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Formatação Do Trabalho - Metodologia Da Pesquisa

O documento aborda a violência doméstica no Brasil, destacando sua gravidade e impacto sobre mulheres e crianças, com dados alarmantes sobre a prevalência de abusos físicos, psicológicos e sexuais. A legislação, como a Lei Maria da Penha, é mencionada como um marco na luta contra essa violência, embora desafios persistam na implementação e na denúncia. O texto também discute as consequências da violência na infância e a importância da conscientização e educação para prevenir esses abusos.
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O documento aborda a violência doméstica no Brasil, destacando sua gravidade e impacto sobre mulheres e crianças, com dados alarmantes sobre a prevalência de abusos físicos, psicológicos e sexuais. A legislação, como a Lei Maria da Penha, é mencionada como um marco na luta contra essa violência, embora desafios persistam na implementação e na denúncia. O texto também discute as consequências da violência na infância e a importância da conscientização e educação para prevenir esses abusos.
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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL MARIANO TEIXEIRA

TÉCNICO EM NUTRIÇÃO
METODOLOGIA DA PESQUISA

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO BRASIL

Recife, 19 / 11 /2024
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL MARIANO TEIXEIRA
TÉCNICO EM NUTRIÇÃO
METODOLOGIA DA PESQUISA

Cecília Ferreira Barros de Albuquerque


Samara Maria Alves Da Hora
Kevin Gustavo Oliveira dos Santos
Letícia da Silva Fonseca
Maria Luiza Anacleto da Silva Mota

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO BRASIL

Trabalho apresentado à disciplina


de Metodologia da Pesquisa para obtenção
da segunda nota.

Recife, 19 / 11 /2024
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 0
1
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 COMO IDENTIFICAR?
2.2 LEGISLAÇÃO E POLÍTICA
2.3 VIOLÊNCIA INFANTO JUVENIL
2.5 CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA NA INFÂNCIA
2.4 TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
2.5 CASOS DE VIOLÊNCIA FÍSICA
2.6 CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL
2.7 CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER
2.8 COMO DENUNCIAR?
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
https://extra.globo.com/casos-de-policia/21-historias-de-
violencia-contra-mulher-nos-ultimos-anos-23509297.html
http://www.crprj.org.br/site/wp-content/uploads/2016/05/
jornal17-nilobatista.pdf
https://www.scielo.br/j/sausoc/a/
nYZkmKccHpWMjCkNHWrp7JB/
https://www.locus.ufv.br/handle/123456789/12860
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI

MATOS, G.; FERREIRA, A.; MANOEL, C. Desenganados da vida


humana e outros poemas. São Paulo, 2018.

NOME DO AUTOR. Título do livro ou do artigo. Local, ano.

ordem alfabética
inicia com os nomes dos autores (coloca o último nome todo em
maiúsculo e apenas a primeira letra dos outros nomes, por
exemplo, RODRIGUES, N.)
depois coloca o título do livro ou do artigo
depois coloca o local de publicação
ano de publicação
1. INTRODUÇÃO

A Violência doméstica no Brasil é um grave problema que afeta milhares de


pessoas em todo o país, especialmente mulheres e crianças. De acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ema 2022, cerca de 48%
das mulheres brasileiras sofreram violência física, psicológica ou sexual por
parceiros íntimos.
Além disso, o mesmo estudo revelou que 71% das vítimas de feminicídio eram
parceiras ou ex parceiras dos agressores. As vítimas desse tipo de violência
sofrem tanto fisicamente quanto psicologicamente, facilitando o
desenvolvimento de vários problemas como a depressão, ansiedade,
transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), baixa autoestima, dissociação,
pensamentos suicidas, suicídio e etc.. Esses efeitos psicológicos podem durar
bastante e afetar a vida diária da vítima, dificultando no trabalho,
relacionamentos saudáveis e bem-estar geral.
O agressor geralmente é um membro familiar com 71.9% agressões de
parceiros ou ex-parceiros, 44,1% sendo companheiros. 21,4% sendo pais ou
padrastos, 12,2% sendo filhos ou enteados e 6.5% foram agredidas por irmãos
ou cunhados A lei Maria da penha (2006) é um marco importante no Brasil na
luta contra a violência doméstica, proporcionando proteção e apoio as vítimas.
Outras iniciativas, como a Lei do Feminicídio (2015) e o Programa Nacional de
Prevenção a violência contra as Mulheres, também são fundamentais. No
entanto, a violência doméstica no Brasil enfrenta obstáculos coma denuncia
das vítimas incluindo medo de ameaças, Vergonha e falta de apoio. A
conscientização e a Educação são essenciais para prevenir esse tipo de
violência e diminuir o comportamento machista que tanto prevalece no Brasil, a
inclusão de temas relacionados a violência doméstica nas escolas é um
importante assunto a ser discutido.
Essa realidade é ainda mais preocupante quando consideramos que a
violência doméstica não afeta apenas as vítimas diretas, mas também
seus filhos, familiares e comunidades. Além disso, a violência
doméstica é um dos principais fatores que contribuem para a
mortalidade feminina no Brasil, com 1.181 feminicídios registrados
em 2019, de acordo com o Ministério da Saúde.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Como identificar?

Para identificar uma violência doméstica, uma das formas de


identificar a violência física é a partir do exame físico por ser um
meio que possibilita a verificação de sinais e marcas da violência
física, sendo necessário analisar cuidadosamente cada ferimento,
relacionando a lesão presente com a história apresentada.
Todavia, a violência física nem sempre ocorre de maneira isolada e
enfatiza-se a importância de as pessoas estarem atentas aos demais
tipos de violência para que possam prestar uma assistência
qualificada.
Destaca-se que é importante ao futuro profissional ter capacidade de
perceber a problemática da violência, além de saber identificar a
presença de lesões. E, quando for caso necessário, encaminhar o
usuário a um exame de corpo de delito, para que sejam analisadas
de maneira fidedigna quaisquer marcas ou ferimentos que estejam
presentes também é importante saber os tipos de violência
doméstica, a própria Lei n° 11.340, que rege os mecanismos para
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher (2006), define
os tipos de violência, delimitando cinco domínios, a saber: físico,
patrimonial, sexual, moral e psicológico.
A violência também ocorre com as crianças e adolescentes, sendo
algo mais "normalizado" dentro da sociedade, um estudo feito pelo
Centro Regional de Atenção aos Maus-Tratos na Infância (CRAMI-
Rio Preto) onde foram entrevistadas cinquenta e cinco famílias, que
responderam um questionário estruturado, que apresentam as
modalidades de violência doméstica, cometidas contra crianças e
adolescentes, são classificadas em: violência física, violência
psicológica, negligência e violência sexual.
Essas modalidades podem ocorrer na forma pura, quando se trata
de uma única modalidade de violência, ou associada, quando em um
mesmo caso são identificadas duas ou mais modalidades. Em casos
de violência contra a criança e adolescente através da linguagem
corporal e comportamentos podem indicar uma vítima sendo ela
criança ou adolescente de violência.

2.2 Legislação e Política

O artigo de Cecília MacDowell Santos explora a relação entre as


lutas feministas e as políticas públicas brasileiras no combate à
violência contra mulheres, analisando três marcos institucionais: a
criação da primeira delegacia da mulher em 1985, a criação dos
Juizados Especiais Criminais em 1995 e a promulgação da Lei Maria
da Penha em 2006.
Cada um desses momentos representa um avanço na
institucionalização do enfrentamento à violência doméstica, embora
também revele limitações no atendimento às demandas feministas. A
criação das delegacias da mulher foi um importante passo para
oferecer às vítimas um espaço especializado, mas a falta de
recursos e a visão de que a violência doméstica era uma questão
privada limitaram seu impacto. Em 1995, os Juizados Especiais
Criminais buscavam agilidade em conflitos de menor potencial
ofensivo, mas acabaram banalizando casos de violência doméstica
ao permitirem penas alternativas, o que foi criticado pelos
movimentos feministas. Já a Lei Maria da Penha, em 2006, marcou
uma conquista significativa, estabelecendo punições mais rígidas,
medidas protetivas e políticas de assistência, tratando a violência de
gênero como um problema público e de responsabilidade do Estado.
Apesar desses avanços, Santos destaca que as instituições nem
sempre acolhem plenamente as demandas feministas, com certas
reivindicações sendo silenciadas ou adaptadas. Assim, o artigo
sugere que, embora a institucionalização da luta contra a violência
doméstica tenha representado importantes conquistas, ainda
existem barreiras e resistências no sistema jurídico-político brasileiro
para que essas demandas sejam plenamente atendidas.

2.3 Violência Infanto Juvenil

Em sua grande maioria, permanecem silenciosos e silenciados no


ambiente em que ocorrem, sendo estimado que todos os dias
morram 227 crianças e jovens no mundo e, a cada morte, muitos
mais são hospitalizados em decorrência dos ferimentos.
Considerando-se dados de 190 países, é notório que um em cada
três adolescentes foram vítimas de violência emocional, física ou
sexual. O Brasil abriga um quinto de todos os assassinatos de
crianças e adolescentes ocorridos no mundo, além de ser o segundo
país com maior número de assassinatos, atrás apenas da Nigéria.
Nas últimas décadas, o reconhecimento da violência como problema
de saúde pública no Brasil e da necessidade de proteger as crianças
e adolescentes, a fim de contribuir para seu crescimento e
desenvolvimento, ampliou as políticas e estratégias voltadas para a
emergente questão da violência dentro dessa faixa etária.
Em consonância com a Convenção sobre os Direitos da Criança
(1989), o Brasil foi o primeiro país a promulgar um marco legal, o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sancionado pela Lei no
8.069/90. Constituiu-se no instrumento de garantia da cidadania,
dando prioridade absoluta a crianças e adolescentes nos cuidados e
na proteção contra a negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e/ou opressão. O ECA criou também obrigações
legais dos profissionais de saúde quanto à notificação por ação ou
omissão aos seus direitos fundamentais; criou ainda o Conselho
Tutelar, órgão responsável por iniciar a avaliação da situação
denunciada, desencadeando as medidas a serem adotadas pelas
redes específicas de atenção. Na esteira desses movimentos,
diversos fatos aconteceram no Brasil para ampliar a discussão sobre
o tema, com a finalidade de conhecer qual é a realidade das
violações e aplicar programas e medidas que consigam superá-las.
Em 2010, foi aprovada a Proposta de Emenda Constitucional nº 65,
conhecida como PEC da Juventude; em 2011, realizou-se a 2ª
Conferência Nacional de Juventude com o tema “Juventude,
desenvolvimento e efetivação de direitos”; em maio de 2013, foi
aprovado o novo Plano Nacional de Enfrentamento da Violência
Sexual contra Crianças e Adolescentes; em agosto de 2013,
aprovou-se a Lei nº 12.852, que institui o Estatuto da Juventude e
dispõe sobre os direitos dos jovens. Mais recentemente, em 26 de
junho de 2014, aprovou-se a Lei nº 13.010, também conhecida como
Lei do Menino Bernardo ou Lei da Palmada.
Essa lei trouxe algumas previsões para o trato de casos em que são
constatados maus-tratos a crianças e adolescentes, definiu os
termos “castigo físico” e “tratamento cruel”, bem como medidas a
serem tomadas pelo Conselho Tutelar e Poder Público em caso de
constatação de maus-tratos. A lei foi criada com intuito de alterar o
ECA no que fosse preciso para promover uma maior proteção e
segurança contra as violências domésticas no geral, estabelecer o
direito à educação e cuidados, sem o uso de castigos corporais ou
de tratamento cruel ou degradante contra a criança e ao
adolescente.
A Lei recebeu o nome do menino Bernardo Uglione Boldrin, que foi
morto em abril de 2014, no Rio Grande do Sul, figurando como
suspeitos do crime seu pai e sua madrasta, e o caso causou grande
comoção nacional.
A violência física é a mais notificada, presente em 58% dos casos. É
seguida pela negligência e violência psicológica, cada uma
representando 34,5% e, por último, a violência sexual aparece em
29% das notificações. Na forma pura, a violência psicológica é a
menos identificada, 4%, e cada uma das demais modalidades
representa cerca de 14%. A violência física associada à psicológica é
a que apresenta maior frequência, representando 20% dos casos.
A violência física associada à negligência está presente em 10,9% e
a violência sexual, associada à física, aparece em 7,2% das
notificações. As crianças do sexo feminino são submetidas a
situações de violência com mais frequência que as do sexo
masculino, representando 60% do total de notificações.
Porém, quando são consideradas as modalidades de violência,
observa-se uma variação quanto ao sexo da criança vitimada. Na
violência física e violência psicológica, existe certo equilíbrio na
distribuição das notificações entre os sexos, com leve tendência de o
sexo feminino apresentar maior frequência.

2.4 Consequências da Violência na Infância

É a infância violada, ou prestes a ser violada, que precisamos rever


certos conceitos e estratégias de ação, pois a violência pode causar
danos irreparáveis nos desenvolvimentos físico e psíquico de
crianças e adolescentes. Muitas vezes, por tratar-se de um
fenômeno polêmico que desestrutura o padrão familiar acaba sendo
de difícil constatação, ficando assim, camuflado entre quatro paredes
do que chamam de lar.
Dentre as consequências enfrentadas por crianças expostas à
violência entre parceiros íntimos pode estar o desenvolvimento de
quadros de depressão, agressividade, isolamento, baixa autoestima
e, de uma forma geral, problemas em seu desenvolvimento
comportamental, social, emocional, cognitivo e físico, possuem um
aumento no risco de suicídio, ansiedade, abuso de substâncias,
comportamentos inapropriados na escola e problemas acadêmicos,
dentre outros. A exposição à violência pode ser prejudicial ao
desenvolvimento infantil porque tanto o agressor, quanto a vítima
são conhecidos da criança e estão envolvidos emocionalmente com
ela.
Várias pesquisas têm sido realizadas com o intuito de conhecer as
consequências que estar exposto à violência pode trazer para as
crianças.
Em um estudo que procurou verificar como as crianças expostas à
violência entre parceiros íntimos articulam suas experiências,
encontrou-se que esta articulação parece ser um desafio para elas,
mesmo quando a violência é reconhecida. As formas prevalentes
com as quais as crianças relatavam suas recordações da violência
foram tentativas de proteger a mãe e contemplar suas próprias
ações durante os momentos de violência. Muitas disseram que,
conscientemente, tentavam evitar se lembrar da situação pensando
ou fazendo outra coisa, como pensar em guerras ou em comida. No
entanto, quando pensavam, o foco principal era sobre seus próprios
comportamentos, sobre a vulnerabilidade da mãe ou tentativas de
encontrar razões para as ações do pai. O fato de contemplarem suas
próprias ações pode indicar um sentimento de responsabilidade ou
uma culpa por não serem capazes de prevenir a violência. Estudos
têm apontado que uma história de maus tratos substanciais na
infância aumenta o risco de o indivíduo tornar-se um agressor ou
vítima da violência entre parceiros íntimos e de violência sexual
posteriormente.
Logo, a prevenção de tais atos ainda na infância tem o potencial de
reduzir violências posteriores. Nesses casos recentemente criou
uma popular frase dita como "O abusado se torna o abusador".

2.5 Tipos de Violência Contra a Mulher

A Violência física contra a mulher: implica ferir e causar danos ao


corpo e é caracterizada por tapas, empurrões, chutes, murros,
perfurações, queimaduras, tiros, dentre outros;
Violência patrimonial: refere-se à destruição de bens materiais,
objetos, documentos de outrem;
Violência sexual: entre outros tipos de manifestação, ocorre quando
o agressor obriga a vítima, por meio de conduta que a constranja, a
presenciar, manter ou a participar de relação sexual não desejada;
Violência moral: constitui qualquer conduta que caracterize calúnia,
difamação ou injúria.
Violência psicológica ou emocional é a mais silenciosa, deixando
marcas profundas, por não ter um caráter momentâneo e ter efeito
cumulativo, sendo caracterizada por qualquer conduta que resulte
em dano emocional como a diminuição da autoestima, coação,
humilhações, imposições, jogos de poder, desvalorização,
xingamentos, gritos, desprezo, desrespeito, enfim, todas as ações
que caracterizem transgressão dos valores morais.

2.6 Casos de Violência Física


1998 - Cláudia Tavares Souza, de 26 anos

Ela teve o rosto, costas, braço e o colo queimado por ácido sulfúrico.
Segundo investigações, a ação foi realizada a mando do marido, por um
policial "contratado" para executar o crime contra Cláudia Tavares Souza,
aos 26 anos, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A vítima foi submetida a
cirurgias plásticas para regeneração de um terço de seu corpo que foi
atingido pela substância. O crime teria sido motivado por ciúmes, segundo
investigações da Polícia Civil.

2004 - Patrícia Cordeiro de Macedo, de 23 anos

Depois de sofrer várias ameaças do ex-namorado, a vendedora Patrícia


Cordeiro de Macedo, de 23 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça,
em Niterói. O criminoso foi reconhecido pelo então namorado da vítima que
também foi baleado. Após ser abordada na saída da loja onde trabalhava, a
jovem e o namorado foram perseguidos pelo homem, que atirou nos dois
pelas costas.

2.7 Casos de Violência Sexual

2003 - Jorgelina Chagas de Barros, de 72 anos

Dona Jovem, como era conhecida Jorgelina Chagas de Barros, de


72 anos, foi encontrada com sinais de violência sexual e
enforcamento. Ela estava de bruços em um matagal às margens da
Via Duques, em Itaboraí. A investigação policial identificou outras
vítimas e apontou que o assassino fazia amizade com as vítimas
antes dos crimes, todas elas acima de 45 anos. No ano de 2003,
além de Jorgelina quatro senhoras foram assassinadas e outras oito
foram abordadas pelo homem, mas conseguiram escapar.

2005 - Homem estupra 20 mulheres em São Gonçalo

A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), de São


Gonçalo, registrou ataque à 20 mulheres por um motoboy de 26
anos. A maioria das vítimas tinham entre 17 e 20 anos, eram noivas
e virgens. O criminoso levava as vítimas para um matagal de moto,
sob ameaças de agressão. Além de usar sempre um capacete, ele
obrigava as vítimas a também colocar um. As mulheres ainda eram
forçadas a ficar olhando para o chão, na direção dos pés do
acusado, que usava tênis prateado.

2.8 Consequências da Violência Contra a Mulher

As consequências pessoais das mulheres que sofrem violência


doméstica possuem maior probabilidade de apresentar irritabilidade,
autoestima diminuída, insegurança profissional, tristeza, solidão, raiva,
falta de motivação, dificuldades de relacionamento, desejo de sair do
trabalho e dificuldades de relacionamento familiar. Além desses fatores,
sabe-se que a vítima de abusos tem maior probabilidade de sofrer
abortos e de adquirir DST (doença sexualmente transmissível). O
princípio da conservação da integridade pessoal consiste na preservação
da individualidade e da privacidade. Há estudos que comprovam que a
violência doméstica, além de afetar a saúde das mulheres, também
provoca impactos na saúde física e psicológica das crianças e dos
adolescentes que vivem em ambientes violentos. Por esses fatores
mulheres expressaram o medo de que o companheiro causasse mal a
seus familiares, principalmente aos filhos e sentiam dificuldade pela falta
de interesse em se relacionar com outras pessoas.

2.9 Como Denunciar?

O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o


enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias
de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos
relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.
O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de
violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de
atendimento. Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da
mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e
acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Além do número de telefone 180, é possível realizar denúncias de
violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na
página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério
da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), responsável
pelo serviço. No site está disponível o atendimento por chat e com
acessibilidade para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluí-se que a violência doméstica no Brasil, em suas diversas formas,


configura-se como um problema social alarmante e multifacetado que
atinge não apenas mulheres, mas também crianças e adolescentes,
comprometendo o desenvolvimento e a integridade física e psicológica
das vítimas. As estatísticas revelam a magnitude desta questão, com
dados preocupantes sobre agressões físicas, psicológicas e sexuais que
ocorrem no ambiente familiar, muitas vezes perpetuadas por parceiros
íntimos, pais e outros membros da família. A persistência dessas
características é acompanhada de um impacto profundo na saúde mental
das vítimas, gerando traumas como depressão, ansiedade, transtornos
de estresse pós-traumático e o sistema jurídico brasileiro tem avançado
significativamente no combate à violência doméstica, com marcos
legislativos como a Lei Maria da Penha (2006) e o Estatuto da Criança e
do Adolescente (1990), que buscam garantir a proteção das vítimas e
prevenir abusos. Entretanto, apesar de tais avanços, as políticas públicas
ainda enfrentam desafios, como a subnotificação dos casos devido ao
medo, à vergonha e à falta de apoio institucional. O fortalecimento das
redes de apoio e a conscientização social são fundamentais para o
fortalecimento e apoio das vítimas que sofreram e sofrem até os dias de
hoje.

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