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Circuitos Elétricos - Resumo

O documento aborda a teoria de circuitos elétricos, incluindo conceitos fundamentais como a Lei de Ohm e as Leis de Kirchhoff, além de técnicas de análise de circuitos em corrente contínua e alternada. Ele também discute elementos armazenadores de energia, circuitos de diferentes ordens e conexões trifásicas. O conteúdo é essencial para estudantes de engenharia elétrica, especialmente para aqueles que se preparam para concursos.
Direitos autorais
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Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Circuitos Elétricos - Resumo

O documento aborda a teoria de circuitos elétricos, incluindo conceitos fundamentais como a Lei de Ohm e as Leis de Kirchhoff, além de técnicas de análise de circuitos em corrente contínua e alternada. Ele também discute elementos armazenadores de energia, circuitos de diferentes ordens e conexões trifásicas. O conteúdo é essencial para estudantes de engenharia elétrica, especialmente para aqueles que se preparam para concursos.
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CIRCUITOS

ELÉTRICOS
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

ÍNDICE
TEORIA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS............................................................................. 3
Variáveis de Circuitos Elétricos......................................................................................5

CIRCUITOS EM CORRENTE CONTÍNUA...................................................................... 6


Lei de Ohm....................................................................................................................... 6
Lei de Kirchhoff................................................................................................................7
Resistores em Série e em Paralelo............................................................................. 14
Análise Nodal................................................................................................................. 19
Análise de Malhas......................................................................................................... 27
Transformações de Fontes.......................................................................................... 33
João Pedro da Cunha Filho
Teorema de Thévenin...................................................................................................
[email protected] 37
Teorema de Norton......................................................................................................
121.696.206-56 45
Teorema da Superposição........................................................................................... 48
Teorema de Millman.....................................................................................................52
Teorema da Substituição............................................................................................. 53
Teorema da Reciprocidade.......................................................................................... 55

CIRCUITOS ELÉTRICOS EM CORRENTE ALTERNADA...............................................66


Fasores............................................................................................................................67
Técnicas de Resolução de Circuitos Alternados........................................................69
Potência em Circuitos CA............................................................................................. 80

ELEMENTOS ARMAZENADORES DE ENERGIA......................................................... 95


Capacitores.....................................................................................................................95
Indutores........................................................................................................................ 98

CIRCUITO DE 1° ORDEM......................................................................................... 107

CIRCUITO DE 2° ORDEM......................................................................................... 117


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Circuito RLC Paralelo.................................................................................................. 117


Circuito RLC Série........................................................................................................ 119

CIRCUITOS TRIFÁSICOS.......................................................................................... 131


Tensões Trifásicas Equilibradas................................................................................ 132
Sequência de Fases.....................................................................................................133
Cargas Equilibradas.................................................................................................... 135

CONEXÕES TRIFÁSICAS EQUILIBRADAS................................................................136


Conexão Estrela-Estrela Equilibrada........................................................................ 136
Conexão Estrela-Triângulo.........................................................................................143
Conexão Triângulo-Triângulo.................................................................................... 149

POTÊNCIA EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS EQUILIBRADOS.......................................152

CONEXÕES TRIFÁSICAS DESEQUILIBRADAS.........................................................


João Pedro da Cunha Filho 158
[email protected]
FILTROS PASSIVOS..................................................................................................
121.696.206-56 166
Filtro Passa-Baixas...................................................................................................... 168
Filtro Passa-Altas......................................................................................................... 170
Filtro Passa-Faixa.........................................................................................................171
Filtro Rejeita-Faixa.......................................................................................................172
Filtros Ativos.................................................................................................................180
Filtro Passa-Baixas de Primeira Ordem..............................................................181
Filtro Passa-Altas de Primeira Ordem................................................................ 182
Filtro Passa-Faixa................................................................................................... 182
Filtro Rejeita-Faixa................................................................................................. 184

CIRCUITO DE DUAS PORTAS (QUADRIPOLO)........................................................186


Parâmetros de Impedância....................................................................................... 187
Parâmetros de Admitância........................................................................................ 191
Parâmetros Híbridos.................................................................................................. 193
Parâmetros de Transmissão......................................................................................196
Relação Entre os Parâmetros.................................................................................... 197
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

TEORIA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

Circuitos elétricos é uma das matérias essenciais em engenharia elétrica, ela é a


base para uma infinidade de outros assuntos, portanto compreender bem os
circuitos é extremamente importante. E eu te digo meu amigo concurseiro,
circuitos elétricos sempre, repito sempre, vai cair em uma prova de
concurso.

Este conteúdo compreende basicamente a resolução de um circuito elétrico


para obter tensão, corrente ou potência. Mas esta resolução pode ser feita de
diversas maneiras, várias técnicas, como:

⇾ Lei de Ohm;
Leis de Kirchhoff;
⇾ Conceitos de série e paralelo;
⇾ Analise Nodal;
⇾ Analise de Malhas; João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
⇾ Transformação de Fontes;
121.696.206-56
⇾ Superposição;
⇾ Teorema de Thévenin;
⇾ Teorema de Norton.

Mas professor, qual técnica eu escolho? As bancas não cobram uma técnica
especifica de resolução de circuitos em questões objetivas, entretanto
dependendo do circuito, a aplicação da técnica certa te conduzirá a resposta
mais rapidamente, e no concurso, tempo é muito importante.

Vamos iniciar com os circuitos em corrente contínua.


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Um circuito é dito em corrente contínua se todas as suas fontes de


alimentação são contínuas, isto é, a tensão e corrente não variam com o
tempo, como é o caso de uma pilha ou bateria. A Figura 1 ilustra um exemplo de
corrente contínua.

João Pedro da Cunha Filho


Já em um circuito em corrente alternada ocorre variações de tensão e
[email protected]
corrente ao longo do tempo, sendo a forma de onda senoidal a mais
121.696.206-56
tradicional, forma está encontrada nas tomadas de nossas residências. A Figura
2 é um exemplo de corrente alternada.

Os circuitos de corrente contínua são de mais fácil resolução que os alternados.


Então vamos lá aprender tudo sobre circuitos e arrasar no concurso?
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Material Teórico

Variáveis de Circuitos Elétricos

Neste tópico vamos apresentar as diversas variáveis de circuitos elétricos que


veremos ao longo do texto, bem como suas respectivas unidades de medida no
Sistema Internacional (SI).

Tensão elétrica é a diferença de potencial estabelecida entre dois pontos que


motiva a movimentação de cargas elétricas, gerando corrente elétrica. Sua
unidade é o volt (V).

Corrente elétrica é o fluxo ordenado de cargas, nesse caso, de elétrons. Sua


unidade é o ampère (A).

Potência elétrica é a taxa de energia elétrica que é fornecida ou absorvida em


certo instante de tempo. Sua unidade é o watts (W).

João Pedro da Cunha Filho


Resistência é a capacidade de um elemento resistir à passagem de corrente
[email protected]
elétrica contínua, o dispositivo121.696.206-56
físico que tem essa propriedade se dá o nome
de resistor. Sua unidade é o ohm (Ω).
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

CIRCUITOS EM CORRENTE CONTÍNUA

Vamos agora aprender as diversas técnicas de resolução de circuitos, preste


bem atenção pois também nos será útil nas próximas seções, que são os
circuitos em corrente alternada.

Lei de Ohm

Os materiais geralmente possuem um comportamento característico de resistir


ao fluxo de carga elétrica. Essa propriedade é conhecida como resistência e é
representada pelo símbolo R. A resistência depende do comprimento do
material (𝑙𝑙), da área da seção transversal (𝐴𝐴) e do próprio material que tem
uma certa resistividade ( ). Matematicamente é dada pela expressão (1).

João Pedro da Cunha Filho (1)


[email protected]
O resistor é o elemento passivo121.696.206-56
mais simples. Mas o que é elemento passivo?
Elemento passivo é aquele que somente recebe energia, não fornece, como é o
caso do resistor que somente dissipa energia. Um elemento ativo é aquele que
fornece energia.

A lei de Ohm é enunciada como: "A tensão (𝑣𝑣) em um resistor é diretamente


proporcional à corrente (𝑖𝑖) através dele, a constante de proporcionalidade é a
resistência (𝑅𝑅)". Matematicamente dado por (2).
(2)
ENGENHARIA ELÉTRICA
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Temos dois casos extremos, um quando a resistência é nula (𝑅𝑅 = 0) onde


dizemos que o elemento se comporta como um curto-circuito e outro quando a
resistência é muito elevada (𝑅𝑅 = ∞), comportando como um circuito aberto.

Para calcular a potência (𝑝𝑝) em um circuito de corrente contínua podemos


aplicar a expressão (3).
(3)

Adicionalmente para a potência dissipada em resistores podemos usar (4) ou (5).


João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
(4)
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(5)

Lei de Kirchhoff

A lei de Ohm por si só não é suficiente para analisar os circuitos, mas podemos
associar ela a outras duas leis muito importantes:

→ Lei de Kirchhoff das Correntes (LKC);


→ Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT).

A Lei de Kirchhoff das Correntes nos diz que a soma algébrica das correntes
que entram e saem de um nó é zero. Entenda por nó, o ponto de conexão de
dois ou mais elementos de circuitos (fonte, resistor, capacitor, etc).
Matematicamente temos:
ENGENHARIA ELÉTRICA
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(6)

Onde 𝑛 indica todas as correntes que entram e saem de um determinado nó.

É necessário diferenciar as corrente que entram e saem do nó, para isso vamos
convencionar que a corrente que sai do nó é positiva e a corrente que entra no
nó é negativa. A ilustração da Figura 3 nos ajuda a entender a aplicação da LKC.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
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Na Figura 3, as correntes 1, 3 e 4 estão entrando no nó, enquanto as correntes 2
e 5 estão saindo, logo ao aplicarmos a LKC teríamos nesse nó:

A Lei de Kirchhoff das Tensões nos diz que a soma algébrica das tensões em
torno de um caminho fechado é zero. Matematicamente tem-se:

(7)

Onde 𝑚 indica todas as tensões encontradas ao se percorrer o caminho fechado.

O sentido adotado para percorrer o caminho pode ser horário ou anti-horário,


desde que respeitando a polaridade das tensões. Se ao percorrer o caminho se
depara com a polaridade positiva, a tensão entra somando, caso contrário, entra
ENGENHARIA ELÉTRICA
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subtraindo. A ilustração da Figura 4 nos ajuda a entender a aplicação da LKT.

Aplicando a LKT no circuito acima, teríamos:

Mas você deve estar se perguntando, porque usar essa técnica e não as
próximas que ainda vamos ver? Calma, na nossa esquematização abaixo te
respondo isso...
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
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Vamos praticar resolvendo alguns circuitos elétrico aplicando as leis de


Kirchhoff?

(ALESGO/IADES/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2019) Considerando o circuito


elétrico dessa figura, é correto afirmar que as correntes são dadas por:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A) i 1 = 2 A, i2 = 1 A e i3 = 3 A.
B) i1 = 3 A, i2 = 1 A e i3 = 3 A.
C) i1 = 2 A, i 2 = 1 A e i3 = 2 A.
D) i1 = 1 A, i2 = 2 A e i3 = 3 A.
E) i 1 = 3 A, i 2 = 1 A e i3 = 2 A.

Comentários:
Observe que o circuito é simples, tendo somente duas malhas e três nós, ou
seja, resolver utilizando as Leis de Kirchhoff é uma boa ideia, até porque a banca
nos forneceu as direções das correntes.

Inicialmente vamos estabelecer as polaridades dos elementos, obedecendo à


convenção passiva e também identificar as malhas e os nós, como mostra o
circuito abaixo.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
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Vamos agora usar as Leis de Kirchhoff em associação com a lei de Ohm para
obter um conjunto de equações.

Malha I: (Aplicando LKT)

Observe que somamos todas as tensões na Malha I, e que nos resistores a


tensão foi expressa usando a lei de Ohm (𝑣 = 𝑅 ∙ 𝑖).

Malha II: (Aplicando LKT)


ENGENHARIA ELÉTRICA
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Observe que atendemos a convenção passiva, e que o sinal nos resistores ficou
negativo, pois ao percorrer a malha, primeiro encontramos o terminal negativo.

Nó 2: (Aplicando LKC)

As correntes 1 e 2 entram, por isso negativo, e a 3 sai, por isso positivo. Observe
que os nós 1 e 3 não nos fornecem equações úteis ao problema.

Como temos três variáveis a serem descobertas e já temos três equações, basta
resolver o sistema linear que encontraremos a solução. Resolvendo o sistema
linear formado por:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
Temos:

Resposta: Letra A

(UNIRIO/CESGRANRIO/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2019) Uma fonte de tensão


contínua V alimenta uf m circuito puramente resistivo, conforme mostrado na
Figura abaixo.
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Aplicando-se os conceitos básicos das leis de Kirchhoff, para que o valor da


corrente I seja de 1A, o valor, em volts, da fonte de tensão Vf deverá ser de

A) 50
B) 125
C) 250
D) 425
E) 620

Comentários:
Inicialmente observamos que a corrente I passa no resistor de 100 e 50 Ω com a
mesma intensidade, já que estão em série. Portanto pela lei de Ohm, a tensão
entre os terminais dos resistores vale:

João Pedro da Cunha Filho


Mas observe que [email protected]
dois resistores estão em paralelo com resistor de 300 Ω,
121.696.206-56
logo este resistor também possui a tensão de 150 V, como visto na figura abaixo.

Sabendo da tensão que passa no resistor de 300 Ω, podemos determinar a sua


corrente:

Vamos agora usar as Leis de Kirchhoff das Correntes para obter a corrente que
está passando no resistor de 100 Ω a esquerda.
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Nó 1: (Aplicando LKC)

Observe que somando todas as tensões na Malha I, obteremos a tensão no


resistor de 300 Ω mais à esquerda.

Malha I: (Aplicando LKT)


Observe que somando todas as tensões na Malha I, obteremos a tensão no
João Pedro da Cunha Filho
resistor de 300 Ω mais à esquerda.
[email protected]
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Cuja corrente, aplicando a lei de Ohm é.

Aplicando a LKC ao nó 2, obtém-se a corrente que é enviada pela fonte:


ENGENHARIA ELÉTRICA
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Nó 2: (Aplicando LKC)

Por fim aplicando a LKT a Malha II, tem-se:

Malha II: (Aplicando LKT)

Resposta: Letra D

Resistores em Série e em Paralelo

João Pedro da Cunha Filho


Saber associar resistores em série ou em paralelo é interessante quando
[email protected]
desejamos reduzir o tamanho121.696.206-56
do nosso circuito, sem que haja perdas de
variáveis ao longo do caminho. Muito cobrado em bancas quando é pedido o
cálculo da resistência equivalente de um circuito.

Associação de resistores em série: Consideramos que dois ou mais resistores


estão em série quando a corrente que flui por eles é a mesma. A resistência
equivalente (𝑅𝑒q) de qualquer número de resistores ligados em série é a soma
das resistências individuais. Para 𝑁𝑁 resistores em série temos:

(8)

O procedimento é ilustrado na Figura 5.


ENGENHARIA ELÉTRICA
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Associação de resistores em paralelo: Considera-se que dois ou mais resistores


estão em paralelo quando a tensão entre eles é a mesma. A resistência
equivalente (𝑅𝑒q) de qualquer número de resistores em paralelo é dada por:

(9)

João Pedro da Cunha Filho


Para o caso particular de dois resistores em paralelo temos:
[email protected]
121.696.206-56
(10)

O procedimento é ilustrado na Figura 6:

Vamos treinar?
ENGENHARIA ELÉTRICA
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(UFRRJ/UFRRJ/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2019) Assinale a alternativa que


apresenta a corrente e a potência fornecida pela fonte de tensão,
respectivamente, no circuito a seguir.

A) 10 A, 2000 W.
B) 10 A, 200 W.
C) 20 A, 2000 W.
D) 20 A, 200 W.
E) 20 A, 100 W.

Comentários:
Observe que é pedido a corrente e a potência fornecida pela fonte de tensão, e
para obter essa corrente é necessário resolver o circuito, mas aplicar a LKC e LKT
não é conveniente, pois o circuito tem muitas malhas e nós. O que podemos
fazer é associar os resistores até obter uma única resistência equivalente
associada à fonte, o que deixaria o problema muito fácil.
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
Para associar os resistores, vamos usar o conceito de série e paralelo que
aprendemos, vamos lá!
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ENGENHARIA ELÉTRICA
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João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Finalmente obtemos o circuito com uma única resistência equivalente.

Aplicando a lei de Ohm para calcular a corrente na fonte temos:


ENGENHARIA ELÉTRICA
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Já obtemos a corrente que a fonte fornece, agora a sua potência é dada por:

Resposta: Letra C

(TRT/FCC/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2017) A resistência equivalente entre os


terminais A e B tem o valor, em ohm, de.

A) 6
B) 10
C) 15
D) 12 João Pedro da Cunha Filho
E) 5 [email protected]
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Comentários:
Nos é solicitado a resistência equivalente, dessa forma temos que associar os
resistores até obter uma única resistência equivalente.

Para associar os resistores, vamos usar o conceito de série e paralelo que


aprendemos, vamos lá!

Em paralelo:
24·8
24+8
= 6

Em série:
6 + 9 = 15
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Em paralelo:
10 . 15
10+15
= 6

O resistor de 15 Ω está em
paralelo com um curto, que
tem resistência nula e
tensão também nula, logo a
resistência equivalente será
nula. Sempre ocorre isso na
existência de um curto!

Em paralelo:
30 . 6
30+6
= 5

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
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A resistência equivalente entre A e B é de 5 Ω.

Resposta: Letra E

Análise Nodal

A análise nodal é uma poderosa ferramenta na resolução de circuitos, utilizada


quando queremos obter a tensão (ou potecial elétrico) em um dado ponto do
circuito. Essa técnica tem por base a LKC em associação com a lei de Ohm, de
modo a expressar as correntes do circuito em termos de tensões nodais,
entenda por tensão nodal, a tensão que se encontra nos nós.

A seguir vamos mostrar as etapas para executar bem a analise nodal com base
no circuito da Figura 7.
ENGENHARIA ELÉTRICA
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1) A primeira etapa consiste em selecionar um nó de referência, onde o


potencial é nulo. Tipicamente nos circuitos é representado pelo símbolo
destacado na Figura 12, mas caso a banca coloque um circuito sem esse
símbolo, basta você mesmo colocar na parte de baixo do circuito.

2) Atribua tensões aos nós restantes, isto é, identifique cada um dos nós
João Pedro da Cunha Filho
(exceto o de referência) com uma tensão 𝑣1 , 𝑣2 , … , 𝑣𝑛. No circuito de exemplo,
[email protected]
temos três nós, colocamos então 𝑣1 , 𝑣2 e 𝑣3.
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3) Aplique a LKC a cada um dos nós, ou seja, o somatório das correntes em


cada nó é zero, entretanto a lei de Ohm deve ser usada para expressar as
correntes em termos das tensões nodais. Nesta etapa devemos ter cuidado com
dois casos particulares:

A) Fonte de tensão conectada entre um nó qualquer e o de referência:


Nesse caso a tensão do nó é a própria tensão da fonte.

B) Fonte de tensão conectada entre dois nós quaisquer que não seja o de
referência: Nesse caso se cria um supernó, que é a junção de dois nós. Para
ENGENHARIA ELÉTRICA
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o supernó devemos escrever duas equações, uma usando a LKC,


considerando todas as correntes que entram e saem do supernó, e a outra
que é a diferença de potencial entre os dois nós conectados a fonte de
tensão.

Vamos aplicar o passo três no nosso circuito exemplo.

Análise do nó 1: Observe que temos uma fonte de tensão conectado entre o nó


1 e o de referência, ou seja, nesse caso a tensão do nó, é a própria tensão da
fonte, portanto, 𝑣1 = 14 V.

Análise do nó 2 e 3: Estamos analisando estes dois nós em conjunto pois eles


constituem um supernó, pois entre eles se conecta uma fonte de tensão.
Supernó

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
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Para o supernó vamos escrever duas equações, a primeira relacionada à fonte


de tensão:

Como a polaridade positiva da fonte estava do lado do nó 3, por isso este nó é


positivo, enquanto o nó 2 é negativo.

A segunda equação é escrita usando a LKC, porém escrevendo as correntes em


𝑣
termos das tensões nodais, para isso basta lembrar que 𝑖 = 𝑅
. O nó que está
em análise sempre vem primeiro nos termos da equação, portanto temos:
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4) Resolver as equações simultâneas obtidas para obter as tensões nodais. Se


temos 3 nós, devemos ter 3 equações, como obtemos.

Muita coisa né? Vamos esquematizar para memorizar mais fácil.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
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Chegou a hora de praticar!

(UFRN/COMPERVE/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2018) Analise o circuito


representado na figura abaixo.
ENGENHARIA ELÉTRICA
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O valor da tensão entre os pontos “a” e “b” (Vab ) é de:

A) 75 V
B) 25 V
C) 50 V
D) 100 V
E) 125 V

Comentários:
Se seguirmos bem os passos que aprendemos da analise nodal, não tem erro!

1 e 2º Passo: O nó de referencia escolhido é o ponto b, e os demais nós são


mostrados no circuito abaixo.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
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3º Passo: Vamos escrever as equações de cada nó:

Nó 1: Como o nó 1 tem uma fonte conectada entre ele e o nó de referência, logo


a tensão do nó é a própria tensão da fonte, assim 𝑣1 = 100 V.
Nó 2: Temos: (observe que o nó 2 sempre vem a frente)

Multiplicando toda expressão por 20.

Nó 3: Temos: (observe que o nó 3 sempre vem a frente)


ENGENHARIA ELÉTRICA
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Observe que enquanto a fonte de corrente entra no nó 2, ela sai do nó 3.


Multiplicando toda expressão por 50, temos:

4º Passo: Resolvendo o sistema linear formado por:

A resposta é:
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[email protected]
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A tensão do ponto "a" é igual a 𝑣 = 50 V, enquanto do ponto "b", que é a
referência vale zero, portanto 𝑣𝑎𝑏= 𝑣𝑎 − 𝑣𝑏 = 50 V.

Resposta: Letra C

(FUNDEP/UFVJM-MG/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2017) Analise o circuito


representado na figura abaixo.

Nesse caso, a indicação do voltímetro, U1, é igual a:

A) -3,5 V
B) 4,0 V
C) 7,0 V
D) -10,5 V
ENGENHARIA ELÉTRICA
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Comentários:
Desejamos obter a tensão entre os terminais do voltímetro, que é ideal, por ter
uma elevada resistência, de 10 MΩ, comportando então como um circuito
aberto. Como se deseja a tensão, vamos seguir direitinho os passos que
aprendemos da analise nodal, não tem erro!

1 e 2º Passo: O nó de referência já foi posto pela questão, e os demais nós são


mostrados no circuito abaixo, escolhemos como desejamos, lembrando que nó
é ponto de conexão de dois ou mais elementos.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
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3º Passo: Vamos escrever as equações de cada nó:

Nó 1 e 4: Como entre o nó 1 e o nó 4 existe uma fonte de tensão, temos a


formação de um superno, aonde devemos escrever duas equações, a primeira
associada a fonte de tensão. Como o polo positivo está ligado ao nó 1, vamos
começar com ele na expressão:

A segunda equação é associada a LKC, contabilizando todas correntes que


entram e saem do superno, que é a fusão do nó 1 e 4. Observando que nas
equações os nós 1 e 4 sempre virão a frente, como já comentado.

Multiplicando nossa expressão acima por 100, temos:


ENGENHARIA ELÉTRICA
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Nó 2: Temos: (observe que o nó 2 sempre vem a frente)

Multiplicando toda expressão por 200.

Nó 3 e 5: Como entre o nó 3 e o nó 5 existe uma fonte de tensão, temos a


formação de um superno, aonde devemos escrever duas equações, a primeira
associada a fonte de tensão. Como o polo positivo está ligado ao nó 5, vamos
começar com ele na expressão:

João Pedro da Cunha Filho


A segunda equação é[email protected]
associada a LKC, contabilizando todas correntes que
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entram e saem do superno, que é a fusão do nó 3 e 5. Observando que nas
equações os nós 3 e 5 sempre virão a frente.

Multiplicando por 100 a expressão, temos:

4º Passo: Resolvendo o sistema linear formado por:


ENGENHARIA ELÉTRICA
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A resposta é:

O voltímetro mede a tensão 𝑣3 em relação a 𝑣2 , pois o positivo está ligado ao nó


3. Logo a tensão medida é:

Resposta: Letra A

Análise de Malhas

A análise de malhas, como a análise nodal, constitui uma poderosa ferramenta


na resolução de circuitos, utilizada quando queremos obter a corrente em um
dado trecho do circuito. Essa técnica tem por base a LKT em associação com a lei
de Ohm, de modo a expressar as tensões do circuito em termos das correntes
de malha, entenda por corrente de malha, a corrente que existe em cada uma
João Pedro da Cunha Filho
das malhas do circuito,[email protected]
percorrendo o caminho fechado.
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A seguir vamos mostrar as etapas para executar bem a análise de malhas, com
base no circuito da Figura 8.

1) A primeira etapa consiste em atribuir as correntes de malha, buscando


sempre colocar no sentido horário, como temos três malhas temos três
correntes de malha (𝑖𝑖1, 𝑖𝑖2, 𝑖𝑖3), como vemos abaixo.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

2) Aplique a LKT a cada uma das malhas, ou seja, o somatório das tensões em
cada malha é zero, entretanto a lei de Ohm deve ser usada para expressar as
tensões em termos das correntes de malha. Nesta etapa devemos ter cuidado
com dois casos particulares:

A) Fonte de corrente em uma única malha: Nesse caso a corrente de


malha assumi o próprio valor da fonte de corrente, só tome cuidado com o
sentido.

João Pedro da Cunha Filho


B) Fonte de corrente entre duas malhas (compartilhada): Nesse caso
[email protected]
criamos uma supermalha,121.696.206-56
que é a junção das duas malhas que
compartilham a fonte de corrente. Para a supermalha devemos escrever
duas equações, uma usando a LKT, percorrendo o caminho fechado das
malhas juntas, e a outra que é a diferença das correntes de malha que
formam a supermalha igual o valor da fonte de corrente. Vamos aplicar o
passo dois no nosso circuito exemplo.

Análise da malha 1: Observe que nesta malha nós temos uma fonte de
corrente que somente pertence a essa malha, logo, temos que a corrente de
malha é igual a corrente da fonte, e como elas tem o mesmo sentido, o sinal é
positivo, logo:

Análise das malhas 2 e 3: Estamos analisando estas duas malhas em conjunto


pois elas constituem uma supermalha, afinal elas compartilham a mesma fonte
de corrente.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Para a supermalha vamos escrever duas equações, a primeira relacionada à


fonte de corrente compartilhada:

Como a corrente de malha 𝑖 3 está no mesmo sentido da fonte de corrente


compartilhada, ela deve vir primeiro na expressão, posteriormente subtraída da
outra corrente de malha e igualada ao valor da fonte de corrente.
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
A segunda equação é escrita usando a LKT, porém escrevendo as tensões em
121.696.206-56
termos das correntes de malha, para isso basta lembrar que 𝑣 = 𝑅 ∙ 𝑖. A malha
que está sendo analisada sempre vem primeiro nos termos da equação,
portanto temos:

3) Resolver as equações simultâneas obtidas para obter as correntes de malha.


Se temos 3 malhas, devemos ter 3 equações, como obtemos.

Pra não esquecer na hora da prova vamos esquematizar?


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Vamos usar a técnica da análise de malhas para resolver um circuito?

(UFRN/COMPERVE/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2018) A figura ao lado


representa um circuito contendo fontes de corrente e tensão.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

A corrente I0 nesse circuito é:


A) 2 A
B) -2 A
C) 0,5 A
D) -0,5 A
E) 1 A

Comentários:
Vamos seguir os passos que aprendemos da análise de malhas para mandar
bem!

1º Passo: Vamos atribuir as correntes de malha.


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

2º Passo: Vamos escrever as equações de cada malha:

Malha 1: Observe que a malha 1 cai naquele caso que discutimos, uma fonte de
corrente em uma única malha, desta forma a corrente de malha assume o
mesmo valor da fonte de corrente, pois tem o mesmo sentido.

Malha 2 e 3: Vamos analisar essas malhas em conjunto pois observe que temos
aí uma formação de supermalha (destacado
João Pedro em vermelho),
da Cunha Filho com uma fonte de
[email protected]
corrente compartilhada entre duas malhas.
121.696.206-56

A primeira equação da supermalha vem da fonte de corrente compartilhada,


como a corrente de malha 𝑖2 tem o mesmo sentido da fonte de corrente, temos:

A segunda equação da supermalha é conseguida aplicando a LKT no caminho


fechado.

Organizando a equação temos:

3º Passo: Resolvendo o sistema linear formado por:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Conseguimos os valores das correntes de malha:

A corrente solicitada que é 𝐼0 se situa entre duas malhas, a 1 e a 2. Para o cálculo


certo, preste atenção na direção de 𝐼0 , que é para baixo. A corrente de malha
que tem essa direção é 𝑖1 , portanto ela deve vir primeiro na equação, logo:

Resposta: Letra B

João Pedro da Cunha Filho


(IFB/IFB/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2017) Para o circuito mostrado na figura a
[email protected]
seguir, obtenha as correntes de malha 𝐼1 , 𝐼2 e 𝐼3.
121.696.206-56

A) I1 = 3 A, I2 = 1 A e I3 = 0,5 A
B) I1 = 5 A, I2 = 1 A e I3 = 1 A
C) I1 = 5 A, I2 = 1 A e I3 = 0,5 A
D) I1 = 5 A, I2 = 2 A e I3 = 0,5 A
E) I1 = 3 A, I2 = 1 A e I3 = 1 A

Comentários:
Vamos seguir os passos que aprendemos da análise de malhas para mandar
bem!

1º Passo: A banca na questão já propôs as correntes de malha, portanto este


passo não é necessário.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

2º Passo: Vamos escrever as equações de cada malha:


Como não temos fonte de corrente no circuito, não temos nem caso 1, nem caso
2.

Malha 1: Aplicando a LKT tem-se:

Malha 2: A equação é dada por:

Malha 3: A equação é dada por:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
3º Passo: Resolvendo o sistema 121.696.206-56
linear formado por:

Conseguimos os valores das correntes de malha:

Resposta: Letra C

Transformações de Fontes

A transformação de fontes consiste na transformação do circuito, pela


mudança da fonte e posição da resistência, trabalhando assim com o
conceito de circuito equivalente, isto é, que após tais mudanças o circuito
seguirá naquele ponto fornecendo os mesmos valores de tensão e corrente. Na
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

literatura mais antiga, pode-se encontrar a transformação de fontes com o


nome de transformação de Thévenin-Norton.

A transformação de fontes consiste em, caso se tenha uma fonte de tensão em


série com uma resistência, modificar o circuito para uma fonte de corrente em
paralelo com essa mesma resistência. O valor da fonte de corrente é dado pela
lei de Ohm ( = / ) e o valor da resistência permanece inalterado, mudando
somente seu posicionamento. Podemos observar esse processo na Figura 9.

Caso se tenha uma fonte de corrente em paralelo com uma resistência,


João Pedro da Cunha Filho
modifica-se o circuito para uma fonte de tensão em série com essa mesma
[email protected]
resistência. O valor da fonte de 121.696.206-56
tensão é dado pela lei de Ohm ( = ∙ ) e o valor da
resistência permanece inalterado, mudando somente seu posicionamento.
Podemos observar esse processo na Figura 10.

Essa técnica será útil visando reduzir ou simplificar o circuito, quando através da
transformação for possível associar as resistências do circuito.

Fácil, mas útil...vamos praticar para provar isso!


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

(FGV/ALERJ/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2017) A figura abaixo apresenta um


circuito composto por uma fonte CC com ddp igual a 30 V, seis resistores com
valores iguais a R e uma carga elétrica resistiva de valor igual a 2R.

Sabendo-se que R é igual a 1Ω, a corrente elétrica que flui na carga é igual a:
A) 0,5 A
B) 1,0 A
C) 1,5 A
D) 2,0 A
E) 2,5 A

Comentários:
Inicialmente vamos reescrever o circuito
João Pedro dasubstituindo
Cunha Filho os valores dados:
[email protected]
121.696.206-56

O circuito, após essa associação é dado por:

Como temos uma fonte de tensão em série com uma resistência, vamos realizar
a transformação de fontes.

O circuito após o paralelo é dado por:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Realizando mais uma vez a transformação de fontes, temos:

Cujo circuito resultante é:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Feita a transformação de fontes, temos:

Após feito o paralelo entre os resistores, temos:

Finalmente, feita uma última transformação de fonte, temos:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Agora que reduzimos o circuito em uma única malha, temos que a corrente na
carga é dado por:

Resposta: Letra B

Teorema de Thévenin

Aprender o Teorema de Thévenin é fundamental para sair bem numa prova de


concurso, sempre existira uma questão que envolva esse tema. O nome
complicado do teorema é devido a homenagem ao seu criador.
João Pedro da Cunha Filho
O Teorema de Thévenin consiste em uma técnica em que uma parte do circuito
[email protected]
121.696.206-56
elétrico selecionado é substituído por um circuito equivalente simples, composto
somente de uma fonte de tensão em série com uma resistência. A fonte de
tensão obtida é chamada de tensão de thévenin (𝑉th ) e a resistência de
resistência de thévenin (𝑅 th), como ilustra a Figura 11.

Nas questões de concurso, o grande objetivo então é obter a tensão e a


resistência de thévenin. Para isso vamos ver os passos que devemos seguir para
aplicar o método utilizando o circuito exemplo da Figura 12.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

1) O primeiro passo consiste em selecionar a parte do circuito em que se deseja


obter o circuito equivalente, mas nas provas já é indicado qual parte do circuito
deve ser analisada. Para o nosso circuito exemplo, o trecho escolhido é à
esquerda dos terminais a e b.

João devemos
2) Agora, na segunda etapa, Pedro dacalcular
Cunhaa Filho
tensão de Thévenin 𝑉th . Mas
[email protected]
onde está essa tal de tensão de Thévenin? Essa tensão se encontra nos
121.696.206-56
terminais aberto do trecho do circuito selecionado, e deve ser calculada
usando as técnicas de resolução que já aprendemos.

3) O último passo consiste em obter a resistência de Thévenin (𝑅 th), para isso


devemos desligar as fontes de tensão e corrente, as fontes de tensão tornam
curto-circuitos e as fontes de corrente circuitos abertos. A resistência de
Thévenin é a resistência equivalente a partir do terminal aberto, calculada
através de associações em série e paralelo de resistores.

Para não esquecer vamos esquematizar!


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Em associação com o Teorema de Thevènin temos o teorema da máxima


transferência de potência. Que nos diz qual a condição de acoplamento de
uma carga em um dado circuito para que ocorra a máxima transferência de
potência. Vamos ver como isso se dá?! Observe o circuito da Figura 13.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Nesse circuito desejamos obter o valor da resistência de carga 𝑅𝐿 que deve ser
conectada entre os terminais a e b do circuito para que ocorra máxima
transferência de potência. A primeira coisa a se fazer é obter o equivalente de
Thevenin a partir dos terminais da carga, resultando no circuito da Figura 14.

Uma vez feito isso, a resistência de carga, para ocorrer a máxima potência é:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

(11)
E essa potência vale:
(12)

Vamos aplicar esses passos em alguns exercícios?

(MPE-MS/FGV/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2013) Na figura a seguir tem-se um


circuito de corrente contínua, composta de uma fonte e três resistores. O
circuito equivalente de Thévenin, visto pelo resistor R (entre os pontos A e B), é
composto por:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
A) Uma fonte de 36 V e um resistor de 50 Ω.
B) Uma fonte de 36 V e um resistor de 12 Ω.
C) Uma fonte de 60 V e um resistor de 12 Ω.
D) Uma fonte de 60 V e um resistor de 30 Ω.
E) Uma fonte de 40 V e um resistor de 30 Ω.

Comentários:
1º Passo: Vamos reescrever o circuito, destacando o trecho solicitado que
devemos obter o equivalente de Thévenin.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

2º Passo: Para obter 𝑉th vamos resolver o circuito utilizando a LKT, observando
que o circuito é composto de uma única malha.

Repare que a tensão de Thévenin é igual à tensão no resistor de 30 Ω, portanto:

3º Passo: Vamos calcularJoão


𝑅 th, Pedro
lembrando que o primeiro
da Cunha Filho procedimento é anular
nesse caso a fonte de tensão, transformando-a em curto-circuito.
[email protected]
121.696.206-56

Vamos obter a resistência equivalente entre os terminais aberto. Para não ter
dúvidas se a associação de resistores está em série ou em paralelo, imagine
mentalmente no terminal A uma corrente entrando, observe que essa corrente
tem que dividir, passando um pouco em cada resistor, logo eles estão em
paralelo, pois em série a corrente deve ser a mesma. Portanto temos:

Feito isso, obtemos o nosso circuito equivalente, com uma tensão de Thévenin
de 36 V e uma resistência de Thévenin de 12 Ω.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Resposta: Letra B

Não foi solicitado, mas caso desejássemos saber o valor de R entre os terminais
a e b, que propiciassem máxima transferência de potência, saberíamos que o
valor seria de 12 Ω

(ALESGO/IADES/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2019) O teorema de Thévenin é


amplamente utilizado para simplificar a análise de circuitos. Com base no
circuito elétrico da figura apresentada, deseja-se determinar o circuito
equivalente de Thévenin entre os terminais A e B. Se 𝑉𝑡ℎ é a tensão equivalente
de Thévenin e 𝑅𝑡ℎ é a resistência equivalente de Thévenin, então

A) Vth = 10 V e R th = 1 Ω.
B) Vth = 10 V e R th = 2 Ω.
C) Vth = 10 V e R th = 3 Ω.
João Pedro da Cunha Filho
D) Vth = 30 V e Rth = [email protected]
Ω.
E) V th = 30 V e R th= 3 Ω. 121.696.206-56

Comentários:
1º Passo: Vamos reescrever o circuito, destacando o trecho solicitado que
devemos obter o equivalente de Thévenin.

2º Passo: Para obter 𝑉𝑡ℎ vamos resolver o circuito elétrico.


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A corrente aqui é integralmente de 10 A, que é o valor da fonte de corrente.

A corrente aqui é nula, pois o circuito está aberto!

A tensão de Thévenin é obtida pela malha externa mostrada na figura:

João Pedro da Cunha Filho


3º Passo: Vamos calcular 𝑅 th , lembrando que o primeiro procedimento é
[email protected]
anular as fontes, transformando a fonte de tensão em curto-circuito e a de
121.696.206-56
corrente em circuito aberto, como mostra o circuito abaixo.

Vamos obter a resistência equivalente entre os terminais aberto. Para não ter
dúvidas se a associação de resistores está em série ou em paralelo, imagine
mentalmente no terminal A uma corrente entrando, observe que essa corrente
flui igualmente entre todos os resistores, portanto estão em série. Logo temos:

Feito isso, obtemos o nosso circuito equivalente, com uma tensão de Thévenin
de 30 V e uma resistência de Thévenin de 3 Ω.

Resposta: Letra E
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

(CEFET-RJ/CESGRANRIO/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2014) No circuito da


Figura abaixo, deseja-se conectar um resistor entre os terminais x e y.

Para que a potência fornecida pela fonte ao novo componente seja máxima,
então, o valor, em ohms, de sua resistência deve ser de:

A) 2.
B) 3.
C) 4.
D) 6.
E) 8.
João Pedro da Cunha Filho
Comentários: [email protected]
121.696.206-56
De acordo com a teoria, sabemos que ocorrerá a máxima transferência de
potência quando a resistência da carga for exatamente igual a resistência de
thevenin, portanto o cálculo necessário aqui é de 𝑅𝑡ℎ.

Anulando a fonte de tensão, temos:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Logo 𝑅𝑡ℎ= 2 Ω, portanto para ocorrer a máxima transferência de potência , a


carga deve valer também 2 Ω.

Resposta: Letra A

Teorema de Norton

O Teorema de Norton consiste em uma técnica em que uma parte do circuito


elétrico selecionado é substituído por um circuito equivalente simples, composto
somente de uma fonte de corrente em paralelo com uma resistência. A fonte de
corrente obtida é chamada de corrente de Norton (𝐼𝑁) e a resistência de
resistência de Norton (𝑅𝑁), como ilustra a Figura 15.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Vamos ver os passos que devemos seguir para aplicar o método utilizando o
circuito exemplo da Figura 16.

1) O primeiro passo consiste em selecionar a parte do circuito em que se deseja


obter o circuito equivalente, mas nas provas já é indicado qual parte do circuito
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

deve ser analisada. Para o nosso circuito exemplo, o trecho escolhido é à


esquerda dos terminais a e b.

2) Agora, na segunda etapa, devemos calcular a corrente de Norton 𝐼 N . Mas


aonde está essa tal de corrente de Norton? Essa corrente se encontra no
curto-circuito realizado entre os terminais abertos, e deve ser calculada usando
as técnicas de resolução que já aprendemos.

3) O último passo consiste em obter a resistência de Norton (𝑅𝑁), para isso


João Pedro da Cunha Filho
devemos desligar as fontes de tensão e corrente, as fontes de tensão tornam
[email protected]
curto-circuitos e as fontes de corrente circuitos abertos. A resistência de Norton
121.696.206-56
é a resistência equivalente a partir do terminal aberto, calculada através de
associações em série e paralelo de resistores.

Vamos esquematizar!
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

É importante salientar que os circuitos equivalentes de Thevenin e Norton estão


intimamente relacionados, através de uma simples transformação de fontes,
como vemos na Figura 17.

Portanto as variáveis do circuito de Thevenin e Norton se relacionam da seguinte


forma:

(13)
João Pedro da Cunha Filho (14)
[email protected]
Chega de teoria, vamos pôr em prática:
121.696.206-56

(DPE-RJ/FGV/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2019) A respeito dos teoremas de


Norton e Thévenin, é correto afirmar que:

A) a corrente de Norton é igual à tensão de Thévenin dividida pela sua


resistência;
B) a fonte de corrente está em série com a resistência para o equivalente de
Norton;
C) a fonte de tensão está em paralelo com a resistência para o equivalente de
Thévenin;
D) a divisão da resistência de Thévenin pela de Norton é igual a um terço;
E) a tensão de Thévenin é igual à corrente de Norton dividida pela sua
resistência.

Comentários:
Como estudado na teoria, vimos que a corrente de Norton é igual a tensão de
Thévenin dividida pela sua resistência.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Resposta: Letra A

(TJ-GO/FGV/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2014) Um equivalente de Thèvenin


composto por uma fonte de 60 V e um resistor de 20 Ω corresponde a um
equivalente Norton composto por uma fonte de corrente e um resistor iguais a:

A) 6 A e 10 Ω ligados em série;
B) 3 A e 20 Ω ligados em série;
C) 6 A e 10 Ω ligados em paralelo;
D) 3 A e 20 Ω ligados em paralelo;
E) 2 A e 30 Ω ligados em paralelo.

Comentários:
A corrente de Norton é dada por:
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
A resistência de Norton é igual a resistência de Thevenin, logo 𝑅N = 20 Ω.
121.696.206-56
Portanto o equivalente de Norton é dado por uma fonte de corrente de 3 A em
paralelo com um resistor de 20 Ω.

Resposta: Letra D

Teorema da Superposição

Os circuitos elétricos são lineares, portanto, a aplicação do principio da


superposição é válida nos circuitos elétricos. Como será reforçado
posteriormente, nos circuitos de corrente contínua sua aplicação é opcional,
porém nos circuitos de corrente alternada excitado com fontes de frequência
distintas, é obrigatório.

Esse princípio nos diz que a tensão ou corrente em um dado elemento do


circuito, pode ser dada pela soma algébrica das tensões ou correntes naquele
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

elemento em virtude da atuação isolada de cada uma das fontes


independentes.

As etapas para aplicar o método são:

1) Desative todas as fontes independentes, exceto uma delas.

2) Encontre a tensão ou corrente no elemento solicitado utilizando a técnica de


circuito mais conveniente. Lembrando que uma fonte de tensão desativada é
um curto e uma fonte de corrente
João Pedrodesativada
da Cunhaé Filho
um circuito aberto.
[email protected]
121.696.206-56
3) Repita a etapa 2 para cada fonte.

4) Calcule a contribuição total somando algebricamente todas as contribuições


em razão das fontes independentes.

Vamos ver sua aplicação na prática.

(INFRAERO/FCC/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2011) Analise o circuito abaixo.

O valor da tensão V0 é igual a:

A) 10 V
B) 15 V
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

C) 5 V
D) 5,5 V
E) 50 V

Comentários:
Observe que não somos obrigados aqui a utilizar o princípio da superposição,
mas como temos mais de uma fonte independente, e desejamos ensinar este
método a você, concurseiro, vamos lá então!

Vamos inicialmente utilizar a fonte de 100 V, e anular a fonte de 50 V (torna-se


um curto). O circuito resultante é:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
Temos que 𝑉01 é a tensão 𝑉0 devido a somente a fonte de 100 V.
121.696.206-56

Vamos utilizar o método das correntes de malha, para calcular 𝑉01.

Malha I:

Malha II:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Resolvendo essas equações temos:

Logo temos que V01= 5 . (i1 - i2 ) = 5 . (1,33 - 0,67) = 3,3 V

Agora vamos utilizar a fonte de 50 V, e anular a fonte de 100 V (torna-se um


curto). O circuito resultante é:

João
Temos que 𝑉02 é a tensão Pedroa da
𝑉0 devido Cunha
somente Filhode 50 V Vamos utilizar o
a fonte
[email protected]
método das correntes de malha, para calcular 𝑉02 .
121.696.206-56

Malha I:

Malha II:

Resolvendo essas equações temos:

Logo temos que 𝑉02 = 5 . (i1 - i 2 ) = 5 . (-0,33 + 0,67) = 1,7 V


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Portanto temos que:

Resposta: Letra C

Teorema de Millman

O teorema de Millman estabelece as regras de associação em paralelo e em


série de fontes de tensão e de corrente, respectivamente.

Caso tenha-se fontes de tensão em paralelo, podemos reduzir esse conjunto a


uma única fonte de tensão. Na figura 17 vemos como isso acontece:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

A expressão de 𝐸 𝑒𝑞 para N fontes de tensão em paralelo é dado por:

(15)

A resistência equivalente do conjunto paralelo é dada por:

1 1 1 1
= + +... + (16)
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅𝑁
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Para fontes de corrente em série, podemos reduzir esse conjunto a uma única
fonte de corrente. Na figura 18 vemos como isso acontece:

A expressão de 𝐼eq para N fontes de corrente em série é dado por:

(17)

A resistência equivalenteJoão
do conjunto
Pedrosérie é dada por:
da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56 (18)

Teorema da Substituição

O Teorema da Substituição nos diz que uma vez conhecido a corrente e a tensão
em um dado ramo, esse ramo pode ser substituído por qualquer combinação de
componentes que mantenham inalterados a tensão e a corrente associados ao
ramo escolhido.

Tomemos como exemplo o circuito da Figura 19. Observe que conhecemos a


tensão e a corrente no ramo entre os pontos a-b, a corrente que circula no
trecho é de 3 A e a tensão de 12 V.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

O Teorema da Substituição nos diz que o elemento do ramo conhecido, nesse


caso o resistor de 4 Ω, pode ser substituído por qualquer outro elemento, desde
que no ramo continue a ter 12 V e a corrente de 3 A. Na Figura 20 vemos a
escolha de substituição.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

A substituição escolhida foi de uma fonte de corrente em paralelo com uma


resistência, observe que o potencial no resistor é de 12 V, e por estar em
paralelo com a fonte de corrente, consequentemente seu potencial também é
de 12 V, logo a tensão no ramo permanece inalterada. A fonte de corrente
produz 2 A, e quando associada com a corrente no resistor de 12 Ω, que é de 1
A, perfaz uma corrente total no ramo de 3 A, portanto não alterando o circuito.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Teorema da Reciprocidade

O Teorema da Reciprocidade, que é aplicável somente em circuitos com uma


única fonte, nos diz que a corrente medida em qualquer ramo do circuito, é igual
a corrente no ramo aonde estava a fonte, se ela for transferida para o ramo no
qual a corrente foi originalmente medida.

Observe o circuito da Figura 21, aonde no trecho a-b temos uma fonte de tensão
e no trecho c-d a medição de uma corrente 𝐼 qualquer.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

O Teorema nos diz que se retirarmos a fonte 𝐸 do trecho a-b e transferirmos


para o trecho c-d, a corrente originalmente medida como sendo 𝐼 no trecho c-d,
agora surgirá no trecho a-b do circuito modificado, como exposto na Figura 22.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

QUESTÕES EXTRAS

(LIQUIGÁS/CESGRANRIO/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2018) Considere o circuito


elétrico composto por um arranjo de resistores, mostrado na Figura a seguir:

Qual o valor, em ohms, da resistência equivalente, medida entre os pontos 1 e


2?

A) 12,0
B) 9,6
C) 8,0
D) 5,8 João Pedro da Cunha Filho
E) 4,6 [email protected]
121.696.206-56
Comentários:
Vamos identificar os resistores que estão em série e em paralelo até obtermos
uma única resistência.

Temos em paralelo um resistor de 30 e um curto, lembrando que o curto tem


resistência nula.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

O raciocínio usado para dizer que os resistores estão em paralelo já foi


mencionado anteriormente, basta imaginar uma corrente entrando no terminal
1, e como ela precisa se dividir entre os resitores, os mesmos estão em paralelo.

Portanto a resistência equivalente é de 8 Ω.

Resposta: Letra C
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
(AL-RO/FGV/ANALISTA LEGISLATIVO - ENGENHARIA ELÉTRICA - 2018)
121.696.206-56

Para o circuito apresentado na figura acima, determine o valor VA.

A) 4,5
B) 1,0
C) 3,5
D) 7,0
E) 9,0
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
Este circuito é composto somente por fontes de corrente, o que nos indica que
resolver utilizando o método das correntes de malha é a melhor forma,
gastando o menor tempo. Como vimos nesse método, temos 3 passos a
executar, que detalharemos aqui:

1º Passo: Atribuir as correntes de malha, buscando colocar no sentido horário.

João
2º Passo: Vamos escrever Pedro da
as equações Cunha
para Filho usando a LKT. Observe
cada malha
[email protected]
que as malhas 1, 2 e 3 se enquadram naquele caso que discutimos, de fonte de
121.696.206-56
corrente em apensas uma única malha, nesse caso a corrente de malha é o
próprio valor da fonte de corrente. Então:

I = -3 A (negativo, pois a fonte tem sentido contrário ao da corrente de malha)


Nos resta obter a expressão para a malha 4:

Organizando a equação temos:

Substituindo os valores de 𝑖1 , 𝑖2 e 𝑖3 que obtemos, chegamos ao valor de 𝑖4, e


finalmente obtendo todas as correntes de malha.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Com todas as correntes de malha obtidas, podemos determinar 𝑉𝐴, usando


simplesmente a Lei de Ohm. Se atribuirmos o sentido da corrente em 𝑉𝐴 para
baixo, a corrente que concorda com esse sentido é 𝑖1 , com 𝑖4 no sentido
contrário, afinal este ponto se encontra compartilhado entre as malhas 1 e 4.
Matematicamente temos:

Resposta: Letra C

(TRF2/FCC/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2012) Considere o circuito abaixo:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

A) 10 V e 100 Ω
B) 10 V e 200 Ω
C) 15 V e 100 Ω
D) 15 V e 200 Ω
E) 30 V e 200 Ω

Comentários:
O 1º passo que é determinar o trecho do circuito que devemos obter o
equivalente de Thevenin já nos foi fornecido, que é a partir dos terminais X-Y.

2º Passo: Vamos calcular a tensão de Thévenin, como mostra o circuito abaixo:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Para obter 𝑉𝑡ℎ primeiro vamos resolver o circuito usando o método das
correntes de malha, como desenvolvemos a seguir:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
Malha 1: A fonte de corrente de 200 mA se encontra somente na malha 1, logo a
121.696.206-56
corrente 𝑖1 é igual ao valor da fonte.

Malha 2: Aplicando a LKT nessa malha temos,

De posse das correntes de malha podemos calcular 𝑉th . Observe que essa
tensão é idêntica ao do resistor de 200 Ω, logo:

3º Passo: Vamos calcular a resistência de Thévenin, inicialmente anulando as


fontes de tensão e corrente. Esse procedimento é feito com o circuito original.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Chegamos a uma única resistência, assim 𝑅𝑡ℎ = 200 Ω.

Resposta: Letra D

(DETRAN-CE/UECE-CEV/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2018) Considerando o circuito


elétrico acima representado, é correto afirmar que o valor, em V, da tensão
elétrica de 𝑉𝑋𝑌 é:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A) -4
B) 2
C) 14
D) 18

Comentários:
Como o circuito é composto por muitas fontes de corrente, vamos resolver o
mesmo se valendo do método das correntes de malha. Como mostrada na
figura abaixo:

João Pedro da Cunha Filho


Na malha 1, temos: [email protected]
121.696.206-56

Na malha 2 temos a presença do caso 1, logo:

Novamente na malha 3 temos o caso 1, dado por:

Onde 𝑖 que a variável de controle da fonte de corrente, que vale:

Logo,

Resolvendo o sistema formado pelas equações, temos:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Usando o caminho abaixo, uma vez já calculada as correntes de malha, obtemos


𝑉𝑋𝑌.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Resposta: Letra C

(PETROBRAS/CESGRANRIO/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2018) O circuito elétrico


resistivo mostrado na Figura a seguir, cujos valores resistivos estão impressos
no circuito, é alimentado por uma fonte de tensão contínua:

Conectando-se os bornes de um amperímetro ideal, entre os pontos 1 e 2 do


circuito, para realizar uma medida de corrente, o valor obtido, em mA, será:

A) 10
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

B) 15
C) 20
D) 25
E) 30

Comentários:
Um amperímetro ideal se comporta como um curto-circuito, portanto entre os
bornes 1 e 2 estabelecemos um curto, e a corrente que passa no curto é a
corrente registrada pelo amperímetro. O circuito é dado por:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
Vamos resolver o circuito utilizando o método das correntes de malha,
121.696.206-56
observando que não há presença do Caso 1 e 2, dado a ausência de fontes de
corrente.

Malha 1:

Malha 2:

A malha 3 não existirá, pois o curto circuito elimina os resistores que estão em
paralelo com ele, nesse caso o de 400 e 200 Ω, indicado no circuito.

Resolvendo o sistema temos:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A corrente que circula no amperímetro é equivalente a 𝑖2 , logo 20 mA.

Resposta: Letra C

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

CIRCUITOS ELÉTRICOS EM CORRENTE ALTERNADA

Os circuitos em corrente alternada (CA) são caracterizados por serem


alimentados por fontes senoidais. Um sinal senoidal (pode ser uma função seno
ou cosseno) pode ser escrito pela expressão (19).
(19)

A senóide é uma função periódica, que apresenta frequência linear 𝑓 em hertz


(Hz). A relação entre a frequência angular e a frequência linear é dada por (20).

(20)

Para resolver um circuito CA é necessário converter a senóide do domínio do


tempo para a frequência.João Pedro
A senóide noda Cunha
domínio daFilho
frequência é conhecida como
[email protected]
fasor. Dominar a teoria fasorial é essencial neste conteúdo.
121.696.206-56

O fasor é um número complexo, que pode ser escrito na forma retangular:

(21)

Ou na forma polar:

(22)

Para converter da forma retangular para a forma polar devemos utilizar a


expressão (23).

(23)
E para converter da forma polar para a retangular a expressão (24).

(24)
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A adição e subtração de números complexos é melhor realizada na forma


retangular, enquanto a multiplicação e divisão deve ser executada na forma
polar.

Vamos então aprender a converter os elementos de um circuito do domínio do


tempo para a frequência?

Fasores

O fasor correspondente a uma senóide no domínio da frequência, seja tensão


(V^) ou corrente (^I), e é dado por:

João Pedro da Cunha Filho


Domínio do tempo Domínio da frequência
[email protected]
121.696.206-56
A seta biunívoca indica que podemos converter do domínio do tempo para a
frequência e vice-versa.

Os outros elementos, como resistência, indutor e capacitor também devem ser


transformados de modo a poder resolver um circuito CA. Ao fazer isso, todos
esses elementos funcionam como uma resistência em corrente alternada,
conhecida como impedância. Mas preste atenção, a impedância é um número
complexo, não um fasor, pois não tem correspondência no domínio do tempo.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A impedância resistiva é o próprio valor da resistência:

(25)

A impedância indutiva é dada por:

(26)

A impedância capacitiva é dada por:

(27)

Onde aqui, para nós 𝑗 é a unidade imaginária, que equivale a − 1.

Vimos que temos um análogo à resistência em corrente alternada, que é a


João
impedância. Aí você deve Pedro
estar da Cunha Filho
se perguntando, será que tem uma equação
[email protected]
parecida com a lei de Ohm, mas em circuitos CA? Temos sim! E é conhecida
121.696.206-56
como lei de Ohm fasorial, matematicamente dada pela expressão (28).

(28)

Sabendo dessas informações essenciais, considere o circuito exemplo da Figura


23 para podermos praticar a conversão de um circuito do domínio do tempo
para a frequência.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

O primeiro passo é identificarmos a frequência angular do sistema, essa


frequência está na fonte junto do termo 𝑡, e para o nosso exemplo é 2 rad/s. Em
seguida vamos converter as fontes de energia (tensão ou corrente) para o
domínio da frequência. Convertendo a fonte de tensão:

Convertendo fonte de corrente:

Estudamos que os resistores não precisam ser convertidos. Então devemos nos
preocupar com os capacitores e os indutores.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
Portanto, o circuito no domínio da frequência é dado por:

Agora que já aprendemos a converter um circuito do tempo para a frequência,


vamos aprender as técnicas de resolução?

Técnicas de Resolução de Circuitos Alternados

Para resolver um circuito CA devemos sempre seguir as seguintes etapas:

A) Transformar o circuito para o domínio da frequência (fasores);


B) Solucionar o problema usando as técnicas de resolução de circuitos;
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

C) Se necessário transformar o fasor resultante para o domínio do tempo.

As técnicas de resolução de circuitos em corrente alternada são idênticas às


estudadas nos circuitos de corrente contínua, porém agora vamos resolver os
cálculos com números complexos. Mas não vamos deixar de recapitular as
técnicas, se liga então na esquematização abaixo.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Sempre é bom praticar, então não vamos perder o hábito!

(UFC/CCV-UFG/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2017) A tensão de Thévenin entre


os terminais “a” e “b” do circuito da figura abaixo é igual a:

A) 23 + 𝑗 ∙ 32
B) 20 + 𝑗 ∙ 35
C) 25 + 𝑗 ∙ 20
D) 25 − 𝑗 ∙ 25
E) 25 + 𝑗 ∙ 25
João Pedro da Cunha Filho
Comentários: [email protected]
O circuito já está convertido para o domínio da frequência. Antes de obtermos a
121.696.206-56
tensão de Thévenin, vamos simplificar o circuito através da associação de
impedâncias.

O paralelo dos resistores é dado por:

O paralelo das impedâncias indutivas é dado por:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

O paralelo das impedâncias capacitivas é dado por:

O circuito simplificado fica como mostrado abaixo:

A corrente neste circuito de uma única malha é conseguida aplicando a LKT.

João
A tensão de Thévenin se Pedro
encontra no da Cunha
resistor, Filho
logo vamos aplicar a lei de Ohm
[email protected]
fasorial.
121.696.206-56

Resposta: Letra D

(UFES/UFES/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2017) Um circuito que contém uma


impedância Z é alimentado pela rede monofásica com tensão dada por: v(t) =
√2.127 cos(377t) V. Nessa condição, a corrente na rede de alimentação é i(t) =
√2.12,7 cos(377t - 30°) A. Pode- se afirmar que a impedância Z é de:

A) 8,66 − 𝑗 ∙ 5
B) 10 + 𝑗 ∙ 5
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

C) 8,66 + 𝑗 ∙ 5
D) 10 − 𝑗 ∙ 5
E) 5,8 + 𝑗 ∙ 5,8

Comentários:
Para calcular a impedância devemos aplicar a lei de Ohm fasorial, mas antes
temos que converter a tensão e corrente fornecidas para o domínio da
frequência.

A impedância é dada por:

Conseguimos o valor da impedância, mas está na forma polar, devemos


João Pedro da Cunha Filho
converter para a forma retangular.
[email protected]
121.696.206-56

Resposta: Letra C

(COPEL)/NC-UFPR/ENGENHEIRO ELETRICISTA JÚNIOR - 2017) No circuito ao


lado, uma fonte de corrente alternada alimenta um circuito RLC. Assinale a
alternativa que apresenta corretamente os valores das amplitudes da corrente
no resistor R1 e da queda de tensão no resistor R2, quando o circuito opera em
regime permanente.

A) 0 mA e 0 mV
B) 5 mA e 50 mV
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

C) 5 mA e 100 mV
D) 10 mA e 50 mV
E) 10 mA e 100 mV

Comentários:
Inicialmente vamos simplificar o circuito colocando os dois resistores em
paralelo:
10 . 10
10 + 10
=5

Agora devemos converter o circuito para o domínio da frequência. Para isso


devemos usar o valor daJoão
frequência
Pedroangular de 1000
da Cunha rad/s. Convertendo a fonte
Filho
de corrente: [email protected]
10 cos(1000t) mA ↔ 10⌊0° mA
121.696.206-56
Lembramos que o resistor não precisa ser convertido. Então devemos converter
o capacitor e o indutor.

Capacitor de 150 nF

Indutor de 1 mH

Feito isso temos o circuito no domínio da frequência:

A tensão no resistor é conseguida aplicando a lei de ohm fasorial.


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

De posse desse valor podemos calcular a corrente no resistor 𝑅1 .

Resposta: Letra B

(IF-PA/IF-PA/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2019) Um circuito de corrente


alternada é constituído de duas impedâncias em paralelo; Z1= 20⌊0° Ω, Z2=
20⌊90° Ω. A alternativa CORRETA para a impedância equivalente do circuito é:

A) 40⌊0°Ω

B) 20⌊0°Ω
João Pedro da Cunha Filho
C) 40⌊90°Ω [email protected]
121.696.206-56
20
D) ⌊90°Ω
2

20
E) ⌊45°Ω
2

Comentários:
Como as duas impedâncias estão em paralelo, temos que realizar o produto
pela soma, porém calculado com números complexos:

Resposta: Letra E
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

(ALESGO/IADES/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2019)

Fasores permitem a análise de circuitos AC em regime permanente, sem a


necessidade de resolver equações diferenciais explicitamente.

Considerando um circuito RLC em série, alimentado por uma fonte AC, conforme
a figura, assinale a alternativa que indica a expressão da corrente i(t) no circuito,
em regime permanente.

A) i(t) = 10 cos(t + 45°) A João Pedro da Cunha Filho


B) i(t) = 10 cos(t + 60°) [email protected]
C) i(t) = 10 cos(t + 30°) A 121.696.206-56
D) i(t) = 5 cos(t + 60°) A
E) i(t) = 5 cos(t + 30°) A

Comentários:
Como o circuito está em série, podemos calcular a corrente como sendo a
tensão dividida pelo somatório das impedâncias. Mas não se esqueça meu
jovem/minha jovem o primeiro passo é converter o circuito para o domínio da
frequência.

Para isso devemos usar o valor da frequência angular de 1 rad/s. Convertendo a


fonte de tensão:

Lembramos que o resistor não precisa ser convertido. Então devemos


converter o capacitor e o indutor.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Capacitor de 1 F

Indutor de 1 H

O circuito convertido torna-se:

Logo a corrente será calculada como sendo:


João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56
Essa é a resposta no domínio da frequência, desejamos a resposta no domínio
do tempo, bastando então utilizar como base o tipo de função da fonte,
obtendo:

Resposta: Letra B

(CESGRANRIO/CEFET-RJ/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2014) O circuito elétrico


da Figura abaixo mostra a associação de 3 impedâncias complexas, dadas em
ohms.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A impedância equivalente, em ohms, entre os pontos 1 e 2 do circuito é:

A) 10 + 𝑗20 Ω
B) 10 + 𝑗5 Ω
C) 5 + 𝑗10 Ω
D) 20 + 𝑗5 Ω
E) 10√2⌊45° Ω

Comentários:
Vamos obter a impedância equivalente, utilizando o conceito de impedância em
série e paralelo.

João Pedro da Cunha Filho


Realizando o paralelo, temos:
[email protected]
121.696.206-56

O circuito fica da seguinte forma:

Logo, a impedância equivalente é dada por:

Resposta: Letra B

Se as técnicas de resolução para os circuitos de corrente alternada são


semelhantes aos de corrente contínua, o mesmo não podemos dizer do cálculo
da potência, como vamos ver a seguir.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Potência em Circuitos CA

Em circuitos CA temos diversos tipos de potência, sendo a que nos propicia


derivar todas as outras é a potência complexa (𝑆), cuja unidade é o volt-ampère
(VA), dada pela expressão (29).
(29)

O símbolo ∗ indica a operação de conjugado, onde na forma retangular se


inverte o sinal da parte imaginária e na forma polar se inverte o valor da fase.

O fasor tensão é dado por:

(30)

O fasor corrente é dado por:

João Pedro da Cunha Filho (31)


[email protected]
121.696.206-56
Se substituirmos as equações (30) e (31) em (29), vamos ter:
(32)

Que na forma retangular é dada por:

(33)

O produto 𝑉𝑒𝑓 ∙ 𝐼𝑒𝑓 é o módulo da potência complexa |𝑆|, conhecido como


potência aparente, dado em VA.

A parte real da potência complexa, dada por 𝑃, é conhecida como potência


ativa, cuja unidade é o watts (W). A potência ativa também é conhecida como
potência útil ou dissipada, é a potência que efetivamente é transferida para a
carga. Somente resistores consomem potência ativa, enquanto indutores e
capacitores consomem um valor nulo.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A parte imaginária da potência complexa, dada por 𝑄, é conhecida como


potência reativa, cuja unidade é o volt-ampère-reativo (var). A potência reativa
não produz energia útil, e está associada a campos elétricos e magnéticos.
Capacitores e indutores consomem potência reativa, enquanto que em
resistores o valor é nulo.

Adicionalmente a potência ativa e reativa podem ser calculadas através da


expressão (34).

(34)

O ângulo (θ𝑣 − θ𝑖) que aparece na expressão (32) é a diferença entre o ângulo da
tensão e da corrente em certo elemento, ele aparece tanto na potência
complexa, quanto na impedância, saber dessa informação é muito importante, e
sempre é cobrado nas provas. O cosseno desse ângulo é conhecido como fator
João Pedro da Cunha Filho
de potência, como mostrado por (35).
[email protected]
121.696.206-56
(35)

Se o ângulo é positivo dizemos que o fator de potência é indutivo (ou atrasado),


se for negativo o fator de potência é caracterizado como capacitivo (ou
adiantado). Para cargas puramente resistivas o fator de potência é unitário,
enquanto para cargas puramente indutivas ou capacitivas o fator de potência é
nulo.

Vamos praticar para consolidar esse conhecimento?

(ALERJ/FGV/ESPECIALISTA LEGISLATIVO - ENGENHARIA ELÉTRICA - 2017) Uma


fonte alternada de 220∠5° V alimenta uma carga monofásica de 100∠-75°Ω . A
potência complexa solicitada por essa carga é igual a:

A) 484∠85°
B) 484∠-75°
C) 22000∠-70°
D) 22000∠-80°
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

E) 22000∠80°

Comentários:
Para resolvermos está questão temos que lembrar de duas equações, a da
potência complexa e da Lei de Ohm Fasorial.

Vamos substituir a corrente obtida através da Lei de Ohm Fasorial na expressão


da potência complexa.

Portanto temos:

Resposta: Letra B
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56
(TRT 11ºREGIÃO/FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO - ENGENHARIA ELÉTRICA - 2017)
Considere o circuito abaixo, operando em 60 Hz.

O fator de potência do circuito (cos ϕ) é, aproximadamente:

A) 0,92
B) 0,8
C) 0,45
D) 0,85
E) 0,6

Comentários:
Inicialmente vamos converter o indutor para o domínio da frequência:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Portanto a impedância equivalente do circuito é:

Vimos que o ângulo (θ𝑣 − θ𝑖) está presente tanto na potência complexa quanto
na impedância, dessa forma através da impedância temos (θ𝑣 − θ𝑖) = 53,13°.

Então o fator de potência é calculado como:

Resposta: Letra E

(UFES/UFES/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2017) A potência ativa total do circuito, a


Joãode
seguir, alimentado pela fonte Pedro
tensãoda Cunha Filho
monofásica com tensão eficaz de 50 V é:
[email protected]
121.696.206-56

A) 550 W
B) 500 W
C) 325 W
D) 300 W
E) 250 W
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
Para calcular a potência ativa total primeiramente vamos calcular as correntes
𝐼𝐼1 e 𝐼𝐼2.

Como a fonte de tensão está em paralelo com as cargas, as correntes são


facilmente obtidas através da lei de Ohm fasorial:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Lembramos aqui que somente os resistores consomem potência ativa, assim a


potência ativa total é devido ao consumo dos resistores de 3 Ω e 10 Ω. Dadas
por:

Portanto a potência ativa total é de 300+250=550 W.

Resposta: Letra A

(UFRRJ/UFRRJ/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2019) Para o circuito mostrado a


seguir, a corrente fornecida pela fonte é de:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A) 10 A
B) 12 A
C) 16 A
D) 20 A
E) 22 A

Comentários:
Esse tipo de questão é bem comum em concursos, e é importante, pois explora
diversos tipos de potência. Para obter a corrente na fonte, vamos partir do
principio que a potência complexa na fonte pode ser calculada por:
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56
A tensão nos já temos, desejamos a corrente, portanto precisamos calcular a
potência complexa da fonte, que é exatamente igual à soma potência complexa
das cargas, lembre-se do teorema da conservação da potência e que a potência
complexa pode ser escrita como 𝑆 = 𝑃 + 𝑗Q.

A primeira carga, foi nos apresentada uma potência ativa de 400 W e uma
potência reativa de 200 VAR, que por ser indutiva, assume valor positivo, logo:

A segunda carga, foi nos apresentada uma potência reativa de 800 VAR, que por
ser capacitiva, assume valor negativo, logo:

A terceira carga, foi nos apresentada uma potência ativa de 1200 W e uma
potência reativa de 600 VAR, que por ser capacitiva, assume valor negativo, logo:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A potência complexa total é igual a potência da fonte, logo:

Na forma polar, dado por: 2000⌊−36,87° 𝑉A.

O módulo da corrente vale:

Resposta: Letra D

(NC-UFPR/Prefeitura de Curitiba/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2019) O gerador


do circuito ao lado fornece uma tensão de forma de onda senoidal sem
distorção. Qual é a potência RMS fornecida por esse gerador?
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56

A) 100 W
B) 141 W
C) 200 W
D) 250 W
E) 282 W

Comentários:
Inicialmente vamos simplificar o circuito, colocando os dois capacitores em
paralelo. Sabemos que capacitâncias em paralelo se somam (no próximo
módulo do curso, falaremos mais sobre), logo a capacitância equivalente é dada
por 5 F + 5 F = 10 F.

Outra importante mudança, é que o valor da tensão foi dado em termos de pico
a pico, observe a notação 𝑉𝑝, inicialmente vamos converter para tensão de pico,
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

que é metade do valor, valendo 141 V. E para converter para tensão eficaz (ou
RMS), temos:

Feita essas considerações o circuito é dado por:

Vamos converter o circuito para o domínio da frequência. Dado por:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

A corrente que passa pelo circuito série, é dada por:

Portanto a potência no resistor vale:

Resposta: Letra D
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

QUESTÕES EXTRAS
(AL-RO/FGV/ANALISTA LEGISLATIVO - ENGENHARIA ELÉTRICA - 2018) Para o
circuito apresentado na figura a seguir:

O valor da potência total dissipada no resistor de 3 Ω, em kW, em regime


permanente, é:

A) 2,3 João Pedro da Cunha Filho


B) 3,3 [email protected]
C) 3,6 121.696.206-56
D) 1,2
E) 2,0

Comentários:
Temos um circuito em corrente alternada já convertido para o domínio da
frequência. Para calcular a potência dissipada no resistor de 3 Ω (potência ativa),
devemos resolver o circuito, obtendo a corrente neste resistor, para isso se
escolhe o método das correntes de malha. Vamos então executar OS passos do
método:

1º Passo: Vamos atribuir as correntes de malha ao circuito.


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

2º Passo: Vamos escrever as equações usando a LKT para a malha 1 e 2.

Malha 1: Nesta malha temos uma fonte de corrente, e que não é compartilhada
com outra malha, o que nos leva ao caso em que a corrente de malha é igual a
fonte de corrente, logo:

Malha 2: Aplicando A LKC nesta malha temos:

Vamos lembrar que a divisão de números complexos é melhor realizada na


forma polar, portanto o denominador deve ser transformado da forma
retangular para a polar.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
Logo:

De posse das correntes, podemos calcular a potência dissipada no resistor:

Resposta: Letra D

(TJ-SC/FGV/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2018) Um circuito composto por um


resistor de 40 Ω em série com um capacitor de 200 µF é alimentado por uma
fonte senoidal de 100 V. Sabendo-se que a corrente elétrica do circuito é de 2 A,
a frequência da fonte, em hertz, é:

A) 150/3π;
B) 187,5/3π
C) 250/3π;
D) 150/2π;
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

E) 250/2π.

Comentários:
O circuito que o enunciado cita pode ser dado por:

No domínio da frequência esse circuito pode ser dado em função de ω


(frequência angular), cujo valor ainda não temos.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

A corrente desse circuito é facilmente obtida através da Lei de Ohm Fasorial:

Mas o que o exercício fornece é o módulo da corrente, que é de 2 A, então


devemos obtê-lo:

Substituindo o valor da corrente, teremos:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

O que nós obtemos é a frequência angular (rad/s), mas é necessário a


frequência em Hz, assim:

Resposta: Letra C

(PREFEITURA DE SALVADOR/FGV/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR-


ENGENHARIA ELÉTRICAJoão Pedro
- 2017) dacarga
Uma Cunha Filho solicita da fonte de
monofásica
[email protected]
tensão de 50 ⌊40 ° V uma potência elétrica igual a 200 ⌊160° VA. A impedância
121.696.206-56
dessa carga é:

a) 12,5 ⌊ 120°;
b) 12,5 ⌊160°
c) 12,5 ⌊-40°;
d) 16 ⌊120°;
e) 16 ⌊160°.

Comentários:
Para resolvermos está questão temos que lembrar de duas equações, a da
potência complexa e da Lei de Ohm Fasorial.

Vamos substituir a corrente obtida através da Lei de Ohm Fasorial na expressão


da potência complexa.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Substituindo os valores numéricos temos:

Resposta: Letra B

(PETROBRAS/CESGRANRIO/ENGENHEIRO ELETRICISTA JÚNIOR - 2018) No


circuito de corrente alternada monofásico mostrado abaixo, foi utilizado um
multímetro para medir os valores eficazes da tensão VR na carga, da tensão VS
na fonte e da corrente IS entregue pela fonte ao circuito. Os valores medidos
estão anotados na Tabela a seguir:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Com base nos resultados medidos, conclui-se que o fator de potência do circuito
visto pela fonte de tensão VS é:

A) 0,5
B) 0,6
C) 0,8
D) 0,9
E) 1,0
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
Para calcular o fator de potência devemos utilizar a seguinte equação:

𝑃 é a potência ativa fornecida pela fonte. Mas vamos lembrar que o único
elemento que consome potência ativa é o resistor, portanto toda potência ativa
fornecida pela fonte é consumida pelo resistor de 200 Ω. Então podemos
calcular 𝑃 como sendo:

|𝑆| é a potência aparente da fonte, que é o produto do módulo da tensão pela


corrente, matematicamente dado por:

Portanto: João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Resposta: Letra C

(DPE-RS/FCC/ANALISTA - ENGENHEIRO ELETRICISTA JÚNIOR - 2017) Circuito


elétrico no qual a tensão (V) está adiantada em relação à corrente (I) de 45°. O
valor da potência aparente nessa situação é:

A) S = V.I
B) S = V.I². tg45°
C) S = V .I. cos45°
D) S = V .I². sen45°
E) S = V . I . sen45°
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
Esse exercício tenta nos enganar, mas como temos conhecimento, sabemos que
a potência aparente |𝑆| depende somente do produto do módulo da tensão
pela corrente, independendo totalmente de fase, portanto:

Resposta: Letra A

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

ELEMENTOS ARMAZENADORES DE ENERGIA

Diferentemente dos resistores, que somente dissipam energia, os indutores e


capacitores são elementos que armazenam energia, e que posteriormente
podem devolver essa energia ao circuito. O indutor armazena energia na forma
de campo magnético, enquanto os capacitores armazenam energia na forma
de campo elétrico.

Capacitores

Um capacitor é formado por duas placas condutoras separados por um


dielétrico, como mostra a Figura 24.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Como o capacitor é um elemento armazenador de energia na forma de campo


elétrico, e as fontes produtoras de campo elétrico são as cargas elétricas,
temos que a quantidade de cargas armazenadas no capacitor é proporcional a
tensão aplicada, dada pela expressão (36).
(36)

A constante de proporcionalidade 𝐶, é conhecida como capacitância, dada em


farad (F), e se refere a maior ou menor facilidade em se armazenar energia.

A capacitância depende inteiramente das propriedades geométricas do


capacitor, como área das placas e distância de separação das mesmas. Em (37)
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

temos uma expressão que relaciona para um capacitor de placas paralelas a


capacitância e as suas dimensões.
(37)

Onde 𝐴 é a área da placa, 𝑑 a distância de separação das placas e a


permissividade do material dielétrico que preenche o capacitor.

Sabemos que para resistores, a relação entre corrente e tensão é muito fácil,
dado pela lei de ohm, mas qual será a relação entre tensão e corrente em um
capacitor? Já te mostro agora, dada pela expressão (38).

(38)

Não se assuste por se tratar de uma derivada, pois ele ainda se comporta de
forma linear. Essa expressão é muito importante para nós, pois nos diz duas
coisas, e fique bem ligado, é muito
João Pedroexplorado nos concursos!
da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56

A energia armazenada, em joules (J), em um capacitor é dada por:

(39)

Se desejarmos associar capacitores, basta lembrar que faremos tudo ao


contrário dos resistores.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Para capacitores em paralelo, como mostra a Figura 25, a capacitância


equivalente é calculada conforme (40), adicionando as capacitâncias.

(40)

Para capacitores em série, como mostra a Figura 26, a capacitância equivalente é


calculada conforme (41).

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

(41)

Para o caso de duas capacitâncias em série, podemos calcular através do


produto pela soma.

(42)
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Indutores

Um indutor consiste em uma bobina de fio condutor, como mostra a Figura 27.

Ao se passar a corrente em um indutor, percebe-se que a tensão nele é


diretamente proporcional à taxa de variação da corrente, dado pela expressão
(43). João Pedro da Cunha Filho
[email protected] (43)
121.696.206-56
A constante de proporcionalidade 𝐿, é definida como indutância, dada em henry
(H), e se refere a maior ou menor facilidade em se armazenar energia no
indutor.

Como o resistor e o capacitor, o indutor é um elemento linear. A expressão (43)


nos diz duas coisas que sempre é cobrada nos concursos.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A energia armazenada, em joules (J), em um indutor é dada por:

(44)

Se desejarmos associar indutores, basta lembrar que faremos tudo exatamente


igual ao caso dos resistores.

Para indutores em série, como mostra a Figura 28, a indutância equivalente é


calculada conforme (45), adicionando as indutâncias.

(45)

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Para indutores em paralelo, como mostra a Figura 29, a indutância equivalente é


calculada conforme (46).

(46)

Para o caso de duas indutâncias em paralelo, podemos calcular através do


produto pela soma.

(47)
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Eu sei, foi muita coisa de uma vez só, mas vamos esquematizar, para ficar claro
na sua cabeça isso tudo!

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
Só vamos aprender bem esse conteúdo, praticando e muito. Aliás esse é o
mantra do nosso curso, fazer muitos exercícios de bancas tops!

(IADES/ALEGO/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2019) Com base no circuito da


figura, considerando que a fonte de tensão é DC, a corrente em regime
permanente no resistor de 4,7 kΩ será igual, em módulo, à:

A) 40 mA
B) 20 mA
C) 50 mA
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

D) 10 mA
E) 30 mA

Comentários:
Se a pessoa não estiver preparada para o concurso, pega uma questão dessa, e
dado o tamanho do circuito já desiste. Mas como você está se preparando, isso
não vai acontecer, pois a questão tem cara feia, mas é facinha!

Observe que o circuito está operando em corrente contínua, com uma fonte DC
de 47 V, e nos foi dito que o circuito está em regime. Nós aprendemos que nesta
condição, o indutor se comporta como um curto e o capacitor como um circuito
aberto. Vamos então fazer essa substituição!

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Observe que o circuito se tornou uma fonte em série com uma resistência, cujo
caminho único de corrente é:

A corrente, vale então:

Resposta: Letra D
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

(COMPERVE/UFRN/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2018) Considere o circuito


abaixo em corrente contínua.

A tensão no capacitor e a corrente no indutor valem:

A) 12 V e 1,5 A
B) 10 V e 2 A
C) 8 V e 2 A
D) 6 V e 1,5 A

Comentários:
Observe que o circuitoJoão
está Pedro
operando
da em corrente
Cunha Filhocontínua e também em
regime permanente! Mas você deve estar se perguntando, não foi dito que
[email protected]
estava em regime, como o professor sabe? Simples, se o circuito permanece
121.696.206-56
inalterado, nenhuma característica dele se altera, como valor das fontes ou dos
elementos, ou uma chave abrindo ou fechando, ele está no regime se nada for
dito!

Uma vez em corrente contínua e em regime, sabemos que o indutor se


comporta como um curto e o capacitor como um circuito aberto. O circuito se
torna:

Observe que como o capacitor se abriu, o único caminho de corrente é:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A corrente no circuito série, é exatamente a mesma que passa no indutor,


valendo 𝑖L.

A tensão no capacitor, nos terminais abertos, pode ser calculada usando a LKT
na seguinte malha:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Resposta: Letra C

(FGV/Prefeitura de Salvador/ENGENHEIRO ELETRICISTA JÚNIOR - 2017) O


circuito a seguir apresenta um circuito em corrente contínua inicialmente com a
chave aberta
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A intensidade da corrente I imediatamente após o fechamento da chave e após


atingir o regime permanente são, respectivamente, iguais a:

A) 2 A e 3 A
B) 3 A e 2 A
C) 2 A e 2 A
D) 3 A e 3 A
E) 1 A e 3 A

Comentários:
O circuito com a chave aberta, é dado por:

Como não passa corrente no resistor de 6 Ω, observe que podemos eliminá-lo,


bem como a fonte de tensão.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Observe que nessa condição, o capacitor não tem alimentação, portanto:

Quando a chave é fechada, no exato momento do fechamento, o circuito não


está em regime, portanto não podemos afirmar que o capacitor se comporta
como um circuito aberto, mas sabemos que para o capacitor temos:

Ou seja, na iminência da chave fechar e no exato momento que ela fechou,


temos que a tensão no capacitor não se altera, ou seja, segue valendo 0 V, e à
medida que o tempo passar esse valor se modifica.

O circuito no exato momento do fechamento é dado por:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Aplicando a LKT no caminho proposto na figura, temos:

Agora a chave ficou fechada por muito tempo, atingindo então o regime
permanente, e como a alimentação é CC, o capacitor se comportará como um
circuito aberto. O circuito resultante é:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

A corrente vale:

Resposta: Letra B

(FUMARC/COPASA/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2018) No circuito a seguir


calcule a potência (W) consumida pelo resistor de 1 Ω depois de muito tempo
(ter atingido o regime permanente) que a chave foi fechada.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A) 1
B) 2
C) 3
D) 4

Comentários:
Sabemos que se o circuito está no regime permanente, e alimentado por uma
fonte contínua, como nesse caso uma fonte de 3 V, o indutor se comporta
como um curto e o capacitor como um circuito aberto. O circuito nessas
condições é dado por:
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56

O resistor de 3 Ω está em paralelo com um curto, portanto ele terá tensão nula e
consequentemente pode ser omitido do desenho, resultando em:

A corrente no resistor de 1 Ω é dada por:

Cuja potência é:

Resposta: Letra A
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

CIRCUITO DE 1° ORDEM

Os circuitos que contêm apenas um indutor (ou é possível reduzir a um único


indutor) e nenhum capacitor, ou apenas um capacitor (ou é possível
reduzir a um único capacitor) e nenhum indutor, podem ser representados
por uma equação diferencial de primeira ordem, por isso então chamados de
circuitos de primeira ordem.

Geralmente estamos interessados na resposta de regime permanente, mas ao


resolver a EDO, podemos obter a resposta completa, que é dada por:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
No gráfico da Figura 30 observamos um exemplo genérico de como é o
comportamento da resposta completa.

Como você ouviu falar em EDO, deve ter ficado com medo, mas não precisa,
para nossa sorte os circuitos de primeira ordem têm uma resposta típica para a
tensão no capacitor e a corrente no indutor dado pela expressão (48).
(48)
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Onde:
𝑥(𝑡) é a resposta completa, seja para a tensão no capacitor ou a corrente no
indutor.

𝑥(∞) é a resposta de regime permanente para a tensão no capacitor ou corrente


no indutor, após decorrido muito tempo de uma alteração no circuito, por
exemplo mudança de posição de uma chave.

𝑥(0) é a condição inicial da tensão no capacitor ou corrente no indutor, na


iminência de alterações no circuito.

é a constante de tempo, dado em segundos, que corresponde ao tempo


necessário para a resposta atingir 63% da resposta final.

Para indutores a constante de tempo é dada por:

João Pedro da Cunha Filho (49)


[email protected]
121.696.206-56
Para capacitores a constante de tempo é dada por:
(50)

Onde 𝑅eq é a resistência equivalente vista a partir dos terminais do indutor ou


capacitor, com as fontes independentes desativadas.

É muito legal calcular esses circuitos, então vamos praticar bastante agora!
RESOLUÇÃO, RESOLUÇÃO, RESOLUÇÃO é o caminho da sua aprovação!

(IF-RS/IF-RS/ ENGENHARIA ELÉTRICA - 2018) Considere que o circuito


representado pela figura abaixo encontre-se no regime permanente e no
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

momento 𝑡𝑡 = 0 a chave S1 se abre. Qual das alternativas representa a equação


da tensão sobre o capacitor para 𝑡𝑡 > 0.

A) vc (t) = 10e-t/0,6
B) vc (t) = 40e-t/0,6
C) vc (t) = 40e-t/0,2
D) vc (t) = 20e-t/0,3
E) vc (t) = 10e-t/0,2

Comentários: João Pedro da Cunha Filho


Inicialmente observamos que o circuito é de primeira ordem, pois tem um único
[email protected]
elemento armazenador de energia, que é o capacitor.
121.696.206-56

Portanto a tensão no capacitor tem a forma:

Inicialmente vamos determinar a tensão inicial 𝑣 c (0), isto é, no momento de


abertura da chave. Para isso vamos explorar a condição que:


Portanto vamos obter 𝑣c (0 ), que quando a chave ainda está fechada, na
iminência de abrir, alimentada por uma fonte CC e no regime permanente, logo
nessa situação o capacitor funciona como um circuito aberto.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Vamos resolver esse circuito utilizando o método das correntes de malha. Para a
malha I temos:

Para a malha II temos:

Resolvendo o sistema tem-se:


Para obter 𝑣c (0 ) vamos utilizar o seguinte caminho:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Logo:

A tensão 𝑣 c (∞) é obtida quando a chave é aberta, e o circuito permanece nesse


estado por um longo instante de tempo, atingindo o regime permanente. Uma
vez no regime, o capacitor comporta como um circuito aberto. O circuito é dado
por:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Como a chave abriu, a mesma desconectou a fonte de tensão do capacitor, logo


no regime sua tensão será nula.

Agora a única variável que nos resta calcular é a 𝑅 eq vista pelo capacitor, que
nos possibilitará obter a constante de tempo. A resistência equivalente será
dada por:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
A resistência enxergue pelo capacitor é dado pelos resistores de 40 Ω e 20 Ω em
série. Observe que o circuito a esquerda da chave não nos importa, pois ela está
aberta.

Logo a constante de tempo é dada por:

Portanto a tensão vale:

Resposta: Letra A

(FUNCERN/IF-RN/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2017) Analise a figura abaixo, que


representa um circuito elétrico.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A expressão matemática para a tensão 𝑣c em função do tempo depois que a


chave do circuito for fechada em t=0.

−𝑡
A) 𝑣𝑐 (𝑡) = 0, 5 (1 − 𝑒 / 5 𝑚𝑠)

−𝑡
B) 𝑣𝑐 (𝑡) = 0, 5 (1 − 𝑒 / 7, 5 𝑚𝑠)

−𝑡
C) 𝑣𝑐 (𝑡) = 1 (1 − 𝑒 / 7, 5 𝑚𝑠)

−𝑡
D) 𝑣𝑐 (𝑡) = 1 (1 − 𝑒 /João
5 𝑚𝑠) Pedro da Cunha Filho
[email protected]
Comentários: 121.696.206-56
Inicialmente observamos que o circuito é de primeira ordem, pois tem um único
elemento armazenador de energia, que é o capacitor.

Portanto a tensão no capacitor tem a forma:

Inicialmente vamos determinar a tensão inicial 𝑣c (0), isto é, no momento de


fechamento da chave. Para isso vamos explorar a condição que:


Portanto vamos obter 𝑣𝑐 (0 ), que quando a chave ainda está aberta, na
iminência de fechar, alimentada por uma fonte CC e no regime permanente,
logo nessa situação o capacitor funciona como um circuito aberto.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Como a chave está aberta, com o capacitor desacoplado da fonte, a sua tensão é
nula, logo:

A tensão 𝑣𝑐(∞) é obtida quando a chave é fechada, e o circuito permanece nesse


estado por um longo instante de tempo, atingindo o regime permanente. Uma
vez no regime, o capacitor comporta como um circuito aberto. O circuito é dado
por:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Como o capacitor abriu, não passará corrente no resistor de 20 Ω. Logo a fonte


de corrente passará exclusivamente no resistor de 10 Ω. Logo a tensão no
capacitor vale:

Agora a única variável que nos resta calcular é a 𝑅 eq vista pelo capacitor, que
nos possibilitará obter a constante de tempo. Devemos anular qualquer tipo de
fonte, nesse caso a fonte de corrente se comporta como um circuito aberto. A
resistência equivalente será dada por:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A resistência enxergue pelo capacitor é dado pelos resistores de 20 Ω e 10 Ω em


série.

Logo a constante de tempo é dada por:

Portanto a tensão vale:


João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56
Resposta: Letra B

(IFB/IFB/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2017) Um capacitor de 5 µF com tensão


inicial de 4 V é conectado em paralelo com dois resistores, como mostra a figura
abaixo. Encontre o valor da corrente i para t>0.

−100𝑡
A) 𝑖(𝑡) = 1/1500𝑒
100𝑡
B) 𝑖(𝑡) = 1/1500𝑒
−100𝑡
C) 𝑖(𝑡) = 4𝑒
−150𝑡
D) 𝑖(𝑡) = 1/1500𝑒
−300𝑡
E) 𝑖(𝑡) = 1/1500𝑒

Comentários:
Inicialmente observamos que o circuito é de primeira ordem, pois tem um único
elemento armazenador de energia, que é o capacitor.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Mas observe que diferente dos outros circuitos resolvidos aqui, não desejamos a
tensão no capacitor, e sim a corrente em um resistor. Mas como comentando,
inicialmente vamos obter a tensão no capacitor, e através desse valor podemos
obter a corrente solicitada. A tensão no capacitor tem a forma

A tensão inicial 𝑣𝑐(0) já nos foi dada no enunciado:

A tensão 𝑣𝑐(∞) é obtida quando a chave é fechada, e o circuito permanece nesse


estado por um longo instante de tempo, atingindo o regime permanente. Uma
vez no regime, o capacitor comporta como um circuito aberto. O circuito é dado
por:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

O circuito não tem excitação, logo no regime sua tensão será nula.

Agora a única variável que nos resta calcular é a 𝑅eq vista pelo capacitor, que
nos possibilitará obter a constante de tempo. A resistência equivalente será
dada por:

A resistência enxergue pelo capacitor é dado pelo paralelo de 6 kΩ e 3 kΩ.


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Logo a constante de tempo é dada por:

Portanto a tensão vale:

Mas lembre-se que queremos a corrente 𝑖(𝑡) no resistor. Observe que a tensão
que calculamos no capacitor, é exatamente a mesma que está no resistor de 6
kΩ, afinal eles estão em paralelo, assim pela lei de ohm, temos:

Resposta: Letra A

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

CIRCUITO DE 2° ORDEM

Os circuitos ditos de segunda ordem, são aqueles em que existem dois


elementos armazenadores de energia. Os casos possíveis são:

• Um indutor e um capacitor;
• Dois indutores irredutíveis;
• Dois capacitores irredutíveis.

Claro que existem diversas maneiras de se associar esses elementos, cada um


resultando numa EDO de 2º ordem distinta. Mas por sorte os concursos públicos
cobram basicamente duas conexões, os circuitos RLC série e paralelo sem
excitação, isto é, sem fonte. Vamos então estudar esses dois casos!

Circuito RLC Paralelo


João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
Um exemplo de circuito RLC paralelo é exposto na Figura 31.
121.696.206-56

Observe que para esse circuito a variável de interesse é a corrente no indutor,


mas se desejarmos qualquer outra variável, basta utilizar o valor obtido para a
corrente em associação com equações como lei de ohm e relação tensão e
corrente para indutor e capacitor, igual foi falado para os circuitos de 1º ordem.

A equação diferencial que descreve esse circuito é:

(51)
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A resposta dessa equação diferencial pode ter quatro formas possíveis, a


depender do tipo de raiz que é obtida através da equação característica da EDO,
dada por (52):
(52)

As raízes da expressão (52) são dadas por 𝑠1 e 𝑠2, obtidas via Bhaskara. Os
quatro casos possíveis são:

Raízes reais e distintas (∆> 0): O sistema é dito superamortecido, e a resposta


é do tipo:
(53)

Raízes reais e iguais (∆= 0): O sistema é dito criticamente amortecido, e a


resposta é do tipo:
(54)

João Pedro da Cunha Filho


Raízes complexas conjugadas (∆< 0): O sistema é dito subamortecido, e a
[email protected]
resposta é do tipo:
121.696.206-56
(55)

Raízes puramente imaginárias (∆< 0 e 𝑒=0): O sistema é dito oscilatório (sem


amortecimento), e a resposta é do tipo:
(56)

Onde t é a parte real e ω a parte imaginária da raiz complexa obtida de (52).

As formas de onda típicas a essas respostas são mostradas na Figura 32.


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Como essas respostas são transitórias, passam com o decorrer do tempo, as


mesmas apresentam um fator de decaimento, conhecido como coeficiente de
amortecimento, que para o circuito RLC paralelo vale:
João Pedro da Cunha Filho (57)
[email protected]
121.696.206-56
A frequência de ressonância vale

(58)

Circuito RLC Série

Um exemplo de circuito RLC série é exposto na Figura 33.


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Observe que para esse circuito a variável de interesse é a tensão no capacitor,


mas se desejarmos qualquer outra variável, basta utilizar o valor obtido para a
tensão em associação com equações como lei de ohm e relação tensão e
corrente para indutor e capacitor.

A equação diferencial que descreve esse circuito é:

(59)

A resposta dessa equação diferencial pode ter três formas possíveis, a depender
do tipo de raiz que é obtida através da equação característica da EDO, dada por
(60):
(60)

As raízes da expressão (60) são dadas por 𝑠1 e 𝑠 2 , obtidas via Bhaskara. Os


quatro casos possíveis são:
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
Raízes reais e distintas (∆> 0): O sistema é dito superamortecido, e a resposta
é do tipo:
121.696.206-56
(61)
Raízes reais e iguais (∆= 0): O sistema é dito criticamente amortecido, e a
resposta é do tipo:
(62)
Raízes complexas conjugadas (∆< 0): O sistema é dito subamortecido, e a
resposta é do tipo:
(63)
Raízes puramente imaginárias (∆< 0 e 𝑒 = 0): O sistema é dito oscilatório (sem
amortecimento), e a resposta é do tipo:
(64)

Onde t é a parte real da raiz complexa e ω a parte imaginária.

O comportamento dessas respostas é exatamente igual ao mostrado na Figura


32.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

O coeficiente de amortecimento vale

(65)

A frequência de ressonância vale

(66)

Mãos à obra, é hora de ver como isso tudo é cobrado da gente!

(FADESP/COSANPA/ ENGENHARIA ELÉTRICA - 2017) A análise da equação


característica de um circuito RLC série 𝑠2 + 120𝑠 + 10000 = 0, em que s representa
as frequências naturais do circuito, permite afirmar que:

A) o circuito é subamortecido com fator de amortecimento igual a 12 rd/s e


frequência de ressonância igual a 1000 rd/s.
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
B) o circuito é superamortecido com fator de amortecimento igual a 60 rd/s e
121.696.206-56
frequência de ressonância igual a 100 rd/s.

C) o circuito é crítico com fator de amortecimento igual a 0 rd/s e frequência de


ressonância igual a 10000 rd/s.

D) o circuito é subamortecido com fator de amortecimento igual a 60 rd/s e


frequência de ressonância igual a 100 rd/s.

Comentários:
Para descobrirmos a característica desse circuito RLC série, vamos obter as
raízes da equação característica que já nos foi dada.

Como ∆ é negativo, já sabemos que teremos raízes complexas conjugadas:


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Como as raízes são complexas conjugadas, o sistema é do tipo subamortecido.


O fator de amortecimento é dado por:

E se compararmos a equação característica dada, com a equação de um circuito


RLC série, temos:

Logo:

A frequência de ressonância é dada por:

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56
1
Comparando as equações observamos que 𝐿𝐶
= 10000, portanto:

Resposta: Letra D

(FUNDATEC/Prefeitura de Santa Rosa/ ENGENHARIA ELÉTRICA - 2019) O


circuito abaixo inicialmente está com a fonte conectada no indutor de 1H. No
instante t=0, a chave S passa para a segunda posição, desconectando a fonte do
indutor. Com base no circuito RLC, podemos afirmar que o sistema terá um
comportamento:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A) Subamortecido.
B) Amortecimento crítico.
C) Superamortecido.
D) Instável.
E) Oscilatório.

Comentários:
Observe que quando a chave muda de posição, temos um circuito RLC paralelo.

Temos 𝑅 = 8 Ω, 𝐿 = 1 𝐻 e 𝐶 = 250 𝑚F

Logo a equação característica é dada por:


João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56

Calculando as raízes, temos:

Como o ∆ é negativo, as raízes são complexas conjugadas, portanto, o sistema é


do tipo subamortecido.

Resposta: Letra A

(FGV/TJ-SC/ ENGENHARIA ELÉTRICA - 2018) A figura abaixo representa um


circuito composto por um resistor 𝑅 de 10 Ω, um capacitor 𝐶 de 10 µF e um
indutor L ligado em paralelo.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

O valor do indutor, em henrys, que corresponde a um circuito superamortecido


é:

−3
A) 1 ∙ 10
−3
B) 2, 5 ∙ 10
−3
C) 5 ∙ 10
−6
D) 6 ∙ 10
−6
E) 8 ∙ 10
João Pedro da Cunha Filho
Comentários: [email protected]
Sabemos que para um circuito121.696.206-56
RLC paralelo ser superamortecido, suas raízes
devem ser reais e distintas, isto é:

A equação característica é dada por:

Cujas raízes para reais e distintas, devem atender ao critério de delta positivo,
logo:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Ou seja, para qualquer valor do indutor maior que 4 mH, o sistema se tornará
superamortecido. A única opção que nos comtempla um valor maior que 4 mH é
a letra C.

Resposta: Letra C
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
QUESTÕES EXTRAS 121.696.206-56

(FGV/Prefeitura de Salvador/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2017) No circuito da


figura a seguir, verifica-se a presença de um resistor de 5 Ω, de um indutor de
100 mH e de um capacitor de 1000 µF.

Trata-se de um circuito:

A) estável
B) sem perdas
C) subamortecido
D) superamortecido
E) criticamente amortecido
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
Sabemos que a equação característica de um circuito RLC paralelo é dado por:

Para verificar o tipo de resposta que temos, devemos verificar suas raízes, logo:

Quando delta é nulo, temos que as raízes são reais e iguais, logo o sistema é
criticamente amortecido.

Resposta: Letra E

(FCC/SABESP/ENGENHARIA
JoãoELÉTRICA
Pedro da- 2018)
CunhaConsidere
Filho que o circuito elétrico
abaixo representado está energizado há muito tempo em tensão contínua. É
[email protected]
correto afirmar que: 121.696.206-56

A) 𝑉𝐴 = 0 𝑉 𝑒 𝑉𝐵 = 10 𝑉
B) 𝑉𝐴 = 10 𝑉 𝑒 𝑉𝐵 = 0 𝑉
C) 𝑉𝐴 = 10 𝑉 𝑒 𝑉𝐵 = 5 𝑉
D) 𝑉𝐴 = 0 𝑉 𝑒 𝑉𝐵 = 3, 33 𝑉
E) 𝑉𝐴 = 3, 33 𝑉 𝑒 𝑉𝐵 = 0 𝑉
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
Observe que o circuito opera em CC e no regime permanente, pois foi nos dito
que ele está energizado há muito tempo. Se essas condições são satisfeitas,
sabemos que o indutor se comporta como um curto e o capacitor um circuito
aberto. O circuito equivalente é:

De cara vemos que como o capacitor abriu, a tensão 𝑉𝐵 no resistor é nula, afinal
não passa corrente nele.

Joãopossível
O único caminho de corrente Pedro éda Cunha abaixo:
mostrado Filho
[email protected]
121.696.206-56

A corrente nesse circuito série é dado por:

Logo a tensão 𝑉𝐴 é dado por:

Resposta: Letra B
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

(PUC-PR/TJ-MS/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2017) No circuito abaixo a chave S1


ficou fechada por muito tempo até atingir um estado estacionário. Após esse
tempo, a chave S1 é aberta. A tensão sobre o resistor R2 imediatamente após a
chave S1 ser aberta é de:

A) 10 V
B) -10 V
C) -100 V
D) 0 V
E) 9,09 V

João Pedro da Cunha Filho


Comentários:
[email protected]
Vamos analisar a condição da iminência da abertura da chave, quando ela ainda
121.696.206-56
está fechada, pois para o indutor:

Quando a chave ainda está fechada, temos um circuito CC e em regime, logo o


indutor se comporta como um curto!

Observe que o indutor curto-circuitou o resistor 𝑅2 , podendo então ser


eliminado.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Portanto a corrente é dada por:

Agora que sabemos quanto de corrente que passa no indutor no momento de


abertura da chave, vamos analisar o circuito na condição de abertura. Observe
que a chave acabou de abrir, e o regime ainda não foi atingido, portanto o
indutor não pode ser transformado em curto.

A corrente no indutor passa


Joãoexclusivamente em 𝑅 Filho
Pedro da Cunha 2 , e adentra no seu terminal
negativo, logo: [email protected]
121.696.206-56

Resposta: Letra C

(SABESP/FCC/TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA - 2018) Denominam-se cargas os


elementos de um circuito elétrico que se opõem à passagem de corrente
elétrica. Essencialmente, distinguem-se três tipos de cargas: resistivas,
capacitivas e indutivas. As cargas resistivas dissipam energia, enquanto as
puramente capacitivas ou puramente indutivas são consideradas
armazenadoras de energia, sendo a primeira com o armazenamento na forma
de campo elétrico e a segunda na forma de campo magnético.

Considere o circuito abaixo que tem a presença das cargas citadas no


enunciado. A alimentação do circuito é feita através de uma fonte contínua de
12 V e as lâmpadas são incandescentes de 12 V/6 W. Sabendo-se disso,
observa-se quanto ao acendimento das lâmpadas L1, L2 e L3 o seguinte
comportamento:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A) As três lâmpadas ficarão apagadas, pois lâmpadas incandescentes só operam


com corrente alternada.
B) Somente L2 e L3 ficarão acesas, pois a corrente que passa em L2 é a soma das
correntes em L3 e no indutor.
C) As três lâmpadas ficarão acesas, pois estão ligadas a fonte de alimentação.
D) Somente L2 ficará acesa, pois está em série com a fonte de alimentação.
E) Somente L1 ficará acesa, pois está em série com o capacitor.

Comentários:
Lembre que como o circuito está emdacorrente
João Pedro contínua (Fonte de 12 V), o
Cunha Filho
capacitor se comporta como um circuito aberto e o indutor como um curto
[email protected]
circuito. 121.696.206-56

A lâmpada L1 não irá acender, pois nenhuma corrente irá passar na mesma, já
que o capacitor que estava em série com L1 abriu esse trecho do circuito por se
comportar como um circuito aberto.

A lâmpada L3 também não irá acender, pois o indutor comportando como um


curto está curto-circuitando a lâmpada L3, impedindo que qualquer corrente
que viria acender essa lâmpada passe nela.

Portanto, a única lâmpada que irá acender é a L2, que de fato está em série com
a fonte de alimentação.

Resposta: Letra D
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

CIRCUITOS TRIFÁSICOS

Até o momento, o nosso curso se dedicou aos circuitos elétricos monofásicos,


entretanto é importante destacar que o sistema elétrico é baseado em três
fases, isto é trifásico. A escolha do sistema trifásico se dá devido:

• Grande parte da energia elétrica é gerada e distribuída em três fases, devido a


dependência de máquinas de geração conhecidas como máquinas síncronas,
que operam em três fases;

• Quando se precisa de entradas monofásicas ou trifásicas, elas são extraídas


do sistema trifásico em vez de serem geradas de forma independente. Como por
exemplo, o poste que passa perto da sua casa, tem três fases, mas tipicamente
somente uma adentra a sua residência;

•Para a mesma quantidade de energia, o sistema trifásico é mais econômico que


João Pedro
o monofásico, pois sua quantidade da Cunha
de fios Filho
necessária é menor.
[email protected]
121.696.206-56
Um exemplo de sistema trifásico genérico é exposto na Figura 34, composto de
três fontes de geração e uma carga trifásica, ligadas por condutores entre si.

Inicialmente vamos aprender alguns conceitos importantes para as ligações


trifásicas.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Tensões Trifásicas Equilibradas

As tensões trifásicas normalmente são produzidas por um gerador alternado


trifásico, e para as tensões serem consideradas equilibradas, devem ser iguais
em magnitude e defasadas cada uma de 120º entre si, como mostra a Figura
35.

Quanto as conexões as João


fontesPedro
de tensão podem ser
da Cunha conectadas ou em estrela
Filho
(chamada também de [email protected]
Y-ípsilon) ou em triângulo (chamada também de Δ-delta).
Na Figura 36 temos o desenho dessas formas de conexão.
121.696.206-56
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A soma de três fasores equilibrados sempre será nulo. Por exemplo


considerando 𝑉𝑎, 𝑉𝑏, 𝑉𝑐 tensões equilibradas, sua soma resultante será nula.

João Pedro da Cunha Filho


As tensões trifásicas normalmente são produzidas por um gerador alternado
[email protected]
trifásico, e para as tensões serem consideradas equilibradas, devem ser iguais
121.696.206-56
em magnitude e defasadas cada uma de 120º entre si, como mostra a Figura 35.

Sequência de Fases

A sequência de fases é a ordem cronológica na qual as tensões passam através


de seus valores máximos. Por exemplo na Figura 37a temos que primeiro a fase
A atinge o máximo, depois B e em seguida C, já na Figura 37b, a fase que atinge
primeiro seu máximo é A, seguido de C e B.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Diante disso podemos ter duas possibilidades quanto a sequência de fases:

Sequência ABC (positiva):


Para verificar se o conjunto de tensões segue a sequência positiva, o
procedimento é fazer o seu diagrama fasorial, por exemplo trabalharemos com
𝑉𝑎 = 𝑉𝑚⌊0°, 𝑉𝑏 = 𝑉𝑚⌊ − 120° 𝑒 𝑉𝑐 = 𝑉𝑚⌊120°

A partir da fase A, que sempre será nosso ponto de partida, fazemos uma seta
no sentido horário, e observamos qual fase vem em seguida, que para esse
exemplo começa em A,João
passaPedro
por B da
e termina
Cunhaem C, caracterizando assim a
Filho
sequência ABC ou positiva.
[email protected]
121.696.206-56
Sequência ACB (negativa):
Para verificar se o conjunto de tensões segue a sequência negativa, o
procedimento é fazer o diagrama fasorial, como no caso anterior, por exemplo
trabalharemos com 𝑉𝑎 = 𝑉𝑚⌊0°, 𝑉𝑏 = 𝑉𝑚⌊ − 120° 𝑒 𝑉𝑐 = 𝑉𝑚⌊120°

A partir da fase A, que como vimos é nosso ponto de partida, fazemos uma seta
no sentido horário, e observamos qual fase vem em seguida, que para esse
exemplo começa em A, passa por C e termina em B, caracterizando assim a
sequência ACB ou negativa.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Cargas Equilibradas

Assim como nas ligações do gerador, uma carga trifásica pode ser conectada em
estrela ou triângulo, como mostrado na Figura 38.

Uma carga trifásica é dita equilibrada quando as impedâncias por fase são iguais
em magnitude e também em fase.
João Pedro da Cunha Filho
Para a carga em [email protected]
equilibrada da Figura 38 devemos ter:
121.696.206-56

Para a carga em triângulo equilibrada da Figura 38 devemos ter:

Uma vez satisfeito a condição de equilíbrio das cargas, pode-se utilizar a


expressão (67) para transformar as cargas de ligação triângulo para estrela e
vice-versa.

(67)
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

CONEXÕES TRIFÁSICAS EQUILIBRADAS

Como tanto a fonte trifásica quanto a carga trifásica podem estar conectadas de
duas formas distintas, estrela ou triângulo, temos quatro conexões possíveis:

→ Conexão estrela-estrela;
→ Conexão estrela-triângulo;
→ Conexão triângulo-triângulo;
→ Conexão triângulo-estrela.

Analisaremos detalhadamente as três primeiras, que são as mais utilizadas.

Conexão Estrela-Estrela Equilibrada

Esta é uma das ligações mais importantes e cobradas em concursos


João Pedro da Cunha Filho
públicos, então fique ligado, pois, além disso, qualquer outra conexão pode ser
[email protected]
reduzida a um sistema estrela-estrela equivalente, que de longe é o de mais fácil
121.696.206-56
resolução.

O sistema estrela-estrela equilibrado é um sistema composto de uma fonte e


uma carga conectada na ligação estrela equilibrada. Um exemplo dessa conexão
é exposto na Figura 39.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Consideramos que as fontes e as cargas estão equilibradas. Temos que 𝑍𝑠 é a


impedância da fonte, 𝑍𝑙 é a impedância da linha de transmissão e 𝑍𝐿 é a
impedância de carga. Este circuito é dito a quatro fios, pois tem a presença do
condutor neutro, mas também podemos encontrar circuitos com essa ligação
com sua ausência, chamado de circuito a três fios. Para os circuitos equilibrados
a forma de resolução sempre será a mesma, seja a três ou quatro fios, pois num
circuito equilibrado a corrente no condutor neutro sempre será nula.

Uma importante discussão que deve acontecer é a diferenciação entre valores


de linha e fase.

Definimos valor de fase, ou fase-neutro, como sendo a tensão ou corrente que


se encontra na geração ou na carga. O chamado valor de linha, ou fase-fase,
como sendo a tensão ou corrente que se encontra na linha de transmissão.

Por exemplo 𝑉𝐴𝑁 é uma tensão de fase, pois se encontra na carga e entre a fase
João Pedro da Cunha Filho
e o neutro, enquanto 𝑉 é uma tensão de linha, que se encontra nos terminais
[email protected]
𝐴𝐵
121.696.206-56
da linha de transmissão, entre duas fases.

Para a ligação estrela equilibrada, a relação entre as tensões de linha e de fase


para a sequência positiva é dada por:
(68)

Já para a sequência negativa, temos:


(69)

Para as correntes de linha e de fase, independente da sequência, a relação para


a ligação Y vale:
(70)

Para resolver um circuito trifásico, qualquer que seja a conexão, basta usar LKC,
LKT ou Lei de Ohm Fasorial. Fazendo isso no circuito da Figura 6, a corrente de
linha do circuito estrela-estrela equilibrada é dada por:

(71)
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A corrente de linha de uma certa fase, é a tensão daquela fase dividido pela
soma das impedâncias em série daquela fase. Mas chega de fórmulas, agora é
hora de pôr a mão na massa, ou na caneta kk, vamos praticar!

(FGV/DPE-RJ/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2019) Considere um sistema elétrico


trifásico de sequência de fases ABC, a três fios, equilibrado, e com a fonte e a
carga na configuração estrela. A tensão da fase A em relação à fase B é igual a
380 V com um ângulo de fase igual a 0°. A impedância de cada carga monofásica
que compõe a carga trifásica é igual a 10 Ω, com ângulo de 30°. A corrente
elétrica na fase A é igual a:

A) 38⌊−30°
B) 38⌊−60°
C) 22⌊0°
D) 22⌊−30°
E) 22⌊−60°
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
Comentários:
121.696.206-56
Temos como dados importantes que a ligação é do tipo Y-Y a três fios. Temos
que ter cuidado que a tensão da fonte foi dada em termos das tensões de linha,
pois foi dada a tensão da fase A em relação à fase B. Portanto a tensão de fase
será dada pela relação entre tensão de linha e fase na ligação estrela:

A impedância de carga vale 𝑍𝑍 = 10⌊30° Ω. Logo a corrente tanto de linha,


quanto de fase para A, vale na ligação Y:

Resposta: Letra A
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

(FGV/ALERJ/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2017) Um sistema elétrico trifásico


estrela- estrela equilibrado a três fios e sequência de fases ACB possui a tensão
da fase B em relação à fase A com um ângulo de fase igual a 40°. A impedância
de cada carga monofásica que compõe a carga trifásica é de característica
indutiva com ângulo de 20°. O ângulo da corrente elétrica na fase C é:

A) 20°
B) 60°
C) 80°
D) 110°
E) 130°

Comentários:
Observe que a ligação é estrela-estrela, e que o sistema é equilibrado a três fios.
Temos que ter cuidado que a tensão da fonte foi dada em termos das tensões
de linha. Portanto a tensão de fase será dada pela relação entre tensão de linha
e fase na ligação estrela.João
Mas observe
Pedro que foi dadoFilho
da Cunha a tensão de B em relação a A,
e tipicamente deve [email protected]
o contrário, logo:
121.696.206-56

Logo a tensão de fase é:

Observe que a sequência dita foi ACB, logo temos a sequência negativa,
portanto:

A impedância de carga vale 𝑍 = 𝑧⌊20° Ω. O ângulo é positivo por termos uma


carga indutiva, logo a corrente tanto de linha, quanto de fase para C, vale na
ligação Y:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

O ângulo de -250 no sentido horário, corresponde a um ângulo de 110 no


sentido anti- horário, logo:

Resposta: Letra D

(FCC/DPE-RS/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2017) Em um sistema trifásico


equilibrado as tensões de suas fontes:

A) têm o mesmo valor máximo e são defasadas entre si por 120°.


B) devem sempre ter um valor fixo de 110 V em corrente alternada.
C) podem ter magnitudes distintas, e devem ser defasadas entre si por 45°.
D) devem ter seus valores de tensão limitados entre 0 e 380 V em corrente
alternada.
E) têm magnitudes variáveis entre si e são defasadas entre si por 90°.
João Pedro da Cunha Filho
Comentários: [email protected]
A questão cobra aquilo que estamos cansados de repetir, se o sistema é trifásico
121.696.206-56
equilibrado, as tensões da fonte têm a mesma magnitude e defasados de 120º
entre si. A alternativa que nos conta isso é a Letra A.

Resposta: Letra A

(AOCP/ITEP-RN/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2018) Em uma carga equilibrada, a


tensão fase-fase e fase-neutro (fase-terra) é dada pela seguinte expressão:

A) 𝑈 = 𝑈0 × 2√3 · 𝑐𝑜𝑠θ
B) 𝑈 = 𝑈0 × √3 · 𝑐𝑜𝑠θ
C) 𝑈 = 2𝑈 + √3
D) 𝑈 = 2𝑈0 × √2, 71
E) 𝑈 = 3𝑈0 × √3π
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
Essa é facinha, pois nos aprendemos que a relação que existe entre tensão de
linha e de fase em termos de módulo é dada por:

Resposta: Letra B

(FCC/SABESP/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2018) Na figura abaixo, observa-se


três impedâncias ligadas na configuração estrela, sendo cada uma com valor z =
4 − j3 Ω . As impedâncias estão ligadas a um gerador trifásico equilibrado com
tensão de linha 210 V.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

É correto afirmar que o valor da corrente IF em cada impedância é:

A) 45,4 A
B) 51,1 A
C) 35,4 A
D) 24,2 A
E) 11,0 A

Comentários:
Temos como dados importantes que a ligação das cargas é em estrela. Temos
que ter cuidado que a tensão da fonte foi dada em termos das tensões de linha.
Portanto a tensão de fase será dada pela relação entre tensão de linha e fase na
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

ligação estrela, mas como não foi nos dado nenhuma sequência de fases, e
deseja-se somente o modulo da corrente, temos:

A impedância de carga vale 𝑍 = 4 − 𝑗 ∙ 3, cujo módulo é 5. Logo o módulo da


corrente tanto de linha, quanto de fase na ligação Y vale:

Resposta: Letra D

(FCC/SABESP/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2018) Um sistema trifásico estrela,


sequência inversa, apresenta tensão de linha V^ AB = 220⌊60° 𝑉.
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56

Comentários:
A sequência é negativa, ou seja, ACB, logo teríamos para as tensões de linha:

Como a ligação é em estrela, e negativa, temos as seguintes relações entre


tensões de linha e de fase:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Resposta: Letra E

Conexão Estrela-Triângulo

Como o próprio nome já diz, nessa conexão temos a geração conectada em


estrela e a carga em triângulo. Um exemplo desse tipo de conexão pode ser
visto na Figura 40.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Para a ligação triângulo equilibrada, a relação entre as tensões de linha e de


fase, independente da sequência, é dada por:
(72)
Para as correntes de linha e de fase, para a sequência ABC, a relação para a
ligação ∆ vale:
(73)

Já na sequência negativa, temos:


(74)

Mas como resolver esse circuito? Muito fácil, vamos para um passo a passo:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

1º passo: converter o circuito de estrela-triângulo, para estrela-estrela, através


da expressão (67);

2º passo: com o circuito convertido calcular as correntes de linha, através da


expressão (71), aprendida na ligação Y-Y.

3º passo: com a corrente de linha calculada, aplicar as expressões (73) ou (74)


para calcular as correntes de fase na carga em delta.

Vamos colocar em prática esses três simples passos?

(CEBRASPE/TER-BA/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2017)

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

A figura precedente mostra uma carga trifásica equilibrada, ligada na


configuração triângulo (ou delta) e excitada por tensões trifásicas equilibradas
de sequência direta Va, Vb e Vc. Nessa configuração de circuito:

A) as somas das tensões das três cargas distintas correspondem a uma tensão
CA com amplitude três vezes maior que a amplitude observada em uma única
carga.

B) as tensões de fase e as tensões de linha na carga são equivalentes.

C) as correntes de fase são distintas entre si, relativamente à amplitude.

D) a corrente Ib tem amplitude e fase com os mesmos valores observados na


corrente I bc

E) as potências aparentes das cargas individuais têm valores diferentes.


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
Letra (a) sugere que ao somar as três tensões desse circuito equilibrado,
obteremos uma tensão três vezes maior, mas essa informação é incorreta, pois
sabemos que a soma de três fasores equilibrados é nula.

Letra (b) diz que na carga, que está ligada em delta, as tensões de linha e fase
são iguais, e isso é verdade, como nos diz a expressão (6).

Letra (c) informa que a amplitude das correntes de fase são diferentes, e
sabemos que isso está errado, pois num circuito equilibrado as amplitudes das
correntes das três fases são sempre iguais.

Letra (d) diz que a corrente de linha I é idêntica a corrente de fase I , e para a
ligação triângulo isso não é verdade, pois sabebmos que nessa ligação a
correntbec de linha é raiz de três vezes maior que a de fase.

Letra (e) como nos veremos,


Joãonum circuito
Pedro equilibrado,
da Cunha Filhoas potências de cada fase
[email protected]
são idênticas, não distintas como sugere a alternativa.
121.696.206-56
Resposta: Letra B

(CEBRASPE/BANCO DA AMAZÔNIA/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2012) Se


determinada carga trifásica conectada em triângulo possui resistência R por
fase, então a modelagem equivalente dessa carga na ligação estrela resulta em
uma resistência por fase três vezes menor.

( ) Certo
( ) Errado

Comentários:
Pela equação estudada, temos:

Logo para 𝑍∆ = 𝑅, temos que para a ligação estrela essa resistência valeria:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Isto é, três vezes menor, portanto, está Certo.

(CEBRASPE/BANCO DA AMAZÔNIA/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2012) Em uma


ligação trifásica em delta, a tensão de fase é igual à tensão de linha. Já na ligação
trifásica em estrela, a corrente de fase é igual à corrente de linha, porém com
uma defasagem angular de 30 graus.

( ) Certo
( ) Errado

Comentários:
A questão deveria ter dito que vale para condições equilibradas, mas vamos lá!
Na ligação delta, aprendemos
João que de fato
Pedro a tensãoFilho
da Cunha de fase é igual a de linha, já
na ligação estrela foi visto que a corrente de linha é igual a de fase, porém sem
[email protected]
121.696.206-56
essa defasagem angular mencionada no texto.

Está Errado!

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2012) Três cargas


equilibradas, formadas por impedâncias iguais de valor 6∠ –30º ohms, estão
ligadas em triângulo a um sistema elétrico trifásico, ABC, com tensão de linha
igual a 204 V. A corrente de linha resultante no circuito equivalente com as
cargas ligadas em estrela e o ângulo de fase da tensão igual a 120º é:
(Considerar √3 = 1,7)

A) 100 ∠ –30º
B) 60 ∠ 150º
C) 30 ∠ –90º
D) 20 ∠ 45º
E) 10 ∠ –120º
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
O primeiro passo é converter a carga de triângulo para estrela, resultando em:

E a corrente de linha é calculada como na ligação Y-Y, como sendo a tensão de


fase dividida pela impedância. Então antes de fazermos esse cálculo, devemos
converter a tensão de linha de 204 V para tensão de fase:

Agora sim calculando a corrente de linha, temos:

Resposta: Letra B
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56
(CESGRANRIO/TRANSPETRO/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2012)

A figura acima mostra parte de um circuito trifásico balanceado, onde a


resistência R é um valor em ohm. A fonte que alimenta esse circuito é
balanceada e de sequência negativa. O fasor da corrente de linha ILA, em
ampère, e em função dos dados apresentados, é
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
Observe que a carga está ligada em triângulo, e, portanto, devemos usar os
passos aprendidos para realizar o calculo da corrente de linha na fase A.

O primeiro passo é converter a carga em triângulo para estrela, através da


expressão João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56

Agora a corrente de linha é calculada como na ligação Y-Y, como sendo a tensão
de fase dividida pela impedância. Então antes de fazermos esse cálculo,
devemos converter a tensão de linha de 𝑉𝑎𝑏 = 𝑉𝑚⌊0° 𝑉 para tensão de fase,
lembrando que está se utilizando da sequência negativa:

Desta forma a corrente de linha na fase A é dada por:

Racionalizando a expressão temos:

Resposta: Letra C
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Conexão Triângulo-Triângulo

Uma conexão triângulo-triângulo é aquela no qual tanto a fonte e a carga


equilibrada estão conectadas em triângulo. Um exemplo desse tipo de conexão
é mostrado na Figura 41.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
Através de uma simples LKT em cada malha percebemos que a tensão da fonte
121.696.206-56
é exatamente igual a tensão na impedância de cada carga, portanto temos:

Agora que sabemos o valor da tensão na carga, através da Lei de Ohm,


obteremos as correntes de fase, calculadas como:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

De posse da corrente de fase na carga, e sabendo que temos a ligação delta, as


correntes de linha podem ser calculadas através da relação entre as correntes
de linha e fase:

Nos concursos são raras questões com exatamente essa conexão, mas vamos
praticar com alguns exemplos.

(AOCP/EBSERH/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2015) Considerando-se que a figura a


seguir apresenta uma carga trifásica equilibrada em delta, tendo cada
impedância o valor de Z=5 < 45°Ω, estando o gerador ligado com a sequência
ABC e sendo o valor daJoão
tensãoPedro
de linha
da igual
Cunhaa 220 V, é correto afirmar que o
Filho
valor do módulo das correntes de fase é igual a
[email protected]
121.696.206-56

A) 76 A
B) 67 A
C) 54 A
D) 50 A
E) 44 A

Comentários:
Observe que a carga está conectada em triângulo, e nos foi fornecida a tensão
de linha na mesma. Como sabemos, na ligação delta, a tensão de linha é igual a
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

de fase, portanto de posse da tensão e usando a lei de ohm, a corrente de fase é


dada por:

Moleza né?!

Resposta: Letra E

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
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POTÊNCIA EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS EQUILIBRADOS

Quando os circuitos são equilibrados, as potências desenvolvidas em cada fase


são exatamente as mesmas, portanto basta calcular a potência em uma das
fases e multiplicar por 3. Portanto as equações de potência que aprendemos no
módulo do curso referente a corrente alternada, serão validas aqui, mas
adaptadas para fornecer a potência total das três fases.

A potência complexa de uma carga trifásica pode ser calculada através de:
(75)

O índice 𝑝 indica valores de fase e o 𝑙 valores de linha. Se usar valores de fase,


multiplica a potência por 3, e para valores de linha, se multiplica por raiz de 3.

Adicionalmente a potência complexa pode ser dada por:


(76)
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
Lembrando que a potência ativa é a parte real da potência complexa e a
121.696.206-56
potência reativa a parte imaginária, temos:

(77)
(78)
(79)

(80)
(81)
(82)

Lembrando da expressão do fator de potência que já aprendemos:

Vamos praticar, assim você verá como é tranquilo!


ENGENHARIA ELÉTRICA
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(CESGRANRIO/CAIXA/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2012) Um alimentador trifásico


de 200 V de tensão de linha alimenta uma carga trifásica resistiva de 3.000 W. A
corrente nominal, em ampères, nesse alimentador é de:

A) 5 /√3
B) 5√3
C) 5
D) 10
E) 15

Comentários:
Essa é muito fácil, e olha que foi concurso de banca difícil! Basta substituir na
fórmula, observando que foi fornecido um valor de tensão de linha:

Temos 𝑃 = 3000 𝑊, 𝑉𝑙 = 200 𝑉 e como a carga é resistiva temos que o seu fator
de potência é unitário (𝑓. 𝑝 = 𝑐os = 1), logo:
João Pedro da Cunha Filho
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Resposta: Letra B

(BIO-RIO/ELETROBRAS/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2013) Em um circuito trifásico


equilibrado, o fator de potência de operação é 0,8 indutivo. Os valores eficazes
da tensão de linha e da corrente de linha valem, respectivamente, 100 V e 10 A.
A potência reativa trifásica é:
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Comentários:
Nos sabemos que se utilizamos valores de linha, a potencia reativa pode ser
calculada através de:

Se o 𝑓. 𝑝 = cos = 0,8, através da seguinte relação trigonométrica obtemos sen θ.

Logo:

Resposta: Letra D

João Pedro da Cunha Filho


(CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2014) Em uma carga
[email protected]
trifásica ligada em estrela aterrada, a corrente de fase é igual a 20∠30º A , e a
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tensão entre a fase a e a fase b é igual a 220√3∠60º V. O valor, em watts, da
potência ativa total consumida pela carga é de

A) 4400
B) 6600
C) 9500
D) 13200
E) 19800

Comentários:
Na ligação Y temos que a corrente de fase é igual a corrente de linha, logo:

E foi nos dado a tensão entre duas fases, portanto uma tensão de linha:

Cuja tensão de fase vale:


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O ângulo do fator de potência é dado por:

Portanto a potência ativa vale:

Resposta: Letra D

(FCC/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2015) Considere o


sistema trifásico a três fios representado abaixo, onde todas as impedâncias são
iguais a 30 ∠ 60°Ω.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
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A potência em W do sistema é, aproximadamente,

A) 4190
B) 2420
C) 1900
D) 2900
E) 1400

Comentários:
Observe que a ligação está em delta, e foi nos dada a tensão entre uma fase e
outra, portanto uma tensão de linha 220 V. O valor da impedância é de 30⌊60°
Ω. Com esses dados a potência ativa pode ser dada por:

O que nos falta é calcular a corrente de fase na carga, que é dada por:
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E a parte real da impedância vale:

Logo:

Resposta: Letra B

(UFMT/UFSBA/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2017) Três impedâncias iguais a 15+j21


Ω são ligadas em delta a um sistema trifásico equilibrado, três condutores, cuja
tensão eficaz de linha é √3 × 100 V, através de condutores cujas impedâncias são
1+j1 Ω. A potência dissipada nos condutores é:

A) 300 W
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
B) 100 W
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C) 420 W
D) 90 W

Comentários:
A ligação proposta pela questão é:

Vamos calcular a corrente de linha que passa pelos condutores, para isso
convertermos a carga de triângulo para estrela.
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Agora o módulo da tensão de fase é:

Portanto agora que temos uma ligação Y, a corrente de linha é dada por:

Portanto a potência dissipada no condutor vale:

Resposta: Letra A

Vamos esquematizar algumas informações importantes?

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
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CONEXÕES TRIFÁSICAS DESEQUILIBRADAS

Uma conexão trifásica é dita desequilibrada, quando ocorre um desequilíbrio


em:

→ Fonte, com magnitudes distintas e/ou fases com fases diferentes de 120º
entre si;

→ Impedância da carga ou da linha, com valores distintos para as fases.

Quando isso ocorre, as expressões que relacionavam as tensões de linha e de


fase, e corrente de linha e de fase, não são mais válidas, e a resolução é
realizada caso a caso, se valendo da Lei de Ohm e Kirchhoff.

Do ponto de vista da potência, basta calcular para cada fase a potência


desenvolvida, utilizando as fórmulas monofásicas estudadas no capítulo de
João Pedro da Cunha Filho
corrente alternada, e somar.
[email protected]
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É importante lembrar que nos circuitos a quatro fios, quando ocorre
desequilíbrio, surge uma corrente no condutor neutro, que vale:

Vamos calcular a corrente de linha que passa pelos condutores, para isso
convertermos a carga de triângulo para estrela.
(83)

Só conseguiremos entender isso, praticando!

(CESGRANRIO/ELETROBRAS/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2010) Um sistema


trifásico ACB a três condutores, 200 V, alimenta uma carga em triângulo
constituída por:
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Considere que a fase de 𝑉BC vale 0º. A potência ativa total consumida por essa
carga em W é:

A) 615
B) 1250
C) 2500
D) 3000
E) 5600

Comentários:
A ligação proposta pelo enunciado é esquematizada abaixo. Claramente se trata
de um circuito desequilibrado, uma vez que as impedâncias de carga não
assumem os mesmos valores:

João Pedro da Cunha Filho


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Através da lei de Ohm, as correntes são dadas por:

Logo as potências valem:

Resposta: Letra D
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(CESGRANRIO/ELETROBRAS/ENGENHARIA ELÉTRICA – 2010 - ADAPTADA) Um


sistema trifásico ABC a quatro condutores, com tensões de linha e de fase,
respectivamente, de 208 e 120 V, alimenta uma carga em estrela constituída por

Considere que a fase de 𝑉𝐵𝐶 vale 0°. A corrente de neutro é:

A) 0 A
B) 10,582⌊49,1° 𝐴
C) 4⌊−90° A
D) 20⌊−90° A
E) 10,582⌊−49,1° 𝐴

Comentários:
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
Independe se a conexão é equilibrada ou não, se a ligação é em estrela temos
121.696.206-56
que a corrente de linha é igual a de fase, e como o circuito é a quatro fios,
podemos observar que pela LKT as correntes são dadas por:

Precisamos inicialmente obter o valor das fontes, que por serem equilibradas e
com sequência positiva, são dadas por:

Logo as tensões de fase valem:


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Portanto as correntes valem:

Desta forma a corrente no condutor


João Pedro neutro é dadaFilho
da Cunha por:
[email protected]
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Resposta: Letra B

QUESTÕES EXTRAS

(CESGRANRIO/CAIXA/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2012) A figura mostra um


sistema trifásico, com carga equilibrada, ligada em estrela, a quatro fios, no qual
as tensões VA, VB e VC são equilibradas e dadas por:
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O valor, em módulo, da corrente de neutro (𝐼𝑁), em ampères, é de:

A) 98,1
B) 80
C) 67
D) 38,1
E) ZERO João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
Comentários: 121.696.206-56
Observe que do ponto de vista da fonte a mesma é equilibrada, pois todas tem a
mesma magnitude e são defasadas exatamente entre si de 120º.

Em relação a carga, todas tem o mesmo valor, portanto equilibradas.

Como estudado a corrente no condutor neutro em um circuito equilibrado é


nulo.

Resposta: Letra E

(CESGRANRIO/PETROBRAS/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2012)


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No circuito da figura acima, a fonte trifásica é ideal e balanceada. A impedância


equivalente por fase desse circuito, em função de 𝑍 Δ e 𝑍𝑌, é

Comentários:
Temos uma carga em estrela e outra em delta, inicialmente vamos transformar a
João Pedro da Cunha Filho
carga em estrela [email protected]
delta, assim elas ficarão em paralelo, e podemos fazer o
equivalente. 121.696.206-56

O circuito convertido fica da seguinte forma.

O paralelo é dado por:

Feito o paralelo, o circuito equivalente se torna:


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Agora convertendo da ligação triângulo para estrela, temos:

Resposta: Letra C

(CESGRANRIO/PETROBRAS/ENGENHARIA ELÉTRICA - 2012)


João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56

Na figura acima, uma lâmpada incandescente, que se supõe acender para


qualquer diferença de potencial, é conectada aos neutros da fonte e da carga,
ambas trifásicas. A carga é balanceada, e as tensões da fonte são senoides, cujos
números complexos representativos (fasores) são Va , Vb e Vc. Para que a
lâmpada acenda, os valores de Va , Vb e Vc. em volts, devem ser,
respectivamente,

A)

B)
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Material Teórico

C)

D)

E)

Comentários:
Para que a lâmpada acenda deve existir uma diferença de potencial entre os
terminais de neutro, e isso só acontece se o circuito for desequilibrado. Nos
aprendemos que em um circuito equilibrado temos:
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56
Percebemos que em todas alternativas a soma das tensões é nula, com exceção
do item B, aonde temos:

Portanto a lâmpada somente acenderá com o conjunto de tensões da Letra B.


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FILTROS PASSIVOS

O conceito de filtros tem sido parte integrante da evolução da engenharia


elétrica desde o início. Várias realizações tecnológicas não teriam sido possíveis
sem a existência dos filtros elétricos. Em virtude desse importante papel, foi
despendido grande esforço na teoria, no projeto e na construção de filtros e
foram escritos muitos artigos e livros sobre eles.

Filtro é um circuito projetado para deixar passar sinais com frequências


desejadas e rejeitar ou atenuar outros.

Como dispositivo seletivo de frequências, um filtro pode ser usado para limitar o
espectro de frequências de um sinal para alguma faixa de frequências
especificada e em receptores de rádio e TV, para possibilitar que selecionemos
um sinal desejado de uma grande gama de sinais presentes no ambiente.

João
Um circuito é um filtro Pedrosedafor
passivo Cunha Filho
formado apenas pelos elementos
[email protected]
passivos 𝑅, 𝐿 e 𝐶. Diz-se que um filtro é ativo se ele for formado por elementos
121.696.206-56
ativos (como transistores e amplificadores operacionais), além dos elementos
passivos 𝑅, 𝐿 e 𝐶. Consideremos filtros passivos nesta seção e os filtros ativos na
seção seguinte. Os filtros LC foram usados em aplicações práticas por mais de
oito décadas. A tecnologia de filtros LC alimenta áreas relacionadas como
equalizadores, circuitos de casamento de impedância, transformadores,
circuitos modeladores, divisores de potência, atenuadores e acopladores
direcionais e fornece continuamente aos engenheiros oportunidades para
inovar e experimentar. Além dos filtros LC que estudaremos nestas seções,
existem outros tipos de filtros – como os digitais, eletromecânicos e de
micro-ondas.

Como pode ser visto na Figura 1, existem quatro tipos de filtros, sejam eles
passivos ou ativos.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Figura 1: Tipos de filtros.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

✔ Um filtro passa-baixas deixa passar frequências baixas e rejeita frequências


altas, como mostrado de forma ideal na Figura 1 (a);

✔ Um filtro passa-altas deixa passar frequências altas e rejeita frequências


baixas, conforme mostrado de forma ideal na Figura 1 (b);

✔ Um filtro passa-faixa deixa passar frequências dentro de uma faixa de


frequências e bloqueia ou atenua frequências dentro da faixa, como
mostrado de forma ideal na Figura 1 (c);
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Material Teórico

✔ Um filtro rejeita-faixa deixa passar frequências fora de uma faixa de


frequências e bloqueia ou atenua frequências dentro da faixa, conforme
mostrado de forma ideal na Figura 1 (d).

A Figura 2 apresenta um resumo das características desses filtros. Esteja atento


para o fato de as características nessa tabela serem válidas apenas para os
filtros de primeira ou de segunda ordens – porém não se deve ficar com a
impressão de que existem somente esses tipos de filtros.

Figura 2: Síntese das características dos filtros ideais.

João PedroFonte:
da Cunha Filhode Circuitos Elétricos, Sadiku.
Fundamentos
[email protected]
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Para verificar o tipo de um filtro, basta analisar seus extremos, quando a
frequência é nula e quando é infinita, dependendo do valor da saída e de acordo
com a Figura 2, determina-se o tipo de filtro. Vamos ainda treinar muito isso, não
se preocupe!

Consideraremos a seguir circuitos típicos para construção de filtros mostrados


na Figura 2.

Filtro Passa-Baixas

Um filtro passa-baixas padrão é formado quando a saída de um circuito 𝑅𝐶 é


obtida a partir do capacitor, como mostra a Figura 3.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Figura 3: Filtro RC passa-baixas.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

A função de transferência é dada por:


𝑉𝑜 1
𝐻 ( ω) = 𝑉𝑖
= 1+𝑗ω𝑅𝐶 (1)

Observe que 𝐻(0) = 1, 𝐻(∞) = 0. A Figura 4 mostra o gráfico de |𝐻(ω)|,


juntamente com a curva característica ideal.

Figura 4: Respostas de frequência ideal e real de um filtro passa-baixas.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
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Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

A frequência de meia potência, equivalente à frequência de corte nos gráficos de


Bode, porém, no contexto de filtros, normalmente conhecida como frequência
de corte ω𝑐, é obtida ajustando-se a amplitude de 𝐻(ω) para 1/ 2, portanto:
1
ω𝑐 = 𝑅𝐶 (2)

A frequência de corte também é denominada frequência de aumento de


decaimento.

Um filtro passa-baixas é projetado para deixar passar apenas frequências acima


da CC até a frequência de corte ω𝑐. Um filtro passa-baixas também pode ser
formado quando a saída de um circuito RL é obtida do resistor. Obviamente,
existem muitos outros tipos de filtros passa-baixas.
ENGENHARIA ELÉTRICA
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Filtro Passa-Altas

Um filtro passa-altas é formado quando a saída de um circuito 𝑅𝐶 é obtida do


resistor, conforme mostrado na Figura 5.

Figura 5: Filtro passa-altas.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

A função de transferência é dada por:


𝑉𝑜 𝑗ω𝑅𝐶
𝐻 ( ω) = 𝑉𝑖
= 1+𝑗ω𝑅𝐶 (3)

Note que 𝐻(0) = 0, 𝐻(∞)João


= 1. APedro
Figura 6
damostra
Cunha o gráfico
Filho de |𝐻(ω)|.
[email protected]
Figura 6: Respostas de frequência ideal e real de um filtro passa-altas.
121.696.206-56

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Repetindo, a frequência de corte ou frequência de canto é


1
ω𝑐 = 𝑅𝐶 (4)

Um filtro passa-altas é projetado para deixar passar todas as frequências acima


de sua frequência de corte ω𝑐. Um filtro passa-altas também pode ser
formado quando a saída de um circuito RL é obtida do indutor.
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Filtro Passa-Faixa

O circuito 𝑅𝐿𝐶 em série ressonante fornece um filtro passa-faixa quando a saída


é extraída do resistor, como mostra a Figura 7.

Figura 7: Filtro passa-faixa.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

A função de transferência é
𝑉𝑜 𝑅
𝐻 ( ω) = = (5)
𝑉𝑖 (
𝑅+𝑗 ω𝐿− ω𝐶
1
)

Observamos que 𝐻(0) = João


0, 𝐻(∞Pedro
) = 0. Ada
Figura 8 mostra
Cunha Filhoo gráfico de |𝐻(ω)|.
[email protected]
Figura 8: Respostas de frequência ideal e real de um filtro passa-faixa.
121.696.206-56

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

O filtro passa-faixa deixa passar uma faixa de frequências (ω1 < ω < ω2)
centralizada em ω0, a frequência central, que é dada por:
1
ω0 =
𝐿𝐶
(6)

Como o filtro passa-faixa da Figura 7 é um circuito ressonante em série, as


frequências de meia potência, a largura de banda e o fator de qualidade são
determinados, conforme a Figura 9.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Figura 9: Características dos circuitos RLC ressonantes.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Um filtro passa-faixa também


Joãopode
Pedroserda
formado
Cunhapela conexão em cascata de um
Filho
filtro passa-baixas com o filtro passa-altas. Porém, o resultado não seria o
[email protected]
mesmo que simplesmente adicionar a saída do filtro passa-baixas à entrada do
121.696.206-56
filtro passa-altas, pois o segundo circuito atua como carga para o primeiro e
altera a função de transferência desejada.

Filtro Rejeita-Faixa

Um filtro que impede a passagem de uma faixa de frequências entre dois


valores designados (ω1 e ω2) é conhecido por várias denominações como filtro
corta-faixa, rejeita-faixa ou filtro notch. Um filtro rejeita-faixa é formado quando
a saída do circuito RLC em série ressonante é obtida da associação LC em série,
como mostrado na Figura 10.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Figura 10: Filtro Rejeita-Faixa.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

A função de transferência é:
𝑉𝑜 (
𝑗 ω𝐿− ω𝐶
1
)
𝐻 ( ω) = = (7)
𝑉𝑖 𝑅+𝑗 ω𝐿− ( 1
ω𝐶 )

Note que 𝐻(0) = 1, 𝐻(∞) = 1. A Figura 11 mostra o gráfico de |𝐻(ω)|.

Figura 11: Respostas de frequência ideal e real de um filtro rejeita-faixa.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Repetindo, a frequência central é dada por:


1
ω0 =
𝐿𝐶
(8)

Enquanto as frequências de meia potência, a largura de banda e o fator de


qualidade são calculados usando-se as fórmulas da Figura 9 para um circuito
ressonante em série. Nesse caso, ω0é denominada frequência de rejeição,
enquanto a largura de banda correspondente (𝐵 = ω2 – ω1) é conhecida como
largura de banda de rejeição. Portanto, um filtro rejeita-faixa é projetado para
barrar ou eliminar todas as frequências dentro de uma faixa de frequências,
ω1 < ω < ω2.

Observe que somar as funções de transferência do passa-faixa e do rejeita-faixa


dá um resultado unitário em qualquer frequência para os mesmos valores de R,
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

L e C. Geralmente, isso não é verdade, porém é verdadeiro para os circuitos aqui


tratados. Isso se deve ao fato de que a curva característica de uma é o inverso
da outra.

Esse conteúdo é cobrado exaustivamente de nós, vamos fazer muitas questões


para praticar!

(QUADRIX/SEDF/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2022) No que se refere aos filtros


ativos e passivos, julgue o item.

Na resposta em frequência de um filtro passivo ou ativo, o ganho de tensão será


de, aproximadamente, 0,707 para a frequência de meia potência.

( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentários: João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
A afirmação está correta, pois a frequência de meia potência é definida quando
1 121.696.206-56
o ganho vale , que equivale a 0,707.
2

Gabarito CERTO

(COPESE-UFT/UFT/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2018) Um filtro elétrico é uma


estrutura capaz de atenuar ou rejeitar certa faixa de frequência de um sinal,
permite a passagem das demais frequências, e tem, entre outras, inúmeras
aplicações na engenharia elétrica, eletrônica e de telecomunicações. Sobre esses
filtros assinale a alternativa INCORRETA.

a) Os filtros passivos têm sua aplicação recomendada para frequências abaixo


de 1 MHz, apresentam um ganho de potência e são fáceis de sintonizar.
b) Os filtros passivos são constituídos por resistências, capacitores e indutores.
c) Os filtros ativos são constituídos por resistências, capacitores e
amplificadores operacionais.
d) Os filtros passivos não apresentam ganho de potência. Já, os filtros ativos não
necessitam de indutores e são fáceis de sintonizar.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
LETRA A: INCORRETA. Filtros passivos não são capazes de produzir ganho de
potência.
LETRA B: CORRETA. Filtros passivos são constituídos de elementos passivos,
como resistores, indutores e capacitores.
LETRA C: CORRETA. Filtros ativos, além de possuírem elementos passivos, são
constituídos de elementos ativos, como amplificadores operacionais.
LETRA D: CORRETA. Filtros passivos não produzem ganho de potência. Os filtros
ativos não necessitam de indutores.

Gabarito LETRA A

(FADESP/COSANPA/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2017) O circuito a seguir


representa um filtro

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

a) ativo passa alta.


b) passivo passa alta.
c) passivo passa baixa.
d) ativo passa baixa.

Comentários:
Quando a frequência é nula (CC) o capacitor se comporta como um circuito
aberto, assim nenhuma corrente passa para a saída, assim nessa condição
𝑉𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 0.
Quando a frequência é infinita (muito elevada) o capacitor se comporta como
um curto-circuito, assim a corrente passa para a saída, assim nessa condição
𝑉𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎.
Esse comportamento é de um filtro passa-altas, sendo passivo, pois é composto
apenas de elementos passivos (resistor e capacitor).

Gabarito LETRA B
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Material Teórico

(FCC/EMAE-SP/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2018) Considere o seguinte circuito


composto de um capacitor e um resistor.

O circuito é um filtro

a) passa baixas com frequência de corte de 2000 rad/s.


b) passa faixa com frequência central de 1000 rad/s.
c) passa altas com frequência de corte de 500 rad/s.
d) passa baixas com frequência de corte de 800 rad/s.
e) passa altas com frequência de corte de 80 rad/s.
João Pedro da Cunha Filho
Comentários: [email protected]
121.696.206-56
Quando a frequência é nula (CC) o capacitor se comporta como um circuito
aberto, assim nenhuma corrente passa para a saída, assim nessa condição
𝑉𝑜𝑢𝑡 = 0.

Quando a frequência é infinita (muito elevada) o capacitor se comporta como


um curto-circuito, assim a corrente passa para a saída, assim nessa condição
𝑉𝑜𝑢𝑡 = 𝑉𝑖𝑛𝑡.

Esse comportamento é de um filtro passa-altas. A frequência de corte de um


filtro RC é dada por:
1 1
ω𝑐 = 𝑅𝐶
= −6 = 500 𝑟𝑎𝑑/𝑠
2000∙1∙10

Gabarito LETRA C

(FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/ENGENHEIRO ELETRICISTA -


2019) Considere o circuito elétrico abaixo:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

O tipo correto de filtro e a sua frequência de corte aproximada, em Hz,


respectivamente, é:

a) Passa Altas − 50.


b) Passa Faixa − 20.
c) Passa Baixas − 8.
d) Passa Altas − 2.
e) Passa Baixas − 5.

Comentários:
Quando a frequência é nula (CC) o capacitor se comporta como um circuito
aberto, toda tensão que está na entrada, aparece na saída, assim nessa
condição 𝑉𝑜𝑢𝑡 = 𝑉𝑖𝑛. João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56
Quando a frequência é infinita (muito elevada) o capacitor se comporta como
um curto-circuito, assim a tensão de saída é tomada nos terminais de um curto,
sendo, portanto, nula. Nessa condição 𝑉𝑜𝑢𝑡 = 0.

Esse comportamento é de um filtro passa-baixas. A frequência de corte, em


rad/s, de um filtro RC é dada por:
1 1
ω𝑐 = 𝑅𝐶
= 3 −6 = 50 𝑟𝑎𝑑/𝑠
20•10 ∙1∙10

Convertendo para hertz, temos:


ω𝑐 50
𝑓𝑐 = 2π
= 2π
= 8 𝐻𝑧
Gabarito LETRA C

(CEBRASPE/BANCO DA AMAZÔNIA/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2006) Julgue o


item que se segue, relativo a elementos ativos e passivos de circuito elétrico.
Filtros elétricos que contenham elementos ativos não podem conter elementos
passivos de circuito.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentários:
Filtros ativos contém elementos passivos (geralmente resistor e capacitor) e
ativos (tipicamente amplificadores operacionais).

Gabarito ERRADO.

(SELECON / EMGEPRON / ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2021)


Um filtro RC passa-baixa tem frequência de corte de 10 kHz utilizando um capaci
tor de 50 μF. Para que a frequência de corte aumente para 20 kHz é necessário a
dicionar um capacitor de:

a) 50 μF em paralelo com o atual e medir a tensão no capacitor original.


b) 25 μF em série com o atual e medir a tensão no capacitor original.
c) 50 μF em série com o atual
Joãoe Pedro
medir ada
tensão em ambos.
Cunha Filho
[email protected]
d) 25 μF em paralelo com o atual e medir a tensão no capacitor original.
121.696.206-56
Comentários:
A frequência de corte de um filtro RC é dado por:
1
𝑓𝑐 = 2π𝑅𝐶

O valor do capacitor deve é de:


1
𝐶= 2π𝑅𝑓𝑐

Se a frequência de corte dobra, o valor do capacitor deve ser reduzido pela


metade. Para conseguir reduzir o valor do capacitor de 50 μ𝐹 para 25 μ𝐹,
devemos executar uma associação em série, pois a capacitância equivalente
valeria:
𝐶∙𝐶 𝐶
𝐶𝑒𝑞 = 𝐶+𝐶
= 2

Ou seja, devemos associar um capacitor de igual valor,


50 μF, em série com o atual e medir a tensão em ambos.
Gabarito LETRA C
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

(QUADRIX/SEDF/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2022) No que se refere aos filtros


ativos e passivos, julgue o item.

Em circuitos ressonantes série ou paralelo, define-se o fator de qualidade da


resposta em frequência como a razão entre a frequência ressonante e a sua
largura de banda.

( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentários:
O fator de qualidade é calculado como sendo:
ω0
𝑄= 𝐵

Gabarito CERTO

(CEBRASPE/TRT-17º/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2013) Julgue o próximo item


João Pedro da Cunha Filho
com base no circuito mostrado na figura abaixo.
[email protected]
121.696.206-56

Considerando-se a tensão sobre o resistor R4 como a variável de saída e vA(t),


como a variável de entrada, o circuito se comporta como um filtro passa-altas.

( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentários:
Quando a frequência é nula (CC) o indutor se comporta como um curto-circuito,
nessa condição passa corrente no resistor, apresentando sinal na saída, assim
nessa condição 𝑉𝑠𝑎í𝑑𝑎≠0.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Quando a frequência é infinita (muito elevada) o indutor se comporta como um


circuito aberto, assim não passa corrente no resistor, portanto, a saída é nula.
Nessa condição 𝑉𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 0.

Esse comportamento é de um filtro passa-baixas.

Gabarito ERRADO.

Filtros Ativos

Existem três limitações principais para os filtros passivos considerados


anteriormente. Primeiro, eles não podem gerar ganho superior a 1 nem
acrescentar energia ao circuito; segundo, talvez precisem de indutores
volumosos e caros; e terceiro, apresentam um fraco desempenho em frequência
abaixo do intervalo da audiofrequência
João Pedro da(300CunhaHz <Filho
𝑓 <3.000 Hz). Não obstante,
os filtros passivos são úteis em frequências elevadas.
[email protected]
121.696.206-56
Os filtros ativos são formados por associações de resistores, capacitores e
amplificadores operacionais, e apresentam algumas vantagens em relação aos
filtros RLC. Em primeiro lugar, normalmente, são menores e mais baratos, pois
não precisam de indutores, tornando factível a construção de filtros com
circuitos integrados. Em segundo lugar, são capazes de fornecer ganho de
amplificador, além de fornecer a mesma resposta de frequência que aquela
obtida com filtros RLC. E em terceiro lugar, podem ser associados a
amplificadores com buffers (seguidores de tensão) para isolar cada estágio do
filtro de efeitos de impedância de carga e de fonte. Esse isolamento possibilita o
projeto de estágios de forma independente para, em seguida, colocá-los em
cascata para obter a função de transferência desejada. (Pelo fato de os gráficos
de Bode serem logarítmicos, estes podem ser somados quando as funções de
transferência são colocadas em cascata.) Entretanto, os filtros ativos são menos
confiáveis e menos estáveis. O limite prático da maioria dos filtros ativos é cerca
de 100 kHz – a maioria dos filtros opera bem abaixo dessa frequência.

Normalmente, os filtros são classificados de acordo com sua ordem (ou número
de polos) ou conforme seu tipo de desenho específico.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Filtro Passa-Baixas de Primeira Ordem


Na Figura 12 é mostrado um filtro de primeira ordem. Os componentes
escolhidos para 𝑍𝑖 e 𝑍𝑓 determinam se o filtro é passa-baixas ou passa-altas,
porém um dos componentes deve ser reativo.

Figura 12: Filtro ativo de primeira ordem genérico.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

A Figura 13 apresenta um filtro passa-baixas ativo padrão.

Figura 13:João Pedro da Cunha


Filtro passa-baixas Filho
de primeira ordem ativo.
[email protected]
121.696.206-56

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Para esse filtro, a função de transferência é:


𝑉0 𝑍𝑓 𝑅𝑓 1
𝐻 ( ω) = 𝑉𝑖
=− 𝑍𝑖
=− 𝑅𝑖 1+𝑗ω𝐶𝑓𝑅𝑓 (9)

𝑅𝑓
Observe que nessa equação temos um ganho CC valendo − 𝑅𝑖
. A frequência de

corte desse circuito vale:


1
ω𝑐 = 𝐶𝑓𝑅𝑓 (10)
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Observe que não depende de 𝑅𝑖. Isso significa que diversas entradas com
diferentes 𝑅𝑖 poderiam ser somadas, se necessário, e que a frequência de corte
permanece a mesma para cada entrada.

Filtro Passa-Altas de Primeira Ordem


A Figura 14 mostra um filtro passa-altas padrão.

Figura 14: Filtro passa-altas de primeira ordem ativo.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

João Pedro da Cunha Filho


A função de transferência é expressa por (11).
[email protected]
𝑉 𝑍 𝑅𝑓
𝐻(ω) = 𝑉0121.696.206-56
=− 𝑍𝑓 =− 1 (11)
𝑖 𝑖 𝑅𝑖+ 𝑗ω𝐶
𝑖

𝑅𝑓
Novamente temos um ganho CC de − 𝑅𝑖
. A frequência de corte vale:
1
ω𝑐 = 𝐶𝑖𝑅𝑖 (12)

Filtro Passa-Faixa
O circuito da Figura 13 pode ser associado com aquele da Figura 14 para formar
um filtro passa-faixa que terá um ganho 𝐾 em relação ao intervalo de
frequências exigido. Conectando em cascata um filtro passa-baixas de ganho
unitário, um filtro passa-altas, também ganho unitário, e um inversor com ganho
𝑅𝑓
− 𝑅𝑖
, conforme mostrado no diagrama em bloco da Figura 15, podemos

construir um filtro passa faixa cuja resposta de frequência é aquela indicada na


Figura 16.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Figura 15: Diagrama em bloco do filtro passa-faixa.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Figura 16: Resposta em frequência do filtro passa-faixa.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

A construção real do filtro passa-faixa é ilustrada na Figura 17.

João
FiguraPedro
17: Filtroda Cunha ativo.
passa-faixa Filho
[email protected]
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Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

A função de transferência desse filtro é dada por:


𝑉0 𝑅𝑓 1 𝑗ω𝐶2𝑅
𝐻 ( ω) = 𝑉𝑖
=− 𝑅𝑖 1+𝑗ω𝐶1𝑅
• 1+𝑗ω𝐶2𝑅 (13)

O bloco passa-baixas estabelece a frequência angular superior, como segue:


1
ω2 = 𝐶1𝑅 (14)
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

enquanto o bloco passa-altas estabelece a frequência de corte inferior, como


segue:
1
ω1 = 𝐶2𝑅 (15)

Com esses valores de ω1 e ω2, a frequência central, a largura de banda e o fator


de qualidade são determinados como segue:
ω0 = ω 1 • ω2 (16)
𝐵 = ω2 − ω1 (17)
ω0
𝑄= 𝐵
(18)

O ganho na faixa de passagem é dado por:


𝑅𝑓 ω2
𝐾= 𝑅𝑖 ω1+ω2 (19)

Filtro Rejeita-Faixa
Um filtro rejeita-faixa pode serPedro
João construído pela associação
da Cunha Filho em paralelo entre um
filtro passa-baixas, [email protected]
filtro passa-altas e um amplificador somador, conforme
mostrado no diagrama em bloco121.696.206-56
da Figura 18.

Figura 18: Diagrama de blocos do filtro rejeita-faixa.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

O circuito é projetado de tal forma que a frequência de corte inferior ω1 é


determinada pelo filtro passa-baixas, enquanto a frequência de corte superior
ω2 é estabelecida pelo filtro passa-altas. A lacuna entre ω1 e ω2 é a largura de
banda do filtro. Como indicado na Figura 19, o filtro deixa passar frequências
abaixo de ω1 e acima de ω1. O diagrama em bloco da Figura 18 é, na verdade,
construído conforme ilustrado na Figura 20.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Figura 19: Resposta em frequência do filtro rejeita-faixa.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Figura 20: Filtro rejeita-faixa ativo.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
121.696.206-56

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

A função de transferência é dada por:

𝐻 ( ω) =
𝑉0
𝑉𝑖
=−
𝑅𝑓
𝑅𝑖 ( −
1
1+𝑗ω𝐶1𝑅

𝑗ω𝐶2𝑅
1+𝑗ω𝐶2𝑅 ) (20)

As fórmulas para calcular os valores de ω1, ω2, a frequência central, a largura de


banda e o fator de qualidade são as mesmas das equações do filtro passa-faixa.
O ganho na faixa de passagem é dado por:
𝑅𝑓
𝐾= 𝑅𝑖 (21)
ENGENHARIA ELÉTRICA
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CIRCUITO DE DUAS PORTAS (QUADRIPOLO)

Um par de terminais através dos quais pode entrar ou sair uma corrente de um
circuito é conhecido como porta. Dispositivos ou elementos de dois terminais
(como resistores, capacitores e indutores) resultam em circuitos de uma porta.
Os circuitos que tratamos até então são, em sua maioria, circuitos de dois
terminais ou de uma porta, representados na Figura 21; a corrente que entra em
um terminal sai pelo outro terminal, de modo que o saldo de corrente que entra
pela porta é igual a zero. Consideramos a tensão ou a corrente em um par
simples de terminais – como os dois terminais de um resistor, capacitor ou
indutor. Também estudamos circuitos com quatro terminais ou duas portas
envolvendo amplificadores operacionais, transistores e transformadores,
conforme ilustrado na Figura 22. Geralmente, um circuito pode ter n portas.

Neste capítulo, estamos interessados basicamente nos circuitos de duas portas


(ou simplesmente, duas portas).
João
FiguraPedro da Cunha
21: Circuito Filho
de uma porta.
[email protected]
121.696.206-56

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Figura 22: Circuito de duas portas.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Circuito de duas portas é um circuito elétrico com duas portas distintas para
entrada e saída. Portanto, um circuito de duas portas possui dois pares de
terminais atuando como pontos de acesso. Como mostra a Figura 22, a corrente
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

que entra por um terminal de um par deles sai pelo outro terminal do par.
Dispositivos de três terminais, como os transistores, podem ser configurados em
circuitos de duas portas.

Nosso estudo sobre os circuitos de duas portas se deve pelo menos a duas
razões. Primeira, tais circuitos são úteis em comunicação, sistemas de controle,
sistemas de potência e eletrônica. Por exemplo, eles são usados em eletrônica
para criar modelos de transistores e facilitar o projeto em cascata. Segunda,
conhecer os parâmetros de um circuito de duas portas permite que o tratemos
como uma caixa preta, quando inserido em um circuito maior.

Caracterizar um circuito de duas portas requer que estabeleçamos uma relação


entre as quantidades 𝑉1, 𝑉2, 𝐼1 e 𝐼2 nos terminais da Figura 22, dos quais dois são
independentes. Os vários termos que estabelecem relações entre essas tensões
e correntes são chamados parâmetros. Nosso objetivo, neste capítulo, é obter
seis conjuntos desses parâmetros. Mostraremos a relação entre eles e como os
João Pedro da Cunha Filho
circuitos de duas portas podem ser ligados em série, em paralelo ou em cascata.
[email protected]
Assim como nos amplificadores operacionais, estamos interessados apenas no
121.696.206-56
comportamento dos terminais dos circuitos. Suporemos, também, que os
circuitos de duas portas não contenham nenhuma fonte independente, embora
possam conter fontes de tensão dependentes.

Parâmetros de Impedância

Os parâmetros de impedância e de admitância são geralmente usados na


síntese de filtros, e também são úteis no projeto e na análise de circuitos para
casamento de impedâncias e em redes de distribuição de energia. Trataremos
dos parâmetros de impedância nesta seção e dos parâmetros de admitância na
seção seguinte.

Um circuito de duas portas pode ser excitado por tensão ou por corrente como
mostra a Figura 23.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Figura 23: Circuito linear de duas portas, um excitado por tensão e outro por corrente.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

As tensões nos terminais podem ser relacionadas com as correntes nos


terminais como segue:
[𝑉1 𝑉2 ] = [𝑧11 𝑧12 𝑧21 𝑧22 ] • [𝐼1 𝐼2 ] (22)

onde os termos 𝑧 são denominados de parâmetros de impedância, ou


simplesmente de parâmetros 𝑧 e têm unidades de ohms.

Os valores dos parâmetros


Joãopodem
Pedro ser calculados,
da Cunha fazendo 𝐼1 = 0 (porta de
Filho
[email protected]
entrada como um circuito aberto) ou 𝐼2 = 0 (porta de saída como um circuito
121.696.206-56
aberto). Portanto:
𝑉1
𝑧11 = 𝐼1
|𝐼2 = 0 (23)
𝑉1
𝑧12 = 𝐼2
|𝐼1 = 0 (24)
𝑉2
𝑧21 = 𝐼1
|𝐼2 = 0 (25)
𝑉2
𝑧22 = 𝐼2
|𝐼1 = 0 (26)

Como os parâmetros 𝑧 são obtidos abrindo-se o circuito da porta de entrada ou


de saída, eles são denominados parâmetros de impedância de circuito aberto.
Especificamente,
𝑧11 = Impedância de entrada de circuito aberto.
𝑧12 = Impedância de transferência de circuito aberto da porta 1 para a porta 2.
𝑧21 = Impedância de transferência de circuito aberto da porta 2 para a porta 1.
𝑧22 = Impedância de saída de circuito aberto.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

De acordo com as expressões (23) a (26), obtemos 𝑧11 e 𝑧21 conectando uma
fonte de tensão 𝑉1 (ou uma fonte de corrente 𝐼1) à porta 1, enquanto deixamos a
porta 2 como um circuito aberto, como indicado na Figura 24 e determinando 𝐼1
e 𝑉2; obtemos, então, os parâmetros 𝑧11 e 𝑧21.

Figura 24: Determinação dos parâmetros 𝑧11 e 𝑧21.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

De modo similar, obtemos 𝑧12 e 𝑧22 conectando uma fonte de tensão 𝑉2 (ou uma
fonte de corrente 𝐼2) à porta 2, enquanto deixamos a porta 1 como um circuito
João Pedro da Cunha Filho
aberto, conforme indicado na Figura 25, e determinando 𝐼2 e 𝑉1; obtemos, então,
[email protected]
𝑧 e𝑧 . 121.696.206-56
12 22

Figura 25: Determinação dos parâmetros 𝑧12 e 𝑧22.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

O procedimento anterior fornece um meio para calcularmos ou medirmos os


parâmetros 𝑧.

Algumas vezes, 𝑧11 e 𝑧22 são denominadas impedâncias do ponto de excitação,


enquanto 𝑧21 e 𝑧12 são chamadas impedâncias de transferência. Uma
impedância do ponto de excitação é a impedância de entrada de um dispositivo
de dois terminais (uma porta). Portanto, 𝑧11é a impedância do ponto de
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

excitação de entrada no qual a porta de saída é um circuito aberto, enquanto 𝑧22


é impedância do ponto de excitação de saída no qual a porta de entrada é um
circuito aberto.

Quando 𝑧11 = 𝑧22, diz-se que o circuito de duas portas é simétrico. Isso implica o
circuito ter simetria tipo espelho em relação a uma linha central; isto é, pode-se
encontrar uma linha que divide o circuito em duas metades semelhantes.

Quando o circuito de duas portas for linear e não tiver fontes de tensão
dependentes, as impedâncias de transferência são iguais (𝑧12 = 𝑧21) e as duas
portas são recíprocas. Isso significa que se os pontos de excitação e de resposta
forem trocados entre si, as impedâncias de transferência permanecem as
mesmas. Conforme ilustrado na Figura 26, um circuito de duas portas é
recíproco se a troca de uma fonte de tensão ideal em uma porta por um
amperímetro ideal na outra porta der a mesma leitura no amperímetro.
João Pedro da Cunha Filho
Figura 26: Trocar uma fonte de tensão em uma porta por um amperímetro ideal na outra
[email protected]
porta produz a mesma leitura em um circuito de duas portas recíproco.
121.696.206-56

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Qualquer circuito de duas portas, formado inteiramente por resistores,


capacitores e indutores deve ser recíproco, e pode ser substituído pelo circuito
equivalente T da Figura 27. Se não for recíproco, um circuito equivalente mais
genérico é mostrado na Figura 28.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Figura 27: Circuito equivalente T.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Figura 28: Circuito equivalente geral.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

João Pedro da Cunha Filho


Parâmetros de Admitância
[email protected]
121.696.206-56
Na Figura 29, as correntes de terminais podem ser expressas em termos das
tensões nos terminais, os chamados parâmetros de admitância.

Figura 29: Parâmetros de admitância.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Esses parâmetros são dados por:


[𝐼1 𝐼2 ] = [𝑦11 𝑦12 𝑦21 𝑦22 ] • [𝑉1 𝑉2 ] (27)

Os termos 𝑦 são conhecidos como parâmetros de admitância (ou, simplesmente,


parâmetros 𝑦) e são expressos em siemens.

Os valores dos parâmetros podem ser calculados fazendo 𝑉1 = 0 (porta de


entrada curto-circuitada) ou 𝑉2 = 0 (porta de saída curto-circuitada). Portanto,
𝐼1
𝑦11 = 𝑉1
|𝑉2 = 0 (28)
𝐼1
𝑦12 = 𝑉2
|𝑉1 = 0 (29)
𝐼2
𝑦21 = 𝑉1
|𝑉2 = 0 (30)
𝐼2
𝑦22 = 𝑉2
|𝑉1 = 0 (31)

Como os parâmetros 𝑦 João


são obtidos
Pedrocurto-circuitando-se
da Cunha Filho a porta de entrada ou
de saída, eles também são denominados parâmetros de admitância de curto-
[email protected]
-circuito. Especificamente, 121.696.206-56
𝑦11 = Admitância de entrada de curto-circuito.
𝑦12 = Admitância de transferência de curto-circuito da porta 2 para a porta 1.
𝑦21 = Admitância de transferência de curto-circuito da porta 1 para a porta 2.
𝑦22 = Admitância de saída de curto-circuito.

De acordo com a expressão (28) e (29), obtemos 𝑦11 e 𝑦21 conectando-se uma
fonte de corrente 𝐼1 à porta 1 e curto-circuitando a porta 2, como mostrado na
Figura 29, determinando 𝑉1 e 𝐼2.

De modo similar, agora com as expressões (30) e (31), obtemos 𝑦12 e 𝑦22
conectando-se uma fonte de corrente 𝐼2 à porta 2 e curto-circuitando a porta 1,
como mostrado na Figura 29, determinando 𝐼1 e 𝑉2.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Esse procedimento fornece um meio para calcularmos ou medirmos os


parâmetros 𝑦. Os parâmetros de impedância e admitância são denominados,
conjuntamente, parâmetros de imitância.

Para um circuito de duas portas que é linear e não possui nenhuma fonte
dependente, as admitâncias de transferência são iguais (𝑦12 = 𝑦21). Isso pode ser
provado da mesma forma que fizemos para os parâmetros 𝑧. Um circuito
recíproco (𝑦12 = 𝑦21) pode ter como modelo o circuito equivalente π da Figura 30.
Se o circuito não for recíproco, é mostrado um circuito equivalente mais
genérico na Figura 31.

Figura 30: Circuito equivalente π.

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.
121.696.206-56

Figura 31: Circuito equivalente geral.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Parâmetros Híbridos

Os parâmetros 𝑧 e 𝑦 de um circuito de duas portas nem sempre existem. Assim,


há a necessidade de criarmos um terceiro conjunto de parâmetros, que se
baseia no ato de tornar 𝑉1 e 𝐼2 as variáveis dependentes. Portanto, obtemos

[𝑉1 𝐼2 ] = [ℎ11 ℎ12 ℎ21 ℎ22 ] • [𝐼1 𝑉2 ] (32)


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Os termos ℎ são conhecidos como parâmetros híbridos (ou, simplesmente,


parâmetros ℎ), pois são uma combinação híbrida de razões. Eles são muito úteis
na descrição de dispositivos eletrônicos como transistores. É muito mais fácil
medir experimentalmente os parâmetros ℎ desses dispositivos que medir seus
parâmetros 𝑧 ou 𝑦.

Os valores dos parâmetros são determinados como segue:


𝑉1
ℎ11 = 𝐼1
|𝑉2 = 0 (33)
𝑉1
ℎ12 = 𝑉2
|𝐼1 = 0 (34)
𝐼2
ℎ21 = 𝐼1
|𝑉2 = 0 (35)
𝐼2
ℎ22 = 𝑉2
|𝐼1 = 0 (36)

Fica evidente das expressões acima que os parâmetros ℎ11, ℎ12, ℎ21 e ℎ22
representam, respectivamente, uma impedância, um ganho de tensão, um
João Pedro da Cunha Filho
ganho de corrente e uma admitância. É por essa razão que eles são
[email protected]
denominados parâmetros híbridos. Sendo mais específico,
121.696.206-56
ℎ11 = Impedância de entrada de curto-circuito.
ℎ12 = Ganho de tensão inverso de circuito aberto.
ℎ21 = Ganho de corrente direto de curto-circuito.
ℎ22 = Admitância de saída de circuito aberto.

O procedimento para calcular os parâmetros ℎ é similar àquele usado para os


parâmetros 𝑧 ou 𝑦. Aplicamos uma fonte de tensão ou de corrente à porta
apropriada, curto-circuitamos ou deixamos como circuito aberto a outra porta,
dependendo do parâmetro de interesse, e realizamos uma análise de circuitos
comum. Para circuitos recíprocos, ℎ12 = − ℎ12. Isso pode ser provado da mesma
forma que provamos que 𝑧12 = 𝑧21. A Figura 32 mostra o modelo híbrido do
circuito de duas portas.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Figura 32: O circuito equivalente com parâmetros ℎ de um circuito de duas portas.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Um conjunto de parâmetros estreitamente ligado aos parâmetros ℎ são os


parâmetros 𝑔 ou parâmetros híbridos inversos. Estes são usados para descrever
as correntes e tensões nos terminais:
[𝐼1 𝑉2 ] = [𝑔11 𝑔12 𝑔21 𝑔22 ] • [𝑉1 𝐼2 ] (37)

Os valores dos parâmetros 𝑔 são determinados como segue:


𝐼1
𝑔11 = 𝑉1
|𝐼2 = 0 (38)
𝐼1
𝑔12 =
João Pedro
𝐼2
|𝑉1 = 0 (39)
da Cunha Filho
𝑉2
[email protected]
𝑔21 = 𝑉 |𝐼2 = 0 (40)
121.696.206-56
𝑉
1

(41)
2
𝑔22 = 𝐼2
|𝑉1 = 0

Portanto, os parâmetros híbridos inversos são denominados especificamente


𝑔11 = Admitância de entrada de circuito aberto.
𝑔12 = Ganho de corrente inverso de circuito aberto.
𝑔21 = Ganho de tensão direto de circuito aberto.
𝑔22 = Impedância de saída de curto-circuito.

A Figura 33 mostra o modelo híbrido inverso de um circuito de duas portas. Os


parâmetros 𝑔 são frequentemente usados para modelar transistores de efeito
de campo (FETs).
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Parâmetros de Transmissão

Já que não existem restrições sobre quais tensões e correntes terminais devem
ser consideradas variáveis independentes e quais devem ser consideradas
dependentes, a expectativa é de estarmos aptos a gerar diversos conjuntos de
parâmetros.
Outro conjunto de parâmetros estabelece uma relação entre as variáveis na
porta de entrada e as variáveis na porta de saída. Portanto,
[𝑉1 𝐼1 ] = [𝐴 𝐵 𝐶 𝐷 ] • [𝑉2 − 𝐼2 ] (42)
A expressão (42) estabelece uma relação entre as variáveis de entrada (𝑉1 e 𝐼1) e
de saída (𝑉2 e − 𝐼2). Observe que, no cálculo dos parâmetros de transmissão, é
usado − 𝐼2 em vez de 𝐼2, porque considera-se que a corrente esteja saindo do
circuito, como indicado na Figura 33. Isso é feito por pura convenção, ao
colocarmos circuitos de duas portas em cascata (saída com entrada), é mais
lógico pensarmos em 𝐼2 saindo do circuito de duas portas. Também é
João Pedro da Cunha Filho
costumeiro, no setor de energia elétrica, considerar 𝐼2 saindo do circuito de duas
[email protected]
portas. 121.696.206-56

Figura 33: Variáveis terminais usadas para definir os parâmetros ABCD.

Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.

Os parâmetros do circuito de duas portas dão uma medida de como um circuito


transmite tensão e corrente de uma fonte para uma carga. Eles são úteis na
análise de linhas de transmissão (como cabo e fibra), pois expressam variáveis
do lado transmissor (𝑉1 e 𝐼1) em termos de variáveis do lado receptor (𝑉2 e − 𝐼2).
Por essa razão, são chamados parâmetros de transmissão, também conhecidos
como parâmetros ABCD. Eles são usados no projeto de sistemas de telefonia,
circuitos de micro-ondas e radares.
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Material Teórico

Os parâmetros de transmissão são determinados como segue:


𝑉1
𝐴= 𝑉2
|𝐼2 = 0 (43)
𝑉1
𝐵 =− 𝐼2
|𝑉2 = 0 (44)
𝐼1
𝐶= 𝑉2
|𝐼2 = 0 (45)
𝐼1
𝐷 =− 𝐼2
|𝑉2 = 0 (46)

Portanto, os parâmetros de transmissão são denominados, especificamente,


𝐴 = Razão de tensão de circuito aberto.
𝐵 = Impedância de transferência de curto-circuito negativa.
𝐶 = Admitância de transferência de circuito aberto.
𝐷 = Razão de corrente de curto-circuito negativa.
𝐴 e 𝐷 são adimensionais, 𝐵 é medido em ohms e 𝐶, em siemens. Como os
parâmetros de transmissão fornecem uma relação direta entre variáveis de
entrada e de saída, eles são úteis em circuitos em cascata.
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
Em termos de parâmetros de transmissão, um circuito é recíproco se:
121.696.206-56
𝐴𝐷 − 𝐵𝐶 = 1 (47)

Relação Entre os Parâmetros

Os parâmetros relacionam as mesmas variáveis de terminais de entrada e de


saída do mesmo circuito de duas portas, eles devem estar inter-relacionados. Se
existirem dois conjuntos de parâmetros, podemos relacionar um conjunto com
o outro. Essas conversões são ilustradas na Figura 34.

Figura 34: Conversão entre os parâmetros.


ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

João Pedro da Cunha Filho


[email protected]
Fonte: Fundamentos de Circuitos Elétricos, Sadiku.
121.696.206-56
Vamos praticar bastante e ver como isso nos é cobrado nos concursos públicos!

(CEBRASPE/BANCO DA AMAZÔNIA/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2006)

A figura acima mostra um circuito elétrico que representa um quadripolo


composto apenas por elementos passivos. O circuito representa também um
filtro elétrico, sendo a entrada Vi(s) e a saída, Vo(s). Os elementos passivos no
circuito são representados por suas impedâncias no domínio da transformada
de Laplace.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

A partir das informações acima, julgue o item subsequente.

Suponha que os parâmetros Z (impedância) desse quadripolo sejam


determinados, sendo a porta 1 a entrada do quadripolo e a porta 2, a saída. Em
tal situação, o elemento Z21 do quadripolo é igual a R.

( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentários:
O elemento 𝑧21 é calculado como sendo:
𝑉2
𝑧21 = 𝐼1
|𝐼2 = 0

Ou seja, associamos uma fonte de corrente 𝐼1 na entrada, mantendo a saída


aberta. O circuito fica da seguinte forma:
João Pedro da Cunha Filho
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121.696.206-56

A corrente 𝐼1 passa pelo capacitor e o resistor. A tensão 𝑉2 vale:


𝑉2 = 𝑅∙𝐼1

Logo:
𝑉2
𝑧21 = 𝐼1
|𝐼2 = 0 = 𝑅

Gabarito CERTO
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

(CEBRASPE/TELEBRAS/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2015)

No circuito apresentado, os elementos armazenadores de energia estão


inicialmente descarregados e as impedâncias desses elementos são dadas em
função da frequência complexa s, da transformada de Laplace. Com base nessas
informações, julgue o item subsecutivo, acerca de quadripolos. Os parâmetros

admitâncias y11 e y12 do quadripolo são dados por ,


respectivamente.

( ) CERTO
( ) ERRADO João Pedro da Cunha Filho
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Comentários: 121.696.206-56
O parâmetro 𝑦11 é calculado como sendo:
𝐼1
𝑦11 = 𝑉1
|𝑉2 = 0

Associa-se uma fonte de tensão na entrada e curto-circuita-se a saída. Ao fazer


isso, o indutor se anula.

Esse parâmetro é a admitância equivalente visto pela entrada. Lembrando que o


inverso da impedância é a admitância. É que admitâncias em paralelo, se
somam, temos:
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

𝐼1 1
𝑦11 = 𝑉1
|𝑉2 = 0 = 𝑅
+ 𝑠𝐶

O elemento 𝑦12 é calculado como sendo:


𝐼1
𝑦12 = 𝑉2
|𝑉1 = 0

Curto-circuitamos a entrada, e associamos uma fonte de tensão na saída. Ao


realizar o curto, o capacitor é anulado.

Pela LKT na malha externa, temos:


João Pedro da Cunha Filho
− 𝑉2 + 𝑅𝐼1 = 0
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121.696.206-56
Logo:
𝐼1 1
𝑦12 = 𝑉2
|𝑉1 = 0 =− 𝑅

Gabarito CERTO

(CEBRASPE/TCE-PA/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2016)

Tendo como referência o quadripolo apresentado, em que V1 é a tensão na


porta de entrada e V2, a tensão na porta de saída, julgue o item subsequente.
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Uma ligação externa entre as portas de um quadripolo pode ser realizada para
serem determinados seus parâmetros de transferência.

( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentários:
Hipóteses necessárias para a ocorrência de um quadripolo:
1) Não pode haver nenhuma energia armazenada no circuito.
2) Não pode haver fontes independentes no circuito, embora fontes
dependentes sejam permitidas.
3) A corrente que entra em um dos terminais de uma porta tem que ser igual à
corrente que deixa o outro terminal da mesma porta.
4) Todas as ligações externas devem ser feitas à porta de entrada ou à porta de
saída; não é permitido fazer nenhuma ligação entre as portas, ou seja, entre
os terminais 1 e 3, 1 e 4, 2 e 3 ou 2 e 4.
João Pedro da Cunha Filho
Gabarito ERRADO. [email protected]
121.696.206-56

(CEBRASPE/TELEBRAS/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2015)

No circuito apresentado, os elementos armazenadores de energia estão


inicialmente descarregados e as impedâncias desses elementos são dadas em
função da frequência complexa s, da transformada de Laplace. Com base nessas
informações, julgue o item subsecutivo, acerca de quadripolos.
O parâmetro impedância Z11 é igual a 1.

( ) CERTO
( ) ERRADO
ENGENHARIA ELÉTRICA
Material Teórico

Comentários:
O parâmetro 𝑧11 consiste na impedância equivalente visto pela entrada, esse
valor é de:
1
𝑧11 = 𝑠𝐶
//(𝑅 + 𝑠𝐿)
Portanto, não é unitário.

Gabarito ERRADO.

(CEBRASPE/CODEVASF/ENGENHEIRO ELETRICISTA - 2021)


Considere que um quadripolo tenha apresentado os seguintes parâmetros:
z12 = z21
y12 = y21
Δa = Δb = 1
h12 = ‒ h21

João Pedro g12 da


= ‒ Cunha
g21 Filho
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A partir desses dados, julgue o item seguinte.
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O quadripolo pode ter elementos armazenadores de energia.

( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentários:
Para ser considerado um quadripolo:
i) Não pode conter fontes independentes no seu interior;
ii) Não pode haver energia inicial armazenada em seu interior, ou seja, as
condições iniciais devem ser nulas se houver indutores ou capacitores;
iii) Não pode haver ligações externas entre as portas de entrada e saída.

Gabarito ERRADO.
João Pedro da Cunha Filho
[email protected]
121.696.206-56

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