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Trabalho de Fim Do Curso Aae

O trabalho aborda o VIH/SIDA em um paciente de 35 anos no Centro de Saúde da Mitcha, destacando a importância da prevenção e do conhecimento sobre a doença. A pesquisa visa identificar as principais causas de contaminação, sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento e prevenção. A metodologia utilizada é um estudo de caso com enfoque qualitativo, respeitando considerações éticas e sigilo do paciente.

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Trabalho de Fim Do Curso Aae

O trabalho aborda o VIH/SIDA em um paciente de 35 anos no Centro de Saúde da Mitcha, destacando a importância da prevenção e do conhecimento sobre a doença. A pesquisa visa identificar as principais causas de contaminação, sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento e prevenção. A metodologia utilizada é um estudo de caso com enfoque qualitativo, respeitando considerações éticas e sigilo do paciente.

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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO PRONVICIAL DA HUÍLA


GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO DA HUÍLA

INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE Nº 1831


#
I.T.S - LUBANGO

CURSO MÉDIO TÉCNICO DE ANALISES CLINICAS

PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL

VIH/SIDA: ESTUDO DE CASO EM UM PACIENTE DE 35 ANOS DE


IDADE NO CENTRO DE SAÚDE DA MITCHA NO Iº TRIMESTRE DE
2025.

PELAS ESTUDANTES:

ACÁCIA V. M. AFONSO

ADAGILZA I. DA G. F. KAMBINDA

ERMELINDA D. S. PALANGA

Lubango/2024

INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE Nº 1831


#
I.T.S - LUBANGO
CURSO MÉDIO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL

VIH/SIDA: ESTUDO DE CASO EM UM PACIENTE DE 35 ANOS DE


IDADE NO CENTRO DE SAÚDE DA MITCHA NO Iº TRIMESTRE DE
2024.

Trabalho de fim de curso apresentado sob


forma de prova de apetidão profissional ao
Instituto Técnico de Saúde do Lubango Nº
1831, como requisito parcial para a
obtenção do título de Técnico Médio de
Enfermagem, sob orientação da professora
Ema Santos.

ACÁCIA V. M. AFONSO

ADAGILZA I. DA G. F. KAMBINDA

ERMELINDA D. S. PALANGA

Lubango/2024

ÍNDIC

DEDICATÓRIA......................................................................................................................I
AGRDECIMENTOS..............................................................................................................II

LISTA DE SIGLAS E ACRÓNIMOS..................................................................................III

RESUMO..............................................................................................................................IV

FASE INTRODUTÓRIA

INTRODUÇÃO......................................................................................................................1

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA.......................................................................................2

JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA......................................................................2

OBJECTIVOS DA PESQUISA..............................................................................................2

OBJECTIVO GERAL.............................................................................................................2

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................................2

METODOLÓGIA

METODOLOGIA...................................................................................................................4

TIPO DE PESQUISA..............................................................................................................4

LOCAL DE ESTUDO............................................................................................................4

POPULAÇÃO.........................................................................................................................4

AMOSTRA.............................................................................................................................4

PROCEDIMENTOS ÉTICOS................................................................................................4

CRITÉRIO DE INCLUSÃO...................................................................................................4

CRITÉRIO DE EXCLUSÃO..................................................................................................5

INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS.....................................................................5

CAPITULO I – ABORDAGEM TEÓRICA...........................................................................6

1.1- PERSPECTIVA HISTÓRICA DO VIH/SIDA............................................................7

1.2- DEFINIÇÃO E CONCEITOS.....................................................................................7

VIH/SIDA...............................................................................................................................7

1.3- CLASSIFICAÇÃO DO VIH/SIDA...........................................................................10

1.4- TRANSMISSÃO DO VIH/SIDA..............................................................................11

1.5- SINAIS E SINTOMAS..............................................................................................13


1.6- FACTORES DE RISCOS..........................................................................................15

1.7- CAUSAS....................................................................................................................15

1.8- DIAGNÓSTICOS......................................................................................................16

1.9- DOENÇAS QUE LEVAM À SUSPEITA DE INFECÇÃO PELO VIH...................17

1.10- TRATAMENTO.....................................................................................................17

1.11- COMPLICAÇÕES.................................................................................................18

1.12- CUIDADOS DE ENFERMAGEM........................................................................19

1.13- PREVENÇÃO........................................................................................................20

CAPITULO II – ABORDAGEM PRÁTICA

2.1- CARACTERIZAÇÃO DO (CAMPO DE ACÇÃO).................................................24

2.2- NOTA DE ADMISSÃO MÉDICA (PROCESSO)....................................................24

2.3- HISTÓRICO CLÍNICO.............................................................................................24

2.3.1- ANTECEDENTES PESSOAIS..............................................................................25

2.3.2- ANTECEDENTES PATOLÓGICOS....................................................................25

2.3.3- ANTECEDENTES FAMILIARES........................................................................25

2.4- DIAGNÓSTICO MÉDICO........................................................................................25

2.5- TRATAMENTO/TERAPÊUTICA............................................................................25

2.6- PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM.......................................................26

2.6.1- CUIDADOS (AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS, ADMINISTRAÇÃO DE


MEDICAMENTOS, CURATIVOS, PREVENÇÃO DE LESÕES, HIGIENE)..................26

2.7- NOTA DE EVOLUÇÃO DIÁRIA (5 DIAS)............................................................26

2.8- NOTA DE ALTA MÉDICA/MORTE.......................................................................27

CONCLUSÕES

SUGESTÕES........................................................................................................................29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................30

APÊNDICES.........................................................................................................................32

ANEXOS...............................................................................................................................35
Dedicatória
Este trabalho é dedicado aos nossos pais e encarregados de educação, que foram o alicerce da
nossa formação e pelo imensurável esforço, nos apoiando de maneira financeira, moral e não
só, pela motivação e incentivo que nos deram, e fizeram com que nós não desistíssemos.
Durante os quatros anos da nossa formação e aos professores que nos acompanharam nessa
longa caminhada.

I
Agradecimentos
Acácia V. M. Afonso

Agradeço a Deus, pois sempre esteve presente trilhando o meu caminho.

Agradeço também minha família especialmente a Marina Figueira, Alberto Figueira, António
Afonso e Joana José, pelo incentivo e contribuição a minha formação, aos meus encarregados
de educação a professora Ema Santos pela atenção e paciência, que permitiu a execução do
trabalho, a Edna Singue, Patrícia Singue e Ivandro Singue pelas dicas dadas, aos membros da
ACADEJ. Aos doctores, Olímpia Bengue, Ana Filipe e Nsimba Nafilo a todos do Centro de
Saúde da Mitcha e o Sat do Hospital Pediátrico Pioneiro Zeca.

Adagilza I. Da G. F. Kambinda

Agradeço primeiramente a Deus todo-poderoso, porque sem Deus nada é possível.

Também agradeço a minha família, exclusivamente ao meu pai (Pascoal Kambinda), minha
mãe (Gertrudes Francisca) e aos meus irmãos, especialmente (Nilda Kambinda), que me
apoiaram durante toda caminhada. Aos professores que tiveram a genuína paciência de me
ensinar e ajudar a ser o que a partir de hoje serei, particularmente a professora Ema Santos,
pela sua generosidade sabedoria e apoio em todos os momentos da construção deste trabalho.
Ao exmo Dr. Teodoro Bento, à Instituição por oferecer oportunidades como essa, que de
forma geral contribuiu para o meu desenvolvimento pessoal e profissional. Por fim meu
sincero agradecimento a todos que fizeram parte deste percurso. Sou imensamente grata por
todo suporte.

Ermelinda D. S. Palanga

Antes de tudo agradeço primeiramente a Deus todo poderoso, pela vida saudável que nos tem
dado de encararmos as coisas. Agradeço também a minha família, especialmente aos meus
pais. Sua grande força foi a mola propulsora que permitiu o meu avanço, mesmo durante os
momentos difíceis. Aos meus caríssimos professores pelo esforço que têm demostrado ao me
transmitir os seus conhecimentos, particularmente a minha orientadora, cuja dedicação e
paciência serviram como pilares de sustentação para a conclusão deste trabalho. E a
instituição que é o coração do futuro, sem esquecer amigos, conhecidos e a turma em geral
que direta ou indiretamente me ajudaram o bastante, especialmente todos aqueles que
tornaram possível a realização do presente trabalho, lagrimas não faltam, ansiedade também.

II
Lista de Siglas e Acrónimos
ITS – L – Instituto Técnico de Saúde do Lubango
VIH – Vírus de Imunodeficiência Humana
VIH 1 – Vírus de Imunodeficiência Humana do tipo 1
VIH 2 – Vírus de Imunodeficiência Humana do tipo 2
SIDA – Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
UNAIDS – United Nation Progrme on VIH/AIDS
GRID – Gay Related Imuno Deficiency
EUA – Estados Unidos América
HTLV - Human T-cell lymphotropic virus
OMS – Organização Mundial da Saúde
ELISA – Enzyme Linked immuniosorbent Assay
CD4+ - Grupamento de diferenciação de 4
T4 – Tiroxina
OIT – Organização Internacional do Trabalho
IST´s – Infecções Sexualmente Transmissíveis
RNA – Ácido Ribonucleico
ARV – Antirretrovirais
PCR ou RCP – Reacção em Cadeia polimerase
T – Temperatura
P – Pulso
R – Respiração
T. A – Tensão Arterial
SPO2 – Oximetro
P – Peso
OSC – Organização da Sociedade Cívil
HPPZ – Hospital Pediátrico Pioneiro Zeca
SAT – Sala de Aconselhamento e testagem

III
Resumo
O VIH/SIDA ainda não tem cura, desta feita mostra-se que a melhor forma de combater a
transmissão, é atuar na prevenção, transmitindo informações e partilhar conhecimentos, para
evitar que a infecção se propaga.
O presente trabalho faz uma abordagem reflexiva sobre o VIH/SIDA, em um paciente de 35
anos de idade no Centro de Saúde da Mitcha no I trimestre de 2024, tendo em conta que
quando se tem o vírus do VIH/SIDA as defesas do corpo ficam fracas, surge algumas
doenças. No caso da infecção pelo VIH o organismo não tem capacidade de destruir o vírus
pois esse ataca as células do seu sistema de defesa. Ao longo do nosso trabalho focou-se a
responder a seguinte questão de investigação: Quais são as principais causas da contaminação
do VIH/SIDA? Com o objectivo geral de conhecer as principais causas da contaminação do
VIH/SIDA e com os objetivos específicos de identificar os sinais e sintomas, descrever as
principais causas, relatar os principais factores de riscos e o tratamento, citar as formas de
prevenção. A metodologia é estudo de caso, de análise qualitativa e caráter exploratório, que
teve como instrumento de levantamento de dados a pesquisa bibliográfica sobre o estudo em
caso, onde a população foi constituída por dois (2) pacientes diagnosticados até a data da
pesquisa, no Centro de Saúde da Mitcha, e deste universo extraiu-se um (1) paciente
diagnosticado até a data da pesquisa, na mesma Instituição, que constituiu a amostra. Importa
ressaltar que durante o estudo levou-se em conta as considerações éticas, pois tendo em conta
que utilizamos processos clínicos, foi mantido sigilo profissional e anonimato sobre o assunto,
as informações não foram compartilhadas e houve necessidade de velar pelo sigilo e
privacidade do paciente, tendo em atenção os critérios de inclusão e exclusão.
Palavra-chave: VIH/SIDA, contaminação.

IV
FASE INTRODUTÓRIA

V
Introdução
O presente trabalho surge como parte dos requisitos para obtenção do grau de técnico médio
de enfermagem, do Instituto Técnico de Saúde do Lubango Nº 1831. Com este trabalho de
investigação pretende-se promover a construção de uma postura ideal perante a procura
constante do saber científico ao longo da nossa carreira profissional.

Cujo aborda sobre a temática relacionada ao: VIH/SIDA estudo de caso em um paciente de 35
anos de idade no Centro de Saúde da Mitcha no I trimestre de 2024.

Todavia, é evidente que a pandemia do HIV ainda se predomina como a mais mortal da
actualidade, e estima-se que 79 milhões de pessoas contraíram o vírus, que não tem uma
vacina e nem cura e aproximadamente 36 milhões de pessoas evoluem para o óbito decorrente
de doenças relacionadas à AIDS. Desde o início da pandemia, 1,5 milhões de indivíduos são
infectados, em 2020, 38 milhões vivem atualmente com o HIV, além dos 28 milhões que
estão com o tratamento antirretroviral que proporciona um bem-estar, se mantendo vivas e
saudáveis, bloqueando a transmissão do vírus (UNAIDS, 2021).

Neste estudo procuramos descrever, apresentar o VIH/SIDA estudo de caso em um paciente


de 35 anos de idade no Centro de Saúde da Mitcha no I trimestre de 2024. Assim sendo, a
estrutura do trabalho obedece ao guião de trabalho de conclusão do curso do instituto, sendo
fase introdutória, capitulo I – abordagem, capitulo II – abordagem prática:

Metodológia onde estará explícito o tipo de pesquisa, local da pesquisa, população e amostra,
procedimentos éticos e instrumento de recolha de dados.

O primeiro capítulo tratar-se-á da abordagem teórica onde serão abordados os principais


conceitos inerentes à compreensão da temática exposta “VIH/SIDA estudo de caso em um
paciente de 35 anos de idade no Centro de Saúde da Mitcha no I trimestre de 2024”.

Já no segundo e último capítulo será composto pela abordagem prática, onde será apresentado
a análise de dados que estará composto pela apresentação dos resultados achados que por sua
vez, será constituído pelos conceitos inerentes ao tema em estudo.

Posteriormente estarão as Conclusão, algumas sugestões, as referências bibliográficas,


apêndices e anexos.

1
Formulação do Problema
Diante da situação constatada a luz do tema, com o intuito de contribuir para o conhecimento
do VIH/SIDA, formulou-se a seguinte pergunta principal da pesquisa: Quais são as principais
causas da contaminação do VIH/SIDA em paciente de 35 anos de idade no Centro de Saúde
da Mitcha?

Justificativa da Escolha do Tema


A escolha do tema vai de encontro ao interesse pessoal, nas vivências académicas, tendo a
oportunidade de conviver no dia a dia com pacientes portadores de VIH/SIDA, e com
preocupação da situação actual que é da existência de um elevado número de pessoas
infectadas com o vírus VIH, e ainda é discutível a nível da medicina.

Por ser uma doença com maior índice de mortalidade, apesar de ser um problema comum, de
âmbito mundial e consequências devastadoras e ainda um dos mais graves problemas de
saúde pública. Eis a razão pela qual estamos motivados levar a cabo este estudo.

Objectivos da Pesquisa
“Os objectivos esclarecem o que é pretendido com a pesquisa e indicam as metas que
almejamos alcançar ao final da investigação. Os objetivos são normalmente categorizados em
geral e específicos” (KASSIWE, 2022, p.19).

Aprofundar o conhecimento sobre essa temática, sendo que o VIH/ SIDA é um problema de
saúde pública em todo o mundo.

Objectivo Geral
Conhecer as principais causas da contaminação do VIH/SIDA em um paciente de 35 anos de
idade no Centro de Saúde da Mitcha.

Objectivos Específicos
1. Identificar os sinais e sintomas do VIH/SIDA em um paciente de 35 anos de idade;
2. Descrever as principais causas do VIH/SIDA em um paciente de 35 anos de idade;
3. Relatar os principais factores de riscos e o tratamento do VIH/ SIDA em um paciente de
35 anos de idade;
4. Citar as formas de prevenção do VIH/SIDA em um paciente de 35 anos de idade.

2
METODOLÓGIA

3
 Metodologia

Metodologia pode ser definida como uma ciência que nos orienta conduzir determinados
processos de uma eficiente e eficaz para alcançar efectivamente os resultados desejados, tem
como objectivo método a seguir no processo. Deste modo a metodologia é uma ciência que
capacita o investigador com uma serie de conceitos, princípios, estratégia, e leis que lhe
permitem canalizar o estudo verdadeiramente cientifico do objecto da ciência de um modo
eficiente e tendente para a dignidade. (Ramos & Naranjo, 2014).

 Tipo de pesquisa

Nesta óptica. O presente trabalho dispõe do estudo de caso, de análise qualitativa e carácter
exploratório, que teve como instrumento de levantamento de dados a pesquisa bibliográfica
sobre o tema em estudo.

 Local de estudo

Todavia, O presente estudo foi realizado na província da Huíla, cidade do Lubango, de forma
mais concreta no Centro de Saúde da Mitcha.

 População

Entretanto, para complementar a nossa pesquisa, selecionamos como População: dois (2)
pacientes diagnosticados até a data da pesquisa, no Centro de Saúde da Mitcha.

 Amostra

O presente estudo teve como amostra de um (1) paciente diagnosticado até a data da pesquisa,
no Centro de Saúde da Mitcha.

 Procedimentos Éticos

Tendo em conta que utilizamos processos clínicos, foi mantido sigilo profissional e anonimato
sobre o assunto, as informações não foram compartilhadas e houve necessidade de velar pelo
sigilo e privacidade do paciente.

 Critério de inclusão

Estão inclusos neste estudo os pacientes que foram diagnosticados com VIH/SIDA, que
aceitaram participar voluntariamente do estudo.

4
 Critério de exclusão

Estão exclusos neste estudo os pacientes que não foram diagnosticados com VIH/SIDA, e
todos aqueles que não foram notados no critério de inclusão.

 Instrumento de recolha de dados

Como instrumento de investigação de recolha e aquisição de informações para complementar


o teor científico do presente trabalho, recorremos ao uso da entrevista por questões abertas e
fechadas, bloco de anotações esferográficas, fontes bibliográficas diversas, a observação e
experiências vivenciadas.

5
CAPITULO I – ABORDAGEM TEÓRICA

6
1.1- Perspectiva Histórica do VIH/SIDA

Os primeiros relatos de VIH/SIDA ocorreram em 1981, nos Estados Unidos. Contudo Daurel
e Montagnier em 1994, relatam estudo feitos com soros de raparigas Zairenses armazenados
nos anos 70, onde foi detectada a presença do vírus o que leva a concluir que o VIH/SIDA já
existia no Zaire em 1970 e que foi a partir do continente Africano que a doença se disseminou
por todo o mundo (Remor, 1999).

Do que se sabe sobre a história da doença é que os primeiros casos surgiram nas cidades norte
americanas de S. Francisco e Nova Iorque em 1981. A ser detectada unicamente em
homossexuais sendo inicialmente designada de GRID – Gay Related Imuno Deficiency
(Guerra, 1998).

Com a evolução da doença, a mesma foi detectada em outro grupo específico, os


toxicodependentes, que consumam drogas por via endovenosa. Neste grupo homens e
mulheres portadores do vírus, partilhavam seringas e tinham relacionamentos sexuais
desprotegidos, e a contaminação começava assim a sua escalada.

Nesta altura, para além da contaminação pela via sexual, é evidenciada outra via de contágio,
a sanguínea (Guerra, 1998). Surge a noção de grupos de risco, que contemplavam os
homossexuais e os toxicodependentes.

Simultaneamente a descoberta de casos de VIH/SIDA entre toxicodependentes, foram


descobertos dois casos de SIDA entre hemofílicos nos E.U.A, não pertencendo estes
indivíduos a nenhum grupo de risco, não se descobriam as razões da sua contaminação.

Três anos após essa descoberta Gallo, do outro lado do atlântico uma aluna de Luc
Montagnier apresenta no Instituto Pasteur uma amostra de um gânglio de um paciente que
sofria de hipertrofia, dos gânglios e ao que tudo indicava parecia ir evoluir para SIDA.

Só mais tarde em 1985, é que a equipa do Instituto Pasteur com a colaboração de


investigadores portugueses detectou o segundo vírus de SIDA o VIH 2 em doente oriundo da
Guiné-Bissau, sendo esta estirpe do vírus menos mortal e menos disseminado.

1.2- Definição e conceitos

VIH/SIDA

7
O sistema imunológico é formado pelo conjunto de todos os mecanismos que o organismo
despõe para se defender e assim manter o equilíbrio. Ou seja, é um conjunto de defesas que
está permanentemente atento a tudo que se passa no organismo para poder detectar qualquer
ameaça, reconhece-la e se possível destrui-la.

Quando o sistema imunológico falha, surge a doença. No caso da infecção pelo VIH o
organismo não tem capacidade de destruir o vírus pois esse ataca as células do seu sistema de
defesa, alterando deste modo o próprio sistema imunológico que fica sem defesa e vulnerável
aos outros vírus e bactérias (Daurel e Montagnier, 1994).

O VIH/SIDA é uma epidemia global. As pessoas que são portadoras desta doença são, em
maior ou menor grau, estigmatizadas em todo o mundo. Em todo mundo o estigma VIH/SIDA
é expressão de roptura social, rejeição pessoal, perda de suporte de inserção como alojamento,
em prego e leis que privam as pessoas que têm, e que são afectados pelo VIH/SIDA, dos seus
direitos básicos.

O vírus da imunodeficiência humana, também conhecido por HIV ou VIH, faz parte de um
grupo de vírus chamados de retrovírus. Como todos os vírus, não é visível a “olho nu” e não
sobrevivi fora do hospedeiro, neste caso o corpo humano (Aldir e Doroana, 2006, p. 32).

Este agente causador de doença irreversível foi descoberto por Louis Pateur e por Luc
Montagnier em 1983. O HIV ou VIH é responsável pela doença designada de Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida ou SIDA. Decompor as siglas do VIH ajuda-nos a estudar melhor
este agente.

V: vírus: organismos vivos de dimensões muito pequenas que se multiplicam dentro de


células vivas;

I: imunodeficiência: enfraquecimento e destruição de células responsáveis pela defesa do


organismo, infectadas pelo vírus;

H: humana: o vírus infecta as células da espécie humana;

Contrair a infecção por VIH, não significa contrair SIDA. A diferença entre ser portador do
VIH (seropositivo) e ter SIDA é a que passamos apresentar de uma forma muito sucinta: ser
portador de VIH (seropositivo) significa que o indivíduo está contaminado com o vírus por
isso pode transmitir esta infeccção caso não tenha os devidos cuidados, e ter SIDA significa

8
que para além de estar infectado por VIH já tem a doença SIDA. Uma doença provocada pela
imunodeficiência do organismo do indivíduo (Aldir e Doroana, 2006).

Para uma compreensão correcta da fase que vai desde a infecção por VIH ao estado da SIDA
sintetizaremos as diferentes fases segundo (Monsinho et al., 2005, p.152). “A pessoa infectada
pode permanecer em média 15/20 anos sem sintomas e por isso desconhecem que têm a
doença e cerca de 5% a 8% dos casos de VIH não chegam a evoluir até ao estádio de SIDA”.

Posteriormente na década de 90, Andrade (1992) define o síndrome de imunodeficiência


adquirida como:

Síndrome: é um conjunto de sintomas indicadores de perturbações no normal funcionamento


do organismo.

Imuno: refere-se à imunidade, ou seja, a capacidade que o corpo possui de se defender ao


conjunto de células e tecidos que possibilitam tal reacção, chama-se sistema imunitário.

Deficiência: significa enfraquecimento das defesas imunitárias, por consequência, a


impossibilidade do organismo resistir a certa infecções chamadas oportunistas.

Adquirida: porque foi adquirida por contagio, em oposição ao défice imunitário ou


hereditário.

Para Dovavan, Sands, Neighbors, Marek, e Green (2007, p. 493) “é uma infecção adquirida,
em que o próprio VIH se integra nos linfócitos CD4+ (T4 auxiliares), causando disfunção
imunológica grave. Na sua forma mais grave, resulta na síndrome de Imunodeficiência
humana adquirida (SIDA) ”. Salientando Stanhape e Lancaster (1999), a SIDA é definida
como uma doença incapacitante ou mortal causada pelo VIH.

Na perspetiva de Feitosa, Silva, Leite, Moura, Monteiro e Pereira (2013, p. 953) esta
síndrome é considerada “uma doença infetocontagioso que apresenta uma relevância social
elevada e é considerada de prognóstico obscuro uma vez que faz com os indivíduos
portadores reflitam sobre a finitude de suas vidas social”.

Complementando Lourenço e Afonso (2009) salientam que este é um vírus contagioso, e que,
devido a determinados comportamentos específicos, propaga-se e expande-se de forma súbita
e silenciosa, dando o estatuto de epidemia internacional. Agindo sobre “o sistema
imunológico do portador, atacando-o em todas as formas e provocando a destruição dos

9
mecanismos naturais de defesa, deixando o mesmo à merecer de ser contaminado por
quaisquer espécies de doenças” (Vieira e Silva, 2011, p.118).

Dadas as considerações acima referidas mostra que o VIH é um vírus silencioso que por sua
vez causa a síndrome (SIDA), que é transmitida por comportamentos singulares. Através
desta, pode-se desenvolver outras doenças oportunistas.

1.3- Classificação do VIH/SIDA

É importante saber a etiologia e classificação, pois assim consegue-se saber a causa e


distinguir o VIH-1 do VIH-2. Conforme Braselli, Chiparelli, Dutra, Gonzalez, Mansilla,
Marchese, Mogadsy, Savio e Visconti (2006, p. 17) “o VIH é um vírus pertencente a família
de retrovírus, subfamília dos lentivírus, que são identificadas duas formas geneticamente
diferente: VIH 1 e VIH 2 compartindo a alguns antigénios que são diferenciados”. Chinen e
Shearer (2002, p. 56) ressaltam que o “VIH é um lentivírus, da família dos retrovírus que
apresentam um genoma de RNA contido dentro de um capsídeo e um envelope lipídico”.

Existem dois tipos de vírus diferentes responsáveis pela infecção da SIDA, são eles o VIH1
(abreviatura de Vírus da Imunodeficiência Humana tipo 1, descoberto em 1983), e VIH2
(abreviatura de Vírus da Imunodeficiência Humana tipo 2, descoberto em 1986).

Em conformidade com os autores acima citados, refere existirem, no mínimo dez tipos de
subtipos do VIH 1, diferenciados geneticamente, que são denominados por letras de A a J, e
pertencem ao grupo M. A mesma fonte refere que, já terem sido identificados outros, muito
heterogéneos, englobados nos grupos O e N.

Pereira e Tavares (2002) referem, que os lentivírus têm capacidade de causar doenças de
evolução crónica com extensos períodos de incubação e virémia persistente além de
instabilidade genética, surgindo múltiplas estirpes variantes causadas pelas mutações
genéticas.

Ainda segundo alguns autores, a resposta imunitária é caracterizada pela ausência ou


inoperacionalidade de anticorpos com a capacidade de neutralizar a infecciosidade do vírus. ~

Segundo Issebalcher et al. (1994), o vírus VIH 1 é causa mais frequente de infecção por VIH,
e só 1986 foi identificado em pacientes africanos, o VIH 2 estando inicialmente limitado ao
Oeste africano, no entanto já existem casos de VIH 2 documentados na Europa, América do
Sul, Canada e E.U.A.

10
Uma das propriedades mais surpreendentes do VIH é a diversidade genética, isto é, a sua
extraordinária capacidade para modificar a configuração das estruturas que se localizam ao
nível do glicoproteico de superfície (Mansinho et al., 2005. P.10).

Segundo os autores supracitados esta diversidade genética do VIH faz com que o vírus
consiga escapar aos mecanismos de defesa que o organismo constrói, em cada momento, para
construir que o vírus se torne facilmente resistente aos mecanismos que são administrados
para combater a infeccção, e por fim, que seja difícil criar uma vacina capaz ou de controlar a
doença (vacina terapêutica), ou impedir que uma pessoa se infecte (vacina preventiva).

1.4- Transmissão do VIH/SIDA

Para que haja a transmissão do vírus é necessário o contacto directo com os fluídos corporais
onde estes, contenham células infectadas e daí serem transmitidas de um organismo para o
outro. Mas existem factores a terem em conta na transmissão, ressaltando Montagner (1994)
que existem diferentes factores de risco que contribuem para o aumento da transmissão do
vírus, principalmente quando a pessoa infectada apresenta em fase de elevada replicação
vírica ou mesmo na fase chamada SIDA, surgindo as ISTs que fragilizam as mucosas, na
presença de sangue durante a relação sexual.

Neste sentido, são elucidadas as principais formas de transmissão do vírus, conhecidas em


todo mundo como transmissão sexual, transmissão sanguínea e transmissão vertical

 Transmissão sexual

A transmissão do VIH dá-se pela transmissão sexual devido as relações sexuais desprotegidas
(sem o uso de preservativo) e que continua sendo uma das vias mais frequentes para a
transmissão do vírus. Parafraseando Dovavan, et al (2007, p. 494) que “a transmissão sexual
do VIH é dada de pessoa para pessoa através da penetração vaginal ou anal sem preservativo,
e práticas sexuais orais estão associadas a um elevado risco de infecção”.

Lecour e Castro (2004) acrescentam ainda que a relação sexual durante a menstruação, a
presença de outras ISTs, aumenta significativamente o risco de transmissão do vírus. Nesta
mesma linha de pensamento, a Organização internacional 30 do trabalho (OIT) (2009) afirma
que a presença de outras ISTs, que são responsáveis por lesões genitais, também podem
promover a transmissão do VIH.

 Transmissão por via sanguínea


11
Esta forma de transmissão acontece praticamente quando o sangue infectado com o vírus é
introduzido na corrente sanguínea por de ferimentos ou por algum material infectado, que por
distração é utilizado na preparação de alguma técnica a ser prestado ou também por
indivíduos toxicodependentes na troca de seringas para introduzir drogas na corrente
sanguínea.

Justificando Dovavan, et al (2007), a outra forma de transmissão do vírus é através de


seringas ou agulhas contaminadas feita inoculação direta durante administrações parenterais,
nomeadamente subcutânea, intramuscular ou intravenosa.

Nesta mesma perspectiva, a OIT (2009, p. 9) refere que a transmissão sanguínea dá-se através
de:

 Transfusão de sangue ou de produtos sanguíneos, se estes não tiverem sido alvo de


rastreio de VIH;
 Partilha ou reutilização de agulhas e seringas contaminadas, como quando se injetam
drogas ilegais ou esteroídes, ou se realizam tatuagens;
 Golpe acidental provocado por uma seringa ou por um objecto afiado contaminado;
 Salpicos abundantes de sangue infectado sobre os olhos ou sobre a boca;
 Contacto de sangue infectado com a pele lesionada (cortes ou dermatite).

O que demonstra que a transmissão sanguínea é outra via propícia para a transmissão do vírus
principalmente em pessoas toxicodependentes que fazem o uso e troca de agulhas de pessoas
para pessoas, e nas falhas técnicas na área de saúde com seringas e agulhas infectadas. Mas
com informações necessárias e precisas, a procura de apoio dos profissionais de saúde, e com
a cautela nos cuidados de saúde pode ser evitada.

 Transmissão vertical

A transmissão vertical dá-se de mãe para o/a filho (a) através do contacto tanto interno como
externo, tendo inúmeros fatores que contribui para tal. Neste sentido, o Ministério de saúde de
Brasília (2007) defende que a transmissão vertical do VIH ocorre da mãe para o feto/bebé
durante a gravidez, o trabalho de parto e o parto sendo através do contacto com secreções
cérvico-vaginais e sangue da mãe ou durante a amamentação.

É importante salientar que a transmissão através do aleitamento materno é devido as células


mamárias que se encontram infectadas pelo vírus, explicando Lamounier e Moulin (2004, p.
183) que, “o vírus pode infectar células do epitélio mamário antes mesmo do parto, podendo
12
ser encontrados livres ou infetando monócitos do leite, que correspondem a 50% das células
do leite materno. ”

Pode-se destacar alguns factores que estão associados a transmissão do VIH/SIDA da mãe
para o filho:

Factores maternas

 Carga viral materna (RNA-VIH, cópias/ml) elevada; risco maior se persiste após 32
semanas de gestação;
 Ausência de terapêutica com ARV durante a gravidez;
 Infeção por VIH sintomática, SIDA;
 Imunodepressão o (Linfócitos CD4<200mm3);
 Consumo de drogas durante a gestação;
 Coinfecção (vírus hepatite B, C) ou outras infecções do canal do parto;
 Manobras invasivas durante a gravidez (amniocentese).

Factores relacionados com o parto

 Rotura prematura de membranas;


 Rotura prolongada de membranas (> 4 horas);
 Manobras invasivas no feto / Partos instrumentados;
 Episiotomia extensa;
 Período expulsivo prolongado (> 4 horas).

Factores neonatais

 Aleitamento materno;
 Prematuridade.

Conforme Braselli, et al (2006, p. 59) “em relação aos factores de riscos do intraparto surge a
recomendação de finalizar a gravidez por via cesariana de coordenação quando a carga viral
materna é superior a 1000 cópia/ml, com o objectivo de diminuir a transmissão perinatal”.

A probabilidade desta transmissão de mãe infectada para o filho, pode ser diminuída se a mãe
frequentar as consultas pré-natal, fazendo tratamento e ter cuidado redobrado durante o parto,
evitando assim que a criança nasça com esse vírus.

1.5- Sinais e sintomas


13
Segundo ALVES ET AL (2018), os sinais e sintomas são os sinais observados ou detectáveis
e os sintomas experimentados de uma doença, lesão ou condição.

Enfermagem Médico-cirúrgica (2007, p. 496), são apresentadas algumas manifestações


clínicas de VIH/SIDA de forma mais explícitas e concisas, de diferentes sistemas e podem ser
agrupados da seguinte forma:

 Arrepios e febre;
 Suores noturnos;
 Tosse seca, produtiva;
 Dispneia;
 Letargia;
 Confusão;
 Rigidez cervical;
 Convulsões;
 Cefaleias;
 Mal-estar;
 Fadiga;
 Lesões orais;
 Erupções cutâneas;
 Desconforto abdominal;
 Diarreia;
 Perda de peso;
 Linfadenopatia;
 Edema progressiva generalizado.

Segundo (Sousa, 2001), quando o VIH entra no organismo humano ele se desenvolve em
diferentes etapas: Período de incubação: intervalo de 3 semanas a 3 meses que medeia o
tempo entre o contacto e os primeiros sintomas. Infecção primária ou aguda por VIH:
aparecem os primeiros sintomas sendo os mais frequentes, febre, dores musculares, erupção
cutânea, suor noturno, dores nas articulações, úlceras na boca. Há uma intensa actividade de
multiplicação do VIH o que explica o altíssimo risco de transmissão durante esta fase da
infecção. Período de infecção assintomática: desenvolve-se depois da infecção aguda e o
doente pode permanecer sem qualquer sintoma durante 15/20 anos, necessitando de ser
regularmente acompanhado pelo médico. Período sintomático (com sintomas e sinais

14
institucionais): com o tempo, as células CD4 vão diminuindo em número ou podem ficar
com a sua função mais perturbada, e o doente começa a desenvolver sintomas como febre
prolongada, aumento dos gânglios linfáticos no pescoço, axilas e virilhas, suor noturno, perda
de peso. Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA): é uma fase avançada da
infecção por VIH e caracteriza-se pelo aparecimento de um conjunto de infecções e tumores
oportunistas, que aproveitam o facto das defesas do organismo humano estarem enfraquecidas
para se desenvolverem, atacando diferentes órgãos ou sistemas.

Na linha de pensamento Matos, Matsumoto, Boletini, Gandolpho e Keating (2010) ressaltam


que as manifestações clínicas do VIH/SIDA podem durar alguns anos para o aparecimento
dos primeiros sintomas ou se existirem são poucos, porém quando é dado o diagnóstico ao
paciente, acaba por apresentar alterações psicossocial, e agravar o seu estado imunológico.

1.6- Factores de riscos

Para OMS (CLAP-APS/OMS,1988) o factor de risco de um dano, são todas as características


ou circunstãncias que acompanharam um aumento de probabilidade de ocorrência de uma
doença ou do facto indesejado sem que o dito factor tenha intervindo necessariamente em sua
causalidade.

Para SANDERS E MC CORMICK (1993, P.675) Risco é a probabilidade ou chance de lesão


ou morte. Assim sendo destacam-se os seguintes:

 Relações sexuais sem protecção;


 Infecção de Transmissão Sexual (ITS) lesão ou ferida;
 Vida sexualmente activa, com múltiplos parceiro;
 O alcoolismo
 Uso de drogas injectaveis;
 Partilha de objetos Perfuro-cortantes.
1.7- Causas

Segundo (Tavares, 1987), causa consiste numa variável independente que pode eventualmente
influenciar no acontecimento de um facto concreto.

Elos de cadeia a sua representação na infecção pelo VIH/SIDA:

Agente – VIH;

Reservatório – preferencialmente humanos (mas se de imediato, também objectos);


15
Local de saída – pênis, vagina, recto, boca, cortes na pele, membranas mucosas e sangue;

Modo de transmissão – contatos sexuais, consumo de drogas, de mãe para filho, transfusões
e sangue com sangue;

Local de entrada – pênis, vagina, recto, boca, cortes na pele, membranas mucosas e sangue.

1.8- Diagnósticos

Entende-se que o acto de diagnosticar é um processo que exige aplicação de conhecimento


para identificar os problemas de saúde e potênciais, este processo exige o desenvolvimento de
conhecimento, habilidades e consequentemente, experiência em vários ambientes clínicos
(SOUZA ET AL, 2018).

A partir da identificação do agente etiológico da SIDA em 1983, tornou-se possível o


desenvolvimento de técnicas de detecção de anticorpos específicos contra esse retrovírus.
Confere Salomão, (1992, p.28) vários são os testes actualmente disponíveis possuindo
sensibilidade e especificidade superiores a 99.9%.

No que respeita a comprovação laboratorial da infecção, de uma pessoa ou unidade de sangue,


esta é feita através de uma análise que vai detectar a existência ou não de anticorpos anti VIH
no sangue.

Os testes de diagnósticos segundo Ferreira et al, (2002) e Isselbacher et al. (1994), podem-se
basear na pesquisa de anticorpos, também designado por métodos serológicos, ou na pesquisa
directa do VIH, também designado por métodos virulógicos. Nos métodos sorológicos
detecta-se a resposta imunológica do organismo ao vírus, enquanto nos métodos virulógicos
detecta-se directamente o vírus ou os seus constituintes.

Assim, temos como testes de diagnóstico, baseados na pesquisa de anticorpos, os seguintes:

 Western Blot;
 Método Imunoenzimático (ELISA);
 É de referir que, senguno Isselbecher et al. (1994, p.1693) os anticorpos normalmente
seguem na circulação entre 4 a 8 semana após a infecção.

Quanto aos testes de pesquisa directa do vírus, temos os seguintes exemplos:

 Isolamento dos vírus;


 Pesquisa do antígenio p24 no sangue;
16
 Detecção do DNA proviral nas células mononucleadas do sangue periférico;
 PCR ou RCP (reação em cadeia de polimerase);
 Pesquisa de RNA no plasma.
1.9- Doenças que levam à suspeita de infecção pelo VIH

Doenças oportunista relacionadas com o VIH (2002, P.6), Sempre que aparecem pessoas
portadoras das doenças e condições abaixo mencionadas deve-se pensar sempre na
possibilidade de estarem infectadas pelo VIH:

 Tuberculose;
 Infecções do tracto respiratório superior, repetitivas;
 Diarreia persistente de mais de um mês de duração;
 Candidíase vaginal que não responde ao tratamento correcto em duas consultas
consecutivas;
 Pneumonia grave;
 Úlceras na boca com mais de um mês de duração.

O sarcoma de Kaposi e a candidíase esofágica são doenças que apontam definitivamente para
o diagnóstico de SIDA.

Os doentes com estas manifestações devem fazer o teste do VIH e ser avaliados pelo clínico.

Os pacientes graves devem ser transferidos com urgência para uma unidade sanitária com
mais recursos. Os sinais de perigo num doente com SIDA, indicativos da necessidade de
transferência, são os mesmos que para as outras doenças. Para uma descrição dos sinais de
perigo no adulto.

1.10- Tratamento

O tratamento da infeção VIH tem objetivos individuais, clínicos, virológicos, imunológicos e


de controlo de propagação do vírus na comunidade. Além de aumentar a sobrevida e de
melhorar a qualidade de vida dos doentes, adia a progressão da doença, mitiga a emergência
de estirpes de vírus resistentes, promove a reconstituição da resposta imunológica e contribui
para reduzir a transmissão do VIH (Antunes, 2011).

Em conformidade com doenças Infecciosas e Parasitárias (1999, p. 409), os medicamentos


anti-retrovirais disponíveis no Brasil e no mundo no ano de 2004, desposto por classe de
substâncias conforme o mecânismo de acção. Destacamos os seguintes:
17
Inibidores da transcriptase reversa análogos de neucleosideos (ITRN):

 Zidovudina (AZT);
 Lamivudina (3TC);
 Didanosina (DDL);
 Estavudina (D4T);
 Abacavir (ABC);
 Tenofovir (TDF);

Inibidores da transcriptase reversa não análogos de neucleosideos (ITRNN):

 Efavirenz (EFV);
 Nevirapina (NVP);

Inibidores da protease (IP):

 Nelfinavir (NFV);
 Ritonavir (RTV);
 Saquinavir (SQV);
 Indinavir (IDV)
 Amprenavir (APV);
 Lopinavir-Ritonavir (LPV-R);
 Atazanavir (ATV).
1.11- Complicações

Segundo (Rodrigues, 2013), uma complicação pode ser um evento adverso que ocorre devido
a um tratamento médico ou procedimento cirúrgico. Exemplo de complicações seriam uma
punção lombar ou uma reação adversa a medicamentos.

(Furini et al, 2014), Pacientes com VIH/SIDA avançada continuam a viver não somente com
um risco da doença, mas também de comorbidades significativas como:

 Hepatite viral;
 Tuberculose;
 Sífilis;
 Anemia;
 Depressão;
 Hipertensão arterial;

18
 Alergia aos fármacos;
 Nefropatias;
 Diabetes;

Ao longo do curso da doença existem outras manifestações que podem ser identificadas por
lesões indiretamente ligadas a acção do vírus ou aos medicamentos antirretrovirais tais como:
linfoma do sistema nervoso central, síndrome de reconstituição inflamatória imune (IRIS),
doença cérebro vascular.

A infecção por VIH não causa a morte diretamente, a resulta em perda de peso substancial
(caquexia), infecções oportunistas, cânceres e outros distúrbios que levam a morte.

1.12- Cuidados de enfermagem

(Ferreira 2009, P.475), cuidado, é (cuidar) trata-se de uma equipa de enfermagem através de
meios disponíveis e adequáveis ao seu trabalho, tem a incumbência de prestar cuidados
especiais a um ou vários pacientes, no sentido de garantirem aos mesmo um estado de
sanidade psicofisiologica eficaz.

De outro modo, a enfermagem tem um papel importantíssimo nos cuidados ao paciente em


tratamento em período de internação hospitalar, isso porque é de responsabilidade desse
profissional o acompanhamento a administração medicamentosa prescrita pelo médico, bem
como a observação a evolução do paciente.

Desde o primórdio da disseminação do VIH a enfermagem vem actuando incansavelmente


frente aos cuidados do VIH /SIDA, assim, possibilitando uma assistência, diagnóstico e
intervenções para suprir as necessidades de cada paciente, é evidente que o processo saúde-
doença engloba os fatores determinantes e condicionantes além da patologia (SILVA et al.,
2019).

As ações de enfermagem no enfrentamento do VIH asseguram a formação de estratégias que


possibilite um conforto, um enfrentamento de situações estressoras e redução de risco de
doenças venéreas, além disso, proporcionando o apoio familiar no tratamento e
desconstruindo tabus, no entanto o profissional enfermeiro necessita visualizar de forma
singular cada caso, assim, adaptando cada plano terapêutico, conforme as demandas reais de
cada paciente (RIBEIRO; NETO, 2017).

19
Contudo, é válido ressaltar que o enfermeiro precisamente deve estar inteirado a cada
atualização, assim proporcionando inovações para qualidade de vida de cada paciente e
compreendendo também a sexualidade humana e à realidade da morte iminente,
possibilitando desconstruir tabus e preconceitos que perduram por todo processo histórico do
VIH (RIBEIRO et al., 2021).

O acolhimento de enfermagem ao portador do VIH desde seu diagnóstico a adesão ao


tratamento deve construir um plano terapêutico multiprofissional, assim, ativando todas as
áreas biopsicossocial, porém é de suma importância a motivação dos profissionais diante do
programa, bem como as condições de vida e de trabalhos que a equipe será inserida, evitando
desconforto nos profissionais e até do próprio paciente que será assistido (RIBEIRO et al.,
2021).

1.13- Prevenção

De acordo com (Silva, 2017), prevenção consiste no acto de tomar medidas em vários
domínios com o intuito de se precaver ou acautelar uma certa situação.

Hoje o que se poderia dizer que a melhor forma de combater a disseminação do vírus pelo
mundo seria a existência e descobrimento da cura para o VIH/SIDA o que reduziria o número
de óbitos e de pessoas infetadas pelo vírus.

Mas, no entanto, como não existe ainda uma cura ideal para o VIH, a melhor forma de
combater a infeção é atuar na prevenção através da modificação de comportamentos de riscos.

Segundo Silva (2015), acrescenta que a prevenção e promoção da saúde são dois fatos
diferentes embora estejam em concordância uma com a outra, ambas são estratégias de
intervenção no processo saúde-doença, as ações de cada uma implicam na melhoria da saúde
da população por isso, é interessante diferenciá-las para entender melhor nossas ações.

Neste aspecto será abordado a prevenção do VIH/SIDA, nos três níveis de prevenção, que são
elas a prevenção primária, secundária e terciária, de forma a ser mais breve, complexo e de
maior compreensão

Prevenção primária: Educação para a saúde (uso do preservativo)

A educação para a saúde tem sido uma medida eficaz na prevenção do VIH como forma de
chamar a atenção e de transmitir informações necessárias para a população em geral. É desta
forma que a Coordenação Nacional para infeção do VIH/SIDA (2007, p. 14) refere que para
20
que esta educação seja transmitida de melhor forma tem que levar em conta os seguintes
objetivos:

 Fornecer informações específicas ao grupo alvo de maneira adequada ao seu


desenvolvimento;
 Garantir que os indivíduos infetados sejam tratados com respeito, e não sejam alvo de
qualquer tipo de preconceito e descriminação;
 Ajudar o grupo alvo a adaptar atitudes e valores que o apoiam na tomada de decisão;
 Clarificar mitos e informações erradas sobre VIH/SIDA.

Prevenção secundária: o tratamento

Para a prevenção secundária, é necessário que o paciente aceite primeiramente o estado de


saúde em que se encontra, e só neste caso aderir ao tratamento, e aceitar que vai
medicamentar-se (toma dos antirretrovirais) durante toda a sua vida, pois estes medicamentos
não permitem que as células do vírus se multipliquem no organismo.

Segundo Braselli et al (2006) a principal finalidade do TARV é diminuir a replicação viral o


mais tempo possível, de forma a retardar a progressão para a doença, prolongar a vida,
alcançar e preservar o sistema imune da pessoa infetada.

Prevenção terciária: Reabilitação

Comparativamente a prevenção terciária, segundo Almeida (2005, p. 93) “a prevenção


terciária tem como finalidade reduzir os custos sociais e económicos dos estados de doença na
população através da reabilitação e reintegração precoces e da 49

Potenciação da capacidade funcional remanescente dos indivíduos”. Ainda, na perspetiva


desse autor a prevenção se encontra na reabilitação, em que o portador de VIH/SIDA que já
tem a doença, é prestado intervenções como forma de minimizar os problemas de saúde
apresentado pela doença.

Segundo Ribeiro, Arujo, Mello, Rubim e Ferreira (2010, p. 43) “reabilitação inclui
diagnóstico, intervenção precoce, uso adequado de recursos tecnológicos, continuidade de
atenção visando à compensação da perda da funcionalidade do indivíduo, à melhoria ou
manutenção da qualidade de vida e à inclusão social”.

21
É necessário que na reabilitação se ofereça ao portador de VIH/SIDA uma melhor qualidade
de vida, no qual se ajusta a reinserção do indivíduo na família, na sociedade, no trabalho e nas
escolas e também através da humanização dos cuidados prestados (Dias, 2011).

22
CAPITULO II – ABORDAGEM PRÁTICA

2.1- Caracterização do (Campo de Acção)

23
Este estudo é o resultado da abordagem prática realizado no Centro de Saúde da Mitcha no
dia 03 de Abril de 2024, pelas 09 horas e 30 minutos. No decorrer do estudo de caso tivemos
sempre em atenção os princípios deontológicos e profissionais do exercício da profissão de
enfermagem. O centro de Saúde da Mitcha encontra-se localizado no bairro da Mitcha e o
mesmo esta constituído por dezassete (17) salas na qual banco de urgência com dez (10)
enfermeiros, PAV uma (1) enfermeira, farmácia dois (2) técnicos, nutrição uma (1)
enfermeira, laboratório seis (6) técnicos, CPN 1 três (3) enfermeiras, CPN2 três (3)
enfermeiras, estomatologia nove (9) técnicos, maternidade oito (8) enfermeiras, secretária
geral três (3) funcionários, radiologia três (3) técnicos, SAT e consultório de psicologia
clínica uma (1) enfermeira e uma (1) psicóloga, SAT do HPPZ cinco (5) enfermeiras, unidade
especial de nutrição do HPPZ dez (10) técnicos, de apoio hospitalar (pessoal da limpeza) sete
(7) funcionários.

2.2- Nota de Admissão médica (processo)

O processo foi aberto no dia 06 de Abril de 2023.

 Anamnese

Identificação do paciente

Nome: E. M

Idade: 35 anos

Sexo: Feminino

Raça: Negra

Morada: Tchavola

Nacionalidade: Angolana

Naturalidade: Namibe

Município: Moçâmides

2.3- Histórico Clínico


 Queixa principal

A paciente referiu os seguintes sinais e sintomas: febre inexplicável e candidíase esofágica.

24
 Historial da doença actual

A paciente referida é do sexo feminino de 35 anos de idade, com o diagnóstico feito no


Hospital Municipal Olga Chaves e depois reencaminhado no Centro de Saúde da Mitcha
(consultório de psicologia ou S. A. T), onde em seguida foi aberto o processo e feito o
primeiro seguimento, referiu os seguintes sinais e sintomas febre inexplicável, candidíase
esofágica e já tinha feito o tratamento da tuberculose pulmonar.

Desde a primeira consulta feita, isto é, no dia 06 de Abril de 2023 esteve com o peso de 37
Kg, na segunda consulta dia 19 de Maio de 2023 esteve com 40 Kg, no dia 12 de Julho de
2023 terceira consulta esteve com 53 Kg, quarta consulta dia 20 de Novembro de 2023 esteve
com o peso de 62 Kg e falhou a quinta consulta isto no mês de Fevereiro e por conseguinte
ficou sem a medicação, por conta desta interferência na sexta consulta isto é, dia 03 de Abril
de 2024apresentou queixas herpes zoster na região do músculos gastrocnémio externo e
interno foi dada a medicação para um mês.

O estado mental e o nível de aceitação evoluiu bastante, simpática.

2.3.1- Antecedentes pessoais

A paciente acima referida, não consome álcool e não faz o uso de drogas.

2.3.2- Antecedentes patológicos

A paciente apresentava alguns antecedentes patológicos como: tuberculose pulmonar,


candidíase orofaríngea e febre inexplicável (> 1 mês).

2.3.3- Antecedentes Familiares

No seio familiar não se registou casos positivos da doença.

2.4- Diagnóstico Médico

O rastreio foi feito no Hospital Municipal Olga Chaves no dia 06 de Abril de 2023, com os
seguintes testes unigold e determine foi diagnosticada com o VIH/SIDA.

2.5- Tratamento/terapêutica

Dolutegravir 50 mg

Lamivudina300 mg

25
Fumarato de tenofovir

Disoproxil comprimidos 300 mg 1/dia durante 30 dias

2.6- Plano de Cuidados de Enfermagem

Fizemos uma análise psicológica na paciente com perguntas abertas e fechadas, avaliamos os
sinais vitais, fizemos curativo séptico na região do músculo gastrocnémio externo no lado
direito e depois foi dada a medicação de um mês.

2.6.1- Cuidados (avaliação dos sinais vitais, administração de


medicamentos, curativos, prevenção de lesões, higiene)
 A paciente foi submetida a vários medicamentos.

Dolutegravir 50 mg;

Lamivudina 300 mg;

Fumarato de tenofovir;

Disoproxil comprimidos 300 mg 1/dia durante 30 dias.

 Exame físico

Sinais vitais

T P R T. A SPO2 P
36º C 78 P/min 16 cr/min 120/90 mmHg 98% 65 Kg

2.7- Nota de evolução diária (5 dias)

As avaliações dos sinais vitais realizaram-se ao domicilio da paciente.

1º 03/04/024 2º 3º 4º 5º
04/04/2024 05/04/2024 06/04/2024 07/04/2024
Horas: 09:30 Horas: 08:10 Horas: 10:00 Horas: 13:30 Horas: 11:12
T – 36.2º C T – 35º C T – 35.2º C T – 37º C T – 35º C
P – 80 P/min P – 72 P/min P – 62 P/min P – 79 P/min P – 82 P/min
R – 20 cr/min R – 15 cr/min R – 22 cr/min R – 20 cr/min R – 15 cr/min
T. A – 117/79 T. A – T. A – T. A – T. A –

26
mmHg 130/70 100/50 120/80 110/90
mmHg mmHg mmHg mmHg
SPO2 – 100% SPO2 – 98% SPO2 – 100% SPO2 – 100% SPO2 – 100%
P – 65 Kg P – 65 Kg P – 65 Kg P – 65 Kg P – 65 Kg

No primeiro dia a paciente queixou-se de dor de cefaleia e mal-estar geral.

No segundo dia a paciente apresentou uma evolução satisfatória.

No terceiro dia não apresentou nenhuma queixa.

No quarto dia a paciente demostrou melhoria psicológica.

No quinto dia foi incentivada com o tratamento.

2.8- Nota de alta Médica/Morte

Mantém com o tratamento e com as consultas periódicas, de 3 em 3 meses.

27
Conclusões
Em função do estudo realizado acerca da temática relacionada ao VIH/SIDA estudo de caso
em um paciente de 35 anos de idade no Centro de Saúde da Mitcha no I trimestre de 2024,
conclui-se que o presente trabalho possibilitou compreender as perspectivas e a realidade do
VIH/SIDA no nosso cotidiano.

Além disso, segundo Enfermagem Médico-cirúrgica (2007, p. 496), as manifestações clínicas


de VIH/SIDA são: arrepios e febre, suores noturnos, tosse seca produtiva, dispneia, letargia,
confusão, rigidez cervical, convulsões, cefaleias, mal-estar, fadiga, lesões orais, erupções
cutâneas, desconforto abdominal, diarreia, perda de peso, linfadenopatia, edema progressiva
generalizado.

A principal causa do VIH/SIDA é o vírus VIH, que tem como reservatório preferencialmente
humanos (mas se de imediato, também objectos), locais onde ele entra e sai são: pênis,
vagina, recto, boca, cortes na pele, membranas, mucosas e sangue e se transmite de várias
formas como: contactos sexuais, consumo de drogas, de mãe para filho, transfusões e sangue
com sangue.

Para SANDERS E MC CORMICK (1993, P.675) Risco é a probabilidade ou chance de lesão


ou morte. Assim sendo destacam-se os seguintes: relações sexuais sem proteção, infecção de
Transmissão Sexual (ITS) lesão ou ferida, vida sexualmente activa, com múltiplos parceiro, o
alcoolismo, uso de drogas injectaveis, partilha de objetos Perfuro-cortantes. O principal
tratamento do VIH/SIDA, em conformidade com doenças Infecciosas e Parasitárias (1999, p.
409), são os medicamentos anti-retrovirais. Contudo, o tratamento anti-retrovírico (TAR) é a
melhor estratégia para se atingir a máxima supressão da replicação vírica proporcionando,
desta forma, uma maior sobrevida e melhor qualidade de vida aos indivíduos infetados.

Uma das formas de prevenção do VIH/SIDA é educação para a saúde (uso de preservativo) a
Coordenação Nacional para infeção do VIH/SIDA (2007, p. 14) refere que para que esta
educação seja transmitida de melhor forma tem que levar em conta os seguintes objetivos:
fornecer informações específicas ao grupo alvo de maneira adequada ao seu desenvolvimento,
garantir que os indivíduos infetados sejam tratados com respeito, e não sejam alvo de
qualquer tipo de preconceito e descriminação, ajudar o grupo alvo a adaptar atitudes e valores
que o apoiam na tomada de decisão, clarificar mitos e informações erradas sobre VIH/SIDA.

28
Sugestões
Tendo em conta que o VIH é uma doença infecciosa e que é uma pandemia ainda sem vacina
disponibilizada torna-se pertinente elaborar as seguintes sugestões:

 Que os técnicos de saúde (psicólogos e conselheiros) promovam palestras sobre a


forma de contagio, a prevenção e assim reduzir-se-á o nível de discriminação
estigmatização;
 E que os enfermeiros façam consultas ao domicílio porque muitos dos pacientes por
conta de algumas situações económicas, não vão as consultas e abandonam o
tratamento;
 As Organização da Sociedade Civil, fizessem bancadas de saúde com palestras,
entrega de preservativos, testagens da população, para evitar futuros desvios;
 Os familiares sejam os primeiros a apoiarem seus parentes, por conta do abandono do
tratamento.
 As instituições de ensino realizassem palestras relacionadas com a temática do
VIH/SIDA nas escolas para que os alunos tenham maior conhecimento sobre a doença
evitando assim muitos mitos e tabus.

29
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http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/revjuridica

31
Apêndices

32
Instituto Técnico de Saúde

Nº 1831

ITS- Lubango

Inquérito dirigido ao paciente do Centro de Saúde da Mitcha

Caro paciente do Centro de Saúde da Mitcha, o presente inquérito destina-se a um estudo de


investigação cientifica no curso de enfermagem geral para a obtenção de título de técnico
médio de saúde. Com o objectivo geral de conhecer as principais causas da contaminação do
VIH/SIDA em um paciente de 35 anos de idade no Centro de Saúde da Mitcha. Gostaríamos
de esclarecer que a sua participação será voluntária podendo ser confidencial e anônima. Os
dados recolhidos serão para fins acadêmicos.

Bloco de identificação

Idade:_____ Género: ____

1. O que sabes sobre o VIH/SIDA?


a) O VIH é transmitido por relações sexuais e por objetos perfuro-cortantes
b) O VIH ataca o sistema imunológico do corpo
2. A pessoa é exposta ao VIH, somente quando tiver relações sexuais desprotegias?

Sim Não Talvez

3. Conheces os métodos de prevenção?

Sim Não Talvez

a) Usar preservativo durante as relações sexuais


b) Evitar partilhar objetos perfuro-cortantes
c) Testar previamente o sangue para a transfusão
4. É possível ter o VIH, e não ter sintomas?

33
Sim Não Talvez
5. Quais são os tipos de infecções que uma pessoa com o VIH/SIDA pode ter?
a) Sífilis
b) Tuberculose
c) Gonorreia
6. Na tua opinião, quais são as medidas que uma pessoa com VIH/SIDA deve ter?
a) Ter uma boa alimentação
b) Consulta de rotina com o psicólogo
c) Continuar com o tratamento
7. Conheces alguns medicamentos para o tratamento do VIH/SIDA?
Sim Não
a) Abacavir
b) Doloteravir
c) Lamivudina

Orientador (a):

Ema Santos

Pesquisador (a):

Acácia V. M. Afonso

Adagilza I. Da G. F. Kambinda

Ermelinda D. S. Palanga

O nosso muito obrigado!

34
Anexos

VIH- I – Fonte: Google/Imagem

Teste rápido do VIH/SIDA – Fonte: Google/Imagem

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