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Regras Pont

O documento aborda regras essenciais para o uso correto da vírgula e da crase na língua portuguesa. Destaca que a vírgula não deve ser vista como uma pausa para respirar e apresenta casos em que seu uso é obrigatório, como separação de orações independentes e vocativos. Além disso, explica quando a crase deve ser utilizada, como antes de palavras femininas e na indicação de horas.

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Regras Pont

O documento aborda regras essenciais para o uso correto da vírgula e da crase na língua portuguesa. Destaca que a vírgula não deve ser vista como uma pausa para respirar e apresenta casos em que seu uso é obrigatório, como separação de orações independentes e vocativos. Além disso, explica quando a crase deve ser utilizada, como antes de palavras femininas e na indicação de horas.

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Regras essenciais para usar a vírgula sem errar

O uso correto da vírgula é essencial para se comunicar bem. Colocada


no lugar errado, a pontuação altera e até distorce o real sentido que
um texto pretende passar. E, ao contrário do que muita gente pensa,
aplicar corretamente a vírgula é menos complicado do que se imagina.
Para isso, basta ter consciência de algumas regras (e consultá-las
sempre que for necessário).

1 – Nada de pausa para respirar:

De cara, é preciso desfazer o conceito equivocado de que a vírgula é


“uma pausa para respirar” dentro de uma oração ou entre orações de
um mesmo período. Uma coisa não tem a ver com a outra, até porque
as pessoas respiram de modos diferentes.

– Quando no colégio se explica ‘pausa na escrita’, o aluno é induzido a


pensar que se trata de uma pausa como reflexo da fala. Há
professores que brincam dizendo que, se a vírgula indicasse uma
pausa, pessoas que respiram muito na fala colocariam vírgula em todo
o texto, o que, definitivamente, não é o correto – explica a professora
de Português e coordenadora do programa de Leitura, Interpretação e
Produção Textual do Colégio Mopi, Christiana Leal.

2 - Sujeito e predicado nunca se separam

O emprego correto da vírgula exige que se tenha clareza sobre quais


são os termos integrantes de uma oração. O que é um sujeito, o que é
um objeto, o lugar do verbo, o que é um adjunto adverbial e a sua
posição na oração. Essa consciência evita que se cometa o erro mais
grosseiro em relação à pontuação, que é o de separar o sujeito do
predicado numa frase.

Ex.: O presidente da França (sujeito) visitou o Brasil (predicado)

3 – Casos de vírgula obrigatória

Há, porém, casos em que a aplicação da vírgula é indispensável:

– Deslocamento sintático

Ex.: À noite , vou ver meu irmão.

O ‘à noite’ é um adjunto adverbial de tempo que está deslocado para


destacar o período do dia. A forma direta seria “ Vou ver meu irmão à
noite (sem vírgula). Já com a inversão, é necessária a vírgula.

– Orações independentes

EA vírgula é usada para separar orações que não apresentam


dependência sintática entre si.

Ex.: O dia cai , a maré sobe , o mar avança .

– Separação de elementos com funções sintáticas diversas

Ex.: Barack Obama, presidente dos EUA , tem duas filhas.


Aqui a vírgula é utilizada para isolar o aposto, que é uma palavra ou
expressão que explica ou se relaciona com o tema anterior.

Ex.: Barack Obama, que governou os EUA por oito anos , terminou
seu mandato em 2017.

Nesse caso, a explicação sobre o termo anterior é uma oração


explicativa e também deve estar entre vírgulas.

- Vocativo do sujeito

Ex.: Antônio , traga os meus livros, por favor!

O exemplo mostra um caso de vocativo, que é um termo usado para


chamar, interpelar ou invocar um ouvinte. Antônio, vocativo da frase
acima, é isolado então pela vírgula.

- Evitar repetições

Ex.: Veio o carnaval , com ele o tradicional desfile de blocos na rua.

Para indicar a supressão de uma palavra, no caso, o substantivo


carnaval.

- Separando conjunções

Ex.: O time do Brasil jogou bem, porém foi derrotado


Sempre usar vírgula antes de conjunções adversativas como porém,
contudo, todavia, entretanto, portanto; e antes de mas, quando esta
última tem sentido de porém.

Crase: regras de uso

Márcia Fernandes
Professora licenciada em Letras

A crase (`) serve para evitar a repetição da letra "a" nas situações em que precisamos
utilizar o artigo definido a, ou os pronomes aquela, aquele e aquilo, junto com a
preposição a.

Exemplos:

 Vamos à praia?
 Fui às compras ontem.
 Devo tudo àquela pessoa que me ajudou.

A crase deve ser usada nos seguintes casos:

1. antes de palavras femininas;


2. na indicação de horas;
3. nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas;
4. antes da expressão "à moda de", mesmo quando ela esteja subentendida.

1. Antes de palavras femininas


Exemplo: Vou à padaria (a + a).

A crase serve para evitar que se escreva a a (vou a a padaria), porque quem vai, vai
a algum lugar. E como "padaria" é uma palavra feminina, antes dela colocamos um
"a" = a padaria.

Agora, repare: Vou a o cabeleireiro = Vou ao cabeleireiro (a + o).


Mais exemplos:

 Muito açúcar faz mal à saúde.


 Refiro-me à morena.
 Vou à praça e já volto.

2. Na indicação de horas
Exemplos:

 A aula começa às 8h.


 Ela trabalha das 9h às 18h.
 A consulta é às 14h.

Usamos crase quando se indica um horário, como nos exemplos acima.

No entanto, quando falamos em horas contadas, não usamos crase. Por exemplo: As
duas horas de aula pareciam não ter fim.

A crase também não é usada se antes das horas estiverem as preposições após,
desde, entre, para. Por exemplo: Venha após as 14h.

3. Nas locuções adverbiais, prepositivas e


conjuntivas femininas
Exemplos:

 Falaremos à noite.
 Às custas dela, ficou de castigo.
 Chorava de rir à medida que falava.

Usamos crase nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas que contenham


palavras femininas, como nos exemplos acima.

São locuções adverbiais: à direita, à esquerda, às vezes, à tarde, à noite.

São locuções prepositivas: à(s) custa(s) de, à exceção de, à mercê de, à proporção
de, à volta de, às expensas de.

São locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que.

4. Antes da expressão "à moda de", mesmo


quando ela esteja subentendida
Exemplos:

 Fez um gol à Pelé. (Fez um gol à moda de Pelé.)


 Gosta de poemas à Drummond. (Gosta de poemas à moda de Drummond.)
 Veste-se à Chanel. (Veste-se à moda de Chanel.)

Usamos crase na expressão "à moda de", mesmo quando ela esteja subentendida na
frase.

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