COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ALVES DE ASSIS
Apostila: SISTEMAS E FORMAS DE GOVERNO 3ª ano Data: 20 / 02 / 2025
Disciplina: GEOGRAFIA Professor: BONIVALDO
1. Formas de Governo
Diferentemente dos Sistemas de Governo, que se preocupa em definir com a divisão do poder
político, as Formas de Governo são os formatos que uma nação pode adquirir. Na visão dualista, existem
duas formas: monarquia e república.
Entende-se por formas de governo o modelo institucional de administrar uma sociedade. Dessas
formas originam as práticas governamentais, que são as características de cada governante. São formas de
governo: a monarquia, o anarquismo e a república. E são práticas governamentais: o absolutismo, a
democracia, o parlamentarismo, a aristocracia, o presidencialismo e o totalitarismo.
Monarquia consiste no regime de governo de uma só pessoa, no caso, o rei. A troca de poder monárquico
pode ser feita de forma hereditária (quando morre o pai, assume o filho) ou por indicação (se o rei não tiver
filhos, indica um parente mais próximo, como sucessor), em regra (ele pode renunciar ou ser deposto -
golpe).
Monarquia Constitucional
Essa é a forma de monarquia mais comum que existe atualmente e é caracterizada pela limitação dos
poderes do monarca. Nas monarquias constitucionais, o poder do monarca é limitado pelas atribuições
constitucionais. A maioria das monarquias constitucionais também adotam o parlamentarismo como sistema
de governo e, assim, são conhecidas como monarquias constitucionais parlamentaristas."
"Exemplos de monarquias constitucionais: Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte)
Suécia, Dinamarca, Espanha, Japão, etc.
Monarquia absoluta ou absolutista, o monarca possui poderes amplos sobre o país. Assim, além de
ser chefe de Estado, o monarca também é chefe de governo. Dentro da monarquia absoluta os poderes do
monarca estão acima de qualquer instituição, já que o seu poder é absoluto. Usando os termos políticos
atuais, o monarca dentro dessa estrutura concentra as funções dos três poderes e pode atuar como poder
executivo, legislativo e judiciário."
Essa forma de governo foi muito comum na
Europa Ocidental e países como França e
Reino Unido foram grandes símbolos do
poder dos reis absolutistas.
Posteriormente, com as revoluções liberais
realizadas pela burguesia, essas
monarquias absolutistas foram perdendo
espaço para as monarquias constitucionais
e para a república.
Atualmente, ainda existem algumas
monarquias absolutistas no mundo:
Bahrein, Omã, Arábia Saudita, Brunei e
outros.
República é o regime em que o governante é eleito pelo povo. A república presidencialista, em que o
presidente é eleito, ficando no cargo por tempo determinado (no Brasil, quatro anos) e tendo como
característica a divisão do poder em administrativo, legislativo e executivo; e a república parlamentarista,
em que o governante é eleito para o cargo de chefe de Estado, enquanto o parlamento escolhe o chefe de
governo.
Existem ainda regimes totalitaristas (o poder do Estado é absoluto sob os cidadãos; ditadura) e regimes
anarquistas (em que há a ausência de poder do Estado). E, por fim, a democracia, que consiste no poder do
povo. Na Grécia Antiga, democracia era uma forma de governo republicano em que o povo escolhia seus
representantes. A palavra deriva do grego “demos” (povo) e “kratia” (poder).
BRASIL - A monarquia foi a forma de governo adotada no Brasil desde a Independência, que aconteceu em
7 de setembro de 1822. Até o dia 15 de novembro de 1889, o Brasil foi uma monarquia e, ao longo desse
período, o nosso país possuiu dois imperadores, d. Pedro I (Primeiro Reinado) e d. Pedro II (Segundo
Reinado). Houve um intervalo entre os dois reinados, conhecido como Período Regencial."
República: por sua vez, esta forma de governo é marcada pela efetividade, hoje esculpida no art. 77 da CF/88,
determinada pela habitualidade, uma vez que as eleições para Presidente da República já estão
determinadas no texto constitucional; periodicidade, art. 82 da CF/88, já que no sistema republicano o
governante exerce um mandado eletivo, ou seja, é eleito para um período determinado, sendo que, de
tempos em tempos, há mudança do representante do povo por meio de uma eleição; e responsabilidade,
art. 85 da CF/88, pois a Constituição responsabiliza os governantes pelos atos destes.
Anarquismo – O primeiro teórico do anarquismo foi o político e filósofo francês Pierre-Joseph Proudhon
(1809 – 1865), depois seguido pelo russo Mikhail Bakunin (1814-1876) atualmente não há nenhum país
anarquista, porém o anarquismo já ocorreu na Alemanha, Argentina, Espanha, Itália, Rússia, etc. Bakunin
defendia o fim total Estado.
Tanto o anarquismo de Proudhon e de Bakunin quanto o socialismo científico de Marx e Engels surgiram
como resposta a um sistema capitalista voraz que, sem regulações, explorava a mão-de-obra dos
trabalhadores o meio ambiente.
2. Sistemas de Governo
Dentro de um regime democrático, republicano. São técnicas que regem as relações entre o Poder
Legislativo e o Poder Executivo no exercício das funções governamentais.
a) Parlamentarismo
distinção entre Chefe de Estado e Chefe de Governo;
chefia do governo com responsabilidade política;
possibilidade de dissolução do parlamento;
o primeiro-ministro é escolhido pelo Parlamento.
Neste sistema o Chefe de Estado e de Governo são pessoas diferentes. Isto é, existe um
representante que não se envolve em disputas políticas ou de poder, atuando como um norte quando em
tempos de crise ou falta de consenso político. Nesse sistema o Chefe de Governo permanece em seu cargo
enquanto houver suporte parlamentar, isto é, enquanto houver maioria apoiando seu governo. E por isso,
é possível que o Primeiro-Ministro (nomenclatura normalmente empregada para o cargo de Chefe de
Governo) dissolva o parlamento com o objetivo de buscar uma maioria para apoiar seu governo.
b) Presidencialismo
o Presidente é Chefe de Estado e de Governo;
o cargo de Presidente é unipessoal;
o Presidente é eleito pelo povo;
o Presidente respeita um mandato com tempo determinado para acabar;
há possibilidade de responsabilização política;
o presidente não pode dissolver o parlamento.
Presidencialismo: o Presidente da República exerce tanto a chefia do Estado (plano interno) quanto a
representação política (plano internacional).
No presidencialismo, temos a denominada separação de poderes, em que o presidente da República (chefe
do Poder Executivo), ao exercer sua chefia, em regra não depende dos demais poderes, Legislativo e
Judiciário, estabelecendo a independência e a harmonia entre eles.
Basicamente, ocorre a unificação entre as funções de Chefe de Estado e de Governo. Neste caso, o
Presidente indicará seus assessores, Ministros e demais cargos. E por fim, neste sistema, o Presidente,
para perder o cargo, necessita sofrer um processo de impeachment de acordo com a lei de seu país.
c) Semipresidencialismo ou Sistema Misto
Neste sistema os poderes entre o Presidente e o Primeiro-Ministro são divididos. O Presidente possui
poderes de dissolver o parlamento, e até indicar o Primeiro-Ministro, a depender da legislação nacional.
d) Sistema Diretorial
Este sistema não é muito utilizado pelas nações, ele é utilizado pela Suíça, e suas características são:
- Existência de um poder executivo colegiado (diretório) eleito pelos parlamentares por um período fixo
de mandato;
- Não existe um Chefe de Estado autônomo. O Presidente da Confederação que tem esses poderes e tem
mandato de um ano.
Qual a diferença entre Plebiscito, Referendo e Projeto de Iniciativa Popular?
Plebiscito - É uma forma direta de exercer a democracia. A sociedade é ouvida previamente sobre a
aprovação de determinada norma e que opinará sobre se determinada lei deve ser aprovada ou rejeitada,
ou seja, antes da entrada em vigor de determinado instrumento normativo. Um exemplo disso foi o
plebiscito sobre a criação dos Estados do Tocantins, dividindo o Estado de Goiás, em 1988.
Referendo - Consulta popular realizada depois de o Congresso elaborar um projeto de lei sobre a matéria,
cabendo à população ratificar/sancionar ou rejeitar a medida.
- Referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia em 2016, que decidiu sobre o Brexit e
iniciou o processo de separação do país do bloco econômico europeu.
Iniciativa popular - Apesar de não ser uma forma de consulta, a iniciativa popular é um direito dos
cidadãos. Ela permite que eles expressem suas vontades com relação ao governo. Neste sentido, um grupo
de pessoas pode elaborar um projeto de lei que gostaria de ver aprovado no Congresso. A única exigência
é de que o projeto deve ser assinado por pelo menos 1% do total de eleitores do país.