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TCC Daniel

O trabalho analisa a crise do sistema prisional no Rio de Janeiro, destacando a superlotação e as condições precárias que dificultam a ressocialização dos apenados. O estudo investiga as políticas públicas de reintegração social e como a falta de apoio estatal contribui para a reincidência criminal. A pesquisa busca entender como a ausência de integração efetiva com a sociedade perpetua desigualdades e o ciclo de exclusão.
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TCC Daniel

O trabalho analisa a crise do sistema prisional no Rio de Janeiro, destacando a superlotação e as condições precárias que dificultam a ressocialização dos apenados. O estudo investiga as políticas públicas de reintegração social e como a falta de apoio estatal contribui para a reincidência criminal. A pesquisa busca entender como a ausência de integração efetiva com a sociedade perpetua desigualdades e o ciclo de exclusão.
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CONSERVATÓRIO BRASILEIRO DE MÚSICA

CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE DIREITO

DANIEL GONÇALVES DA SILVA DE ASSIS CAVALCANTE

SISTEMA PRISIONAL CARIOCA


Da Custódia a Ressocialização do Apenado:
Será esta a maior Universidade do Estado?

RIO DE JANEIRO
2024
CONSERVATÓRIO BRASILEIRO DE MÚSICA
CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO

DANIEL GONÇALVES DA SILVA DE ASSIS CAVALCANTE

SISTEMA PRISIONAL CARIOCA


Da Custódia a Ressocialização do Apenado:
Será esta a maior Universidade do Estado?

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado (o) como


retiro requisito parcial para obtenção de título de
Bacharel em Direito pelo Centro Universitário
Brasileiro de Educação - CBM UniCBE, sob a
orientação do Professor (a): Thiago Vieira Oliveira

RIO DE JANEIRO
2024
AGRADECIMENTO

A realização deste trabalho de conclusão de curso marca o fim de uma etapa muito especial
da minha vida acadêmica e representa a concretização de um sonho. Chegar até aqui foi um desafio
que só foi possível graças ao apoio e à colaboração de muitas pessoas, a quem dedico estas palavras
de gratidão.
Primeiramente, agradeço a Deus, pela força e sabedoria concedidas ao longo desta jornada, e
por me permitir enfrentar e superar cada desafio que surgiu. A Ele, minha fé e minha eterna gratidão.
Agradeço aos meus pais, que sempre acreditaram no meu potencial e estiveram ao meu lado
nos momentos mais difíceis, oferecendo seu amor, apoio e incentivo incondicional. Sem vocês, essa
conquista jamais seria possível. À minha família, obrigada por compreenderem minha ausência em
tantos momentos e por sempre me incentivarem a ir além.
Aos meus orientadores, que com paciência, generosidade e sabedoria, me guiaram neste
trabalho. Suas orientações foram fundamentais para que eu pudesse alcançar um nível de excelência
que me orgulha. Sou profundamente grato(a) pelo conhecimento compartilhado e pelo suporte
durante todos os momentos em que precisei.
Aos meus amigos, colegas e parceiros de curso, que tornaram essa trajetória mais leve e
divertida. Vocês foram essenciais, e nossa convivência me ensinou valiosas lições sobre amizade,
companheirismo e trabalho em equipe.
Por fim, agradeço a todos os professores e funcionários da instituição, que contribuíram direta
ou indiretamente para minha formação. Cada um de vocês, com suas lições e exemplos, foi
fundamental para o meu crescimento pessoal e profissional.
A todos, meu sincero e profundo agradecimento.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................................7
2 PRECEDENTES HISTÓRICOS.................................................................................................8
2.1. Histórico do Sistema Prisional no Rio de Janeiro.......................................................................8
2.2. Políticas de Ressocialização ao Longo do Tempo.......................................................................9
3 ASPECTOS SOCIAIS.................................................................................................................10
3.1. Aspectos Sociais da Pena de Prisão no Brasil...........................................................................10
3.2. Impacto da Criminalidade no Contexto Social..........................................................................11
3.3. A Sociedade e o Estigma dos Apenados....................................................................................12
3.4. O Papel da Família na Reinserção Social..................................................................................12
4- A RESSOCIALIZAÇÃO E O SISTEMA DE EXECUÇÃO PENAL DO BRASIL:
DE QUE MANEIRA AS CONDIÇÕES DAS PRISÕES DISTANCIAM O APENADO DO
RETORNO Á SOCIEDADE.........................................................................................................13
4.1. A Ressocialização e Seus Desafios............................................................................................13
4.2. O Sistema Prisional como "Universidade do Crime"?..............................................................14
4.3. Oportunidades e Limitações do Sistema Atual..........................................................................15
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................17
RESUMO

Neste trabalho, será abordada a situação atual dos presídios do Estado do Rio de Janeiro, com foco
nos fatores que contribuem para a crise no sistema prisional. Entre os principais aspectos discutidos
estarão a superlotação carcerária, a precariedade das condições de ressocialização, e outros desafios
estruturais. O objetivo é analisar o papel social e ressocializador que o sistema prisional carioca
desempenha no processo de reintegração dos egressos ao convívio social. Além disso, pretende-se
examinar as políticas públicas de ressocialização oferecidas pelo Estado, investigando de que maneira
essas políticas são acessadas pelos detentos e ex-detentos. O estudo também irá explorar como a
ausência de apoio estatal adequado para os egressos do sistema prisional contribui para a reincidência
criminal, agravando os índices de retorno ao cárcere. A análise buscará entender como a falta de
integração efetiva com a sociedade amplia as desigualdades e perpetua o ciclo de exclusão.

Palavras-chave: Sistema Prisional; Reincidência; Reintegração na Sociedade.


ABSTRACT

In this work, the current situation of prisons in the State of Rio de Janeiro will be addressed, focusing
on the factors that contribute to the crisis in the prison system. Among the main aspects discussed
will be prison overcrowding, the precarious conditions for resocialization, and other structural
challenges. The objective is to analyze the social and resocializing role that the Rio prison system
plays in the process of reintegrating inmates into social life. Furthermore, we intend to examine the
public resocialization policies offered by the State, investigating how these policies are accessed by
inmates and former inmates. The study will also explore how the lack of adequate state support for
those released from the prison system contributes to criminal recidivism, worsening the rates of return
to prison. The analysis will seek to understand how the lack of effective integration with society
increases inequalities and perpetuates the cycle of exclusion.

Keywords: Prison System; Recidivism; Reintegration into Society.


7

1- INTRODUÇÃO

O sistema prisional brasileiro, especialmente no Rio de Janeiro, enfrenta grandes dificuldades,


como a superlotação, que agrava as deficientes condições de infraestrutura. As celas, projetadas para
abrigar um número limitado de detentos, frequentemente excedem sua capacidade, criando um
ambiente insalubre e propenso a conflitos, comprometendo a ressocialização dos apenados.
Os direitos dos apenados são frequentemente violados, pois as prisões não oferecem condições
dignas nem promovem a reintegração social. A má gestão e a falta de recursos básicos nas unidades
prisionais reforçam a criminalidade e prejudicam a segurança pública. Apesar do dever do Estado de
reintegrar os detentos, poucos projetos de ressocialização são eficazes.
Os apenados enfrentam diversos desafios durante e após o cumprimento de suas penas. A pena
privativa de liberdade, em sua forma atual, não alcança os resultados esperados e, em condições
inadequadas, falha em promover a reintegração social. Assim, os presídios brasileiros se tornaram
depósitos de pessoas, agravando a criminalidade e a exclusão social.
Este artigo tem como objetivo investigar a problemática central da pesquisa: a ineficácia do
sistema prisional brasileiro, com foco específico no Estado do Rio de Janeiro, em sua função
ressocializadora. O sistema penitenciário enfrenta sérios desafios, como a superlotação e as precárias
condições de infraestrutura, que comprometem a promoção da dignidade humana e dificultam a
reintegração social dos apenados. Nesse contexto, a questão fundamental que este estudo pretende
abordar é: de que maneira as políticas públicas de ressocialização estão sendo implementadas no
sistema prisional fluminense e quais são os principais obstáculos que comprometem sua eficácia?
A justificativa para este estudo reside na necessidade de avaliar e propor melhorias no sistema,
a fim de garantir que o cumprimento da pena ocorra em condições adequadas, assegurando a
dignidade humana e o objetivo ressocializador.
Este trabalho analisa a ressocialização dos apenados no sistema prisional do Estado do Rio de
Janeiro, delimitando o foco nas políticas públicas de reintegração social e nos desafios enfrentados
por detentos e ex-detentos para acessar essas iniciativas.
A pesquisa utiliza análise de dados estatísticos e revisão de literatura, incluindo artigos
acadêmicos, doutrinas jurídicas, legislações e dados de institutos de pesquisa, para uma análise
fundamentada e abrangente.
8

2 PRECEDENTES HISTÓRICOS

2.1 Histórico do Sistema Prisional no Rio de Janeiro

O sistema prisional como forma de punição surgiu na Idade Média, quando mosteiros eram
usados para disciplinar monges e clérigos que não cumpriam suas obrigações eclesiásticas, forçando-
os ao arrependimento. Essa prática inspirou a criação da "House of Correction" em Londres, entre
1550 e 1552, a primeira prisão destinada a criminosos.
No Brasil Colônia, o sistema prisional iniciou-se como presídio de degredados, conforme o
Código de Leis Portuguesas, com penas aplicadas a criminosos diversos. A primeira prisão oficial no
país foi mencionada na Carta Régia de 1769, que determinou a criação de uma casa de correção no
Rio de Janeiro. Posteriormente, entre 1784 e 1788, outra prisão foi construída em São Paulo,
localizada no Largo de São Gonçalo.
Ao longo do tempo, o sistema prisional brasileiro passou por diversas transformações, com
destaque para o Código Penitenciário de 1935, o Código Penal de 1940, a Lei de Execução Penal de
1984 e a Constituição de 1988, que incorporou os direitos humanos. A Constituição de 1988 garante,
em seu artigo 5º, inciso XLIX, direitos fundamentais como a vida, liberdade, igualdade, segurança e
propriedade. No entanto, a efetiva implementação dessas garantias dentro do sistema prisional ainda
é negligenciada. A Lei nº 13.964/2019, conhecida como "Pacote Anticrime", ampliou penas e
criminalizou novas condutas, mas gerou controvérsias. Críticos apontam que essas mudanças podem
intensificar a superlotação e as condições precárias das prisões, em vez de promover a ressocialização
e a proteção dos direitos humanos. Como afirma Silva (2023, p. 45), “as reformas que visam
endurecer as penas muitas vezes falham em abordar as causas subjacentes da criminalidade,
perpetuando um ciclo de violência e exclusão”.
Com a Proclamação da República em 1889, o sistema prisional do Rio de Janeiro passou por
um processo de modernização. A construção da Casa de Correção do Rio de Janeiro, em 1850,
representou uma tentativa de adotar um modelo disciplinar influenciado por ideias iluministas sobre
controle social e reabilitação (Beccaria, 1764). No entanto, durante a República Velha, as prisões
mantiveram-se como espaços de violência e desumanização, sem alcançar a ressocialização desejada.
Nos períodos colonial e imperial, as prisões no Rio de Janeiro eram focadas em punição e
isolamento, sem infraestrutura adequada. No final do século XIX, com o crescimento urbano,
surgiram pressões para melhorar o sistema prisional. No século XX, a superlotação e as condições
precárias nos presídios, impulsionadas pela urbanização e aumento da população marginalizada,
geraram crises e o surgimento de facções criminosas, como o Comando Vermelho. Adorno (2019)
9

destaca que as facções surgiram como uma resposta às condições degradantes das prisões, expandindo
sua influência dentro e fora delas.
O sistema prisional do Rio de Janeiro, ao longo da história, oscilou entre enfoques punitivos
e tentativas de reabilitação, refletindo as transformações sociais e políticas do Brasil. Recentemente,
o sistema tem sido alvo de críticas devido às péssimas condições de higiene, falta de assistência
médica e jurídica, e violação de direitos humanos, conforme apontado por relatórios da Human Rights
Watch (2015) e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro ALERJ (2022). A superlotação, agravada
pelas prisões provisórias e o encarceramento em massa, é um dos principais desafios, como
evidenciado pelo colapso da Penitenciária Bangu 1 em 2020.
A privatização das prisões tem sido discutida como uma solução para os problemas estruturais.
Porém, críticos afirmam que "a privatização das prisões pode agravar a mercantilização da privação
de liberdade, gerando uma lógica de lucro que pode desviar o foco da ressocialização e dos direitos
humanos" (MENDES, 2021, p. 87). Além disso, as experiências internacionais mostram que a
privatização nem sempre garante a melhoria das condições dos presos.
O sistema prisional do Rio de Janeiro enfrenta crises e desafios constantes. A implementação
de políticas públicas eficazes e a valorização dos direitos humanos são essenciais para criar um
sistema mais justo e humano, com reformas que garantam a dignidade dos presos e resolvam
problemas estruturais.

2.2 Políticas de Ressocialização ao longo do Tempo

A ressocialização é um tema central nas discussões sobre o sistema penal, refletindo como as
sociedades abordam o crime e a punição. Ao longo do tempo, essas políticas evoluíram, revelando
mudanças nas concepções de justiça, direitos humanos e nas estratégias de reintegração social de
indivíduos que cumprem penas privativas de liberdade.
O conceito de ressocialização passou por diversas fases ao longo da história. No século XIX
e início do século XX, o sistema penal era predominantemente punitivo e voltado para a exclusão
social, tratando a prisão como um local de segregação. Com o avanço das ciências sociais, percebeu-
se que fatores como pobreza e desigualdade contribuem para a criminalidade, levando a uma mudança
nas políticas penais, que passaram a focar na recuperação e reintegração dos apenados. Rodrigues et
al. (2021) afirmam que "a ressocialização emergiu como uma resposta a um sistema punitivo
ineficaz", resultando na introdução de programas educacionais, de formação profissional e de
assistência psicológica nas prisões.
10

Nos últimos anos, as políticas de ressocialização evoluíram para adotar práticas restaurativas
e reabilitadoras mais humanizadas. O conceito de justiça restaurativa tem ganhado destaque,
buscando reparar os danos causados pelo crime, tanto para as vítimas quanto para a comunidade, e
promovendo o diálogo entre as partes.
Cameron (2022) afirma que "as políticas de ressocialização contemporâneas reconhecem que
a reintegração social eficaz requer mais do que o cumprimento de uma sentença", enfatizando a
necessidade de suporte e oportunidades para a vida fora do sistema prisional. As iniciativas atuais
incluem programas educacionais, capacitação profissional e apoio psicológico, sendo a educação
fundamental para reduzir a reincidência, conforme destaca a Organização das Nações Unidas (2023).
Além disso, a justiça restaurativa se apresenta como uma alternativa ao modelo punitivo
tradicional, envolvendo todos os afetados pelo crime em um processo de reconciliação. Segundo
Freitas (2023), essa abordagem gera impactos positivos tanto para a vítima quanto para o infrator,
promovendo uma reintegração mais efetiva.
Apesar dos avanços nas políticas de ressocialização, ainda existem desafios significativos.
Um dos principais obstáculos é o preconceito e a estigmatização que os ex-detentos enfrentam,
levando à marginalização e exclusão no mercado de trabalho, o que dificulta sua reintegração. Martin
et al. (2021) afirmam que "a discriminação contra indivíduos com antecedentes criminais no mercado
de trabalho é um dos fatores mais determinantes para a reincidência criminal".
A falta de investimento em infraestrutura e profissionais capacitados prejudica os programas
de reabilitação no sistema prisional, que se encontra sobrecarregado e subfinanciado. Para enfrentar
esses problemas, é fundamental que os governos implementem políticas públicas integradas que
envolvam não apenas o sistema prisional, mas também a educação, saúde e assistência social. Dessa
forma, um sistema penal mais humanizado e inclusivo contribui para a reabilitação dos indivíduos,
reduzindo a criminalidade e promovendo a valorização do indivíduo na sociedade.

3 ASPECTOS SOCIAIS

3.1. Impacto da Criminalidade no Contexto Social

A criminalidade no Brasil é um fenômeno complexo, com grandes impactos sociais. Zaffaroni


(2011) destaca que o sistema penal funciona como um mecanismo de controle social, afetando
principalmente os grupos vulneráveis. Para reduzir a criminalidade, é essencial abordar suas causas
sociais, em vez de focar apenas na punição.
11

A Constituição Federal de 1988, no artigo 3º, inciso III, tem como objetivo fundamental
erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais e regionais. No entanto, a falta de políticas
públicas eficazes para atingir esses objetivos perpetua a criminalidade. Fischer (2020) destaca que a
ineficiência do Estado em garantir direitos básicos gera um ciclo vicioso, tornando a criminalidade
uma alternativa viável para indivíduos excluídos.
A violência urbana impacta o contexto social ao gerar medo de crimes, como roubos e
homicídios, limitando a mobilidade e alterando rotinas. Santos (2020) afirma que a sensação de
insegurança fragmenta o tecido social e dificulta a cooperação, intensificando a desconfiança entre as
pessoas e agravando a crise de segurança nas cidades.
A ressocialização dos apenados é essencial, mas o sistema prisional brasileiro, devido à
superlotação e condições precárias, tem falhado nessa tarefa, agravando a reincidência criminal.
Segundo Adorno (2018), a prisão, em vez de ressocializar, contribui para a reincidência. Investir em
educação, trabalho e saúde nas prisões é fundamental para uma ressocialização eficaz.

3.2. Aspectos Sociais da Pena de Prisão no Brasil

A pena de prisão no Brasil levanta questões sociais significativas, refletindo e exacerbando


desigualdades existentes na sociedade. O Código Penal e a Lei de Execução Penal visam a
ressocialização, mas frequentemente falham em sua implementação, gerando problemas sociais. Um
dos principais desafios é a superlotação dos presídios, com cerca de 70% funcionando acima da
capacidade ideal, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2020). Essa situação
resulta em condições degradantes, comprometendo a dignidade dos detentos e dificultando uma
ressocialização eficaz.
O sistema prisional brasileiro é caracterizado pela ausência de programas de reintegração
social, educação e capacitação profissional. A falta de recursos, conforme o Departamento
Penitenciário Nacional (DEPEN, 2021), impede a implementação de políticas eficazes. Adorno
(2018) destaca que "o sistema prisional brasileiro não ressocializa, mas perpetua a criminalidade",
evidenciando a falha da prisão em reabilitar e reforçar as condições que levam à criminalidade. Além
disso, o impacto da prisão se estende às famílias dos apenados, que enfrentam separação e estigmas
sociais, resultando em dificuldades econômicas e emocionais. Santos (2021) observa que a presença
de um membro da família no sistema prisional pode gerar "um ciclo de pobreza e exclusão social que
se perpetua entre gerações".
12

A questão racial e socioeconômica é central na análise da pena de prisão no Brasil, onde a


maioria dos presos são jovens negros e de baixa renda, refletindo desigualdades estruturais. Como
observa Souza (2022), "o encarceramento em massa no Brasil é um reflexo das desigualdades
sociais". O sistema prisional, em vez de ressocializar, perpetua ciclos de violência e exclusão. Para
que a prisão cumpra seu papel social, é necessário investir em condições dignas, educação, trabalho
e políticas que enfrentem essas desigualdades estruturais.

3.3. A Sociedade e o Estigma dos Apenados

O estigma social dificulta a aceitação e reintegração dos ex-detentos, afetando sua autoestima,
relações e oportunidades de trabalho, além de criar barreiras à segurança pública. A reintegração é
crucial para reduzir a reincidência, sendo a análise do estigma essencial para políticas públicas
inclusivas. Segundo Goffman (1963), o estigma desqualifica e desumaniza, promovendo exclusão.
Link e Phelan (2020) complementam que o estigma é um processo dinâmico que reforça práticas
discriminatórias e marginalização.
O estigma social reduz a autoestima dos ex-detentos e limita suas oportunidades de emprego
e acesso a recursos, promovendo um ciclo de exclusão e marginalização. Essa situação dificulta a
reintegração social e aumenta a reincidência criminal, impactando a segurança pública (SILVA et al.,
2023). Segundo Farrall e Calverley (2021) e Schmidt et al. (2023), a discriminação no trabalho e as
dificuldades em encontrar moradia agravam essa marginalização, dificultando o retorno ao mercado
e a inclusão social dos ex-detentos.
O estigma enfrentado pelos apenados contribui para a reincidência criminal, pois a falta de
oportunidades de reintegração leva muitos ex-detentos de volta ao crime. Esse preconceito
desumaniza os indivíduos, dificultando sua reintegração e enfraquecendo a coesão social. Para
romper esse ciclo, é essencial desenvolver políticas públicas focadas em reabilitação e inclusão social,
com programas de capacitação, campanhas de conscientização e apoio comunitário. Tuck (2020)
destaca a importância da colaboração entre ONGs, empresas e governo para promover a reintegração
dos ex-detentos.

3.4. O Papel da Família na Reinserção Social

A família desempenha um papel crucial na ressocialização de encarcerados, oferecendo apoio


emocional e social durante e após a prisão. Este suporte facilita a reabilitação e reintegração dos
egressos, sendo um fator determinante no processo, como destaca Silva (2021). A valorização da
13

contribuição ativa da família, muitas vezes negligenciada, fortalece os laços familiares, estabiliza a
saúde mental dos detentos e estimula a participação em programas de qualificação profissional,
promovendo uma reintegração mais eficaz (SILVA, 2020).
Os laços familiares são fundamentais na prevenção da reincidência criminal, proporcionando
apoio essencial para a reintegração social. A família oferece um ambiente acolhedor, facilitando o
acesso a emprego, moradia e educação. Contudo, desafios como estigma social e dificuldades
financeiras podem enfraquecer esses vínculos. Oliveira (2021) destaca que fortalecer os laços
familiares é crucial para uma reintegração bem-sucedida e para a construção de uma sociedade mais
empática e resiliente.
A família deve ser reconhecida como um agente crucial na redução da reincidência criminal,
em vez de ser vista apenas como uma vítima do sistema legal. Ignorar seu papel na vida de
encarcerados compromete as oportunidades de reabilitação e diminuição da violência. Dada a
exclusão social frequentemente promovida pelas prisões, é urgente incluir a família como parceira no
processo de reinserção social, promovendo diálogo e troca de conhecimentos práticos.

4- A RESSOCIALIZAÇÃO E O SISTEMA DE EXECUÇÃO PENAL DO BRASIL:


DE QUE MANEIRA AS CONDIÇÕES DAS PRISÕES DISTANCIAM O APENADO DO
RETORNO Á SOCIEDADE

4.1 A Ressocialização e Seus Desafios

A ressocialização dos apenados é um dos objetivos centrais do sistema de execução penal no


Brasil, conforme estabelecido pela Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984). No entanto, a
efetividade desse processo é severamente prejudicada pelas condições precárias do sistema prisional,
que muitas vezes agravam o distanciamento entre o detento e sua reintegração à sociedade.
As ações de integração visam aproximar o Estado, as comunidades e as pessoas beneficiárias,
com intervenções técnicas, políticas e gerenciais, para minimizar os impactos do sistema penal. Um
"bom tratamento penal" vai além de evitar violência física ou garantir boas condições, devendo focar
na superação de conflitos e na recomposição dos vínculos sociais durante a pena privativa de
liberdade.
Projetos de reintegração social devem incluir educação e formação profissional para apenados,
preparando-os para o mercado de trabalho, com atenção especial às mulheres. Assistência aos presos,
egressos e dependentes é essencial, promovendo direitos e autonomia através de políticas públicas e
14

apoio de instituições em áreas como assistência material, jurídica, educacional, social, religiosa e de
saúde, conforme o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário.
A reintegração visa reabilitar ex-infratores e reduzir a reincidência, mas a falta de suporte
básico e ações imediatas após a libertação aumenta o risco de novo crime. No Brasil, a superlotação
e as condições degradantes das prisões, somadas à escassez de infraestrutura e programas de
capacitação, dificultam a ressocialização. Além disso, o estigma social e a discriminação no mercado
de trabalho prejudicam a reintegração e perpetuam o ciclo de criminalidade.

4.2 O Sistema Prisional como "Universidade do Crime"?

O sistema prisional brasileiro, marcado por superlotação, violência e falta de políticas eficazes
de ressocialização, reforça o ciclo de criminalidade, sendo descrito como uma “universidade do
crime.” Em vez de promover a reintegração, conforme previsto pela Lei de Execução Penal (Lei nº
7.210/1984), o sistema frequentemente intensifica a criminalidade, evidenciando a necessidade de
uma reforma urgente.
De acordo com Silva (2016), a prisão deixa de ser um espaço de punição e passa a ser um
centro de aprendizado de práticas criminosas, onde a manutenção da ordem interna se dá por meio da
disciplina imposta pelas facções. Essas facções, que têm um grande poder dentro dos presídios,
fornecem uma rede de apoio e ensino para os detentos, funcionando como uma espécie de "escola"
para a criminalidade.
O controle das facções nas prisões impõe códigos de conduta que fortalecem práticas
criminosas, dificultando a ressocialização e criando uma relação de dependência entre os detentos e
essas organizações. Souza e Lima (2019) destacam que a presença das facções transforma as prisões
em centros de treinamento criminal, elevando a reincidência após a libertação.
A falta de supervisão e de políticas públicas eficazes contribui para o fortalecimento das
facções dentro dos presídios. Embora a Lei de Execução Penal (LEP) promova a educação e
reintegração dos detentos, sua aplicação é limitada pela superlotação e violência predominantes nas
prisões, dificultando o controle e a ressocialização.
Outro fator importante que contribui para a caracterização das prisões como uma
"universidade do crime" é o estigma social que recai sobre os ex-detentos. Após cumprir suas penas,
muitos indivíduos enfrentam grande dificuldade para se reintegrar à sociedade devido ao preconceito
e à discriminação que sofrem pelo fato de terem sido encarcerados. Outro fator importante que
contribui para a caracterização das prisões como uma "universidade do crime" é o estigma social que
15

recai sobre os ex-detentos. Após cumprir suas penas, muitos indivíduos enfrentam grande dificuldade
para se reintegrar à sociedade devido ao preconceito e à discriminação que sofrem pelo fato de terem
sido encarcerados.

4.3 Oportunidades e Limitações do Sistema Atual

O sistema prisional atual, projetado para a ressocialização e reintegração dos apenados,


enfrenta tanto oportunidades quanto limitações em alcançar esses objetivos. Entre as oportunidades,
destacam-se as políticas de educação e trabalho previstas pela Lei de Execução Penal (Lei nº
7.210/1984), que visam capacitar os presos e prepará-los para o retorno à sociedade. Programas
educativos e de trabalho possibilitam o desenvolvimento de habilidades profissionais e pessoais,
oferecendo aos detentos chances concretas de reinserção social e de mudança de vida. Estudos, como
os de Adorno (2019), indicam que a participação em programas de ressocialização reduz
significativamente a reincidência, contribuindo para a segurança pública e a coesão social.
No entanto, as limitações do sistema prisional brasileiro são expressivas e comprometem a
efetividade dessas iniciativas. A superlotação é um dos maiores entraves: segundo dados do
Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), o sistema opera muito além de sua capacidade,
resultando em condições insalubres e na falta de espaços adequados para a implementação de
atividades educativas e laborais. Além disso, a violência endêmica, tanto entre os presos quanto
envolvendo agentes penitenciários, cria um ambiente hostil que desestimula a adesão aos programas
de ressocialização. A presença de facções dentro das prisões agrava esse quadro, dificultando a
construção de uma cultura de reabilitação e segurança interna.
Outro fator limitante é o estigma social, que permanece mesmo após o cumprimento da pena,
afetando as chances de emprego e aceitação social dos egressos do sistema prisional. Como apontado
por Souza e Lima (2019), o preconceito dificulta a reintegração, gerando um ciclo de exclusão que
frequentemente leva à reincidência. Esse estigma limita as oportunidades de ressocialização, uma vez
que as barreiras sociais e profissionais acabam empurrando muitos ex-detentos de volta para
atividades criminosas.
Superar as limitações do sistema prisional brasileiro requer reformas estruturais para aumentar
a capacidade e melhorar as condições dos presos, além de uma mudança cultural que priorize a
ressocialização. Políticas públicas integradas e parcerias com a sociedade civil são essenciais para
construir um sistema focado na reabilitação e na redução da criminalidade, em vez de apenas na
punição
16

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As reflexões finais sobre o sistema prisional do estado do Rio de Janeiro, especialmente


quanto à ressocialização dos apenados e ao potencial do sistema carcerário como um ambiente de
"aprendizado" para o crime, revelam um cenário complexo e desafiador. Embora o sistema tenha
como função primária a custódia e, idealmente, a reintegração social dos detentos, a realidade dentro
das prisões cariocas muitas vezes se desvia dessa missão, funcionando, em muitos casos, como um
ambiente que perpetua a criminalidade em vez de combatê-la.
A superlotação carcerária, as condições insalubres e o controle das facções são fatores que
contribuem para transformar o sistema em uma “universidade do crime”, onde os apenados podem
estabelecer redes e adquirir novos conhecimentos criminosos. Esse quadro reflete um sistema penal
que falha em proporcionar uma oportunidade real de ressocialização e que, ao contrário, reforça o
ciclo de reincidência.
Entretanto, o problema vai além da falta de recursos materiais e inclui questões estruturais e
sociais que precisam ser enfrentadas de forma abrangente. É necessário implementar políticas
públicas que priorizem a criação de condições dignas para os presos, com ênfase em educação,
capacitação profissional e acompanhamento psicológico, possibilitando que o período de
cumprimento de pena seja um processo transformador. Como aponta a Lei de Execução Penal (Lei nº
7.210/1984), a punição deve incluir a perspectiva da reinserção social. Sem uma reforma efetiva, o
sistema prisional carioca continuará a falhar em seu papel de reabilitação e contribuirá para o aumento
da criminalidade.
Diante disso, conclui-se que, para que o sistema prisional carioca deixe de ser visto como uma
“universidade do crime” e passe a desempenhar sua função de ressocialização, é imperativa uma
abordagem multidisciplinar e humanizada, que atue tanto nas causas da criminalidade quanto nas
necessidades do apenado. Somente com essa transformação será possível construir um sistema que
verdadeiramente trabalhe em prol da segurança e da reintegração social, refletindo um compromisso
com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
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