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ECAula 1

O documento aborda a ecologia, definindo-a como o estudo das interações entre organismos e seu ambiente. Ele explora diferentes tipos de interações ecológicas, como intra e interespecíficas, e discute os efeitos da competição, predação e herbivoria nas populações. Além disso, menciona a importância da coevolução e a dinâmica das populações em resposta a fatores ambientais.

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ECAula 1

O documento aborda a ecologia, definindo-a como o estudo das interações entre organismos e seu ambiente. Ele explora diferentes tipos de interações ecológicas, como intra e interespecíficas, e discute os efeitos da competição, predação e herbivoria nas populações. Além disso, menciona a importância da coevolução e a dinâmica das populações em resposta a fatores ambientais.

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Ernst Haeckel

1834- 1919

Ecologia

1
Ecologia
Economia Ernst Haeckel
1834- 1919

Ecologia – do grego oikos (casa) e logos (estudo);


Economia - do grego oikos (casa) nomia (manejo, gerenciamento);

2
O que é ECOLOGIA ?

Definições: Ernst Haeckel


1834- 1919
. “Estuda as relações entre os seres vivos e o meio ou ambiente em que
vivem, bem como suas recíprocas influências” – Dicionário Novo Aurélio

. “É o estudo científico das interações que determinam a distribuição e a


abundância dos organismos” – Charles Krebs

. “É o estudo dos padrões na natureza, como eles são formados, como eles
se alteram no espaço e no tempo e porque alguns são mais frágeis que
outros – Sharon Kingsland

. “Prefiro não defini-la. Qualquer definição seria restritiva demais ao escopo


deste ramo da ciência” – Ramon Margalef
3
Uma maneira diferente de ver o mundo natural, baseada na
interdependência entre os organismos e o ambiente 4
Níveis de Organização

célula ecossistema

tecido comunidade

indivíduo
população

5
Fisiologia

Genética Ecologia Comportamento

Evolução

+ Geografia, Geologia, Matemática, Química, Física etc..

6
Respiração
Produção
Agrupamento
Funcional
primária

Cadeias
Alimentares
Abundância

Agrupamento
Biogeográfico

Emigração

Agrupamento Imigração
Filogenético

Condições
Nutrientes Ambientais
7
Ecólogos são Megalomaníacos !!!

Ecologia é uma Ciência de Síntese

Objetivos
1. Busca por Padrões

8
Objetivos
1. Busca por Padrões

2. Elaboração de Modelos: o que essa relação descreve?


Formulação imperfeita, que imita o mundo real e que pode ser testada;

É a base da teoria de biogeografia de ilhas!

9
Profa. Ana C. Petry – NUPEM / UFRJ
Comunidades

10
INTERAÇÕES ECOLÓGICAS DOS INDIVÍDUOS E DA COMUNIDADE

Os indivíduos das diferentes espécies de uma comunidade biológica


interagem entre si e com o biótopo. Essas interações são denominadas
interações ecológicas.

As interações podem ocorrer tanto com indivíduos de mesma espécie


(interações intra-específicas) como com indivíduos de espécie distinta
(interações interespecíficas).

Essas interações (intra e inter) podem ser classificadas em harmônicas


(POSITIVAS), quando trazem vantagem a pelo menos um dos indivíduos que
interagem, sem prejuízo da outra parte, e desarmônicas (NEGATIVAS),
quando implicam prejuízo para algum dos indivíduos que interagem.

11
INTERAÇÕES INTRA – ESPECÍFICAS
entre indivíduos
Harmônicas:
Colônias são associações de indivíduos de mesma espécie que formam um
conjunto funcional integrado.

Sociedade são grupos de organismos de mesma espécie em que há algum grau de


cooperação entre indivíduos. Em geral há uma hierarquia.

Desarmônicas:
Indivíduos de mesma espécie necessitam dos mesmos recursos do meio, causando
um grau de competição intra – específica.

Essa competição traz prejuízo aos indivíduos que competem.


Porém essa competição, intra – específica, impede o crescimento exagerado da
população, sendo assim um aspecto positivo desse tipo de interação.

Canibalismo
12
13
Competição intraespecífica

14
Tipos de interações entre Duas
espécies
• Neutras
• Positivas
• Negativas
• E suas combinações
• 00, --, ++, +0, -0 e +-
• ++, -- e +- (subdivididas)

15
INTERAÇÕES INTERESPECÍFICAS
Harmônicas:
Neutralismo
TIPOS DEFINIÇÃO EXEMPLOS
(+ ) (+)
PROTOCOPERAÇÃO Benefícios para ambas as espécies AVE CAVALO
A ave come os carrapatos do cavalo
(+ ) (+)
MICORRIZAS PLANTAS
MUTUALISMO Vantagens recíprocas e obrigatórias Filamento das micorrizas (fungos) penetram nas
raízes onde se nutrem de substâncias produzidas
e o fungo facilita a absorção de minerais do solo
pela planta
(+) ( 0)
HIENAS LEÕES
COMENSALISMO
(alimento) As hienas acompanham, à distância, os bandos de
leões, servindo-se dos restos da caça
abandonados por eles
Apenas os indivíduos de uma das espécies são
beneficiadas, e os da outra espécie não tem, EPÍFITAS ÁRVORES
aparentemente, nenhum prejuízo ou benefício. As epífitas vivem habitualmente instaladas como
INQUILINISMO "inquilinas" sobre árvores de grande porte que
(local) não sofrem qualquer prejuízo, e as epífitas
conseguem, dessa maneira, luminosidade. São
verdes e fotossintetizantes

16
INTERAÇÕES INTERESPECÍFICAS
Desarmônicas:

TIPOS DEFINIÇÃO EXEMPLOS


Ambas as espécies são prejudicadas. Para diminuir a (-) (-)
COMPETIÇÃO competição as espécies ocupam nichos ecológicos
GAFANHOTO GADO
INTERESPECÍFICA diferentes.
Direta e indireta Vivem em um campo alimentando-se de capim, e
competem por esse recurso.
Uma espécie é beneficiada e a outra é prejudicada (+) (-)
HERBIVORISMO
GIRAFA PLANTAS
As girafas se alimentam das plantas, existindo,
então, prejuízo para as plantas, que são devoradas
parcial ou totalmente por eles.
PARASITISMO PIOLHO HUMANO
O piolho (parasita) se alimenta das secreções das
glândulas sebáceas presentes no couro cabeludo
humano.
LOBO COELHO
PREDATISMO
Os lobos (predadores) matam e comem os coelhos
(presas), que são animais de outra espécie.
(0) (-)
AMENSALISMO
FUNGO BACTÉRIAS
Indivíduos de uma espécie prejudicam o crescimento
e a reprodução de outras espécies O fungo libera substâncias antibióticas que matam
bactérias assim, o fungo evita que as bactérias
venham a competir com ele por alimento.
17
18
• As interações negativas tendem a predominar nas
comunidades pioneiras ou perturbadas:
Seleção r neutraliza a mortalidade

• Na sucessão, interações negativas, são minimizadas


a favor das positivas = elevada sobrevivência
(comunidades maduras-superpopulosas)

• Associações novas ou recentes – interações


negativas (severas) – em relação às antigas;

19
Predação e Herbivoria Mariposa do cacto

Todas as formas de vida – Consumidores


Interações consumidor – recurso
Cadeias de consumidores
Predador, parasita, parasitóide, herbívoro e detritívoro

“População recurso”
20
Os predadores têm adaptações para explorar suas
presas
Perseguem, capturam e comem - Tamanho da presa

21
Forma e função

Dieta

22
Esconder, escapar e defender

As presas têm
adaptações para escapar
de seus predadores
Coloração Críptica e de advertência
Aposematismo
23
Mimetismo Batesiano Henry Bates
Mimetismo Mülleriano Fritz Müller

24
Os parasistas têm adaptações para assegurar sua dispersão entre os hospedeiros
Após 48 hr da
invasão, Endo e ectoparasitas
febre e Gametas
Parede intestino
tremores
esporozoítos

gametócitos
Após 48 hr da
invasão,
Glândula salivar
febre e
tremores
Os sistemas parasito-
hospedeiro incluem
adaptações para a
virulência, imunoresposta
e outras defesas do
Início
hospedeiro
* Inflamação
Merozoítos * Anticorpos
Injeta esporozoítos
invedem as
células do
sanguem. 25
Penetram nas
merozoítos células do fígado
As plantas não podem se esconder
ou fugir;

• A herbivoria varia com a qualidade


das plantas como recursos
• Outras táticas para “escapar” dos seus consumidores;
• Valor nutricional baixo;
• Compostos tóxicos;
• Estruturas defensivas (espinhos, pelos, coberturas duras
nas sementes, resinas...);

26
As plantas têm adaptações estruturais e químicas para se defenderem dos herbívoros

Qualidade nutricional e
digestibilidade

Crítica para os
herbívoros

Taninos, piretrina,
Compostos secundários:
Nitrogenados: Lignina, alcalóides (morfina),
nicotina, Cianeto…
Terpenóides: Óleos essenciais, látex e
resinas vegetais…
Fenólicos: Propriedades antimicrobianas…

Toxinas aumentam – desfolhação – defesas induzidas!!!!!

Os herbívoros controlam efetivamente algumas populações de plantas


27
O consumidores podem limitar as
populações - recurso
As populações são autolimitantes, porque os recursos se
tornam mais escassos à medida que as populações
crescem;

Quando os recursos são limitados, a mortalidade


aumenta – fome, predação, doença, não consegue
compensar as mortes pela reprodução;

Qual o grau que os consumidores influenciam suas


populações recursos?
28
Predação Dinâmica das interações consumidor - recurso
Charles Elton, 1924.
“Flutuações Periódicas
no Número de animais:
Suas causas e efeitos”

Aumentam e diminuem em ciclos – com retardos

29
Herbívoros podem controlar a população de plantas

Hypericum perforatum
Erva de São João - PRAGA

Chrysolina

A pastagem e a desfolhação = infecção


por parasitas e patógenos
Produção de defesas – retardo de tempo
– coevolução - Dinâmica

Dinâmicas complexas – consumidores e recursos – oscilações regulares 30


A coevolução é um tipo de
evolução da comunidade
-Uma interação evolutiva entre os organismos
(sps.) na qual a troca de informações genéticas
entre os participantes é mínima ou ausente.

- Tem uma estreita relação ecológica;

31
Que fatores influenciam o tamanho e a estabilidade das Populações?

Os consumidores podem limitar as


Os predarores reduzem o tamanho das populações-recurso
populações de presa substancialmente
abaixo da capacidade suporte
determinada pelos recursos das presas?

Faz a dinâmica das interações predador-


presa com que as populações oscilem?

ácaro

32
As populações de predadores e presas freqüentemente aumentam e diminuem em
ciclos regulares
A estrutura do habitat pode
afetar os ciclos populacionais

Picos a cada dois anos refletem o


tempo exigido para uma densidade
suficiente alta de recém-nascidos.

Densidade – patógeno e hospedeiro


A fragmentação da floresta
com muita borda prolonga
Sarampo a ocorrência de eclosões
de infestações da lagarta.

Periodicidade
33
Vários fatores tendem a reduzir as oscilações nos modelos predador-presa
Estabilidade – equilíbrio – ciclos estáveis – fatores desestabilizantes
A ineficiência do predador (ou tática de fuga ou, ainda, estratégias de defesas aprimoradas);
Limitação dependentes da densidade do predador ou presa por fatores externos à sua relação;
Recursos alimentares alternativos para predador;
Refúgios da predação e densidades de presa baixa;
Retardos de tempo reduzidos na resposta do predador às mudanças na abundância das presas.

34
• Os predadores e os parasitas beneficiam as
populações que carecem de auto-regulação
– evitam a superpopulação que, de outra
forma, poderia resultar em auto-destruição

35
Competição
Interação de dois organismo que procuram a
mesma coisa;
Uso ou a defesa de um recurso por um indivíduo
que reduz a disponibilidade daquele recurso aos
outros indivíduos;
Intra e Inter específica;
Experimento de Tansley
(1917): Galium saxatile e G. silvestre

Plantas
herbáceas
pequenas e
perenes

36
Conclusões do experimentos como o de Tansley:
• 1. A presença ou ausência de uma espécie poderia ser determinada pela
presença de outras;
• 2. As condições do ambiente afetam o resultado da competição;
• 3. A existência de uma “segregação ecológica” entre espécies poderia ter
resultado de uma competição no passado;

A competição ocorre por recursos limitantes

• Lei do mínimo de Liebig (químico alemão, 1840): limitação ocorreria por


apenas um único ou mais importante recurso limitante;

• “Sob condições de estado constante, o nutriente presente em menor


quantidade (concentração próxima à mínima necessária) tende a ter efeito
limitante sobre a planta.”(originalmente descrito partir de estudos sobre
nutrição vegetal);

37
Competição assimétrica: Uma sp explora um determinado recurso mais
eficientemente do que a outra; a segunda pode persistir evitando melhor a
predação ou subsistindo com um recurso diferente;
Competição de exploração: redução dos recursos compartilhados;
Competição de interferência: Antagonismo direto, comportamentais ou
químicos;
Competição por acasalamento local: direta entre os machos que competem
pelas fêmeas…

Princípio de Gause
Recursos utilizados:
Princípio de exclusão competitiva
Espaço, alimento,
nutrientes, luz,
Adaptações seletivas pluviosidade, dejetos…

Coexistência

38
Seleção Natural
Os consumidores compentem por recursos

RECURSO – Tilman, D. Substância ou fator – crescimento, disponibilidade aumenta.


- consumido; Chaves
para
- consumidor – manutenção fisiológica;
reconhecer
- se reduzido – afeta a população dos consumidores um recurso
Redução de recurso – densidade dependente
Fatores genéticos – diferença de eficiência
espaço

39
Exclusão competitiva – falha na coexistência

O princípio de competição exclusiva (Gause, 1932)


• “Duas espécies não podem coexistir indefinidamente sobre um mesmo recurso
limitante”;
• Experimentos similares em uma variedade de organismos mostraram o mesmo
40
resultado: uma espécie persiste e outra se extingue em 30-70 gerações;
Competição de exploração e de interferência

Competição pode aumentar com a


disponibilidade de recurso

41
Algumas plantas competem
por meios químicos:

Alto conteúdo de óleo!

Alelopatia

42
Competição assimétrica

Competição entre cracas em costões rochosos


43
Quando é possível a coexistência de espécies potencialmente competidoras?

• Se duas espécies coexistem em um ambiente estável, elas o fazem como resultado de


diferenciação de nichos, mais precisamente, de nichos realizados;

• Ainda segundo o princípio de competição exclusiva, para espécies coexistirem


utilizando recursos limitantes, é necessária diferenciação de nichos;
Segregação de habitats ou partição de recursos (nicho)

Os predadores podem manter a diversidade de espécies de presas reduzindo as populações de


competidores superiores;

44
Coevolução e Mutualismo
Charles Mode, 1958

Coevolução: A ocorrência de atributos geneticamente determinados (adaptações) em


duas ou mais espécies selecionadas pelas interações mútuas controladas por estes
atributos;
Coexistência: A ocorrência de duas ou mais espécies no mesmo habitat; normalmente
aplicado a espécies potencialmente competidoras;
Mutualismo: Uma relação entre duas espécies que beneficia ambas;
Mutualismo defensivo: Uma relação entre duas espécies, nas quais uma defende a
outra contra alguns inimigos e normalmente recebe algum tipo de nutrição ou espaço
vital em troca;
Mutualismo trófico: Uma relação simbiótica entre duas espécies baseada em métodos
complementares de obter energia e nutrientes.

45
Victoria, Australia – 1859
Coelhos europeus – pragas
Vírus Mixoma (varíola)/1950
Coelhos da América do Sul

Seleção Natural

Interação – respostas – coexistência – coevolução

Relações antagônicas

Predador – presa

Parasita – hospedeiro
46
Paul Ehrlich e Peter Raven, 1964
Ecológico e mais popular;

Especificidade taxonômica
Interações genótipo – genótipo

Helioconius

Passiflora
Puccinia graminis

47
Consequências evolutivas da competição: Deslocamento de caracteres
Deslocamento de caracteres
• Evidência: Duas ou mais espécies próximas filogeneticamente diferem mais em uma
caractere quando em simpatria do que em alopatria.
• Não há um consenso sobre a prevalência de deslocamento de caracteres na natureza.
• Um dos melhores exemplos é o dos tentilhões (Geospiza) de Darwin (Darwin´s
finches), das Ilhas Galápagos.

48
Yucca shidigera

Obrigatório

Tegeticula

Simbiose -Limpeza

Moréia

Os Mutualistas têm funções complementares


Coevolução
Lysmata
amboiensis
Defensivo

49
Mutualismo
• Benefício mútuo para ambas as espécies envolvidas.

• Simbiose: o sentido original, mais amplo, foi resgatado recentemente “vivendo muito
proximamente ou em conjunto”. Portanto se aplica ao mutualismo, comensalismo e
parasitismo.

• Mutualismos tendem a ser interpretados no senso comum como tendo evoluído “para
o bem das espécies envolvidas”. CUIDADO!

• Se evoluiu por seleção natural, mutualismos devem ser exemplos de cooperação entre
espécies por aumentarem a aptidão dos indivíduos envolvidos em relação a indivíduos
que não cooperam.

Mutualismo trófico

50
Mutualismo defensivo
Mutualismo trófico-defensivo

51
Mutualismo dispersivo

52
Forrageio ótimo
Ativos e os “senta e espera”

Generalistas e especielistas

53

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