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Modelo de Mapa

O documento aborda a análise do mapa natal, enfatizando a importância da astrologia clássica em contraste com a moderna, e destaca que o mapa não deve ser visto como um substituto para terapia. O temperamento do nativo é descrito como colérico, e a análise inclui os planetas, casas e pontos cardeais que influenciam a vida do indivíduo. A leitura do mapa é apresentada como um processo de autoconhecimento, onde o nativo deve estar aberto a entender suas inclinações e características pessoais.

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Luiz Guilherme
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Modelo de Mapa

O documento aborda a análise do mapa natal, enfatizando a importância da astrologia clássica em contraste com a moderna, e destaca que o mapa não deve ser visto como um substituto para terapia. O temperamento do nativo é descrito como colérico, e a análise inclui os planetas, casas e pontos cardeais que influenciam a vida do indivíduo. A leitura do mapa é apresentada como um processo de autoconhecimento, onde o nativo deve estar aberto a entender suas inclinações e características pessoais.

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CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS
O mapa natal consiste na análise das posições dos planetas na hora do nascimento do
indivíduo, e dessas posições, com suas relações internas, o diagnóstico do astrólogo será
delineado visando a integração mais completa das várias partes do mapa. Certos postulados e
axiomas precisam ser dados antes de partimos diretamente para a análise, para que o querente
tenha um maior aproveitamento de seu mapa, pois é habitual e arqui-sabida a confusão
causada pelos astrólogos modernos, tanto na sua prática técnica na astrologia bem como os
conselhos dissonantes que a maioria fornece.
Isso acontece principalmente por conta de um fato infeliz: a astrologia é uma arte deturpada,
pois desde o século XVII essa ciência espiritual foi degenerada por alguns pseudo-gurus –
alguns do oriente, alguns do Ocidente -, que se aproveitaram da ingenuidade do mundo atual,
fruto de uma educação precária e divorciada de Deus, para extorquir dinheiro ou mesmo
exercer controle egocêntrico sobre as almas ingênuas.
Meus quase dez anos de estudos de astrologia clássica, que englobam a astrologia helenística,
egípcia, chinesa e indiana, não permitem que eu comece qualquer análise sem deixar bem
claro que existe uma diferença abissal entre a astrologia antiga, praticada por mim e por todos
os povos até a Renascença, e a moderna, que adicionou certos conceitos, todos errados, que
não se aplicam ao mundo antigo, e que mais confundem que elucidam ao paciente.
Explicações mais aprofundadas desses problemas serão fornecidas na chamada individual que
ocorrerá após a entrega do mapa astral.
Além disso, vale salientar os avisos de praxe:
- O mapa NÃO é substituto de terapia, nem de vida espiritual regular, muito menos deve ser
tomada como absoluto o conselho do astrólogo, se assemelhando, pois, a conselhos médicos, em
que se busca mais de um profissional para determinado problema, e que o livre arbítrio do
nativo é imperativo e indiscutível.
- O mapa natal NÃO fala sobre o presente nem sobre o futuro, isso também é mais uma confusão
da astrologia moderna. O mapa deve ser lido com a seguinte idéia na cabeça: tudo que está nele
está acontece neste exato momento, como um organismo, isto é, a respiração, a digestão, etc. É
possível, sim, fazer previsões de certa natureza, mas o grau de validade delas sempre será aberto
a adaptações. Astrólogos que fazem previsão cometem uma irresponsabilidade ímpar, pois a
previsão astrológica, semelhante à previsão do tempo, é uma ciência precisa, porém sempre
aberta a possibilidade de variações. Pede-se, do nativo, a compreensão que toda previsão astral
deve ser vista à luz desses fatos, e que, se o astrólogo não faz essa distinção, ele não é um
profissional digno de respeito.
- O ponto da astrologia NÃO é mudar o sujeito, pois toda mudança, como dizia Aristóteles,
pressupõe uma outra parte que não muda. Logo, a análise do mapa nada mais é do que
TORNAR O SUJEITO CONSCIENTE de seu funcionamento. Muitas pessoas vivem sem saber
como elas funcionam, e 99% dos problemas da vida são causados por isso, isto é: a falta de
conhecimento sobre si. Somente sabendo como cada alma funciona é que é possível tomar
algumas medidas para que o querente possa ter uma vida mais plena e integrada, de acordo com
a sua necessidade.
- O mapa deve ser lido como um LIVRO DE CONSULTA, e não um livro com começo, meio e
fim. Dificilmente uma pessoa pegará intuitivamente o mapa por inteiro, afinal, a mecânica
interna de cada alma é única, e até o nativo entender sua própria alma inteira funcionando
como um organismo, tal qual o corpo, demora bastante. Pede-se paciência do nativo, e que ele
encare o processo de autoconhecimento semelhante a um estudante de anatomia e fisiologia do
corpo, que vai, órgão por órgão, entendendo seu funcionamento e, só então, consegue captar o
funcionamento completo.
- Tudo que será analisado aqui terá absoluto sigilo terapêutico, e se algo sair desse sigilo, o
querente tem, por lei, o direito de entrar na justiça por injúria e calúnia. Muitos astrólogos não
têm a moral de dar esse aviso, mais uma vez se aproveitando da ignorância alheia para tirar
vantagem própria.
- Partes da análise podem aborrecer ou irritar o querente, pois muito do que será dito pode ser
ofensivo ou soar acusatório, mas este aviso está aqui para isso: NADA PONTUADO AQUI É
CONDENATÓRIO, MAS TAMBÉM NÃO É SUBJETIVO. TUDO AQUI É
ABSOLUTAMENTE CORRETO, MAS NÃO LITERAL. Se no seu mapa há que você tem uma
tendência a ser uma pessoa mentirosa, você tem essa tendência sim, mesmo que negue. Não quer
dizer que você é uma pessoa ruim ou maldosa, é apenas uma inclinação natural que precisa ser
integrada. Defeitos e virtudes, como dizia Santo Agostinho, são frutos da mesma matéria, e até a
capacidade de mentir pode ser usada virtuosamente, tal qual um romancista escreve um
romance, que é todo ficção e mentira. É pedido do querente uma sinceridade brutal e uma
atitude aberta e madura para receber elogios e críticas, bem como caráter para poder admitir
defeitos, mesmo que não os veja.

PARTE UM:
TEMPERAMENTO
O temperamento do nativo é a forma natural como ele se relaciona com todos os seres e
objetos. Baseado na teoria antiga dos quatro elementos, segundo os antigos, todas as coisas
eram compostas de ar, fogo, água e terra. Não é que os antigos não soubessem da existência
dos outros elementos da tabela periódica, mas eles encaixavam todos os demais elementos
dentro da categoria desses quatro modos da matéria. Se todos os objetos têm esses quatro
elementos, se um indivíduo possui uma quantidade maior de algum dos quatro elementos, é
ele que vai determinar a relação ‘’prévia’’ com eles. Exemplo: pessoas sanguíneas, de
predominância do elemento ar, irão se relacionar com a parte aérea de tudo antes de qualquer
relação se aprofundar. O temperamento é que dará essa ‘’estimativa prévia’’. É uma parte
mineral do mapa astral, fixa, isto é: quaisquer relações que o indivíduo vai ter, antes de se
aprofundarem, terão a característica do elemento que predomina no querente.
Os princípios que regem os quatro temperamentos são os quatro elementos clássicos descritos
por Aristóteles: água, fogo, terra e ar. E esses quatro elementos são regidas por uma
combinação de quatro qualidades: frio, quente, úmido e seco. O significado disso tudo é muito
simples: Quente é aquilo que separa, tem uma característica dispersora (o fogo queimando o
papel ao meio; frio é aquilo que une, tem uma característica unitiva (a água virando gelo por
conta do frio e concentrando todas as moléculas de H20 juntas); úmido é aquilo que não tem
forma, tem uma característica adaptativa e deformadora (o ar que não assume nenhuma
forma); e seco é aquilo que tem uma forma definida, tem uma característica formadora e
imutável (uma pedra seca que não muda de forma).

O temperamento do nativo
é... COLÉRICO:
SEGUNDA PARTE: PLANETAS,
LOTES HERMÉTICOS, CASAS E
PONTOS CARDEAIS
É a parte principal do mapa astral. Existem sete planetas principais na astrologia clássica (a
moderna inclui Netuno, Urano e Plutão). É errado incluir esses três planetas, pois, como a
astrologia é uma ciência simbólica, os planetas que afetam o nosso plano de existência têm de
ser VISÍVEIS no céu. Os únicos planetas que são possíveis de observação a olho nu, ou com
luneta, são o Sol, a Lua, o Mercúrio, o Vênus, o Marte, o Júpiter e o Saturno.
Poucos sabem disso, mas na realidade cada pessoa não tem apenas um mapa astral, mas um
conjunto de três mapas, isto é, o mapa principal, a antiscia e a dodecatemoria. Esses dois
últimos nomes significam o seguinte: antiscia vem do latim, antiscium, que significa ‘’o
contrário, o inverso’’. É como se fosse um reflexo no espelho de cada um dos sete planetas. E
a dodecatemoria é um termo grego para ‘’as doze partes da morada’’, que significa os doze
signos, também da mesma forma como se fosse um espelho. Junto a isso, explico aqui como
que os sete planetas são, na verdade, as sete partes da alma. Para entender mais claramente o
que isso significa, é crucial entender a anatomia do ser humano inteiro, e o esquema a seguir
ilustrará mais claramente.
Os pontos angulares são quatro: ascendente, baixo-céu (Imum Coeli em latim), descendente e
alto-céu (Medi Coeli). Os significados básicos desses quatro pontos são os mesmo que as casas
I, IV, VII e X no mapa astral, mas são posições mais importantes e ganham um significado por
si só. O ascendente significa a natureza corpórea e sensível do nativo, que significa como será
sua reação perante os acontecimentos do mundo, isto é, como o fluxo dos dados e
acontecimentos ‘’entram’’ no sujeito (se natural, se reativa, se calma, se bruta, etc...); o baixo-
céu refere-se às partes inconscientes da alma e que o nativo tem mais dificuldade de ver e
perceber, e mostram a principal fonte de insegurança espiritual; o descendente é justamente o
contrário do ascendente, dita como o nativo naturalmente ‘’expele’’ as coisas de si, seja
falando, agindo, comunicando, etc.; e o alto-céu diz respeito às possibilidades de ação do
nativo, suas profissões mais adequadas e atividades necessárias para o indivíduo cumprir sua
essência.
Os nódulos lunares, Sul e Norte, dizem respeito a duas coisas: o nódulo sul representa, junto
com a casa II, sua herança cultural/genética/hereditária. Essa herança não pode ser mudada,
apenas aceita e integrada. Nenhuma herança, por pior que seja, é ruim em si mesma. Um
histórico de uma família raivosa pode ser bem integrado em algum esporte de alta intensidade,
por exemplo. O nódulo norte representa justamente a parte aberta da sua vida, aquilo que
você é obrigada a mudar.
Os lotes herméticos são significados mais aprofundados de cada um dos sete planetas, então
eles atuam como um ‘’planeta extra’’. Se há um lote de Marte agindo em alguma casa, é como
se houvesse um ‘’mini-Marte’’ naquela casa.
As casas são doze áreas de atuação de toda alma humana. Por mais que o nativo só tenha sete
planetas espalhados diferentemente pelas doze casas, o nativo possui as doze casas agindo
sobre ele durante a vida inteira. São elas:
Casa I: o eu em relação a si mesmo, o corpo físico, o indivíduo, tudo que diz respeito à
individualidade do nativo
Casa II: o eu em relação aos objetos físicos, ao mundo externo; também significa dinheiro,
posses, riqueza.
Casa III: o eu em relação com os outros espíritos vivos (pessoas, animais) e com o próprio
aparato cognitivo-consciente-espiritual (pensamentos e ideias próprias); também significa
pequenas viagens, mensagens e afins, e é a casa de molda a linguagem do nativo.
Casa IV: o eu em relação aos afetos e à segurança, à família, àquilo que dá o senso de
permanência; também significa origens e família do nativo; também diz como o indivíduo quer
ser querido, a necessidade específica de seu afeto.
Casa V: o eu em relação às suas capacidades, às suas habilidades; também significa a casa dos
filhos, dos lazeres, do sexo e das capacidades do nativo.
Casa VI: o eu em relação às instituições (escola, estado, universidades, polícia), aos organismos
a que ele pertence, sejam públicos ou privados.
Casa VII: o eu em relação à sociedade e com relação ao outro, o próximo; também significa
como o nativo se relaciona com a cultura em que foi inserido.
Casa VIII: o eu em relação à validade de sua vida, é a casa que resume as sete anteriores e
responde à pergunta: ‘’vale a pena?’’. É a casa que justifica, na alma particular, a validade de
sua existência.
Casa IX: o eu em relação ao fundamento supremo, que é Deus, isto é, aquilo que é a origem e a
fundação de todas as coisas que cada alma faz. Cada alma tem uma idéia de Deus, e esta casa
se refere à esta idéia, não a Deus explicitamente. Mostra a relação que o nativo tem com Deus e
com a religião em geral. Também significa viagens longas.
Casa X: o eu em relação ao dever perante o universo (não mais em relação à sociedade, como
na casa VII). Um exemplo para ilustrar a diferença: um médico pode ser competente na
realização de sua profissão num hospital cumprindo todos os requisitos necessários, mas a casa
X dita nesse médico a capacidade REAL que ele tem, e a responsabilidade pessoal que o nativo
assume perante essa função.
Casa XI: o eu em relação aos modelos universais (seus heróis, seus ídolos, suas referências de
pessoas); também é a casa das relações sociais (não mais como na casa VII) mas o social
individual, as pessoas individuais que habitam numa sociedade
Casa XII: o eu em relação ao Absoluto, ao Indeterminado, com Deus propriamente dito.
Qualquer ente nesse universo pode ser dividido, em maior ou menor grau, nessas três partes:
Uma unidade, um intelecto, e uma alma (e se for um ser vivo, um corpo). Nós previamente já
somos uma unidade, pois qualquer coisa existente pode ser reduzida a uma unidade, e de
acordo com Santo Tomás, ‘’somos uma unidade desmembrada; só nos tornamos um realmente
com a integração e nos integramos por causa de Deus’’.
Para sermos uma unidade, temos que pegar as várias partes do nosso ser e unificá-las de
algum modo. Esse é o trabalho do intelecto: integrar o que está disperso. Ele é universal,
impessoal, e embora existam os intelectos individuais, eles estão integrados no universal. O
intelecto precisa estudar e discorrer sobre essas partes dispersas (os planetas, os signos, os
ângulos, as casas), para saber como integrá-las. Essas partes dispersas são as partes da alma,
que são os sete planetas e suas configurações. É o trabalho da astrologia trazer à consciência
a dinâmica interna dessas sete partes da alma, explicar seu funcionamento, e ensinar como o
indivíduo pode, o tempo todo, analisar-se a si mesmo, pois tal qual o sistema fisiológico do
corpo humano, a alma também tem um funcionamento automático – e o papel do
autoconhecimento, seja por astrologia ou outros meios, é justamente fazer o nativo saber
como esse organismo espiritual funciona, de maneira que ele saiba manipular a si mesmo.
A maioria das pessoas não conhece suas próprias partes, e como a alma é uma entidade viva
per se, elas acabam seguindo os impulsos que os sete planetas dão. Infelizmente, a maioria faz
de maneira inconsciente, quase reativa. Os sete planetas devem ser interpretados como ‘’sete
movimentos’’ que a alma faz, como se fossem ‘’sete pessoas’’ dentro da própria pessoa. Cada
pessoa/planeta age de um jeito (a natureza do planeta e o signo é que vai definir como é essa
ação) e age dentro de uma ‘’casa’’, que seria uma área da vida da pessoa.
Agora farei a descrição individual das posições do nativo.

PONTOS CARDEIAS
Ascendente em Leão e
Descendente em Aquário:
Imum Coeli em Escorpião e
Medium Coeli em Touro:
Sol em Câncer na XII:
Lua em Peixes na VIII:
Mercúrio em Câncer na XII:
Vênus em Gêmeos na XI:
Marte em Virgem na II:
Júpiter em Libra na III:
Saturno em Aquário na VII:

TERCEIRA PARTE: NAVIS


VITAE
O Navis Vitae é latim para o ‘’dono do barco’’. Essa técnica era usada na astrologia
helenística e usa uma metáfora de um navio para orientar a vida do sujeito. Na Grécia antiga
era comum uma pessoa alugar um barco para entregar algo em outra ilha, visto que a Grécia
é um país com muitas ilhas. Cada posição do Navis Vitae corresponde a um planeta no mapa.
Dependendo da relação entre essa ‘’tripulação’’, o querente pode saber e entender melhor seu
funcionamento interno, e ter consciência de sua função cósmica, bem como maneiras de
melhorar sua passada nesse universo. Farei uma listagem do barco do querente e uma análise
profunda dele.
O barco da vida é uma técnica antiga dos astrólogos helenísticos, usando uma metáfora de um
barco, e cada tripulante do barco tendo uma função. E existem seis elementos num navio:
- Oikodespotes (Dono do Barco): é quem contratou o navio, e diz para onde ele tem que ir. É a
função cósmica do sujeito, o que ele tem que fazer, a direção de vida do sujeito. Na Grécia
antiga os barcos eram espécies de carro dos Correios privado: você contratava um por um
tempo para fazer um serviço para você. Seria análogo, no catolicismo, à sua cruz.
-Kurios (Capitão do barco): é o capitão do barco, aquele que obedece às ordens do dono do
barco. Ele pode auxiliar ou atrapalhar a navegação ao destino que o oikodespotes quer,
dependo de sua natureza, mas é com ele que deve ser lidado as direções, e é entendendo como o
capitão funciona e o que ele precisa que ele pode funcionar adequadamente e obedecer às
ordens do dono do barco. Na analogia cristã, seria quem a carrega no mapa.
- Timoneiro: é quem cuida do leme do barco. Ele recebe as ordens que o Kurios e o
Oikodespotes decidiram (ou não) e dirige. Seria análogo à ‘’motivação’’, aquilo que direciona o
sujeito a algum lugar. Pode ser a favor do kurios e do oikodespotes, pode ser contra. Pode ser
que o capitão mande para a esquerda, mas o timoneiro mande para a direita, dependendo de sua
natureza. Seria também análogo aos impulsos naturais, as inclinações naturais, pois o timoneiro
de um barco trabalha com o que ele está vendo na sua frente, e dependendo da visão, pode ser
que ele escolha um caminho não tão bom, mesmo que, por exemplo, o capitão e o dono do barco
saibam que aquele é o melhor caminho. Descreve o modo de carregar sua cruz.
-Vigia: é quem fica na proa do navio avistando os obstáculos que se apresentam. É equivalente à
intuição do indivíduo. Ele é que comunica para o timoneiro e o kurios o que está acontecendo.
Ele é como uma extensão do timoneiro, pois o timoneiro vê o que está na frente imediata; já o
vigia vê além do que o timoneiro consegue, então seria também análogo à intuição, aquilo que
se vê e se decide sem chegar à consciência do timoneiro. Dita os obstáculos inevitáveis que
estão na frente enquanto se carrega a cruz.
-Ventos: os acontecimentos dos ventos ditam se o ambiente está ou não favorável ao indivíduo, e
dependendo do planeta que simboliza esses ventos, também, pode ou não estar à favor. Na
religião católica, quando Jesus foi crucificado, houve um eclipse, isto é, algo totalmente fora do
controle da pessoa. Os dois planetas que ditam o eclipse da pessoa significam as duas coisas
principais que acontecerá com o nativo necessariamente, sem possibilidade de mudança, isto
é, são duas coisas que o nativo terá que aprender a conviver e criar estratégias para contornar
ou favorecer a influência desses dois.
-Remos: os remadores ditam aquilo que move o sujeito. O timoneiro e os remos estão em contato
direto, portanto aquilo que faz o nativo ‘’produzir’’, realmente AGIR em algo, são os remos,
alinhados com as ordens e direções do timoneiro, mais as diretrizes do kurios e o destino
determinado pelo Oikodespotes. Quando Jesus rasgou o véu do templo, todos os segredos foram
revelados. Essa posição é análogo a isso: revela o segredo final do que faz a pessoa realmente
funcionar, não apenas motivar ou ajudar.
O NAVIS VITAE DO NATIVO
É...
Oikodespotes: Júpiter
Kurios: Saturno
Timoneiro: Sol
Ventos: Vênus e Lua
Remos: Marte
Vigia: Marte

COMENTÁRIO:

QUARTA PARTE:
HEPTAGRAMA DA ALMA
O filósofo Proclus, em seu comentário sobre o Timeu de Platão, descreve que a alma, que tem
um mapa astral com sete planetas, por definição também tem sete movimentos naturais. Esses
movimentos seriam análogos a um organismo, como, por exemplo, o movimento peristáltico
do sistema digestivo, ou o movimento respiratório do sistema pulmonar. Deixados em si
mesmos, esses movimentos são automáticos. Porém, pela vontade, podemos ou atrapalhá-los
ou usá-los para o bem. Se eu respiro naturalmente, mas fumo, estou indo contra minha
respiração. Se eu, ao contrário, corro na esteira, estimulando meu sistema cardiovascular,
estou indo à favor desse movimento. Temos uma boa respiração quando nos exercitamos, não
quando fumamos. Somos virtuosos quando vamos em favor das virtudes, não dos vícios.
Igualmente, para a nossa alma, podemos conhecer como funciona nossos mecanismos
internos e usá-los de maneira adequada, ou podemos abusar dos sistemas internos que Deus
colocou em nós.
Se são sete movimentos, cada um corresponde a um dos sete planetas e, dependendo do nível
de consciência e de bondade do indivíduo, ele ou fará o movimento corretamente, ou o fará
erroneamente. Quando o faz direito, ele está sendo virtuoso; quando o faz errado, ele está
sendo vicioso. À luz do nosso mapa podemos compreender como que podemos fazer os
movimentos adequados, de acordo com a nossa natureza e nossa alma individual. Deus dispôs
cada alma com um mecanismo particular e, ao mesmo tempo, universal. Deus deu um coração
para todos, e cada coração, embora funcione igual ao de todos, também, ao mesmo tempo,
funciona diferente. É no mapa astral que vemos essa particularidade. Não é nada estranho
que vício e virtude possam estar juntas num mesmo movimento, afinal, Santo Agostinho já
dizia que virtudes e vícios são feitos da mesma matéria. Mas para nos tornarmos mais
virtuosos e bondosos, precisamos, antes de tudo, entender quais são os movimentos naturais
que cada alma faz, e que objeto ela procura quando faz o movimento. Abaixo o esquema
ilustra adequadamente esses movimentos.

A alma, quando faz o movimento para cima, procura as idéias primordiais, os esquemas
universais que já foram aplicadas para todas as vidas anteriores, afinal, temos mais de dez mil
anos de humanidade e a maioria dos nossos problemas já foi, de alguma maneira,
experimentada por outros. Quando fazemos este Movimento direito, temos esperança; quando
o fazemos errado, temos soberba. Esperança é ter o hábito De sempre lembrar que, por mais
absurda e louca que seja a situação, não há um único contexto, na história da humanidade,
em que os problemas não tiveram solução. E a alma fica mais esperançosa quando ela,
justamente, procura exemplos E idéias que elucidem os problemas presentes. Perder essa visão
de que há sempre uma saída nos torna soberbos, pois, já que não há solução, o que sobra é
apenas a sua vontade individual, justificada pelo pensamento de que ''se não há solução, eu
posso fazer o que quiser''. Corresponde ao Sol do nativo.
E quando ela faz o movimento para baixo, ela procura o mundo sensível: tato, olfato, gosto,
visão, audição. Precisamos nos nutrir e experimentar o mundo dos sentidos, portanto este
movimento é quando a alma quer fazer Uso do corpo para se orientar e agir no mundo.
Quando fazemos este movimento corretamente, temos temperança; quando o fazemos errado,
Temos Luxúria. Temperança é nada mais do que deixar os sentidos sob controle, usando-os
pelo o que eles são: ferramentas para nutrir o corpo. Quando nós deixamos os sentidos
tomarem conta e criarem uma vida própria, somos luxuosos, e vai-se atrás de todas as
sensações para nos sentirmos bem (Álcool, comida, sexo, etc). Corresponde ao Vênus do
nativo.
Já o movimento para a direita busca esquemas e experiências semelhante à nossa alma.
Amamos o nosso semelhante justamente por isso: ele é igual a nós, por mais particularizado
que seja. Quando fazemos o movimento corretamente, somos caridosos; quando o fazemos
errado, somos invejosos. Aquilo que é semelhante a mim é caro, valioso. Se vemos no nosso
semelhante algo igual a nós, automaticamente esquecemos de nós mesmos, e damos valor ao
outro por ele ser próximo, e então viramos caridosos. Já se não vemos nada em comum com o
próximo, por fim acabamos ou desprezando-o ou procurando algo que ele tem e que não
temos, e viramos invejosos (inveja e soberba andam juntos). Corresponde ao Júpiter do nativo.
O movimento para a esquerda é o da diferença. Todos nós somos semalhantes, mas há um
momento em que as diferenças começam a surgir, e em alguns movimentos, essas diferenças
são grandes os suficientes para criar uma oposição, a qual temos que assumir, como Arjuna
aceitou sua posição na batalha, depois de conversar Com Khrishna. Quando fazemos o
movimento corretamente, somos corajosos; quando o fazemos errado, somos irados. Coragem
implica um medo prévio, porque, já que somos semelhantes, é muito difícil crer que temos que
nos opor a algo ou a alguém. Por isso precisamos, apesar do medo, enfrentar as oposições.
Porém, se nos esquecemos que devemos amar até nossos inimigos (isto é, as oposições),
ficamos irados, e pensamos que aquela oposição, ou aquela pessoa, é um elemento a ser
eliminado da existência, E então ficamos irados. Corresponde ao Marte do Nativo.
O movimento para frente corresponde ao intelecto ativo. O mundo é uma massa de dados
esparsos, às vezes ordenados, mas na maioria das vezes bagunçado. O intelecto ativo é o
movimento da alma que faz a separação e a união dos vários componentes dos dados da vida.
Quando tentamos estudar, por exemplo, algum assunto, nós o separamos nos mínimos
Componentes e depois reunimos tudo de volta. Esse movimento é o que separa o joio do trigo,
como diz na Bíblia. Se fazemos o movimento certo, somos prudentes; se o fazemos errado,
somos avarentos. Já que o movimento do intelecto ativo é separar e unir os objetos e os dados
em seus menores componentes, depois remontálo, como uma espécie de lego, A ação mais
correta é não excluir nada de antemão até que o entendimento tenha sido alcançado da
situação, e não excluir nenhuma possibilidade: cogitar todas, inclusive as mais improváveis,
só assim podemos ser prudentes. Já quando fazemos errado, somos avarentos, pois a avareza é
uma recusa de se doar e de dar o braço a torcer para fazer todas as distinções necessários para
entender qualquer situação, por mais insignificantes e chatas que elas sejam. Corresponde ao
Mercúrio do nativo.
O movimento para trás é o da natureza. Somos indivíduos dotados de uma essência, e essa
essência demanda necessidades. Precisamos comer, dormir, estudar, rezar, etc. Todas essas
necessidades devem ser supridas de maneira correta, nem mais nem menos. Quando um bebê
pede leite, a mãe o amamenta. Se ela toma na medida, pensamos que ele está bem alimentado,
nem mais nem menos. Quando fazemos o movimento correto, somos justos; quando o
erramos, somos gulosos. É necessário que comamos, durmamos, estudemos, etc., mas quando
essa necessidade é suprida além do necessário, estamos sendo gulosos e dando a nós mesmos
mais do que precisamos. Corresponde à lua do nativo.
O movimento circular é do intelecto vivificante. Todos nós precisamos ser verdadeiros e
bondosos. O problema é que existe um hiato entre uma verdade entendida e uma verdade
obedecida. Quando entendemos o certo, o nosso entendimento tende a repousar nessa
compreensão, e alma começa a descansar. Só que não basta entender uma verdade, é preciso
vivê-la. Quando fazemos o movimento correto, temos fé; quando o fazemos errado, temos
preguiça. A preguiça nada mais é do que o descanso apenas na verdade entendida. A fé aqui
tem o sentido corrente que damos atualmente (como se fosse algo que acreditamos sem
provas). A fé também é comparada a um grão de mostarda Por Jesus. Ora, se nós plantamos
uma semente, nós SABEMOS que ela vai brotar. Então a fé nada mais é do que a faculdade
da alma que movimenta o indivíduo a persistir, circularmente, ritualisticamente, nas ações
diárias, para que aquela verdade não seja apenas um conceito na mente, mas seja algo que a
pessoa VIVE. Nós já sabemos qual é a verdade (que devemos estudar, rezar, nos alimentar
bem, amar o próximo, sermos justos), mas ela precisa ser cultivada, circularmente tal qual o
movimento o intelecto vivificante, e tal qual um grão de mostarda, que, quando regado, Ele
cresce e brota. Nós já sabemos que o grão irá brotar, mas precisamos ficar firme nesse
''fundamento das coisas que se esperam''. Por isso a prece diz: ''Senhor, eu creio, mas
aumentai a minha fé''. Podemos até dizer, igualmente, ''Senhor, eu sei que o grão de mostarda
vai brotar, apenas me dê forças para regar todo dia'', e daí poderemos dizer como o
Evangelista: ''Pois em verdade vos digo que se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a
este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.'' Corresponde ao
Saturno do nativo.
Há também sete centros de energia que regulam sete faculdades da alma que cada ser
humano tem, e que também correspondem aos sete planetas explicados até então: são os
‘’chakras’’ da Grécia antiga. Uma nota de explicação deve ser dada aqui: por várias razões
que não cabem explicar aqui, basicamente todo ‘’especialista’’ em espiritualidade dirá que os
chakras devem ser ‘’abertos’’, e daí certos ‘’bloqueios’’ espirituais seriam removidos, mas isso
é fruto de charlatões espirituais como Alan Leo, Chico Xavier, Madame Blavatski, etc. Os
chakras não são abertos ou fechados, eles são preenchidos ou esvaziados, tal qual os pulmões,
o estômago, o intestino, e até mesmo o coração é esvaziado ou preenchido. O ponto de integrar
‘’os chakras’’ nada mais é que do oferecer àquele planeta em questão o objeto faltante, e não
apenas uma vez, mas todos os dias, tal qual a alimentação. A alma se comporta praticamente
como um organismo, que requer manutenção tal qual a saúde. Sabendo quais elementos
introduzir, tem-se o equilíbrio espiritual do nativo.
Os chakras gregos, descritos por Platão, são esses: 1 – Koruphe, que regula as idéias do
indivíduo, quais as que ele necessita, correspondente ao Sol do nativo; 2 – Enkephalos, que
regula a intelecção e o raciocínio do nativo, correspondente à lua do nativo; 3 – Trachelos,
que regula o que o nativo precisa expurgar e purificar dentro de si, correspondente ao
mercúrio do nativo; 4 – Phrenes, que regula o afeto do nativo, correspondente ao Vênus; 5 –
Gaster, correspondente ao apetite do nativo, correspondente ao Marte; 6 – Gonades, que
regula a forma e a necessidade de procriação do nativo, correspondente ao Júpiter; 7 – Hieron
Osteon, que regula a força básica do nativo, correspondente ao Saturno.

A ordem básica dos pecados


e virtudes a serem
transcendidos para este
nativo é:

Gula – Justiça
Soberba - Esperança
Ira - Coragem
Preguiça – Fé
Inveja - Caridade
Luxúria – Temperança
Avareza – Prudência

COMENTÁRIO:
QUINTA PARTE: PROFECÇÃO
ANUAL
A profecção anual mostra qual é a área de foco que o nativo tem que prestar atenção de
acordo com a visão do ano derivado do ano do aniversário do nativo. Aonde estiver o planeta
em questão, é a área que o nativo tem que focar durante aquele ano.

Profecção anual, começando


do dia 08 de Julho de 2023:

COMENTÁRIO:

SEXTA PARTE: LIBERAÇÃO


ZODIACAL
A liberação zodiacal é uma técnica da astrologia helenística, que consiste basicamente em
usar certos pontos do mapa como referência para calcular, com um grau bem preciso de
acuidade, épocas chaves da vida do nativo. Existem vários tipos de liberação zodiacal, porém
as duas mais usadas tomam o Lote da Fortuna e o Lote do Espírito como referência. O Lote
da Fortuna diz para nós o que está acontecendo conosco ‘’de fora para dentro’’, isto é: o que
tal etapa da vida está ‘’cobrando’’ neste momento. E o lote do Espírito dita o que acontece ‘’de
dentro pra fora’’, isto é: qual deve ser nossa atitude interior diante dessa cobrança exterior.

LOTE DA FORTUNA EM ÁRIES:


PERÍODO MERCURIANO,
SUBPERÍODO MARCIAL

COMENTÁRIO:

LOTE DO ESPÍRITO EM
SAGITÁRIO, PERÍODO
SATURNINO, SUBPERÍODO
LUNAR.

COMENTÁRIO:

SEXTA PARTE: NUMEROLOGIA


DO NOME
A numerologia caldeia e pitagórica parte do princípio clássico de ligação entre as letras e os
valores das palavras. Existem três tipos de numerologia nominal: o número do destino (que
diz o que você tem que fazer); o número do coração (que diz qual é seu maior desejo, aquele
que deve ser realizado sem discussão para poder viver em paz); e o número do talento (ou seja,
qual é seu maior talento).

REFERÊNCIAS:
- Firmicus Maternus – Ancient Astrology: Theory and Practice
- Marsilio Ficino – De Sole et De Lumine
- William Lily – Astrologia Cristã
- Pe. John Brucciani – Os Quatro Temperamentos
- Chris Brennan – Hellenistic Astrology
- Lipot Szondi – Introdução à Psicologia do Destino
- Proclus – Commentary of Plato’s Parmenides
- Damascius – Problems and Solutions Concerning First Principles
- Proclus – Elementos da Teologia
- Pe. Juan Gonzalez Arintero – Cuestiones Misticas
- São João Clímico – A Escada da Ascenção Divina
- The Body and Desire – Gregory of Nyssa’s Ascetical Theology

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