Casos Clínicos Osce 2
Casos Clínicos Osce 2
Osce
Ana Beatriz e Maria Vitória MED35
ESTAÇÕES OSCE (HAM ADULTO) ABDOME AGUDO PERFURATIVO
DRGE Homem, 30 anos, deu entrada no hospital com dor
Homem, 45 anos, obeso e tabagista, queixa-se de abdominal intensa, de instalação súbita. Ao exame
pirose pós-prandial associada a regurgitações físico, apresentava sudorese, taquicardia, abdômen
amargas há 3 meses. Atribui piora dos sintomas a rígido. Realizou um RxT, cujo resultado está na
ingestão de alimentos gordurosos, refrigerantes e imagem. Realize a percussão abdominal e verbalize
bebidas alcóolicas. Alívio parcial com uso de o nome do sinal semiológico encontrado (à
percussão e ao Rx), bem como o tipo de abdome
antiácidos. Verbalize a principal hipótese
agudo.
diagnóstica e, se julgar necessário, solicite exames
complementares.
1. Apresentar-se.
2. Confirmar o nome do paciente, idade e data
de nascimento.
3. Confirmar a queixa principal do paciente.
4. Perguntar sobre outros sintomas, frequência,
fatores de melhora e de piora.
5. Verbalizar a principal hipótese diagnóstica.
6. Solicitar exame complementar (EDA)-
paciente com 45 anos.
7. Realizar orientação quanto à mudança de 1. Apresentar-se.
hábitos (alimentação, exercício físico, 2. Confirmar o nome do paciente, idade e data
abandono do tabagismo etc.). de nascimento.
8. Liberar paciente. 3. Confirmar a queixa principal do paciente.
4. Perguntar sobre outros sintomas, frequência,
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA fatores de melhora e de piora, irradiação...
Paciente J.C.B, sexo masculino, 35 anos, refere 5. Analisar o resultado do Rx.
episódios de vômitos intensos após ingesta 6. Higienizar as mãos.
excessiva de bebidas alcoólicas e quadro de 7. Pedir permissão ao paciente para tocá-lo.
hemorragia digestiva alta confirmada por 8. Realizar a percussão abdominal.
endoscopia, que detectou lacerações das mucosas e 9. Higienizar as mãos.
submucosas próximas à junção esofagogástrica. 10. Verbalizar o sinal semiológico (Sinal de
Paciente nega história prévia de etilismo crônico. Jobert- timpanismo à percussão hepática;
Analise o resultado da EDA e verbalize a principal achado radiológico= pneumoperitônio) e
hipótese diagnóstica. hipótese diagnóstica (Abdome agudo
perfurativo).
1. Apresentar-se.
2. Confirmar o nome do paciente, idade e data
de nascimento.
3. Confirmar a queixa principal do paciente.
4. Perguntar sobre outros sintomas, frequência,
fatores de melhora e de piora, irradiação...
5. Higienizar as mãos.
6. Pedir permissão ao paciente para tocá-lo.
7. Realizar a manobra de Giordano em ambos
os rins (considere positivo- dor à punho
percussão da loja renal direita).
8. Higienizar as mãos.
9. Analisar o resultado da TC.
10. Verbalizar a hipótese diagnóstica (litíase CIRROSE HEPÁTICA
ureteral). Paciente do sexo masculino, 55 anos, foi admitido no
hospital queixando-se de dor de cabeça e indigestão
por 15-20 dias. O paciente ao exame apresentava
coloração amarelada da esclera e da língua. Não
havia história médica significativa. De acordo com o
paciente, ele é alcoólatra (4 a 5 copos/dia). À
inspeção, nota-se aumento do volume abdominal.
Você, estudante de medicina, é orientado a realizar
as técnicas necessárias em busca de ascite. Realize
as técnicas necessárias e verbalize a hipótese
diagnóstica.
1. Apresentar-se.
2. Confirmar o nome do paciente, idade e data
de nascimento.
PALPAÇÃO RENAL 3. Confirmar a queixa principal do paciente.
Mulher de 24 anos apresenta, há 2 dias, dor lombar à 4. Perguntar sobre outros sintomas, frequência,
direita, intermitente, sem posição de melhora ou fator fatores de melhora e de piora, irradiação...
desencadeante e acompanhada de náuseas e 5. Higienizar as mãos.
vômitos. Há 1 dia, apresenta urina escura, disúria, 6. Pedir permissão ao paciente para tocá-lo.
polaciúria, febre, mal-estar e perda do apetite. Exame 7. Realizar as manobras (semicírculo de Skoda,
físico: REG, 39°C. Realize as manobras de Israel e sinal do Piparote e macicez móvel).
Goelet e verbalize a principal hipótese diagnóstica. 8. Higienizar as mãos.
Ana Beatriz e Maria Vitória MED35
9. Verbalize a principal hipótese diagnóstica Paciente, feminina, 42 anos de idade, chega à UBS
(Cirrose decorrente de etilismo). queixando-se de ansiedade, pois, em sua família, 2
10. Liberar o paciente. tias apresentaram CA de mama após os 40 anos de
idade. Ela alega que notou, recentemente, a aparição
de um “caroço” na mama esquerda e isso a deixou
ainda mais preocupada. Realize o exame físico
completo das mamas.
1. Apresentar-se.
2. Confirmar o nome do paciente, idade e data
de nascimento.
3. Confirmar a queixa principal do paciente.
4. Perguntar sobre outras queixas.
5. Higienizar as mãos.
6. Pedir permissão ao paciente para tocá-lo.
7. Realizar inspeção (estática e dinâmica) e a
palpação da mama (método de Boodgood-
ponta dos dedos, movimento de dedilhar ou
Velpepau- mão espalmada, movimentos
circulares) e das cadeias linfáticas (axilares,
supra e infraclavicular e paraesternal) e a
expressão papilar.
8. Higienizar as mãos.
9. Solicitar mamografia, visto os antecedentes
familiares de CA de mama.
10. Tranquilizar a paciente e liberá-la.
SEMIOLOGIA OBSTÉTRICA
Gestante, G2P1, 20 semanas, chega à UBS para
realização de consulta pré-natal. Você estudante de
medicina, foi encaminhado de realizar as Manobras
de Leopold e fazer a medição da altura uterina.
1. Apresentar-se.
2. Confirmar o nome do paciente, idade e data
de nascimento.
3. Questionar se a paciente apresenta alguma
queixa.
4. Higienizar as mãos.
5. Pedir permissão à paciente para tocá-la.
6. Realizar a medição da altura uterina (utilize
uma fita métrica, medindo da borda superior
da sínfise púbica ao fundo uterino).
OBS: de modo geral, a partir da 20ªsemana, a altura
uterina coincide com a idade gestacional.
7. Realizar as manobras de Leopold (situação,
posição, apresentação e insinuação).
8. Higienizar as mãos.
9. Confirmar se a paciente está em uso de
Sulfato ferroso.
10. Dar retorno à paciente (sem alterações ao
exame).
PALPAÇÃO DO BAÇO
Deu entrada na emergência da UPA queixando-se de
se sentir inchado. Apresenta abdome distendido, que
segundo ele, apresentou aumento progressivo nos
últimos 4 meses. Relatou que há um mês vem tendo
edema de MMII e astenia. A urgência em ir ao serviço
de saúde se deu pelo fato de paciente apresentar
vômito escuro em quantidade considerável de forma
repentina. Nega transfusão sanguínea, uso de drogas
e tabagismo, e relata ter feito tratamento para sífilis
aos 27 anos de idade, e chegou a consumir grande
quantidade de álcool durante 25 anos. Realize a
palpação esplênica (Palpação bimanual em
decúbito dorsal e na posição de Schuster e a
manobra de Mathiew Cardarelli).
1. Apresentar-se.
2. Confirmar o nome do paciente, idade e data
de nascimento.
3. Confirmar a queixa principal do paciente.
4. Perguntar sobre outras queixas.
5. Higienizar as mãos.
6. Pedir permissão ao paciente para tocá-lo.
7. Palpação bimanual em decúbito dorsal e na
posição de Schuster e a manobra de Mathiew
Cardarelli.
8. Higienizar as mãos.
9. Verbalize se há ou não alterações
(esplenomegalia presente). HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA
Homem de 60 anos apresenta dificuldade para
esvaziar a bexiga, com esforço miccional e jato
urinário fraco, principalmente pela manhã, com piora
progressiva nos últimos dois anos. Nega noctúria,
disúria, hematúria, retenção e/ou infecção urinária.
AF: pai operado por câncer de próstata. Você,
estudante de medicina, é orientado à realização do
exame digital da próstata. Realize o exame
indicando o que achou, solicite exames
complementares e verbalize, com base nos
achados, sua hipótese diagnóstica.
1. Apresentar-se.
2. Confirmar o nome do paciente, idade e data
de nascimento.
3. Confirmar a queixa principal do paciente.
4. Perguntar sobre outras queixas.
5. Higienizar as mãos.
6. Pedir permissão ao paciente para tocá-lo.
Ana Beatriz e Maria Vitória MED35
7. Realizar o exame digital da próstata.
8. Higienizar as mãos.
9. Verbalizar os achados do exame (aumentada,
sem nodulações, consistência elástica).
10. Verbalizar a hipótese diagnóstica (HPB) e
solicitar a dosagem do PSA.
11. Tranquilizar o paciente.
Ana Beatriz e Maria Vitória MED35
ESTAÇÕES OSCE HAM PED 9. Verbalizar a hipótese diagnóstica
INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO (constipação intestinal funcional).
Menina, 5anos, é trazida ao Serviço de Emergência 10. Orientar sobre possível desimpactação,
com história de ingestão de um pedaço de brinquedo tratamento laxativo prolongado associada a
há 3 horas. Mãe nega vômitos ou salivação terapia comportamental, mudanças
excessiva. Foi solicitado raio X torácico e abdominal, alimentares, redução e retirada gradual dos
cujo resultado está na imagem abaixo. Avalie o Rx, laxantes.
verbalize o objeto encontrado, bem como a OBS: não temos certeza da obrigatoriedade de
conduta a ser tomada. passar a conduta ao paciente!
DIARREIA E DESIDRATAÇÃO
Adolescente, 9 anos e 6 meses, masculino, é trazido
ao pronto atendimento devido a diarreia aguda.
Relata mais de 7 evacuações diarreicas aquosas em
grande quantidade sem muco ou sangue nas fezes
em 24 horas. Ao exame físico apresenta-se irritado,
olhos fundos, sinal da prega de 3 segundos, mucosas
1. Identificar-se. muito secas, e enchimento capilar maior 5 segundos.
2. Confirmar o nome do paciente. Determine o grau de desidratação do paciente, se
3. Confirmar a queixa do paciente. presente, bem como a conduta e orientações
4. Perguntar sobre outros sintomas (disfagia, necessárias.
odinofagia, dor retroesternal, tosse etc). 1. Identificar-se.
5. Analisar o Rx e verbalizar o achado (sinal do 2. Confirmar o nome do paciente.
duplo halo- indica ingestão de bateria). 3. Confirmar a queixa do paciente.
6. Falar para o paciente que a conduta 4. Perguntar sobre outros sintomas (vômitos,
necessária é a retirada da bateria através de febre, inapetência, dor abdominal etc.).
endoscopia digestiva alta-EDA (porque pode 5. Determinar o grau de desidratação (paciente
causar lesão caustica, necrose por pressão desidratado- Plano B).
direta e descarga elétrica). 6. Verbalizar a conduta (terapia de reidratação
7. Se despedir e falar que vai passar o caso ao oral (TRO), 50-100mL/kg durante 4-6 horas
preceptor. em unidade de saúde).
7. Orientar medidas de higiene pessoal e
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL domiciliar (lavagem adequada das mãos,
Menino, 8 anos de idade, com história de perder tratamento da água e higienização dos
fezes nas roupas há 1 ano. Evacua 2 vezes na semana, alimentos).
fezes que entopem o vaso sanitário. Você, estudante
de medicina, é solicitado a realizar o exame físico
abdominal dessa criança. Realize o exame e
verbalize os achados encontrados, bem como o
diagnóstico e a conduta.
1. Identificar-se.
2. Confirmar o nome do paciente.
3. Confirmar a queixa do paciente.
4. Perguntar sobre outros sintomas (parada de
eliminação de fezes, sangue nas fezes,
vômitos, dor abdominal, retenção urinária,
SÍNDROMES ICTÉRICAS E PALPAÇÃO HEPÁTICA
irritabilidade, mudança comportamental
RN a termo, com 25 dias de vida, apresenta icterícia
(isolamento ou tristeza) etc).
desde o início da segunda semana de vida, com piora
5. Higienizar as mãos.
progressiva. Há 3 dias passou a apresentar urina de
6. Pedir permissão ao paciente para tocá-lo.
cor escura e fezes esbranquiçadas. AP: pré-natal e
7. Realizar o exame físico abdominal (inspeção-
parto sem intercorrências. Exame físico: peso e
distensão abdominal; ausculta- RHA
estatura adequados para a idade, BEG, ictérico 4+/4.
aumentados; palpação- massa palpável em
Realize a palpação hepática e verbalize a hipótese
hipogástrio (fecaloma); percussão-
diagnóstica.
timpanismo).
1. Identificar-se.
OBS: fazer toque retal!? Se fizer, encontra-se grande
2. Confirmar o nome do paciente.
quantidade de fezes endurecidas na ampola retal.
3. Confirmar a queixa do paciente.
8. Higienizar as mãos.
4. Higienizar as mãos.
5. Pedir permissão para tocar o paciente.
Ana Beatriz e Maria Vitória MED35
6. Realizar a palpação hepática (manobras de desencadeante e acompanhada de náuseas e
Lemos Torres e Mathiew). vômitos. Há 1 dia, apresenta urina escura, disúria,
7. Higienizar as mãos. polaciúria, febre, mal-estar e perda do apetite. Exame
8. Verbalizar hipótese diagnóstica (icterícia físico: REG, 39°C. Realize as manobras de Trousseau,
patológica (+ de 2 semanas, colúria e acolia Glenard e Bellington e verbalize a hipótese
fecal) -> colestática. diagnóstica.
9. Passar o caso para o preceptor (necessários 1. Identificar-se.
exames complementares p/confirmar). 2. Confirmar o nome do paciente.
3. Confirmar a queixa do paciente.
4. Perguntar sobre outros sintomas (disúria,
polaciúria, irradiação da dor, vômitos etc.)
5. Higienizar as mãos.
6. Pedir permissão para tocar o paciente.
7. Realizar as manobras de Trousseau, Glenard
e Bellington.
8. Higienizar as mãos.
9. Verbalizar hipótese diagnóstica (ITU alta-
pielonefrite).
GLOMERULOPATIAS
Criança de 5 anos é levada a consultório com quadro
de edema que iniciou em região periorbitária,
evoluindo para anasarca. Seu preceptor solicita que
verifique o sinal do piparote e do cacifo.
Paciente, 10 anos, apresenta, há 2 dias, dor lombar à 1. Identificar-se.
direita, intermitente, sem posição de melhora ou fator 2. Identificar o paciente com o responsável.
Ana Beatriz e Maria Vitória MED35
3. Confirmar a queixa do paciente com o 4. Perguntar sobre (irritabilidade, disúria,
responsável. gotejamento urinário, história de ITU etc.)
4. Higienizar as mãos. 5. Higienizar as mãos.
10. Pedir permissão para tocá-lo. 6. Pedir permissão para tocar o paciente.
11. Procurar o sinal do piparote e de cacifo. 7. Avaliar a genitália.
8. Higienizar as mãos.
9. Verbalizar hipótese diagnóstica (Sinéquia de
pequenos lábios).
10. Orientar que o caso, na maioria das vezes, é
auto resolutivo, podendo ser causada por
hipoestrogenismo, infecções crônicas por
causa de má higiene (longos períodos com
fralda suja), pequenos traumas na região, uso
de sabonetes e produtos irritantes e
vulvovaginites.
11. Pode-se, em casos assintomáticos, adotar
uma conduta expectante (esperar a
resolução espontânea).
OBS:
→ Se sintomática, recomenda-se uso de
estrogênio tópico.
→ A cirurgia é indicada em casos de não
resposta ao tratamento clínico e quando
existe obstrução do fluxo urinário.
TORÇÃO TESTICULAR
Um menino de 12 anos, hígido, queixa-se de dor de
forte intensidade, de início abrupto, no testículo
direito, acompanhada de náuseas e vômitos, há 5
horas. Estava no sítio com a família. Foi levado ao
pronto-socorro da cidade, onde foi descrito que
estava em bom estado geral, com dor intensa à
palpação do testículo direito, que apresentava
12. Higienizar as mãos.
edema acentuado. O médico plantonista sabe que
13. Dar o feedback para o responsável (achados
não tem disponibilidade de métodos de imagem no
do exame).
hospital, que, no entanto, tem centro cirúrgico
equipado para procedimentos de pequeno e médio
SINÉQUIA DE PEQUENOS LÁBIOS
porte. Realize a palpação testicular, avalie o reflexo
Mãe, chega ao consultório médico com sua filha de 2
cremastérico, verbalize a hipótese diagnóstica e a
anos e refere que, ao higienizar a genitália durante o
conduta.
banho notou que os pequenos lábios estavam
fundidos. Você estudante de medicina é incumbido
de revelar o diagnóstico e orientar a mãe a respeito
do caso acima.
1. Identificar-se.
2. Confirmar o nome do paciente.
3. Confirmar a queixa do paciente.
4. Perguntar sobre (movimentos que podem ter
causado (jogar bola, andar de bicicleta, por
exemplo) etc.)
5. Higienizar as mãos.
6. Pedir permissão para tocar o paciente.
1. Identificar-se. 7. Realizar a palpação testicular (O testículo
2. Confirmar o nome do paciente. direito estava horizontalizado, em posição
3. Confirmar a queixa do paciente. elevada) e reflexo cremastérico (ausente).
Ana Beatriz e Maria Vitória MED35
8. Higienizar as mãos. • Bebê com cabeça e tronco alinhados
9. Verbalizar hipótese diagnóstica (torção (pescoço não torcido);
testicular). • Bebê bem apoiado.
10. Verbalize a conduta (encaminhar urgente à Pontos-chave da pega adequada:
cirurgia). • Mais aréola visível acima da boca do bebê;
• Boca bem aberta;
Lembrar de revisar escala de Tanner... • Lábio inferior virado para fora;
• Queixo tocando a mama.