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Recursos Expressivos

O documento fornece definições e exemplos de vários recursos expressivos da língua portuguesa, incluindo alegoria, aliteração, anáfora, antítese, entre outros. Resume os conceitos-chave de cada recurso em poucas palavras e ilustra com citações literárias.

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Saul Rolo
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FICHA DE TRABALHO

Recursos Expressivos
Portuguesa 12. ano

Recurso Expressivo Alegoria

Definio
Proposio de duplo sentido, com um sentido literal e um sentido espiritual todos juntos.; pode apresentar-se como uma forma de metfora ou imagem que associa uma realidade abstracta a um termo metafrico. Estabelece dois planos: o da realidade e o do pensamento. (A associao de imagens no Sermo de Santo Antnio aos Peixes, de Padre Antnio Vieira, constitui uma alegoria. Repetio intencional dos mesmos sons consonnticos em slabas da mesma palavra ou em vrias palavras seguidas. Alterao da construo sintctica no meio do enunciado, para adopo de uma outra, de acordo com um novo pensamento. Repetio, no incio de vrias frases ou versos seguidos, da mesma palavra ou expresso.

Exemplo
Vs, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chamas-lhe sal da terra, porque quer que faam na terra o que faz o sal. [] Padre Antnio Vieira

Aliterao Anacoluto

Brandas, as brisas brincam nas flmulas Fernando Pessoa Umas carabinas que guardava atrs do guarda-roupa, a gente brincava com elas, de to imprestveis. Jos Lins do Rego Vi uma estrela to alta, Vi uma estrela to fria! Vi uma estrela luzindo Na minha vida vazia. Manuel Bandeira Estas sentenas tais o velho honrado Vociferando estava, () Lus de Cames Um Sol rijo e pesado, de todo gensico, espojava-se sobre a terra. Aquilino Ribeiro to triste este meu presente estado Que o passado por ledo estou julgando. Cessem do (Ulisses) ou (Eneias) Lus de Cames sbio grego do troiano

Anfora

Anstrofe ou Inverso

Alterao da ordem natural das palavras na frase, por anteposio do determinante ao determinado. Atribuio de caractersticas de seres animados a seres inanimados. Figura que consiste na utilizao de termos contrrios, aproximando-os e pondo-os em destaque, evidenciando desta forma o contraste entre as duas ideias. Substituio de um nome prprio por uma qualidade ou um epteto, que o identifica ou define. Invocao ou interpelao do destinatrio (real ou imaginrio, presente ou ausente).

Animismo

Anttese

Antonomsia

Apstrofe

Lus de Cames Qual o meu nome, poeta? Jos Alberto Marques

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FICHA DE TRABALHO

Assndeto

Assonncia

Catacrese

Comparao

Disfemismo

Elipse

Enumerao Simples

Processo de encadeamento do enunciado, com supresso de elementos de ligao e, particularmente, de conjunes copulativas, produzindo um efeito martelante que confere ao discurso rapidez, fora, energia. Repetio intencional dos mesmos sons voclicos nas slabas tnicas de vrias palavras seguidas ou prximas. Mudana da acepo de um nome, representando, com base numa pura analogia, um outro objecto ou uma parte dele, para a qual no h termo prprio disponvel na lngua. Aproxima-se ou, por vezes, confunde-se com a metfora. Figura que aproxima dois conceitos distintos, pondo em destaque as semelhanas que os unem. Pode servir-se de elementos gramaticais: como, como se, tal, assim como, parecer, lembrar, sugerir (ope-se ao eufemismo) Modo de expressar uma realidade desagradvel, de uma forma ainda mais rude e agressiva. Supresso de elementos do discurso, frsicos, vocabulares ou silbicos, de que resultam a rapidez, a sobriedade e a espontaneidade do enunciado, logo, a sua intensidade. No texto narrativo consiste na supresso de lapsos temporais mais ou menos longos. Os casos mais frequentes de elipse ocorrem com os verbos ser E haver e com a conjuno integrante / completiva que. Apresentao de elementos em srie do mesmo gnero.

Sonho que sou um cavaleiro andante, Por desertos, por sis, por noite escura. Antero de Quental Digades, filha, mia filha velida. Pero Moego Ex.: a perna da mesa,; a folha de papel; dente de alho

Porque no queres os versos que te nascem como rebentos pelo tronco acima? Miguel Torga Esticar o pernil; ir para a sociedade dos ps juntos; bater a bota (em vez de morrer). No mar, tanta tormenta e tanto dano, Tantas vezes a morte apercebida; Na terra tanta guerra, tanto engano, Tanta necessidade avorrecida! Lus de Cames

Enumerao catica

Entre os elementos enumerados no h relao aparente.

Enumerao recolectiva

Apenas o ltimo elemento da enumerao revela o aspecto comum que os aproxima.

Ah! , no me roubou tudo a negra Sorte: Inda tenho este abrigo, inda me resta O pranto, a queixa, a solido e a morte. Bocage Amo as mulheres Do meu pas Louras, morenas Altas, baixas Feias, bonitas A todas amo Manuel Alegre Ocorrem-me em revista exposies, pases: Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!
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FICHA DE TRABALHO

Epanadiplose Epanalepse

Repetio da mesma palavra ou expresso no princpio e no fim do mesmo verso ou frase. Repetio de uma ou mais palavras em vrios pontos do texto.

Epfora

Eufemismo

Repetio de uma mesma palavra ou grupo de palavras no final dos versos, das proposies ou frases. uma repetio simtrica, em relao anfora. Figura de estilo que atenua ou apresenta com delicadeza uma ideia mais desagradvel. Figura de pensamento (geralmente referenciada com um ponto de exclamao) que tem por objectivo intensificar e realar a emoo.

Cesrio Verde O natural o agradvel s por ser natural. Fernando Pessoa E o ano acaba alguma coisa acaba Acaba um homem para quem acaba uma viagem. Ruy Belo No sou nada Nunca serei nada No posso querer ser nada. lvaro de Campos Tirar Ins ao mundo determina. (Mandou mat-la) Lus de Cames Meu amor! Meu amante! Meu amigo! Colhe a hora que passa, hora divina, Bebe-a dentro de mim, bebe-a comigo! Sinto-me alegre e forte! Sou menina! Florbela Espanca duro, seco, estril monte Lus de Cames Ega espalhava tambm pelo quarto um olhar pensativo. Ea de Queirs

Exclamao

Gradao

Hiplage

Hiprbato

Hiprbole

Enumerao de elementos numa sequncia determinada por uma ordem ascendente ou descendente, crescente ou decrescente. Figura de estilo do nvel semntico pela qual atribumos a certas palavras caractersticas que pertencem a outras da mesma frase. Em geral um adjectivo, no diz respeito ao vocbulo a que se junta, mas a um outro que o antecede. Alterao violenta da ordem das palavras pela transposio de algum elemento da frase, criando intercalaes. Aproxima-se da anstrofe. Serve para destacar um vocbulo ou expresso, para sugerir a beleza de uma formulao. Figura que consiste na utilizao de termos excessivos (pelo exagero de qualidades, defeitos, aces ou capacidades); consegue destacar uma realidade, exagerando-a. Produto da imaginao ou do esprito que permite a representao sensvel de uma ideia. Embora a metfora, a comparao e a alegoria possam originar a imagem, esta mais

Que arcanjo teus sonhos veio Velar, maternos, um dia? Fernando Pessoa

Imagem

Ela s viu as lgrimas em fio Que de uns e de outros olhos derivadas Se acrescentaram em grande e largo rio. Lus de Cames Abria em flor o Longe, e o Sul sidrio Fernando Pessoa

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FICHA DE TRABALHO

Interrogao Retrica Ironia

ampla e mais rica de sugestes. A metfora uma falsa imagem, pois substitui conceitos, no os cria como imagem. Pergunta formulada para se reforar o que se est a dizer e no para se obter uma resposta. Processo que sugere o contrrio do que as palavras em si mesmas significam ou que sugere o contrrio do que pensamos. Processo que implica a afirmao de uma ideia atravs da negao do seu contrrio. Figura que consiste na transposio (por comparao, sem utilizar o termo real e sem a partcula comparativa) de uma palavra para um campo semntico diferente, atribuindo a pessoas ou a coisas caractersticas que lhes no pertencem por direito. uma espcie de comparao latente ou abreviada. Processo em que se designa uma realidade (ou conceito) por uma outra realidade prxima da primeira: produto-matria; causaefeito; abstracto-concreto; continente-contedo; possuidorobjecto possudo; autor-obra (ou vice-versa). Repetio de sons, para imitar rudos ou a voz natural de seres; pelo seu valor descritivo e pela sua expressividade, a onomatopeia pode ajudar a transmitir ao texto a afectividade e a sensibilidade ou a rejeio e o afastamento. Aproximao de termos que mutuamente se excluem, numa intensificao do processo da anttese. Exprime um paradoxo e implica uma nova viso das coisas. Repetio de uma frase ou ideia em frases paralelas sucessivas.

Ltote

Metfora

Quem poluiu, quem rasgou os meus lenis de linho? Camilo Pessanha Senhora de raro aviso e muito apontada em amanho da casa e ignorante mais que o necessrio para ter juzo. Camilo Castelo Branco Bem vs que no uma crianamuitomuito forte. [em vez de dizer que uma criana fraca] Almeida Garrett A menina Vilaa, a loura, vestida de branco, simples, fresca, com o seu ar de gravura colorida. Ea de Queirs

Metonmia

Plantador de naus a haver (plantador da madeira que dar origem s naus) Fernando Pessoa

Onomatopeia

A chuva fazia pingping ping enquanto no relgio o cuco dizia cu-cucu-cu cucu e o telefone tocava trrim trrimtrrim O mito o nada que tudo. Fernando Pessoa

Oxmoro

Paralelismo

Ondas do mar de Vigo, Se vistes o meu amigo, E ai Deus se vir cedo! Ondas do mar levado, Se vistes o meu amado, E ai Deus se vir cedo! Martim Codax msera e mesquinha, Que despois de morta foi rainha Lus de Cames
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Perfrase

Recurso que se caracteriza pelo emprego de muitas palavras para exprimir o que se podia dizer mais

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FICHA DE TRABALHO

Personificao

concisamente; circunlquio. Pode atenuar ou velar a realidade a designar (eufemismo, enigma) ou descrev-la explicitamente (definio, descrio). A utilizao de uma expresso ou de uma frase longa em vez de uma palavra ou de uma frase curta permite diminuir, por vezes, a carga negativa da mensagem a transmitir, tal como acontece com o eufemismo. Figura que consiste na atribuio de caractersticas humanas a seres inanimados ou animais. Redundncia. Repetio de uma palavra ou ideia, para realar um pensamento. O pleonasmo pode ser considerado um defeito de linguagem, quando no tem efeito literrio: sair para fora; entrar para dentro. Emprego insistente de conjunes coordenativas (favorece a fluidez da frase e empresta-lhe um carcter mais afectivo e lento). Ope-se ao assndeto. Figura em que o orador atribui o dom da palavra, o sentimento ou a aco a seres inanimados ou irracionais, aos mortos ou aos ausentes. Emprego de palavras ou expresses agrupadas duas a duas, cuja ordem se inverte, num esquema de paralelos que faz lembrar o X.

Pleonasmo

Ouviu-o o monte Artrabo, e o Guadiana Atrs tornou as ondas de medroso. Lus de Cames Vi claramente visto o lume vivo Lus de Cames

Polissndeto

Prosopopeia

E crescer, e saber, e ser, e haver E perder, e sofrer, e ter horror, De ser e amar, e se sentir maldito Vinicius de Morais Verdes figueiras soluantes nos caminhos! Antnio Nobre Paixo requer paixo, fervor e extremo; Com extremo e fervor se recompensa. Bocage Porque os outros se mascaram mas tu no Porque os outros usam a virtude Para comprar o que no tem perdo. Porque os outros tm medo mas tu no. Sophia de Mello Breyner Andresen O Dantas nu horroroso! O Dantas cheira mal da boca! Almada Negreiros

Quiasmo

Repetio

Sarcasmo

Utilizao repetida de palavras, expresses, frases, ideias ou apenas sons, para dar mais fora e intensidade mensagem que se quer transmitir. A repetio pode adquirir formas prprias, com caractersticas e sentidos especficos: anfora, aliterao, epanalepse, paralelismo, pleonasmo, onomatopeia Quando a ironia adquire um tom de agressividade e de rebaixamento do destinatrio visado. Associa-se a um ser ou objecto um determinado conceito

Smbolo

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FICHA DE TRABALHO

Sindoque

Sinestesia Sinonmia

Caso particular de metonmia; tropo, fundado na relao de compreenso, em que se emprega o nome do todo pela parte ou da parte pelo todo, do plural pelo singular ou do singular pelo plural Recurso esttico em que h a juno de percepes relativas a dados sensoriais diferentes. Qualidade do que semelhante ou com o mesmo sentido; emprego de palavras com o mesmo significado; figura de estilo que consiste em exprimir a mesma coisa por meio de palavras com o mesmo ou quase o mesmo sentido.

Que da Ocidental praia Lusitana [querendo significar Portugal] Lus de Cames As horas cor de silncio e de angstias. lvaro de Campos luz, luz abenoada e calma! Chamo-te em vo; debalde a minha alma Pede um claro ao Deus das madrugadas. Antnio Nobre

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