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Reforço Estrutural com UHPC: Análise e Resultados

O documento analisa o uso do Concreto de Ultra Alto Desempenho (UHPC) como uma alternativa para reforço estrutural, destacando suas propriedades de alta durabilidade e resistência. A pesquisa apresenta resultados que indicam um aumento de 40% na capacidade de carga de vigas de concreto armado reforçadas com UHPC, mesmo sem armadura suplementar. O estudo enfatiza a importância do empacotamento de partículas na produção do UHPC e suas aplicações potenciais na construção civil.

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Reforço Estrutural com UHPC: Análise e Resultados

O documento analisa o uso do Concreto de Ultra Alto Desempenho (UHPC) como uma alternativa para reforço estrutural, destacando suas propriedades de alta durabilidade e resistência. A pesquisa apresenta resultados que indicam um aumento de 40% na capacidade de carga de vigas de concreto armado reforçadas com UHPC, mesmo sem armadura suplementar. O estudo enfatiza a importância do empacotamento de partículas na produção do UHPC e suas aplicações potenciais na construção civil.

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Brazilian Journal of Development 74164

ISSN: 2525-8761

Análise de reforço estrutural com Concreto de ultra alto desempenho

Analysis of structural reinforcement with ultra high performance


concrete
DOI:10.34117/bjdv7n7-547

Recebimento dos originais: 07/06/2021


Aceitação para publicação: 26/07/2021

Wellington Mazer
Doutor em Ciência pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA
Professo titular do Programa de pós-graduação em engenharia civil da UTFPR - PPGEC
Instituição: Universidade Tecnológica do Paraná – UTFPR
Endereço: R. Dep. Heitor Alencar Furtado, 5000, Curitiba, PR, Brasil
E-mail: [email protected]

Elizamary Otto Ferreira


Engenheira civil pela UTFPR
Mestranda na Universidade Tecnológica do Paraná – UTFPR
Instituição: Universidade Tecnológica do Paraná – UTFPR
Endereço: R. Dep. Heitor Alencar Furtado, 5000, Curitiba, PR, Brasil
E-mail: [email protected]

Renata Gnatta Borges


Acadêmica de engenharia civil na UTFPR
Instituição: Universidade Tecnológica do Paraná – UTFPR
Endereço: R. Dep. Heitor Alencar Furtado, 5000, Curitiba, PR, Brasil
E-mail: [email protected]

Patrícia Vieira Pontes


Acadêmica de engenharia civil na UTFPR
Instituição: Universidade Tecnológica do Paraná – UTFPR
Endereço: R. Dep. Heitor Alencar Furtado, 5000, Curitiba, PR, Brasil
E-mail: [email protected]

RESUMO
A evolução da tecnologia dos concretos conduziu ao desenvolvimento do Concreto de
ultra alto desempenho (UHPC), material que apresenta alta durabilidade e resistência à
compressão acima de 150MPa. A aplicação deste material no Brasil ainda é bastante
restrita por isto este trabalho visa apresentar uma alternativa de aplicação do UHPC. Para
isso o material foi confeccionado através de uma análise de empacotamento de partículas
utilizando duas areias comerciais, sem peneiramento, além de pó de quartzo, micro-sílica
e cimento Portland e o UHPC foi caracterizado quanto à resistência à compressão, tração
por compressão diametral e flexão e foi aplicado como reforço estrutural nas regiões de
compressão e de tração de modelos reduzidos de vigas de concreto armado, com armadura
mínima, que foram ensaiadas à flexão em 4 pontos. Os resultados indicam um aumento
de 40% na capacidade de carga mesmo sem a utilização de armadura suplementar na
região reforçada.

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ISSN: 2525-8761

Palavras-chave: Concreto de ultra Alto Desempenho. Empacotamento de Partículas.


Reforço Estrutural.

ABSTRACT
The evolution of concrete technology has led to the development of Reactive Powder
Concrete (RPC), a material that has high durability and compression strength above
150MPa. The application of this material in Brazil is still quite restricted, so this work
aims to present an alternative application of RPC. For this, the material was made through
a particle packing analysis using two commercial sands, without sieving, in addition to
quartz powder, silica fume and Portland cement and the RPC was characterized in terms
of compressive strength, tension by diametrical compression and bending and was applied
as a structural reinforcement in the compression and tension regions of reduced models
of reinforced concrete beams, with minimal reinforcement, which were tested for bending
at 4 points. The results indicate a 40% increase in the load capacity even without the use
of supplementary reinforcement in the reinforced region.

Keywords: Reactive Powder Concrete, Particle Packing, Structural Reinforcement.

1 INTRODUÇÃO
A evolução da construção civil e a preocupação com a durabilidade dessas
construções fez com que a engenharia desenvolvesse a tecnologia do concreto com a
produção do concreto auto adensável (CAA), o concreto de alto desempenho (CAD) e o
concreto de ultra alto desempenho (UHPC). O UHPC não utiliza agregado graúdo em sua
composição, eliminando a zona de transição entre a pasta de cimento e o agregado,
considerada a região frágil do concreto convencional. As principais características do
UHPC são a elevada resistência, e baixa porosidade, com consequente grande
durabilidade (BIZ, 2001; VANDERLEY, 2004).
Para a produção do UHPC são utilizados cimento Portland, agregado miúdo com
diâmetro inferior a 2mm, adições minerais, aditivos químicos, micro-fibras, pó de quartzo
e água (SIEG et al, 2012). Outro aspecto importante a ser considerado na produção do
UHPC é o empacotamento de partículas, que vai auxiliar no aumento da resistência e da
durabilidade dos concretos (AMBROSIO et al, 2018). Apesar da resistência à compressão
do concreto ser o principal parâmetro para a especificação de um concreto, o estudo da
durabilidade está se tornando cada vez mais comum (GLSSER et al, 2008; RAHMAN e
BASSUONI, 2014; LEEMANN et al, 2015; LIU et al, 2017; MAZER, et al, 2019).
Neste contexto, o presente trabalho visa estudar o desenvolvimento de pesquisas
utilizando o concreto de ultra alto desempenho no intuito de verificar a viabilidade de sua
aplicação como reforço estrutural, e para este caso foram moldadas vigas em escala

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reduzida para analisar o comportamento do UHPC.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Esta Para embasar o presente trabalho será apresentado alguns aspectos
importantes para o desenvolvimento do UHPC.

2.1 CONCRETO DE PÓS REATIVOS


Richard e Cheyrezy (1995) desenvolveram um concreto de ultra resistência e que
possui ductilidade, denominando-o de concreto de pós reativos. Cheyrezy et al (1995)
apresentam o UHPC como sendo um concreto com alta quantidade de sílica ativa e muito
baixa relação água/cimento, sendo necessários o estudo granulométrico e o tratamento
térmico para a obtenção das propriedades mecânicas e durabilidade desejadas.
O estudo da influência de uma pré-compressão no concreto ainda fresco, do
método de cura e do teor de fibras foi feito por Ipek et al (2011). Ainda quanto aos
métodos de cura, Damas e Soares (2011) observaram que a cura realizada a 20 ºC e a 30
ºC não apresentaram diferenças significativas nos resultados de resistência à compressão,
porém curas realizadas a 60 ºC e a 90 ºC já conduzem a um aumento de resistência e ainda
observaram que o tempo de cura ideal seria de 7 dias a 90 ºC seguidos de cura a 20 ºC até
a idade de ruptura. Já Sieg et al (2012) estudaram três diferentes tipos de adições minerais
onde observaram que a sílica ativa apresenta melhor desempenho que as demais adições
minerais. Serafim e Licetti (2012) estudaram UHPC confeccionados com os cimentos CP
II, CP IV e CP V, sendo que para 24 horas e para três dias as resistências do UHPC feitos
com CP V foram maiores que os demais, porém para sete dias e para 28 dias os resultados
apresentados pelos corpos de prova feitos com CP IV superaram os resultados daqueles
feitos com CP V.
Quanto às propriedades do UHPC muitas pesquisas ainda são desenvolvidas
visando analisar a influência do tempo, pressão e temperatura da autoclave (YAZICI et
al, 2013), diferentes regimes de cura (HIREMATH e YARAGAL, 2017), UHPC leve
(GÖKCE et al, 2016) e tipos de fibras (JU et al, 2018).
Algumas aplicações de UHPC podem ser citadas, entre elas está o uso em barreiras
laterais em estradas (YAN, 2009) onde o autor apresenta que a utilização do UHPC
conduziu a uma redução no consumo de concreto e no peso da barreira, apesar do custo
ser em torno de 30% maior, porém esse aumento de custo é compensado com o aumento
da durabilidade uma vez que o UHPC apresentou um coeficiente de difusão de cloretos

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55 vezes menor, um coeficiente de abrasão 4 vezes menor e no período de ensaios não


apresentou carbonatação, quando comparados com o concreto convencional. Outra
aplicação do UHPC foi feita como barreira contra explosões (BIBORA et al, 2017) onde
foi observada a influência da resistência à flexão e do tamanho dos grãos do UHPC.

2.2 EMPACOTAMENTO DE PARTÍCULAS


Para a melhoria das propriedades do UHPC é necessário efetuar o empacotamento
de partículas, em que se determina a densidade de empacotamento que, segundo De
Larrad (2011), pode ser definida como o volume de sólidos em relação ao volume total,
ou seja, consiste no arranjo granular com diferentes tamanhos de grãos que produz a
menor quantidade de vazios no esqueleto granular.
Diversos modelos matemáticos podem ser utilizados para otimizar a distribuição
de partículas, entre os quais são citados os modelos de Andreassen, Andreassen
modificado também denominado Alfred, Toufar e De Larrad (BARANHUK, 2014).
Além destes modelos tradicionais existem outros propostos por diversos pesquisadores,
como por exemplo o modelo de empacotamento recursivo de misturas de partículas
densas (ELLIOTT, 2002), o desenvolvimento de um concreto ecológico pelo
empacotamento de partículas (FENNIS, 2011) e a modelagem para a mínima taxa de
vazios para misturas de areia e silte (CHANG et al, 2015).
Diversas pesquisas têm sido feitas sobre os tipos de empacotamentos e seus efeitos
sobre as propriedades do concreto. Cieslak e Grzybowski (2012) analisaram a influência
dos métodos de empacotamento de Andreassen e Andreassen modificado na resistência
à compressão de UHPC, assim como diferentes valores para o coeficiente de
empacotamento, tendo observado que os métodos não apresentam diferenças estatísticas,
porém os valores do coeficiente de empacotamento interferem nos resultados.
A aplicação do empacotamento de partículas para diferentes tipos de concretos foi
estudada por Silveira et al (2019a), Silveira et al (2019b) e Silveira et al (2019c) onde os
autores utilizaram o método para dosar um concreto de alto desempenho, um concreto
auto adensável e um concreto seco, comparando todos eles a mesmos concretos dosados
pelo método da curva granulométrica dentro da zona ótima defina pela NBR 7211
(ABNT, 2011), sendo que em todos os casos, os concretos dosados pelo método do
empacotamento compressível apresentou melhores resultados de resistência à
compressão e menor consumo de cimento. Além do aumento da resistência à compressão,
Klein et al (2020) observaram que o empacotamento de partículas também auxilia no

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aumento do módulo de elasticidade estático. Lenz et al (2017) observaram que o


empacotamento dos agregados aumenta a relação agregados secos/cimento (m)
conduzindo a uma menor porosidade do material fato este que contribui para o aumento
da durabilidade, além de densificar e aumentar a rigidez do conjunt.

2.3 DURABILIDADE
Um dos principais fatores que influenciam a durabilidade de um concreto frente a
ação de agentes agressivos é a sua porosidade e permeabilidade, propriedades estas que
podem ser relacionadas com a resistência à compressão e dependem da relação
água/cimento, entre outros fatores. Neste contexto o UHPC apresenta todas as
características para ser um material com grande durabilidade, pois apresenta uma baixa
relação água/cimento, são utilizadas adições minerais que contribuem para o aumento da
durabilidade frente a agentes agressivos e o empacotamento de partículas diminuem o
índice de vazios, consequentemente o material apresenta uma baixa porosidade. Esse
aumento da durabilidade do UHPC frente a ciclos de gelo-degelo com cloreto de sódio
foi estudado por Wang et al (2017) comprovando esses aspectos.
Tang et al (2015) apresentam uma excelente revisão sobre estudos recentes da
durabilidade do concreto, envolvendo reação álcali-agregado, ataque de sulfatos e
cloretos, entre outros. O uso de adições minerais e baixa relação água cimento é
recomendado por diversos pesquisadores (SKALNI et al, 2002; MAES et al, 2013). As
adições minerais reagem com o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) para formar silicato de
cálcio hidratado que é um composto com maior resistência química e mecânica, porém
existe uma quantidade máxima que pode ser adicionada, limitada à quantidade de
Ca(OH)2 (ABRAHÃO et al, 2019).
A influência do empacotamento de partículas frente a ação de cloretos e sulfatos
foi estudada por Ambrosio et al (2019) onde observaram que o baixo índice de vazios e
baixa absorção influenciaram na quantidade de sulfatos e de cloretos que penetraram no
concreto, reduzindo esta quantidade em mais de 5 vezes, além do aumento da resistência
à compressão.

2.4 REPARO E REFORÇO DE ESTRUTURAS


Quando a durabilidade das estruturas de concreto se apresenta prejudicada se faz
necessário realizar uma intervenção através de reforço estrutural ou de recuperação
estrutural, dependo do caso. Em se tratando de reforço estrutural, uma das técnicas que

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apresenta uma grande evolução de pesquisas e tem grande potencial de utilização é o


reforço estrutural com polímeros reforçados com fibras de carbono (PRFC), nesse sentido
existem pesquisas com a utilização da técnica em pilares curtos (MAZER et al, 2014),
pilares esbeltos (MENDES et al, 2017) e dimensionamento do reforço (SILVA et al,
2019), em vigas submetidas à flexão (PIVATTO et al, 2020) e estudos sobre a ancoragem
do reforço (SCHNEIDER et al, 2017).
Com as técnicas de reparo estrutural, cita-se a importância do ângulo da junta do
reparo (SLOSASKI e MAZER, 2020) que observaram que quando um elemento está
submetido à compressão, um ângulo de 0o com a horizontal apresenta desempenho
superior ao ângulo de 45º, já na flexão o ângulo de 45º apresentou desempenho adequado,
e em todos os casos foi observada a influência positiva da utilização de ponte de
aderência.
Pesquisas utilizando materiais diversos para reparo foram conduzidas por Mazer
e Martins (2014) que obtiveram uma argamassa de alta resistência inicial e final, com
valores de 3,5MPa após uma hora da mistura, 75,8MPa em 24 horas e 133,8MPa a 28
dias. Simenes et al (2021) testaram argamassas com fibras ancoradas, fibras onduladas,
concreto convencional, graute polimérico e graute cimentício, sendo este último
apresentando melhores resultados em comparação com os demais indicando a
importância da reologia auto-adensável do material. Ruivo (2021) utilizou baixos teores
de óxido de grafeno em argamassas para reparo tendo observado melhores desempenhos
à compressão e flexão em relação ao material de referência.
Com o intuito de aplicar um material com maior durabilidade de vido à baixa
permeabilidade com as características de ser auto adensável e de possuir alta resistência
mecânica, este trabalho contribui para o estudo da aplicação do UHPC no reforço à flexão
de vigas, utilizando modelos reduzidos para a análise.

3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 DURABILIDADE
3.1.1Cimento Portland
O cimento Portland utilizado na pesquisa foi o CP V – ARI, cujas propriedades
químicas e físicas são apresentadas nas Tabelas 1 e 2.

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Tabela 1: Propriedades Químicas do Cimento utilizado (Fonte: Fabricante)


PROPRIEDADES QUÍMICAS DO CIMENTO

Al2O3 SiO2 Fe2O3 CaO MgO

%
4,26 18,93 2,72 60,73 4,11
SO3 P. Fogo CaO L. R. Ins. Eq. Alc.

%
2,99 3,30 0,68 0,77 0,71

Tabela 2: Propriedades Físicas do Cimento utilizado (Fonte: Fabricante)


PROPRIEDADES FÍSICAS DO CIMENTO
Exp. Quente Cons. Normal Blaine # 200 # 325
mm % cm²/g % %
0,23 30,0 4.342 0,04 0,43
Tempo de Pega (h:min) Resistência à Compressão (MPa)
Início Fim 1 dia 3 dias 7 dias 28 dias
03:30 04:11 22,6 38,7 44,5 53,0

3.1.2 Agregados
Para a confecção do UHPC foi utilizado como agregado miúdo utilizado uma areia
natural proveniente de cavas do Rio Iguaçu, na região metropolitana de Curitiba. Já para
concreto convencional, além da areia natural, também foi utilizado agregado graúdo
classificado como brita n° 01, de origem granítica.
Para o UHPC foi feito o empacotamento das partículas de agregados miúdos
segundo o método de Andreassen modificado, conforme indicado na Equação 1 e a curva
granulométrica apresentada na Figura 1.

 D q − DSq 
CPFT = 100  Pq 
q  (1)
 DL − DS 

Onde: CPFT = porcentagem acumulada de partículas menores que Dp;


Dp = diâmetro da partícula em questão em mm;
Ds = diâmetro da menor partícula em mm;
DL = diâmetro da maior partícula em mm;
q = coeficiente de empacotamento.

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Figura 1: Análise granulométrica do UHPC

Figura 2 são apresentadas as curvas granulométricas dos agregados miúdo e


graúdo utilizados para a produção do concreto convencional.

Figura 2: Análise granulométrica do concreto convencional.

3.1.3 Adições
Para o UHPC foi utilizada sílica ativa com teor de SiO2 superior a 85% e massa
específica de 2,2 g/cm3. O pó de quartzo possui as propriedades apresentadas na Tabela
3 e na Figura 3, enquanto o aditivo utilizado foi um superplastificante tipo II à base de
éter-policarboxilatos com densidade 1,06.

Tabela 3: Caracterização química do pó de quartzo (Fonte: Fornecedor)


PROPRIEDADES QUÍMICAS DO PÓ DE QUARTZO
Umidade (%) 0,020
Perda ao fogo (%) 0,130
Teor de SiO2 (%) > 99,000
Teor de Fe2O3 (%) < 0,050
Teor de Al2O3 (%) < 0,300
Teor de TiO2 (%) < 0,035

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Figura 3: Análise granulométrica do pó de quartzo.

3.1.4 Traços dos concretos


O concreto convencional (CCV) foi dosado conforme o método ABCP/ACI para
30 MPa e para o concreto de ultra alto desempenhofoi utilizado o traço indicado abaixo.
Na Tabela 4 é apresentado o proporcionamento (traço) utilizado.

Tabela 4: Traços utilizados.


Cimento Areia Brita Água Sílica Quartzo Aditivo
CCV 1 1,75 2,76 0,54 - - -
UHPC 1 1,40 - 0,22 10% 15% 3%

Foram moldados três diferentes tipos de UHPC, diferenciando-os no tipo de fibra


a ser utilizado, sendo elas as fibras de polipropileno, metálicas e de vidro, todas em um
teor de 0,12% em relação ao volume de cimento.
Após a separação dos materiais, foi feita a mistura dos materiais secos, na ordem
de areias, cimento, pó de quartzo, sílica ativa e então a fibra correspondente à etapa. Em
seguida, como modo de preparo do concreto, inicialmente adicionava-se uma pequena
quantidade de água e aditivo na bacia da argamassadeira, prosseguindo com a adição de
uma parcela da mistura dos materiais secos. Acompanhando a mistura, ao observar o
aumento de consistência da massa, era adicionado mais água e aditivo, e assim era
intercalado até se utilizar todo o material. Este processo de mistura na argamassadeira
durava cerca de 12 minutos.
Imediatamente após o preparo da massa, os corpos de prova foram moldados nas
quantidades indicadas na tabela 5. Após 24 horas os corpos de prova foram desmoldados
e colocados em cura térmica a 90 ºC por 72 horas em um banho maria e em seguida
mantidos em cura submersa até completar 28 dias.

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Tabela 5: Número de corpos de prova para cada ensaio.


Ensaio Número de corpos de prova
Resistência à compressão por tração diametral 3 x 6 = 18
Resistência à tração na flexão 3 x 4 = 12
Resistência à compressão axial* 4 x 6 = 24
Absorção por imersão e índice de vazios 2x3=6
Total 60
*Para este ensaio foram moldados corpos de prova de concreto convencional para efeito de
comparação com o UHPC.

O número de corpos de prova foi definido com base em estudo estatístico para ter
95% de confiança, conforme a Equação 2.


N = z2  (2)
2
Onde z representa a variável reduzida da curva normal que para 95% de confiança
assume o valor de 1,96; σ corresponde ao desvio padrão da amostra que foi assumido o
valor de 10%; e ε representa o possível erro do ensaio assumido como 10%. Com base
nesses valores, o número mínimo de corpos de prova para o nível de confiança pretendido
é de quatro corpos de prova, porém foram moldados seis corpos de prova para segurança
nos resultados e poder eliminar eventuais valores espúrios.
Para fazer a aplicação do UHPC em reforço estrutural foram moldadas pequenas
vigas de 10x10x50 cm com armadura de 6,3mm e estribos de 4,2mm a cada 10 cm, em
concreto convencional e um reforço de 3 cm de espessura em UHPC, conforme ilustrado
na Figura 4.

Figura 4: Modelo de viga utilizada.

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As vigas foram submetidas ao ensaio de flexão a três pontos, conforme a NBR


5739 (ABNT, 1994), sendo que o reforço em UHPC foi efetuado 60 dias após a moldagem
da viga em concreto convencional de 25MPa.

3.2 ENSAIOS REALIZADOS


3.2.1 Absorção por imersão e índices de vazios
A determinação do teor de absorção de água por imersão e do índice de vazios é
realizado conforma a NBR 9778 (ABNT, 2005).

3.2.2 Resistência à compressão axial


A resistência à compressão axial refere-se ao valor limite da capacidade de
suportar cargas verticais aplicadas ao longo do seu plano axial longitudinal. O ensaio a
seguir foi feito obedecendo à norma NBR 13.279 (ABNT, 1995), como ilustrado na
Figura 5.

Figura 5: Ilustração do esquema de forças aplicado no ensaio de compressão.

3.2.3 Resistência à tração por compressão diametral


A compressão ocorre quando uma força axial é aplicada em sentido ao interior de
uma peça com carregamento definido em plano axial de geratrizes diametralmente
opostas, conforme orientado na norma NBR 7222 (ABNT, 1994). Sob essas condições de
compressão, ocorre no plano da aplicação de força um esforço de tração indireto, sendo
esse o fator de ruptura do corpo, como ilustrado na Figura 6.

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Figura 6: Ilustração do esquema de forças aplicado no ensaio de tração por compressão


diametral.

3.2.4 Resistência à tração na flexão


Este ensaio se refere à condição de tração na flexão do material pela aplicação de
uma força perpendicular às faces superior e inferior do corpo de prova, sem
excentricidades. Para medir a resistência à tração, foi flexionado um corpo de prova
prismático com apoios equidistantes à aplicação da força. O ensaio a seguir foi feito
obedecendo à norma NBR 12142 (ABNT, 2010) sendo ilustrado na Figura 7.

Figura 7: Ilustração do esquema de forças aplicado no ensaio de tração na flexão.

3.2.5 Resistência à flexão em três pontos


Este ensaio tenta simular o comportamento de uma viga submetida a um
carregamento vertical concentrado. Para a execução deste ensaio foi utilizada uma prensa
EMIC DL 30, com capacidade de 30 toneladas. Na Figura 8 está exemplificado o ensaio
realizado.

Figura 8: Esquema de realização do ensaio de flexão a três pontos.

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O reforço em UHPC foi realizado na região de compressão do concreto em três


vigas e em outras três vigas esse reforço foi realizado na região de tração e em ambos os
casos não foi colocada armadura adicional.

4 RESULTADOS E ANÁLISES
4.1 ABSORÇÃO POR IMERSÃO E ÍNDICES DE VAZIOS
Na Tabela 6 são apresentados os resultados de absorção e índice de vazios dos
concretos estudados.

Tabela 6: Resultado de ensaios físicos


CCV UHPC
Absorção (%) 2,96 0,84
Índice de vazios (%) 6,84 1,80

Os resultados acima representam a média de três corpos de prova. Na Tabela 6 é


possível observar que a absorção do UHPC foi 3,5 vezes menor que o valor observado no
CCV e o índice de vazios foi 3,8 vezes menor. Tais resultados levam a acreditar que a
durabilidade do UHPC é maior que do CCV, ressaltando a contribuição do alto consumo
de cimento, baixa relação água/cimento e do empacotamento dos agregados realizados no
UHPC.

4.2 RESISTÊNCIA MECÂNICA


4.2.1 Resistência à compressão axial
Os resultados dos ensaios de resistência à compressão axial, médias de 6 corpos de
prova, são apresentados na Tabela 7, sendo o concreto convencional e os três tipos de
UHPC, com fibras de polipropileno, fibras metálicas e fibras de vidro.

Tabela 7: Resultado de resistência à compressão axial


CCV UHPC com polipropileno UHPC com metálica UHPC com vidro
Média (MPa) 39,1 173,9 123,7 82,7
Desvio Padrão (MPa) 2,5 8,4 16,3 11,7
Coef. De variação (%) 6,4 4,8 13,2 14,1
Máximo (MPa) 41,0 186,6 140,7 102,6

Os coeficientes de variação do concreto convencional e do UHPC com fibras de


polipropileno abaixo de 10% indicam uma produção e moldagem bem padronizadas
destes concretos, porém os UHPC com fibras metálicas e de vidro apresentam estes
valores altos mostrando a necessidade de melhorias no sistema de produção, ainda o

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UHPC com fibras de vidro apresentou uma resistência à compressão muito mais baixa
que o esperado.
Fazendo uma análise de variança (ANOVA) foi observado que os resultados são
estatisticamente diferentes entre si, comprovado pela comparação de médias feita pelo
método de Tukey’s, em um nível de significância de 5%. Isso posto, é possível afirmar
que o UHPC confeccionado com fibra de polipropileno obteve uma resistência à
compressão axial 40% maior que o confeccionado com fibras metálicas e 110% maior
que o confecionado com fibras de vidro para esse estudo.

4.2.2 Resistência à tração por compressão diametral


Os resultados do ensaio para os tipos de UHPC, médias de seis corpos de prova, são
apresentados na Tabela 8.

Tabela 8: Resultados de resistência à tração por compressão diametral.


UHPC com polipropileno UHPC com metálica UHPC com vidro
Média (MPa) 5,8 6,9 5,2
Desvio Padrão (MPa) 0,96 0,8 0,7
Coef. De variação (%) 16,7 11,6 13,3

A relação entre a resistência à tração por compressão diametral e a resistência à


compressão axial foi de 3,3%; 6,5% e 6,3% para os UHPC com fibras de polipropileno,
metálicas e de vidro, respectivamente.
Na análise de variança (ANOVA) foi verificado que existe diferença estatística
nos resultados e a comparação de médias pelo método de Tukey’s indicou que os
resultados do UHPC com fibras metálicas diferem dos resultados do UHPC com fibras
de vidro, com nível de significância de 5%, sendo as demais comparações consideradas
estatisticamente iguais.

4.2.3 Resistência à tração na flexão


Considerando que apenas o UHPC seria utilizado com a finalidade de reforço
estrutural, este ensaio foi realizado somente nestes concretos, excluindo-se o concreto
convencional. Os resultados deste ensaio, médias de quatro corpos de prova, são
apresentados na Tabela 7

Tabela 7: Resultados de resistência à flexão.


UHPC com polipropileno UHPC com metálica UHPC com vidro
Média (MPa) 21,9 21,0 20,6
Desvio Padrão (MPa) 1,6 0,7 2,7
Coef. De variação (%) 7,3 3,3 13,1

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Neste ensaio somente o UHPC com fibras de vidro apresentou um coeficiente de


variação acima de 10%, indicando necessidade de melhorias no sistema de produção.
Outro aspecto a ser considerado é a relação entre a resistência à flexão e a resistência à
compressão axial, sendo de 12,6% para o UHPC com fibras de polipropileno e de 17,0%
para o UHPC com fibras metálicas, enquanto que o UHPC com fibras de vidro possui
uma proporção de 24,9%, apesar de ser a mais alta relação este fato necessita de uma
interpretação cuidadosa por ter a mais baixa resistência à compressão axial.
Ao efetuar a análise de variança (ANOVA) foi verificado que os resultados são
estatisticamente iguais, fato este comprovado pela comparação de médias feita pelo
método de Tukey’s, em um nível de significância de 5%, ou seja, o tipo de fibra não
apresenta influência na resistência à tração na flexão.

4.3 FLEXÃO DE TRÊS PONTOS


Este ensaio foi realizado em vigas sem reforço e nas vigas com reforço na região
de compressão e na região de tração, onde foi determinado o momento fletor que causou
o aparecimento de fissuras, cujos resultados, média de três corpos de prova, são
apresentados na Tabela 9 e na Figura 9 são ilustradas vigas sendo ensaiadas.

Tabela 9: Resultados de resistência à flexão por 3 pontos.

Viga em concreto Vigas com reforço na Vigas com reforço na


convencional região de compressão região de tração.
Média (kN.cm) 340,5 473,6 494,1
Desvio padrão (kN.cm) 29,8 23,6 14,0
Coef. de variação. 17,5 10,0 2,8

Através da análise de variança (ANOVA) foi observado que existe diferença


estatística entre os resultados e a comparação de médias pelo método de Tukey’s indica
que os reforços efetuados apresentam resistência maiores que a viga de referência, porém
entre eles não existe diferença estatística.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho buscou avaliar algumas propriedades do concreto de ultra alto
desempenho (UHPC) e verificar sua viabilidade de aplicação em reforço estrutural. Para
isso foram executados três diferentes tipos de UHPC, utilizando fibras de polipropileno,
metálicas e de vidro e moldadas vigas em escala reduzida para realizar a ruptura das
mesmas na flexão.

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Considerando os ensaios de absorção e índice de vazios conclui-se que o UHPC


apresenta uma durabilidade superior ao concreto convencional devido aos menores
valores dessas propriedades que ocorrem devido a uma baixa relação água/cimento e
efeitos do empacotamento de partículas.
Quanto aos valores de resistência mecânica, o UHPC com fibra de polipropileno
se sobressaiu em relação aos demais na resistência à compressão axial, porém na
resistência à flexão e tração por compressão diametral não foram observadas diferenças
estatísticas.
Quanto à sua aplicação como reforço estrutural, o mesmo se mostrou promissor,
podendo ser utilizado tanto na região comprimida quanto na região tracionada da viga,
porém estes estudos são iniciais, sendo necessária a análise de mais casos, em diferentes
situações.

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