LEGISLAÇÃO ESTADUAL - PCPI
LEI 14.735/2023
Institui a Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, dispõe
sobre suas normas gerais de funcionamento e dá outras
providências.
josielst PROFº JOSIEL SANTOS
LEGISLAÇÃO ESTADUAL
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º As polícias civis, dirigidas por delegado de polícia em atividade e de classe mais
elevada nomeado pelos governadores dos Estados e do Distrito Federal, são instituições
permanentes, com funções exclusivas e típicas de Estado, essenciais à justiça criminal e
imprescindíveis à segurança pública e à garantia dos direitos fundamentais no âmbito da
investigação criminal.
Parágrafo único. A função de polícia civil sujeita-se à prestação de serviços em condições
adversas de segurança, com risco à vida, e de serviços noturnos e a chamados a qualquer
hora, inclusive com a realização de diligências em todo o território nacional.
Art. 2º As polícias civis são integrantes operacionais do Sistema Único de Segurança Pública
(Susp) e compõem o sistema de governança da política de segurança pública dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios.
LEGISLAÇÃO ESTADUAL
Art. 3º A lei orgânica da polícia civil de cada Estado, do Distrito Federal e de cada Território, cuja
iniciativa cabe ao respectivo governador, deve estabelecer, observadas as normas gerais previstas nesta
Lei, regras específicas sobre:
I - estrutura, organização, competências específicas e funcionamento de unidades;
II - requisitos para investidura em cada cargo, com as devidas promoções e progressões;
III - atribuições funcionais de cada cargo;
IV - direitos, prerrogativas, garantias, deveres e vedações;
V - Código de Ética e Disciplina; e
VI - diretrizes para a elaboração da proposta orçamentária.
Parágrafo único. Os entes federativos podem editar suas próprias leis sobre as matérias disciplinadas
nesta Lei, de forma suplementar, bem como exercer competência legislativa plena em relação às não
disciplinadas, nos termos do inciso XVI do caput e dos §§ 2º e 3º do art. 24 e do art. 25 da Constituição
Federal.
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CAPÍTULO II - DOS PRINCÍPIOS, DAS DIRETRIZES E DAS COMPETÊNCIAS
Seção I - Dos Princípios Institucionais Básicos
Art. 4º São PRINCÍPIOS institucionais básicos a serem observados pela polícia civil, além de
outros previstos em legislação ou regulamentos
I - proteção da dignidade humana e dos direitos fundamentais no âmbito da investigação
criminal;
III - hierarquia e disciplina;
VI - lealdade e ética;
VII - busca da verdade real;
X - uso diferenciado da força para preservação da vida, redução do sofrimento e redução de
danos;
XII - atuação imparcial na condução da atividade investigativa e de polícia judiciária;
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CAPÍTULO II - DOS PRINCÍPIOS, DAS DIRETRIZES E DAS COMPETÊNCIAS
Seção II - Das Diretrizes
Art. 5º São DIRETRIZES a serem observadas pela polícia civil, além de outras previstas em
legislação ou regulamentos:
III - promoção da produção de conhecimento sobre segurança pública com base técnica e científica;
IV - atuação especializada e qualificada direcionada à eficiência na repressão e na apuração das
infrações penais;
VI - cooperação e compartilhamento das experiências entre os órgãos de segurança pública,
mediante instrumentos próprios, na forma da lei;
VIII - gestão da proteção e compartilhamento de seus bancos de dados e demais sistemas de
informação;
XI - atendimento imediato e permanente ao cidadão e à sociedade;
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CAPÍTULO II - DOS PRINCÍPIOS, DAS DIRETRIZES E DAS COMPETÊNCIAS
Seção III - Das Competências
Art. 6º Compete à polícia civil, ressalvadas a competência da União e as infrações penais
militares, executar PRIVATIVAMENTE as funções de polícia judiciária civil e de apuração de
infrações penais, a serem materializadas em inquérito policial ou em outro procedimento de
investigação, e, especificamente:
I - cumprir mandados de prisão, mandados de busca e apreensão e demais medidas
cautelares, bem como ordens judiciais expedidas no interesse da investigação criminal;
II - garantir a preservação dos locais de ocorrência da infração penal e controlar o acesso de
pessoas a eles, sem prejuízo da atuação de outros órgãos policiais, no âmbito de suas
atribuições legais, nas situações de flagrante delito;
IV - organizar e executar a atividade pericial oficial, se o órgão central de perícia oficial de
natureza criminal estiver integrado em sua estrutura;
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CAPÍTULO II - DOS PRINCÍPIOS, DAS DIRETRIZES E DAS COMPETÊNCIAS
Seção III - Das Competências
XIII - atuar de forma cooperada com outros órgãos de segurança pública, nos limites de suas
competências constitucionais e legais;
XXIII - administrar PRIVATIVAMENTE as tecnologias da instituição, tais como sistemas, aplicações,
aplicativos, bancos de dados, sítios na rede mundial de computadores, rede lógica, segurança da
informação, entre outros recursos de suporte;
XXIV - exercer todas as prerrogativas inerentes ao poder de polícia judiciária e de apuração das
infrações penais para o cumprimento de suas missões e finalidades;
XXVII - executar com autonomia, imparcialidade, técnica e cientificidade os seus atos
procedimentais no âmbito das atribuições dos respectivos cargos.
§ 1º As atribuições relativas às competências da polícia civil são exercidas EXCLUSIVAMENTE por
policiais civis em atividade, na forma da lei.
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CAPÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO
Seção I - Da Estrutura Organizacional Básica
Art. 7º A polícia civil tem sua estrutura organizacional básica composta dos seguintes órgãos
essenciais:
I - Delegacia-Geral de Polícia Civil; VI - unidades de inteligência;
II - Conselho Superior de Polícia Civil; VII - unidades técnico-científicas;
III - Corregedoria-Geral de Polícia Civil; VIII - unidades de apoio administrativo e
estratégico;
IV - Escola Superior de Polícia Civil; IX - unidades de saúde da polícia civil;
V - unidades de execução; X - unidades de tecnologia.
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CAPÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO
Seção II - Da Delegacia-Geral de Polícia Civil
Art. 8º A polícia civil tem como chefe o Delegado-Geral de Polícia Civil, nomeado pelo governador e
escolhido dentre os delegados de polícia em atividade da classe mais elevada do cargo.
Parágrafo único. Os Delegados-Gerais das Polícias Civis devem apresentar, até 30 (TRINTA) DIAS
após sua nomeação, planejamento estratégico de gestão que contenha:
ESTATUTO PCPI
Art. 3º. A Polícia Civil do Estado do Piauí, dirigida por delegado de polícia de carreira, é uma
instituição permanente do Poder Executivo e auxiliar da função jurisdicional do Estado.
§ 1º A Polícia Civil tem por chefe o Delegado-Geral, subordinado ao Secretário da Segurança
Pública, nomeado em comissão, pelo Governador do Estado, dentre os Delegados de Polícia Civil
do Estado do Piauí, da ativa e estáveis.
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CAPÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO
Seção III - Do Conselho Superior de Polícia Civil
Art. 9º O CONSELHO SUPERIOR DE POLÍCIA CIVIL, presidido pelo Delegado–Geral e integrado por
policiais civis, é composto por representantes de todos os cargos efetivos da corporação, com a
possibilidade de eleição de seus membros e participação paritária, respeitada a lei do respectivo
ente federativo.
Seção IV - Da Corregedoria-Geral de Polícia Civil
Art. 10. A CORREGEDORIA-GERAL DE POLÍCIA CIVIL, dotada de autonomia em suas atividades, tem
por finalidade praticar os atos de controle interno, correição, orientação e zelo pela qualidade e
avaliação do serviço policial, com atuação preventiva e repressiva, nas ocorrências de infrações
disciplinares e penais praticadas por seus servidores no exercício da função.
Art. 74. Corregedoria-Geral da Polícia Civil, órgão de controle interno da atividade policial dirigido
por Delegado de Polícia Civil do Estado do Piauí estável, subordinado ao Delegado-Geral, possui
as seguintes atribuições:
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CAPÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO
Seção V - Da Escola Superior de Polícia Civil
Art. 11. A ESCOLA SUPERIOR DE POLÍCIA CIVIL, órgão de formação, capacitação, pesquisa e
extensão, é responsável pelo desenvolvimento dos recursos humanos da polícia civil e é dirigida
por delegado de polícia da classe mais elevada do cargo, PREFERENCIALMENTE com especialização
nas áreas de administração ou educação.
Art. 75. A Academia da Polícia Civil, órgão que tem por finalidade promover a formação e o
desenvolvimento dos recursos humanos integrantes da Polícia Civil do Estado do Piauí, dirigida
por Delegado de Polícia Civil do Estado do Piauí, subordinado ao Delegado-Geral, com pós-
graduação, tem as seguintes atribuições
§ 1º A Escola Superior de Polícia Civil pode realizar cursos de graduação ou de pós-graduação lato
sensu ou stricto sensu, os quais, desde que observadas as exigências do Ministério da Educação,
terão integração e plena equivalência com os cursos de universidades públicas.
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CAPÍTULO IV - DOS POLICIAIS CIVIS
Seção III - Das Prerrogativas, das Garantias, dos Direitos, dos Deveres e das Vedações
Art. 26. O DELEGADO DE POLÍCIA, além do que dispõem as normas constitucionais e legais, detém
a prerrogativa de direção das atividades da polícia civil, bem como a presidência, a determinação
legal, o comando e o controle de apurações, de procedimentos e de atividades de investigação.
Art. 27. O OFICIAL INVESTIGADOR de polícia, além do que dispõem as normas constitucionais e
legais, exerce atribuições apuratórias, cartorárias, procedimentais, de obtenção de dados, de
operações de inteligência e de execução de ações investigativas, sob determinação ou coordenação
do delegado de polícia, assegurada atuação técnica e científica nos limites de suas atribuições.
Art. 28. O PERITO OFICIAL CRIMINAL, além do que dispõem a Constituição Federal, o Decreto-Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), e a legislação extravagante, sem
prejuízo de outras previsões constantes de leis e regulamentos, exerce atribuições de perícia oficial
de natureza criminal, sob requisição do delegado de polícia, assegurada a ele autonomia técnica,
científica e funcional.
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CAPÍTULO IV - DOS POLICIAIS CIVIS
Seção III - Das Prerrogativas, das Garantias, dos Direitos, dos Deveres e das Vedações
Art. 30. São assegurados aos policiais civis EM ATIVIDADE os seguintes direitos e garantias, sem
prejuízo de outros estabelecidos em lei:
II - registro e livre porte de arma de fogo com validade em todo o território nacional;
III - ingresso e trânsito livre em qualquer recinto público ou privado em razão da função,
respeitadas as garantias constitucionais e legais;
IV - recolhimento em unidade prisional da própria instituição para fins de cumprimento de prisão
provisória ou de sentença penal condenatória transitada em julgado;
Art. 51, § 3º Transitada em julgado a sentença condenatória, será encaminhado a estabelecimento
prisional, onde cumprirá a pena em dependência isolada dos demais presos não abrangidos por
esse regime, mas sujeito, como eles, ao mesmo sistema disciplinar e penitenciário.
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CAPÍTULO IV - DOS POLICIAIS CIVIS
Seção III - Das Prerrogativas, das Garantias, dos Direitos, dos Deveres e das Vedações
XIV - garantia à policial civil gestante e lactante de indicação para escalas de serviço e rotinas de
trabalho compatíveis com sua condição;
XV - garantia de retorno e de permanência na mesma lotação durante 6 (seis) meses após o
retorno da licença maternidade;
§ 3º Os policiais civis, por ocasião de sua aposentadoria, conservarão a autorização do livre porte
de arma de fogo válido em todo o território nacional, na forma da legislação em vigor.
§ 12. Em virtude da atividade de risco exercida, o policial civil pode ser promovido, de forma
póstuma, à classe superior, independentemente da existência de vagas.
§ 14. O policial civil não pode ser promovido nos casos de condenação judicial transitada em
julgado e de condenação definitiva em processo administrativo disciplinar de que não caiba
recurso ou revisão, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.
“O segredo do sucesso é
desistir antes de tentar”.