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MTA - Quadril

O documento aborda a avaliação do quadril, incluindo sua anatomia, métodos de exame e técnicas de anamnese. Destaca a importância da inspeção, palpação, goniometria e testes especiais para diagnóstico de patologias. Também menciona a relação entre dor no quadril e condições como bursite, lesões e displasias, além de detalhar a avaliação da força muscular.
Direitos autorais
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MTA - Quadril

O documento aborda a avaliação do quadril, incluindo sua anatomia, métodos de exame e técnicas de anamnese. Destaca a importância da inspeção, palpação, goniometria e testes especiais para diagnóstico de patologias. Também menciona a relação entre dor no quadril e condições como bursite, lesões e displasias, além de detalhar a avaliação da força muscular.
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Simone C. V.

Sanches

Quadril – Métodos e técnicas de avaliação


Quadril
• O quadril é composto pela articulação
coxofemural e a pelve pelas
articulações sacroilíacas e pela sínfise
púbica.
• O exame do quadril e da pelve devem
ser realizado em conjunto com o
exame da coluna lombar e dos
membros inferiores.
• Realiza-se a inspeção, a observação
da marcha, a palpação, a mobilização
articular e a aplicação dos testes
especiais.
Quadril

• Articulação sinovial esferóidea


com 3 graus de liberdade;

• Posição de repouso: 30°de


flexão, 30°de abdução, ligeira
rotação lateral;

• Posição de aproximação
máxima: extensão, rotação
medial e abdução.
ANAMNESE
• Identificação do paciente (nome, sexo, etc.);
• Qual a idade do paciente?
• Houve trauma? Qual foi o mecanismo de lesão? (Queda sobre a região
lateral do quadril? Queda sobre o joelho, afetando o quadril?);
• Quais são os detalhes da dor? (Intensidade, local, tipo);
• A quanto tempo está sentindo a dor? A condição está melhorando? Está
piorando? Permanece a mesma?
• Alguma atividade ou posição aumenta ou reduz a dor?
• Está sentindo fraqueza muscular?
• Quais as limitações funcionais do paciente?
ANAMNESE
• Sexo • Lazer
• Idade • Horário de agravamento
• Raça • Nutricional
• Antecedentes pessoais • Emocional
• Ocupação • Cirurgias
• Local da dor • Posição ou momentos de piora
• Tipo • Traumas e/ou quedas
• Irradiação • Histórico esportivo
• Queixas pélvicas/ • Dores na coluna
• Ginecológicas • Dores no joelho e/ou tornozelo
• Crepitações e estalidos • Calçados
ANAMNESE
Qual é a idade do paciente?
• A ADM diminui com a idade.
• Displasia congênita do quadril é encontrada no lactente e no sexo feminino.
• Doença Legg-Calve-Perthes é maior em meninos de 3 e 12 anos de idade.
• Mulheres idos as são mais propensas a fraturas osteoporóticas do colo
femoral.
Se trauma esteve envolvido, qual foi o mecanismo da lesão?
• O paciente caiu sobre o lado do quadril (bursite trocanteriana) ou caiu ou
bateu sobre o joelho, abaulando o quadril (subluxação, laceração do lábio do
acetábulo). O paciente esteve envolvido em carregamento repetitivo (fratura
por estresse do fêmur).
ANAMNESE
Há dor? Onde? Que Tipo? É difusa? aumentada), pelve larga e joelho valgo.
Contínua? Há irradiação da dor? Há quaisquer movimentos que o paciente
• Dor no quadril é sentida principalmente na sinta que são fracos ou anormais?
virilha e ao longo da frente ou do lado • Síndrome do piriforme, o nervo ciático
medial da coxa. Podendo confundir com a pode ser comprimido, o músculo piriforme
raiz nervosa de L4 (Examinar a lombar). é doloroso à palpação, e a abdução e
Dor no quadril pode refletir no joelho e nas rotação lateral do quadril são fracas.
costas.
Qual é a atividade usual ou de lazer do
Existem posturas ou ações que paciente?
aumentam ou diminuam a dor?
• Posições repetitivas ou sustentadas pode
• Bursite trocanteriana muitas vezes resulta desenvolver alguma ideia do prejuízo
em mecânica anormal de corrida com os funcional sentido pelo paciente.
pés cruzando a linha mediana (adução
Inspeção
• A inspeção inicia-se quando o paciente entra na sala de exame, devendo a
marcha ser observada com atenção, pois várias patologias manifestam-se
mais claramente durante a deambulação.
• A área a ser examinada deverá estar a descoberto, respeitando-se o pudor
do paciente, para que possamos observar possíveis cicatrizes, hipotrofias
musculares, assimetrias, alterações posturais.
• Se durante a inspeção houver suspeita de encurtamento de um membro em
relação a outro, deveremos realizar a medida do comprimento dos membros
conforme veremos adiante.
Inspeção
– Observação da caminhada
– Desvios posturais
– Contraturas
– Tipo de marcha
– Cicatrizes
– Hipotrofias
– Tumefação;
– Atrofia muscular;
– Cicatrizes;
– Deformidades óbvias.
Inspeção
• Hiperlordose (anteversão): encurtamento dos flexores do quadril;
• Retroversão: encurtamento dos extensores do quadril;
• Desequilíbrio entre os rotadores: membro inferior em rotação interna ou
externa (avaliar a posição do pé).
Inspeção
• A avaliação da marcha possibilita a diferenciação entre os distúrbios de
causas articulares e/ou musculares.
• Na marcha claudicante por dor na articulação coxofemoral a fase de apoio é
encurtada numa tentativa de reduzir a duração da dor desencadeada pelo
apoio.
• Na marcha tipo Trendelenburg, ocorre queda do nível da pelve para o lado
oposto ao membro apoiado devido a fraqueza do músculo glúteo médio.
• Na marcha claudicante por encurtamento do membro, ocorre um leve
deslocamento do tronco para o lado em que está havendo o apoio.
• No quadril anquilosado ou artrodesado em flexão, na fase de apoio o
alinhamento do corpo é feito pelo aumento da lordose lombar.
• Na fase de oscilação, a hemipelve é anteriorizada tendo como eixo de
movimento a articulação coxofemoral oposta.
Inspeção
Palpação
• A palpação é realizada buscando-se identificar possíveis pontos dolorosos, tumorações,
deformidades ósseas e o tônus e o trofismo da musculatura.
• São importantes pontos de referência: a espinha ilíaca ântero-superior, a crista ilíaca, a espinha
ilíaca póstero-superior, o trocânter maior e a tuberosidade isquiática.
• O nervo ciático encontra-se a meio caminho entre estas duas últimas estruturas, na nádega.
• O pulso da artéria femoral pode ser palpado imediatamente abaixo do ligamento inguinal, em um
ponto a meia distância entre a EIAS e a sínfise púbica .
• A musculatura periarticular é bastante potente e pode ser palpada em grupos:
✓Flexores - na região anterior do quadril ( iliopsoas, reto femoral, sartório)
✓Abdutores - na região lateral do quadril ( glúteos médio e mínimo)
✓Extensores - na região posterior do quadril ( glúteo máximo e isquiotibiais)
✓Adutores - na região medial do quadril ( adutores longo, curto e magno, pectíneo e
grácil).
Face anterior:
• Espinhas ilíacas ântero-superior
• Tubérculo púbicos
• Articulação do quadril
• Sínfise púbica
• Ligamento inguinal
• Trígonofemoral.
Palpação
Face posterior
• Espinhas ilíacas póstero-superior
• Tuberosidade isquiática –Nervo ciático (ponto médio com trocânter maior)
• Articulação sacroilíaca posterior
• Cristas ilíacas
• Trocânter maior (tendinites ou bursites)
Tendão do músculo glúteo médio
Palpação
Perimetria

• Objetivo: avaliar a atrofia muscular


de forma global.
• Deve ser utilizado um ponto de
referência e realizar pelo menos
duas medidas.
• Deve-se comparar com o membro
contralateral.
Inspeção dinâmica
• Consiste em determinar onde e se é necessária uma avaliação goniométrica
específica;
• Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular,
deverá ser realizado um teste goniométrico específico para se obter um
quadro das restrições, estabilização e registro das limitações.
Goniometria
Flexão do quadril:
• 0 a 115 – 125º;
• Posição: decúbito dorsal;
• Eixo: adiante e acima do trocânter
maior;
• Braço fixo: paralelo ao tronco;
• Braço móvel: linha lateral do fêmur.
Goniometria
Extensão/Hiperextensão do quadril:
• 0 a 10 – 15º;
• Posição: decúbito ventral;
• Eixo: adiante e acima do trocânter
maior;
• •Braço fixo: paralelo ao tronco;
• •Braço móvel: paralelo ao fêmur.
Goniometria
Abdução do quadril:
• 0 a 45º
• Posição: decúbito dorsal;
• Eixo: região anterior do quadril, em
linha com o trocânter maior;
• Braço fixo: paralelo e abaixo da EIAS;
• Braço móvel: paralelo ao fêmur.
Goniometria
Adução do quadril:
• 0 a 20 - 30º;
• Posição: decúbito dorsal;
• Eixo: região anterior do quadril, em
linha com o trocânter maior;
• Braço fixo: paralelo e abaixo da
EIAS;
• •Braço móvel: paralelo ao fêmur.

Membro inferior contralateral em


abdução.
Goniometria
Rotação medial do quadril: Rotação lateral do quadril:
• 0 a 30 - 45º; • 0 a 30 - 45º;
• Posição: sentado; • Posição: sentado;
• Eixo: face anterior da patela; • Eixo: face anterior da patela;
• Braço fixo: paralelo à tíbia; • Braço fixo: paralelo à tíbia;
• Braço móvel: paralelo à tíbia. • Braço móvel: paralelo à tíbia.
Força Muscular
• Parte integrante do exame físico, fornecendo informações úteis no
diagnóstico diferencial, prognóstico e tratamento de patologias
musculoesqueléticas e neuromusculares;
• A avaliação da força muscular manual deve ocorrer quando forem
descartadas outras limitações articulares ou musculares (encurtamentos)
impedindo ou dificultando o movimento.
Força Muscular
Músculos Flexores do Quadril: Abdutores do Quadril:
• Íliopsas, reto femoral e sartório. • Glúteo médio e tensor da fáscia
Músculos Extensores do Quadril: látea.

• Glúteo máximo e Ísquiotibiais Rotadores Externos:


(bíceps da coxa, semitendinoso e • Obturadores externo e interno,
semimembranoso). gêmeos superior e inferior, quadrado
Adutores do Quadril: femoral e piriforme.

• Adutor magno, adutor longo, adutor Rotador Interno:


curto, pectínio e grácil. • Glúteo mínimo.
Testes Especiais
TESTE DE VOLKMANN
• Na compressão concomitante das
cristas ilíacas ântero-superiores com
o paciente em decúbito dorsal,
promove sobrecarga sobre as
articulações sacroilíacas.
• O aumento ou reprodução da dor
lombar é sugestivo de acometimento
da articulação sacro-ilíaca.
Testes Especiais
TESTES DE THOMAS
• Indicação: Avaliar o encurtamento
dos flexores do quadril.
• Método: Flexionar quadris e
joelhos sobre o tórax. Em seguida,
estende o membro contralateral na
direção da mesa.
• Resultados: Se o quadril e o joelho
do membro estendido
permanecerem em uma posição de
flexão, a retração pode residir tanto
no íliopsoas quanto no reto
femoral.
Testes Especiais
TESTE DE ELY
• Indicação: Suspeita de
encurtamento do músculo reto
femoral.
• Método: Paciente em decúbito
ventral e o terapeuta realiza flexão
passiva do joelho e extensão do
quadril (se possível).
• Resultados: Se o paciente realiza
simultaneamente uma flexão do
quadril ipsilateral durante a flexão do
joelho, há encurtamento do reto
femoral.
Testes Especiais
TESTE DE OBER
• Indicação: Avalia se há retração do tensor da fáscia látea.
• Método: Paciente em decúbito lateral, membro de baixo com joelho fletido, realizar
abdução passiva, estabilizar a pelve e baixar o membro de cima para adução,
avaliando o encurtamento muscular.
• Resultados: Caso o membro de cima não realize uma adução até a mesa de avaliação,
há encurtamento do tensor da fáscia látea.
Testes Especiais
Teste de Patrick / FABERE (Flexão, Abdução e Rotação Externa)
• Detecta tanto as patologias do quadril, como as da articulação sacro-ilíaca. Com o paciente em
decúbito dorsal, colocamos o calcanhar do membro inferior em questão sobre o joelho do lado
oposto;
• Examinador aplica então uma força sobre o joelho fletido e outra sobre a espinha ilíaca ântero-
superior oposta, como se estivesse abrindo um livro.
• Se a dor for referida na região inguinal, pode haver patologia na articulação do quadril; caso a dor
seja referida na região posterior, pode haver patologia na articulação sacro-ilíaca.
Testes Especiais
TESTE FADURI (Flexão, Adução e
Rotação Interna)
• O teste do impacto anterior é
realizado com o paciente em posição
supina, realizando flexão do quadril
em 90º, adução e rotação interna. A
presença de dor caracteriza o teste
como positivo.
• Teste mais sensível para a Síndrome
do Impacto femoroacetabular
Testes Especiais
TESTE DO PIRIFORME
• Indicação: Avaliar se a retração do
piriforme é responsável por dores na
região as nádegas ou no trajeto do
nervo ciático.
• Método: Paciente em decúbito lateral
com o membro de cima a ser testado
posicionado em 60 a 90 graus de flexão
do quadril e 90 graus de flexão do
joelho. O examinador estabiliza a pelve
e movimenta o quadril passivamente
para adução.
• Resultados: Dor na região das nádegas
ou no trajeto do nervo ciático indica
resultado positivo.
Testes Especiais
ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA
• Indicação: Avaliar a integridade do
nervo ciático e o encurtamento do
isquiotibiais.
• Método: Paciente em decúbito
dorsal, o terapeuta eleva
passivamente o membro inferior com
o joelho estendido e com o membro
de baixo também em extensão.
• Resultados: A flexão de quadril
inferior a 80 graus ou dor no trajeto
do nervo ciático indica um teste
positivo.
Testes Especiais
TESTE DE TRENDELENBURG
• Indicação: Avalia a fraqueza do
glúteo médio durante a sustentação
unilateral de peso.
• Método: O paciente fica em pé
apoiado em um único membro.
• Resultados: Quando o quadril cai na
direção do membro sem apoio, o
teste é positivo.
Testes Especiais
MENSURAÇÃO REAL / APARANTE
MEMBROS INFERIORES
• Aparente : Cicatriz umbilical até
maléolo medial do tornozelo
• Real : Espinha ilíaca anterosuperior
até maléolo medial do tornozelo
Testes Especiais
TESTE DE GAENSLEN
• Este teste avalia articulação sacroilíaca pelo
movimento de contra-nutação.
• A manobra pode ser realizada com o paciente
em decúbito dorsal ou lateral.
• O teste é executado forçando a extensão do
membro inferior de um lado enquanto a pelve
do lado oposto é estabilizada pelo próprio
paciente que mantém o membro inferior fletido
e abraçado junto ao tronco.
• O paciente pode referir dor caso haja doença
na articulação sacroilíaca.
Testes Especiais
SINAL DE ORTOLANI – RECÉM NASCIDO
• A manobra consiste na realização da abdução suave da coxa com o quadril fletido a
90º. Durante esta manobra o dedo indicador e médio do examinador exercem
pressão leve sobre o trocânter do quadril examinado.
• Na doença displásica do quadril (luxação congênita) pode-se sentir um ressalto no
momento em que o quadril é reduzido pela manobra que caracteriza o sinal positivo.
O sinal de Barlow está presente no recém-nascido se o quadril é luxável.
• O sinal é caracterizado pelo ressalto que é sentido ao realizar pressão suave
medialmente e no sentido longitudinal do fêmur com o quadril aduzido
Testes Especiais
SINAL DE BARLOW – RECÉM NASCIDO
• O teste da telescopagem é utilizado para avaliar a instabilidade do quadril.
• A manobra é realizada pela pressão longitudinal da coxa com o quadril na
posição fletida a 90º.
• O deslocamento no sentido axial caracteriza o teste positivo.
Testes Especiais
MEDIDA DO COMPRIMENTO DOS MEMBROS: é realizada para verificarmos
se existe discrepância de comprimento de um membro em relação ao outro.
• A discrepância real no comprimento é determinada pela medida da distância
compreendida entre a espinha ilíaca ântero-superior e o maléolo medial de
um membro em relação ao outro. Se houver diferença entre as distâncias
destes pontos fixos, está demonstrada a discrepância real.
• A discrepância aparente é determinada pela medida da distância
compreendida entre a cicatriz umbilical e o maléolo medial de um membro em
relação ao outro. Estas discrepâncias aparentes resultam de posições
anormais da pélvis, e não de encurtamento real de um membro.
Testes
Especiais
Testes Especiais
TESTE WEBER-BARSTON OU ALLIS
• Objetiva avaliar a diferença dos
comprimentos das coxas.
• A manobra consiste na observação do
nível dos joelhos com o quadril fletido a
90o.
• O desnível caracteriza o teste positivo e
pode ser devido ao encurtamento do
fêmur da tíbia ou devido a luxação do
quadril.
• Na luxação do quadril (doença displásica
do quadril) esse sinal é conhecido como
sinal de Galeazzi.
Exame Neurológico
O exame neurológico do quadril se compõe de decúbito dorsal, enquanto o examinador coloca
duas partes: testes motores e testes sensitivos. suas mãos sob as faces laterais dos tornozelos ,
Testes Motores: os músculos são testados por impondo resistência e solicitando ao paciente
grupos, conforme descrito anteriormente. que abduza os membros; pode também ser
testado com o paciente em decúbito lateral,
• Flexores (inervados por L1,L2 e L3) são testados quando então o examinador impõe resistência na
com o paciente sentado, com as pernas face lateral da coxa .
pendentes para fora da mesa, solicitando-se que
• Adutores(L2,L3 e L4) são testados com o
o mesmo flexione o quadril enquanto o
paciente em decúbito dorsal, estando os
examinador oferece resistência no terço distal da
membros abduzidos e com o examinador
coxa.
impondo resistência na face interna dos
• Extensores(S1) o paciente deve estar em tornozelos enquanto o paciente é solicitado a
decúbito ventral e com o joelho fletido, tentando realizar o movimento de adução. Para cada
estender o quadril enquanto o examinador grupo muscular a força é então classificada, de
oferece resistência na face posterior da coxa. acordo com o sistema proposto pela ASIA
• Abdutores(L5) são testados com o paciente em (American Spine Injury Association):
Exame Neurológico

Quadril: L2-L3 – flexão / L4-L5 – extensão


Joelho: L3-L4 – extensão / L5-S1 – flexão
Tornozelo: L4-L5 – flexão dorsal / S1-S2 – flexão plantar
• Testes Sensitivos: as raízes
que suprem sensitivamente a
pele da região do quadril e coxa
são:
• T12 (área do ligamento inguinal),
• L1(terço superior da coxa),
• L2 (terço médio da coxa),
• L3 (terço inferior da coxa), todos
estes na face anterior do
membro.
• S1 e S2 suprem a sensibilidade
de extensa área que vai desde a
prega glútea até a fossa poplítea
AVALIE AS FUNÇÕES DO SEU PACIENTE
EMBASADO NOS RELATOS DA ANAMNESE
• Há várias escalas de graduação numérica preciso.
para avaliar a função do quadril, sendo que • Agachar-se;
nas últimas décadas, vários instrumentos • Subir e descer escadas um degrau de cada
têm sido desenvolvidos para avaliar a vez;
função do paciente com dor no quadril. • Cruzar as pernas;
• Os instrumentos de qualidade de vida • Subir e descer escadas 2 ou mais degraus
de cada vez;
representam um método objetivo de
• Correr reto à frente;
avaliação do tratamento conservador ou
• Correr e desacelerar;
cirúrgico recebido pelo paciente. Essas
avaliações facilitam a comunicação entre os • Correr e fazer voltas;
profissionais de saúde e possibilitam aos • Pular em uma perna;
pacientes obterem um prognóstico mais • Saltar.
Avaliação Funcional
• O Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC) é um
questionário autoadministrável que avalia a qualidade de vida em pacientes
com osteoartrite do quadril. Possui 24 questões divididas em três dimensões:
dor (5 questões), rigidez (2 questões) e função (17 questões). Cada questão
está relacionada com uma escala de Likert de 0 (melhor estado de saúde) a 4
(pior estado de saúde).
• No WOMAC reduzido foram mantidas as questões sobre rigidez (2 questões)
e dor (5 questões), e foram reduzidas as questões sobre função de 17 para
10 questões. Foram retiradas as questões sobre: subir escadas, levantar-se
da cadeira, caminhar em terreno plano, entrar ou sair do carro, colocar meias,
levantar-se da cama e sentar.
Avaliação Funcional
• Nonarthritic Hip Score (NAHS) foi desenvolvido para a avaliação do quadril de
atletas jovens. O NAHS foi construído a partir do WOMAC, do qual foram utilizadas 10
questões referentes à dor e função.
• É autoadministrável e possui 20 questões divididas em quatro domínios: dor (5
questões), sintomas mecânicos (4 questões), função (5 questões) e nível de atividade
física (6 questões). No domínio nível de atividade física, 3 questões abordam atividade
esportiva. Sua pontuação é obtida pela soma das questões e multiplicada por 1,25. A
pontuação máxima é 100 indicando função normal do quadril.
• Este avalia o nível de atividade esportiva em pacientes com impacto femoroacetabular
pré e pós-tratamento cirúrgico artroscópico do quadril. Consiste em nove níveis de
atividades esportivas diferentes que variam de 0 a 8, sendo o valor mínimo
correspondente a nenhuma atividade esportiva e o máximo à atividade esportiva
profissional de elite
Avaliação Funcional
• Mayo Hip Score é um questionário desenvolvido para avaliação de pacientes
com osteoartrite do quadril com aplicação na avaliação e acompanhamento
pós ATQ.
• Combina dados da clínica e radiografia em um total de 100 pontos.
• A avaliação clínica corresponde a 80 dos 100 pontos e o exame radiográfico
aos outros 20 pontos. A parte clínica é composta por três domínios: dor (40
pontos), função (20 pontos) e por último, mobilidade e força muscular (20
pontos).
• Seus autores sugerem que os domínios dor e função sejam avaliados de
forma autoadministrável.
Avaliação Funcional
• Oxford Hip Score (OHS) avalia dor no quadril e disfunção em pacientes submetidos à
ATQ. possui dois domínios: AVD e esportes. O domínio AVD contém 19 questões
referentes às atividades diárias básicas e o domínio esportes contém nove questões
referentes a atividades físicas de alto rendimento, como aquelas realizadas por atletas
profissionais. Além das cinco respostas, que variam entre “não realiza” e “sem
dificuldade”, foi adicionada a opção “não aplicável”. Essa última foi adicionada com
objetivo de discriminar se algum problema além do quadril está causando limitação.
• Hip Disability and Osteoarthritis Outcome Score (HOOS) avalia sintomas e
limitações da função relacionadas ao quadril artrósico. Consiste em 40 questões
divididas em cinco dimensões: dor (10 questões), sintomas (5 questões), atividades de
vida diária (17 questões) atividade física (4 questões) e qualidade de vida (4 questões).
Todas as questões são pontuadas de 0 a 4 seguindo uma escala de Likert: não (0
ponto), leve (1 ponto), moderado (2 pontos), grave (3 pontos) e extremo (4 pontos); e,
ao final, o valor das questões é somado.
Avaliação Funcional
• Hip Rating Questionnaire (HRQ) é específico para a avaliação de resultados
após ATQ. É autoadministrável e está dividido em quatro domínios: global
(escala visual analógica), dor (4 questões), marcha (4 questões) e função (7
questões). No máximo 25 pontos são possíveis em cada domínio. A pontuação
pode variar de 16 pontos (ruim) a 100 pontos (melhor).
• Lequesne Index of Severity for Osteoarthritis of the Hip (LISOH) foi
desenvolvido para a avaliação da qualidade de vida de pacientes com
osteoartrite. É aplicado em formato de entrevista e inclui três sessões com um
total de 10 questões. A primeira sessão avalia o domínio dor com cinco
questões, a segunda avalia a máxima distância caminhada variando entre 0
(ilimitada) a 6 (menos de 100 m), a terceira avalia disfunção do quadril com
quatro categorias graduadas de 0 (sem dificuldade) a 2 (incapaz de realizar). A
pontuação é dada pela soma das questões variando de 0 a 24 pontos.
Avaliação Funcional
• Harris Hip Score (HHS) é utilizado para avaliar dor e atividade física de
pacientes submetidos a ATQ. A pontuação varia de 0 a 100 de acordo com o
grau de dor, função e amplitude do movimento. É aplicado por um profissional
de saúde que avalia dor (44 pontos), marcha (47 pontos), movimento articular
(5 pontos) e deformidade (4 pontos). Quanto menor a pontuação maior a
disfunção. Não tem nenhum item que avalie esportes específicos.
• Forgotten Joint Score (FJS) foi desenvolvido para avaliação de desfecho
pós artroplastia de quadril e joelho para tratamento de dor e déficit funcional
em pacientes com alteração degenerativa do quadril ou do joelho. Ele avalia
o melhor desfecho possível que, segundo os autores originais, seria o
“esquecimento” da articulação operada durante a realização de atividades de
vida diária (AVD). O FSJ é composto de 12 perguntas baseadas em AVD com
5 respostas possíveis para cada pergunta.
Avaliação
Funcional
Avaliação Funcional
Avaliação Funcional
Referencias Bibliográficas
• MARQUES AP. Ângulos articulares da coluna vertebral. In: Manual de Goniometria. 2 ed. São Paulo: Editora
Manole. 2003, p.49-57.
• AMADO-JOÃO, SM. Avaliação da Coluna Cervical e Lombar. In: Métodos de Avaliação Clínica e Funcional em
Fisioterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006, p. 227-243.

• KENDALL, FP; MCCREARY, EK. Músculos Provas e Funções. Editora Manole, São Paulo, 1987.
• MAGEE DJ. Disfunção Musculoesquelética. 3ª ed – São Paulo, Editora Manole, 2002.
• HOPPENFELD, S. Propedêutica ortopédica: coluna e extremidades. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1995.
CIPRIANO, J. C. Manual fotográfico de testes ortopédicos e neurológicos. 4. ed. São Paulo: Manole, 2005.

• MATHIAS, Letícia Nunes Carreras Del Castillo. Et al. Instrumentos de avaliação da qualidade de vida
referente ao quadril. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 07, Ed. 03, Vol. 03, pp. 05-
12. Março de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de
acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/instrumentos-de-avaliacao, DOI:
10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/instrumentos-de-avaliacao

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