Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências Agronômicas Câmpus de Botucatu
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências Agronômicas Câmpus de Botucatu
BOTUCATU - SP
Agosto de 2015
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CÂMPUS DE BOTUCATU
BOTUCATU - SP
Agosto de 2015
III
“[...] nada é fixo para aquele que alternadamente pensa e têm objetivos [...]”
DEDICATÓRIA
Aos meus queridos pais Donizete e Izilda, pelo amor, dedicação, orientação e
ensinamentos por toda minha vida.
À minha esposa Larissa, pelo amor, carinho e apoio na realização deste trabalho, e pela
compreensão nos momentos em fiquei ausente para realização deste.
AGRADECIMENTOS
A Deus, primeiramente pela vida, por nunca ter me deixado só nesta caminhada,
pela saúde, paz e sabedoria nos momentos difíceis.
Aos meus pais, que sempre acreditaram na minha capacidade, pelo sacrifício,
amor, dedicação em cada passo da minha vida.
À minha esposa Larissa Carvalho Rodrigues Catuchi pelo carinho, amor, e apoio
na realização dos meus projetos.
Ao Prof. Dr. Rogério Peres Soratto, pela orientação, pelos preciosos ensinamentos
e pela confiança, permitindo que eu desenvolvesse os experimentos da tese em outra
região.
Ao Prof. Dr. Carlos Sérgio Tiritan, pela coorientação, apoio e auxílio ao longo de
minha jornada acadêmica.
Aos amigos das disciplinas realizadas durante o curso de doutorado, Bruno Aires,
Danilo de Almeida e Juan Piero.
SUMÁRIO
1. RESUMO .......................................................................................................................... 1
2. SUMMARY ...................................................................................................................... 3
3. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 7
5. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................. 15
5.1. Características dos locais .......................................................................................... 15
5.2. Tratamentos e delineamento experimental ............................................................... 17
5.3. Histórico da área, instalação e condução dos experimentos ..................................... 18
5.4. Avaliações ................................................................................................................. 23
5.4.1. Produção e qualidade fisiológica das sementes das plantas forrageiras .......... 23
5.4.2. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de nutrientes da
palhada ....................................................................................................................... 24
5.4.3. Avaliações na cultura do feijão ........................................................................ 25
5.4.4. Análise estatística ............................................................................................. 27
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 28
6.1. Experimento I ........................................................................................................... 28
6.1.1. Produção e qualidade fisiológica das sementes das plantas forrageiras .......... 28
6.1.2. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de nutrientes da
palhada ....................................................................................................................... 30
6.1.3. Índice relativo de clorofila, matéria seca da parte aérea, teores de nutriente e
acúmulo de N na cultura do feijão ............................................................................. 54
6.1.4. Componente da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão ........ 59
6.2. Experimento II .......................................................................................................... 63
6.2.1. Produção e qualidade fisiológica das sementes das plantas forrageiras .......... 63
6.2.2. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de nutrientes da
palhada ....................................................................................................................... 64
6.2.3. Índice relativo de clorofila, matéria seca da parte aérea, teores de nutrientes e
acúmulo de N na cultura do feijão ............................................................................. 87
6.2.4. Componente da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão ........ 91
6.3. Experimento III ......................................................................................................... 95
6.3.1. Produção, relação C/N, persistência, liberação e quantidade de nutrientes da
palhada ....................................................................................................................... 95
6.3.2. Índice relativo de clorofila, matéria seca da parte aérea, teores de nutrientes e
acúmulo de N na cultura do feijão ........................................................................... 118
6.3.3. Componentes da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão ..... 123
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 127
8. CONCLUSÕES ............................................................................................................. 129
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 130
VIII
LISTA DE TABELAS
Tabela 21. Relação C/N na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento
II). ..................................................................................................................... 73
Tabela 22. Teor e quantidade de P acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada
na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em
diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento II). ................................................................................ 75
Tabela 23. Teor e quantidade de K acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada
na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em
diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento II). ................................................................................ 78
Tabela 24. Teor e quantidade de Ca acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada
na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em
diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento II). ................................................................................ 81
Tabela 25. Teor e quantidade de Mg acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha
cv. MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento II). ................................................................................ 83
Tabela 26. Teor e quantidade de S acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada
na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em
diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento II). ................................................................................ 85
Tabela 27. Índice de relativo de clorofila (IRC), população de plantas, matéria seca,
teor de N e quantidade de N acumulada na parte aérea do feijoeiro no
estádio vegetativo V4 e no estádio de florescimento (R6), em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente Prudente-SP, ano
agrícola 2013/14 (Experimento II). .................................................................. 88
Tabela 28. Teores de nutrientes na folha diagnose do feijoeiro no estádio de
florescimento em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN).
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II). .................... 90
Tabela 29. Componentes da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão
em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II)....................................... 92
XI
Tabela 39. Teor e quantidade de S acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN),
em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola
2013/14 (Experimento III). ............................................................................. 116
Tabela 40. Índice de relativo de clorofila (IRC), população de plantas, matéria seca,
teor de N e quantidade de N acumulada na parte aérea do feijoeiro no
estádio vegetativo V4 e no estádio de florescimento (R6), em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente Prudente, ano
agrícola 2013/14 (Experimento III). ............................................................... 119
Tabela 41. Desdobramento da interação significativa entre formas de manejo de
adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), para o teor de N na parte aérea do feijoeiro no
estádio R6. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento
III). .................................................................................................................. 120
Tabela 42. Teores de nutrientes na folha diagnose do feijoeiro no estádio de
florescimento em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN).
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 122
Tabela 43. Componentes da produção e produtividade de grãos da cultura do feijão
em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). .................................. 124
XIII
LISTA DE FIGURAS
Figura 7. Relação C/N na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 40
Figura 8. Quantidade de P na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 43
Figura 9. Quantidade de K na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 45
Figura 10. Quantidade de Ca na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
semeadura do feijão; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do
feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13
(Experimento I). ................................................................................................ 49
Figura 11. Quantidade de Mg na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na
forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b:
50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada;
XV
Figura 21. Matéria seca da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). .................. 97
Figura 22. Quantidade de N na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 100
Figura 23. Teor de C na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 102
Figura 24. Relação C/N da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, Ano Agrícola 2013/14 (Experimento III). .............. 104
Figura 25. Quantidade de P na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III). ................ 106
Figura 26. Quantidade de K na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em
razão de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0
(testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira,
respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
XVIII
1. RESUMO
2. SUMMARY
50, 100, and 150 kg ha-1 N). Nitrogen application in common bean was held at the V4
stage. Nitrogen fertilization increased the seed yield of forage grasses, but the effect of the
form of split application varies among species/cultivar. In U. humindicola cv. Llanero in
second cycle, the highest seed yield was obtained with application of 100 kg ha-1 N at 43
after the standardized cut and the rest in pre-booting stage. In the U. brizantha cv. MG-5 in
first cycle, the highest seed yield was obtained by applying 50 kg ha-1 N in the initial phase
(32 DAE) and the rest in pre-booting stage. In general, the N fertilization increased the
germination and viability of seeds produced. The dry matter production of the aerial part of
the forage grasses was little influenced by N fertilization, regardless of the form of split
application. Nitrogen fertilization increased the concentration of N and reduced the C/N
ratio in the forage straw; however, only increased the release rate of N and K and did not
interfere in the dynamics of decomposition of residual straw and the release of other
macronutrients to the soil. The N fertilization on forage grass, whatever the form of
management, promoted greater supply of N to common bean cultivated in succession,
increasing the number of pods per plant and grain yield. However, due to the large amount
of remaining residues of forage grasses with high C/N, regardless of management of N in
forage grass, the common bean crop had grain yield increased with sidedressed N
application.
3. INTRODUÇÃO
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
tropicais no período de primavera-verão, com inverno seco, propício para a colheita das
sementes.
No sistema de produção de sementes de forrageiras, um dos
componentes de qualidade dos lotes de sementes é a sua porcentagem de impureza, sendo
consideradas impurezas as sementes com antécios vazios, sementes de outras espécies e,
principalmente, palha dos restos culturais de plantas forrageiras (BRASIL, 2009). Para
reduzir a quantidade de impurezas dos lotes de sementes colhidas, evitar problemas na
colheita realizada por varredura e reduzir a baixa rebrota da soqueira da forrageira, em
razão do alto volume de palhada, adotava-se a prática de queima da palhada residual da
colheita no manejo pós-colheita dos campos de produção, visto que na mesma área
procedia-se a colheita das sementes por três a quatro anos consecutivos. Porém, nos
últimos anos, em função das mudanças climáticas e cotas para emissão de CO2 (MACEDO
et al., 2010), a prática da eliminação da palhada através da queima passou a ser restringida
legalmente pelos órgãos ambientais (ARANTES, 2006).
Nestas condições, buscando novas alternativas para a utilização da
palhada residual, alguns produtores estão substituindo gradativamente o cultivo de
gramíneas forrageiras por mais de dois anos consecutivo e inserindo neste sistema a prática
de rotação com culturas graníferas anuais, como o feijão, em SSD na palhada residual (SÁ
et al., 2006).
Considerando que os campos de produção de sementes forrageiras
se dão em regiões tropicais e áreas com solos de textura média a arenosa e com baixos
teores de matéria orgânica, a prática de rotação de cultura em SSD pode ser boa alternativa
para a utilização da palhada residual. A manutenção dos resíduos vegetais na superfície do
solo promove manutenção de umidade do solo e mantém a temperatura dele em escalas
favoráveis, além de incrementar o teor de matéria orgânica e reduzir a perda de nutrientes
e, consequentemente, a emissão de CO2 para atmosfera. Segundo Martius et al. (2001), a
matéria orgânica do solo e a atividade biológica estão diretamente ligadas às característica
essenciais para a manutenção da capacidade produtiva dos solos.
Entretanto, o cultivo de culturas graníferas em SSD sobre a palhada
das forrageiras pode apresentar limitações do ponto de vista nutricional, pois o manejo da
adubação dos campos de produção de sementes de forrageiras é baseado deficitariamente
em boletins técnicos de pastagens (VILELA et al, 2003; PIRES, 2006). Com a manutenção
de palhada no sistema a dinâmica dos nutrientes, principalmente com relação ao N, é
9
5. MATERIAL E MÉTODOS
150 60
(a)
135 Emer.
2º ANF CF Feijão N-cob. Flor. Colh.
CU 1º ANF 50
120
105
40
Precipitação (mm dia-1)
Temperatura (oC)
90
75 30
60
20
45
30
10
15
0 0
1
5
9
13
17
21
25
29
3
7
11
15
19
23
27
31
4
8
12
16
20
24
28
1
5
9
13
17
21
25
29
3
7
11
15
19
23
27
31
4
8
12
16
20
24
28
4
8
12
16
20
24
28
1
5
9
13
17
21
25
29
3
7
11
15
19
23
27
31
4
8
12
16
20
24
28
2
6
10
14
18
22
26
30
Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
150 60
(b) Emer. Colh.
1º ANF 2º ANF Emer. feijão N-cob. Flor.
135 Ex. III Ex. III Ex. III Ex. III Ex. III Ex. III Ex. III
50
120 Emer. feijão N-cob. Flor. Colh.
Emer. 1º ANF 2º ANF
CF Ex. II Ex. II Ex. II Ex. II Ex. II
Ex. II Ex. II Ex. II
105
40
Precipitação (mm dia -1)
Temperatura (oC)
90
75 30
60
20
45
30
10
15
0 0
01/12/2013
05/12/2013
09/12/2013
13/12/2013
17/12/2013
21/12/2013
25/12/2013
29/12/2013
02/01/2014
06/01/2014
10/01/2014
14/01/2014
18/01/2014
22/01/2014
26/01/2014
30/01/2014
03/02/2014
07/02/2014
11/02/2014
15/02/2014
19/02/2014
23/02/2014
27/02/2014
03/03/2014
07/03/2014
11/03/2014
15/03/2014
19/03/2014
23/03/2014
27/03/2014
31/03/2014
04/04/2014
08/04/2014
12/04/2014
16/04/2014
20/04/2014
24/04/2014
28/04/2014
02/05/2014
06/05/2014
10/05/2014
14/05/2014
18/05/2014
22/05/2014
26/05/2014
30/05/2014
03/06/2014
07/06/2014
11/06/2014
15/06/2014
19/06/2014
23/06/2014
27/06/2014
01/07/2014
05/07/2014
09/07/2014
13/07/2014
17/07/2014
21/07/2014
25/07/2014
29/07/2014
02/08/2014
06/08/2014
10/08/2014
14/08/2014
18/08/2014
22/08/2014
26/08/2014
30/08/2014
03/09/2014
07/09/2014
11/09/2014
15/09/2014
19/09/2014
23/09/2014
27/09/2014
01/10/2014
05/10/2014
09/10/2014
13/10/2014
17/10/2014
21/10/2014
25/10/2014
29/10/2014
Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro
A) Experimento I
O experimento I foi constituído por soqueira da U. humidicola cv.
Llanero instalada em 2011, em área de sequeiro. Foi utilizada esta área de soqueira em
razão desta cultivar apresentar maiores produtividades no segundo ano de cultivo.
No dia 29/09/2012 foi realizado o corte da forrageira para
uniformização da área a altura de 0,10 m e dia 11/11/2012 foi realizada adubação potássica
de cobertura na forrageira em área total, na dose de 90 kg ha-1 de K2O, utilizando a fonte
de cloreto de potássio. A realização da aplicação de N dos tratamentos pré-definidos foi 43
dias após o corte de uniformização (11/11/2012) e a aplicação do N na fase de pré-
emborrachamento foi realizada no dia 27/12/2012. As doses pré-determinadas para cada
parcela foram divididas em três porções e cada parte distribuída em um terço da área,
permitindo uma distribuição uniforme do fertilizante na área total da parcela, em razão da
área ser extensa (150 m2), sendo as aplicações de N na forrageira realizadas a lanço e
manualmente.
Após as sementes das forrageiras atingirem a sua maturidade
fisiológica e degrana no solo, foi realizada a ceifa das plantas com auxílio de uma
19
(a) (b)
(c) (d)
Figura 2. Processo de colheita das sementes: (a) varredura das sementes; (b) separação das
sementes do solo em conjunto de peneiras; (c) detalhe do conjunto de peneiras com as
sementes separadas; (d) área de cada parcela que foi amostrada.
em partículas de 5 cm, com auxilio de triturador mecânico (Figura 3). Para evitar que a
palhada de uma parcela contaminasse outra no momento da trituração, cada parcela foi
cercada com tela tipo “sombrite” 80%.
Na semeadura da cultura do feijão comum cv. IPR 139 em SSD, no
dia 01/04/2013, as sementes foram tratadas com o fungicida carboxin+tiram (60+60 g do
i.a por 100 kg de sementes) e com o inseticida fludioxonil+metalaxyl-M (7,55+3 g do i.a.
por 100 kg de semente). A semeadora foi regulada para distribuir 15 sementes viáveis por
metro de sulco, com espaçamento entre fileiras de 0,45m. Na adubação de semeadura foi
aplicado o fertilizante formulado N-P2O5-K2O 08-28-16, na dose de 280 kg ha-1. A
emergência das plantas de feijão ocorreu em 07/04/2013. Quando as plantas de feijão
encontravam-se com cinco folhas trifolioladas (10/05/2013), foi realizada a adubação
nitrogenada de cobertura a lanço e manualmente com as doses pré-determinadas. De
acordo com as recomendações técnicas (AMBROSANO et al., 1997), a adubação
nitrogenada deveria ter sido realizada no estádio V4 (terceira folha trifoliada totalmente
expandida), porém em razão da ausência de precipitações pluviométricas neste período
(10/04/2013), não foi possível realizar a adubação nesta fase.
(a) (b)
Figura 3. (a) Equipamento utilizado para triturar a palhada e (b) área com a palhada
triturada.
B) Experimentos II e III
Os experimentos II e III foram instalados em áreas diferentes,
porém próximas (50 m de distância) e com histórico e características dos solos parecidos, e
cultivados na safra 2010/11 e 2011/12 com milho para produção de grãos, em sistema
convencional de preparo do solo.
Para implantação dos experimentos, os solos de ambas as áreas
foram preparados convencionalmente com o uso de arado de discos (20/11/2013),
gradagem niveladora e rolo compactador adaptado para uniformização do solo
(17/12/2013), práticas estas utilizadas em campos de produção de sementes no primeiro
ano de cultivo.
Após o preparo do solo, a área do experimento II foi semeada com
U. brizantha cv. MG-5 (17/12/2013), no espaçamento de 0,90 m, utilizando 3 kg ha-1 de
sementes de certificadas de categoria C2. Simultaneamente foi realizada a adubação de
semeadura com 300 kg ha-1 do fertilizante formulado N-P2O5-K2O 04-30-10 e cuja
emergência ocorreu em 26/12/2013. O experimento III foi semeado com P. maximum cv.
Mombaça (17/01/2014), no espaçamento de 0,90 m, utilizando 2,5 kg ha-1 de sementes
certificadas de categoria C2. Também simultaneamente a semeadura, foram aplicados 300
kg ha-1 do fertilizante formulado 04-30-10. A emergência ocorreu em 26/01/2014.
Para o experimento II, as aplicações dos tratamentos pré-
determinados foram realizadas nos dias 27/01/2014, ou seja, 32 DAE (fase inicial) e
22/03/2014, na fase de pré-emborrachamento. Já no experimento III, a aplicação dos
tratamentos foram realizadas no dia 14/03/2014, ou seja, 47 DAE (fase inicial) e no dia
05/05/2014 na fase de pré-emborrachamento. Foram utilizados os mesmos procedimentos
de distribuição adotado no experimento I.
Foram necessárias aplicações de imazetapir (84,8 g ha-1 do i.a. ha-1)
para controle plantas daninhas monocotiledôneas incidentes as linhas das forrageiras
22
5.4. Avaliações
Todas as variáveis descritas a seguir, com exceção do item 5.4.1
(para o experimento III), foram avaliadas em todos os tratamentos dos três experimentos.
calcular a produtividade de sementes puras, em kg ha-1, corrigido para teor de água de 120
g kg-1.
descrita por Malavolta et al. (1997), para determinação dos teores de N, P, K, Ca, Mg, S,
Cu, Fe, Mn e Zn.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1. Experimento I
6.1.1. Produção e qualidade fisiológica das sementes das plantas
forrageiras
Tabela 4. Matéria seca da cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP, ano
agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1) ________________________________
kg ha-1 ________________________________
0-0 8.820b 7.510b 6.200 4.333 3.489 2.816
150-0 11.321a 8.952a 6.583 4.298 3.775 2.503
0-150 9.141b 7.256ab 5.371 3.673 2.594 1.800
100-50 9.980ab 7.949ab 5.919 4.355 3.121 2.099
50-100 9.991ab 7.898ab 5.805 4.067 3.547 2.580
DN (kg ha-1)
0 - - - - 3.440 2.743
50 - - - - 3.054 2.042
100 - - - - 3.426 2.365
150 - - - - 3.301 2.290
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 7,3 9,1 24,1 16,4 31,1 36,5
CVsubparcela (%) - - - - 29,9 35,2
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no
pré-emborrachamento (diferenciação floral)). (2)Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após
a primeira amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
32
Figura 4. Matéria seca da cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte
de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
similar do resíduo vegetal sobre o solo, que foi 33% em relação à quantia inicial da matéria
seca, no mesmo período de avaliação. A baixa redução do teor de N na cobertura vegetal
do presente estudo pode estar relacionada à alta ligação do N a lignina (GONÇALVES et
al., 2001), componente de carboidratos estruturais, que é resistente à decomposição
(FORTES, 2010; OLIVEIRA et al., 1999). Desta forma, apesar da redução da cobertura
vegetal (Tabela 4), o que evidencia a decomposição da palhada, o material persistente na
área durante as amostragens manteve o conteúdo de N.
sexta coleta de material (131 DAC). Esses resultados estão de acordo com o trabalho de
Fortes (2010), que observou redução no teor C de 18% na palhada de cana-de-açúcar, em
um período de 12 meses, não havendo resposta desta variável à aplicação de N na cultura.
De acordo com Cantarella (2007), à medida que o substrato é metabolizado pelos
microrganismos, o C orgânico é oxidado e liberado na forma de CO2 no processo
respiratório para gerar energia. Nesse contexto, essa atividade ocorre com maior
intensidade na interface solo-cobertura vegetal (SILVA et al., 2010), pequeno contato,
verificado sob áreas de sistema plantio direto (AMADO et al., 2003).
Tabela 6. Teor de C na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de formas
de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas
no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP, ano agrícola
2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(2) ____________________________________
g kg-1 ____________________________________
0-0 458,5 461,8 484,3 448,5 453,7 445,7
150-0 470,3 468,4 466,5 453,5 452,8 452,9
0-150 468,8 468,3 475,3 452,8 439,4 430,0
100-50 483,8 458,5 477,8 475,0 438,9 426,5
50-100 467,8 455,6 497,0 450,3 460,9 423,7
DN (kg ha-1)
0 - - - - 446,9 437,1
50 - - - - 445,2 429,6
100 - - - - 450,5 435,7
150 - - - - 454,0 434,3
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 2,6 2,4 4,8 5,3 5,2 4,9
CVsubparcela (%) - - - - 5,2 8,9
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no
pré-emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após
a primeira amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
Figura 6. Teor de C na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de formas
de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de
uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro
(a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das
plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo Anastácio-SP,
ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
liberação do teor de N contido na matéria seca, que reduziu 40% em relação ao teor inicial.
Já Fortes (2010), em trabalho com palhada remanescente da colheita de cana-de-açúcar,
observou em um prazo de 12 meses, redução de 63% e 75% do conteúdo inicial de matéria
seca, respectivamente, sem e com a adição de 40 a 120 kg ha-1 de N na cultura. Ele reporta
que estas respostas estão atribuídas a redução da relação C/N pela mineralização do C da
palha e pela adição de N no plantio, que favoreceu a atividade microbiológica do solo.
Tabela 7. Relação C/N na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Santo Anastácio-SP,
ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1)
0-0 83,5a 82,9a 82,2a 79,6a 65,2a 57,3a
150-0 58,0b 56,7b 55,3b 52,2b 48,6b 45,4b
0-150 42,1b 42,8c 43,5b 44,0b 41,4b 38,8bc
100-50 52,5b 53,7bc 54,9b 53,5b 47,1b 36,5c
50-100 52,4b 52,4bc 52,7b 55,2b 52,7ab 41,0bc
DN (kg ha-1)
0 - - - - 61,2 51,9
50 - - - - 45,8 40,0
100 - - - - 48,6 42,7
150 - - - - 48,4 40,6
(3) (4)
Regressão - - - -
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 17,8 10,6 11,0 10,1 23,1 16,1
CVsubparcela (%) - - - - 17,5 17,7
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no
pré-emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após
a primeira amostragem da cobertura vegetal. (3) y = 0,0015x2 - 0,2996x + 60,199 R² = 0,84*; (4)y = 0,001x2
- 0,2097x + 50,99 R² = 0,79*. ns: Não significativo.
Figura 7. Relação C/N na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte
de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
41
(Figura 9), permanecendo na forma iônica na planta (PRADO, 2013). Por ser um elemento
que não fica incorporado às cadeias carbônicas do material orgânico, após a senescência
das plantas, ele volta rapidamente ao solo com a água da chuva (FOLONI; ROSOLEM,
2008). Vários autores observaram rápida redução no teor de K do material vegetal após
precipitações hídricas (ROSOLEM et al., 2007; CRUSCIOL et al., 2008; FOLONI;
ROSOLEM, 2008; GAMA-RODRIGUES et al., 2008; COSTA et al., 2014).
vegetal era de apenas 12% da quantidade inicialmente acumulada. Sendo essa resposta
explicada pela decomposição do material vegetal (Tabela 4 e Figura 4) e pela rápida
redução dos teores de K no mesmo após a senescência das plantas (Tabela 4 e Figura 4),
conforme observado também por Rosolem et al. (2007), Crusciol et al. (2008), Foloni e
Rosolem (2008), Gama-Rodrigues et al. (2008) e Costa et al. (2014). Esses resultados
demonstram alta capacidade de reciclagem de K pela forrageira quando adubada com N
(191 kg ha-1, em média), liberando para o solo aproximadamente 176 kg ha-1 nos primeiros
48 DAC (Tabela 9 e Figura 9). Tal resultado ocorre em razão da capacidade que as raízes
das forrageiras tem em extrair K em maiores profundidades do solo, disponibilizando
posteriormente o nutriente quando essas são dessecadas para formação de palhada
(MENDONÇA et al., 2015).
Não houve efeito dos fatores estudados sobre os teores de Ca na
cobertura vegetal (Tabela 10). Na última coleta (131 DAC), os teores médios eram, em
média, 28% do teor inicial, indicando que a liberação de Ca dos tecidos foi mais rápido do
que a decomposição da palhada (Tabela 4 e Figura 4).
Houve interferência da aplicação de N na forrageira sobre o
acúmulo de Ca na matéria seca da cobertura vegetal na primeira coleta (Tabela 10 e Figura
10). O acúmulo de Ca foi maior no tratamento 150-0 kg ha-1 de N, em relação ao
tratamento 100-50 kg ha-1 de N e a testemunha. Não houve efeito das doses de N em
cobertura no feijoeiro sobre o acúmulo de Ca na matéria seca da cobertura vegetal. Nas
demais épocas de avaliação não foram observados efeito dos fatores estudados na
quantidade remanescente de Ca na cobertura vegetal. Da quantidade de Ca inicialmente
acumulada na palhada, apenas 6% (1,4 kg ha-1), em média, permanecia na última avaliação
(131 DAC), demonstrando liberação do Ca para o solo, da mesma forma observada para a
redução do teor deste nutriente na matéria seca (Tabela 10). Carpim et al. (2008) encontrou
23% Ca remanescente aos 151 dias após a dessecação do milho, sendo que esse resultado
estava relacionado à função do Ca no metabolismo vegetal, sendo um elemento que faz
parte da composição estrutural das células (TAIZ; ZEIGER, 2009) tendo assim maior
dificuldade de ser mineralizado e liberado para o solo. Santos et al. (2014), em trabalho
com consórcio de milho + U. ruziziensis, os autores observaram acúmulo de 63 kg ha-1 de
Ca, sendo disponibilizado um total de 48,6 ha-1 (77%) de Ca para o solo, entre a primeira
até a avaliação final, 220 dias após a dessecação da cobertura vegetal, que produziu 6,2 t
47
ha-1 de matéria seca, os autores salientam liberação gradativa deste nutriente durante os
períodos de avaliação.
Tabela 10. Teor e quantidade de Ca acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.
Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1) ________________________________
Teor de Ca, g kg -1 ________________________________
material vegetal. Costa et al. (2014) observaram, aos 91 dias após o manejo do consórcio
de crotalária + milheto, teor de Ca de 64% menor em relação ao teor inicial, não se
correlacionando com a degradação da palhada, em que restaram 34% do volume inicial no
mesmo período de avaliação. Entretanto, eles observaram que com a fragmentação desse
material com triturador mecânico, a porcentagem de Ca remanescente aos 91 dias foi de
50%, processo que contribuiu também para maior degradação da palhada (crotalária +
milheto) com 28% restante deste material, no mesmo período de avaliação. Os autores
atribuem essa reposta ao maior contato do material com o solo em razão da fragmentação,
acelerando a degradação e liberando mais facilmente nutrientes que estão associados a
componentes orgânicos do tecido vegetal, como é o caso do Ca. O que explica a mais
rápida liberação Ca no presente experimento, onde a palhada foi triturada após a colheita
das sementes. Bernardes et al. (2010) também observaram rápida liberação do Ca da
palhada de U. brizantha manejada com triturador de palha.
Não houve efeito das formas de aplicação de N na forrageira sobre
o teor de Mg na cobertura vegetal e, apenas na quinta coleta de material (97 DAC), a
aplicação de N em cobertura na cultura do feijão reduziu de forma linear o teor de Mg na
palhada (Tabela 11). Na sexta coleta de material (131 DAC) o teor de Mg era 35% do teor
inicial, na média para os tratamentos. Houve uma mais rápida liberação do Mg dos tecidos
vegetais nos primeiros dia de avaliação, visto que 48 DAC o teor de Mg era de 53% do
inicial. Crusciol et al (2008) observaram resposta similar em palha de aveia, com a redução
dos teores de Mg ajustadas de forma quadrática, com tendência de estabilização a partir
dos 35 dias após o manejo da aveia. De acordo com os autores esta resposta ocorreu,
devido a 70% do Mg atuar no vacúolo (MARSCHNER, 1995; TAIZ; ZEIGER, 2009),
assim, a maior parte do Mg é rapidamente liberada, uma vez que esta porção não faz parte
de constituintes celulares. O restante do Mg (30%) é liberado posteriormente de forma
gradual, pois faz parte de compostos estruturais (CRUSCIOL et al., 2008; BERNARDES
et al., 2010).
49
Figura 10. Quantidade de Ca na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-
150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o
corte de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Tabela 11. Teor e quantidade de Mg acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.
Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1) ________________________________
Teor de Mg, g kg-1 ________________________________
0-0 3,9 3,1 2,3 1,7 1,2 1,2
150-0 4,0 3,2 2,5 1,5 1,3 1,2
0-150 3,5 3,1 2,6 1,6 1,3 1,5
100-50 3,9 3,2 2,5 2,0 1,5 1,3
50-100 3,1 2,8 2,5 1,9 1,6 1,3
DN (kg ha-1)
0 - - - - 1,6 1,4
50 - - - - 1,4 1,3
100 - - - - 1,4 1,3
150 - - - - 1,3 1,3
(3)
Regressão - - - - ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 23,6 15,7 13,1 14,4 23,9 35,8
CVsubparcela (%) - - - - 20,8 25,2
______________________________ -1 ______________________________
MA Quantidade de Mg, kg ha
0-0 35,5 23,8 14,4 7,6 4,4 3,7
150-0 44,4 28,8 16,8 6,5 5,1 2,8
0-150 32,5 22,6 14,5 5,9 3,4 2,5
100-50 39,6 25,9 15,4 8,9 4,7 2,7
50-100 31,1 22,4 14,5 7,8 5,7 2,9
DN (kg ha-1)
0 - - - - 5,1 3,0
50 - - - - 5,2 2,5
100 - - - - 4,7 3,7
150 - - - - 3,7 2,6
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 24,3 18,7 30,4 28,7 32,8 29,6
CVsubparcela (%) - - - - 33,9 34,3
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a
primeira amostragem da cobertura vegetal. (3) y = -0,0014x + 1,522 R² = 0,63*; ns: Não significativo.* a 1%
de probabilidade pelo teste F.
51
Figura 11. Quantidade de Mg na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-
150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o
corte de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
se deve, provavelmente, ao fato das plantas terem sido manejadas antes da formação de
sementes. Em trabalho realizado por Crusciol et al. (2008), em palhada de aveia preta os
teores iniciais de S foi de 2,4 g kg-1 e aos 53 dias após o manejo da cobertura foi observado
46% do teor inicial de S.
Tabela 12. Teor e quantidade de S acumulada na cobertura vegetal (U. humidicola cv.
Llanero) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Santo Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
Época de amostragem
Tratamentos 12/02/13 15/03/13 01/04/13 10/05/13 31/05/13 02/07/13
(0)(2) (32) (48) (86) (97) (131)
MA(1) ________________________________
Teor de S, g kg-1 ________________________________
0-0 0,35 0,28 0,24 0,20 0,23 0,28
150-0 0,45 0,33 0,20 0,23 0,26 0,29
0-150 0,45 0,25 0,30 0,35 0,31 0,26
100-50 0,43 0,39 0,37 0,35 0,18 0,29
50-100 0,45 0,34 0,28 0,23 0,25 0,24
DN (kg ha-1)
0 - - - - 0,24 0,30
50 - - - - 0,20 0,28
100 - - - - 0,24 0,25
150 - - - - 0,27 0,24
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 31,7 21,3 38,3 32,0 38,6 40,7
CVsubparcela (%) - - - - 46,1 28,7
______________________________
MA Quantidade de S, kg ha-1 ______________________________
0-0 3,1 2,0 1,4 0,8 0,7 0,9
150-0 5,2 3,0 1,3 0,9 1,0 0,7
0-150 4,0 1,8 1,6 1,3 0,8 0,4
100-50 4,2 3,1 2,2 1,6 0,6 0,6
50-100 4,5 2,7 1,6 0,9 0,7 0,5
DN (kg ha-1)
0 - - - - 0,8 0,7
50 - - - - 0,7 0,5
100 - - - - 0,8 0,8
150 - - - - 0,7 0,5
Regressão - - - - ns ns
Interação MA x DN - - - - ns ns
CVparcela (%) 33,7 24,7 35,1 33,5 33,4 32,4
CVsubparcela (%) - - - - 40,4 36,1
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de uniformização e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a
primeira amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
53
Figura 12. Quantidade de S na cobertura vegetal (U. humidicola cv. Llanero) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte
de uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no
feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem.
Corte das plantas para colheita das sementes; trituração da palhada; semeadura do feijão;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Santo
Anastácio-SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
54
Tabela 13. Índice de relativo de clorofila (IRC), população de plantas, matéria seca, teor
de N, quantidade de N acumulada, na parte aérea do feijoeiro no estádio vegetativo V4 e
no estádio de florescimento (R6), em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Santo Anastácio-
SP, ano agrícola 2012/13 (Experimento I).
População
Tratamentos IRC Matéria seca Teor de N N acumulado
de plantas
plantas ha-1 g planta-1 g kg-1 kg ha-1
(1)
MA Estádio V4
0-0 23,0 275.553 1,0 33,8 10,1
150-0 23,9 285.275 1,2 35,7 12,3
0-150 25,3 276.941 1,1 34,3 10,5
100-50 25,2 298.469 1,3 33,6 13,5
50-100 24,3 286.664 1,2 35,6 13,2
CV (%) 21,1 14,9 15,6 6,1 18,8
MA(1) Estádio R6
0-0 25,1 191.257 5,8 29,8c 34,1
150-0 23,6 181.907 6,0 32,2ab 36,2
0-150 26,1 195.634 6,7 34,2ab 45,2
100-50 27,6 190.705 6,3 37,2a 44,9
50-100 28,7 195.390 6,3 34,2ab 42,1
DN (kg ha-1)
0 21,9 192.443 5,1 28,9 29,2
50 23,6 193.061 6,5 33,8 43,1
100 29,4 190.064 6,7 35,4 45,8
150 30,0 188.346 6,5 36,1 43,9
(2) (3) (4) (5)
Regressão ns
Interação MA x DN ns ns ns ns ns
CVparcela (%) 22,3 16,7 27,5 17,4 24,0
CVsubparcela (%) 13,1 10,7 15,7 10,9 21,7
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1)Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N aplicados na forrageira, respectivamente, aos 43 após o corte de
uniformização e no pré-emborrachamento (diferenciação floral)). (2) y = 0,0632x + 21.2446 R² = 0,96**;
(3)
y = -0,0002x2 + 0,0339x + 5,2069 R² = 0,98*; (4)y = 0,0465x + 30,087 R² = 0,85*; (5)y = -0,0016x2 +
0,3315x + 29,563 R² = 0,98*. ns: Não significativo. * e ** a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente,
pelo teste F.
Soratto et al. (2013) e Crusciol et al. (2007), observaram respostas da massa de 100 grãos,
à adubação nitrogenada.
6.2. Experimento II
Tabela 18. Matéria seca da cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas
de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas
no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano
agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) ________________________________
kg ha-1 ________________________________
0-0 12.646 11.534 9.789 9.100a
150-0 12.796 10.728 9.336 8.614a
0-150 11.411 9.991 8.577 7.288b
100-50 12.322 9.710 8.856 8.453ab
50-100 12.565 10.331 8.425 7.682b
DN (kg ha-1)
0 - - 8.574 9.048
50 - - 8.352 8.789
100 - - 8.269 8.643
150 - - 8.260 8.527
(3)
Regressão - - ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 24,8 15,0 8,6 9,8
CVsubparcela (%) - - 8,4 10,1
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. (3) y = -2,0517x + 8517,7 R² = 0,82*; ns: Não significativo.
67
Figura 13. Matéria seca da cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas
de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das sementes;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Tabela 19. Teor e quantidade de N acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-
5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de N, g kg -1 _____________________________
Figura 14. Quantidade de N na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
esta rápida decomposição a baixa relação C/N no material que foi de 19,6; em razão do
curto período de desenvolvimento, entre a semeadura até a dessecação (110 dias), pois de
acordo com Pires (2006), quando as forrageiras se desenvolvem até o florescimento, como
o caso do presente experimento, ocorre a redução do conteúdo de proteína e aumento do
teor de lignina, reduzindo assim sua decomposição.
Os teores de C na cobertura vegetal não apresentaram diferença
entre as formas de manejo de N aplicadas na forrageira, da mesma maneira para doses de
N aplicadas em cobertura no feijoeiro (Tabela 20 e Figura 15). Destaca-se que, conforme
também observado no experimento I, apesar de relativa diminuição da quantidade de
matéria seca da cobertura vegetal sobre o solo, devido à decomposição, o teor de C no
material remanescente não foi alterado pela aplicação de N ou pelo tempo decorrido desde
a colheita das sementes.
Tabela 20. Teor de C na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas
de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas
no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano
agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) ________________________________
g kg-1 ________________________________
0-0 445,3 459,3 453,8 446,3
150-0 454,8 449,8 452,5 430,9
0-150 453,3 439,0 451,3 432,3
100-50 450,8 448,5 455,9 431,8
50-100 451,5 462,8 460,3 434,6
DN (kg ha-1)
0 - - 457,1 440,3
50 - - 455,1 440,4
100 - - 450,9 431,6
150 - - 456,1 428,5
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 1,0 3,4 3,7 5,8
CVsubparcela (%) - - 3,1 5,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2)Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
72
Figura 15. Teor de C na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas de
manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das sementes;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Tabela 21. Relação C/N na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas
de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas
no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP, ano
agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1)
0-0 69,6a 69,2a 59,6a 66,7a
150-0 51,8b 52,0bc 46,1b 49,3b
0-150 50,2b 44,8c 45,3b 44,0b
100-50 50,9b 53,9bc 47,9b 48,4b
50-100 56,2b 64,3ab 49,6b 48,1b
DN (kg ha-1)
0 - - 56,4 56,0
50 - - 49,7 50,5
100 - - 45,2 51,2
150 - - 47,4 47,4
(3) (4)
Regressão - -
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 10,5 11,6 15,9 18,5
CVsubparcela (%) - - 15,7 17,8
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1)Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-
50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. (3) y = -0,0629x + 54,419 R² = 0,70*; (4)y = -0,0498x + 55,02 R² =
0,83*; ns: Não significativo.
explicado pelo fato de que, mesmo nos tratamento que recebera N na forrageira, a relação
C/N da palhada ainda era elevada (CANTARELLA, 2007).
Figura 16. Relação C/N da cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de formas
de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d: 150 kg de N ha-1),
em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das sementes;
adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Tabela 22. Teor e quantidade de P acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-
5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de P, g kg-1 _____________________________
0-0 1,3 1,0 0,9 0,8
150-0 1,3 0,9 0,9 0,8
0-150 1,2 0,9 0,9 0,9
100-50 1,3 1,0 1,0 1,0
50-100 1,3 0,8 0,8 0,8
DN (kg ha-1) - -
0 - - 0,9 0,9
50 - - 0,9 0,9
100 - - 0,9 0,8
150 - - 0,9 0,8
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 16,2 13,4 18,4 17,1
CVsubparcela (%) - - 12,2 21,6
MA(1) ___________________________
Quantidade de P, kg ha-1 ___________________________
0-0 16,7 11,1 9,2 7,4
150-0 16,8 9,0 8,3 7,0
0-150 15,1 8,8 7,6 6,3
100-50 16,6 9,8 8,7 7,5
50-100 16,7 8,8 7,7 6,6
DN (kg ha-1)
0 - - 8,3 7,3
50 - - 8,3 7,3
100 - - 8,0 6,5
150 - - 8,0 6,8
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 14,3 15,2 21,5 19,5
CVsubparcela (%) - - 15,6 26,0
Médias seguida de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (1) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
76
Figura 16. Quantidade de P na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
matéria seca ocorreu 108 dias após o corte das plantas, neste contexto os autores salientam
correlação positiva encontrada no trabalho entre a liberação de P e a taxa de decomposição
da matéria seca de U. brizantha.
Os teores de K também não foram influenciados pelas formas de
manejo de N na forrageira ou pelas doses de N em cobertura na cultura no feijoeiro (Tabela
23). Houve rápida redução dos teores de K, sendo que na segunda coleta (60 DAC) o teor
era de 7,7% do inicial, já na última amostragem (132 DAC), o teor de K em relação ao teor
inicial era de 5,1%, na média dos tratamentos, sendo esta resposta similar ao observado no
experimento I, no mesmo período de avaliação (Tabela 8). O K é rapidamente liberado, por
ser um elemento que não está associada com nenhum componente estrutural do tecido
vegetal, permanecendo na forma iônica nos tecidos (MARSCHNER, 1995), após a
senescência das plantas ele volta rapidamente ao solo com a água da chuva (FOLONI;
ROSOLEM, 2008).
A quantidade de K acumulada na cobertura vegetal também não foi
afetada pelos fatores estudados (Tabela 23 e Figura 17). O acúmulo médio inicial de K na
cobertura vegetal foi de 332 kg ha-1, ocorrendo uma rápida liberação desse nutriente para o
solo, pois já na segunda coleta (60 DAC), o conteúdo de K na palhada era de 6,8% em
relação ao acúmulo inicial. Vários trabalhos na literatura reportam a rápida liberação do
conteúdo de K da cobertura vegetal após a senescência das plantas (ROSOLEM et al.,
2007; CRUSCIOL et al., 2008; FOLONI; ROSOLEM, 2008; COSTA et al., 2014). Estes
resultados demonstram alta capacidade de reciclagem de K pela forrageira, liberando alta
quantidade de K (331 kg ha-1) para o solo. Tal resultado se explica pela capacidade das
raízes dessa forrageira em extrair K em maiores profundidades do solo, disponibilizando-o
posteriormente o nutriente quando as plantas forem dessecadas para formação de cobertura
vegetal (MENDONÇA et al., 2015).
78
Tabela 23. Teor e quantidade de K acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-
5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de K, g kg-1 _____________________________
0-0 27,4 2,4 1,5 1,4
150-0 28,3 1,8 1,3 1,3
0-150 26,4 1,9 1,5 1,5
100-50 26,6 1,9 1,5 1,5
50-100 27,7 2,8 1,2 1,2
Figura 17. Quantidade de K na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
rápida redução no teor deste nutriente da cobertura vegetal para o solo (Tabela 24). De
acordo com Costa et al. (2014) a fragmentação da cobertura vegetal com triturador
mecânico, promove maior contato do material com o solo, acelerando a degradação e
liberando mais facilmente os nutrientes que estão associados a componentes orgânicos do
tecido vegetal, como é o caso do Ca. O que explica a mais rápida liberação Ca no presente
experimento, onde a palhada foi triturada após a colheita das sementes. Bernardes et al.
(2010) também observaram rápida liberação do Ca da palhada de U. brizantha manejada
com triturador de palha.
Não houve efeito das formas de aplicação de N na forrageira, assim
como das doses de N aplicadas em cobertura no feijoeiro sobre os teores e quantidades de
Mg acumuladas na cobertura vegetal (Tabela 25 e Figura 19). Na última avaliação (132
DAC), restavam 24% do teor inicial de Mg, na média dos tratamentos. Da mesma forma
observada no experimento I, houve uma rápida liberação do Mg nos primeiros dia de
avaliação no presente experimento, sendo que na segunda avaliação (60 DAC) restavam
33% do conteúdo inicial de Mg, em relação ao acúmulo inicial. Essa rápida liberação do
Mg, ocorre em razão de 70% desse nutriente atuar no vacúolo, assim, a maior parte do Mg
é rapidamente liberada, uma vez que esta porção não faz parte de constituintes celulares
(MARSCHNER, 1995; TAIZ; ZEIGER, 2009). O restante do Mg (30%) é liberado
posteriormente de forma gradual, pois faz parte de compostos estruturais (CRUSCIOL et
al., 2008; BERNARDES et al., 2010).
81
Tabela 24. Teor e quantidade de Ca acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de Ca, g kg-1 _____________________________
0-0 6,9 2,6 1,7 1,3
150-0 6,0 1,9 1,8 1,3
0-150 6,9 2,1 1,6 1,2
100-50 6,7 2,3 2,2 1,4
50-100 6,9 2,7 2,2 1,4
DN (kg ha-1)
0 - - 1,9 1,4
50 - - 1,9 1,4
100 - - 1,9 1,3
150 - - 1,9 1,4
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 23,7 23,2 31,9 15,9
CVsubparcela (%) - - 24,0 19,6
MA(1) ___________________________
Quantidade de Ca, kg ha-1 ___________________________
0-0 87,1 30,4 17,2 12,4
150-0 76,1 20,1 17,2 11,7
0-150 79,0 22,2 14,3 10,1
100-50 81,3 21,5 20,1 12,8
50-100 89,9 27,9 19,1 10,8
DN (kg ha-1)
0 - - 18,4 11,9
50 - - 17,8 11,7
100 - - 17,2 10,6
150 - - 17,0 11,5
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 24,1 23,9 32,3 22,3
CVsubparcela (%) - - 26,2 22,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
82
Figura 18. Quantidade de Ca na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Tabela 25. Teor e quantidade de Mg acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv.
MG-5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira
(MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de Mg, g kg-1 _____________________________
0-0 5,8 1,8 1,6 1,5
150-0 5,8 1,9 1,5 1,4
0-150 5,9 1,8 1,5 1,6
100-50 6,8 2,0 1,6 1,6
50-100 6,5 2,2 1,6 1,5
DN (kg ha-1)
0 - - 1,7 1,6
50 - - 1,6 1,5
100 - - 1,5 1,5
150 - - 1,5 1,4
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 22,8 29,5 24,1 34,5
CVsubparcela (%) - - 22,0 33,2
MA(1) ___________________________
Quantidade de Mg, kg ha-1 ___________________________
0-0 65,4 20,8 16,0 13,8
150-0 74,1 19,7 14,6 12,3
0-150 66,9 18,3 13,6 12,0
100-50 83,2 19,0 14,5 13,6
50-100 84,4 23,2 13,7 11,7
DN (kg ha-1)
0 - - 16,6 14,2
50 - - 14,7 12,5
100 - - 13,4 12,0
150 - - 13,2 12,1
Regressão - -
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 21,2 26,5 28,6 33,8
CVsubparcela (%) - - 24,7 37,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
84
Figura 19. Quantidade de Mg na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
teores iniciais encontrados no presente experimento, que foi de 0,49 g kg-1 de S, na média
dos tratamentos. Em trabalho realizado por Crusciol et al. (2008) em palhada de aveia
preta, os teores iniciais de S foi de 2,4 g kg-1, aos 53 dias após o manejo da cobertura, foi
observado 46% do teor inicial de S.
Tabela 26. Teor e quantidade de S acumulada na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-
5) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA)
e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
Época de amostragem
Tratamentos 08/07/14 08/09/14 06/10/14 17/11/14
(0)(2) (60) (91) (132)
MA(1) _____________________________
Teor de S, g kg -1 _____________________________
Figura 20. Quantidade de S na cobertura vegetal (U. brizantha cv. MG-5) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas para colheita das
sementes; adubação nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão.
Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
87
Tabela 27. Índice de relativo de clorofila (IRC), população de plantas, matéria seca, teor
de N e quantidade de N acumulada na parte aérea do feijoeiro no estádio vegetativo V4 e
no estádio de florescimento (R6), em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente
Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento II).
População
Tratamentos IRC Matéria seca Teor de N N acumulado
de plantas
plantas ha-1 g planta-1 g kg-1 kg ha-1
(1)
MA Estádio V4
0-0 15,3 305.552 4,7 45,6 66,8
150-0 15,6 316.663 4,9 52,8 82,4
0-150 17,5 324.996 5,3 47,0 80,3
100-50 17,5 311.108 4,8 46,4 70,1
50-100 19,0 305.552 4,7 45,9 66,1
CV (%) 19,1 11,6 11,9 8,0 14,9
MA(1) Estádio R6
0-0 25,8 228.608 13,1 45,0 138,7
150-0 25,7 231.247 14,4 45,2 151,8
0-150 26,8 229.858 14,4 46,2 153,9
100-50 26,5 231.942 14,1 46,4 152,7
50-100 26,3 229.858 14,4 43,9 145,5
DN (kg ha-1)
0 20,5 233.331 11,8 43,8 121,3
50 25,3 228.886 14,5 45,9 152,3
100 27,7 231.108 14,9 46,3 160,7
150 30,8 231.108 15,1 45,6 159,8
(2) (3) (4)
Regressão ns ns
Interação MA x DN ns ns ns ns ns
CVparcela (%) 13,3 6,2 10,3 6,3 14,9
CVsubparcela (%) 14,3 6,8 15,0 8,2 19,2
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 32 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2)y = 0,0663x + 21,161 R² = 0,97** (3)y = -0,0002x2 + 0,058x + 11,935 R² = 0,97**; (4)y = -
0,0032x2 + 0,7276x + 121,95 R² = 0,99; ns: Não significativo. * e ** a 5 e 1% de probabilidade,
respectivamente, pelo teste F.
herdabilidade genética, que sofre pouca influência do ambiente. A massa de 100 grãos
(Tabela 29), não sofreu alteração em razão dos tratamentos empregados no presente
experimento, estando de acordo com os dados de Crusciol et al (2007) e Soratto et al.
(2013) que também não observaram resposta da massa de 100 grãos à adubação
nitrogenada.
A produtividade de grãos da cultura do feijão foi influenciada pela
aplicação de N na forrageira e doses de N em cobertura no feijoeiro (Tabela 29). Houve
aumento linear da produtividade de grãos com aplicação da adubação nitrogenada em
cobertura no feijoeiro, independentemente das formas de aplicação do N na gramínea
forrageira precedente, concordando com os dados obtidos por Alvez et al. (2005), Silveira
et al. (2005), Farinelli et al. (2006), Soratto et al. (2006), Teixeira et al. (2008), que
observaram aumento linear da produtividade em função adubação nitrogenada em
cobertura no feijoeiro, no sistema plantio direto. Contudo, de maneira geral, foram
observadas maiores produtividades de grãos do feijoeiro quando se aplicou parte da dose
de N na fase inicial e parte na fase de pré-emborrachamento (diferenciação floral) da
forrageira (100-50 e 50-100 kg ha-1 de N), o que está relacionado com os maiores teores de
N nas folhas diagnose (Tabela 28). Esses resultados podem ter ocorrido pela aplicação de
N na forrageira ter promovido, a pesar de pequena, liberação de N ao solo superior à
testemunha (Tabela 19). Outro fator que pode contribuído para maior produtividade com a
aplicação da adubação nitrogenada na forrageira, porém não foi avaliado no presente
experimento, é a produção do sistema radicular da forrageira com menor relação C/N, pois
de acordo com Silva et al. (2008) os sistema radicular de gramíneas a exemplo do milho
pode ser superior (C/N 58) a parte aérea da planta (C/N 51). Echer et al. (2012), avaliando
o crescimento inicial e a absorção de nutrientes pelo algodoeiro cultivado sobre resíduos de
planta inteira, parte aérea e raízes de U. ruziziensis, observaram menor crescimento e teor
de N na folha da cultura quando esta foi cultivada sobre o sistema radicular da U.
ruziziensis, atribuindo estas respostas à imobilização do N, promovida pelo sistema
radicular da U. ruziziensis. Entretanto, quando o algodoeiro foi cultivado sobre a parte
aérea da U. ruziziensis houve maior acúmulo de N e crescimento da planta, em razão da
maior liberação deste nutriente da parte aérea da U. ruziziensis para o solo.
No presente experimento, assim como no experimento I, a
adubação nitrogenada na forrageira reduziu a relação C/N (Tabela 21), mas alterou de
forma pouco expressiva a decomposição da cobertura vegetal (Tabela 18), o que pode não
94
Tabela 31. Matéria seca da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP,
ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) ________________________________
kg ha-1 ________________________________
0-0 7.856 5.908 4.436 2.562ab
150-0 8.797 6.508 4.466 2.849ab
0-150 8.524 5.725 4.596 3.001a
100-50 8.897 5.767 4.533 2.692ab
50-100 8.822 5.725 5.021 2.148b
DN (kg ha-1)
0 - - 4.897 2.870
50 - - 4.399 2.749
100 - - 4.645 2.658
150 - - 4.413 2.532
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 10,3 21,9 24,5 14,9
CVsubparcela (%) - - 26,8 19,7
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50 e
50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
Figura 21. Matéria seca da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Crusciol et al. (2008), que verificaram redução de 40% do teor de inicial de N, 53 dias
após dessecação da aveia preta.
A aplicação de N em cobertura no feijoeiro proporcionou aumento
de forma quadrática nos teores de N da cobertura vegetal, na terceira (64 DAC) e última
avaliação (113 DAC) (Tabela 32), com maiores teores observados para aplicações da dose
estimada de 95 e 76 kg ha-1 de N, respectivamente. Soratto (2011) também observou
aumento no teor de N na cobertura vegetal de U. brizantha mediante à aplicação de N em
cobertura na cultura do feijão cultivado em sistema de semeadura direta.
Com relação à quantidade de N acumulado na cobertura vegetal
houve efeito significativo da aplicação do N na forrageira (Tabela 32 e Figura 22). Na
primeira avaliação (0 DAC) as quantidades de N acumuladas foram maiores nos
tratamentos que receberam adubação nitrogenada na forrageira em comparação à
testemunha (0-0 kg ha-1 de N). Contudo, já na última avaliação (113 DAC) foi observado
maior quantidade de N nos tratamentos 0-150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N, em relação
ao tratamento 150-0 kg ha-1 de N, e a testemunha. Não houve resposta significativa do
acúmulo de N, para as doses de adubação nitrogenada aplicadas em cobertura no feijoeiro.
O acúmulo de N na cobertura foi de 81 kg ha-1 para a testemunha e,
média de 132 kg ha-1 nos tratamentos que receberam adubação nitrogenada na forrageira
(Tabela 32 e Figura 22). Considerando quantidade de N antes da aplicação da adubação
nitrogenada no feijoeiro (43 DAC), na testemunha foram liberados 20 kg ha-1 de N (25 %),
já nos tratamentos que receberam adubação nitrogenada na forrageira, foi liberado 52 kg
ha-1 de N (40 %) para o solo, através da degradação da palhada. Dessa forma, verifica-se
que a aplicação de N na forrageira, além de aumentar a quantidade de N acumulada na
palhada, também proporcionou maior liberação de N da mesma para o solo (Tabelas 32).
De maneira geral, na última amostragem (113 DAC) havia na
cobertura vegetal 26% do total de N acumulado em relação à quantidade inicial (0 DAC),
na média dos tratamentos (Tabela 32 e Figura 22). Com base nos resultados obtidos no
presente experimento e no experimento I, fica evidente que a liberação do N para o solo é
dependente da degradação da cobertura vegetal, em razão da alta ligação do N a lignina
(GONÇALVES et al., 2001), componente de carboidratos estruturais, que é resistente a
decomposição (FORTES, 2010; OLIVEIRA et al., 1999). Aos 100 dias de avaliação, Leite
et al. (2010) obtiveram redução de 48 e 50% da matéria seca da palhada de U. brizantha
99
cv. Marandú e do consórcio U. brizantha cv. Marandú e milheto, assim como diminuição
de 67 e 65% do N total, respectivamente, em estudo no cerrado maranhense.
Tabela 32. Teor e quantidade de N acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de N, g kg -1 _____________________________
Figura 22. Quantidade de N na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Tabela 33. Teor de C na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP,
ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) ________________________________
g kg-1 ________________________________
0-0 423,0 415,5 401,1 411,6
150-0 428,5 431,0 405,4 416,7
0-150 424,5 419,5 404,5 401,6
100-50 427,0 440,3 409,4 403,7
50-100 426,5 434,0 406,4 399,3
DN (kg ha-1)
0 - - 410,2 410,6
50 - - 401,8 405,5
100 - - 411,0 404,6
150 - - 398,6 405,6
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 1,3 2,6 6,2 5,4
CVsubparcela (%) - - 4,6 6,8
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. ns: Não significativo.
de N na cultura, respectivamente. Ele reporta que estas respostas estão atribuídas a redução
da relação C/N pela mineralização do C da palha e pela adição de N no plantio, que
favoreceu a atividade microbiológica do solo.
Em razão das plantas forrageiras no presente experimento não
terem se desenvolvidos até o estádio reprodutivo, a relação C/N (Tabela 34 e Figura 24),
foi expressivamente menor em comparação ao experimento II (Tabela 21 e Figura 16),
fator que contribuiu com a maior degradação da palhada no presente experimento (Tabela
31 e Figura 21) (AMADO et al., 2003; CANTARELLA, 2007).
Figura 23. Teor de C na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
103
Tabela 34. Relação C/N da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na forrageira (MA) e doses de N
aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de amostragem. Presidente Prudente-SP,
ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1)
0-0 41,1a 42,5a 30,3a 38,7a
150-0 30,7b 37,3ab 27,9a 35,1a
0-150 27,5b 29,2b 27,1a 29,6b
100-50 26,5b 32,0ab 27,0a 27,4b
50-100 29,5b 32,6ab 27,0a 28,4b
DN (kg ha-1)
0 - - 32,7 33,1
50 - - 26,9 31,3
100 - - 26,0 30,9
150 - - 25,8 32,2
(3)
Regressão - - ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 9,3 14,0 14,9 13,6
CVsubparcela (%) - - 12,3 12,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira amostragem da cobertura
vegetal. (3)y = -0,0435x + 31,098 R² = 0,73*; ns: Não significativo.
104
Figura 24. Relação C/N da cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, Ano Agrícola 2013/14 (Experimento III).
Tabela 35. Teor e quantidade de P acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de P, g kg-1 _____________________________
0-0 2,3 1,2 1,2 0,9
150-0 2,4 1,4 1,3 1,0
0-150 2,3 1,3 1,4 1,1
100-50 2,4 1,4 1,3 0,9
50-100 2,6 1,4 1,4 1,0
DN (kg ha-1)
0 - - 1,3 1,0
50 - - 1,2 0,9
100 - - 1,4 1,0
150 - - 1,3 1,0
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 12,9 23,4 24,6 21,7
CVsubparcela (%) - - 26,5 29,9
MA(1) ___________________________
Quantidade de P, kg ha-1 ___________________________
0-0 18,7 7,6 5,9 2,3
150-0 21,6 8,3 5,9 2,9
0-150 20,3 7,7 6,1 2,9
100-50 21,6 8,3 5,8 2,7
50-100 22,9 7,2 6,5 2,7
DN (kg ha-1)
0 - - 6,5 2,8
50 - - 5,5 2,9
100 - - 6,0 2,8
150 - - 6,2 2,6
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 15,9 30,4 33,2 26,1
CVsubparcela (%) - - 33,7 31,7
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
Figura 25. Quantidade de P na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
107
Tabela 36. Teor e quantidade de K acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de K, g kg-1 _____________________________
0-0 47,0 2,0 1,2 1,0
150-0 53,0 2,9 1,4 0,8
0-150 56,1 2,3 1,4 1,5
100-50 49,8 2,0 1,8 1,0
50-100 49,2 3,1 1,9 0,8
DN (kg ha-1)
0 - - 1,7 1,1
50 - - 1,6 0,8
100 - - 1,3 1,1
150 - - 1,6 0,9
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 15,0 29,6 37,1 32,6
CVsubparcela (%) - - 38,9 30,3
MA(1) ___________________________
Quantidade de K, kg ha-1 ___________________________
0-0 370,2 14,1 5,4 2,5
150-0 473,7 19,9 6,5 2,2
0-150 476,0 14,7 6,6 3,7
100-50 446,9 13,3 8,3 2,9
50-100 436,2 15,9 9,6 1,9
DN (kg ha-1)
0 - - 8,7 3,4
50 - - 7,2 2,5
100 - - 6,1 2,9
150 - - 7,2 2,5
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 20,0 34,3 28,8 33,2
CVsubparcela (%) - - 38,8 35,6
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
109
Figura 26. Quantidade de K na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
avaliação (113 DAC). Costa et al. (2014) observaram, aos 91 dias após o manejo do
consórcio de crotalária + milheto, teor de Ca de 64% menor em relação ao teor inicial, não
se correlacionando com a degradação da palhada, em que restaram 34% do volume inicial
no mesmo período de avaliação. Entretanto, eles observaram que com a fragmentação
desse material com triturador mecânico, a porcentagem de Ca remanescente aos 91 dias foi
de 50%, processo que contribuiu também para maior degradação da palhada (crotalária +
milheto) com 28% restante deste material, no mesmo período de avaliação. Os autores
atribuem essa reposta ao maior contato do material com o solo em razão da fragmentação,
acelerando a degradação e liberando mais facilmente nutrientes que estão associados a
componentes orgânicos do tecido vegetal, como é o caso do Ca. De forma similar ao
experimento I, a mais rápida liberação Ca no presente experimento, pode ser explicada em
razão de a palhada ter sido triturada após a colheita das sementes. Bernardes et al. (2010)
também observaram rápida liberação do Ca da palhada de U. brizantha manejada com
triturador de palha.
111
Tabela 37. Teor e quantidade de Ca acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de Ca, g kg-1 _____________________________
0-0 14,7 6,6 6,4 5,6
150-0 14,5 7,9 5,9 5,2
0-150 15,6 7,9 6,1 4,8
100-50 14,7 5,3 5,1 4,2
50-100 15,4 8,3 6,5 4,2
DN (kg ha-1)
0 - - 6,0 5,2
50 - - 6,2 4,7
100 - - 6,0 4,9
150 - - 5,7 4,5
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 12,8 11,9 31,4 40,1
CVsubparcela (%) - - 26,2 38,7
MA(1) ___________________________
Quantidade de Ca, kg ha-1 ___________________________
0-0 114,4 39,4 28,6 14,9
150-0 127,9 46,6 26,4 14,8
0-150 132,8 45,3 27,7 14,0
100-50 131,3 33,6 22,1 11,4
50-100 136,4 41,9 31,8 10,6
DN (kg ha-1)
0 - - 28,9 14,6
50 - - 27,5 13,7
100 - - 27,4 12,6
150 - - 25,4 11,7
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 16,7 16,4 31,2 37,9
CVsubparcela (%) - - 33,1 32,0
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
112
Figura 27. Quantidade de Ca na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-
150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Tabela 38. Teor e quantidade de Mg acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de Mg, g kg-1 _____________________________
0-0 7,8 2,8 2,7 2,3
150-0 7,2 2,6 2,4 2,0
0-150 8,9 2,4 2,3 2,3
100-50 8,2 2,1 2,1 1,8
50-100 8,7 3,4 2,3 2,5
DN (kg ha-1)
0 - - 2,6 2,2
50 - - 2,4 2,1
100 - - 2,2 2,3
150 - - 2,2 2,1
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 9,8 31,8 25,8 35,8
CVsubparcela (%) - - 28,8 22,3
MA(1) ___________________________
Quantidade de Mg, kg ha-1 ___________________________
0-0 61,3 17,1 12,0 6,1
150-0 63,7 17,5 10,8 5,9
0-150 75,8 14,2 10,8 7,0
100-50 73,7 12,4 9,2 5,0
50-100 76,8 17,4 11,1 6,3
DN (kg ha-1)
0 - - 12,5 6,2
50 - - 10,7 6,3
100 - - 10,2 6,2
150 - - 9,7 5,6
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 15,9 36,4 31,2 32,0
CVsubparcela (%) - - 36,6 34,1
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
114
Figura 28. Quantidade de Mg na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão
de formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-
150; 100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
115
Tabela 39. Teor e quantidade de S acumulada na cobertura vegetal (P. maximum cv.
Mombaça) em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada antecipada na
forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN), em diferentes épocas de
amostragem. Presidente Prudente-SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
Época de amostragem
Tratamentos 07/07/14 18/08/14 05/09/14 27/10/14
(0)(2) (43) (64) (113)
MA(1) _____________________________
Teor de S, g kg-1 _____________________________
0-0 0,65 0,63 0,57 0,48
150-0 0,68 0,65 0,64 0,48
0-150 0,76 0,77 0,62 0,42
100-50 0,85 0,75 0,61 0,46
50-100 0,73 0,70 0,68 0,49
DN (kg ha-1)
0 - - 0,64 0,49
50 - - 0,60 0,52
100 - - 0,60 0,41
150 - - 0,61 0,46
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 17,0 23,6 48,3 34,1
CVsubparcela (%) - - 44,1 45,0
MA(1) ___________________________
Quantidade de S, kg ha-1 ___________________________
0-0 5,1 3,6 2,6 1,2
150-0 5,9 4,4 2,8 1,4
0-150 6,4 4,4 3,1 1,3
100-50 7,6 4,3 2,7 1,3
50-100 6,4 3,5 3,1 1,4
DN (kg ha-1)
0 - - 3,1 1,3
50 - - 2,7 1,5
100 - - 2,7 1,1
150 - - 2,9 1,3
Regressão - - ns ns
Interação MA x DN - - ns ns
CVparcela (%) 21,6 26,6 38,3 39,3
CVsubparcela (%) - - 39,6 32,3
Médias seguidas de letras distintas na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a
5% probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento
(diferenciação floral)). (2) Valores entre parênteses indicam o tempo (em dias) após a primeira
amostragem da cobertura vegetal. ns: Não significativo.
117
Figura 29. Quantidade de S na cobertura vegetal (P. maximum cv. Mombaça) em razão de
formas de manejo da adubação nitrogenada na forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150;
100-50 e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-
emborrachamento (diferenciação floral)) e doses de N no feijoeiro (a: 0; b: 50; c: 100; d:
150 kg de N ha-1), em diferentes épocas de amostragem. Corte das plantas; adubação
nitrogenada no feijoeiro; florescimento do feijão; colheita do feijão. Presidente Prudente-
SP, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
118
Tabela 40. Índice de relativo de clorofila (IRC), população de plantas, matéria seca, teor
de N e quantidade de N acumulada na parte aérea do feijoeiro no estádio vegetativo V4 e
no estádio de florescimento (R6), em razão de formas de manejo de adubação nitrogenada
antecipada na forrageira (MA) e doses de N aplicadas no feijoeiro (DN). Presidente
Prudente, ano agrícola 2013/14 (Experimento III).
População
Tratamentos IRC MS Teor de N N acumulado
de plantas
plantas ha-1 g planta-1 g kg-1 kg ha-1
MA Estádio V4
0-0 18,1 253.775 3,5 48,1 42,5
150-0 18,4 266.664 3,6 49,1 48,3
0-150 19,6 249.998 3,6 48,6 44,6
100-50 18,4 252.775 3,7 48,1 44,6
50-100 18,4 266.664 3,8 48,6 49,1
CV (%) 12,9 9,2 7,9 3,8 9,3
MA Estádio R6
0-0 26,5 231.248 13,8 38,3b 122,3
150-0 26,7 235.414 14,2 39,5ab 134,8
0-150 27,7 229.859 13,7 40,7a 133,9
100-50 28,4 233.331 13,7 40,3ab 133,2
50-100 27,2 237.498 14,4 40,2ab 140,5
DN (kg ha-1)
0 26,1 229.442 13,5 37,3 115,3
50 26,6 236.664 14,7 39,8 137,9
100 27,8 226.664 14,5 40,3 132,1
150 28,2 241.109 14,5 41,8 146,4
(2) (3) (4) (5)
Regressão ns
Interação MA x DN ns ns ns ns ns
CVparcela (%) 10,9 10,2 27,9 4,1 23,9
CVsubparcela (%) 7,4 12,4 14,8 5,2 19,6
Médias seguidas de letras na coluna, dentro do fator MA, diferem entre si pelo teste Tukey a 5%
probabilidade. (1) Formas de manejo do N na gramínea forrageira (0-0 (testemunha); 150-0; 0-150; 100-50
e 50-100 kg ha-1 de N na forrageira, respectivamente, 47 DAE e no pré-emborrachamento (diferenciação
floral)). (2) y = 0,015x + 26,093 R² = 0,96*; (3)y = -0,0001x2 + 0,0237x + 13,599 R² = 0,84*; (4) y =
0,0278x + 37,754 R² = 0,93*; (5)y = 0,1751x + 119,84 R² = 0,74**. ns: Não significativo. * e ** a 5 e 1%
de probabilidade, respectivamente, pelo teste F.
I e II, outro fator que pode ter contribuído para maiores produtividades de grãos, com a
adubação nitrogenada na forrageira, pode estar relacionada à produção sistema radicular
com menor relação C/N, pois de acordo com Silva et al. (2008) os sistema radicular de
gramíneas a exemplo do milho pode ser superior (C/N 58) a parte aérea da planta (C/N 51).
Echer et al. (2012) avaliando crescimento inicial do algodoeiro e absorção de nutrientes
cultivada sobre resíduos de planta inteira, parte aérea e raiz de U. ruziziensis, os autores
observaram menor crescimento e teor de N na folha da cultura, quando esta foi cultivada
sobre o sistema radicular da U. ruziziensis, atribuindo estas respostas a imobilização do N
promovida pelos sistema radicular da U. ruziziensis. Em complemento a este trabalho de
Echer et al (2012), Rosolem et al. (2012) avaliaram cultivo de algodoeiro em vaso, sem
resíduo (somente o solo), resíduos vegetais de U. ruziziensis planta inteira (parte aérea e
raiz) e resíduos de raiz U. ruziziensis, em interação com adubação nitrogenada, e
concluíram que a presença de raízes de U. ruziziensis, que possui baixa taxa de
decomposição, alto conteúdo de suberina/lignina e elevada relação C/N, promoveu a
imobilização temporária do N no solo e, consequentemente, repercutiu em menor absorção
de N e produção de matéria seca pela planta de algodão. Entretanto, os autores salientam a
importância da adubação nitrogenada via fertilizante para amenizar a imobilização do N no
estádio inicial de desenvolvimento da cultura, quando esta é cultivada em sucessão a
gramíneas forrageiras.
No presente experimento, a adubação nitrogenada na forrageira
reduziu a relação C/N (Tabela 34), mas alterou de forma pouco expressiva a decomposição
da cobertura vegetal (Tabela 31), o que pode não tem interferido de forma importante na
imobilização do N pela matéria seca da cobertura vegetal. O sistema radicular tem uma
maior superfície de contato do material vegetal com o solo e a presença constante de
umidade nestas condições, o que resulta no favorecimento da ação biológica e a
decomposição mais acelerada do material vegetal (CARVALHO et al., 2008). Com
sistema radicular no solo de alta relação C/N, ocorre a imobilização temporária do N pela
massa microbiana do solo, que é a transformação do N inorgânico em orgânico, processo
realizado por microrganismos que incorporam o N inorgânico disponível no solo às suas
células, ao morrerem, o N assimilado pode voltar a ser mineralizado (CANTARELLA,
2007). Neste contexto a prática de adubação nitrogenada na forrageira, produz sistema
radicular com menor relação C/N reduzindo o processo de imobilização do N no solo
(SOUZA; MELO, 2000; SORATTO, 2011), somada a maior deposição de N no sistema,
126
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
forrageira. Além disso, o reduzido contato da palhada com o solo pode ter contribuído para
minimizar os efeitos das variações na relação C/N na decomposição da cobertura vegetal.
A adubação nitrogenada na forrageira promoveu incremento na
produtividade de feijão, independentemente da forma de manejo. Esse efeito esta
relacionado, principalmente, ao aumento da oferta de N ao sistema palhada-solo, tanto por
aumentar a liberação de N da cobertura vegetal na fase vegetativa o feijoeiro, quanto por,
provavelmente, promover sistema radicular das forrageiras com menor relação C/N.
Entretanto, independentemente da adubação nitrogenada na forrageira, a produtividade de
grão da cultura do feijão foi incrementada pela aplicação de N em cobertura, indicando que
o feijoeiro de alto potencial produtivo cultivado em sucessão a gramíneas forrageiras
cultivadas para produção de sementes é dependente de adubação nitrogenada.
129
8. CONCLUSÕES
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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