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Introdução à Pediatria e Puericultura

O documento aborda a importância da pediatria e da assistência de enfermagem na saúde da criança, destacando a evolução da especialidade e suas práticas. Apresenta os períodos de desenvolvimento infantil, a puericultura e os principais problemas de saúde enfrentados pelas crianças em Angola, como malária, febre tifoide e sarampo. Também enfatiza a necessidade de cuidados de enfermagem e a importância do acompanhamento integral da saúde infantil.

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Introdução à Pediatria e Puericultura

O documento aborda a importância da pediatria e da assistência de enfermagem na saúde da criança, destacando a evolução da especialidade e suas práticas. Apresenta os períodos de desenvolvimento infantil, a puericultura e os principais problemas de saúde enfrentados pelas crianças em Angola, como malária, febre tifoide e sarampo. Também enfatiza a necessidade de cuidados de enfermagem e a importância do acompanhamento integral da saúde infantil.

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Aula-1

Unidade I:
Tema: Apresentação da Disciplina
Subtema: Introdução à AESCr

O cuidado da criança constitui uma preocupação para os enfermeiros e todos os outros


profissionais de saúde. Deste modo, houve a necessidade de se fazer um estudo direcionado e
separado de outras especialidades.

Assim sendo, surgiu a Pediatria, palavra proveniente do Grego que significa:

paidos-criança ou menino e iatreia-cura ou tratamento


Pediatria: É a especialidade médica encarregada de restabelecer a saúde do menino doente. Na
atualidade, a pediatria refere-se à medicina da idade infantil em seu conjunto. Tendo como
limites o período pré-natal e o pós-puberal, tanto em sua vertente física, psicológica e social.

Assistência de Enfermagem em Saúde da Criança: É a ciência que trata dos aspectos


relacionados com o seguimento da criança, pautando na promoção, proteção e recuperação do
menino. O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da avaliação integral à
saúde da criança.

Objetivo da disciplina
Dotar o estudante de conhecimentos teóricos e práticos, para o desenvolvimento de
habilidades e competências técnicas, com vista a melhorar a qualidade de assistência de
enfermagem à saúde da criança.

Atividade do Profissional de Enfermagem em Pediatria


O Enfermeiro deve exercer as suas atividades tendo em conta o triângulo pediátrico(menino,
Família e Equipe de Saúde), através do processo de atenção de enfermagem-PAE.
O profissional, presta cuidados dirigidos ao menino e família para favorecer o equilíbrio das
necessidades básicas durante o ingresso (entrada ao hospital ou internamento), com o objetivo de
restabelecer sua saúde o mais rápido possível para evitar consequências negativas.
Triângulo pediátrico
Menino
Profissional de saúde
Pais

Dados históricos relacionados à pediatria


1 de Junho de 1950- dia mundial da criança
16 de Junho 1991-Dia internacional da Criança Africana
27 de julho de 1910- dia dos pediatra .
Em 1880, foi criado o termo pediatria.
A pediatria surgiu como especialidade no final do século XIX, devido ao elevado índice de
mortalidade infantil.
Abraham Jacobi é tido como o Pai da pediatria

Aula-2
Unidade I
Sumário: Períodos de idades pediátricas

Considera-se que as idades pediátricas, transcorrem desde o momento da concepção até aos 19
anos de idade.
A classificação mais usada é a que divide os períodos pediátricos em 3 etapas:
Intrauterina ou pré-natal
Primeiro Trimestre ou período embrionário
Segundo trimestre ou período fetal precoce
Terceiro trimestre ou período fetal tardio

Parto ou Nascimento

Extrauterina ou pós-natal
Recém- nascido (desde o nascimento até aos 28 dias): caracteriza-se por imaturidade
orgânica morfológica e funcional. ou seja, é o período de adaptação ao meio extra
uterino.

Latente ( 29 dias à 1 ano de idade): É o período de crescimento e desenvolvimento


acelerado que requer um aporte suficiente de nutrientes.
Transacional (de 1 à 2 anos de idade): Nesta etapa, a criança adquire maiores habilidades
motoras e de linguagem, tendo em conta, alguma maturação do S. Nervoso Central.
Pré- escolar (2 aos 5 anos de idade): É a etapa básica para a formação de hábitos e
costumes, que se manifestam durante outras etapas.
Escolar (5 a 10 anos de idade): Caracteriza-se por ser a etapa de aumento das atividades
recreativas e de aprendizagem.
Adolescente ( 10 a 19 anos de idade): A sua principal característica é a maturação
orgânica e funcional sexual.

Aula-3
Unidade I
Sumário: Puericultura
As consultas pediátricas são bases do exercício da pediatria. Elas estudam e protegem o
indivíduo, oferecendo condições plenas para crescer e desenvolver, de acordo com o seu
potencial biológico, do nascimento até o final da adolescência.

A Puericultura, é a área de saúde ou subespecialidade pediátrica, que se dedica ao estudo e


acompanhamento do cuidado da criança e adolescente, durante o seu crescimento e
desenvolvimento.

Por meio dela, acompanha-se integralmente a criança, desde o desenvolvimento e crescimento


embrionário até ao final da adolescência.

OBJETIVOS DA PUERICULTURA

Evitar mortalidades maternas e gestacionais


Conceder atenção integral à criança e adolescente
Avaliar as características envolvidas no crescimento e o desenvolvimento
Identificar precocemente os possíveis problemas de saúde
Orientar os pais em relação ao aleitamento materno ( exclusivo )
Orientar sobre medidas para prevenir acidentes de acordo a faixa etária
Orientar sobre o acompanhamento regular do calendário básico de vacinação

CLASSIFICAÇÃO OU ETAPAS

Puericultura pré-natal – é a etapa destinada ao acompanhamento integral à gestante.


Realiza-se durante a gravidez, a partir da 12 à 13 semana de idade gestacional.
Puericultura pós-natal -é o seguimento ou consulta que se realiza após o nascimento da
criança.

ACTIVIDADES REALIZADAS PELOS ENFERMEIROS EM PUERICULTURA


Anamnese feita à mãe
Avaliação integral da criança
Educação para a saúde (individual ou em grupo)
Pesagem do Bebê
Vacinação do Bebê
Atenção ao Recém-nascido

Características normais:

Considera-se recém-nascido normal quando nasci entre 37-42 semanas de período


gestacional;
O peso normal do recém-normal está entre 3200-3500 g;
A altura média é de 50cm;
A circunferência cefálica é de 32-34 cm;
A pele é de cor mais ou menos rosada;
Apresenta uma face edematosa;
Estão presentes os reflexos básicos, como: respiração, deglutição e sucção.

Características de alto risco e os seus fatores determinantes:

Considera-se neonato de alto risco, ao que nasci fora dos limites normais ou ainda o que
apresenta ou está exposto a situações em que há maior risco de evolução desfavorável,
resultantes de enfermidades maternas, placentárias, fetais ou mesmo interligadas com problemas
decorrentes do parto.

Os fatores determinantes são :

Recém nascido pré-termo (nasce antes das 37 semanas)


Pós-termo (nasce depois das 42 semanas);
Baixo peso a nascer (abaixo de 2500 g/ ou 2,5 kg);
Macrossomia fetal (peso igual ou superior à 4000 g ou 4 kg);
Crescimento Intra Uterino Retardado-CIUR;
Ruptura Prematura da Membrana-RPM;
Enfermidades Maternas Gestacionais;
O uso de drogas durante a gestação;
Asfixia perinatal;
Traumatismos a nascer;
Apresentações fetais anormais;
Má formação congênita.

Aula-4
Unidade I
Tema: Situação de saúde da Criança em Angola
Subtema: Os principais problemas de saúde
-Malária ou Paludismo

Os estudos realizados em Angola pelo Instituto Nacional de Estatísticas, desde 1994 até a
presente data, apresentam resultados nada satisfatórios, sobre a prevalência de doenças como
malária ou Paludismo, doenças diarreicas, sarampo, febre tifoide e má nutrição, como sendo
aquelas que mais vitimam crianças e adolescentes.
PALUDISMO OU MALÁRIA-É uma enfermidade infecciosa causada pela picada do mosquito
Anophylis (fêmea), previamente infectado pelo plasmódio.
Existem mais de 100 espécies de plasmódio. Porém, destes, foram comprovados 4 capazes de
infectar o homem com maiores probabilidades e frequência, tais como:
Plasmódio Falciparum
Plasmódio Malarie
Plasmódio Vivax
Plasmódio Ovale
Diagnóstico
Para que a pessoa seja tida como doente, o Plasmódio deve ser encontrado no sangue.
Habitualmente, são realizados “Testes de diagnósticos rápidos (TDR)” e “Pesquisa de Plasmódio
(PP)”.
Quadro clínico
Febre, cefaleia(dor de cabeça), artralgia e mialgia (dor articular e muscular), anorexia (perda do
apetite), astenia (fraqueza ou cansaço) e sudoração.
Em crianças menores de 5 anos, predominam-se os sintomas gástricos e intestinais, como o caso
de vômitos, gastrolgia (dores de estômago) e diarreias.
Transmissão
Não acontece de forma direta, de pessoa para pessoa.
Outras formas de transmissão, podem ocorrer por: transfusão sanguínea, uso de seringas
contaminadas, e transmissão congênita(da mãe para o feto).
Classificação
Malária simples
Malária complicada ou cerebral (apresenta como quadro clínico, a confusão mental,
convulsões ou coma).
Complicações
A doença tende a evoluir por falta ou mau seguimento do tratamento. Assim sendo, o quadro
clínico piora. Dentre as quais, destacamos a Malária cerebral, a anemia, a insuficiência renal e
hepática, o edema pulmonar e a hipoglicemia.
Tratamento
É feito com antimaláricos de acordo a gravidade ou estado do paciente.
Para casos leves, são usados fármacos orais e para os casos graves, são usados os fármacos de
aplicação intravenosa e intramuscular.
Cuidados de Enfermagem
Orientar os pais sobre o uso do mosquiteiro durante o período de sono.
Usar roupas claras e compridas ao entardecer.
Melhorar a higiene ambiental: eliminar o lixo, capim e águas paradas.
Orientar os pais sobre a importância do cumprimento estrito do tratamento
farmacológico.
Orientar os pais sobre o perigo da auto medicação.

Aula-5
Unidade I
Sumário: FEBRE TIFOIDE
Febre tifoide-é uma enfermidade infecciosa de intensidade variável, causada pela bactéria da
família enterobactérias, conhecida por salmonella typhi.
Esta doença, apresenta gravidade variável e está relacionada às condições do saneamento básico
de uma comunidade e aos hábitos de higiene de cada indivíduo ou família.
Diagnóstico
São realizados exames laboratoriais de sangue, urina, fezes, aspiração ou punção medular, para a
confirmação a da doença.
Quadro clínico
O período de incubação é, em geral, de 5 a 21 dias. A manifestação pode variar de acordo a idade
pediátrica. Entretanto, geralmente os doentes apresentam os seguintes sinais e sintomas:
Vômitos
Diarreia
distensão abdominal
hipertermia variável (pode atingir 40°C desencadeando convulsões, sobretudo em recém-
nascidos)
Hepatomegalia
Icterícia
Anorexia
Obstipação (dificuldade para esvaziar o intestino).
Modo de transmissão
Inicialmente, as baratas e moscas, são os portadores que transportam micro-organismos da
doença, e acabam por contaminar os alimentos e águas que consumimos.
A transmissão acontece de duas maneiras:
Pela forma direta: contato com as mãos do doente ou portador;
Pela forma indireta: Através da ingestão de alimentos ou águas contaminadas pela
bactéria salmonella typhi, presentes em fezes, urinas ou em vômitos de pessoas
previamente contaminados.
Complicações
Peritonite
Perfuração intestinal
Sangramentos digestivos baixos
Tratamento
O paciente deve ser tratado em nível ambulatório, basicamente com antibióticos e reidratação.
Em casos excepcionais, é preciso internação para a hidratação e administração venosa de
antibióticos.
Cuidados de enfermagem
Medir sinais vitais, enfatizando a temperatura.
Proibir o uso de medicamentos sem orientações
Dar educação para a saúde, ensinando sobre medidas para evitar a infecção, tais como:
Consumir água tratada (água clorada com 2 gotas para cada litro com hipocloreto de
sódio ou água fervida).
Lavar as mãos regulamente antes, durante e após a preparação dos alimentos, após o
manuseio de objetos sujos, após tocar em animais , após o uso da casa de banho, após a
troca de fraldas e antes da amamentação.
Evitar o consumo de alimentos crus, mal cozidos ou assados.
Manter os alimentos fora do alcance dos insetos e nunca consumir depois de várias horas
deixadas à temperatura ambiente.
Manter a casa limpa e usar métodos para a eliminação de insetos

Aula-6
Unidade I
Sumário: Sarampo
Sarampo-é uma enfermidade infectocontagiosa, causada por um vírus da família
paramixoviridae do gênero morbilivirus.
Diagnóstico
Para a confirmação, o diagnóstico é feito de duas maneiras:
Avaliação Clínica
Exames serológicos ( o mais eficaz por ser laboratorial)
Quando clínico
O comportamento da doença pode variar em cada organismo. No entanto, o período de
incubação varia de 7 a 14 dias.
Depois desse período, aparecem sintomas característicos, como:
Tosse
Febre
Coriza (inflação das mucosas nazais) ou corrimento nasal
Conjuntivite
Enantema ou manchas de Koplik (erupções cutâneas no interior da boca)
Exantema (Erupção cutâneas exteriores)
Modo de transmissão
A transmissibilidade ocorre de forma direta (pessoa para pessoa), através do contacto com
fluídos da tosse, do espirro ou da fala, expelidos pelos nariz ou boca, secreções contaminadas
pelo vírus.
O início do período de transmissão, varia de 4 dias antes a 4 dias após o início do exantema.
Complicações
Pneumonia
Encefalite
Doenças diarreicas
Tratamento
Não existe um tratamento específico. Contudo, são oferecidos cuidados de suporte em função
dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Em crianças, a vitamina A tem sido eficaz,
impedindo o aparecimento de complicações visuais ou respiratórias.
Medidas preventivas
Vacinação
Evitar ajuntamento com pessoas infectadas em lugares fechados
Cuidados de enfermagem
Utilizar medidas farmacológicas e não só em caso de febre.
Orientar a família sobre a importância de um ambiente residencial arejado.
Restringir visitas de pessoas que nunca estiveram infectados pelo vírus, principalmente as
imunocomprometidas e gestantes.
Durante o período de infecção, promover o repouso, ingestão de líquidos e nutrientes
Orientar os pais sobre a importância de restringir a criança infectada, de frequentar a
escola ou lugares de maior afluência, depois de 9 dias após o aparecimento dos primeiros
sintomas.

Unidade I: Apresentação da Disciplina

1.7 Caderno de Saúde Materno-Infantil

O caderno de saúde Materno infantil (CSMI), divulgados no Mundo inteiro pela OMS, é um
instrumento de registo das informações sobre a gravidez, o parto, o crescimento da criança, a
vacinação e outros aspetos importantes para o seguimento da criança.
Os cadernos de saúde Materno infantil são de caráter muito importante: eles ajudam as mães a
sobre as necessidades nutricionais da criança, cuidados a se ter em conta, além de ajudar o
Técnico de Saúde a entender melhor os problemas da criança e da família.

*Orientação metodológico-pedagógica: O professor deverá ministrar aulas teórico-práticas sobre


preenchimento e interpretação do CSMI (com documentos impressos e distribuídos
individualmente), orientar trabalhos individuais ou grupais, a fim de desenvolver as capacidades
de interpretação e preenchimento do mesmo aos alunos.

Unidade II: Crescimento e Desenvolvimento da Criança e Adolescente

2.1 Anatomia e fisiologia da criança adolescente

Todas estas mudanças são fisiológicas e proporcionam ao adolescente uma sequência de


aprendizagens que preparam tanto seu corpo como seu psiquismo para a vida adulto.

Na configuração geral do corpo da criança ocorrem mudanças de peso, altura, perímetros


cefálico e torácico, modificações no índice de massa corporal, entre outros aspetos.

2.2 Desenvolvimento e crescimento da criança e adolescente

Desenvolvimento: implica a diferenciação celular com aquisição de novas funções, é um


elemento fundamentalmente fisiológico e é um processo qualitativo.

Crescimento: se concreta ao aumento do número de células (Hiperplasia) ou do tamanho delas


(Hipertrofia). É o aumento das dimensões do corpo humano.

2.2.1 Fatores do desenvolvimento e crescimento


De forma geral, o crescimento e o desenvolvimento dependem de certo número de fatores
intrínsecos (endógenos – que nascem com o indivíduo) e extrínsecos (exógenos – que o
indivíduo vai adquirindo do meio envolvente).
Fatores endógenos
Fatores genéticos
Fatores neuro-hormonais
Fatores metabólicos
Fatores específicos do crescimento

Fatores exógenos
Nutrição
Clima e estação
Fatores Psicológicos
Fatores Económico-sociais

Períodos da idade pediátrica


Etapa extrauterina ou período pós-natal contém os seguintes períodos:
Recém-nascido: menos de 30 dias
Lactente: 1 mês a um ano
Idade temprana: 1 a 3 anos
Pré-escolar: 3 a 6 anos.
Escolar: fêmea 6 a 10 ano
Adolescência: 10 a 20 anos (Obs: esta por sua vez pode ser precoce – 10 a 12 anos; média
– 12 a 16 anos; e tardia – 16 a 20 anos)

Medidas antropométricas básicas


A antropometria estuda as medidas de tamanho e proporções do corpo humano. As medidas
antropométricas tais como peso, altura, circunferência de cintura e circunferência de quadril são
utilizadas para o diagnóstico do estado nutricional (desnutrição, excesso de peso e obesidade) e
avaliação dos riscos para algumas doenças (diabetes melitos, doenças do coração e hipertensão)
em crianças, adultos, gestantes e idosos.

Peso
Nesta medida é especialmente importante que os meninos pequenos se pesem nus e os
majores com roupa interior mínima, sempre desprovidos de calçado.
Deve-se verificar que o instrumento esteja no fiel antes de cada pesada e que o sujeito se
encontre no centro da plataforma sem tocar em nenhuma parte; idealmente o peso deve se tomar
depois de um mínimo de 3 horas da última comida e sempre que for possível deve evacuá-la
bexiga previamente.

Valores do peso ao nascer


Peso normal do R-N De 3300-3500g
Baixo peso Menor de 2500g
Sobrepeso Maior de 4000g

Aumento do peso corporal segundo idade


No Primeiro Semestre (1-6 meses) Em um dia – aumenta 28,3g
Em uma semana – aumenta 230g
Em 15 dias – aumenta 460g
Em um mês – aumenta 920g
No Segundo Semestre (7-12 meses) Em um dia – aumenta 15g
Em uma semana – aumenta 115g
Em 15 dias – aumenta 230g
Em um mês – aumenta 460g

Altura
É a distância que medeia entre a parte mais alta da cabeça e a planta dos pés. Se se medir em
posição ereta se fala de estatura e, se deitado, se fala de longitude.
Os meninos menores de dois anos se medem descalços, em posição deitada e colocando-
os sobre um infantómetro.
Os majores de dois anos se medem de pé, podendo empregar-se para isso um altímetro;
em sua ausência bastaria colocando uma cinta métrica ou uma vara graduada sobre a superfície
da parede e perpendicular ao piso.
A altura normal de um recém-nascido é de 50cm ±2 (48-52cm)
O aumento na altura se realiza da seguinte forma:
Período Altura a aumentar
1º Trimestre +9cm
2º Trimestre +7cm
3º Trimestre +5cm
4º Trimestre +3cm
Durante o primeiro ano, a criança aumenta a sua longitude em 24cm
No segundo ano de vida crescerá como médio 12cm
No terceiro ano crescerá 8cm, igual a no quarto ano
Mas depois dos 4 anos o incremento é de 5 a 6 cm por ano até aproximadamente os 12
anos nas meninas e os 13 ou 14 anos nos rapazes que ocorre o estirão da puberdade no que pode
alcançar em um ano um incremento de 9cm nas meninas e 10cm nos rapazes.

Circunferência cefálica
Esta medida se toma com uma cinta métrica; para isso se manterá a cabeça no plano do
Frankfort e se buscará o valor da circunferência máxima colocando a cinta sobre os arcos
superciliares e a protuberância occipital externa, o suficientemente tenso para comprimir os
cabelos contra o crânio.
Valores da circunferência cefálica
Ao nascer 34cm
No Primeiro Semestre 1-1,5cm por mês
Aos 6 meses 43cm
No Segundo Semestre 0,5cm por mês
A 1 ano 46-47cm
Aos 3 anos 48cm
Aos 5 anos 50cm
Aos 15 anos 55cm

Obs: a Circunferência Torácica é 2cm a menos que a circunferência cefálica.


Desenvolvimento dentário
Existem duas dentições:
Transitiva ou de leite: que aparece ente os 6 meses e os 2 anos.
Permanente ou segunda dentição: que começa entre os 6 e os 13 anos.

Ordem de aparição da dentição transitiva


Incisivos centrais inferiores Aos 6 meses
Incisivos centrais superiores Aos 7 meses
Incisivos laterais inferiores Aos 7 meses
Incisivos laterais superiores Aos 9 meses
Caninos inferiores Aos 16 meses
Caninos superiores Aos 18 meses
Primeiros pré-molares inferiores Aos 12 meses
Primeiros pré-molares superiores Aos 14 meses
Segundos pré-molares inferiores Aos 20 meses
Segundos pré-molares superiores Aos 24 meses

A mudança se produz aos 6 anos, começa-se na ordem que apareceram e se completa ao redor
dos 11 anos.
Observação: A dentição decidual tem 20 peças e a dentição permanente tem 32 peças.

Desenvolvimento da linguagem
Aos 2 meses Emite gorjeios
Aos 4 meses Obtém o som bonito
Aos 8 meses Articula MA – MA, p – p, lha – lha
Aos 18 meses Diz grupo de palavras gesticulando
Aos 24 meses Realiza orações curtas de 3 ou 4 palavras
Controle esfincteriano
O controle do esfíncter anal se pode fazer com treinamento apropriado entre 1 a 2 anos.
O controle do esfíncter vesical pode exercer-se durante o dia depois dos 3 anos e no dia e
a noite depois dos 5 anos.

Desenvolvimento ósseo
A maturação óssea é o indicador mais utilizado na valoração do progresso biológico, o
crescimento, o desenvolvimento, dado por estudo do recém-nascido.
No menino, o fechamento da fontanela anterior é aos 18 meses e o da posterior é as 8
semanas (2 meses). Devem-se explorar os pontos de ossificação do osso porque cursam por
várias etapasno desenvolvimento do menino.
A mão esquerda é o grau de maturidade biológico que indica a idade óssea. Realiza-se
raios X no osso carpo do recém-nascido.

Desenvolvimento psicomotor
O recém-nascido normal realiza a maioria das funções básicas características do Sistema
Nervoso amadurecido embora de forma incompleta.
Fecha os olhos à luz
O gosto está presente
Ouve, espirra, boceja, toca, tem soluço, arrota
Chora como respostas a estímulos dolorosos
Em decúbito propenso move a cabeça, levanta-a e realiza movimentos com os quatros
membros.

Desenvolvimento do sistema nervoso


O sistema nervoso da criança desenvolve-se da seguinte maneira:
Recém-nascido: é um ser subcortical (reflexos)
1º Mês: segue a luz;
2º Mês: sorri, gorjeia;
3º Mês: sustenta a cabeça;
4º Mês: agarra objetos;
5º Mês: gira sobre o abdômen;
6º Mês: sustenta-se sentado;
7º Mês: preensão palmar-polegar;
8º Mês: pinça digital;
9º Mês: sinta-se sozinho;
10º Mês: engatinha;
11º Mês: de pé, dá passinhos com apoio;
12º – 14º Mês: caminha sozinho;
15º Mês: sobe escadas, corre com o corpo rígido, começa-se alimentar sozinho com
colherzinha;
2 Anos: destaca-se o nariz, boca e olhos. Constrói frases de 3 palavras;
3 Anos: diz seu nome, sexo, alimenta-se sozinho, sobe escada sem apoio, grampeia-se os
sapatos;
4 Anos: realiza jogos em cooperação com outros meninos, repete frases e nomeia objetos.
5 Anos: desenha, conhece as cores primárias, define os objetos por seu uso.
6 Anos: diferencia entre manhã e tarde, direita e esquerda.
7 Anos: sabe-se os dias da semana
8 Anos: Conta à inversa do 20 até o 1, realiza jogos sujeitos a regras e diz a hora.
9 Anos: repita os meses do ano, lê por própria iniciativa, dá mudanças para moeda
10 Anos: escreve cartas curtas e faz trabalho criador simples.

A puberdade no rapaz
Ocorre uma aceleração do crescimento:
Aumentam os testículos, escroto e pênis
Há crescimento de cabelo no púbis, cara, axila
Mudanças no corpo por crescimento de ombros e quadris
A voz se faz mais grave pelo crescimento da laringe
A puberdade na menina
Caracteriza-se por:
Desenvolvimento das mamas
O pêlo pubiano em forma de triângulo
O início da menstruação
Desenvolvimento da capacidade reprodutora

2.3 Saúde infantil e juvenil

Necessidades humanas básicas


As necessidades humanas constituem tudo aquilo que é indispensável para prolongar e
desenvolver a vida.

Todos os seres humanos têm necessidades comuns, deve-se ter em conta que estas se satisfazem
mediante sistemas de vida tão variados que se pode afirmar que não existem duas iguais. Se o
organismo carece de determinados elementos indispensáveis para a vida, isto se manifesta com a
exigência desses elementos, ou seja, reclama a satisfação de suas necessidades.

Modelo hierárquico de Kalish

Tomado e adaptado do Manual de Procedimientos de Enfermería. Amparo Magaly Carlo Castro


(y outros). La Habana: Editorial Ciências Médicas; 2002
por: Alexandre Cordeiro

Necessidades de Sobrevivência: Quando aparece uma deficiência em qualquer campo


desta necessidade, o paciente utiliza todos seus recursos para cobrir essa necessidade específica;
só pode prestar atenção às necessidades mais elevadas como a seguridade e a estima.
Necessidades que provêm dos Estímulos: Quando estão cobertas suas necessidades de
sobrevivência, o paciente atenderá as necessidades que provêm dos estímulos, antes de seguir
ascendendo na hierarquia das necessidades.
Necessidades de Seguridade: Estas são mais evidentes em anciãos e em crianças
pequenas, sobretudo quando estão num meio que lhes seja desconhecido.
Necessidades de Amor e Pertença: Estas necessidades implicam capacidade para a
interação e para conseguir estabelecer pontos de afinidade com os demais, cobrem-se mediante
as relações interpessoais que se desenvolvem com a família, amigos e companheiros de trabalho.
Estima: Este nível se inclui a necessidade de respeito a si mesmo e aos demais, a pessoa
se esforça em conseguir um reconhecimento, em sentir-se útil, ser independente, fazer-se
respeitar e ser livre.
Autorrealização: Consiste na necessidade de dar o máximo de suas aptidões a nível físico,
mental, afetivo e social, com a finalidade de sentir que é o tipo de pessoa que gostaria de ser.

Unidade III: Indicadores demográficos

3.1 Indicadores Demográficos

As taxas de natalidade e mortalidade representam indicadores de desenvolvimento humano que


analisam tanto o aumento da população quanto o seu declínio. Permitem analisar a dinâmica de
uma população, segundo as variáveis que as influenciam, como o meio ambiente, modo, estilo e
qualidade de via e a organização dos serviços de saúde.

Mortalidade infantil é o termo que define o óbito de crianças no primeiro ano de vida. Esse
número é base para calcular a taxa de mortalidade infantil, referente à relação entre o número de
óbitos e do total de crianças nascidas vivas em um mesmo período, e em um determinado local.

É um índice padrão que pode ser utilizado como referência de comparação entre os diferentes
países ou regiões do globo. O padrão do índice é expresso utilizando o número de óbitos de
crianças com menos de um ano, a cada mil nascidos vivos.

O Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) mantém uma ordenação dos países por
taxa de mortalidade, utilizando um conceito chamado Under 5 mortality rate ou U5MR definido
pela OMS como a probabilidade de uma criança morrer até aos cinco anos de idade, por mil
crianças nascidas vivas.
Taxas de mortalidade anual (a cada 1000 nascidos vivos) na CPLP:
País Crianças e bebês de até 5 anos Bebês de até 12 meses
(em 1990) (em 2018) (em 1990) (em 2018)
Angola132 52 54 28
Brasil 53 13 25 8
Cabo Verde 47 17 25 12
Guiné-Bissau 132 54 64 37
Moçambique 161 54 60 28
Portugal 12 3 7 2
São Tomé e Príncipe 69 24 26 14
Timor-Leste 131 39 55 20
Fonte: UNICEF

Cálculo da taxa de mortalidade infantil (TMI)


Para calcular a TMI, utiliza-se a seguinte fórmula matemática:
Taxa de Mortalidade Infantil= (Nº de Óbitos)/Nascimentos×1000

O cálculo é realizado com base na relação entre o número de óbitos antes do primeiro ano de
vida e o número e nascimentos a cada mil crianças nascidas vivas. O resultado é expresso em
percentagem.

Por exemplo: Se em um determinado local há 20 óbitos antes do primeiro ano de vida, e nascem
no período de um ano 800 crianças, a taxa de mortalidade é de 25%. Isso quer dizer que 25
crianças morrem antes de completarem um ano de vida a cada 1000 crianças nascidas vivas.
Unidade I: Apresentação da Disciplina

1.7 Caderno de Saúde Materno-Infantil

O caderno de saúde Materno infantil (CSMI), divulgados no Mundo inteiro pela OMS, é um
instrumento de registo das informações sobre a gravidez, o parto, o crescimento da criança, a
vacinação e outros aspetos importantes para o seguimento da criança.
Os cadernos de saúde Materno infantil são de caráter muito importante: eles ajudam as mães a
sobre as necessidades nutricionais da criança, cuidados a se ter em conta, além de ajudar o
Técnico de Saúde a entender melhor os problemas da criança e da família.

*Orientação metodológico-pedagógica: O professor deverá ministrar aulas teórico-práticas sobre


preenchimento e interpretação do CSMI (com documentos impressos e distribuídos
individualmente), orientar trabalhos individuais ou grupais, a fim de desenvolver as capacidades
de interpretação e preenchimento do mesmo aos alunos.

Unidade II: Crescimento e Desenvolvimento da Criança e Adolescente

2.1 Anatomia e fisiologia da criança adolescente

Todas estas mudanças são fisiológicas e proporcionam ao adolescente uma sequência de


aprendizagens que preparam tanto seu corpo como seu psiquismo para a vida adulto.

Na configuração geral do corpo da criança ocorrem mudanças de peso, altura, perímetros


cefálico e torácico, modificações no índice de massa corporal, entre outros aspetos.

2.2 Desenvolvimento e crescimento da criança e adolescente

Desenvolvimento: implica a diferenciação celular com aquisição de novas funções, é um


elemento fundamentalmente fisiológico e é um processo qualitativo.

Crescimento: se concreta ao aumento do número de células (Hiperplasia) ou do tamanho delas


(Hipertrofia). É o aumento das dimensões do corpo humano.

2.2.1 Fatores do desenvolvimento e crescimento


De forma geral, o crescimento e o desenvolvimento dependem de certo número de fatores
intrínsecos (endógenos – que nascem com o indivíduo) e extrínsecos (exógenos – que o
indivíduo vai adquirindo do meio envolvente).
Fatores endógenos
Fatores genéticos
Fatores neuro-hormonais
Fatores metabólicos
Fatores específicos do crescimento

Fatores exógenos
Nutrição
Clima e estação
Fatores Psicológicos
Fatores Económico-sociais

Períodos da idade pediátrica


Etapa extrauterina ou período pós-natal contém os seguintes períodos:
Recém-nascido: menos de 30 dias
Lactente: 1 mês a um ano
Idade temprana: 1 a 3 anos
Pré-escolar: 3 a 6 anos.
Escolar: fêmea 6 a 10 ano
Adolescência: 10 a 20 anos (Obs: esta por sua vez pode ser precoce – 10 a 12 anos; média
– 12 a 16 anos; e tardia – 16 a 20 anos)

Medidas antropométricas básicas


A antropometria estuda as medidas de tamanho e proporções do corpo humano. As medidas
antropométricas tais como peso, altura, circunferência de cintura e circunferência de quadril são
utilizadas para o diagnóstico do estado nutricional (desnutrição, excesso de peso e obesidade) e
avaliação dos riscos para algumas doenças (diabetes melitos, doenças do coração e hipertensão)
em crianças, adultos, gestantes e idosos.

Peso
Nesta medida é especialmente importante que os meninos pequenos se pesem nus e os
majores com roupa interior mínima, sempre desprovidos de calçado.
Deve-se verificar que o instrumento esteja no fiel antes de cada pesada e que o sujeito se
encontre no centro da plataforma sem tocar em nenhuma parte; idealmente o peso deve se tomar
depois de um mínimo de 3 horas da última comida e sempre que for possível deve evacuá-la
bexiga previamente.

Valores do peso ao nascer


Peso normal do R-N De 3300-3500g
Baixo peso Menor de 2500g
Sobrepeso Maior de 4000g

Aumento do peso corporal segundo idade


No Primeiro Semestre (1-6 meses) Em um dia – aumenta 28,3g
Em uma semana – aumenta 230g
Em 15 dias – aumenta 460g
Em um mês – aumenta 920g
No Segundo Semestre (7-12 meses) Em um dia – aumenta 15g
Em uma semana – aumenta 115g
Em 15 dias – aumenta 230g
Em um mês – aumenta 460g

Altura
É a distância que medeia entre a parte mais alta da cabeça e a planta dos pés. Se se medir em
posição ereta se fala de estatura e, se deitado, se fala de longitude.
Os meninos menores de dois anos se medem descalços, em posição deitada e colocando-
os sobre um infantómetro.
Os majores de dois anos se medem de pé, podendo empregar-se para isso um altímetro;
em sua ausência bastaria colocando uma cinta métrica ou uma vara graduada sobre a superfície
da parede e perpendicular ao piso.
A altura normal de um recém-nascido é de 50cm ±2 (48-52cm)
O aumento na altura se realiza da seguinte forma:
Período Altura a aumentar
1º Trimestre +9cm
2º Trimestre +7cm
3º Trimestre +5cm
4º Trimestre +3cm
Durante o primeiro ano, a criança aumenta a sua longitude em 24cm
No segundo ano de vida crescerá como médio 12cm
No terceiro ano crescerá 8cm, igual a no quarto ano
Mas depois dos 4 anos o incremento é de 5 a 6 cm por ano até aproximadamente os 12
anos nas meninas e os 13 ou 14 anos nos rapazes que ocorre o estirão da puberdade no que pode
alcançar em um ano um incremento de 9cm nas meninas e 10cm nos rapazes.

Circunferência cefálica
Esta medida se toma com uma cinta métrica; para isso se manterá a cabeça no plano do
Frankfort e se buscará o valor da circunferência máxima colocando a cinta sobre os arcos
superciliares e a protuberância occipital externa, o suficientemente tenso para comprimir os
cabelos contra o crânio.
Valores da circunferência cefálica
Ao nascer 34cm
No Primeiro Semestre 1-1,5cm por mês
Aos 6 meses 43cm
No Segundo Semestre 0,5cm por mês
A 1 ano 46-47cm
Aos 3 anos 48cm
Aos 5 anos 50cm
Aos 15 anos 55cm

Obs: a Circunferência Torácica é 2cm a menos que a circunferência cefálica.


Desenvolvimento dentário
Existem duas dentições:
Transitiva ou de leite: que aparece ente os 6 meses e os 2 anos.
Permanente ou segunda dentição: que começa entre os 6 e os 13 anos.

Ordem de aparição da dentição transitiva


Incisivos centrais inferiores Aos 6 meses
Incisivos centrais superiores Aos 7 meses
Incisivos laterais inferiores Aos 7 meses
Incisivos laterais superiores Aos 9 meses
Caninos inferiores Aos 16 meses
Caninos superiores Aos 18 meses
Primeiros pré-molares inferiores Aos 12 meses
Primeiros pré-molares superiores Aos 14 meses
Segundos pré-molares inferiores Aos 20 meses
Segundos pré-molares superiores Aos 24 meses

A mudança se produz aos 6 anos, começa-se na ordem que apareceram e se completa ao redor
dos 11 anos.
Observação: A dentição decidual tem 20 peças e a dentição permanente tem 32 peças.

Desenvolvimento da linguagem
Aos 2 meses Emite gorjeios
Aos 4 meses Obtém o som bonito
Aos 8 meses Articula MA – MA, p – p, lha – lha
Aos 18 meses Diz grupo de palavras gesticulando
Aos 24 meses Realiza orações curtas de 3 ou 4 palavras
Controle esfincteriano
O controle do esfíncter anal se pode fazer com treinamento apropriado entre 1 a 2 anos.
O controle do esfíncter vesical pode exercer-se durante o dia depois dos 3 anos e no dia e
a noite depois dos 5 anos.

Desenvolvimento ósseo
A maturação óssea é o indicador mais utilizado na valoração do progresso biológico, o
crescimento, o desenvolvimento, dado por estudo do recém-nascido.
No menino, o fechamento da fontanela anterior é aos 18 meses e o da posterior é as 8
semanas (2 meses). Devem-se explorar os pontos de ossificação do osso porque cursam por
várias etapasno desenvolvimento do menino.
A mão esquerda é o grau de maturidade biológico que indica a idade óssea. Realiza-se
raios X no osso carpo do recém-nascido.

Desenvolvimento psicomotor
O recém-nascido normal realiza a maioria das funções básicas características do Sistema
Nervoso amadurecido embora de forma incompleta.
Fecha os olhos à luz
O gosto está presente
Ouve, espirra, boceja, toca, tem soluço, arrota
Chora como respostas a estímulos dolorosos
Em decúbito propenso move a cabeça, levanta-a e realiza movimentos com os quatros
membros.

Desenvolvimento do sistema nervoso


O sistema nervoso da criança desenvolve-se da seguinte maneira:
Recém-nascido: é um ser subcortical (reflexos)
1º Mês: segue a luz;
2º Mês: sorri, gorjeia;
3º Mês: sustenta a cabeça;
4º Mês: agarra objetos;
5º Mês: gira sobre o abdômen;
6º Mês: sustenta-se sentado;
7º Mês: preensão palmar-polegar;
8º Mês: pinça digital;
9º Mês: sinta-se sozinho;
10º Mês: engatinha;
11º Mês: de pé, dá passinhos com apoio;
12º – 14º Mês: caminha sozinho;
15º Mês: sobe escadas, corre com o corpo rígido, começa-se alimentar sozinho com
colherzinha;
2 Anos: destaca-se o nariz, boca e olhos. Constrói frases de 3 palavras;
3 Anos: diz seu nome, sexo, alimenta-se sozinho, sobe escada sem apoio, grampeia-se os
sapatos;
4 Anos: realiza jogos em cooperação com outros meninos, repete frases e nomeia objetos.
5 Anos: desenha, conhece as cores primárias, define os objetos por seu uso.
6 Anos: diferencia entre manhã e tarde, direita e esquerda.
7 Anos: sabe-se os dias da semana
8 Anos: Conta à inversa do 20 até o 1, realiza jogos sujeitos a regras e diz a hora.
9 Anos: repita os meses do ano, lê por própria iniciativa, dá mudanças para moeda
10 Anos: escreve cartas curtas e faz trabalho criador simples.

A puberdade no rapaz
Ocorre uma aceleração do crescimento:
Aumentam os testículos, escroto e pênis
Há crescimento de cabelo no púbis, cara, axila
Mudanças no corpo por crescimento de ombros e quadris
A voz se faz mais grave pelo crescimento da laringe
A puberdade na menina
Caracteriza-se por:
Desenvolvimento das mamas
O pêlo pubiano em forma de triângulo
O início da menstruação
Desenvolvimento da capacidade reprodutora

2.3 Saúde infantil e juvenil

Necessidades humanas básicas


As necessidades humanas constituem tudo aquilo que é indispensável para prolongar e
desenvolver a vida.

Todos os seres humanos têm necessidades comuns, deve-se ter em conta que estas se satisfazem
mediante sistemas de vida tão variados que se pode afirmar que não existem duas iguais. Se o
organismo carece de determinados elementos indispensáveis para a vida, isto se manifesta com a
exigência desses elementos, ou seja, reclama a satisfação de suas necessidades.

Modelo hierárquico de Kalish

Tomado e adaptado do Manual de Procedimientos de Enfermería. Amparo Magaly Carlo Castro


(y outros). La Habana: Editorial Ciências Médicas; 2002
por: Alexandre Cordeiro

Necessidades de Sobrevivência: Quando aparece uma deficiência em qualquer campo


desta necessidade, o paciente utiliza todos seus recursos para cobrir essa necessidade específica;
só pode prestar atenção às necessidades mais elevadas como a seguridade e a estima.
Necessidades que provêm dos Estímulos: Quando estão cobertas suas necessidades de
sobrevivência, o paciente atenderá as necessidades que provêm dos estímulos, antes de seguir
ascendendo na hierarquia das necessidades.
Necessidades de Seguridade: Estas são mais evidentes em anciãos e em crianças
pequenas, sobretudo quando estão num meio que lhes seja desconhecido.
Necessidades de Amor e Pertença: Estas necessidades implicam capacidade para a
interação e para conseguir estabelecer pontos de afinidade com os demais, cobrem-se mediante
as relações interpessoais que se desenvolvem com a família, amigos e companheiros de trabalho.
Estima: Este nível se inclui a necessidade de respeito a si mesmo e aos demais, a pessoa
se esforça em conseguir um reconhecimento, em sentir-se útil, ser independente, fazer-se
respeitar e ser livre.
Autorrealização: Consiste na necessidade de dar o máximo de suas aptidões a nível físico,
mental, afetivo e social, com a finalidade de sentir que é o tipo de pessoa que gostaria de ser.
Unidade III: Indicadores demográficos

3.1 Indicadores Demográficos

As taxas de natalidade e mortalidade representam indicadores de desenvolvimento humano que


analisam tanto o aumento da população quanto o seu declínio. Permitem analisar a dinâmica de
uma população, segundo as variáveis que as influenciam, como o meio ambiente, modo, estilo e
qualidade de via e a organização dos serviços de saúde.

Mortalidade infantil é o termo que define o óbito de crianças no primeiro ano de vida. Esse
número é base para calcular a taxa de mortalidade infantil, referente à relação entre o número de
óbitos e do total de crianças nascidas vivas em um mesmo período, e em um determinado local.

É um índice padrão que pode ser utilizado como referência de comparação entre os diferentes
países ou regiões do globo. O padrão do índice é expresso utilizando o número de óbitos de
crianças com menos de um ano, a cada mil nascidos vivos.

O Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) mantém uma ordenação dos países por
taxa de mortalidade, utilizando um conceito chamado Under 5 mortality rate ou U5MR definido
pela OMS como a probabilidade de uma criança morrer até aos cinco anos de idade, por mil
crianças nascidas vivas.
Taxas de mortalidade anual (a cada 1000 nascidos vivos) na CPLP:
País Crianças e bebês de até 5 anos Bebês de até 12 meses
(em 1990) (em 2018) (em 1990) (em 2018)
Angola132 52 54 28
Brasil 53 13 25 8
Cabo Verde 47 17 25 12
Guiné-Bissau 132 54 64 37
Moçambique 161 54 60 28
Portugal 12 3 7 2
São Tomé e Príncipe 69 24 26 14
Timor-Leste 131 39 55 20
Fonte: UNICEF

Cálculo da taxa de mortalidade infantil (TMI)


Para calcular a TMI, utiliza-se a seguinte fórmula matemática:
Taxa de Mortalidade Infantil= (Nº de Óbitos)/Nascimentos×1000

O cálculo é realizado com base na relação entre o número de óbitos antes do primeiro ano de
vida e o número e nascimentos a cada mil crianças nascidas vivas. O resultado é expresso em
percentagem.

Por exemplo: Se em um determinado local há 20 óbitos antes do primeiro ano de vida, e nascem
no período de um ano 800 crianças, a taxa de mortalidade é de 25%. Isso quer dizer que 25
crianças morrem antes de completarem um ano de vida a cada 1000 crianças nascidas vivas.
Unidade I: Apresentação da Disciplina

1.7 Caderno de Saúde Materno-Infantil

O caderno de saúde Materno infantil (CSMI), divulgados no Mundo inteiro pela OMS, é um
instrumento de registo das informações sobre a gravidez, o parto, o crescimento da criança, a
vacinação e outros aspetos importantes para o seguimento da criança.

Os cadernos de saúde Materno infantil são de caráter muito importante: eles ajudam as mães a
sobre as necessidades nutricionais da criança, cuidados a se ter em conta, além de ajudar o
Técnico de Saúde a entender melhor os problemas da criança e da família.
*Orientação metodológico-pedagógica: O professor deverá ministrar aulas teórico-práticas sobre
preenchimento e interpretação do CSMI (com documentos impressos e distribuídos
individualmente), orientar trabalhos individuais ou grupais, a fim de desenvolver as capacidades
de interpretação e preenchimento do mesmo aos alunos.

Unidade II: Crescimento e Desenvolvimento da Criança e Adolescente

2.1 Anatomia e fisiologia da criança adolescente

Todas estas mudanças são fisiológicas e proporcionam ao adolescente uma sequência de


aprendizagens que preparam tanto seu corpo como seu psiquismo para a vida adulto.

Na configuração geral do corpo da criança ocorrem mudanças de peso, altura, perímetros


cefálico e torácico, modificações no índice de massa corporal, entre outros aspetos.

2.2 Desenvolvimento e crescimento da criança e adolescente

Desenvolvimento: implica a diferenciação celular com aquisição de novas funções, é um


elemento fundamentalmente fisiológico e é um processo qualitativo.

Crescimento: se concreta ao aumento do número de células (Hiperplasia) ou do tamanho delas


(Hipertrofia). É o aumento das dimensões do corpo humano.

2.2.1 Fatores do desenvolvimento e crescimento


De forma geral, o crescimento e o desenvolvimento dependem de certo número de fatores
intrínsecos (endógenos – que nascem com o indivíduo) e extrínsecos (exógenos – que o
indivíduo vai adquirindo do meio envolvente).

Fatores endógenos
Fatores genéticos
Fatores neuro-hormonais
Fatores metabólicos
Fatores específicos do crescimento

Fatores exógenos
Nutrição
Clima e estação
Fatores Psicológicos
Fatores Económico-sociais

Períodos da idade pediátrica


Etapa extrauterina ou período pós-natal contém os seguintes períodos:
Recém-nascido: menos de 30 dias
Lactente: 1 mês a um ano
Idade temprana: 1 a 3 anos
Pré-escolar: 3 a 6 anos.
Escolar: fêmea 6 a 10 ano
Adolescência: 10 a 20 anos (Obs: esta por sua vez pode ser precoce – 10 a 12 anos; média
– 12 a 16 anos; e tardia – 16 a 20 anos)

Medidas antropométricas básicas


A antropometria estuda as medidas de tamanho e proporções do corpo humano. As medidas
antropométricas tais como peso, altura, circunferência de cintura e circunferência de quadril são
utilizadas para o diagnóstico do estado nutricional (desnutrição, excesso de peso e obesidade) e
avaliação dos riscos para algumas doenças (diabetes melitos, doenças do coração e hipertensão)
em crianças, adultos, gestantes e idosos.

Peso
Nesta medida é especialmente importante que os meninos pequenos se pesem nus e os
majores com roupa interior mínima, sempre desprovidos de calçado.
Deve-se verificar que o instrumento esteja no fiel antes de cada pesada e que o sujeito se
encontre no centro da plataforma sem tocar em nenhuma parte; idealmente o peso deve se tomar
depois de um mínimo de 3 horas da última comida e sempre que for possível deve evacuá-la
bexiga previamente.

Valores do peso ao nascer


Peso normal do R-N De 3300-3500g
Baixo peso Menor de 2500g
Sobrepeso Maior de 4000g

Aumento do peso corporal segundo idade


No Primeiro Semestre (1-6 meses) Em um dia – aumenta 28,3g
Em uma semana – aumenta 230g
Em 15 dias – aumenta 460g
Em um mês – aumenta 920g
No Segundo Semestre (7-12 meses) Em um dia – aumenta 15g
Em uma semana – aumenta 115g
Em 15 dias – aumenta 230g
Em um mês – aumenta 460g

Altura
É a distância que medeia entre a parte mais alta da cabeça e a planta dos pés. Se se medir em
posição ereta se fala de estatura e, se deitado, se fala de longitude.
Os meninos menores de dois anos se medem descalços, em posição deitada e colocando-
os sobre um infantómetro.
Os majores de dois anos se medem de pé, podendo empregar-se para isso um altímetro;
em sua ausência bastaria colocando uma cinta métrica ou uma vara graduada sobre a superfície
da parede e perpendicular ao piso.

A altura normal de um recém-nascido é de 50cm ±2 (48-52cm)


O aumento na altura se realiza da seguinte forma:
Período Altura a aumentar
1º Trimestre +9cm
2º Trimestre +7cm
3º Trimestre +5cm
4º Trimestre +3cm
Durante o primeiro ano, a criança aumenta a sua longitude em 24cm
No segundo ano de vida crescerá como médio 12cm
No terceiro ano crescerá 8cm, igual a no quarto ano
Mas depois dos 4 anos o incremento é de 5 a 6 cm por ano até aproximadamente os 12
anos nas meninas e os 13 ou 14 anos nos rapazes que ocorre o estirão da puberdade no que pode
alcançar em um ano um incremento de 9cm nas meninas e 10cm nos rapazes.

Circunferência cefálica
Esta medida se toma com uma cinta métrica; para isso se manterá a cabeça no plano do
Frankfort e se buscará o valor da circunferência máxima colocando a cinta sobre os arcos
superciliares e a protuberância occipital externa, o suficientemente tenso para comprimir os
cabelos contra o crânio.
Valores da circunferência cefálica
Ao nascer 34cm
No Primeiro Semestre 1-1,5cm por mês
Aos 6 meses 43cm
No Segundo Semestre 0,5cm por mês
A 1 ano 46-47cm
Aos 3 anos 48cm
Aos 5 anos 50cm
Aos 15 anos 55cm

Obs: a Circunferência Torácica é 2cm a menos que a circunferência cefálica.

Desenvolvimento dentário
Existem duas dentições:
Transitiva ou de leite: que aparece ente os 6 meses e os 2 anos.
Permanente ou segunda dentição: que começa entre os 6 e os 13 anos.

Ordem de aparição da dentição transitiva


Incisivos centrais inferiores Aos 6 meses
Incisivos centrais superiores Aos 7 meses
Incisivos laterais inferiores Aos 7 meses
Incisivos laterais superiores Aos 9 meses
Caninos inferiores Aos 16 meses
Caninos superiores Aos 18 meses
Primeiros pré-molares inferiores Aos 12 meses
Primeiros pré-molares superiores Aos 14 meses
Segundos pré-molares inferiores Aos 20 meses
Segundos pré-molares superiores Aos 24 meses

A mudança se produz aos 6 anos, começa-se na ordem que apareceram e se completa ao redor
dos 11 anos.
Observação: A dentição decidual tem 20 peças e a dentição permanente tem 32 peças.

Desenvolvimento da linguagem
Aos 2 meses Emite gorjeios
Aos 4 meses Obtém o som bonito
Aos 8 meses Articula MA – MA, p – p, lha – lha
Aos 18 meses Diz grupo de palavras gesticulando
Aos 24 meses Realiza orações curtas de 3 ou 4 palavras

Controle esfincteriano
O controle do esfíncter anal se pode fazer com treinamento apropriado entre 1 a 2 anos.
O controle do esfíncter vesical pode exercer-se durante o dia depois dos 3 anos e no dia e
a noite depois dos 5 anos.

Desenvolvimento ósseo
A maturação óssea é o indicador mais utilizado na valoração do progresso biológico, o
crescimento, o desenvolvimento, dado por estudo do recém-nascido.
No menino, o fechamento da fontanela anterior é aos 18 meses e o da posterior é as 8
semanas (2 meses). Devem-se explorar os pontos de ossificação do osso porque cursam por
várias etapasno desenvolvimento do menino.
A mão esquerda é o grau de maturidade biológico que indica a idade óssea. Realiza-se
raios X no osso carpo do recém-nascido.

Desenvolvimento psicomotor
O recém-nascido normal realiza a maioria das funções básicas características do Sistema
Nervoso amadurecido embora de forma incompleta.
Fecha os olhos à luz
O gosto está presente
Ouve, espirra, boceja, toca, tem soluço, arrota
Chora como respostas a estímulos dolorosos
Em decúbito propenso move a cabeça, levanta-a e realiza movimentos com os quatros
membros.

Desenvolvimento do sistema nervoso


O sistema nervoso da criança desenvolve-se da seguinte maneira:
Recém-nascido: é um ser subcortical (reflexos)
1º Mês: segue a luz;
2º Mês: sorri, gorjeia;
3º Mês: sustenta a cabeça;
4º Mês: agarra objetos;
5º Mês: gira sobre o abdômen;
6º Mês: sustenta-se sentado;
7º Mês: preensão palmar-polegar;
8º Mês: pinça digital;
9º Mês: sinta-se sozinho;
10º Mês: engatinha;
11º Mês: de pé, dá passinhos com apoio;
12º – 14º Mês: caminha sozinho;
15º Mês: sobe escadas, corre com o corpo rígido, começa-se alimentar sozinho com
colherzinha;
2 Anos: destaca-se o nariz, boca e olhos. Constrói frases de 3 palavras;
3 Anos: diz seu nome, sexo, alimenta-se sozinho, sobe escada sem apoio, grampeia-se os
sapatos;
4 Anos: realiza jogos em cooperação com outros meninos, repete frases e nomeia objetos.
5 Anos: desenha, conhece as cores primárias, define os objetos por seu uso.
6 Anos: diferencia entre manhã e tarde, direita e esquerda.
7 Anos: sabe-se os dias da semana
8 Anos: Conta à inversa do 20 até o 1, realiza jogos sujeitos a regras e diz a hora.
9 Anos: repita os meses do ano, lê por própria iniciativa, dá mudanças para moeda
10 Anos: escreve cartas curtas e faz trabalho criador simples.

A puberdade no rapaz
Ocorre uma aceleração do crescimento:
Aumentam os testículos, escroto e pênis
Há crescimento de cabelo no púbis, cara, axila
Mudanças no corpo por crescimento de ombros e quadris
A voz se faz mais grave pelo crescimento da laringe
A puberdade na menina
Caracteriza-se por:
Desenvolvimento das mamas
O pêlo pubiano em forma de triângulo
O início da menstruação
Desenvolvimento da capacidade reprodutora

2.3 Saúde infantil e juvenil

Necessidades humanas básicas


As necessidades humanas constituem tudo aquilo que é indispensável para prolongar e
desenvolver a vida.

Todos os seres humanos têm necessidades comuns, deve-se ter em conta que estas se satisfazem
mediante sistemas de vida tão variados que se pode afirmar que não existem duas iguais. Se o
organismo carece de determinados elementos indispensáveis para a vida, isto se manifesta com a
exigência desses elementos, ou seja, reclama a satisfação de suas necessidades.

Modelo hierárquico de Kalish

Tomado e adaptado do Manual de Procedimientos de Enfermería. Amparo Magaly Carlo Castro


(y outros). La Habana: Editorial Ciências Médicas; 2002
por: Alexandre Cordeiro

Necessidades de Sobrevivência: Quando aparece uma deficiência em qualquer campo


desta necessidade, o paciente utiliza todos seus recursos para cobrir essa necessidade específica;
só pode prestar atenção às necessidades mais elevadas como a seguridade e a estima.
Necessidades que provêm dos Estímulos: Quando estão cobertas suas necessidades de
sobrevivência, o paciente atenderá as necessidades que provêm dos estímulos, antes de seguir
ascendendo na hierarquia das necessidades.
Necessidades de Seguridade: Estas são mais evidentes em anciãos e em crianças
pequenas, sobretudo quando estão num meio que lhes seja desconhecido.
Necessidades de Amor e Pertença: Estas necessidades implicam capacidade para a
interação e para conseguir estabelecer pontos de afinidade com os demais, cobrem-se mediante
as relações interpessoais que se desenvolvem com a família, amigos e companheiros de trabalho.
Estima: Este nível se inclui a necessidade de respeito a si mesmo e aos demais, a pessoa
se esforça em conseguir um reconhecimento, em sentir-se útil, ser independente, fazer-se
respeitar e ser livre.
Autorrealização: Consiste na necessidade de dar o máximo de suas aptidões a nível físico,
mental, afetivo e social, com a finalidade de sentir que é o tipo de pessoa que gostaria de ser.

Unidade III: Indicadores demográficos

3.1 Indicadores Demográficos

As taxas de natalidade e mortalidade representam indicadores de desenvolvimento humano que


analisam tanto o aumento da população quanto o seu declínio. Permitem analisar a dinâmica de
uma população, segundo as variáveis que as influenciam, como o meio ambiente, modo, estilo e
qualidade de via e a organização dos serviços de saúde.

Mortalidade infantil é o termo que define o óbito de crianças no primeiro ano de vida. Esse
número é base para calcular a taxa de mortalidade infantil, referente à relação entre o número de
óbitos e do total de crianças nascidas vivas em um mesmo período, e em um determinado local.

É um índice padrão que pode ser utilizado como referência de comparação entre os diferentes
países ou regiões do globo. O padrão do índice é expresso utilizando o número de óbitos de
crianças com menos de um ano, a cada mil nascidos vivos.

O Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) mantém uma ordenação dos países por
taxa de mortalidade, utilizando um conceito chamado Under 5 mortality rate ou U5MR definido
pela OMS como a probabilidade de uma criança morrer até aos cinco anos de idade, por mil
crianças nascidas vivas.
Taxas de mortalidade anual (a cada 1000 nascidos vivos) na CPLP:
País Crianças e bebês de até 5 anos Bebês de até 12 meses
(em 1990) (em 2018) (em 1990) (em 2018)
Angola132 52 54 28
Brasil 53 13 25 8
Cabo Verde 47 17 25 12
Guiné-Bissau 132 54 64 37
Moçambique 161 54 60 28
Portugal 12 3 7 2
São Tomé e Príncipe 69 24 26 14
Timor-Leste 131 39 55 20
Fonte: UNICEF

Cálculo da taxa de mortalidade infantil (TMI)


Para calcular a TMI, utiliza-se a seguinte fórmula matemática:
Taxa de Mortalidade Infantil= (Nº de Óbitos)/Nascimentos×1000

O cálculo é realizado com base na relação entre o número de óbitos antes do primeiro ano de
vida e o número e nascimentos a cada mil crianças nascidas vivas. O resultado é expresso em
percentagem.

Por exemplo: Se em um determinado local há 20 óbitos antes do primeiro ano de vida, e nascem
no período de um ano 800 crianças, a taxa de mortalidade é de 25%. Isso quer dizer que 25
crianças morrem antes de completarem um ano de vida a cada 1000 crianças nascidas vivas.

Mariza Domingos Manuel Massango

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