VETORES
PROF DALPIAZ
1.1 Módulo de um vetor
Definição: Dado um vetor de um espaço vetorial euclidiano V, chama-se módulo, norma ou
comprimento de o número real não-negativo, indicado por , definido por:
Observe que se for um vetor do com produto interno usual, tem-se:
1.2 Distância entre dois vetores
Definição: chama-se distância entre vetores (ou pontos) e o número real representado por
e definido por:
Sendo e vetores do , com produto interno usual, tem-se:
Ou
1.3 Ângulo de dois vetores
Definição: Sejam e vetores não-nulos de um espaço vetorial euclidiano V.
A desigualdade de Schwartz , pode ser escrita como:
ou
O que implica:
Por esse motivo, pode-se dizer que essa fração é o co-seno de um ângulo , denominado ângulo dos
vetores e :
Problemas Resolvidos.
1) Considere o com o produto interno usual. Determine a componente c do vetor
tal que .
Solução:
2) Seja o produto interno usual no . Determinar o ângulo entre os seguintes vetores:
e
Solução:
Donde vem:
rad.
1.4 Vetores Ortogonais ou Perpendiculares
Definição: Seja V um espaço vetorial Euclidiano. Diz-se que dois vetores e de V são
ortogonais, e se representa por , se, e somente se, .
Exemplo: seja um espaço vetorial euclidiano em relação ao produto interno
. Em relação a este produto interno, os vetores e
são ortogonais, pois:
.
Obs.:
1) O vetor é ortogonal a qualquer vetor .
2) Se , então para todo .
3) e , então .
2. TRANSFORMAÇÕES LINEARES
Neste capítulo será estudado um tipo especial de função (ou aplicação), onde o domínio e o
contradomínio são espaços vetoriais reais. Assim, tanto a variável dependente quanto a
independente são vetores, por isso são chamadas funções vetoriais. Neste curso, o estudo será
limitado ao estudo das funções vetoriais lineares, que serão denominadas de transformações
lineares.
Diz-se que T é uma transformação do espaço vetorial V no espaço vetorial W, e escreve-se
. Sendo T uma função que a cada vetor tem apenas um vetor imagem , que
será indicado por .
Exemplo: seja a transformação que associa vetores com vetores
. Seja a lei que define a transformação T: . Então, se
, tem-se: .
Obs.: uma transformação linear de V em V é chamada “Operador Linear”.
Exemplo 1: A transformação , definida por é linear e
quando
Exemplo 2: Dada a transformação , definida por ,
calcular “x” e ”y” para que
3.1 VETORES LD OU LI (Linearmente Dependentes ou Independentes)
Exemplo 1. Dois vetores são LD quando suas coordenadas são múltiplas. Sejam v1 = (2, – 1, 4) e v2
= (4, -2, 8). Então:
x = 2/1 e y = -1/-2 e z = 4/8
Ou seja:
Dois vetores u e v são LD se e somente se um é múltiplo escalar do outro.
Por exemplo, os vetores (– 1, 1, 2) e (2, – 2, 4) são LD pois
(2, – 2, – 4) = – 2(– 1, 1, 2).
Exemplo 2. Três vetores LI em R3 se seu determinante for diferente de zero.
Sejam v1 = (2, – 1, 4), v2 = (1, 0, 2) e v3 = (3, – 1, 5). Então:
de forma que = {v1, v2, v3} é um conjunto LI. Assim, gera o R3, ou seja, todo vetor v = (x, y, z)
R3 se escreve (de forma única) como combinação linear dos vetores de .
Convém lembrar o que isto significa: que o R 3 é “criado” por estes três vetores. Na verdade,
quaisquer três vetores LI. do R3 “criam” o R3.
Exercícios
1) Verifique se os vetores abaixo são LI ou LD:
a)
b)
2) Em P2, mostre o conjunto é linearmente independente.
3) Verifique se os vetores , e são LI ou LD.
3.2 LEI DE UMA DEPENDÊNCIA LINEAR
Definição.
Sejam v1, v2, ..., vn vetores quaisquer de um espaço vetorial V e a1, a2, ..., an números reais.
Então todo vetor vV da forma
v = a1v1 + a2v2 + ... + an vn
é um elemento de V ao que chamamos combinação linear de v1, v2, ..., vn.
Exemplo 1. Em R3, o vetor v = (– 7, 7, 7) é uma combinação linear dos vetores u1 = (– 1, 2, 4) e u2
= (5, – 3, 1), pois:
(– 7, 7, 7) = 2(– 1, 2, 4) – 1(5, – 3, 1).
Exemplo 2. Em R3, determinar os valores “a” e “b” para que: (– 7, 7, 7) = a(– 1, 2, 4) + b(5, – 3,
1). Pois a=2 e b=-1