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Apostila Atualizada e Corrigida

A apostila de preparação para a Crisma da Paróquia Sagrada Família orienta os crismandos sobre a importância do sacramento e a vivência da fé em Jesus Cristo. Os encontros abordam temas como identidade, oração e a prática dos pilares da Quaresma: oração, penitência e caridade. O documento também enfatiza a importância da assiduidade, respeito e participação ativa nas atividades propostas.

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amanda01danda
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Apostila Atualizada e Corrigida

A apostila de preparação para a Crisma da Paróquia Sagrada Família orienta os crismandos sobre a importância do sacramento e a vivência da fé em Jesus Cristo. Os encontros abordam temas como identidade, oração e a prática dos pilares da Quaresma: oração, penitência e caridade. O documento também enfatiza a importância da assiduidade, respeito e participação ativa nas atividades propostas.

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PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIA

COMUNIDADE SÃO CRISTÓVÃO – BOM JARDIM

PREPARAÇÃO PARA

CRISMA
CATEQUISTA: AMANDA

CATEQUIZANDO: _________________________________________
ANO: _______

JANUÁRIA - MG

1
“A crisma é o sacramento que nos dá o Espirito Santo e
confirma o nosso compromisso pessoal com Jesus Cristo.”

SEJAM BEM-VINDOS!!!!

Queridos Crismandos!
JESUS CRISTO conta com você para construir uma nova estrada. Vamos
lá? Esta nova estrada ira mostrar a você diferentes lugares, iremos
conhecer novas pessoas e buscar novas descobertas.
Serão “Encontros de Crisma”, em que você estará irá descobrir novas
experiências para confirmar sua Fé em Jesus Cristo e na Santa Igreja
Católica apostólica Romana.
A Bíblia, palavra de Deus, vai iluminar esta caminhada.
A tarefa parece ser muito difícil, mas não é. Será muito agradável porque
tudo será feito com a ajuda de outros amigos, dos catequistas, dos seus
pais e da comunidade e saiba que juntos a Deus conseguiremos alcançar o
que é difícil para cada um de nós.
Esta apostila vai acompanhá-lo nesta estrada de novas descobertas onde
você conhecerá o amor de Deus aos seus filhos.
A Experiência desses encontros vai levá-lo a confirmar sua fé em Nosso
Senhor Jesus Cristo e a sua amada Igreja Católica Apostólica Romana.
2
Contamos com a sua Disposição, Fé, Alegria e Força na construção desta
estrada.

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES PARA OS CATEQUIZANDOS E AS FAMÍLIAS:

❖ Assiduidade nos encontros. Evitar faltas desnecessárias e, quando imprescindível, avisar às


catequistas;
❖ Se atentar ao horário de inicio dos encontros e evitar atrasos;
❖ Sempre trazer material:
Apostila;
Caderno próprio para a catequese;
Lápis, caneta, borracha...
Bíblia;
Terço;
❖ Respeito entre os colegas e com as catequistas;
❖ Evitar conversas paralelas, falar alto ou gritar e em hipótese alguma, falar palavrões ou palavras
de baixo calão, gírias...;
❖ Ouvir com atenção;
❖ Participar das atividades propostas, interagindo e colaborando para execução das mesmas;
❖ Tirar dúvidas que forem surgindo é importante no processo de aprendizagem e absorção dos
conteúdos;
❖ Frequentar a catequese com roupas apropriadas: evitar roupas curtas, decotes,
transparências...;
❖ Toda e qualquer circunstância adversa será comunicada aos pais, de forma a solucionar da
melhor maneira possível;
❖ O acúmulo de faltas e o não comprometimento com as atividades propostas, implicará que o
catequizando não ira concluir o sacramento;
❖ Poderá acontecer também encontros/palestras/missão em outros dias e horários. Mas caso
aconteçam, os pais serão avisados com antecedência e será enviado o termo de autorização
que deverá vir assinado pelos responsáveis;
❖ A importância da missa: é onde nos encontramos diretamente com jesus sacramentado, através
do seu corpo e sangue. Ir às missas é de fundamental importância, ouvir a sua palavra e recebê-
lo em nós através da comunhão;
❖ Temos alguns gastos na preparação dos encontros (folhas, impressão, cartolinas, etc.) Quem
puder estar doando qualquer valor para nos ajudar, será muito bem vindo.
3
❖ O nosso objetivo é aprender mais sobre jesus, sobre seus ensinamentos, sobre nossa missão
e multiplicação dos nossos dons a serviço do reino de deus. Vamos juntos fazer o melhor, da
melhor forma, com alegria, amor, entusiasmo.
➢ 1º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: QUEM SOU EU?

Quem sou eu? Por que estou aqui? Minha vida é importante? As Santas Escrituras ensinam que
somos filhos de Deus com uma identidade e um propósito únicos.
Você é filho de Deus
Deus é o pai de seu espírito. Assim como os pais na Terra amam e cuidam de seus filhos, seu
Pai Celestial quer ter um relacionamento com você. Você é “geração de Deus” (Atos 17:29) e,
como Seu filho, tem potencial infinito.

Você é único
Você é uma pessoa diferente de todas as outras. Deus o criou com talentos únicos. Você tem o
potencial divino de se tornar quem Deus deseja que você seja a melhor versão de si mesmo.

Deus conhece você


Deus conhece você. Você é filho Dele. Deus está cuidando de você. Ele sabe as dificuldades
que você enfrenta e sabe exatamente as habilidades que você tem para superá-las. Ele quer
que você tenha sucesso e alcance seu pleno potencial. Ele quer que você volte a viver com Ele
depois desta vida.

Deus ama você


Não importa seu passado ou quantos erros cometeu, Deus ama você. Ele nos ama mesmo
quando tomamos decisões erradas e mesmo quando nos sentimos indignos de Seu amor.
Embora nosso amor às vezes seja falho, superficial ou mesmo egoísta, o amor de Deus é
constante (ver Isaías 54:10), “eterno” (Jeremias 31:3) e altruísta (ver 1 João 4:9). Deus quer
ajudar cada um de nós a encontrar alegria. Ele o ama, cuida de você e quer Se comunicar com
você por meio da oração. O amor de Deus está à sua disposição hoje e sempre.

Você tem um propósito


Como Deus é um Pai perfeito, Ele quer abençoá-lo e dar-lhe orientação para encontrar paz e
alegria em sua vida. Ele tem um plano para cada um de Seus filhos. Ao nos achegarmos a Ele,
Ele pode nos guiar para que encontremos propósito na vida. Ele quer que você retorne à Sua
presença e seja feliz para sempre. Você pode fazer isso ao seguir Jesus Cristo e magnificar
seus talentos para servir a Deus e a Seus filhos.
Você tem dons e desafios únicos
Suas características e habilidades fazem com que você seja único. Deus lhe dá certas
experiências para ajudá-lo a crescer e a usar suas características e habilidades. Ele também
lhe dá dons que o ajudam a abençoar a vida de outras pessoas e superar os desafios que você
encontrará na vida.

ATIVIDADE:

1) Faça uma breve apresentação de quem é você, como você se vê, o que sente, quais são seus
planos e projetos.
4
Leitura bíblica: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança.” (Gênesis 1, 26)
Compromisso: Ter atitudes e palavras que me aproximem da imagem e semelhança de Deus.

➢ 2º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: ORAÇÃO: NOSSO DIÁLOGO DIRETO COM DEUS

Para começar os nossos encontros, hoje, iremos aprender a rezar.


Jesus quer que sigamos o seu exemplo porque REZAR é muito bom! A oração nos faz ficar mais
perto de Deus, nos faz sentir amados e protegidos por Ele, nos faz mais unidos e mais irmãos
uns dos outros. Jesus nos ensina a rezar porque nos ama. Vamos conhecer as principais
orações do católico:
1 - Sinal da Cruz
Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai,
e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

2 - Glória ao Pai
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre, por todos os
séculos dos séculos. Amém.

3 - Pai-Nosso
Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome, vem a nós o Vosso Reino e seja
feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje,
perdoai-nos as nossas ofenças, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não
nos deixeis cair em tentação, mais livrai-nos do mal. Amém.

4 - Creio (Credo)
Creio em Deus Pai todo poderoso, Criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo seu único Filho,
Nosso Senhor. Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo. Nasceu da Virgem Maria.
Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado morto e sepultado. Desceu a mansão dos mortos.
Ressuscitou ao terceiro dia. Subiu aos céus e está sentado a direita de Deus Pai todo poderoso
donde há de vir e julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos, na remissão dos pecados na ressurreição da carne e na vida eterna.
Amém.

5 - Ave Maria
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito
é o fruto do vosso vente, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na
hora da nossa morte. Amém.

6 - Invocação ao Espírito Santo


Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso
Amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

5
Oremos: Ó Deus que instruíste os corações dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei
que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos da sua
consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

7 - Salve Rainha
Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida e doçura esperança nossa salve! A vós bradamos
degredados filho de Eva. A vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia
pois advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro,
mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa ó doce e sempre Virgem
Maria. Rogai por nós Santa mãe de Deus, para que sejamos dignos da promessa de Cristo.
Amém.

8 - Consagração à Nossa Senhora


Ó Minha Senhora. Ó Minha Mãe. Eu me ofereço inteiramente todo a Vós e em prova da minha
devoção para convosco, Eu Vos consagro neste dia os meus olhos, os meus ouvidos, a minha
boca, o meu coração, inteiramente todo o meu ser, porque assim sou vosso(a), Ó incomparável
Mãe, guardai-me, defendei-me como coisa e propriedade vossa. Amém.

9 - Anjo da Guarda (Santo Anjo)


Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador. Se a ti me confiou a piedade Divina. Sempre me
rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém.

10 – Ato de Contrição (Confissão)


Confesso a Deus, Pai Todo-Poderoso e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por
pensamentos e palavras, atos e omissões, (batendo no peito) por minha culpa, minha tão grande
culpa.
E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, Nosso
Senhor. Amém

Podemos ser felizes porque Deus sempre ouve a nossa oração quando nos aproximamos com
humildade e disposto a ouvi-lo também. É o momento de pedirmos e agradecermos.

ATIVIDADE:
1) Escreva uma oração espontânea de prece e gratidão a Deus.

Leitura bíblica: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e
com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.”
(Filipenses 4:6)
Compromisso: Criar momentos de oração diária com minha família.

6
➢ 3º Encontro DATA: ___/___/_____
TEMA: QUARESMA: COMO EXECUTAR SEUS TRÊS PILARES NOS DIAS ATUAIS

Estamos no período litúrgico em que todo cristão é convocado a


intensificar a oração, penitência e conversão, de modo a se
preparar verdadeiramente para os mistérios da paixão, morte e
ressurreição de Cristo.

Na liturgia da Santa missa, a cor adotada é o roxo, que significa


luto e penitência. Durante a celebração, não são entoados os
cânticos de glória. O Arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito,
explica que nesses quarenta dias “somos convidados percorrer o
caminho de santidade. Um caminho que não é calmo, sem tentações e, por vezes, até sem
desvios. Mas o período da Quaresma pode ser também o momento de despertar para o retorno
à vida cristã, à busca pelo Pai, pelo autoconhecimento e revigoramento da fé”, declara o
Arcebispo.

O direcionamento da Igreja é para percorrer esse caminho sustentado por três pilares: Oração,
Penitência e Caridade.

1. Oração

Através da oração, o cristão entra em diálogo íntimo com o Senhor, tornando a oração um
elemento indispensável para o encontro com Deus.

Na Quaresma, o convite é para intensificar a oração através da mortificação, que se realiza


cotidianamente e sem a necessidade de fazer grandes sacrifícios. Na Mortificação são
oferecidos a Cristo, os momentos desagradáveis do nosso dia a dia, demonstrando aceitação e
humildade para atravessar cada etapa do deserto interior, clamando para que Deus nos
fortaleça perante às tentações.

A oração é o foco principal e para sua intensificação a Igreja recomenda também que toda sexta-
feira seja realizada a Via Sacra, visando recordar a Paixão e o sofrimento de Jesus a caminho
do Calvário.

7
2. Penitência

Não cair em tentação é também saber renunciar tudo aquilo que pode nos afastar de Deus. A
renúncia ajuda a viver o desapego e desprendimento das coisas. Na prática Quaresmal de
penitência, estão o jejum e a abstinência.

O Jejum consiste em fazer apenas uma refeição forte (completa) por dia, enquanto a abstinência
consiste em não comer um determinado alimento. A recomendação da santa Igreja é abstinência
de carne vermelha às sextas-feiras e na quarta-feira de cinzas obrigatoriamente entre pessoas
de 18 a 59 anos. No entanto, a CNBB considera que a obrigação dessa abstinência pode ser
substituída por uma caridade.

Quem não puder fazer o jejum da comida, pode seguir esse pilar através da penitência (ou
sacrifico) por algo que faz parte da sua rotina e nem todas as pessoas têm oportunidade,
oferecendo ao outro aquilo que é seu, e desapegando o desejo de acumular.

Os sacrifícios de forma voluntária servem para mostrar que algumas necessidades terrenas
podem ser redescobertas, tornando necessário apenas a vida no céu.

3. Caridade

Para chegarmos à Páscoa é necessário apresentar a virtude da caridade.

A oração e a penitência terão efeitos mais concretos, quando a caridade também é exercida.
“Jejuar o alimento em solidariedade a quem dele não tem”, pontua Dom Jacinto.

A caridade (ou esmola) não deve ser entendida somente como algo material, mas como algo
material de doação à espiritualidade. O importante é entender que esse período de recolhimento
deve ser em compaixão, partilha e solidariedade aos irmãos.

Com base nesses três pilares, alguns questionamentos também devem fazer parte da rotina do
cristão: Estamos vivenciando uma vida cristã com uma boa confissão? Com a escuta da
Palavra? Com os momentos ricos da liturgia? Indagações comuns nesse período propício à
reflexão, preparação e conversão.

A Quaresma tem início com a Quarta-feira de Cinzas e vai ser concluída com o início do Tríduo
Pascal. No domingo da ressurreição do Senhor, a Arquidiocese 0de Teresina vai realizar uma
grande festa, com a VI edição da procissão Teresina Ressuscita com Cristo que este ano será
realizada dia 12 de abril.

ATIVIDADES:

1) De quais formas, podemos nos preparar melhor para a Páscoa, durante o período Quaresmal?
2) O que é a quarta-feira de Cinzas? Qual o seu significado?
3) Qual o verdadeiro o sentido da Quaresma? A que a Igreja e o próprio Jesus Cristo nos
convidam?
4) Jesus sofreu, foi perseguido, teve fome, sede, sofreu todo tipo de violência possível e
imaginável. Por qual motivo Ele suportou tudo isso? O que podemos aprender diante do
sacrifício de Jesus na Cruz?

8
5) Uma das cenas que marcam a quaresma é a celebração de Lava-pés? O que Jesus nos
ensina nessa atitude?

Leitura bíblica: “ Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites. “Mateus 4:1,2”
Compromisso: Executar pelo menos uma prática de cada pilar.

➢ 4º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: SEMANA SANTA


Semana Santa: tempo de reflexão e libertação
Entramos na Semana Santa, tempo em que celebramos a
paixão, morte e ressurreição de Jesus. Ao reviver os passos de
Cristo da morte para a vida, da treva para a luz, somos
igualmente convidados a uma transformação profunda. É como
um processo de evolução pessoal, do qual sairemos melhores
do que entramos.

O Tríduo Pascal
Os três dias mais intensos da experiência cristã são a Quinta-feira Santa, a Sexta-feira da Paixão
e o Sábado de Aleluia. Entender cada um dos dias é fundamental para celebrar esse período
de maneira mais intensa.
Quinta-feira Santa: Jesus reúne os seus amigos para celebrar a última ceia com eles. Deixa
para eles, e para nós, o memorial de seu corpo e sangue. Além disso, revela no gesto do lava-
pés o modo como devemos nos tratar como irmãos e irmãs:
“Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse
aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? Vós me chamais Mestre e Senhor, e
dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós

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deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu
fiz.” Jo 13, 12-15
Sexta-feira da Paixão: Jesus é preso, levado ao tribunal romano e condenado. Sofre o escárnio
e a violência. É obrigado a levar a própria cruz, é crucificado e morre ao lado de ladrões. A
contemplação do sofrimento e de seu sentido para nós nos acompanha nesse dia de maior
silêncio e jejum. A celebração principal acontece às 15 horas, horário em que Jesus foi morto.
Recomenda-se resgatar as últimas palavras de Cristo na cruz:
“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”;
“Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”;
“Mulher, eis aí o Teu filho (…) Eis aí a Tua Mãe”;
“Tenho Sede!”;
“Eli, Eli, lema sabachtani? – Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonastes?”;
“Tudo está consumado!”;
“Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!”.
Sábado de Aleluia: Reunimo-nos na Vigília Pascal para celebrar, com cantos de alegria e
júbilo, a ressurreição de Jesus. A vida vence a morte e nós somos salvos. Acompanhamos os
discípulos e discípulas na experiência radical da ressurreição:
“Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não
está aqui. Vede o lugar onde o puseram. Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele irá à
vossa frente, na Galileia. Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito.” Mc 16,1-7
Celebrar a Páscoa todos os dias
O verdadeiro sentido da Páscoa não se esgota nesta santa semana. Vivemos a ressurreição
todos os dias. Que possamos acima de tudo relembrar diariamente o tamanho do amor de Cristo
por nós e fazer disso nossa fonte de renovação constante. A Páscoa está em nós sempre, pois
a vida se transforma, a esperança ganha força, o amor se expande!
Cristo ressuscitou, aleluia!
ATIVIDADE
1- Jesus sofreu, foi perseguido, teve fome, sede, sofreu todo tipo de violência possível e
imaginável. Por qual motivo Ele suportou tudo isso? O que podemos aprender diante do
sacrifício de Jesus na Cruz?
2- Uma das cenas que marcam a quaresma é a celebração de Lava-pés? O que Jesus nos
ensina nessa atitude?

Leitura bíblica: “ Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus
sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte.” (Filipenses 3:10)
Compromisso: Ser testemunha do Sacrifício de Jesus na Cruz e Sua ressureição, vivenciando
sua palavra dia após dia.

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➢ 5º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: DONS DO ESPÍRITO SANTO

Ao viver esta realidade a partir do sacramento do Batismo, o Senhor confere ao homem dons
especiais que lhe permite no dia a dia se relacionar com o Criador e com seus irmãos. Os dons
são valores que o homem tem em relação ao Espírito de Deus e por isso deve comunicar esses
dons no dia a dia para viver conforme a graça da santificação.
Reflexão Fundamental: O profeta Isaias, capítulo 11, vers. 2. “Sobre ele repousará o Espírito do
Senhor, espírito de SABEDORIA e de ENTENDIMENTO, espírito de CONSELHO e de
FORTALEZA, espírito de CIÊNCIA (e de PIEDADE) e de TEMOR DE DEUS”.
A importância dos dons do Espírito Santo é para discernir o que Deus quer de nós e o que ele
tem para realizar em nossas vidas. Por isso que a criança, o jovem e o adulto devem orar no
Espírito Santo para que Deus manifeste o seu Plano de Amor, aquilo que pretende para cada
um de nós.
A Oração no Espírito Santo já era uma recomendação do apóstolo Judas Tadeu, o nosso São
Judas. (Epístola de São Judas. Cap.1.20).
O que são dons? Os dons são sinais da presença de Deus na vida do Cristão e revela a
identidade desse Cristão para com Deus e seu povo.
Os dons do Espírito Santo são:
1) Sabedoria - Não se trata de conhecimento intelectual. Neste Dom adquirimos uma afinidade
com o nosso PAI que nos permite julgar com senso espiritual e ter uma compreensão íntima da
riqueza de DEUS, traduzindo em palavras;

11
2) Entendimento(inteligência) - Aperfeiçoa nossa faculdade de conhecer e captar as realidades
divinas em profundidade, favorece o entendimento das Escrituras Sagradas, com visão clara,
direta da interpretação da Igreja;

3) Conselho - Indispensável para agirmos de acordo com o bem, a ética e o Evangelho. Devemos
consultar uns aos outros para encontrar a vontade de DEUS. Nos impede de tomarmos decisões
contrárias a DEUS. É o dom da Prudência;

4) Fortaleza - È para termos forças, coragem e lutar contra o pecado. Praticar a virtude com santo
fervor, paciência e alegria, suportando as dificuldades de vida (traições, calúnias, etc. ). É para
não esmorecermos no dia a dia;

5) Ciência - Ajuda a olhar e julgar as coisas e os acontecimentos ao nosso redor com os “olhos”
de DEUS, dando-nos o verdadeiro sentido e o discernimento das coisas, principalmente dos
sinais dos tempos. É a luz invocada pelo cristão para sustentar a fé do batismo; Não é adquirido
através de estudos, pesquisas, cursos. É um conhecimento que alcança a mente humana
através de uma revelação do Espírito Santo que nos permite conhecer todas as coisas criadas
segundo a Lei de DEUS. É a ciência se pondo a serviço da Fé para compreendermos e
aceitarmos os desígnios de DEUS;

6) Piedade – É a ação do Espírito Santo, comunicando-nos os bons sentimentos e atitudes para


que possamos amar e servir a DEUS como Pai, e também amar, respeitar e servir ao próximo,
com respeito e dignidade. É ponto alto da nossa religião. É a forma mais ampla da virtude da
justiça. É ajudar o próximo, perdoar o próximo, tornar as pessoas mais carinhosas e bondosas.
Nos faz aceitar DEUS como verdadeiro PAI, Nossa Senhora como nossa Mãe e as pessoas
como irmãos em Cristo.
7) Temor de Deus – Não é medo de DEUS, pois DEUS é bondoso, terno, misericordioso,
generoso e todo AMOR. Temor de DEUS é um profundo respeito a DEUS que faz arder nosso
coração. É sermos fiéis a DEUS e a seus ensinamentos. É não praticar e recear qualquer
transgressão as leis de DEUS. É reverenciar DEUS Pai e nos submetermos a Ele. DEUS é Fiel,
portanto devemos ser fiéis a DEUS

ATIVIDADE:

12
Leitura bíblica: “ O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem
o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” (JO 4, 17)
Compromisso: Deixar que o Espirito Santo guie minhas ações e decisões.

➢ 6º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO


Encontramos no versículo 22 do capítulo 5 da Epístola de Paulo aos Gálatas se referindo aos
frutos do Espírito: "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão, temperança (autodomínio)". Afirma a Palavra do Senhor: “Não
fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais
fruto, e o vosso fruto permaneça”. (Jo. 15.16)
O Espírito Santo é a água Viva que rega nosso coração, a cada dia, para que possamos produzir
seus Frutos. Quais são os frutos? A tradição da Igreja enumera doze frutos que são: AMOR;

13
ALEGRIA; PAZ; PACIÊNCIA; LONGAMIGANIDADE; BONDADE; MANSIDÃO; FIDELIDADE;
MODÉSTIA; CONTINÊNCIA; CASTIDADE, ETC.
Os frutos do Espírito Santo são:
a) AMOR: Além de ser um fruto que plantamos em nossos corações é o maior sentimento de
dedicação absoluta para com o outro, é se doar totalmente ao outro é o nosso imenso Amor ao
Pai;
b) ALEGRIA: A base desse fruto é o fruto do Amor, Deus nos que alegres, pois ele não nos criou
para a tristeza, é o prazer de se viver;
c) PAZ: Com a união do Amor e da Alegria se tem o grande sentimento interno e externo da Paz
que Deus nos deixou, é a ausência de medo de culpa a ausência de Guerras;
d) PACIÊNCIA: Um dos Frutos que nos dá a qualidade de saber esperar, uma virtude que
consiste suportar dores, infortúnios com uma tranquilidade que só Deus suportou;
e) LONGANIMIDADE: Um dos Frutos difíceis de entender, pois ele está interligado com a
Paciência e a Paz, significa ser magnânimo, grande na alma e generoso, um fruto sobrenatural
que é à disposição da alma que nos permite esperar, sem se queixar das amargurar dos planos
de Deus de santidade para todos nós;
f) BONDADE: É simplesmente querer o bem para o outro, mas não basta querer o bem para
que o Amor seja eficaz, a Bondade deve nos levar a ter atos concretos para o bem do outro o
que nos leva ao fruto da Benignidade;
g) BENIGNIDADE: É o Amor mostrando compaixão é procurar nunca magoar ninguém, é o ato
de fazer o bem sem precisar recompensa por isso;
h) MANSIDÃO: É o fruto que nos deixa manso perante a Deus, assim nos deixa obediente para
com Deus e seus ensinamentos, a Mansidão nos dá à vontade para suportarmos as
contrariedades com suavidade e sem irritação, sem dar amostras de impaciência e muito menos
fúria.;
i) FIDELIDADE: É a qualidade de sermos fiel, leal, honrado, aquele que não falha, a qualidade
de sermos verdadeiro, é a uma qualidade sobrenatural que nos inclina a dar ao próximo tudo o
que lhe é devido, sob que forma for, é a justiça perfeita, é o que devemos ao próximo, Amor um
Amor misericordioso, gratuito, um Amor de boa vontade e um Amor compassivo, um Amor que
tem piedade, compaixão;
j) MODÉSTIA: É um fruto com total ausência de vaidade, total desinteresse de atrair a atenção
para si, sobre seus exageros, sobre suas virtudes, Dons ou qualidades, paixão ou beleza, é
moderação nas ações e na conduta;
k) CONTINÊNCIA: É se conter, controle de seus instintos, poder sobre sua própria pessoa, é
privar-se dos prazeres tendo assim domino sobre si;
l) CASTIDADE: A Castidade é o contrário do que muitas pessoas pensam, ser castro, não é
simplesmente ser virgem (sentido puro do corpo). Ter o fruto da Castidade é ser fiel para com
seu dom, para com sua vocação perante Deus, é ser fiel a suas promessas, a sua Fé. Vivemos
assim a nossa Castidade em nossa vocação, por exemplo, ser fiel intimamente para com ao
Sacramento do Matrimônio, ser fiel para com seu esposo ou esposa, ser fiel ao Sacramento da
14
Ordem, ser fiel para com Deus, se abstendo assim de relações sexuais, é o fruto do Amor agindo
em nós, por isso o fruto da Castidade tem que ser vivido e vivenciado.

Frutos da carne
As Sagradas Escrituras devem algumas situações de pecados que nos afastam de Deus. São
os chamados da carne, pois são produzidos pelo homem por sua falta de amor e controle aos
mandamentos e leis de Deus. São frutos da carne: Fornicação; Impureza; Libertinagem;
Idolatria; Superstição; Inimizades; Brigas; Ciúmes; Ódio; Ambição; Discórdia; Partidos; Invejas;
Bebedeiras; Orgias; E outras coisas semelhantes (Gl 5,19). Esses frutos da carne são gerados
se colocarmos obstáculos em nossas vidas, esses obstáculos são nossos medos,
ressentimentos, amargura, rejeição, falta de perdão, magoa, etc.
ATIVIDADES:
1) Quais são os frutos que estamos produzindo em nossas vidas?
2) É possível produzir bons frutos quando estamos com mas intenções?
3) O que nos leva a produzir maus frutos e não os bons frutos?
4) O jovem ou a jovem que não se veste conforme os mandamentos de Deus e da Igreja produz
bons ou maus frutos? Por quê?
5) Quais são os frutos maus que podemos encontra em nossa sociedade?
6) Jovem, você tem algum fruto? Pode colocá-lo a serviço de Deus?
7) O que você gostaria que tivesse no mundo? Você está disposto a lutar a implantar esse
sonho? Como?

Leitura bíblica: “Digo, porém: Andai no Espírito, e não cumprireis concupiscência da carne. “(Gl
5, 16)
Compromisso: Buscar cada dia mais produzir bons frutos.

➢ 7º Encontro DATA: ___/___/_____


TEMA: OS 10 MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
1 - Amar a Deus sobre todas as coisas.
Amar a Deus no próximo, através do nosso irmão. Temos que nos assemelharmos à Ele, e
para isso nos temos que:
- Amar a todos
- A todos perdoar.
- A todos servir
15
- E a ninguém excluir
"Deus só pede o nosso amor" - Leia Mt 22, 34-40

2 - Não tomar seu santo nome em vão.


- Proíbe todo uso impróprio do nome de Deus.
- Respeito - consequência do amor
- Jurar usando o nome de Deus

3 - Guardar domingos e festas de guarda


- Assistir e participar das missas - um único dia para adorar e louvar a Deus.

4 - Honrar Pai e Mãe


- Respeito aos pais
- Obediência
- Diálogo
Na primeira parte da vida nós nos perguntamos qual o sentido daquilo que a gente fez, o que a
gente é. Na segunda parte da vida nos temos à sabedoria. Na primeira parte nos devemos nos
orientar pelos mais velhos porque eles têm a sabedoria e a experiência.

5 - Não matar
Só Deus tem o direito de tirar a vida
- Aborto
- Eutanásia
- Suicídio
- Homicídio

6 - Não pecar contra a castidade


Integração correta da sexualidade na pessoa
- Namoro impróprio
- Não se manter puro (corpo e alma)
- Relacionamento superficial dos jovens
Pensamento: Sempre que uma pessoa procura um prazer a curto prazo, vai ter um sofrimento
a longo prazo.

7 - Não roubar
- Apropriar-se do que não é seu
- Roubar a paz

8 - Não levantar falso testemunho


- Matar com a língua.
- Desmoralizar
- Não ter misericórdia com o próximo
Quando falar, falar com a pessoa certa, pedir a orientação do Espírito Santo.
Jesus disse: Não é o que entra pela boca que causa mal e sim o que sai da boca.
16
9 - Não desejar a mulher do próximo
- Respeito ao compromisso assumido pelos outros
- Matrimônio
- A importância da família

10 - Não cobiçar as coisas alheias


- Sermão da Montanha - Mt. 5, 1 - 12
"O SER tem que estar acima do TER"
Quando Jesus morreu na cruz Ele realizou a salvação. Na hora de sua morte, o sacrifício de
Cristo se torna a fonte de onde brotará o perdão dos pecados portanto, para todo pecado
existe perdão, apenas um único é imperdoável: é você morrer sem acreditar em Deus, é o
pecado contra o Espírito Santo, é o pecado da pessoa que não aceita o amor de Deus e o seu
perdão.

AGORA É A SUA VEZ!


1. ESCREVA O QUE VOCÊ ENTENDE POR CADA UM DOS MANDAMENTOS.

Leitura bíblica: “32 Por isso, deverão obedecer a todos os mandamentos do SENHOR, vosso
Deus, seguindo as suas diretivas em cada detalhe; (...) Só assim terão uma vida longa e
próspera na terra que vão possuir. “ (Dt, 5,31-32)
Compromisso: Buscar cumprir fielmente os mandamentos.

➢ 8º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: OS SACRAMENTOS

O QUE É UM SACRAMENTO?

17
Para nos transmitir a graça, para nos fazer andar no caminho da salvação, Jesus instituiu sete
cerimônias sagradas, que a Igreja chama de Sacramentos. O Sacramento é um sinal sensível,
instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para nos dar a graça santificante e as graças de cada
Sacramento, e realizado durante uma cerimônia da Igreja Católica.
Para existir o sacramento é preciso haver, a matéria, a forma e a graça sacramental.

Batismo
Matéria – água
Forma – “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Apaga o pecado original – nos torna filhos de Deus – é o nascimento espiritual.

Crisma
Matéria – o óleo sagrado chamado Santo
Crisma.
Forma – “Eu te marco com o Sinal da Cruz
e te Confirmo com o Crisma da Salvação,
em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Amém.”
Graça – Nos confirma na Fé, nos torna
Soldados de Cristo – é o crescimento
espiritual.

Eucaristia
Matéria - O pão e o vinho consagrados na
Santa Missa.
Forma - "Isto é o meu Corpo" - para a
consagração do pão; "Este é o cálice do
meu sangue, do sangue da nova e eterna
aliança, mistério da Fé, que será derramado
para vós e para muitos para o perdão dos
pecados" -, para a consagração do vinho.
Graça - É a presença do próprio Jesus Cristo na nossa alma, com seu Corpo, Sangue, Alma e
Divindade - é o alimento espiritual.

Confissão
Matéria - Os pecados confessados diante do Padre.
Forma - "Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém."
Graça - O perdão dos pecados - devolve a graça santificante - é o remédio espiritual.

Unção dos Enfermos:


Matéria - O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos.
Forma - "Por esta santa unção, que o Senhor te perdoe todos os pecados que fizeste pela... (a
unção é feita nos olhos, boca, ouvido, nariz, mãos e pés)."
Graça - Prepara nossa alma para ir para o Céu - apaga os pecados veniais, as imperfeições e
até pecados mortais - reanima o corpo doente.
Ordem
Matéria - A imposição das mãos pelo Bispo.
18
Forma - A oração consacratória na ordenação sacerdotal.
Graça - Dá ao Padre o poder de celebrar a Missa e outros Sacramentos.

Matrimônio
Matéria - O contrato entre os noivos.
Forma - A aceitação pública do contrato - o "sim".
Graça - Capacidade de ter e educar os filhos, viverem juntos em harmonia, e buscando a vida
eterna.

ATIVIDADE:

Leitura bíblica: “²⁰Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis
que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. (Mateus 28:20)
Compromisso: Cumprir com fervor a missão do Sacramento que estou me preparando para
receber .

➢ 9º Encontro DATA: ___/___/_____

19
TEMA: O TRABALHO É DOM DE DEUS
“Consagre ao Senhor tudo o que você faz e seus planos serão bem-sucedidos” (Prov 16, 3)
Comemorado mundialmente, o dia 1º de maio coloca em evidência a importância do trabalho
e do trabalhador. Trabalhar é um direito inalienável concedido por Deus a todo ser humano.
‘Cada um deve poder tirar do trabalho os meios para sustentar-se, a si e aos seus, bem como
para prestar serviço à comunidade humana’ (Catecismo da Igreja Católica, 2428). O trabalho
humano é um dom de Deus e não um castigo, pois em Deus não há castigo, apenas amor e
cuidado para com cada um de nós. Desde o início dos tempos, o trabalho foi um preceito, uma
exigência da condição de criatura, como também uma expressão da dignidade humana, uma
forma de sustento da humanidade, seja por ordem do Criador, seja para manter a própria
subsistência da vida.
O trabalho humano colabora diretamente com a Providência Divina sobre o mundo e a
humanidade, pois, administradores da criação, conforme nos ensina o Livro do Genesis, somos
corresponsáveis na obra de Deus. Ao sermos criados sob a imagem e semelhança do Pai,
herdamos D´ele a capacidade de produzir, operar e retirar o sustento para a vida, através das
obras de nossas mãos, nosso corpo e nossa inteligência.
Aprendamos a consagrar a Deus todo e qualquer trabalho que façamos, pedindo que Ele
guie nossa inteligência e nossas mãos, para que tudo seja feito para honra e glória Dele, nosso
Deus e Senhor. O trabalho é uma obrigação moral que temos em relação aos que de nós
dependem para subsistir, até que tenham a capacidade própria de se sustentar a si mesmos,
com dignidade.
A evolução que aconteceu durante as gerações passadas nos faz herdeiros do trabalho
realizado por nossos antepassados, deles aprendemos e, no futuro, nos tornaremos artífices do
tempo vindouro de novas gerações humanas que nos precederão. Todo trabalhador tem direito
ao seu sustento, pois, imagem e semelhança de Deus, possui a dignidade de filho do Criador,
pois, “…o operário é digno do seu salário” (Lc 10,7).
Antes de tudo, o trabalho faz desabrochar dons e capacidades individuais, trazendo à tona
os talentos recebidos de Deus, que, colocados à serviço, colaboram para o desenvolvimento
humano, em todos os aspectos necessários para que o progresso aconteça em todas as áreas
deste vasto mundo em que vivemos.
Não seria justo, muito menos seria ético, ver o trabalhador como um mero instrumento de
produção ou uma simples força de trabalho do qual nos servimos para nossa comodidade e
sobrevivência.

20
Ao olharmos para um trabalhador, devemos enxergar além, ver nele a pessoa que realiza
algo de suma importância em favor do bem comum e da sociedade como um todo. A pessoa é
o parâmetro da dignidade do trabalho.
Não há, entre nós, o trabalho mais e menos importante,
pois, todo trabalho honesto é digno de gratidão e
reconhecimento, tendo sua real importância na escala da
sobrevivência humana.
Juntamente com a comemoração do dia do Trabalhador e
dia do Trabalho, celebramos o dia de São José Operário,
Padroeiro dos Trabalhadores, através do qual, Deus nos chama
a santificarmos nossas atividades laborais. O trabalho dá
dignidade ao homem e o faz participante imprescindível do
plano de amor do Pai, quando, ensinando-nos a trilhar com
dedicação e fé, alegria e esperança o caminho da santidade, à imitação de São José, nos
permite aproximarmos cada vez mais da graça de Deus.
Numa realidade atual de crise e tribulações, proponhamo-nos a servir na reconstrução de
uma sociedade onde seja restaurada a dignidade humana e a verdadeira comunhão. Rezemos
por todos os homens e mulheres que labutam, com suas habilidades, pelo pão de cada dia com
coragem e honestidade e fazem frutificar os dons recebidos de Deus, que geram frutos de
sustento para toda humanidade. Que a Virgem Maria e São José, intercedam pelos
trabalhadores, bem como pelos empregadores, para que tenham condições e desejo de abrirem
suas portas aos necessitados de um trabalho.

ATIVIDADE:
1) FAÇAM GRUPOS PARA DISCUTIR OS SEGUINTES TEMAS:
• Exploração
• Desemprego na pandemia
• A tecnologia como ferramenta de trabalho
• O Trabalho doméstico

Leitura bíblica: “No suor do teu rosto comerás o teu pão” (Gênesis 3:19)
Compromisso: Ajudar meu pai, minha mãe ou alguém próximo a mim a realizar uma tarefa de
trabalho

21
➢ 10º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: MARIA: MÃE E MODELO DE DISCÍPULO DE JESUS CRISTO

Desde o início da comunidade cristã, Maria foi vista e entendida sob diferentes perspectivas.
A mais comum e central é ver nela a mãe do Senhor. Foi assim que Maria foi reconhecida desde
o princípio. Dessa verdade fundamental gerou grande parte da espiritualidade e das devoções
marianas. Mas podemos reconhecer Maria também de outra maneira. Como a primeira discípula
e seguidora de Jesus. Essa nova maneira de olhar para Maria poderá aprofundar nosso
conhecimento dela e nosso relacionamento com ela. Os evangelhos mostram que Maria foi mãe
e discípula de Jesus. Acolheu a Palavra de seu Filho com fé, a viveu e transmitiu. Seu exemplo
de vida a faz mãe também dos discípulos.
Agora, vamos usar a bíblia para conhecermos Maria, como discipula de Jesus Cristo,
conforme as Santas Escrituras.

Dinâmica
Objetivo
Perceber Maria como modelo de discípulo de Jesus Cristo.

Material necessário
Bíblia

Descrição da dinâmica
1° passo - Divisão da turma em cinco grupos, onde cada um vai refletir sobre um texto bíblico
sobre Maria, mostrando como os jovens de hoje podem imitar seu exemplo (utilizar encenação
ou outra técnica criativa).

Grupo 1 - Lucas 1,26-38 (diálogo com o arcanjo Gabriel);


Grupo 2 - Lucas 1 ,46-55 (Magnificat);
Grupo 3 - João 2,1-12 (bodas de Cana);
Grupo 4 - João 19,26-27 (Maria ao lado do Filho na hora da cruz);
Grupo 5 - Atos 1,12-14 (presença de Maria no nascimento da Igreja).

2° passo - Apresentação dos grupos.

Conclusão.
1. Qual a percepção geral do grupo sobre o texto lido?
2. O que mais chamou a atenção?
3. Qual foi a atitude de Maria nesta cena?
4. Na nossa vida e no nosso cotidiano, baseados na interpretação do texto lido, como podemos
“imitar” Maria nos dias atuais?

22
A exemplo de Maria, estamos cumprindo fielmente a nossa missão enquanto discípulos e
seguidores de Jesus? Estamos dizendo nosso “SIM” ao nosso chamado diante de Deus?
Estamos fazendo da nossa vida um verdadeiro altar do Senhor?

Leitura bíblica: “³⁸ Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo
a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela. “(Lucas 1:38)
Compromisso: Me colocar a serviço de Deus, na igreja e na comunidade.

➢ 11º Encontro DATA: ___/___/_____


TEMA: PENTECOSTES

A história de Pentecostes

Antes de retornar ao Pai Celestial, Jesus ressuscitado visitou seus discípulos e prometeu enviar
o Espírito Santo para ajudá-los. Lemos nas Escrituras que, certa manhã, quando os discípulos
foram reunidos com Maria, a mãe de Jesus e algumas outras mulheres, eles de repente ouviram
um barulho como um vento forte. Então eles viram o que pareciam ser chamas de fogo sobre
cada um deles. “E todos eles foram cheios do Espírito Santo.” (Atos dos apóstolos, 2, 4)

O Espírito Santo encheu os discípulos de coragem e fé, capacitando-os a compartilhar as Boas


Novas com outras pessoas. Eles começaram a contar aos outros sobre Jesus, e que ele morreu
por nós e ressuscitou para uma nova vida. Contudo, nesse dia, o dom do Espírito permitiu que
os discípulos se comunicassem mesmo com aqueles que falavam línguas diferentes.

Pentecostes é uma palavra grega que significa “quinquagésimo”, porque esta festa era
celebrada 50 dias após a Páscoa (Lv 23.15,16).

Onde está na Bíblia? Leiam:

“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos no mesmo


lugar;
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e
impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as
quais pousaram sobre cada um deles.
E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar
noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que
falassem.” (Atos 2:1-4)
ATIVIDADE:
1. O Espírito Santo veio para nos encorajar, nos fortalecer e nos guiar para darmos
continuidade na missão de Jesus. Você tem buscado viver essa missão? De quais formas?
2. Temos o dever de buscar continuamente a presença do Espírito Santo em nossas vidas.
Como tem sido a sua busca?
3. Como podemos sentir a presença do Espírito Santo no nosso dia-a-dia?
4. Quais são os 7 dons do Espírito Santo?

23
Leitura bíblica: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto. Não
me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.” (Salmo 51, 10)
Compromisso: Cultivar em mim os frutos do Espírito Santo para que eles multipliquem

➢ 12º Encontro DATA: ___/___/_____


TEMA: SANTÍSSIMA TRINDADE
A verdade sobre a Santíssima Trindade

A verdade revelada da Santíssima Trindade está as origens da fé viva da Igreja,


principalmente através do Batismo. "A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a
comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós" (2Cor 13,13; cf. 1Cor 12,4-6; Ef 4,4-6) já
pronunciavam os Apóstolos.

Deus Pai
Deus é o Infinito de todas as potencialidades que possamos imaginar. Ele é Incriado; não foi
feito por ninguém, não teve principio e não terá fim; isto é, é Eterno. A criatura não é eterna, pois
um dia ela começou a existir; não era,
e passou a ser, porque o Incriado a criou num ato de liberdade plena e de amor. O fato de
você existir já é uma grande prova do amor de Deus por você; Ele quis que você existisse e o
criou.
Deus é espírito (Jo 4, 24) não é feito de matéria criada, pois foi ele quem criou toda matéria
que existe fora do nada; logo não poderia ter sido feito de matéria. Muitos têm dificuldade de
entender a existência de um ser não carnal, espiritual, como os Anjos, Deus e a nossa alma; mas
eles existem de fato. Ora, você não vê a onda eletromagnética que leva o sinal do rádio e da tv,
mas você não duvida de que ela exista. Da mesma forma você não pode ver os anjos e a alma,
mas eles existem.

Deus é Perfeitíssimo: Nele não há sombra de defeito ou de erro; Ele não pode se enganar
e não pode enganar ninguém; não pode fazer o mal. Ninguém pode acusar Deus de fazer o mal;
Ele só pode fazer o bem. Ele pode "permitir" que o mal nos atinja para a nossa correção (Hb 12,
4ss) e mudança de vida; mas Ele nunca pode criar o mal e nos mandar o mal. O mal vem da nossa
imperfeição como criatura e do nosso pecado (Rm 6,23).

Deus é Onipotente: (Gn 17,1; 28,3; 35,11; 43,14; Ex 6,3; Ap 1,8; 4,8; 11,17; 16,14; 21,22);
pode tudo; nada lhe é impossível. "A Deus nada é impossível" (Lc 1, 37) disse o Arcanjo Gabriel
a Maria na Anunciação. Não há alguma coisa que você possa imaginar que Deus não possa
fazer simplesmente com o seu querer. Basta um pensamento Seu, uma Palavra, e tudo será
feito porque Ele tem poder Infinito.

Deus também é Onisciente: quer dizer sabe tudo; ninguém consegue esconder nada de
Deus; Ele tudo vê. Deus é Onipresente (Sl 139,7; Sb 1,7; Eclo 16,17-18; Jr 23,24; Am 9,2-3; Ef
1,23); está em toda parte, porque é puro espírito. Diz o Salmista: "Senhor, Vós me perscrutais e
me conheceis. Sabeis tudo de mim, quando me sento e me levanto... Para onde irei longe de teu
Espírito? Para onde fugirei apartado de tua face? Se subir até os céus, Vós estais ali, se descer
para o abismo eu Vos encontro lá." (Sl 138,1-7)

E Deus é muito mais; Deus é nosso Pai amoroso com ensinou Jesus.

24
É Amor (1Jo 4,8.)
É fonte de vida e santidade (Rm 6,23; Gl 6,8; Ef 1,4-5; 1Ts 4,3; 2Ts 2,13-17).
É ilimitado ( 1Rs 8,27; Jr 23,24; At 7,48-49).
É misericordioso (Ex 34,6; 2Cr 30,9; Sl 25,6; 51;1; Is 63,7; Lc 6,36; Rm 11,32; Ef 2,4; Tg
5,11).
É o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis (Gn 1,1; Jó 26,13; Sl 33,6; 148,5; Pv
8,22-31; Eclo 24,8; 2Mc 7,28; Jo 1,3; Cl 1,16; Hb 11,3).
É o Juiz do universo (1Sm 2,10; 1Cr 16,33; Ez 18,30; Mt 16,27; At 17,31; Rm 2,16; 2Tm 4,1;
1Pd
4,5).
Deus é uno (Dt 32,39; Is 43,10; 44,6-8; Os 13,4; Ml 2,10; 1Cor 8,6; Ef 4,6); não pode haver
mais de um Deus simplesmente pelo fato de que se houvesse dois deuses, um deles seria
inferior ao outro; e Deus não pode ser inferior a nada; Ele é absoluto.
Deus Filho – Deus filho e Deus Espírito Santo
Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus feito homem. Jesus é o verbo que se encarnou e
veio morar entre nós.
O Espírito Santo é a força de Deus. É a manifestação do quanto Deus nos ama, dano seu
próprio Espírito para cuidar de nós.
Jesus promete nos dar o paráclito, isto é o Espírito Santo, afirmado: “Quando vier o
paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o espírito da verdade, que procede do Pai, ele
dará testemunho de mim. Também vós darei testemunho, porque estai comigo desde o
princípio”. (João. 15-26).

A Trindade é Uma

A Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: "a
Trindade consubstancial", ensinou o II Concílio de Constantinopla em 431 (DS 421 ). As pessoas
divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: "O Pai é
aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho,
isto é, um só Deus por natureza" (XI Concílio de Toledo, em 675, DS 530).
"Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a
natureza divina" (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).
"Deus é único, mas não solitário" disse o Papa Dâmaso (Fides Damasi, DS 71). "Pai",
"Filho", "Espírito Santo" não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino,
pois são realmente distintos entre si: "Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não
é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho" (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530).
São distintos entre si por suas relações de origem: "É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o
Espírito Santo que procede" (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804). A Unidade divina é Trina.
“Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho
está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo
inteiro no Filho" (Conc. Florença, em 1442, DS 1331).

ATIVIDADES)
1) O que vem a ser a Santíssima trindade?
2) São três Deuses diferentes?
3) Você crer na Santíssima Trindade?
4) Quais as funções do Pai?
5) Quais as funções do Filho?
6) Quais são as funções do Espírito Santo?

25
➢ 13º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: CORPUS CHRISTI

Origem Sacra da Solenidade


A Festa de Corpus Christi é a celebração em que
solenemente a Igreja Católica comemora a instituição do
Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do
ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas
ruas.
Propriamente é a Quinta-feira Santa o dia da instituição,
mas a lembrança da Paixão e Morte do Salvador não permite
uma celebração festiva. Por isso, é na Festa de Corpus Christi que os fiéis agradecem e louvam
a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como
alimento e remédio de nossa alma.
A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual
da Igreja, o próprio Cristo.
A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na Diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa
da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe
pedia uma festa litúrgica anual em honra do sacramento da Eucaristia. Aconteceu, porém, que
quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina,
em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair
gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. O Papa Urbano IV (1262-1264), que
residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia São Tomás de Aquino, informado do
milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso
foi feito em procissão.
Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, teria então pronunciado
diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”. Em 11 de agosto de 1264 o Papa
26
emitiu a bula "Transiturus de mundo", onde prescreveu que na quinta-feira após a oitava de
Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. Em 1290 foi
construída a belíssima Catedral de Orvieto, em pedras pretas e brancas, chamada de "Lírio das
Catedrais".
Antes disso, em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège,
como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e
depois, então, em todo o mundo no séc. XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de
Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João
XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas
vias públicas.
A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos
na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. A celebração normalmente tem
início com a missa, seguida pela procissão pelas ruas da cidade, que se encerra com a bênção
do Santíssimo.
A Festa de Corpus Christi reconhece, anuncia e proclama a palavra vida de Jesus, quando
na Santa Ceia, Quinta Feira Santa, antes de sua morte, proferiu as seguintes palavras: “TOMAI
TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS”: “TOMAI
TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA
ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA A REMISSÃO DOS
PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM” (Lucas. 22-14-20)
Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que
acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as
pessoas, as famílias e a cidade. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas
com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem
visitar o seu povo. Tudo isto tem muito sentido e deve ser preservado

ATIVIDADES:

27
Leitura bíblica: “disse Jesus: ‘Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida
eterna, e eu o ressuscitarei no último dia’” (Jo 6,54)
Compromisso: Me preparar para comungas em todas as Santas Missas.

➢ 14º Encontro DATA: ___/___/_____


TEMA: O PECADO E COMO ELE NOS AFASTA DE DEUS

O maior mal que o pecado pode nos trazer é nos afastar de Deus. O pecado também pode
causar em nós o medo de voltarmos para o Senhor

“O pecado é ofensa a Deus: ‘Pequei contra ti, contra ti somente; pratiquei o que é mau aos teus
olhos’ (Sl 51,6). O pecado ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia dele os nossos
corações” (Catecismo da Igreja Católica §1850).

O maior mal que o pecado pode nos trazer é nos afastar de Deus. Muitas vezes, caímos, mas
enquanto estivermos vivos, estaremos nessa luta que travamos diariamente. O pecado também
causa em nós o medo de voltarmos para Deus, de não sermos aceitos por Ele. O inimigo nos
enche de acusações e mentiras, e, assim, permanecemos no pecado, na lama.

Não importa o tamanho do nosso pecado nem como caímos, o importante, agora, é retornarmos
ao local onde nos sentiremos novamente acolhidos e limpos, o coração de Deus.

O pecado de Davi

Podemos ver, na vida de Davi, uma busca constante em servir o Senhor, a ponto de ser
conhecido como um homem segundo o coração de Deus. No entanto, até mesmo o rei, com
todo o seu amor e intimidade com o Senhor, teve momentos de queda ao seguir seus
28
desejos: “Numa tarde, levantando-se da cama, Davi foi passear no terraço do palácio real. Lá,
ele viu uma mulher tomando banho. Ela era muito bonita. Davi mandou colher informações sobre
ela. Disseram-lhe: ‘Ela é Betsabeia, filha de Eliam e esposa de Urias, o heteu!’. Então, Davi
mandou emissários para que a trouxessem. Betsabeia foi e Davi teve relações com ela, que
tinha acabado de se purificar de suas regras. Depois ela voltou para casa” (II Samuel 11, 2-4).
Davi era e é conhecido por sua coragem, força, justiça e seu amor a Deus, mas sua vida também
foi marcada por uma má escolha, que o levou a cair em pecado. É importante entendermos que
ele estava no auge de seu reinado. Já havia conquistado várias vitórias e era respeitado pelo
seu povo e pelos reinos vizinhos. Naquele tempo, o rei tinha como papel principal comandar o
exército em batalha: “Na mudança do ano, quando os reis costumavam sair para a guerra, Davi
ficou em Jerusalém” (cf. 2 Sm 11,1).
Ele não foi para a batalha com sua tropa, pois sabia da força de seus homens; com isso, não
viu necessidade de acompanhá-los. Davi não cumpriu o papel que Deus lhe confiou, pois já
começava a se esquecer de Quem o chamou. Ele está em pé, no auge, é um conquistador e
tem muitos a seu comando, mas se esquece do seu Deus e “o pecado ficou a sua frente” (cf. Sl
51, 5).
Leia mais:

Davi vê Betsabeia e se encanta por ela. Percebemos a consciência de Davi na decisão tomada.
Ele procurou saber quem era aquela mulher, e, mesmo sendo casada, deitou-se com ela. Essa
atitude desencadearia várias outras. Davi não cai somente em um pecado, mas em muitos por
consequência de sua escolha. Ele peca por ser presunçoso, pois já se sente bom o bastante
para nem mesmo ir às batalhas, por seus olhares maliciosos e seus desejos consentidos,
por adulterar, pecar e mentir para Urias, por tentar enganá-lo, mandá-lo para a morte e ainda
agir como se nada tivesse acontecido.

O perigo de deixar Deus de lado

O rei perdeu o temor e se deixou levar por seus desejos. Esse homem, que tinha o Senhor como
seu amigo e n’Ele confiava plenamente, deixa-O de lado e toma decisões pautadas em suas
paixões. Vemos que, em todos os momentos da vida de Davi, ele traz o nome do Senhor
consigo. Porém, há um detalhe interessante: os dois livros de Samuel têm, juntos, 55 capítulos,
e em apenas quatro Deus não é citado de forma nenhuma. Isso acontece quando o rei ou algum
dos seus se esquecem do Senhor e falham. No capítulo que narra o “pecado de Davi”, vemos
que Deus não é citado nem lembrado. Quando O deixamos de lado, somos arrastados por
nossas inclinações ao mal.
Davi ignora tudo o que o Senhor fez em sua vida até aquele momento, esquece-se de que foi
Ele quem o elevou ao lugar em que estava. O Senhor encontrou Davi ainda em sua juventude,
e ele era um simples pastor que cuidava das ovelhas do pai.

Como anda sua relação com Deus?

No meu caso, Deus me encontrou de uma maneira parecida. Eu ainda era jovem e não tinha
muito sentido na vida, estava trilhando, a passos largos, uma existência sem sentido e cheia de
vazios, mas o Senhor me encontrou e me deu sentido para viver. Pense: Onde Jesus o
encontrou? Onde Ele fez uma curva com sua história e lhe deu sonhos, o fez crescer e o tirou
da lama? Como anda sua relação com Ele?
Nosso personagem bíblico pecou gravemente, e já dava sinais – podemos detectar na leitura
– de que, muito mais que pecar contra Deus, ele já havia se distanciado d’Ele. O profeta Natã o
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questiona sobre a má conduta da parte de um “certo homem”, Davi nem mesmo consegue
identificar-se, pois seu coração já não estava mais no Senhor. Um coração longe de Deus não
enxerga a verdade, pois só no Pai podemos nos ver como somos.

Um dia, fomos resgatados por Deus. Hoje, talvez, já nos vejamos capazes de caminhar sem
Ele. Não lutamos mais, pois já somos fortes o bastante para estar em alerta. O pecado de Davi
teve início quando ele não mais se sentiu dependente do Senhor. O coração do rei, que sempre
teve no Senhor o seu norte, resolveu confiar em suas próprias forças e se perdeu no trajeto.
Porém, existe uma certeza: o Pai sempre nos espera, assim como esperou Davi.
Sempre precisaremos retomar a amizade com Aquele que nos deu vida em abundância. Seja
qual for o ponto onde chegamos, Deus sempre tem misericórdia e amor para nos trazer de volta
e nos devolver ao que realmente somos: filhos amados d’Ele!

Leitura bíblica: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna, por Cristo Jesus o nosso Senhor” (Rm 6:23)
Compromisso: Me confessar.

➢ 15º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: O DÍZIMO:
Na Bíblia o dízimo é a décima parte dos bens que cada família produzia e que era ofertada a
Deus em sinal de gratidão. Cada família entregava aos sacerdotes dez por cento dos produtos
da terra para a manutenção do templo e dos serviços religiosos (cf. Ne 10,38-39; Tb 1,8; Ml
3,10).
Há umas questões básicas que pressupõe o dízimo: fé, gratidão, generosidade, senso de
corresponsabilidade, consciência da dimensão econômica da evangelização… Por isso a CNBB
assim define o dízimo: “O dízimo é uma contribuição sistemática e periódica dos fiéis, por meio
da qual cada comunidade assume, corresponsavelmente, sua sustentação e a da Igreja. Ele
pressupõe pessoas evangelizadas e comprometidas com a evangelização” (CNBB, Doc. 106,
N.6)

Uma resposta de gratidão e sinal de corresponsabilidade


Sim, o dízimo para a Igreja é um gesto de gratidão a Deus por tantos benefícios recebidos. A
devolução do dízimo nasce do coração sensível. O dízimo é um ato de amor a Deus e aos
irmãos. É uma resposta de fé e de corresponsabilidade pela evangelização, pois a esta tem uma
dimensão econômica.

30
Muitos se questionam sobre a quantia dos 10%. Quanto a isso é importante se perguntar sobre
medida da própria gratidão. A gratidão não tem medida! Cada um é chamado, antes de tudo, a
avaliar-se! Deus não gosta de nada forçado e nem de medidas mesquinhas!
Biblicamente eram dez por cento o que os fiéis judeus davam para a manutenção das despesas
do templo e manutenção dos sacerdotes. Mas o Dízimo é uma questão de generosidade: “dê
cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama
quem dá com alegria”. Não se trata de uma questão matemática, mas moral, espiritual! É desse
modo que Paulo reflete com a comunidade de Corinto (cf. 2Cor 9,7). O importante é que o
dizimista se sinta livre e corresponsável dando fielmente a sua contribuição mensal. “Quem é
generoso progride na vida” (Prv. 11,25).

Quem deve ser dizimista?


Todas as pessoas que participam da vida da Igreja e tem uma fonte de renda são convidadas a
serem dizimistas. Ninguém, nessa condição, está dispensado de manifestar sua gratidão a Deus
para a promoção da fé.
A obrigação do dízimo vem da generosidade do próprio coração. Se o fiel católico se sente parte
integrante da Igreja, então não está dispensado de contribuir para que ela seja sempre viva,
forte, atuante e tenha todos os meios necessários para que a Palavra de Deus chegue aos mais
afastados. O dízimo e manifestação da consciência da partilha!

Onde é aplicado esse recurso do dízimo?


Os recursos financeiros provenientes das paróquias não pertencem ao pároco e nem mesmo
em nenhuma forma de percentual. Isso não existe para a Igreja Católica. O pároco não tem um
percentual sobre o dízimo arrecadado. Isso é importante saber! Então reflitamos para onde vai
o seu dízimo.
O dizimo deve ser entregue mensalmente porque as despesas ordinárias da manutenção da
Igreja são pagas todos os meses. O recurso do dízimo é aplicado nas seguintes despesas: no
pagamento de funcionários, encargos sociais, assinaturas de subsídios e revistas, energia
elétrica, água, telefone, internet, material de limpeza, manutenção das estruturas físicas e
técnicas, despesas pastorais (eventos), formação, manutenção dos sacerdotes, material
litúrgico (toalhas, velas, flores, papel, vinho, hóstias…), transportes, partilha com a
(Arqui)diocese, ações missionárias, Caridade, etc. Visto que todos os meses temos contas a
pagar, então todo mês cada fiel é chamado a colaborar para que tudo seja pago. A Igreja é
nossa!
A partir dessas diversas despesas podemos perceber que o dízimo tem muitas dimensões:
administrativa, religiosa, eclesial, ética, missionária, caritativa. Lamentavelmente muitas
paróquias, por causa da frágil corresponsabilidade dos fieis, tem muita dificuldade para avançar
na evangelização por falta de recursos. Isso é muito grave!

O dízimo é bênção de Deus


Na Bíblia Sagrada encontramos referências sobre a relação entre dízimo e bênçãos. Deus usa
de muitas formas para derramar sobre nós suas bênçãos e a seu tempo vai recompensar todos
aqueles que fizeram o bem e foram generosos neste mundo.
Por meio do profeta Malaquias, Deus diz: “Tragam o dízimo. Façam essa experiência comigo.
Vocês vão ver se não abro as portas do céu, se não derramo sobre vocês as minhas bênçãos
de fartura” (Ml 3,10). “A ti, Senhor, pertence o amor, porque tu pagas a cada um conforme as
suas obras» (Sl 62,13; Prov. 24,12). “O Senhor retribui a oferta e Ele, em troca, lhe dará sete
vezes mais” (Eclo 35,7-10).
Com o dízimo dos fieis a Igreja se fortalece e as possibilidades de fazer o bem e divulgar a
Palavra de Deus aumentam. Por isso a sua participação é muito importante! Manifeste que você
é uma pedra viva da Igreja e por ela se sente corresponsável.
31
Certo, é que a Igreja é obra de Deus, e o seu Senhor vai retribuir a todos aqueles que foram
generosos para com ela: “Eis que venho em breve, e comigo trago o salário para retribuir a cada
um conforme o seu trabalho” (Ap 22,12).

ATIVIDADE:
1. Você já é dizimista?
2. Você se sente corresponsável pelo crescimento da Igreja?
3. Quais são as várias dimensões do dízimo?

Leitura bíblica: “Cada um contribua segundo apropôs no seu coração; não com tristeza, ou por
necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” (2 Cor 9,7)
Compromisso: Me tornar um dizimista.

➢ 16º Encontro DATA: ___/___/_____


TEMA: JUNHO: MÊS DE SÃO JOÃO

Tornar-nos discípulos amados


João era um membro importante dos Doze Apóstolos originais de Jesus Cristo, alguém
que tinha um relacionamento pessoal próximo com o Salvador e que desempenhava papéis
importantes como Sua testemunha, como líder da Igreja e como revelador.

No entanto, a maneira que escolheu para apresentar a si mesmo como o discípulo amado
no evangelho que leva seu nome lhe permite servir de modelo para todos nós em nosso
próprio discipulado.

Aprendemos com ele que, como seguidores de Jesus Cristo, podemos todos descansar
envolvidos pelos braços de Seu amor, amor que percebemos mais plenamente por meio de
ordenanças como as que Ele estabeleceu na Última Ceia.
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Também podemos, simbolicamente, permanecer ao pé da cruz, testificando que Jesus
morreu por nós e correr com esperança para aprender por nós mesmos que o Senhor vive. Tal
qual João, nosso chamado como discípulos amados é compartilhar esse testemunho com
outras pessoas, prestar testemunho da verdade e cumprir qualquer outro chamado que
tivermos até o retorno do Senhor.

VAMOS SIMBOLIZAR A FOGUEIRA COMO SENDO AS COISAS BOAS QUE


GOSTARÍAMOS DE ACENDER EM NOSSA VIDA E REAVIVAR EM NOSSOS CORAÇÕES.
ESCREVA EM CADA FOGUEIRA, QUAIS SENTIMENTOS OU DONS VOCÊ GOSTARIA
DE ACENDER OU REAVIVAR EM SUA VIDA HOJE?

SOMOS CHAMADOS TODOS OS DIAS A SERMOS SANTOS TAMBÉM, A LEVARMOS O


EVANGELHO DE JESUS CRISTO E FAZERMOS A VONTADE DE DEUS. DE QUAIS
FORMAS VOCÊ TEM BUSCADO VIVER TUDO ISSO?

Leitura bíblica: “ Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava” (Jo 14:23)
Compromisso: Tornar-me um discípulo amado de Jesus.

➢ 17º Encontro DATA: ___/___/_____


TEMA: O SANTO TERÇO

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ORAÇÃO DO TERÇO
É uma oração simples que fortifica a Fé,
alimenta nossa esperança e nos impulsiona a amar
como Jesus. É uma oração fácil de ser rezada em
qualquer tempo e lugar, permanecendo assim uma
oração nova e atual. Faz crescer o amor é a
fraternidade entre nós, ajuda – nos a superar os
sofrimentos e dificuldades do dia - a – dia, com
alegria e paz.

COMO REZAR O TERÇO:

NA CRUZ: Oferecimento:
Senhor Jesus, nós vos oferecemos este
treco que vamos rezar, contemplando os
mistérios de vossa redenção. Concedei – nos,
pela intercessão de Maria, Vossa Mãe Santíssima,
a quem nos dirigimos, as atitudes que nos são
necessárias para bem reza – lo e as graças que
nos vêm desta santa devoção.

Em seguida, um Creio em Deus Pai.


PRIMEIRA CONTA MAIOR: Um Pai Nosso
AS TRÊS PRIMEIRAS CONTAS MENORES: Três Ave – Marias em honra a Santíssima
Trindade.
SEGUNDA CONTA MAIOR: Um Pai Nosso
MISTÉRIOS ( Após cada mistério reza-se um pai-nosso nas contas grandes, dez
ave-marias nas contas pequenas e uma glória ao pai ao final)

• Gozosos (da Alegria) – Rezado às Segundas Feiras e Sábados:


Primeiro Mistério: Anunciação do Anjo: Maria diz sim a Vida ( Lc. 1, 26 – 38).
Segundo Mistério: Maria vai ao encontro de sua prima Isabel ( Lc. 1, 39 – 56).
Terceiro Mistério: Nasce Jesus na gruta de Belém (Lc. 2, 1 -20).
Quarto Mistério: Apresentação de Jesus no Templo (Lc. 2, 21 – 40).
Quinto Mistério: Jesus é reencontrado no templo com os doutores da lei (Lc. 2, 41 -52).

• Dolorosos (de Dor) – Rezado às Terças Feiras e Sextas-Feiras:


Primeiro Mistério: Sofrimento d Jesus n Jardim das Oliveiras ( Lc. 22, 39 – 46).
Segundo Mistério: A flagelação de Jesus ( Jo. 19, 1 – 3).
Terceiro Mistério: A coroação de espinhos(Mt. 27, 27 -31).
Quarto Mistério: Jesus carrega a Cruz (Jo.19, 16 – 17).
Quinto Mistério: Jesus morre pregado na Cruz (Jo. 19, 25 - 30).

• Gloriosos (de Glória) – Rezado às Quartas Feiras e Domingos:


Primeiro Mistério: A Ressurreição de Jesus ( Mt. 28, 1 – 8).
Segundo Mistério: A ascensão de Jesus( Lc. 24, 50
Terceiro Mistério: A Vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos e Maria (Mt. 27, 27 -31).
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Quarto Mistério: Assunção de Maria aos céus.
Quinto Mistério: Maria é coroada Rainha do céu e da terra.

• Luminosos (de luz) – Rezado às Quintas Feiras:


Primeiro Mistério: Batismo de Jesus no Rio Jordão ( Mt. 3, 13 – 17).
Segundo Mistério: A auto Revelação de Jesus nas Bodas de Cana ( Jo. 2, 1 – 12).
Terceiro Mistério: O anúncio do Reino de Deus com o convite conversão(Mc. 1, 14 -15).
Quarto Mistério: A Transfiguração de Jesus (Lc. 9, 28 – 36).
Quinto Mistério: A Instituição da Eucaristia (Lc. 22, 14 - 30).

Agradecimento

Infinitas graças vos damos, soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias
recebemos de vossas mãos liberais. Dignai – vos agora e para sempre tomar–nos debaixo de vosso
poderoso amparo e, para mais vos agradecer, vos saudamos com uma Salve-Rainha.

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➢ 18º Encontro DATA: ___/___/_____
TEMA: SANTOS PADROEIROS

No século VI, ter um padroeiro já era uma prática comum. O termo padroeiro ou patrono
vem do latim “patronus”, uma derivação da palavra “pater” pai, transmitindo a ideia de alguém
que nos protege, nos defende, que age em nosso favor. Por essa razão e com esse intuito
comunidades e igrejas são confiadas ao patronato de um santo. Antigamente, por ocasião de
um batismo, com a mesma intenção, sugeria-se a inclusão de algum santo no nome do
batizando.

Os santos nos recordam que acolhendo os dons de Deus nós somos santificados. Eles
são a concretização do desejo de Jesus em vivermos a santidade, a busca de perfeição (cf.
Mt.5,48 e IPd.1,16). Pela maneira como os santos viveram e corresponderam ao amor de Deus,
nós temos neles um exemplo para nossa vida cristã, um estímulo para nosso seguimento a
Jesus. Vivendo a comunhão entre todos os que foram santificados por Cristo, nós recebemos
deles a intercessão que nos ajuda, pois, em Cristo, somos todos unidos e os méritos de uns
concorrem para o bem dos outros. Por fim, os santos nos recordam que somos destinados à
comunhão com Deus e que essa é a meta última de nossa existência. São esses os motivos
que nos levam a ter um padroeiro.

SÃO CRISTÓVÃO, PADROEIRO DA NOSSA COMUNIDADE


SANTO PROTETOR DOS MOTORISTAS, VIAJANTES E ATLETAS

No dia 25 de Julho é comemorado o dia do padroeiro dos motoristas e viajantes, São


Cristóvão. Mas você sabe porque ele tem esse título? O nome Cristóvão não é o seu nome de
batismo e carrega o significado de “condutor de Cristo” além de também representar uma das
devoções mais populares e antigas da Igreja Católica e do Brasil.
História
Seu verdadeiro nome era Réprobo e pouco se sabe sobre a sua origem. Diz-se que ele
era um homem muito alto, forte, da linhagem Cananéia e por conta disso, sua profissão era
ser um guerreiro. Graças ao seu porte físico, não havia um que o vencesse. Sua presença
quase sempre era sinônimo de vitória.

Mas algo um dia perturbou a mente de Cristóvão. Enquanto servia o Rei de Canaã, se deu
conta que ele deveria trabalhar para o maior rei de todos, o mais poderoso, e saiu em busca
dessa figura. Encontrou um rei mais forte e passou a servi-lo.
Em uma das festas do reino, durante uma festa, algumas cantigas e canções estavam
sendo cantadas para o rei e continham em sua letra citações ao demônio. Toda vez que era
citado, o rei fazia o sinal da cruz. Intrigado, Cristovão perguntou ao rei do que se tratava
aquele sinal e ele disse que era uma proteção contra qualquer má intenção ou coisas ruins
vindas daquela figura. Sendo assim, Cristóvão concluiu que o demônio era mais poderoso que
o rei e por isso devia servi-lo.

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Saiu em mais uma jornada atrás de seu novo “mestre” e durante sua caminhada por um
deserto o encontrou. Enquanto caminhavam juntos, Cristóvão notou que o demônio ao avistar
uma cruz, desvio o caminho e percorreu uma distância muito maior afim de não passar perto
dela. Cristóvão, intrigado, questionou o demônio que confessou: “Houve um homem chamado
Jesus Cristo que, por meio de Sua morte na Cruz, trouxe a salvação para a humanidade, e
quando vejo Seu sinal, fico apavorado e fujo dele”.
Na mesma hora, Cristóvão entendeu que era a Jesus Cristo era mais poderoso e por isso
saiu em uma busca incansável ao seu novo Senhor. Durante a caminhada, encontrou um
senhor e perguntou como poderia encontrar Jesus Cristo. O velho eremita disse que ele
deveria jejuar e orar, mas Cristóvão disse que não seria possível. Sendo assim, o eremita
pediu que ele se instalasse a beira de um rio que existia ali perto, de travessia difícil, para
ajudar a todos que quisessem passar por ele e por amor a Jesus Cristo iniciou a sua missão.

Dia e noite ajudava as pessoas a atravessar o rio, até que em uma noite escutou uma criança
chamá-lo para ajudá-la a atravessar a margem do rio. Cristóvão colocou a criança nos ombros
e iniciou a travessia. A criança era tão pesada que Cristóvão, mesmo forte, temeu se afogar e
por várias vezes pensou estar carregando o mundo nas costas. Ao deixar a criança do outro
lado do rio, comentou sobre o seu peso e eis que teve a sua revelação: “Bom homem,
respondeu-lhe o menino, não te espantes, pois não só carregaste o mundo inteiro como
também o dono do mundo. Eu sou Jesus Cristo, o Rei que estás a servir neste mundo, e, para
que saibas que digo a verdade, põe teu cajado no chão junto à tua casa e amanhã verás que
ele estará coberto de flores e de frutos”.
O milagre do cajado de São Cristóvão
Depois desse dia, Cristóvão partiu para Lícia ao encontro de cristãos que estavam
presos. Quando foi descoberto, apanhou muito de seus perseguidores e quando todos
achavam que ele seria derrotado, jogou o seu cajado no chão pedindo a Jesus Cristo que o
florisse novamente. E assim aconteceu, diante de mais de 8 mil pessoas.

Imediatamente Cristóvão foi levado ao rei, que tentou de todas as maneiras fazer com que
desistisse e renunciasse a sua fé mas ele permaneceu inabalável. Sua fé era tão forte quanto
o seu corpo. O rei ainda tentou fazê-lo pecar, mas foi em vão. Depois de várias tentativas, o rei
mandou executá-lo e Cristóvão morreu decapitado.
Após esse episódio, a fama de Cristóvão espalhou-se muito rapidamente atingindo assim
mais e mais devotos ao longo do mundo.
O padroeiro dos motoristas
Após o episódio da criança no rio, Réprobo assumiu o nome de Cristóvão (carregador de
Cristo) e por isso é considerado o padroeiro dos motoristas, condutores e viajantes já que um
dia carregou o menino Jesus nos ombros.
Sua imagem representa exatamente esse momento: o menino Jesus em seus ombros e o
cajado na mão.
Oração à São Cristóvão

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Dai-me, Senhor, firmeza e vigilância no volante para que eu chegue ao meu destino sem
acidentes.
Protegei os que viajam, a todos, e a dirigir com prudência, e que eu descubra vossa presença
na natureza, nas rodovias, nas ruas, nas criaturas, e em tudo aquilo que me rodeia.
AGORA É A SUA VEZ:
Pesquise com moradores e fiéis da comunidade as razões pelo qual São Cristóvão foi
escolhido como nosso Padroeiro.

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➢ 19º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: AS VOCAÇÕES

Falamos muito de vocação. Quando dizemos que alguém tem vocação, afinal o que
queremos dizer? A palavra vocação vem do verbo no latim "vocare" (chama?). Assim
vocação significa chamado. É, pois, um chamado de Deus. Se há alguém que chama, deve
haver outro que escuta q responde.

A vida de todo ser humano é um dom de Deus. "Somos obra de Deus, criados em Cristo
Jesus" (Ef 2,10). Existimos, vivemos, pensamos, amamos, nos alegramos, sofremos, nos
relacionamos, conquistamos nossa liberdade diante do mundo que nos cerca e diante de nós
mesmos.

Não somos uma existência lançada ao absurdo. Somos criaturas de Deus.

Não existe homem que não seja convidado ou chamado por Deus a viver na liberdade, que
possa conviver, servir a Deus através do relacionamento fraternal com os outros.

Você é uma vocação. Você é um chamado.

Encontramos na Bíblia muitos chamados feitos por Deus: Abraão, Moisés, os profetas... Em
todas as escolhas, encontramos:
• Deus chama diretamente, pela mediação de fatos e acontecimentos, ou pelas pessoas.
• Deus toma a Iniciativa de chamar.
• Escolhe livremente e permite total liberdade de resposta.
• Deus chama em vista de uma missão de serviço ao povo.
Vocação é o encontro de duas liberdades:
• a de Deus que chama
• a do Homem que responde

Podemos fazer uma distinção entre os chamados: vocação à existência, vocação


humana, vocação cristã e vocação específica, uma sobrepondo-se à outra.

Vocação à existência -À vida

Foi o primeiro momento forte em que Deus manifestou todo o seu amor a cada um de nós.
Deus nos amou e nos quis participantes de seu projeto de criação como coordenadores
responsáveis por tudo o que existe. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. A vida é
a grande vocação. Deus chama para a vida, e Jesus afirma que veio para que todos a tenham
em abundância. (Jo 10,10)
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Vocação humana - Ser gente, ser pessoa

Foi nos dada a condição da "liberdade dos filhos de Deus", inteligência e vontade.
Estabelecemos uma comunhão com o Criador e, nessa atitude dialogai, somos pessoas. A
pessoa aprende a conviver, a dialogar, enfim, a se relacionar. Todos têm direitos e deveres
recíprocos.
Infelizmente, a obra-prima do Criador anda muito desprezada: enquanto uns têm condições e
oportunidades, outros vivem na miséria, sem condições básicas para ressaltar a dignidade
com que foram constituídos. No mundo da exclusão acontece a "desumanização"'e pode-se
perder a condição de pessoa humana.

Vocação cristã - Vocação de filho, de batizado

Todo batizado recebeu a graça de fazer parte do povo eleito por Deus, de sua Igreja. Através
da vocação cristã, somos chamados à santidade, vocação à perfeição, recebendo a mesma fé
pela justiça de Deus. Fomos, portanto, eleitos e chamados pessoalmente por Cristo para ser,
como cristãos, testemunhas e seguidores do Mestre Jesus. Chamados â fé pelo batismo, a
pessoa humana foi qualificada de outra forma. Assim todos fazem parte do "reino de
sacerdotes, profetas e reis". (1 Pd 2,9)

Toda pessoa batizada tornou-se um seguidor de Cristo, participante de uma comunidade de fé


que pode ser chamada para participar da obra de Deus, como membro de sua Igreja, seguindo
caminhos diferentes:

Vocação laical (no matrimônio /no celibato / solteiro - apóstolo)

l Assim todo cristão solteiro ou casado, batizado em Cristo, tornando-' se membro da sua
Igreja, é convocado a ser apóstolo, anunciador do l Reino de Deus, exercendo funções
temporais. O leigo vive na l secularidade e exerce sua missão insubstituível nos ofícios e
trabalhos l deste mundo. O Concilio Vaticano II sublinhou que a vocação e a missão l do leigo
"contribuem para a santificação do mundo, como fermento na \ massa'. (LG31)

Vocação ao ministério ordenado (diácono, padre e bispo)

É uma vocação de carisma particular, é graça, mas passa pela mediação da Igreja particular,
pois as vocações são destinadas à Igreja. Acontece num acompanhamento sistemático,
amadurecendo as motivações reais da opção. O ministro ordenado preside e coordena os
serviços da comunidade. Por intermédio dos sacramentos, celebra a presença de Deus no
meio do seu povo. O presbítero é enviado a pastorear e animar a comunidade. Ele é o bom
pastor que guia, alimenta, defende e conhece as ovelhas. "Isto exige humanidade, caráter
íntegro e maduro, virtudes morais sólidas e personalidade madura". (OT 11)

Vocação à vida consagrada (ser irmão religioso ou irmã religiosa / vida ativa ou
contemplativa)

O religioso é chamado a testemunhar Cristo de uma maneira radical, vivendo uma


consagração total nos votos de pobreza, castidade e obediência. Com a pobreza, vivem mais
livres dos bens temporais, tornando-se disponíveis para Deus, para a Igreja e para os irmãos.
Com a castidade, vivem o amor sem exclusividade, sendo sinal do mundo l futuro que há de
vir. Com a obediência, imitam a Cristo obediente e fiel à vontade do Pai.
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Profissão Vocação

1 . aptidão ou escolha pessoal 1. chamado de Deus para


para exercer um trabalho uma missão, que se origina
na pessoa como reação-
aspiração do ser

2. preocupação principal: o 2. preocupação exclusiva:


"ter", o sustento da vida "o ser" , o amor e o serviço

3. pode ser trocada 3. é para sempre

4. é exercida em determinadas 4. é vivida 24 horas por dia


horas

5. tem remuneração 5. não tem remuneração ou


salário

6. tem aposentadoria 6. não tem aposentadoria

7. quando não é exercida, falta 7. vive da providência


o necessário para viver divina

8. na profissão eu faço 8. na vocação eu vivo

Precisamos distinguir bem vocação de profissão, pois não são exatamente a mesma coisa.
Veja o quadro abaixo e observe a distinção entre uma e outra:
A profissão dignifica a pessoa quando é exercida com amor, espírito de serviço e
responsabilidade. A vocação vivida na fidelidade e na alegria confere ao exercício da profissão
uma beleza particular, é o caminho de santidade.

Leitura bíblica: “ E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!”
(Mc 16, 15)

Compromisso: Através da oração, buscar a minha verdadeira vocação.

41
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➢ 20º Encontro DATA: ___/___/_____
TEMA: O ANO LITÚRGICO – PARTE 1

Chama-se Ano Litúrgico o tempo em que a Igreja celebra todos os feitos salvíficos operados por
Deus em Jesus Cristo. "Através do ciclo anual, a Igreja comemora o mistério de Cristo, desde a
Encarnação ao dia de Pentecostes e à espera da vinda do Senhor" (NUALC nº 43 e SC nº 102).

Ano Litúrgico é, pois, um tempo repleto de sentido e de simbolismo religioso,de essência


pascal, marcando, de maneira solene, o ingresso definitivo de Deus na história humana. É o
momento de Deus no tempo, o "kairós" divino na realidade do mundo criado. Tempo, pois, aqui
entendido como tempo favorável, "tempo de graça e de salvação", como nos revela o
pensamento bíblico (Cf. 2Cor 6,2; Is 49,8a).

As celebrações do Ano Litúrgico não olham apenas para o passado, comemorando-o. Olham
também para o futuro, na perspectiva do eterno, efazem do passado e do futuro um eterno
presente, o "hoje" de Deus, pela sacramentabilidade da liturgia (Cf. Sl 2,7; 94(95); Lc 4,21;
23,43). Aqui, enfatiza-se então a dimensão escatológica do Ano Litúrgico.

O Ano Litúrgico tem como coração o Mistério Pascal de Cristo, centro vital de todo o seu
organismo. Nele palpitam as pulsações do coração de Cristo, enchendo da vitalidade de Deus
o corpo da Igreja e a vida dos cristãos.

Quando se inicia o Ano Litúrgico?

Diferente do ano civil, mas, como foi dito, não contrário a ele, o Ano Litúrgico não tem data fixa
de início e de término. Sempre se inicia no primeiro Domingo do Advento, encerrando-se no
sábado da 34ª semana do Tempo Comum, antes das vésperas do domingo, após a Solenidade
de Cristo Rei do Universo. Esta última solenidade do Ano Litúrgico marca e simboliza a realeza
absoluta de Cristo no fim dos tempos. Daí, sua celebração no fim do Ano Litúrgico, lembrando,
porém, que a principal celebração litúrgica da realeza de Cristo se dásobretudo no Domingo da
Paixão e de Ramos.

Mesmo sem uma data fixa de início, qualquer pessoa pode saber quando vai ter início o Ano
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Litúrgico, pois ele se inicia sempre no domingo mais próximo de30 de novembro. Na prática,
o domingo que cai entre os dias 27 de novembro e3 de dezembro. A data de 30 de novembro
é colocada também como referencial, porque nela a Igreja celebra a festa de Santo André,
apóstolo, irmão de São Pedro, e Santo André foi, ao que tudo indica, um dos primeiros discípulos
a seguir Cristo (Cf. Jo 1,40).

Ano Litúrgico e Dinâmica da Salvação

Tendo como centro o Mistério Pascal de Cristo, todo o Ano Litúrgico é dinamismo de salvação,
onde a redenção operada por Deus, através de Jesus Cristo, no Espírito Santo, deve ser viva
realidade em nossas vidas, pois o Ano Litúrgico nos propicia uma experiência mais viva do amor
de Deus, enquanto nos mergulha no mistério de Cristo e de seu amor sem limites.

O Domingo, Fundamento do Ano Litúrgico

O Concílio Vaticano II (SC nº 6), fiel à tradição cristã e apostólica, afirma que o domingo, "Dia
do Senhor", é o fundamento do Ano Litúrgico, pois nele a Igreja celebra o mistério central de
nossa fé, na páscoa semanal que, devido à tradição apostólica, se celebra a cada oitavo dia.

O domingo é justamente o primeiro dia da semana, dia da ressurreição do Senhor, que nos
lembra o primeiro dia da criação, no qual Deus criou a luz (Cf. Gn 1,3-5). Aqui, o Cristo
ressuscitado aparece então como a verdadeira luz, dos homens e das nações. Todo o Novo
Testamento está impregnado dessa verdade substancial, quando enfatiza a ressurreição no
primeiro dia da semana (Cf. Mt 28,1; Mc 16,2; Lc 24,1; Jo 20,1; como também At 20,7 e Ap 1,10).

Como o Tríduo Pascal da Morte e Ressurreição do Senhor derrama para todo o Ano Litúrgico a
eficácia redentora de Cristo, assim também, igualmente, o domingo derrama para toda a
semana a mesma vitalidade do Cristo Ressuscitado. O domingo é, na tradição da Igreja, na
prática cristã e na liturgia,o "dia que o Senhor fez para nós" (Cf. Sl 117(118),24), dia, pois, da
jubilosa alegria pascal.

As Divisões do Ano Litúrgico

Os mistérios sublimes de nossa fé, como vimos, são celebrados no Ano Litúrgico, e este se
divide em dois grandes ciclos: o ciclo do Natal, em que se celebra o mistério da Encarnação do
Filho de Deus, e o ciclo da Páscoa, em que celebramos o mistério da Paixão, Morte e
Ressurreição do Senhor, como também sua ascensão ao céu e a vinda do Espírito Santo sobre
a Igreja, na solenidade de Pentecostes.

O ciclo do Natal se inicia no primeiro domingo do Advento e se encerra na Festado Batismo do


Senhor, tendo seu centro, isto é, sua culminância, na solenidade do Natal. Já o ciclo da Páscoa
tem início na Quarta-Feira de Cinzas, início também da Quaresma, tendo o seu centro no Tríduo
Pascal, encerrando-se no Domingo de Pentecostes. A solenidade de Pentecostes é o
coroamento de todo o ciclo da Páscoa.

Entremeando os dois ciclos do Ano Litúrgico, encontra-se um longo período, chamado "Tempo
Comum". É o tempo verde da vida litúrgica. Após o Natal, exprime a floração das alegrias
natalinas, aí aparecendo o início da vida pública de Jesus, com suas primeiras pregações. Após
o ciclo da Páscoa, este tempo verde anuncia vivamente a floração das alegrias pascais. Os dois
ciclos litúrgicos, com suas duas irradiações vivas do Tempo Comum, são como que as quatro

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estações do Ano Litúrgico.

O “Santoral” ou o “Próprio dos Santos”

Em todo o Ano Litúrgico, exceto nos chamados tempos privilegiados (segunda parte do Advento,
Oitava do Natal, Quaresma, Semana Santa e Oitava da Páscoa), a Igreja celebra a memória
dos santos. Se no Natal e na Páscoa, Deus apresenta à Igreja o seu projeto de amor em Cristo
Jesus, para a salvação de todaa humanidade, no Santoral a Igreja apresenta a Deus os copiosos
frutos da redenção, colhidos na plantação de esperança do próprio Filho de Deus. São os filhos
da Igreja, que seguiram fielmente o Cristo Senhor na estrada salvífica do Evangelho. Em outras
palavras, o Santoral é a resposta solene da Igreja ao convite de Deus para a santidade.

As Cores do Ano Litúrgico


Como a liturgia é ação simbólica, também as cores nela exercem um papel de vital importância,
respeitada a cultura de nosso povo, os costumes e a tradição. Assim, é conveniente que se dê
aqui a cor dos tempos litúrgicos e das festas. A cor diz respeito aos paramentos do celebrante,
à toalha do altar e do ambão e a outros símbolos litúrgicos da celebração. Pode-se, pois, assim
descrevê-la:

Roxo: Usa-se: No Advento, na Quaresma, na Semana Santa (até Quinta-FeiraSanta


de manhã), e na celebração de Finados, como também nas exéquias.
Branco: Usa-se: Na solenidade do Natal, no Tempo do Natal, na Quinta-Feira Santa, na
Vigília Pascal do Sábado Santo, nas festas do Senhor e na celebração dos santos. Também no
Tempo Pascal é predominante a cor branca.
Vermelho: Usa-se: No Domingo da Paixão e de Ramos, na Sexta-Feira da Paixão, no
Domingo de Pentecostes e na celebração dos mártires, apóstolos e evangelistas.
Rosa: É usado no terceiro Domingo do Advento (chamado "Gaudete") e no quarto
Domingo da Quaresma chamado "Laetare"). Esses dois domingos são classificados, na liturgia,
de "domingos da alegria", por causa do tom jubiloso deseus textos.
Preto: Pode-se usar na celebração de Finados
Verde: Usa-se: Em todo o Tempo Comum, exceto nas festas do Senhor nele
celebradas, quando a cor litúrgica é o branco.Se uma festa ou solenidade tomar o lugar da
celebração do tempo litúrgico, usa-se então a cor litúrgica da festa ou solenidade. Exemplo:
em 8 de dezembro,celebra-se a Solenidade da Imaculada Conceição. Neste caso, a cor
litúrgica é o branco, e não o roxo do Advento. Este mesmo critério é aplicável para a
celebração dos dias de semana.

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➢ 21º Encontro DATA: ___/___/_____
TEMA: O ANO LITÚRGICO – PARTE 2
ESTRUTURA CELEBRATIVA E PEDAGÓGICA DO ANO LITÚRGICO
Como se vê neste gráfico, o Ano Litúrgico se divide em dois grandes ciclos: Natal e Páscoa.
Entre eles situa-se o Tempo Comum, não os separando, mas os unindo, na unidade pascal e
litúrgica. Em cada ciclo há três momentos, de grande importância para a compreensão mais
exata da liturgia. São eles: um, de preparação para a festa principal; outro, de celebração
solene, constituindo assim o seu centro; e outro ainda, de prolongamento da festa celebrada.
No centro do Ano Litúrgico encontra-se Cristo, no seu Mistério Pascal (Paixão, Morte e
Ressurreição). É o memorial do Senhor, que celebramos na Eucaristia.O Mistério Pascal é,
portanto, o coração do Ano Litúrgico, isto é, o seu centro vital. O círculo é um símbolo expressivo

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da eternidade, e o Mistério Pascal de Cristo, no seu centro, constitui o eixo fundamental sobre

o qual gira toda a liturgia.


ATIVIDADES
1) Quantos são e quais são os tempos celebrados no ano litúrgico?
2) Quantas são e quais são as cores litúrgicas?
3) Qual a finalidade principal dos tempos do ano litúrgico?

➢ 22º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: OS MANDAMENTOS DA IGREJA

Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer normas para a salvação da humanidade.
Ele disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem
me rejeita, rejeita Aquele que me enviou" (Lc 10,16). E prossegue: “Em verdade, tudo o que
ligardes sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também
desligado no céu.” (Mt 18,18)

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Então, a Igreja legisla com o "poder de Cristo", e quem não a obedece, não obedece a Cristo, e
conseqüentemente a Deus Pai.

De modo que para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco obrigações que todo
católico tem de cumprir, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Este ensina: "Os
mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que
dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas autoridades
pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no
esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo." (§2041)

Note que o Catecismo diz que isso é o "mínimo indispensável" para o crescimento na vida
espiritual dos fiéis. Podemos e devemos fazer muito mais, pois isso é apenas o mínimo obrigado
pela Igreja. Ela sabe que, como Mãe, tem filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa,
sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade,
faça mais. E devemos fazer mais.

1 – Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de


ocupações de trabalho
Ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, e as
festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos,
em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã,
e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias (Código
de Direito Canônico-CDC , cân. 1246-1248) (§2042).
Os Dias Santos – com obrigação de participar da missa, são esses, conforme o Catecismo:
“Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da
Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
(Corpus Christi), de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro), de sua Imaculada Conceição (8
de dezembro) e Assunção (domingo), de São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro
e Paulo (domingo), e por fim, de Todos os Santos (domingo)” (CDC, cân. 1246,1; n. 2043 após
nota 252) (§2177).
2 - Confessar-se ao menos uma vez por ano
Assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do Sacramento da Reconciliação, que
continua a obra de conversão e perdão do Batismo (CDC, cân. 989). É claro que é pouco se
confessar uma vez ao ano, seria bom que cada um se confessasse ao menos uma vez por mês,
pois fica mais fácil de se recordar dos pecados e de ter a graça para vencê-los.
3 - Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição
(O período pascal vai da Páscoa até festa da Ascenção) e garante um mínimo na recepção do
Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia
cristã (CDC, cân. 920). Também é muito pouco comungar ao menos uma vez ao ano. A Igreja
recomenda (não obriga) a comunhão diária.
4 - Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja
(No Brasil isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa). Este jejum
consiste em um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche também leve à tarde, sem
mais nada no meio do dia, nem o cafezinho. Quem desejar, pode fazer um jejum mais rigoroso;
o obrigatório é o mínimo. Os que já tem mais de sessenta anos estão dispensados da
obrigatoriedade, mas podem fazê-lo se desejarem.
Diz o Catecismo que o jejum "Determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam
para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e
a liberdade de coração (CDC, cân. 882)".
5 - Ajudar a Igreja em suas necessidades

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Recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um
conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222). Não é obrigatório que o dízimo seja de
10% do salário, nem o Catecismo nem o Código de Direito Canônico obrigam esta porcentagem,
mas é bom e bonito se assim o for. O importante é, como disse São Paulo, dar com alegria, pois
“Deus ama aquele que dá com alegria” (cf. 2Cor 9, 7). Esta ajuda às necessidades da Igreja
pode ser dada uma parte na paróquia e em outras obras da Igreja.

Nota: Conforme preceitua o Código de Direito Canônico, as Conferências Episcopais de cada


país podem estabelecer outros preceitos eclesiásticos para o seu território (CDC, cân. 455)
(§2043).

ATIVIDADES:

1)Correlacione os mandamentos da igreja com os 10 mandamentos.

Leitura bíblica: ““Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de
Deus, que sois vós, é santo. (1 Cor 3, 17)
Compromisso: Participar assiduamente das missas e contribuir nas obras e missões da Santa
Igreja.

➢ 23º Encontro DATA: ___/___/_____


TEMA: A BÍBLIA

A Bíblia fala da história do Povo que foi escolhido por Deus.

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A Bíblia nos ajuda a viver conforme o desejo de Deus. A Bíblia é o livro mais lido no mundo e
mais conhecido no mundo inteiro. A palavra Bíblia vem da língua grega e quer dizer “coleção de
livros” ou “biblioteca”.
A Palavra de Deus contida na Bíblia é para ser vivida. O crismando é, sobretudo um Cristão,
que compreendendo a sua importância no mundo, ler, medita e reflete a Palavra de Deus, e pela
ação do Espírito Santo, toma a decisão acertada em sua vida.

A função da bíblia
Diz a palavra de Deus: “Toda a escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para
repreender, para corrigir e para formar na Justiça. Por ele o homem de Deus se torna perfeito,
capacitado para toda boa obra.”. (2 Tm. 3.16-17)

Divisão da Bíblia
A Bíblia se divide em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento.
Antigo Testamento (AT): Fala da história do povo que Deus escolheu para fazer a Aliança. Foi
escrita antes do nascimento de Jesus. Possui 46 livros. São eles: Gênesis, Êxodo, Levítico,
Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, Samuel 1e 2, Reis 1e 2, Crônicas 1 e 2, Esdras,
Neemias, Jô, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico, Sabedoria, Eclesiástico, Tobias, Judite,
Ester, Macabeus 1 e 2, Isaias, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel,
Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Os
cincos primeiros livros da Bíblia são chamados de Pentateuco. Escreva–os:
Novo Testamento (NT): Relembra a Aliança feita entre Deus e o povo. Foi escrita depois da
Ressurreição de Jesus. Possui 27 livros. São eles: os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e
João, Atos dos Apóstolos, Tiago, Pedro 1e 2, João 1, 2 e 3, Judas, Romanos, Coríntios 1 e 2,
Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, Tessalonicenses 1 e 2, Timóteo, Tito, Filemon,
Hebreus e Apocalipse.

A Bíblia tem 73 livros, divididos em capítulos e versículos.

Os capítulos e versículos são indicados de forma abreviada. Veja o exemplo: Mt 4, 1-5, que quer
dizer: Evangelho de São Mateus, Capítulo 4, Versículo de 1 a 5. É muito importante que toda a
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família tenha a Bíblia. A Bíblia é a palavra de Deus. Vamos ouvir a palavra de Deus sempre com
atenção e muito amor no coração!
Exemplificando a divisão da Bíblia Caro crismando, pelo desenho ao lado, você pode ter a
compreensão de como está dividida a Bíblia e como está predisposta em seus livros, isto é,
organizada.

Quem escreveu a Bíblia? Já dissemos que a Bíblia foi totalmente inspirada por Deus. Para
Definirmos inspiração, preferimos seguir o conceito descrito por São Tomás de Aquino:

“Vemos, assim, que os livros da Bíblia foram escritos por homens movidos pela ação
direta de Deus, de forma a prevenir erros, fazendo que aceitemos Deus como autor
principal e o homem como autor secundário. O homem é instrumento de Deus e é movido
e dirigido por Ele.”

Porém, não devemos confundir inspiração com revelação: a revelação ocorre quando Deus
mostra ou descobre ao homem verdades de fé; a inspiração, como vimos, é o ato de Deus mover
o homem a escrever verdades de fé, assistindo e preservando seus escritos do erro. O fato de
Deus ter inspirado homens, não significa, contudo, que tenha anulado a inteligência e a liberdade
do ser humano. Sobre isso, ensina-nos o Magistério da Igreja: Mas por que Deus inspiraria seres
humanos para elaborar a Bíblia? Ora, Deus é nosso Criador e nos criou por amor! Inspirando
alguns santos homens a escrever tais livros, deu à religião uma base divina, absolutamente
correta, já que, por serem inspirados, os livros da Bíblia são a própria Palavra de Deus, em toda
a sua essência e força. Já que foram escritos por homens, de forma que podemos entender seu
conteúdo, foram usadas linguagens humanas.
Quase todas as Bíblias modernas trazem logo na primeira folha as três linguagens que foram
usadas para compô-la: o hebraico, o aramaico e o grego. O hebraico foi usado para a redação
de quase todo o Antigo Testamento; o aramaico (língua falada na Palestina na época de Jesus)
foi usado para alguns pequenos trechos do Antigo Testamento e, segundo alguns estudiosos,
para o original do Evangelho de Mateus; o grego comum (koiné), por fim, foram utilizados para
escrever alguns poucos livros do Antigo Testamento e para todo o Novo Testamento.

Leitura bíblica: ”Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de
interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens
falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo. (2 Pedro 1: 20-21)
Compromisso: Ler a Bíblia todos os dias.

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➢ 24º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS


Como fazer a Leitura Orante da Bíblia?
“Tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho” (Sl 119,105).

Muitos homens e mulheres, ao longo da história da Igreja, encontraram na Leitura Orante


da Bíblia um caminho de santificação. Mergulhados nos mistérios da Palavra Divina, beberam
das águas de uma fonte perene de espiritualidade.
A Leitura Orante da Bíblia (lectio divina) é composta por quatro etapas: 1) lectio (leitura),
2) meditatio (meditação), 3) oratio (oração) e 4) contemplatio (contemplação). Esses passos
são um caminho pedagógico-espiritual que gradualmente mergulham o coração do homem no
coração de Deus. É um encontro de amor que se faz oração, na intimidade do silêncio fecundo
e contemplativo.
O método da Leitura Orante da Bíblia foi configurado por um monge de nome Guigo, prior
da ordem Cartuxa (1150 d.C.). Ele escreveu um pequeno livro cujo título é: “A escada dos
monges”. O conteúdo da obra era uma sistematização do método de Leitura Orante da Bíblia,
que ultrapassou os séculos e continua hoje a ser uma riqueza espiritual para todos os cristãos.
Nas Sagradas Escrituras, encontramos um itinerário espiritual que nos conduz ao coração
de Deus: “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para instruir, para refutar, para corrigir, para
educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra”
(2 Tm 3,16-17).
O método da Leitura Orante da Bíblia começa com a escolha do local onde iremos
meditar. É conveniente que seja um local tranquilo e que não haja interrupção durante o
momento de oração. A escolha do tempo também é importante. Meia hora é suficiente para
quem está começando. Importante também é a escolha do texto bíblico a se meditar. Como
sugestão pode ser o Evangelho do dia, o Salmo ou a primeira leitura proposta para a liturgia do
dia.
1º Degrau – Leitura (Lectio): O que o texto diz?
1. Leia lentamente o texto, ao menos duas vezes.
2. Ainda não é hora de tentar tirar uma mensagem para sua vida. Apenas
tente compreender o que o texto poderia significar na época em que foi escrito.
3. Tente reconstruir o texto: Quem são as pessoas que aparecem no texto e qual é a
situação de cada uma? De acordo com o texto, qual é o papel de cada uma e quais seriam seus
sentimentos? Aparece algum conflito no texto? Como é resolvido? Qual é o rosto de Deus no
texto?

2º Degrau – Meditação (Meditatio): O que o texto me diz?


1. Destaque os versículos que foram mais fortes para você (sem tentar interpretá-los).
2. Atualize o texto comparando a situação da época com a situação atual e procure
perceber o que tudo isso tem a ver com a sua/nossa vida de cristão.

3º Degrau – Oração (Oratio): O que o texto me faz dizer a Deus?


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1. Tudo o que foi lido e meditado é transformado em uma conversa orante com Deus.
2. A oração é o instante no qual se é convidado a falar com Deus através do louvor, do
agradecimento, do pedido, da súplica, do oferecimento, do perdão dirigido a ele: “Senhor, eu te
peço… Eu te louvo e agradeço meu Deus…”. Dialogar diretamente com Deus: tenha “um trato
de amizade com aquele que nos ama” (Santa Teresa). É necessário silêncio...

4º Degrau – Contemplação (Contemplatio)


Contemplar é ver a vida com os olhos da fé. É sentir, quase intuitivamente, a presença da
Santíssima Trindade ao nosso lado. Esse passo está ligado ao anterior; às vezes, não
percebemos quando termina um e começa o outro. Volte-se para a sua realidade (ao seu dia a
dia) e veja sua vida com o olhar iluminado pelo Espírito Santo. Não se trata de pensar “o que
fazer”, mas de como irá seguir Jesus a partir desse texto? É a primazia do ser sobre o fazer.
Este último será o resultado de um novo ser humano: discípulo missionário de Jesus Cristo.

Interessante é formular um compromisso para o dia a partir da leitura meditada. A palavra


se faz vida no cotidiano da existência. Gravada na alma o mistério do amor de Deus agora
deseja ir ao encontro dos irmãos e irmãs.
Atenção! Este método é fascinante, mas exigente. Não supõe saber ou ter grandes
estudos, mas requer dedicação e escuta atenta à Palavra de Deus. Se alguém ler o texto
bíblico sem seguir o método orante, dificilmente entenderá os quatro degraus. Há alguns
que dizem que é muito difícil seguir este processo, certamente porque querem resultados
imediatos e não dão tempo para escutar o Senhor. Para seguir este método, é preciso
muita humildade e deixar o Senhor falar. É preciso se livrar de conceitos prontos sobre o
texto lido. Evite-se, igualmente, logo tirar uma mensagem para pôr em prática. Essa
aplicabilidade da Palavra depende de uma escuta mais atenta, pois nem sempre o Senhor
pede que se faça algo, mas solicita uma mudança em nosso ser – a nossa conversão.
ATIVIDADE)
ESCOLHA UM CAPÍTULO DA BÍBLIA PARA FAZER A LEITURA ORANTE.

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➢ 25º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: O SENTIDO DE CADA PARTE DA MISSA


PARTE 1
Para que a Santa Eucaristia não se constitua em um mero rito mecânico, onde as pessoas
só “copiam” o que as outras fazem (gestos, sinal da cruz, genuflexão, etc.) sem entender
exatamente o que está acontecendo, é bom que cada fiel católico entenda melhor a Santa Missa,
pois só amamos aquilo que conhecemos.
A missa é igual para toda a Assembléia mas a maneira de cada um participar pode ser
diferente pois depende da fé que as pessoas têm e também do grau de formação na religião.
As vezes vamos fazendo muitas coisas sem saber por quê.
Para participar da missa com fé e alegria, além da sua formação catequética básica, o fiel
deve conhecer todas as etapas da liturgia da missa pois ninguém ama o que não conhece.
A palavra MISSA vem do latim missio, que significa despedida ou envio. E, quando os
catecúmenos saíam antes do início da Liturgia Eucarística o celebrante os despedia. Desta
forma, toda a Celebração Eucarística acabou por ser denominada missa.
A missa é dividida em quatro partes principais: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia
Eucarística e Ritos Finais.

I RITOS INICIAIS

1. Monição Ambiental

Feita pelo comentarista, ao lado do altar. Um convite à Assembléia para participar da


Celebração, criando um clima de oração e fé. Solicita que todos, de pé, recebam o celebrante.

2. Canto de Entrada e Sinal da Cruz

Durante o canto, o padre, os ministros e/ou acólitos dirigem-se ao altar. O padre faz uma
inclinação profunda e deposita o beijo no altar, endereçado a Cristo.
Em seguida, o padre faz o sinal da cruz e o povo faz com ele (não precisa beijar a mão
após o sinal), mas sem dizer nada. Ao final, todos respondem o “Amém”.

A expressão “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” quer dizer a pessoa, não
apenas o “nome”. Iniciamos a Missa colocando nossa vida e toda a nossa ação invocando a
Santíssima Trindade.

3. Acolhida e Saudação

É o “bom dia” de inspiração divina dado pelo Presidente à Assembléia. Em uma das formas
litúrgicas, o padre saúda o povo com as palavras de São Paulo aos Coríntios (2Cor 13,11-13):

– A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam
convosco!
Independente da forma utilizada, todos respondem:
– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
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4. Ato Penitencial

“Se estás diante do altar para apresentar a tua oferta e ali te lembrares de que teu irmão
tem alguma coisa contra ti, deixa tua oferta lá diante do altar. Vai primeiro reconciliar-te com teu
irmão, depois volta para apresentares tua oferta.” (Mt 5,23-24)
Convite para cada um olhar para si (reconhecer os próprios pecados e não os dos outros),
buscando um arrependimento sincero.
Precisamos pedir que Jesus purifique nosso coração para termos parte com ele.

A absolvição geral que o padre dá no Ato Penitencial é uma purificação das faltas leves, e
realmente nos purificam para participarmos da Ceia do Senhor. Os pecados graves necessitam
de uma confissão sacramental.

5. Hino de Louvor (Glória)

É um cântico solene, uma das mais perfeitas formas de louvor à Santíssima Trindade,
porque se dirige ao Pai e a Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Vem logo após o Ato
Penitencial, porque o perdão de Deus nos faz felizes e agradecidos.

Inspirado no canto dos anjos que louvaram a Deus no nascimento de Jesus: “Glória a Deus no
mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade.” (Lc 2,14)
O Glória não é cantado (nem recitado) na Quaresma e no Advento, tempos que não são
próprios para se expressar alegria.

6. Coleta

Do latim “collígere”, que quer dizer reunir, recolher, coletar. Tem o sentido de reunir, numa
só oração, todas as orações da Assembléia.

Por isso, começa com o “Oremos um convite aos presentes para que se ponham em
oração seguida de uma pausa, para que cada um faça mentalmente a sua oração pessoal.

A seguir, o padre eleva as mãos assumindo as intenções dos fiéis e elevando-as a Deus e
profere a oração em nome de toda a Igreja.
Por fim, todos dizem “Amém” para dizer que a oração do padre também é sua.
É uma oração presidencial, feita apenas pelo padre, como representante de Cristo. Todas
as orações presidenciais são compostas por: invocação, pedido e conclusão. As orações são
dirigidas ao Pai, em nome de Jesus nosso mediador , na unidade do Espírito Santo.

II LITURGIA DA PALAVRA

Após o “Amém” da Coleta, a comunidade senta-se, aguardando, antes, o Presidente dirigir-se à


sua cadeira.

A Eucaristia é o “mistério de nossa fé” e a fé vem pela Palavra de Deus (cf. Rm 10,14). Daí
a importância da pregação, abrangida pela Liturgia da Palavra. “Não só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4,4)
A Palavra de Deus não é para ser apenas “lida”, mas “proclamada” solenemente. “A fé
entra pelo ouvido.”

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As leituras das missas dominicais variam a cada ano, repetindo-se a cada três anos. São
os chamados ANOS A, B e C. Em cada ano meditamos o Evangelho segundo Mateus, Marcos
e Lucas respectivamente. O Evangelho segundo João intercala-se durante o ano em momentos
fortes.
Os 3 primeiros Evangelhos fazem como que uma sinopse dos fatos acerca da vida de
Jesus são, por isso, chamados de “sinóticos”. O Evangelho escrito por São João focaliza outros
fatos e palavras de Jesus, destacando Sua divindade e penetrando mais o Mistério do Filho de
Deus.
A Liturgia da Palavra é tão importante quanto a Liturgia Eucarística e deve ter um lugar
reservado para a proclamação a MESA DA PALAVRA.

1. Primeira Leitura
A Primeira Leitura, em geral, é tirada no Antigo Testamento, onde se encontra o passado
remoto da História da Salvação. Em alguns tempos litúrgicos também são tiradas de outros livros
do Novo Testamento que não sejam os Evangelhos.

2. Salmo Responsorial
É uma resposta cantada ou recitada à mensagem proclamada. Ou ainda, uma “oração” da
Leitura, ajudando o povo a rezar e a meditar na Palavra de Deus que acabou de ser proclamada.
Não pode ser substituída por outros cânticos que não sejam inspirados no salmo previsto.

3. Segunda Leitura
Em geral, é uma carta, retirada do Novo Testamento. Só é proclamada em missas
dominicais ou de dias festivos, não nas missas feriais (no meio da semana).
Assim, a Liturgia da Palavra, no decorrer das missas do ano, nos dá uma visão de toda a
História da Salvação, recordando quase toda a Bíblia.

4. Canto de Aclamação ao Evangelho


Jesus Cristo é a Palavra de Deus. Ele se torna presente na proclamação do Evangelho.
Aclamar é aplaudir com alegria, então o canto de Aclamação ao Evangelho é uma espécie de
“aplausos” para o Senhor que vai nos falar.

Pode ser antecedido por um breve comentário (não é uma homilia, que não deve antecipar
o que vai ser dito no Evangelho), convidando e motivando a Assembléia para ouvir o Evangelho.
Na Quaresma e no Advento, o canto não tem “Aleluia”.

5. Proclamação do Evangelho
Antes da proclamação do Evangelho, pode-se fazer uma procissão com a Bíblia ou
Lecionário e as velas. Para se dar mais destaque ao anúncio da Palavra de Jesus, dois ministros
ou acólitos podem segurar uma vela em cada lado do ambão.

O diácono, e na falta deste o padre, proclama em um lugar mais elevado, para ser visto e
ouvido por toda a Assembleia, que deve estar em pé, numa atitude de expectativa para ouvir a
Mensagem. É como se o próprio Jesus se colocasse diante de nós para nos falar do que mais
nos interessa.

O diácono/padre saúda a Assembléia:


– O Senhor esteja convosco! – Todos: Ele está no meio de nós! – Diácono/Padre:
Evangelho de Jesus Cristo, escrito por … – Todos: Glória a vós, Senhor!
E, ao final do Evangelho: – Diácono/Padre: Palavra da Salvação! (E beija a Bíblia) – Todos:
Glória a vós, Senhor!
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“Bem-aventurado os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.” (Lc 11,28)

6. Homilia (Pregação)
É a interpretação de uma profecia ou a explicação dos textos bíblicos das leituras
proclamadas.
Os próprios Apóstolos, depois de ouvirem as parábolas, pediam a Jesus que lhes
explicasse o que elas queriam dizer. Assim também é o Povo de Deus, que precisa de alguém
que lhes explique as Escrituras, do mesmo modo que Filipe explicou ao ministro da Rainha
Candace, da Etiópia, uma passagem do AT:
“Ouvindo que lia o profeta Isaías, disse-lhe: “Porventura entendes o que lês?” Ele
respondeu: “Como é que vou entender se ninguém me explicar?”.” (At 8,30b-31a)
As Escrituras não são de simples compreensão e não estão sujeitas a interpretações
particulares, mas tão somente da Igreja que Cristo fundou, sob o Primado de Pedro:
“Pois, antes de tudo, deveis saber que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação
pessoal, porque jamais uma profecia se proferiu por vontade humana, mas foi pelo impulso do
Espírito Santo que homens falaram da parte de Deus.” (2Pd 1,20-21)
“É o que ele faz em todas as epístolas em que vem a tratar do assunto. Nelas há alguns
pontos de difícil inteligência, que homens ignorantes e sem firmeza deturpam, não menos que
as demais Escrituras, para sua própria perdição.” (2Pd 3,16)
Além do que, a Bíblia não é a única fonte de doutrina para o cristão, mas, inclusive, a
Tradição (Oral e Escrita) e o Magistério da Igreja fundada por Jesus:
“Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o
mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.” (Jo 21,25)
“Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes,
seja por palavras seja por carta.” (2Ts 2,15)

7. Creio (Profissão de Fé)


Crer em Deus é confiar nele! Com o Creio, a comunidade afirma que crê na Palavra de
Deus que foi proclamada e está pronta para pô-la em prática. É como um juramento público.
Há dois textos diferentes para a Profissão de Fé: o Símbolo Apostólico e o Símbolo Niceno-
Constantinopolitano.
O primeiro vem do tempo dos Apóstolos. É um resumo das verdades de fé professada
pelos primeiros cristãos. É também mais curto e mais recitado nas missas no Brasil.
O Símbolo Niceno-Constantinopolitano surgiu no séc. IV, a partir da heresia de Ário, que,
em sua heresia (negação de verdades de fé), disse que Jesus era apenas homem, não Deus
(como hoje o fazem os espíritas e os “Testemunhas de Jeová”). Então a Igreja, no Concílio de
Nicéia (ano 325), colocou no “Creio” algumas palavras a mais, acentuando a divindade de Jesus:
“Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro…” Alguns anos depois,
Macedônio, outro herege, negou a divindade do Espírito Santo. A Igreja reafirmou essa
divindade, a partir do
Concílio de Constantinopla (ano 381):
“Senhor que dá a vida e procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é adorado e
glorificado; ele que falou pelos profetas.”
Assim se formou esse Símbolo, surgido após os Concílios de Nicéia e Constantinopla. É
uma síntese das verdades fundamentais da fé, para manter os cristãos unidos, à medida que
iam se espalhando pelo mundo.
No Brasil, o Símbolo Niceno-Constantinopolitano é recitado apenas em alguns domingos,
geralmente quando se fala de Jesus como Messias, o Filho de Deus. Eis o símbolo completo:
“Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra; de todas as coisas
visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, nascido do
Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
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gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós,
homens, e para nossa salvação desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo no seio da
Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e
foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está
sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e
o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do
Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja,
una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero
a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém!”.

8. Oração dos Fiéis (Oração Universal)


No início da missa existe a Oração Coleta uma oração presidencial breve, a fim de colocar
a Assembléia em clima de fé para ouvir a Palavra de Deus. A Oração dos Fiéis é um espaço
mais abrangente para que os fiéis coloquem publicamente suas intenções.
Após ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé nessa Palavra, nós
colocamos em Suas mãos as nossas preces de modo oficial e coletivo.
Nessa oração, o povo exerce sua função sacerdotal, suplicando por todos os homens,
incluindo as seguintes intenções:
– pelas necessidades da Igreja e do papa; – pelos governantes, legisladores e
magistrados; (pois eles têm um poder temporal, e devem servir ao povo) – pelos que sofrem
qualquer necessidade, especialmente pelos doentes; e – pelas necessidades da comunidade
local.
A Equipe de Liturgia deve tomar a iniciativa de ver as intenções da comunidade incluídas
na oração, possibilitando que a fé expresse algo mais concreto e vivencial.
O que não se pode fazer na missa são as orações particulares, como leitura de livros
piedosos, novenas e o terço.
Na Oração dos Fiéis, a introdução e a conclusão são feitas pelo Presidente. As outras
preces são feitas pelos fiéis, em voz alta, expressando a fé viva e alegria de toda a comunidade,
unidade num só coração e numa só alma.
Durante a Oração dos Fiéis, todos ficam de pé a posição própria do orante e como rezavam
os primeiros cristãos.

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➢ 26º Encontro DATA: ___/___/_____
TEMA: O SENTIDO DE CADA PARTE DA MISSA
PARTE 2
III LITURGIA EUCARÍSTICA

Onde o mesmo pão é repartido entre muitos… O Sacrifício redentor de Cristo é universal.
Destina-se a toda a humanidade. Seu valor é espiritual, infinito para todos.
A Eucaristia, como Sacramento, renova a Ceia Pascal; como Sacrifício, renova a ato
redentor de Cristo na Cruz.
Todos os gestos, palavras, preces e cantos da Liturgia da Palavra devem levar a
Assembléia a participar da Ceia que o Senhor desejou “ardentemente” celebrar com seus
discípulos.

1. Preparação das Oferendas (Ofertório)


i) Canto e Procissão das Oferendas
Durante e preparação das oferendas, canta-se o Canto do Ofertório. As principais ofertas
são o pão e o vinho. Podem-se trazer outras coisas, como ramos de trigo, cachos de uva,
água, flores.
O ato de levar ao altar as ofertas significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do
homem que trabalha. As outras oferendas representam também a vida do povo: a flor, símbolo
de amor e gratidão; a coleta em dinheiro, fruto do trabalho e da generosidade dos fiéis.

O dinheiro para o ofertório é a nossa oferta para a conservação e manutenção da casa


de Deus. Não é uma “esmola”, pois Deus não é mendigo, mas o Senhor de nossa vida. Outra
condição para Deus aceitar a nossa oferta é que estejamos em paz como nossos irmãos. A fé
pede nossa comunhão com Deus e com os irmãos (cf. Mt 5,23-24).
A procissão é opcional. Quando houver, deve haver alguma colocação do comentarista,
explicando o sentido das ofertas, sobretudo quando se leva algo que não seja o pão e o vinho.
As ofertas devem ter um significado e ajudar a participação da comunidade na Liturgia.
As pessoas que trazem as oferendas em procissão não as trazem apenas em seu nome,
mas representando toda a comunidade. No início da Missa, o Presidente e seus Ministros
ficam nas cadeiras em frente ao altar. Eles não vão para o altar, porque este representa a
mesa da Ceia, que começa na Liturgia Eucarística.
Ao fim da Oração dos Fiéis, o Presidente e os Ministros vão para o altar para preparar as
oferendas: corporal estendido no centro (como uma toalha), missal aberto, o cálice e a patena
com a hóstia grande do sacerdote (que pode vir junto com as hóstias dos fiéis, na âmbula
sentido de unidade do Presidente com a Assembléia).

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ii) Apresentação do Pão e do Vinho
Na Missa, oferecemos a Deus o pão e vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se
no Corpo e no Sangue do Senhor. Deus aceita nossa oferta e a transforma numa dádiva de
valor infinito a própria Divindade!
O Presidente recebe as ofertas da comunidade e, por sua vez, oferece o pão a Deus,
dizendo:
“Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade,
fruto da terra e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar
pão da vida!”
E a Assembléia responde:
“Bendito seja Deus para sempre!”
Então o padre coloca a hóstia (de trigo puro, não fermentado) sobre o corporal e prepara
o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Antes, ele põe um pouco de água no vinho e diz:
“Pelo mistério desta água e deste vinho, possamos participar da divindade de vosso Filho, que
se dignou assumir a nossa humanidade.”
A mistura da água no vinho (puro, de uva) simboliza a união da natureza humana com a
divina. Nós (água), na Missa, nos unimos a Cristo (vinho) para formar um só Corpo com Ele.
Em seguida, o Presidente eleva o cálice e diz:
“Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade,
fruto da videira e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar
vinho da salvação!”
E a Assembléia bendiz a Deus:
“Bendito seja Deus para sempre!”
Abençoar é bendizer! Bendizemos a Deus nessa hora porque o pão comum que
oferecemos vai se tornar para nós o “Pão da Vida” e o vinho, o “Vinho da Salvação”. E porque
recebemos muito mais do que oferecemos.
O cálice com o vinho e a âmbula com as hóstias para a comunidade ficam sobre o
corporal, no centro do altar, junto da hóstia grande do Presidente, que é colocada sobre a
patena.

iii) Presidente lava as mãos


A oração seguinte fala que nosso sacrifício é aceito por Deus quando temos um coração
purificado e humilde.
Após colocar o cálice sobre o corporal, o padre inclina-se diante do altar e reza em voz
baixa:
“De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós; e seja o nosso
sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus!”
Essa oração é tirada do Livro de Daniel. Deportado para a Babilônia, o Povo de Israel
estava longe do Templo e não podia oferecer a Deus os sacrifícios de cordeiros e bois. Então
Azarias fez essa bela oração, oferecendo a Deus o seu sacrifício espiritual.
Quando a missa é festiva, costuma-se incensar o altar, o Presidente da Celebração e a
Assembléia. O incenso significa que aquele sacrifício deve subir até Deus, como a fumaça.
Antigamente a comunidade levava para o altar ofertas como alimentos e outros objetos
que poderiam sujar as mãos do padre, que, por isso, lavava as mãos. Hoje, além da
purificação das mãos, há também o sentido da purificação espiritual. Ao lavar as mãos, o
padre reza em voz baixa:
“Lavai-me, Senhor, das minhas faltas e purificai-me do meu pecado.” (Sl 50,4)
Essa oração lembra Davi pedindo perdão de seu pecado.

iv) Orai, irmãos!


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O sacerdote intercede por toda a Assembléia, que deve responder ativamente.
Assim, o padre se volta ao povo e pede:
“Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai Todo-Poderoso!”
Ao que a Assembléia responde:
“Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória de seu nome, para nosso
bem e de toda a santa Igreja.”
Em primeiro lugar, a glória de Deus!

v) Oração sobre as Oferendas


Tem por fim colocar nas mãos de Deus os dons que trouxemos para o sacrifício.
É um modo de insistir a mesma coisa diante de Deus, como nas parábola que Jesus
contou (cf. Lc 11,5-8 e 18,1-8).

2. Oração Eucarística ou Anáfora


Inicia o centro, o “coração” da Celebração o Mistério da presença real de Jesus no pão e
vinho consagrados. Não é “mais uma oração” da missa é a própria Missa.
Para os judeus, santo era todo o lugar onde Deus se manifestava. De modo especial, o
Templo era santo. Dentro do Templo, havia uma parte santíssima o “santo dos santos”, uma
sala que continha a Arca da Aliança ou Tabernáculo. Lá só o sumo sacerdote entrava, e uma
vez por ano apenas, para o sacrifício expiatório. Só depois de se purificar é que o sacerdote
podia entrar ali.
Hoje, em termos de presença de Deus, o mais simples templo católico é mais importante
que o Templo de Jerusalém, porque tem dentro de si mais que a Arca da Aliança: o próprio
Cristo, Deus Vivo, no sacrário, com a luz acesa ao lado. Ele é o verdadeiro “Santo dos
Santos”.
Antes do Concílio Vaticano II, havia uma só forma de Oração Eucarística. Atualmente,
para que cada povo possa participar mais e utilizarem sua própria cultura existem várias
fórmulas que são aprovadas pela Igreja. No Brasil existem 14 formas.

i) Prefácio e “Santo”
O Prefácio é um hino de “abertura”, que nos introduz no Mistério Eucarístico. Nele, o
padre convida o povo a elevar seus corações a Deus e proclamar a santidade de Deus,
dando-lhe graças.
No Prefácio, o Presidente sempre reza de braços abertos. Ele inicia com o diálogo:
Padre: O Senhor esteja convosco! Povo: Ele está no meio de nós. Padre: Corações ao
alto! Povo: O nosso coração está em Deus. Padre: Demos graças ao Senhor nosso Deus!
Povo: É nosso dever e nossa salvação.
O trecho seguinte do Prefácio compreende algumas palavras próprias, dependendo do
Tempo Litúrgico ou da festa que se celebra.
O final do Prefácio é sempre igual. Termina com o cântico:
“Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa
glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”
O “Santo” é tirado de Is 6,3. A repetição, dizendo 3 vezes “Santo” significa o máximo de
santidade, “Santíssimo”.
Às vezes, quando o “Santo” é cantado, mudam-se algumas palavras, mas o sentido deve
ser o mesmo. O Santo deveria ser sempre cantado.

ii) Invocação do Espírito Santo


Momentos antes da Consagração, o padre estende as mãos sobre o pão e o vinho e
pede ao Pai que os santifique, enviando sobre eles o Espírito Santo. Toda invocação do
Espírito Santo é feita de pé.
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iii) Narrativa da Ceia e Consagração do Pão e do Vinho
Neste momento a Assembléia se ajoelha, ou mesmo de pé (normalmente aqueles que
por algum problema não podem ajoelhar-se) porém em posição de adoração (cabeça baixa,
em posição de reverência). A Ceia Eucarística celebrada por Jesus com os Apóstolos teve
origem na Ceia Pascal Hebraica, que também não é celebrada como uma simples recordação,
mas como um acontecimento que se faz presente.
Dentro da missa, esta é a hora da transformação do pão e do vinho, que se tornam o
Corpo e o Sangue do Senhor.
Por ordem de Cristo, o Presidente recorda o que Jesus fez na Última Ceia. Ele pega o
pão, o apresenta ao povo e pronuncia as palavras de Consagração:
“Tomai, todos, e comei, isto é o meu corpo que será entregue por vós.” (Lc 22,17ss)
Após a consagração do pão, o padre levanta a hóstia à vista da Assembléia. A seguir,
genuflecte para adorar Jesus presente no Santíssimo Sacramento.
A mesma coisa faz o padre com o cálice de vinho. Ele recorda que Jesus tomou o cálice
em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos, dizendo:
“Tomai, todos, e bebei: este é o cálice do meu Sangue, o Sangue da nova e eterna
aliança, que será derramado por vós e por todos, para remissão dos pecados. Fazei isto em
memória de mim.”
Novamente, o padre genuflecte para adorar o Cristo presente após a consagração do
vinho.

Na Consagração do pão e do vinho o povo deve ajoelhar-se ou ainda fazer uma profunda
inclinação de cabeça no momento em que o padre eleva a hóstia e o cálice.
Durante as palavras de Consagração é que há a transubstanciação a transformação das
espécies no Corpo Eucarístico. Nessa hora, o silêncio deve ser total não deve haver nem
mesmo fundo musical.
lembremos que na missa o padre age “in persona Christi”, ou seja, em lugar da pessoa
de Cristo. É como se Jesus estivesse pessoalmente presidindo a Celebração.
A Igreja celebra a Missa para cumprir a vontade de Jesus, que mandou celebrar a Ceia:
“Fazei isto em memória de mim!”

No início das comunidades cristãs, eles não falavam “missa”, mas “fração do pão” (cf. At
2,42). São Paulo também fala de missas celebradas em algumas comunidades (cf 1Cor 11,17-
34), inclusive celebradas por ele (cf. At 20,7-11).

A Eucaristia não é simplesmente uma das coisas que Jesus fez por nós: é a grande
surpresa que Ele nos preparou durante toda a sua vida. Ele já havia prometido nos dar “pão
vivo descido do céu” e que esse pão seria a sua carne “para a nossa salvação” (cf. Jo 6,35-
69).

iv) “Eis o Mistério da Fé!”


Terminada a Consagração, o Presidente proclama solenemente, mostrando o
Sacramento:
“Eis o Mistério de nossa fé!”

v) Lembrança da Morte e Ressurreição de Jesus


A Assembléia, levanta-se no mesmo momento em que o padre (logo depois da
consagração do vinho ele genuflectiu e se levantou) e responde:
“Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde,
Senhor Jesus!”
62
Há outras formas de resposta. O que é importante é que todos respondam com fé! O
Mistério só é aceito por quem crê! Assim, as palavras do celebrante soam como que um
“desafio à fé”: “Eis o Mistério da fé!” No Emaús temos o costume de cantar o Maranatha que é
perfeitamente litúrgico para o momento, é um clamor ao Jesus que vem!

vi) Orações pela Igreja


A Igreja é o “Corpo Místico de Cristo”. Nela circula a vida da Graça. É o que chamamos
de Comunhão dos Santos, dita no “Creio”. Entre todos os membros da Igreja, no céu ou na
terra, existe a intercomunicação da Graça. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos,
membros da grande Família de Deus.
Assim, na Missa, dentre as orações pela Igreja, a primeira é pelo Papa e pelo Bispo
Diocesano, pelas suas grandes responsabilidades. Pedimos também pelos evangelizadores e
evangelizados, pela conversão dos pagãos e pela perseverança dos cristãos.

Oramos também pelos falecidos um ato de caridade. Na Bíblia há um elogio a Judas


Macabeu pela sua intercessão e oferecimento de um “sacrifício expiatório pelos que haviam
morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado” (2Mac 12,45-46).
Finalmente pedimos por nós como “povo santo e pecador”, para que estejamos um dia
reunidos com a Virgem Maria, os Apóstolos e todos os bem- aventurados no céu, para
louvarmos e bendizermos a Deus. A oração termina “por Jesus Cristo nosso Senhor”, que nos
disse:
“Em verdade, em verdade, vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, ele
vos dará. Até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e recebereis.” (Jo 16,23-24)

vii) Louvor Final (“Por Cristo…”)


É dito pelo sacerdote e somente por ele. Esse é o verdadeiro ofertório, pois é o próprio
Cristo que oferece e é oferecido. É por meio de Jesus que damos graças e louvores ao Pai.
Ele é o nosso Pontífice, isto é, a nossa “ponte” entre o céu e a terra, como Ele disse:
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.” (Jo
14,6)
Por isso, encerra-se a Oração Eucarística proclamando:
Padre: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós, Deus Pai Todo-Poderoso, na unidade
do Espírito Santo, toda honra e toda a glória, agora e para sempre!”
Depois disso a Assembléia responde o chamado GRANDE AMÉM, que é o principal de
toda a missa! Devia ser festivamente dito ou cantado com uma profunda devoção pois é o
Amém Síntese da Missa.
Esse até de louvor é dito de pé, sendo que o Presidente levanta a hóstia e o cálice.

3. Rito da Comunhão
i) Pai-Nosso e Oração Seguinte
Começa a preparação para a Comunhão Eucarística. É a síntese do Evangelho. Para
bem rezá-lo, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. É uma oração
de sentido comunitário que, mesmo rezada só, deve-se proferi-la em intenção de todos.
Para comungar o Corpo do Senhor na Eucaristia, preciso estar em comunhão com meus
irmãos membros do Corpo Místico de Cristo.

A oração do Pai Nosso é rezada da seguinte forma:


“Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso
reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai

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hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e
não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.”
O primeiro céus aparece no plural na versão em português do Pai-Nosso por significar
TODO LUGAR e um estado de espírito, de alegria de VIDA. O segundo céu aparece no
singular em oposição a terra, significando realmente o céu no sentido da Vida Eterna.
Dizemos perdoai-NOS com a partícula NOS pois pedimos que Deus perdoe a NÓS e não
as nossas ofensas, assim como perdoamos AQUELES que nos ofenderam e não os pecados
deles.
Dentro da missa, o Pai Nosso não tem o AMÉM final. A oração do Pai Nosso se estende
até o final da oração que o sacerdote reza a seguir, pedindo a Deus que nos livre de todos os
males. Porque só quando estamos libertos do mal é que podemos experimentar a paz e dar a
paz. Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão
com Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz.
Sac.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela
vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos,
enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo salvador.

O “Amém” do Pai Nosso, dentro da missa é substituído pela oração: “Vosso é o reino, o
poder e a glória para sempre!”, que é dito logo após a oração anterior.

ii) Saudação da Paz


A paz é um dom de Deus, que só ele pode dar:
“Deixo-vos a paz. Dou-vos a minha paz. Não a dou como o mundo a dá.” (Jo 14,27)
Antes de o Presidente convidar a Assembléia para que se saúdem mutuamente no amor
de Cristo, ele recorda as palavras de Jesus, fazendo este diálogo com o povo:
Padre: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos
dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe
segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
Povo: Amém!
Padre: A paz do Senhor esteja sempre convosco! Povo: O amor de Cristo nos uniu.

iii) Fração do Pão


Ao fim da saudação entre os fiéis, o celebrante parte a hóstia grande e coloca um
pedacinho dela dentro do cálice com vinho consagrado. Esse ato tem o sinal da fraternidade,
da repartição do pão, como Jesus o fez para seus discípulos na Ceia, além do reconhecimento
de Cristo, por parte dos discípulos de Emaús, ao partir o pão em sua casa.

iv) Cordeiro de Deus


Logo após, o Presidente põe um pedaço da Hóstia no cálice e reza em voz baixa:
“Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor, que vamos receber, nos
sirva para a vida eterna!”
Ao mesmo tempo, a Assembléia canta o “Cordeiro de Deus”. Embora no Ato Penitencial
todos já se tenham purificado, ao aproximar-se do momento da Comunhão os fiéis sentem-se
indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez, dizendo:
“Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! Cordeiro de
Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, dai-nos a paz!”
Enquanto isso, o padre se inclina diante do Santíssimo Sacramento e pede a Jesus que
aquela comunhão seja para a sua salvação.
Ninguém se atreva a receber o Corpo do Senhor indignamente!

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No AT e no NT Jesus é apresentado como o “Cordeiro de Deus”. Sete séculos antes de
Cristo, o profeta Isaías predisse que o Messias seria levado à morte, “sem abrir a boca, como
um cordeiro conduzido ao matadouro” (cf. Is 53,7). João Batista, ao ver Jesus passando,
disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). São Paulo disse:
“Cristo, nossa Páscoa, foi imolado” (1Cor 5,7b).
E, de fato, na hora em que Jesus morria na cruz, era imolado no Templo o cordeiro
pascal para os judeus comemorarem a Páscoa. São Pedro também disse que não fomos
resgatados pelo preço vil de ouro ou de prata, mas “pelo sangue precioso de Cristo, o Cordeiro
sem mancha” (cf. 1Pd 1,18-19).

v) Felizes os Convidados!
Terminado o “Cordeiro de Deus”, o Presidente levanta a Hóstia consagrada e a
apresenta à Assembléia, dizendo:
“Felizes os convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo! ”
Pelo sangue de Cristo fomos salvos. Jesus é o nosso Libertador. Dele nos aproximamos
com alegria. Daí o Presidente nos convidar à comunhão, dizendo “Felizes os convidados”.
Ao que o povo responde:
“Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e
serei salvo.”
Essa resposta é tirada da resposta do oficial romano, o centurião, dada a Jesus (cf. Mt
8,8). Na verdade, ninguém é digno de comungar. É por bondade de Jesus que Ele vem a nós.
Por isso, nos aproximamos da Comunhão com fé e humildade.
A comunhão eucarística não é um “prêmio” para os justos que já se libertaram de todos
os pecados, mas um Alimento que fortalece os pecadores na sua caminhada em busca da
libertação de todo o mal.

vi) Distribuição da Comunhão


Comungar é receber Jesus Cristo, Rei dos reis, para alimento de vida eterna. Quem
comunga deve meditar um pouco nesse Mistério da presença real do Senhor em sua vida. E
não comungar e já ir saindo da Igreja, ou ficar conversando e se distraindo. Não convém nem
mesmo ir rezar diante de alguma imagem, pois Jesus deve ser o centro da atenção e piedade
nessa hora. Ele é o Hóspede divino que acaba de ser recebido.
Após dizer “Felizes os convidados…”, com a resposta da comunidade, o padre reza em
voz baixa:
“Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.” Em seguida, comunga o Corpo e
o Sangue do Senhor. Depois o padre e os ministros dão a comunhão para os fiéis. Mostrando
a Hóstia a cada um, diz:
“O Corpo de Cristo!”
E quem comunga responde: “Amém!”
Quanto ao modo de receber a comunhão, na boca ou na mão, é de competência do
Bispo. Quem comunga, recebendo a Hóstia na mão, deve elevar a mão esquerda aberta, para
o padre colocar a comunhão na palma da mão. O comungante, imediatamente, pega a Hóstia
com a mão direita e comunga ali mesmo, na frente do padre. Não pode sair com a Hóstia na
mão e comungar andando.
Para comungar é preciso estar na Graça de Deus (sem pecado grave) e em jejum (uma
hora antes da comunhão).
Por uma questão prática, normalmente se dá apenas a Hóstia e não o Vinho
Consagrado. Porém, na Hóstia está o Cristo inteiro e vivo, com seu corpo, sangue, alma e
divindade.

65
vii) Canto de Ação de Graças
Após a Comunhão do povo, convém haver alguns momentos de silêncio para
interiorização da Palavra de Deus e ação de graças. Pode-se também recitar algum salmo ou
cantar algum canto de ação de graças. Não é o momento de dar avisos ou prestar
homenagens a alguém.
A Ação de Graças é de toda a Assembléia e não apenas dos cantores ou de algum
solista. Ação de graças não é o nome mais apropriado, pois toda a missa é Ação de graças.

viii) Oração após a Comunhão


Apenas após terminada esta oração, que é presidencial, podem-se dar avisos e fazer
convites. Se for algo breve, a Assembléia pode ouvir de pé, caso contrário, pode sentar-se.

IV RITOS FINAIS

1. Comunicados e Convites

2. Bênção Final
Solene, dada pelo Presidente. Antes da bênção, o Presidente da Celebração saúda a
Assembléia, dizendo: “O Senhor esteja convosco!” E todos respondem: “Ele está no meio de
nós.”
Nesta hora, se a comunidade estiver sentada, deve levantar-se. Aí vem a bênção, que
pode ser com uma fórmula simples ou solene. Por exemplo, uma fórmula é: “Abençoe-vos
Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo!” E todos respondem “Amém!”
Ao dar a bênção, o padre traça uma cruz sobre a Assembléia e todos devem inclinar a
cabeça.
É muito importante a bênção de Deus dada solenemente na Missa! Essa bênção é para
cada pessoa presente! É preciso valorizar mais e receber com fé a bênção solene dada no
final da Missa.
A Missa termina com a bênção! Em seguida, vem o canto final, que deve ser alegre, pois
foi uma felicidade ter participado da Missa.

3. Despedida
Todos devem esperar o sacerdote sair do altar para depois se retirarem.

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➢ 27º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: FAMÍLIA
FAMÍLIA: UM PROJETO DE DEUS
“O primeiro lugar da catequese é a família. Os pais e
os avós são os primeiros responsáveis pela educação na
fé e para a fé das crianças, dos adolescentes e dos jovens.
Cada família tem esta vocação: ser escola do amor e da fé,
onde se aprende a escutar Deus, cultivar proximidade com
Jesus”
NO DICIONARIO: Família representa um grupo de
pessoas ligadas por descendência a partir de um ancestral
comum, matrimônio ou adoção. Dentro de uma família
existe sempre um grau de parentesco, normalmente
compartilham o mesmo sobrenome, herdado dos
ascendentes diretos. PARA A IGREJA O Papa João Paulo II chama a igreja de “Santuário da
Vida”. Santuário quer dizer “lugar sagrado”. Para a igreja a família ao todo é um grupo de
pessoas que dividem amor e carinho, um ajuda ao outro.
Se a família é um lugar santo, devemos nos portar como estar diante de Deus, com respeito,
amor, paz, mansidão, diálogo, compaixão, perdão, etc.
TEXTO: CASA E FAMÍLIA
Casa é uma construção de cimento e tijolos.
Família é uma construção de valores e princípios.
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Casa é o nosso abrigo das chuvas, do calor, do frio.
Família é o abrigo do medo, da dor e da solidão.
A Casa é o lugar onde as pessoas entram para dormir, usar o banheiro, comer. Onde temos
pressa para sair e retardamos a hora de voltar.
A Família é o lugar onde os membros da família anseiam por estar nele, onde refazem suas
energias, alimentam-se de afeto e encontram o conforto do acolhimento. É onde temos pressa
de chegar e retardamos a hora de sair.
Numa casa criamos e alimentamos problemas.
A Família é o centro de resolução de problemas.
Numa casa moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam.
Na Família vivem companheiros que, mesmo na divergência, se apoiam e nas lutas se
solidarizam.
Casa é local de discussões, conflitos, discórdia.
Na Família as discussões, os conflitos, existindo, servirão para esclarecer e engrandecer.
Numa casa desdenha-se dos nossos valores.
Na Família sonhamos juntos.
Numa casa há azedume e destrato.
Na Família sempre há lugar para a alegria.
Numa casa nascem muitas lágrimas.
Na Família plantam-se sorrisos.
A casa é um nó que oprime, sufoca.
A Família é um ninho que aconchega.
Se você apenas mora em uma casa, eu o convido, com urgência, a conviver em família, para
que Deus seja sempre o seu convidado especial.

Para finalizar questione:

– O que você tem feito para melhorar a convivência em sua família?


– Você faz a diferença, você tem atitudes para ser LUZ do mundo e SAL da terra dentro da sua
família? (se não tiver, comece a ter!!!!)
– Você tem se preocupado em colocar para fora de sua casa tudo aquilo que pode ser
considerado como lixo no seio de sua família?

Leitura bíblica: “ Crê no Senhor Jesus que será salvo tu e tua família” (Atos 16, 31)
Compromisso: Orar por minha família todos os dias.

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➢ 28º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: PADROEIRA DO BRASIL – NOSSA SENHORA APARECIDA

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➢ 29º Encontro DATA: ___/___/_____
TEMA: E DEPOIS DA CRISMA?

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A FÉ VIVIDA, TESTEMUNHADA E CELEBRADA EM COMUNIDADE
Para que um cristão, uma cristã é crismado/a? Será que é apenas para fazer uma festa?
Para mostrar uma roupa?
Penso que um jovem ou adulto consciente da sua responsabilidade não se prepara para
receber um sacramento por motivos tão banais.
Uma coisa é certa: tudo tem suas exigências. Como na vida em família existe amor,
liberdade, mas também exigências, assim também acontece com o sacramento, que é dom,
presente e sinal de Deus. Queremos refletir um pouco sobre as exigências do sacramento da
Crisma, ligadas à vivência comunitária.
A fé cristã tem dupla dimensão: pessoal e comunitária.
Nosso Deus é um Deus comunitário: Deus Trindade.
Jesus criou uma comunidade de discípulos e com eles caminhou pelas estradas da Galiléia
e da Judéia até a cruz. Estes discípulos comungaram sempre mais a vida, as propostas, o
projeto de Jesus. Duas exigências foram colocadas pelo mestre: Conversão e seguimento -
“Convertam-se e acreditem na Boa Notícia” (Mc 1, 15). “Eles deixaram imediatamente as redes
e seguiram a Jesus” (Mt 4, 20).
Seguir a Jesus é juntar-se, fraternalmente, aos outros discípulos. Para isso, é preciso
deixar as redes do egoísmo, do consumismo, da preguiça, do comodismo, para ir ao encontro
das pessoas e suscitar “vida para todos”. “Quem crê não pode deixar de testemunhar sua fé.
Quem foi escolhido, recebe uma missão. A missão fundamental é pregar o próprio
Evangelho, anunciar Jesus, revelar o amor do Pai pela humanidade. Mas o próprio amor a Deus
exige o amor fraterno, a comunhão e a participação.
E mais, o empenho na conversão diária diante de tantos cenários que o nosso mundo
moderno apresenta” (cf. Puebla 327; CR 66).
A crisma acentua o envio para a missão. Uma fé bem vivenciada concreta e comprometida
reforça a tarefa missionária da Igreja.

MISSÃO DOS CRISMADOS


A missão não pode ser como uma lâmpada que ora se acende ora se apaga.
Ela é um processo que a catequese precisa ir motivando desde os primeiros passos de
cada cristão.
Não existe missão para si próprio. Missão é algo que impulsiona a sair de si para o bem
da comunidade.

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Não importa se os interlocutores da Crisma são jovens ou adultos. Importa, sim, que todos
possam assumir uma fé como processo de crescimento e que esta se expresse num
comprometimento com o vasto mundo e com a comunidade eclesial. Alguns caminhos para
serem assumidos pelos crismandos:
• Exercer serviços na litúrgicos e nas pastorais;
• Presença e testemunho nos ambientes onde se encontram;
Diz a Evangelli Nuntiandi: “O campo próprio de cada cristão/ã é o vasto e complicado
mundo da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências
e das artes, da vida internacional, dos meios de comunicação e outras realidades como: a
família, a educação das crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e os sofrimentos”
(cf. EN 70).
O documento CATEQUESE RENOVADA (n.º 26) aponta os principais compromissos de
um cristão/ã. Vejamos:
• Compromisso na construção da história. Tendo fé no Deus da vida, acreditando numa
efetiva organização para possibilitar maior dignidade a todos, suscitará esperança em construir
um mundo diferente (CR 252-255).
• Compromisso com a família. A família é o berço de todos os valores. Ela permite a
primeira experiência de comunhão na fé, no amor e no serviço ao próximo (CR 260-263).
• Compromisso com o trabalho. Construir a sociedade, sabendo que o trabalho é para o
homem e não o homem para o trabalho (CR 264-265).
• Compromisso com a política. O cristão crismado não é um omisso diante dos problemas
sociais e econômicos, mas é um concreto participante para se viver uma verdadeira democracia
(CR 266-270).
• Compromisso frente à pobreza. Descobrir formas para maior solidariedade (CR 271-273).
• Compromisso com o crescimento da justiça, da dignidade humana, do desenvolvimento
integral e da paz, contra todas as formas que provocam a injustiça, a fome, a miséria, a
escravidão das drogas, a ausência de paz... (CR 274-276).
• Compromisso frente ao pluralismo. Diante desta realidade, o maior compromisso é o
diálogo. Somos chamados a termos atitudes de tolerância e responsabilidade.
• O cristão(ã), pelo sacramento da crisma é fortalecido(a) pelo dom do Espírito Santo para
assumir com coerência sua fé e, portanto, a vida cristã.
O Sacramento da Crisma é o que nos coloca num processo de maior maturidade e permite
um testemunho feito de atitudes comprometedoras na vida, dentro da família e da comunidade.

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O(a) cristão(ã) crismado(a) se torna responsável por uma Igreja viva e renovada e por um mundo
mais justo e mais fraterno.
RESPONDA!

QUAL SERVIÇO/AÇÃO MAIS TE CHAMA ATENÇÃO NA IGREJA E NOS MOVIMENTOS


COMUNITÁRIOS? VOCÊ GOSTARIA DE INGRESSAR/AJUDAR EM ALGUM DELES? QUAL
COMPROMISSO VOCÊ GOSTARIA DE FAZER PARA CUMPRIR SUA MISSÃO DE CRISTÃO
CRISMADO?

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➢ 30º Encontro DATA: ___/___/_____

TEMA: CONFISSÃO
QUATRO PASSOS NECESSÁRIOS PARA UMA BOA CONFISSÃO
Podemos dizer que são necessários quatro passos. No primeiro, a pessoa deve colocar-
se em oração, pedir a Deus a graça de uma sincera contrição; no segundo, fazer um bom
exame de consciência ao rezar, lembrar como foi a caminhada da última confissão até o
presente; depois, buscar o sacerdote e confessar. Por fim, após a confissão, cumprir a
penitência.

O primeiro passo é rezar, orar a Deus e pedir um coração arrependido do mal realizado,
pois nem sempre este se arrepende; muitas vezes, a consciência está laxa, ou seja, até sabe
que errou, mas não veio o arrependimento. A oração será esse pedido a Deus, para que se
convença do mal e se arrependa.
Segundo passo: importante fazer um bom exame de consciência, ou seja, fazer um
balanço desde a última confissão sobre os males cometidos. Nesse momento, vale dizer que
pecado confessado é pecado perdoado. Se um pecado foi confessado e não mais cometido,
não se confessa novamente. Outra dica interessante: se você tem dificuldades, medo ou
vergonha de se confessar, faça o seguinte: anote seus pecados. Isso ajudará muito você e o
sacerdote.
O terceiro passo: buscar um sacerdote católico, um padre ligado à Igreja Católica
Apostólica Romana, pois ele recebeu o múnus, o serviço de celebrar este sacramento pela
autoridade do bispo que o ordenou e do bispo local. É em nome de Nosso Senhor Jesus
Cristo e da Igreja que o padre perdoa os pecados.
Não se preocupe: “O que o padre vai pensar de mim?” ou “O padre é pecador como eu!”. O padre não
vai ficar pensado nisso. Imagine! Se assim fosse, não iria conseguir viver só pensando nos males do ser
humano. Ele recebe a graça de acolher, ouvir, dar uma direção. Pela imposição das mãos dos apóstolos, pela
graça da sucessão apostólica, os sacerdotes são colaboradores dos bispos, dos primeiros apóstolos que deram
este poder para os outros apóstolos até chegar aos de hoje. Por que confessamos? Porque acredita mos no
perdão e na autoridade de perdoar pecados concedida por Jesus Cristo aos apóstolos (Jo 20,22 -23). O padre
é pecador, mas é um escolhido; e independente de sua santidade, quando ele ministra e perdoa os pecados, a
pessoa está perdoada.
O quarto passo: depois de confessar, o padre dá alguma orientação. Pode ser que ele
peça para o fiel rezar o ato de contrição; depois, dá a penitência. Sobre o ato de contrição,
existem fórmulas longas, outras curtas e também pode ser rezado espontaneamente. O
padre, normalmente, dá alguma penitência para que o fiel repare o mal; pode ser uma oração,
um gesto para que se retome à santidade perdida pelo pecado. E se o padre não deu
penitência? Acalme-se! A confissão é válida. Faça uma oração e tenha atitudes de um cristão,
ou seja, retome a vivência dos mandamentos, viva a vida perguntando-se como Jesus faria
se estivesse no seu lugar.

Não banalize o sacramento da confissão


A confissão é uma bênção, por isso não a banalize, não a trate de qualquer forma.
Examine a sua consciência, confesse-se e proponha-se a não mais pecar. Seja firme com
você mesmo e tenha atenção às brechas que você deixa para o inimigo. Quando se deixa de
rezar e vigiar, qualquer um se torna presa fácil.
Reze sua oração pessoal, vá à Missa, tenha devoções e reze o terço. Vigie. Esse
ambiente é legal? Esse programa convém? Por fim, como foi dito acima, lembre -se de que
não basta se confessar várias vezes, é preciso confessar-se e romper com o pecado. Com a
graça de Deus, siga em frente e tenha a santidade como meta.

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CHEGAMOS AO FIM DA NOSSA JORNADA DE PREPARAÇÃO PARA A
CRISMA! O DIA TÃO ESPERADO ESTÁ CHEGANDO...

Que orgulho que eu sinto vendo você completar mais um dos importantes
sacramentos da nossa igreja, a crisma! Que nessa nova fase crismado, você se
fortaleça cada vez mais para viver uma vida de amor a Cristo! Que o dom do
Espírito Santo esteja com você por toda a vida e que o seu acordo com Deus
jamais se quebre! Que a sua responsabilidade com a Igreja Católica permaneça
forte e inabalável! Parabéns pelo ciclo concluído!

Obrigada pela oportunidade de compartilhar com você esta etapa tão


importante.
Que Deus abençoe sempre!

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