescimento e teor de N na folha da cultura, quando esta foi cultivada
sobre o sistema radicular da U. ruziziensis, atribuindo estas respostas a imobilização do N
promovida pelos sistema radicular da U. ruziziensis. Em complemento a este trabalho de
Echer et al (2012), Rosolem et al. (2012) avaliaram cultivo de algodoeiro em vaso, sem
resíduo (somente o solo), resíduos vegetais de U. ruziziensis planta inteira (parte aérea e
raiz) e resíduos de raiz U. ruziziensis, em interação com adubação nitrogenada, e
concluíram que a presença de raízes de U. ruziziensis, que possui baixa taxa de
decomposição, alto conteúdo de suberina/lignina e elevada relação C/N, promoveu a
imobilização temporária do N no solo e, consequentemente, repercutiu em menor absorção
de N e produção de matéria seca pela planta de algodão. Entretanto, os autores salientam a
importância da adubação nitrogenada via fertilizante para amenizar a imobilização do N no
estádio inicial de desenvolvimento da cultura, quando esta é cultivada em sucessão a
gramíneas forrageiras.
No presente experimento, a adubação nitrogenada na forrageira
reduziu a relação C/N (Tabela 34), mas alterou de forma pouco expressiva a decomposição
da cobertura vegetal (Tabela 31), o que pode não tem interferido de forma importante na
imobilização do N pela matéria seca da cobertura vegetal. O sistema radicular tem uma
maior superfície de contato do material vegetal com o solo e a presença constante de
umidade nestas condições, o que resulta no favorecimento da ação biológica e a
decomposição mais acelerada do material vegetal (CARVALHO et al., 2008). Com
sistema radicular no solo de alta relação C/N, ocorre a imobilização temporária do N pela
massa microbiana do solo, que é a transformação do N inorgânico em orgânico, processo
realizado por microrganismos que incorporam o N inorgânico disponível no solo às suas
células, ao morrerem, o N assimilado pode voltar a ser mineralizado (CANTARELLA,
2007). Neste contexto a prática de adubação nitrogenada na forrageira, produz sistema
radicular com menor relação C/N reduzindo o processo de imobilização do N no solo
(SOUZA; MELO, 2000; SORATTO, 2011), somada a maior deposição de N no sistema,
126

promove maior aporte de N a cultura do feijão. Entretanto as resposta do feijão a adubação


nitrogenada de cobertura para se obter boas produtividades no sistema de cultivo do feijão
em sucessão a plantas de cobertura gramíneas deve-se, à demanda de N pelos
microrganismos para decomposição dos restos culturas remanescentes (Tabela 31),
(LEITE; GALVÃO, 2008), apesar presença de material no solo com relação C/N (25 a 40)
(Tabela 34) próxima da condição que ocorre o equilíbrio da mineralização com a
imobilização (CANTARELLA, 2007). Se considerarmos a quantidade de N liberada da
cobertura vegetal desde a o manejo da mesma até o florescimento do feijão na testemunha
(0-0 kg ha-1 de N) (20 kg ha-1 de N) (Tabela 32), esta foi seis vezes menor que a quantidade
de N acumulada pela cultura do feijão no mesmo período (132 kg ha-1 de N) (Tabela 40),
evidenciando a alta demanda por N proveniente da adubação por cobertura no feijoeiro, o
que está relacionado alta complexidade do N no sistema solo-palha-planta (SANTO et al.,
2003; SORATTO et al., 2011).
No presente experimento para produzir 2.521 kg ha-1 de grãos,
foram acumulados 132 kg ha-1 de N na matéria seca da parte aérea do feijoeiro, por ocasião
do florescimento (Tabelas 40 e 3). Já Perez et al. (2013) observou acumulo de 84 kg ha-1
de N na matéria seca da parte aérea de feijão, para produção de 2.684 kg ha-1 de grãos. Esta
menor eficiência de utilização de N no presente experimento, está relacionado à maior
oferta de N do solo, pois nos tratamentos que receberam N na forrageira, ou em cobertura
no feijoeiro, os teores de N no tecido foliar (Tabela 42) ficaram acima do nível considerada
adequada (30-50 g kg-1) descrito por Ambrosano et al. (1997).
Com relação à produtividade do presente experimento que foi de
2.521 kg ha-1 de grãos, é considerada média para a cultura irrigada. De forma similar ao
experimento II, está relacionada ao aumento das temperaturas no período de florescimento
(Figura 1b) o que acarretou aumento no abortamento vagens, porém este foi menos
prejudicial do que no experimento II, em razão do presente experimento ter sido semeado
20 dias antes do experimento II, ocorrendo períodos de altas temperaturas apenas no final
do desenvolvimento das vagens.
127

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O parcelamento da adubação nitrogenada de cobertura na


forrageira, em geral, promoveu aumento na produtividade de sementes, sendo a respostas
distintas, para cada espécie/cultivar. Na U. humindicola cv. Llanero de segundo ciclo, que
possui menor potencial de acúmulo de matéria seca e ciclo mais curto (entre o corte de
uniformização e a colheita), a maior produtividade foi obtida com aplicação de 2/3 da
adubação nitrogenada (100 kg ha-1 de N) na fase inicial (43 após o corte de uniformização)
e o restante (50 kg ha-1 de N) na fase de pré-emborrachamento. Já na U. brizantha cv. MG-
5 de primeiro ciclo, que possui maior potencial produtivo de matéria seca e ciclo mais
longo (entre o inicio do desenvolvimento e a colheita), a maior produtividade de sementes
puras foi obtida com aplicação de 1/3 da adubação nitrogenada (50 kg ha-1 de N) na fase
inicial (32 DAE) e o restante (100 kg ha-1 de N) na fase de pré-emborrachamento. Em
geral, a adubação nitrogenada aumentou o poder germinativo e a viabilidade das sementes
produzidas.
A adubação nitrogenada na forrageira aumentou o teor e o acúmulo
de N e reduziu da relação C/N da cobertura vegetal, porém, interferiu apenas
moderadamente na dinâmica de decomposição do material. Apenas a taxa de liberação de
N e K foram expressivamente aumentadas pela aplicação de N na forrageira. As formas de
manejo da adubação nitrogenada na forrageira não promoveram alterações importantes na
dinâmica de decomposição e liberação de nutrientes da cobertura vegetal. O pequeno efeito
da adubação nitrogenada na forrageira sobre a dinâmica de decomposição e liberação de
nutrientes da cobertura vegetal se devem, provavelmente, ao fato de o material ainda
apresentar relação C/N relativamente elevada mesmo com a adubação nitrogenada na
128

forrageira. Além disso, o reduzido contato da palhada com o solo pode ter contribuído para
minimizar os efeitos das variações na relação C/N na decomposição da cobertura vegetal.
A adubação nitrogenada na forrageira promoveu incremento na
produtividade de feijão, independentemente da forma de manejo. Esse efeito esta
relacionado, principalmente, ao aumento da oferta de N ao sistema palhada-solo, tanto por
aumentar a liberação de N da cobertura vegetal na fase vegetativa o feijoeiro, quanto por,
provavelmente, promover sistema radicular das forrageiras com menor relação C/N.
Entretanto, independentemente da adubação nitrogenada na forrageira, a produtividade de
grão da cultura do feijão foi incrementada pela aplicação de N em cobertura, indicando que
o feijoeiro de alto potencial produtivo cultivado em sucessão a gramíneas forrageiras
cultivadas para produção de sementes é dependente de adubação nitrogenada.
129

8. CONCLUSÕES

A adubação nitrogenada na forrageira aumenta a produtividade e


melhora a qualidade das sementes produzidas, porém o efeito da forma de parcelamento é
variável entre as espécies/cultivar.
A produção de matéria seca da parte aérea das forrageiras é pouco
influenciada pela adubação nitrogenada, independentemente da forma de parcelamento.
A adubação nitrogenada na forrageira aumenta o teor e o acúmulo
de N e reduz a relação C/N da palhada, porém, incrementa apenas as taxas de liberação de
N e K, interferindo pouco na dinâmica de decomposição da cobertura vegetal e na
liberação dos demais macronutrientes para o solo.
A adubação nitrogenada na forrageira, independentemente da
forma de manejo, promove maior oferta de N ao feijoeiro cultivado em sucessão,
aumentando o número de vagens por planta e a produtividade de grãos. Entretanto, devido
à grande quantidade de resíduos remanescentes da forrageira com elevada relação C/N,
independentemente do manejo do N na forrageira, a cultura do feijão tem a produtividade
de grãos aumentada com a aplicação de N em cobertura.
130

9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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