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Universidade Federal Rural da Amazônia
Pró-Reitoria de Ensino
Educação Bilíngue de Surdos/Parfor
Glaice da Silva Nascimento
Matrícula: 2024031329
Resenha dos Textos: Capitulo 3 do Livro: DIDÁTICA (JOSÉ CARLO LIBÂNEO,
CORTEZ EDITORA, SÃO PAULO – SP, 1993.)
2025
Belém-Pará
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GLAICE DA SILVA NASCIMENTO
Resenha dos Textos:
Capitulo 3 do Livro: DIDÁTICA (JOSÉ CARLO LIBÂNEO, CORTEZ EDITORA,
SÃO PAULO – SP, 1993)
Produção escrita ao Curso de Graduação
de Licenciatura em Educação Bilingue
de surdos da Universidade Federal Rural
da Amazônia (UFRA), como requisito
para obtenção de conceito da disciplina
Didática, ministrada pela Dra. Hilda Rosa
Moraes de Freitas Rosário.
Belém-Pará
2025.
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Resenha: Capitulo 3 do Livro: DIDÁTICA (JOSÉ CARLO LIBÂNEO,
CORTEZ EDITORA, SÃO PAULO – SP, 1993).
O Capítulo 3 do livro "Didática" de José Carlos Libâneo, publicado pela Cortez
Editora, aborda aspectos fundamentais da prática educativa, com ênfase na relação entre
teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem.
O autor discute a importância de uma didática crítica, que considere a realidade
dos alunos e suas particularidades, promovendo uma educação mais inclusiva e
significativa. Neste capitulo, o autor, destaca a necessidade de um planejamento
adequado, que deve ser flexível e adaptável às demandas do contexto escolar e às
necessidades dos alunos.
A articulação entre objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação é
fundamental para que o ensino seja efetivo. Libâneo(2003) enfatiza que a avaliação
deve ser contínua e formativa, contribuindo para o processo de aprendizagem e não
apenas como um instrumento de classificação.
Além disso, o capítulo também aborda a diversidade de abordagens didáticas,
ressaltando a importância de diferentes métodos e estratégias que possam atender às
variadas formas de aprender dos alunos. Libâneo propõe uma reflexão crítica sobre a
prática docente, incentivando os educadores a se tornarem investigadores de sua própria
ação pedagógica.
Dito isto, o Capítulo 3 do livro "Didática" de José Carlos Libâneo é um convite
à reflexão sobre a prática educativa, enfatizando a importância do planejamento, da
avaliação formativa e da adaptação das metodologias ao contexto e às necessidades dos
alunos. A obra busca promover uma educação mais democrática e eficaz, pautada na
análise crítica da realidade escolar.
Para o autor a Didática com os fundamentos educacionais proporcionados pela
teoria pedagógica, explicita o seu objeto de estudo e seus elementos constitutivos para,
em seguida, delinear alguns traços do desenvolvimento histórico dessa disciplina.
A pedagogia se debruça sobre a essência das finalidades educacionais,
entendendo a educação como um processo social situado em um contexto específico.
Nesse sentido, a Didática emerge como um campo de estudo que analisa as
metodologias aplicáveis à formação dos indivíduos, sempre à luz de uma perspectiva
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político-social que norteia o processo educativo. A educação escolar, por sua vez, não é
uma atividade neutra; é intrinsecamente social, moldando-se a finalidades políticas e
sociais que definem as condições organizacionais e metodológicas necessárias para a
implementação do ambiente escolar.
O papel da pedagogia se concentra na análise do processo de ensino, levando em
conta os seus diversos componentes, como conteúdos curriculares e métodos de ensino
e aprendizagem.
A Didática, especificamente, examina as condições e formas de ensino, assim
como os fatores reais que influenciam essa relação, que incluem elementos sociais,
políticos e culturais. Assim, o processo didático, que envolve a transmissão e a
assimilação de conhecimentos e habilidades, culmina no desenvolvimento das
capacidades cognoscitivas do aluno, permitindo que ele se aproprie do saber de maneira
ativa e autônoma.
É crucial, porém, não perder de vista que a instrução deve ser entendida tanto
como um processo quanto como um resultado. Essa interação reflete a construção do
conhecimento e o desenvolvimento cognitivo dos alunos, que se dá em um ambiente
problemático que demanda constante adaptação às necessidades contemporâneas da
sociedade. A Didática fundamenta-se nessa conexão, propondo diretrizes que norteiam
o ensino em um mundo em constante transformação.
O currículo, por sua vez, é a expressão dos conhecimentos a serem adquiridos
em cada etapa da formação escolar. Enquanto isso, a metodologia envolve o estudo
crítico das abordagens de ensino e os procedimentos investigativos das diversas
ciências, diferenciando-se claramente das técnicas que se aplicam de forma específica.A
atual concepção de tecnologia educacional abarca um leque bem mais amplo,
englobando variados métodos de ensino que utilizam recursos desde a informática até
meios de comunicação interativos.
A Didática estabelece uma conexão essencial entre metodologia, objetivos
socioeducativos e conteúdos escolares, englobando os princípios didáticos, os métodos
de ensino, as formas de organização didática e as estratégias de avaliação.
Mas, ao focar apenas no processo de ensino, acaba por negligenciar a
complexidade das relações sociais que o permeiam, considerando-o apenas como uma
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sequência linear de atividades.Na análise histórica da Didática, percebe-se que sua
evolução está intimamente ligada ao desenvolvimento da sociedade e das ciências,
refletindo uma tentativa constante de encontrar formas eficazes de ensino.
A partir do século XVII, obras fundamentais, como as de Comênio, Rousseau,
Pestalozzi e Herbart, estabeleceram os alicerces de uma Didática que não apenas
buscava ensinar, mas educar para a vida e para a moral. Esses pensadores destacaram a
importância do desenvolvimento natural do aluno e o potencial educacional que reside
nas suas experiências e no seu contexto social. Apesar de seu legado, é preciso apontar
que muitas dessas concepções continuam a ser aplicadas em um formato que remete à
pedagogia tradicional, desconsiderando as inovações e as necessidades da educação
contemporânea.
A Didática ativa, por exemplo, introduz uma abordagem mais dinâmica que
valoriza o processo de aprendizagem individual e colaborativa, reconhecendo a
importância da participação dos alunos em sua própria educação.A pedagoga
libertadora, em contraste, desafia a estrutura tradicional, propondo uma educação que se
centra em discussões sociais e políticas, mas corre o risco de não apresentar uma
didática clara, o que pode comprometer a efetividade do ensino.
A Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos, por sua vez, busca articular o saber
com a realidade social, preparando o aluno para uma participação ativa nas lutas
sociais.Considerar a Didática como um campo de estudo integral leva à compreensão de
que o ensino é um processo multifacetado e dinâmico. Ele ultrapassa a mera transmissão
de conteúdos, englobando práticas educativas que visam transformar a realidade.
Assim, a formação docente deve abranger não apenas a metodologia, mas
também uma sólida base teórica que prepare os educadores para compreender e
aprimorar as condições do ensino em suas múltiplas dimensões.
Em síntese, a Didática deve ser vista como um campo de constante reflexão
crítica, que não apenas transmite saberes, mas também se propõe a transformar a prática
educativa em um processo que respeite e valorize as singularidades e demandas da
sociedade contemporânea. Assim, ao integrar objetivos pedagógicos e socioeducativos,
a Didática se torna uma ferramenta vital na formação de cidadãos críticos e engajados.
