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Cópia de Resumo

O artigo de Layrargues e Lima analisa as macro-tendências político-pedagógicas da Educação Ambiental no Brasil, identificando três correntes principais: conservacionista, pragmática e crítica. Os autores enfatizam a complexidade e a pluralidade desse campo, destacando a importância de uma abordagem crítica que promova a transformação social e a justiça ambiental. A pesquisa convida a um diálogo contínuo entre as diferentes visões, reconhecendo as dinâmicas de poder que influenciam as práticas educativas.

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Iasmin Rodrigues
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O artigo de Layrargues e Lima analisa as macro-tendências político-pedagógicas da Educação Ambiental no Brasil, identificando três correntes principais: conservacionista, pragmática e crítica. Os autores enfatizam a complexidade e a pluralidade desse campo, destacando a importância de uma abordagem crítica que promova a transformação social e a justiça ambiental. A pesquisa convida a um diálogo contínuo entre as diferentes visões, reconhecendo as dinâmicas de poder que influenciam as práticas educativas.

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INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE – IFF (CAMPUS CAMPOS CENTRO)

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
DISCIPLINA: Geografia e Meio Ambiente
PROF. Guilherme
Nome: Iasmin Bastos Rodrigues

Resumo

LAYRARGUES, Philippe Pomier. LIMA, Gustavo Ferreira da Costa. MAPEANDO


AS MACRO-TENDÊNCIAS POLÍTICO-PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL CONTEMPORÂNEA NO BRASIL. VI Encontro “Pesquisa em
Educação Ambiental” A Pesquisa em Educação Ambiental e a Pós-Graduação no
Brasil Ribeirão Preto, setembro de 2011.

O artigo de Philippe Pomier Layrargues e Gustavo Ferreira da Costa Lima, intitulado


"Tendências Político-Pedagógicas da Educação Ambiental", oferece uma análise abrangente
das macro-tendências que moldam o campo da Educação Ambiental no Brasil. Os autores
utilizam como referencial teórico a Ecologia Política e a noção de Campo Social de Pierre
Bourdieu, buscando mapear e interpretar as correntes político-pedagógicas que caracterizam
a Educação Ambiental contemporânea. A pesquisa se insere em um contexto onde a
Educação Ambiental é vista como um campo plural e complexo, repleto de disputas e
dinâmicas sociais que influenciam sua definição e hegemonia.
Na introdução, os autores estabelecem a relevância do estudo ao enfatizar a necessidade de
compreender a dinâmica atual da Educação Ambiental no Brasil. Eles afirmam que "o
presente artigo objetiva mapear e interpretar as macro-tendências que abrigam as correntes
político-pedagógicas da Educação Ambiental contemporânea no Brasil". Essa abordagem é
fundamental para entender as interações entre os diversos atores sociais que compõem esse
campo e as concepções que orientam suas práticas. A Educação Ambiental, segundo os
autores, não é um campo homogêneo, mas sim um espaço de disputa onde diferentes visões
de mundo e práticas educativas se confrontam.
Os autores identificam três macro-tendências que coexistem e competem pela hegemonia
simbólica e objetiva no campo da Educação Ambiental: a tendência conservacionista, a
pragmática e a crítica. Cada uma dessas tendências é analisada como um tipo ideal
weberiano, permitindo uma reflexão didática, analítica e política sobre as diferentes correntes
que permeiam a Educação Ambiental. A tendência conservacionista é caracterizada por uma
abordagem que prioriza a preservação dos recursos naturais e a conservação da
biodiversidade. Essa perspectiva, embora importante, muitas vezes ignora as relações sociais
e econômicas que afetam o meio ambiente, resultando em uma visão que pode ser
considerada reducionista.
Por outro lado, a tendência pragmática busca soluções práticas e imediatas para os problemas
ambientais, frequentemente alinhando-se a interesses econômicos e políticos. Os autores
observam que "no contexto neoliberal em que a economia de mercado impõe seus valores e
sua lógica, a tendência pragmática desponta como a tendência hegemônica na atualidade".
Essa abordagem, embora possa trazer resultados rápidos, pode comprometer a profundidade
da reflexão crítica necessária para uma verdadeira transformação social. A ênfase em
soluções práticas pode levar a uma superficialidade nas discussões sobre as causas estruturais
dos problemas ambientais.
A tendência crítica, em contrapartida, propõe uma análise mais profunda das relações de
poder e das injustiças sociais que permeiam as questões ambientais. Os autores ressaltam que
"a Educação Ambiental Crítica cresceu significativamente na última década, e tem mostrado
uma vitalidade que a habilita a sair da condição de contra-hegemonia e ocupar um lugar
central no campo". Essa abordagem crítica busca não apenas entender as questões
ambientais, mas também questionar as estruturas sociais que as sustentam, promovendo uma
educação que seja verdadeiramente transformadora. A tendência crítica é vista como uma
resposta necessária às limitações das abordagens conservacionistas e pragmáticas, propondo
uma reflexão que considere as múltiplas dimensões das questões ambientais.
Além disso, o artigo discute o potencial analítico da tarefa de classificar essas tendências,
reconhecendo que essa análise pode gerar tanto vantagens quanto desvantagens. Os autores
alertam para o risco de simplificação classificatória, que pode levar a uma polarização entre
os atores sociais do campo, dificultando o diálogo e a construção de consensos. Eles afirmam
que "um debate latente, ainda implícito, tende a polarizar duas interpretações diferentes a
respeito da explicitação das correntes político-pedagógicas". Essa reflexão é crucial para a
auto-reflexividade do campo da Educação Ambiental, pois permite que os atores envolvidos
reconheçam suas próprias posições e as dinâmicas de poder que influenciam suas práticas.
A conclusão do artigo propõe uma reflexão que atualiza a diferenciação do campo da
Educação Ambiental no Brasil, enfatizando a importância de um diálogo contínuo entre as
diferentes correntes e a necessidade de uma abordagem crítica que considere as múltiplas
dimensões das questões ambientais. Os autores reiteram que "as macro-tendências
conservacionista, pragmática e crítica funcionam na reflexão como tipos ideais weberianos
com fins didáticos, analíticos e políticos". Essa abordagem não apenas enriquece a discussão
sobre a Educação Ambiental, mas também contribui para a formação de uma consciência
crítica entre os educadores e os educandos, promovendo uma prática educativa que seja
verdadeiramente transformadora.
Os autores também destacam a importância de uma Educação Ambiental que não se limite a
discursos conservacionistas ou pragmáticos, mas que busque, de fato, promover uma
transformação social profunda e duradoura. Eles argumentam que "a magnitude dos desafios
e das incertezas que vivenciamos na alta modernidade não comporta fraturas e reduções,
exige, ao contrário, abertura, inclusão, diálogo e capacidade de ver o novo e de formular
respostas para além do conhecido". Essa perspectiva é fundamental para a construção de uma
Educação Ambiental que seja capaz de enfrentar os desafios contemporâneos, promovendo
uma reflexão crítica e inclusiva que considere as diversas vozes e experiências dos atores
envolvidos.
Em suma, o artigo de Layrargues e Lima oferece uma contribuição significativa para o
entendimento das dinâmicas que permeiam o campo da Educação Ambiental no Brasil. Ao
mapear e interpretar as macro-tendências presentes, os autores não apenas elucidam as
complexidades desse campo, mas também abrem espaço para um debate mais amplo sobre as
práticas educativas que podem efetivamente contribuir para a construção de uma sociedade
mais justa e sustentável. A análise crítica proposta pelos autores é um convite à reflexão e à
ação, destacando a importância de uma Educação Ambiental que seja verdadeiramente
transformadora e que busque, em última instância, promover a justiça social e ambiental em
um mundo cada vez mais interconectado e complexo.

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