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A Influencia Da Nutricao em Mulheres Com Sindrome

Este artigo apresenta uma revisão integrativa sobre a influência da nutrição na síndrome dos ovários policísticos (SOP), destacando como uma terapia nutricional adequada pode melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas. A pesquisa analisou artigos de 2012 a 2024, evidenciando que dietas que promovem a redução de peso e controle glicêmico, além da suplementação de micronutrientes, são benéficas no tratamento da SOP. Conclui-se que a atuação do nutricionista é fundamental para desenvolver intervenções nutricionais personalizadas que visem melhorar os parâmetros clínicos e metabólicos das pacientes.
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A Influencia Da Nutricao em Mulheres Com Sindrome

Este artigo apresenta uma revisão integrativa sobre a influência da nutrição na síndrome dos ovários policísticos (SOP), destacando como uma terapia nutricional adequada pode melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas. A pesquisa analisou artigos de 2012 a 2024, evidenciando que dietas que promovem a redução de peso e controle glicêmico, além da suplementação de micronutrientes, são benéficas no tratamento da SOP. Conclui-se que a atuação do nutricionista é fundamental para desenvolver intervenções nutricionais personalizadas que visem melhorar os parâmetros clínicos e metabólicos das pacientes.
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A influência da nutrição em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: Uma revisão

integrativa.
Gomes et. al.

A influência da nutrição em mulheres com síndrome dos ovários


policísticos: Uma revisão integrativa.
Ana Carolina de Macena Gomes¹, Cecilia Souza Gomes de Brito², Gabriela dos Santos Reis
Costa³, Ingrid Paiva Leite⁴, Jennifer Gomes Marques⁵, Jéssica Samara Costa Picanço⁶, Karla
Cavalcante Quadros⁷, Leonardo da Silva Vieira ⁸, Letícia Cornelio dos Reis⁹, Lorena Meggy
Batista Rocha¹⁰, Roberta da Silva de Oliveira¹¹, Yanka Alves Apolinário Souza¹².

ARTIGO DE REVISÃO
RESUMO

Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa da literatura a fim de pesquisar a influência da


nutrição na síndrome dos ovários policísticos (SOP), visando compreender como a nutrição pode
contribuir no tratamento das mulheres com a síndrome. Este estudo objetivou apresentar a
relação entre fatores nutricionais e parâmetros clínicos, bioquímicos e antropométricos da SOP.
Para tanto, foram avaliados artigos científicos publicados entre os anos de 2012 a 2024. A
pesquisa resultou em descrever como a SOP afeta a qualidade de vida das mulheres com a
síndrome e de que forma a nutrição pode auxiliar no tratamento, sem a utilização de fármacos,
por meio de uma terapia nutricional (TN) adequada, levando em consideração as necessidades
nutricionais individuais. Constatou-se que a adoção de uma dieta que auxilie na redução de peso,
bem como no controle glicêmico e nas concentrações de colesterol associada a suplementação
de micronutrientes, como vitamina D, ômega-3, ferro, picolinato de cromo e cálcio promove
benefícios em diversos parâmetros da SOP. Conclui-se então que a nutrição pode contribuir
positivamente no tratamento dessa síndrome. A atuação do nutricionista consiste em planejar,
desenvolver, realizar e avaliar uma TN adequada às mulheres com SOP, visando melhorar a
qualidade de vida dessa população.

Palavras-chave: Síndrome dos ovários policísticos; Terapia nutricional; Suplementação.

Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences


Volume 6, Issue 8 (2024), Page 3725-3751.
A influência da nutrição em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: Uma revisão
integrativa.
Gomes et. al.

The influence of nutrition in women with polycystic ovarian


syndrome: An integrative review.
ABSTRACT

This is an integrative review of the literature in order to research the influence of nutrition on
polycystic ovary syndrome (PCOS), aiming to understand how nutrition can contribute to the
treatment of women with the syndrome. This study aimed to present the relationship
between nutritional factors and clinical, biochemical and anthropometric parameters of PCOS.
To this end, scientific articles published between 2012 and 2024 were evaluated. The research
resulted in describing how PCOS affects the quality of life of women with the syndrome and
how nutrition can help in treatment, without the use of drugs. , through adequate nutritional
therapy (NT), taking into account individual nutritional needs. It was found that the adoption
of a diet that helps in weight reduction, as well as glycemic control and cholesterol
concentrations associated with micronutrient supplementation, such as vitamin D, omega-3,
iron, chromium and calcium picolinate, promotes benefits in various PCOS parameters. It is
therefore concluded that nutrition can contribute positively to the treatment of this
syndrome. The nutritionist's role consists of planning, developing, carrying out and evaluating
an appropriate NT for women with PCOS, aiming to improve the quality of life of this
population.

Keywords: Polycystic ovary syndrome; Nutritional therapy; Supplementation.

Instituição afiliada – 1 - Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (IBMR); 2 - Instituto Brasileiro de Medicina
de Reabilitação (IBMR); 3 - Universidade da Amazônia (UNAMA); 4- Universidade Potiguar (UnP); 5 – Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); 6 - Faculdade Estácio de Macapá; 7 - Centro Universitário (UNINASSAU); 8 –
Universidade Federal do Maranhão (UFMA); 9 - Universidade do grande Rio (Unigranrio); 10 - Centro Universitário
Fametro (UNIFAMETRO); 11 - Universidade Estácio de Sá (UNESA); 12 - Centro Universitário de Excelência (UNEX).
Dados da publicação: Artigo recebido em 02 de Julho e publicado em 22 de Agosto de 2024.
DOI: https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n8p-3725-3751
Autor correspondente: Jéssica Samara Costa Picanço - [email protected]

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0


International License.

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Volume 6, Issue 8 (2024), Page 3725-3751.
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INTRODUÇÃO
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das condições clínicas mais
comuns dentre as disfunções endócrinas que afetam mulheres em idade fértil (ROSA e
SILVA, 2018). Tendo uma prevalência estimada entre 6% à 15% (BAPTISTA et al., 2016;
EHRMANN, 2021; ROJAS, 2021), trata-se de uma síndrome multigênica, associada a
alterações na biossíntese, regulação e ação dos andrógenos, envolvendo disfunções na
secreção e ação das gonadotrofinas, bem como na secreção e ação da insulina (CALIXTO
et al., 2012), que podem causar desequilíbrios hormonais, disfunção ovariana,
hiperandrogenismo, infertilidade e anormalidades menstruais (ROSENFIELD &
EHRMANN, 2016; WITCHEL et al., 2020). Estima-se que no Brasil, 13% das mulheres
apresentam diagnóstico de SOP (MELO et al., 2012), sendo que 15% a 20% dessas
mulheres possuem sintomas de infertilidade, e destas, 72% a 82% são decorrentes do
hiperandrogenismo (SANTOS; ÁLVARES, 2018).

Vários fatores têm sido implicados na etiologia da SOP, estando envolvidos


componentes genéticos, fatores metabólicos pré e pós-natais e distúrbios endócrinos
hereditários. Dentre os mecanismos endócrinos associados ao desenvolvimento da SOP
está o padrão de secreção de gonadotrofinas, com hipersecreção de hormônio
luteinizante (Lutheinizing Hormone – LH), que gera consecutivos desequilíbrios
hormonais e metabólicos, resultando no hiperandrogenismo característico da doença
(ROSA e SILVA, 2018). Além das disfunções endócrinas descritas, há evidências na
literatura científica da existência de um padrão de herança monossômica dominante,
mas recentemente, as evidências mostram um padrão mais complexo de
hereditariedade, envolvendo múltiplos genes (ROSA e SILVA, 2018).

Outro fator de risco para o desenvolvimento da SOP é a adiposidade corporal.


Adicionalmente, cerca de 65% à 70% das mulheres acometidas pela SOP apresentam
resistência à insulina (RI) e consequentemente hiperinsulinemia, sendo que 30% a 40%
manifestam sinais de intolerância à glicose e 7,5% a 10% são diagnosticadas com
Diabetes Mellitus II (MARCHESAN; RAMOS; SPRITZER, 2019), apresentando maior
prevalência entre aquelas com excesso de peso (CALIXTO et al., 2012). Nesse sentido,
estudos prévios têm demonstrado que uma perda de 5% do peso corporal auxilia na

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melhora dos sintomas e restauração da função ovariana e metabólica de mulheres com


excesso de peso diagnosticadas com SOP (CALIXTO et al., 2012). A Diretriz Internacional
Baseada em Evidências para a Avaliação e Gestão da SOP (2018) recomenda que a
intervenção no estilo de vida – incluindo dieta, exercício físico e estratégias
comportamentais – deve ser enfatizada no tratamento dessa população (TEEDE et al.,
2018).

Além do risco potencialmente aumentado de adipose em mulheres com SOP,


elas também são mais propensas a desenvolver excesso de adiposidade na região
central do abdômen. A adiposidade central ou visceral está associada a uma maior
probabilidade de desenvolvimento da RI, de acordo com o papel fundamental da RI na
fisiopatologia da SOP, piorando a adiposidade visceral (LIM et al., 2012). Dentre os
fatores que explicam a relação entre obesidade e RI, sabe-se que alguns
compartimentos de gordura, especialmente de gordura visceral, são mais
funcionalmente ativos que outros. As células de gordura visceral possuem taxas mais
altas de lipólise que as células de gordura subcutânea, resultando em maior produção
de ácidos graxos livres (AGL), e taxas elevadas de AGL estão associadas a uma maior RI
(CHEN; BERESON, 2007).

O diagnóstico de SOP é feito mediante a apresentação de dois dos três critérios


de Rotterdam: hiperandrogenismo, presença de ovários policísticos e alterações no ciclo
menstrual (EE et al., 2021). Outrossim, os exames de ultrassom, a contagem de
hormônios no sangue e a avaliação do quadro de sintomas apresentados podem auxiliar
na identificação das manifestações da SOP (BRASIL, 2021).

Dada a situação, a terapia nutricional (TN) das mulheres com SOP visa melhorar
a RI característica dessa síndrome, além da manutenção do peso corporal adequado,
controlar as concentrações de insulina, bem como a regularização da menstruação e
recuperação da fertilidade, de forma que a suplementação nutricional pode
desempenhar um papel fundamental nesse tratamento (SANTOS et al., 2019).

Não obstante, este artigo tem por objetivo apresentar a relação entre fatores
nutricionais e parâmetros clínicos, bioquímicos e antropométricos na SOP.

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METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura (RIL) acerca da influência da
nutrição na SOP. Este método de alocação de informações que ordena, filtra e concatena
resultados independentes do mesmo assunto. Para tanto, foram incluídos estudos
abordando aspectos nutricionais e síndrome dos ovários policísticos, desenvolvidos com
mulheres em idade fértil entre os anos de 2012 e 2024, publicados em língua portuguesa
e inglesa.

Realizou-se a busca de artigos em periódicos, disponíveis nas bases de dados


eletrônicas: Google Acadêmico, Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS), PUBMED, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
(MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), além de consultas à plataforma
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

Para a referida revisão, os estudos foram selecionados considerando os


seguintes critérios de inclusão: ser artigo original disponível na íntegra, que respondesse
à questão do estudo, pesquisas de campo, estudos avaliando os efeitos da
suplementação de micronutrientes e implementação de TN específica para
macronutrientes. Trabalhos indisponíveis para leitura ou irrelevantes ao referido tema,
bem como aqueles publicados anteriormente ao ano de 2012 foram excluídos da
amostra.

A primeira filtragem (Refinamento 1) incluiu análise prévia do título e palavras-


chave dos artigos disponíveis nas bases de dados, bem como acesso à BVS disponível no
site <https://bvsalud.org>, considerando os critérios de inclusão e exclusão
estabelecidos previamente. Em seguida, os resumos dos estudos foram avaliados e
aqueles que preencheram os critérios de inclusão foram incluídos na revisão de
literatura para análise minuciosa e crítica dos resultados.

Para fins de pesquisa nas bases científicas de dados, foram utilizados os


seguintes descritores: síndrome dos ovários policísticos; terapia nutricional;
suplementação. Após novo refinamento (Refinamento 2), foram selecionados 28 artigos
para compor a referida revisão de literatura, conforme o organograma a seguir (Figura
1).

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Figura 1 – Protocolo de busca em bases de dados científicos nacionais e


internacionais e critérios de seleção dos estudos para análise no período de 2012 a 2024.

Fonte: autoria própria.

RESULTADOS
Ao realizar a pesquisa nas bases de dados da LILACS, MEDLINE e SciELO foram
encontrados 150 artigos e destes, 27 foram selecionados e incluídos nesta revisão, de
acordo com os critérios de seleção, conforme apresentado na Figura 1. Após análise da
revisão bibliográfica, buscou-se discutir acerca da influência da nutrição na SOP, o que
facilitou a compreensão sobre o tema. Constatou-se que, diante da necessidade de
avaliar o impacto da nutrição na SOP e da ausência de uma TN padronizada para o
tratamento da síndrome que vise melhorar o quadro clínico das pacientes e prevenir
complicações futuras, faz-se necessária uma investigação aprofundada de estudos
abrangendo o tratamento nutricional da SOP, com o intuito de promover protocolos de
intervenção dietoterápica destinados a essas mulheres.

O Quadro 1 a seguir apresenta os estudos que compuseram a referida


revisão, considerando autoria, ano, título, objetivo e principais resultados.

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Quadro 1. Artigos incluídos na revisão integrativa da literatura evidenciando a influência da nutrição na SOP.

Base de Autoria Ano Título Objetivo Resultados


dados

LILACS CALIXTO, C. 2012 Estado nutricional e consumo Caracterizar o estado nutricional Foram obtidas informações
F. S. et al. alimentar de pacientes e o consumo alimentar de sociodemográficas e perfil de saúde,
portadoras de síndrome de pacientes com síndrome dos medidas antropométricas, dados
ovários policísticos ovários policísticos (SOP). bioquímicos e do consumo alimentar.
Participaram do estudo 54 mulheres,
com média de 31, 31 ± 5,76 anos, sendo
63% classificadas com algum grau de
obesidade, 74,1% com risco
cardiovascular. Os autores concluiram
que pacientes diagnosticadas com SOP
apresentam alta prevalência de
obesidade e inadequações nutricionais,
denotando a importância de medidas
de intervenção nutricional como parte
do tratamento não farmacológico.
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SciELO MELO, A. S. 2012 Mulheres com síndrome dos Avaliar a prevalência de A frequência da síndrome
et al. ovários policísticos síndrome metabólica e dos seus metabólica (SM) foi seis vezes maior no
apresentam maior frequência critérios definidores em grupo SOP e obesas em relação às
de síndrome metabólica mulheres com síndrome dos mulheres controles de mesmo índice
independentemente do ovários policísticos do Sudeste de massa corpórea. Essa frequência foi
índice de massa corpórea brasileiro, estratificadas de duas vezes mais elevada entre as
acordo com o índice de massa mulheres do grupo SOP com IMC ≥ 25
corpórea e comparadas com e < 30 Kg/m² e três vezes maior em
controles ovulatórias. portadoras de SOP com IMC < 25
Kg/m², em relação às mulheres
controles pareadas para o mesmo IMC.
Independente do IMC, as mulheres
com SOP apresentaram maior
frequência dos critérios definidores da
SM. Concluiu-se que, mulheres com
SOP apresentam maior frequência de
SM e de seus critérios definidores,
independentemente do IMC. A
hiperinsulinemia e o
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hiperandrogenismo são características


importantes na origem destas
alterações em mulheres na terceira
década de vida com SOP.

MEDLINE LIM, S. S. et 2012 Overweight, obesity and Descrever a prevalência de Mulheres com SOP tiveram maior
al. central obesity in women sobrepeso e obesidade em prevalência de sobrepeso em
with polycystic ovary mulheres com e sem SOP e comparação com mulheres sem SOP.
syndrome: A systematic avaliar o efeito da prevalência da As mulheres caucasianas com SOP
review and meta-analysis SOP diante de conflitos étnicos tiveram um aumento maior na
em regiões geográficas e os prevalência de obesidade do que as
critérios de diagnósticos. mulheres asiáticas com SOP em
comparação com as mulheres sem
SOP. Conclui-se que mulheres com SOP
apresentaram maior risco de
sobrepeso, obesidade e obesidade
central.

SciELO REHME, M. 2013 Manifestações clínicas, Avaliar os parâmetros clínicos, A média de idade foi de 16 anos e a da
F. B. et al. bioquímicas, ultrassonográficos, bioquímicos menarca 11 anos. A irregularidade
ultrassonográficas e e as alterações metabólicas em menstrual mais observada foi
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metabólicas da síndrome dos adolescentes com síndrome dos amenorreia (72,7%), seguida de
ovários policísticos em ovários policísticos (SOP). oligomenorréia (27,3%); hirsutismo foi
adolescentes observado em 86,4% e acne em 56,8%.
Ovários policísticos ao ultrassom foram
observados apenas em 27,3%. A média
do IMC foi de 30 Kg/m². De acordo com
o IMC, 52,3% das adolescentes eram
obesas, 13,6% estavam com sobrepeso
e 6,8% eram eutróficas. O aumento da
circunferência da cintura e a redução
do HDL-C foram as alterações
metabólicas mais observadas.
Triglicerídeos aumentados foram
observados em 27,3%, pressão arterial
e aumento da glicemia de jejum
alterada foram encontrados em 9,1% e
4,5% dos casos, respectivamente.
Acantosis nigricans foi observada em
52,3% das adolescentes com SOP e a
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resistência insulínica foi encontrada em


62,8%. A síndrome metabólica foi
identificada em seis adolescentes,
sendo todas obesas ou com sobrepeso.
Entre as adolescentes com SOP do
estudo, a irregularidade menstrual e o
hirsutismo são as manifestações
clínicas mais frequentes, enquanto os
achados ultrassonográficos
compatíveis com ovários policísticos
são os menos prevalentes.

MEDLINE HE, C. et al. 2015 Serum Vitamin D Levels and Avaliar as associações dos níveis Níveis mais baixos de vitamina D sérica
Polycystic Ovary syndrome: A séricos de vitamina D com estavam relacionados a distúrbios
Systematic Review and Meta- desregulações metabólicas e metabólicos e hormonais em mulheres
Analysis endócrinas em mulheres com com SOP. Especificamente, pacientes
SOP e determinar os efeitos da com SOP com deficiência de vitamina D
suplementação de vitamina D eram mais propensas a ter disglicemia.
nas funções metabólicas e Não foram encontradas evidências de
hormonais em pacientes com que a suplementação de vitamina D
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SOP. reduziu ou mitigou a desregulação


metabólica e hormonal na SOP. A
deficiência de vitamina D pode ser uma
manifestação comórbida da SOP ou
uma via secundária na desregulação
metabólica e hormonal associada à
SOP.

MEDLINE SZCZUKO, M. 2016 Quantitative assessment of Realizar a avaliação quantitativa O grupo examinado foi caracterizado
et al. nutrition in patients with the dos componentes das dietas de por circunferência da cintura
polycystic ovary syndrome mulheres com SOP, comparando aumentada e uma relação cintura-
(PCOS) os resultados com os padrões quadril média de 0,92 ± 0,08 e valor
dietéticos atuais para as médio aumentado de IMC (28,91 ± 5,54
mulheres polonesas e definindo Kg/m²). As pacientes consumiram, em
as necessidades dietéticas das média, 1952,5 ± 472,7 Kcal/dia, e o
pacientes. risco de ingestão insuficiente de
proteínas foi determinado em 36,7%
das mulheres examinadas. O maior
risco de deficiência de minerais foi
relacionado ao cálcio, potássio e
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magnésio, enquanto com referência à


deficiência de vitaminas, tanto quanto
70% das mulheres testadas estavam
em risco de ingestão insuficiente de
ácido fólico, 36,7% delas de vitamina C,
e 26,7% de vitamina B12. Até 83,3%
dos pacientes consumiram
quantidades muito baixas de fibra
alimentar em suas dietas. Logo, na
terapia dietética de mulheres com SOP,
deve haver maior ingestão de ácido
fólico, vitaminas D e C, cobalamina,
fibra dietética e cálcio. O consumo de
gorduras totais, ácidos graxos
saturados e colesterol deve ser
reduzido, pois favorecem ao diabetes e
doenças cardiovasculares, eles afetam
a disfunção dos ovários. A dieta de
algumas das pacientes também deve
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ser suplementadas com potássio,


magnésio e zinco. A introdução de uma
dieta balanceada deve ser a chave no
tratamento de mulheres com SOP.

SciELO GONÇALVES, 2018 Interferência dos hábitos Avaliar a interferência dos Foram avaliadas 62 mulheres. Destas,
M. M. et al. nutricionais no perfil hábitos alimentares no perfil 21 apresentavam SOP e 41 não
metabólico de mulheres com metabólico e antropométrico de apresentavam a síndrome.
síndrome dos ovários mulheres no menacme com Comparando os parâmetros
policísticos Síndrome dos ovários policísticos antropométricos, foram observados
(SOP). maiores valores de pressão arterial
diastólica, circunferência abdominal e
relação entre circunferência da cintura
e do quadril no grupo com SOP. Com
relação ao perfil metabólico, não
houve diferença estatística entre os
grupos, considerando glicemia de
jejum, triglicerídeos, LDL e HDL. A
avaliação nutricionalrevelou que a
ingestão de gorduras e fibras foi muito
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similar em ambos os grupos. Concluiu-


se que o padrão alimentar das
voluntárias “SOP” ou “Não SOP” foi
semelhante. Assim, o estudo não
demonstrou influência da dieta no
perfil antropométrico e metabólico das
mulheres com SOP, sugerindo,
portanto, que outros mecanismos
intrínsecos da doença, possam
desencadear estas alterações.

MEDLINE MOGILIA et 2018 Prevalence of vitamin D Determinar a prevalência de 256 mulheres inférteis com SOP foram
al. deficiency in infertile women deficiência de vitamina D em incluídas no estudo. A deficiência de
with polycystic ovarian mulheres inférteis com síndrome vitamina D foi observada em 70,3%
syndrome and its association do ovário policístico (SOP) e mulheres, 20,3% eram insuficientes de
with metabolic syndrome: A explorar a associação da vitamina D e apenas 9,4% eram
prospective observational hipovitaminose D com a suficientes de vitamina D. A síndrome
study. síndrome metabólica em metabólica foi observada em 80/256
mulheres com SOP. (31,25%) mulheres. Não houve
evidência de associação entre
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hipovitaminose D e síndrome
metabólica, obesidade ou
hiperlipidemia. Houve uma forte
evidência de uma associação entre
circunferência da cintura > 80 cm e
deficiência de vitamina D (p = 0,02).
Logo concluiu-se que, a deficiência de
vitamina D é altamente prevalente em
mulheres inférteis com SOP e parece
não haver associação entre
hipovitaminose D e a síndrome
metabólica na mesma população.

BVS SILVA, A. R. A. 2019 Efeitos da suplementação de Revisar sistematicamente a Foram incluídos seis estudos na
et al. ômega 3 na resistência à literatura para descrever os revisão, totalizando 326 mulheres com
insulina em mulheres com efeitos da suplementação de faixa etária correspondente a 18-45
síndrome do ovário ômega-3 na RI em mulheres com anos com variações de índice de massa
policístico: revisão SOP corporal entre 25 e 45 Kg/m². A
sistemática variação de tempo de
acompanhamento entre os estudos foi
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de 2 a 6 meses. Concluiu-se que o


consumo de ômega-3 pode ter efeito
positivo sobre a RI.

BVS GOMES, M. 2020 A relação da nutrição na Compreender a relação da O consumo de micronutrientes,


C. et al. infertilidade feminina nutrição como um fator antioxidantes e um adequado estilo de
determinante na infertilidade vida foram identificados como fatores
feminina, além da importância que podem melhorar
do consumo de micronutrientes, significativamente os resultados
bem como a decorrência da reprodutivos, bem como a
obesidade e do estilo de vida identificação da relação de indivíduos
nesse processo. com sobrepeso e a obesidade e sua
influência negativa em mulheres que
estão na tentativa de conceber, além
de hábitos como tabagismo e etilismo
atuarem no atraso da concepção e no
aumento do risco de aborto
espontâneo.

LILACS PARIS, V. R. 2020 Defining the impact of dietary Analisar a combinação de um Observou-se que uma alimentação
et al. macronutrient balance on modelo de camundongo com equilibrada em macronutrientes com
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PCOS traits SOP androgenizado com uma uma dieta baixa em proteínas, média
abordagem sistemática de em carboidratos e gorduras pode
macronutrientes, para elucidar o melhorar as principais características
impacto dos macronutrientes reprodutivas da SOP. No entanto, os
dietéticos no desenvolvimento ratos com SOP exibem uma capacidade
da SOP. prejudicada em seu sistema
metabólico para responder às
variações da dieta, e o equilíbrio
variável de macronutrientes não tem
um efeito benéfico no
desenvolvimento de características
metabólicas da SOP. Foi constatado
que as características de SOP em um
modelo de camundongo
hiperandrogênico com SOP são
melhoradas seletivamente pela dieta,
com características reprodutivas
exibindo uma maior sensibilidade do
que características metabólicas ao
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equilíbrio de nutrientes. Portanto, é


essencial fornecer evidências para
apoiar o desenvolvimento de dados
baseados em evidentes intervenções
dietéticas como uma estratégia
promissora para o tratamento da SOP,
especialmente em traços reprodutivos.
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Após análise dos estudos, reforça-se que a SOP é uma desordem endócrina
frequente nas mulheres em idade fértil. No entanto, a prevalência da SOP na
adolescência não é bem estabelecida porque os sintomas e sinais que delineiam a
síndrome frequentemente se sobrepõem às mudanças fisiológicas do eixo reprodutivo
que são próprias desse período. Durante a adolescência, pode-se encontrar uma
anovulação transitória após a primeira menstruação associada com ovários multicísticos
que podem não ser facilmente reconhecidos da anovulação crônica e a morfologia
ovariana policística relacionada à SOP (REHME et al., 2013).

Outro fator de risco para o desenvolvimento da SOP é a adiposidade corporal.


Nesse aspecto, os estudos relatam uma prevalência de excesso de peso variando de 30
a 75%, estando relacionado ao agravamento dos sintomas (PARIS et al., 2020).
Adicionalmente, a maioria das mulheres acometidas pela SOP apresentam RI e
consequente hiperinsulinemia, independentemente do grau de adiposidade. A RI pode
ser detectada em 50% a 90% das portadoras de SOP, apresentando maior prevalência
entre aquelas com excesso de peso (CALIXTO et al., 2012).

Estudos realizados indicam que também há a associação entre o


hiperandrogenismo e a RI com a SOP, a doença pode ser mais prevalente entre mulheres
com sobrepeso e obesidade. Além do risco potencialmente aumentado de adipose em
mulheres com SOP, elas também são mais propensas a desenvolver excesso de
adiposidade na região central do abdômen (LIM et al., 2012).

Dada essa condição, a avaliação do estado nutricional e do consumo alimentar e


dietético de mulheres com SOP torna-se uma ferramenta importante para nortear
estratégias de intervenção nutricional (SANTOS et al., 2019). As evidências atuais
sugerem que os fatores dietéticos influenciam a sensibilidade à insulina, melhorando a
RI ao utilizar uma dieta com baixo teor de carboidratos, além de uma redução média de
mudança de peso que varia de - 1,30 Kg a - 1,66 Kg. Apesar da perda de peso ser
pequena, os dados do estudo sugerem que em mulheres hiperinsulinêmicas com a
síndrome, a redução modesta de carboidrato na dieta, pode reduzir a insulina de jejum
e, por fim, levar a uma diminuição da testosterona circulante (GOWER et al., 2013).

Além disso, pesquisas vêm relatando que a suplementação de micronutrientes,


como a vitamina D, ômega-3, ferro e cálcio em portadoras de SOP, promove benefícios

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em diversos parâmetros da SOP, sobretudo melhorando a sensibilidade à insulina


(SANTOS et al., 2019). Nesse âmbito, o acompanhamento nutricional torna-se essencial
tanto no tratamento quanto na prevenção de comorbidades associadas, enfatizando a
mudança da qualidade da dieta e de vida nas portadoras de SOP, reduzindo o enfoque
do tratamento apenas para a perda de peso (SANTOS et al., 2019).

Dentre os micronutrientes estudados na SOP, a vitamina D desempenha um


papel importante no metabolismo da glicose, aumentando a síntese e liberação de
insulina, promovendo maior expressão dos receptores de insulina, e ainda, suprimindo
citocinas pró inflamatórias que possivelmente contribuem para o desenvolvimento da
RI. Dessa forma, o efeito dessa vitamina na modulação da SOP pode estar relacionado
ao controle da RI persistente nessa população (HE et al., 2015).

Nesse contexto, um estudo observacional prospectivo foi realizado em mulheres


com SOP no sul da Índia entre março de 2016 e março de 2017. Um total de 256
mulheres com SOP foram incluídas no estudo, com idade entre 20 e 40 anos. A
prevalência de deficiência de vitamina D foi de 70,3% (180/256) e a insuficiência dessa
vitamina foi prevalente em 20,3% (52/256), representando um total de hipovitaminose
D de 90,6% (232/256) na população do estudo (MOGILIA et al., 2018).

Um trabalho conduzido por Jamilian et al. (2018) investigou os efeitos da


suplementação de picolinato de cromo no controle glicêmico, marcadores de risco
cardiometabólico e biomarcadores de estresse oxidativo durante 8 semanas em 40
mulheres inférteis com SOP, candidatas à fertilização in vitro (FIV), com idades entre 18
e 40 anos. As participantes foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos para
tomar 200 μg/dia de picolinato de cromo ou placebo (n = 20 em cada grupo). O estudo
resultou em reduções significativas na glicemia de jejum e em um aumento significativo
no índice quantitativo de sensibilidade à insulina. Além disso, a suplementação de cromo
também diminuiu significativamente os triglicerídeos séricos e os valores totais de
colesterol em comparação com o placebo. Com esses resultados, os autores afirmam
que a suplementação de cromo por 8 semanas apresentou efeitos benéficos no controle
glicêmico, em biomarcadores de risco cardiometabólico e no estresse oxidativo de
mulheres com SOP.

Ademais, estudos indicam que a suplementação de ômega-3 proporciona uma

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melhora no perfil lipídico, promovendo diminuição da RI e das citocinas pró-


inflamatórias, sendo uma das estratégias sugeridas para auxiliar na TN de mulheres
diagnosticadas com SOP, visto que a doença apresenta elevado estresse oxidativo e
caráter inflamatório (YANG et al., 2018). O ômega-3 possui efeito protetor em diversas
condições inflamatórias, atuando na redução de danos vasculares totais, evitando a
formação de trombos e aterosclerose. O efeito anti-inflamatório desse nutriente está
associado à redução da produção de eicosanoides pró-inflamatórios e, como
consequência, melhoram a sensibilidade à insulina em até 38%, apresentando
potenciais efeitos sobre a RI na SOP (SILVA et al., 2019).

A respeito dos estudos envolvendo a suplementação de ômega 3 em mulheres


com SOP, 50% utilizou doses de 1.000 mg ao dia, enquanto 25% utilizou a dosagem de
2.000 mg/dia e os outros 25% utilizou 4.000 mg/dia. A maioria das pesquisas
encontradas (67%) descreveu efeito positivo entre a suplementação de ômega-3 e
melhora da RI, utilizando os diferentes métodos de dosagem da homeostase da glicose
sérica, podendo concluir que o consumo de ômega-3 resulta em efeito positivo sobre a
RI nessas mulheres (SILVA et al., 2019).

Além do ômega-3, demais autores relatam que a inadequação da ingestão de


cálcio pode propiciar alterações na secreção de insulina e agravar a RI, comumente
observada em portadoras de SOP. Ademais, a ingestão insuficiente desses
micronutrientes e de fibras parece contribuir para o menor controle do peso corporal,
da glicemia, a insulinemia e da lipidemia, já frequentemente alterados em portadoras
de SOP, e notadamente fatores de risco para outras doenças crônicas não transmissíveis
(CALIXTO et al., 2012).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após análise dos estudos, fica evidente que o acompanhamento nutricional das
mulheres com SOP é essencial para o tratamento dessa condição. O processo do
nutricionista consiste em realizar e avaliar o estado nutricional, planejar e desenvolver
ações que visem melhorar a qualidade de vida dessas mulheres. Verificou-se, também,
a necessidade da orientação ao autocuidado durante o tratamento, destacando-se a
necessidade de compartilhamento de conhecimentos técnicos e científicos de todos os

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profissionais envolvidos no processo.

O profissional de nutrição por ser fundamentado em conhecimentos científicos


deve empregar seu papel de educador e orientar seus pacientes acerca de suas
restrições e deveres no tratamento. Outra função do nutricionista é fazer a integração
dos familiares para que conheçam o tratamento e consigam dar apoio necessário para
a paciente em casa, a fim de que se obtenha resultados positivos durante a TN.

As pesquisas para construção deste trabalho foram fundamentais no sentido de


investigar a influência da nutrição na SOP, descrevendo o processo da assistência a essa
população, enfatizando que uma TN adequada é essencial para o tratamento da
síndrome. Por meio da revisão integrativa, possibilitou-se visualizar a relevância da
atuação do nutricionista no tratamento das pacientes com a síndrome, visando
esclarecer e defender a necessidade de investimento em estudos mais aprofundados
que possam ser realizados, na atualidade e no futuro.

Dessa forma, dada a necessidade de avaliar o impacto da nutrição na SOP e a


ausência de uma TN padronizada para o tratamento da síndrome, que vise melhorar o
quadro clínico das pacientes e prevenir complicações futuras, o objetivo da pesquisa
contemplou não apenas expor a relação entre fatores nutricionais e parâmetros clínicos,
bioquímicos e antropométricos na SOP, mas sim, toda a importância que cabe ao
profissional de nutrição e a necessidade de maior atenção nessa vertente, visto que por
meio de estudos é concebível proporcionar embasamento teórico para posteriormente
ter as ferramentas necessárias para executar na prática as alterações adequadas na
alimentação, visando a eficiência da TN direcionada às mulheres com SOP.

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