Apostila Previdenciario
Apostila Previdenciario
SEGURIDADE SOCIAL:
ORIGEM E EVOLUÇÃO NO BRASIL; E
No Brasil, desde a época do Império, já existia mecanismo de cunho previdenciário. Contudo, somente a
partir de 1923, com a aprovação da Lei Eloy Chaves, que na verdade tratou-se do Decreto Legislativo nº 4.682,
de 24 de janeiro de 1923, o País adquiriu um marco jurídico para a atuação do sistema previdenciário,
composto pelas Caixas de Aposentadorias e Pensões – CAPs.
A Lei Eloy Chaves abarcava, especificamente, as CAPs das empresas ferroviárias, pois seus sindicatos
eram bem mais organizados e possuíam maior poder de pressão política. O objetivo inicial era o de apoiar esses
trabalhadores durante o período de inatividade. Essa situação sofreu alterações ao longo da década de 1930. O
crescimento da população urbana e a ampliação do sindicalismo levaram a uma tendência de organização
previdenciária por categoria profissional, o que fortaleceu as instituições de previdência, que foram
assumidas pelo Estado, surgindo então os Institutos de Aposentadorias e Pensões – IAPs.
Rapidamente os institutos representantes de categorias com renda superior se tornaram politicamente
fortes, pois dispunham de mais recursos financeiros e políticos. Tal fato gerou um problema de distorção entre
os diversos institutos, com categorias efetivamente representadas e outras sub-representadas. Dessa forma, era
clara a necessidade de um sistema previdenciário único.
A Lei n° 3.807, de 26 de agosto de 1960, criou a Lei Orgânica de Previdência Social – LOPS, que
unificou a legislação referente aos Institutos de Aposentadorias e Pensões.
Posteriormente, o Decreto-Lei n° 72, de 21 de novembro de 1966, uniu os seis Institutos de
Aposentadorias e Pensões existentes na época (IAPM, IAPC, IAPB, IAPI, IAPETEL, IAPTEC), criando o
Instituto Nacional de Previdência Social – INPS. O INPS unificou as ações da previdência para os
trabalhadores do setor privado, exceto os trabalhadores rurais e os domésticos.
No decorrer da década de 1970, a cobertura previdenciária expandiu-se com a concentração de recursos
no governo federal, especialmente devido às seguintes medidas: em 1972, a inclusão dos empregados
domésticos; em 1973, a regulamentação da inscrição de autônomos em caráter compulsório; em 1974, a
instituição do amparo previdenciário aos maiores de 70 anos de idade e aos inválidos não-segurados (idade
alterada posteriormente); em 1976, extensão dos benefícios de previdência e assistência social aos
empregadores rurais e seus dependentes.
Na década de 70, inovações importantes aconteceram na legislação previdenciária, disciplinadas por
vários diplomas legais, surgindo a necessidade de unificação, que de fato ocorreu com a CLPS (Consolidação
das Leis da Previdência Social), em 24/01/1976, por meio do Decreto nº 77.077. No ano seguinte, foi criado o
Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social – SINPAS.
Com a Constituição de 1988, foi instituído o conceito de Seguridade Social composto pelas áreas da
Saúde, Assistência e Previdência Social.
O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS foi criado em 27 de junho de 1990, por meio do Decreto n°
99.350, a partir da fusão do Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social –
IAPAS com o Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, como autarquia vinculada ao então Ministério da
Previdência e Assistência Social – MPAS.
CONCEITUAÇÃO
ORGANIZAÇÃO
VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho dose
gurado não inferior ao do salário mínimo; e
► Nenhum benefício substituto do salário de contribuição ou do rendimento do segurado pode ser inferior ao
mínimo. Mas há dois benefícios que não têm caráter substitutivo: o auxílio-acidente (natureza indenizatória) e o
salário-família (complemento de renda).
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos
trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos colegiados.
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA:
● Conteúdo
Conjunto de normas e atos administrativos que disciplinam a estrutura e o funcionamento da seguridade
social. A legislação previdenciária compreende desde a norma constitucional que rege o sistema até os atos
administrativos internos que organizam o funcionamento das instituições públicas.
● Fontes:
→ primárias (diretas ou imediatas): aquelas que derivam da estrutura de poder e que estabelecem
direitos e deveres à sociedade - Constituição Federal, emendas constitucionais, leis complementares, medidas
provisórias, legislação ordinária, decretos legislativos.e a jurisprudência (?)
→ materiais: São fontes potenciais do Direito, ou seja, os fatos sociais, políticos, econômicos que
ensejam o surgimento da norma jurídica previdenciária.
→ formais: As fontes formais consistem na forma pela qual o direito se exterioriza, são atos normativos
concretos. Incluem a CF e as Leis n.º 8.212/1991 e n.º 8.213/1991 –princípio da legalidade.
● Autonomia:
É ramo autônomo pois possui objeto, princípios/regras e institutos jurídicos próprios, que o difere dos
demais ramos do Direito
● Hierarquia
As normas que regem a seguridade social observam a supremacia constitucional e a hierarquia das leis,
se adequando formal e materialmente às normas superiores.
● Interpretação
- Princípios orientam a interpretação das regras;
- Juízo de ponderação para a solução dos conflitos de princípios; (ROBERT ALEXY)
- Métodos: gramatical, teleológico (LÓGICA DAS FINALIDADES, OBJETIVOS), sistemático (INTEGRADO,
COMO UM TODO), histórico (O CONTEXTO QUE ORIGINOU A NORMA), autêntico (INICIATIVA PRÓPRIA DE
QUEM EDITOU A LEI).
● Integração:
Preenchimento de lacunas normativas
Métodos integrativos; analogia, equidade, costumes e princípios gerais do Direito.
LINDB, Art. 4 º -
Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.
Dos Segurados
Disposições gerais:
- sistema previdenciário funciona pelo regime de repartição, ou seja, as contribuições dos trabalhadores da
ativa são utilizadas para o pagamento dos benefícios dos aposentados e pensionistas.
- atividades concomitantes:
LBPS, Art. 11. [...] § 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de
Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.
Ex.: Um advogado que à noite leciona em universidade privada; ele será filiado como contribuinte individual em razão da
advocacia e como empregado pela função de magistério.
- dirigente sindical:
§4º... o dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no RGPS de antes da investidura.
Obs: esta mesma regra vale para o magistrado da Justiça Eleitoral nomeado por meio da lista sêxtupla prevista no art. 119, II (para o
TSE) ou 120, §1º, III (para os TREs) da Constituição. Esta previsão está no Decreto 3.048/99, art. 9º, §11.
Obs.: Um pedreiro contratado para reformar a empresa, dependendo da dimensão da obra, pode trabalhar
durante vários meses. Ele é um ‘trabalhador urbano prestando serviço não eventual a uma empresa’. Será
considerado empregado? NÃO! Embora APARENTEMENTE ele preencha os requisitos da alínea "a", veja o que
diz o §4º do art. 9º do RPS:
Art. 9º. [...] § 4º Entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele relacionado direta ou indiretamente
com as atividades normais da empresa.
Obs.: segurados empregados acrescidos pelo RPS:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: [...]
II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito
residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: [...]
II - como empregado doméstico - aquele que presta serviço de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal a pessoa ou
família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos, por mais de dois dias por semana;
p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006,
que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais;
q) o médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil, instituído pela Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, exceto na
hipótese de cobertura securitária específica estabelecida por organismo internacional ou filiação a regime de seguridade social em seu
país de origem, com o qual a República Federativa do Brasil mantenha acordo de seguridade social;
r) o médico em curso de formação no âmbito do Programa Médicos pelo Brasil, instituído pela Lei nº 13.958, de18 de dezembro de 2019.
Desemprego comprovado - para ter direito à ampliação do período de graça por força do art. 15, §2º da
LBPS, basta a comprovação do desemprego, por qualquer meio. Por certo tempo o simples registro da baixa
na CTPS foi aceito, mas o STJ, mais recentemente, se tornou um pouco mais exigente; o registro no "órgão
próprio" é, de fato, dispensável, mas só a CTPS não basta.
O STJ entende que a ausência de registro no Ministério do Trabalho e na Previdência Social poderá
ser suprida quando comprovada a situação de desemprego por outras provas constantes dos
autos, inclusive a testemunhal.
OBS.: Os dependentes previdenciários não possuem vínculo direto com a Previdência; são ligados ao
RGPS apenas pelo liame que existe entre eles e o segurado. Em decorrência disso, se o segurado perde seus
direitos previdenciários em decorrência da perda da qualidade de segurado, os dependentes também são
atingidos. Portanto, se alguém que perdeu a qualidade de segurado vem a falecer, seus dependentes não têm
direito à pensão por morte.
CUIDADO – Se a questão for baseada NA LEI, o ex-cônjuge só é dependente se receber pensão alimentícia;
mas OS TRIBUNAIS PENSAM DIFERENTE. A legislação abre espaço para a manutenção da dependência
previdenciária do ex-cônjuge e os tribunais afirmam, categoricamente, que ele será dependente se
comprovar, por QUALQUER MEIO, sua dependência econômica (demonstrar necessidade superveniente):
Como a Lei Previdenciária prevê que é dependente o filho não emancipado, o cumprimento de qualquer
dos requisitos das alíneas "a" a "d" causa perda da condição de dependente. E uma vez perdida, a qualidade
de dependente não se recupera.
Em relação aos dependentes inválidos, os Tribunais têm uma visão diferente, mais flexível do que as
regras impostas pela legislação. O STJ reconhece que a dependência do filho maior inválido deve ser
aferida no momento do óbito do instituidor da pensão. Para essa Corte, ainda que a invalidez tenha
surgido após os 21 anos de idade, se for anterior ao óbito é suficiente para justificar a concessão da
pensão.
Dos Dependentes (RGPS)
LBPS relaciona forma taxativamente os dependentes previdenciários no art. 16.
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave;
► O segurado deve, mediante declaração escrita, afirmar que seu enteado, ou menor sob sua tutela, são
seus dependentes:
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a
dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
► União estável:
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado
ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
► Dependência econômica:
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
Embora sejam equiparados a filhos (e, portanto, são dependentes de primeira classe) o enteado e o
menor tutelado PRECISAM comprovar sua dependência, OK? Essa equiparação concedida pela lei tem efeitos
apenas quanto à ordem de preferência na habilitação à pensão/auxílio-reclusão.
§ 5º As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos,
produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do
segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso
fortuito, conforme disposto no regulamento.
Este é o início de prova material. Este início de prova pode ser complementado por prova testemunhal,
não admitindo — excepcionada apenas a hipótese de força maior ou caso fortuito — é a prova exclusivamente
testemunhal.
.
§ 6º Na hipótese da alínea c do inciso V do § 2º do art. 77 desta Lei, a par da exigência do § 5º deste artigo, deverá ser
apresentado, ainda, início de prova material que comprove união estável por pelo menos 2 (dois) anos antes do óbito do
segurado.
§ 7º Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado criminalmente por sentença
com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido
contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.
Art. 23. [...] § 6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o
menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica.
Menor sob guarda pode receber um auxílio-reclusão? NÃO! O auxílio-reclusão é um benefício devido
nas condições da pensão por morte; é isso que diz o art. 86 da LBPS. Logo, quem não faz jus à pensão
também não recebe o auxílio.
► Exceção do §5º: o único segurado que pode ser inscrito post mortem é o segurado especial
→ LBPS, §7º do art. 17: não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual
e de segurado facultativo. A mesma vedação está no RPS, art. 18, §5º-B.
► §6º do art. 18 do RPS → comprovação dos dados pessoais e de outros elementos (ou seja, a inscrição)
poderá ser exigida pelo INSS a qualquer tempo para fins de atualização cadastral, inclusive para a concessão do
benefício.
Art. 20. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e esta, do qual
decorrem direitos e obrigações.
§ 1º A filiação à previdência social decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada para os segurados
obrigatórios, observado o disposto no § 2º, e da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição para o
segurado facultativo
Para a legislação previdenciária, empresa abrange, além daquela firma/sociedade que assume o risco de
atividade econômica (esse seria o conceito civilista), também OS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA direta, indireta e fundacional. Já o empregador doméstico tem como característica
marcante a ausência de finalidade lucrativa. Vamos ao conceito legal, extraído do art. 15 da LOCSS — Lei
8.212/91?
OBS.: Segurado Trabalhador Avulso → Sua prestação de serviços é intermediada, em regra, por um OGMO.
Para a arrecadação previdenciária esse OGMO funciona como EMPRESA. Mas atenção: NÃO HÁ VÍNCULO
EMPREGATÍCIO ENTRE OGMO E AVULSO, essa “equiparação a empresa” é restrita às regras de CUSTEIO
previdenciário.
A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis
de manutenção, por motivo de:
(1) incapacidade;
(2) desemprego involuntário – salario-desemprego: min. trabalho
(3) idade avançada;
(4) tempo de serviço;
(5) encargos familiares; e
(6) prisão ou
(7) morte daqueles de quem dependiam economicamente.
Com a Reforma da Previdência de 2019, pode-se dizer que o item (4) perdeu a relevância. O tempo de
serviço deixou de ser um “risco” coberto pelo RGPS, já que não mais existe a aposentadoria por tempo de
contribuição que outrora existia desvinculada de qualquer requisito etário.
São benefícios previdenciários destinados a cobrir cada um dos riscos/contingências acima listados:
(1) incapacidade — auxílio por incapacidade temporária, aposentadoria por incapacidade permanente, auxílio-
acidente;
(2) desemprego involuntário — nenhum, por força do que diz o art. 9º, §1º da LBPS:
Art. 9º. [...]§1º O Regime Geral de Previdência Social - RGPS garante a cobertura de todas as situações expressas no
art. 1º desta Lei, exceto as de desemprego involuntário, objeto de lei específica, e de aposentadoria por tempo de
contribuição para o trabalhador de que trata o § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.
A eles (titulares e suplentes) é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o
término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente
comprovada através de processo judicial.
Poderá ser convocada reunião extraordinária por seu Presidente ou a requerimento de um terço de seus
membros, conforme dispuser o regimento interno do CNPS.
As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atividades
do Conselho, serão abonadas, computando-se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e
efeitos legais.
Segundo a LBPS, 9º a Previdência Social = RGPS + RPC; já com base no RPS, 6º temos que Previdência
Social = RGPS + RPPS + RPPM.
LBPS::
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão de
eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez;
b) aposentadoria por idade;
c) aposentadoria por tempo de contribuição;
d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença;
f) salário-família;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-acidente;
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
(...)
c) reabilitação profissional.
► A Reforma da Previdência reduziu o rol de benefícios. Alterou completamente o mapa das aposentadorias.
PROIBIDAS
Auxílio por incapacidade temporária
Outra aposentadoria
Auxílio-acidente
Seguro-desemprego
Auxílio-acidente
Auxílio-acidente com Qualquer aposentadoria (respeitados
direitos adquiridos)
OBS.: A Emenda Constitucional 103/2019 (Reforma da Previdência) não vedou a acumulação de benefícios,
mas inovou ao prever, em seu art. 24, um redutor do valor de um dos benefícios - embora permaneça possível
acumular benefícios (pensões de regimes distintos, ou pensão e aposentadoria), o benefício mais vantajoso (ou
seja, o de maior valor) será integralmente pago; o outro sofrerá redução:
Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito
do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo instituidor decorrentes do exercício de
cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição Federal.
O desconto se dá por faixa (em tabela), no caso de acumulação de pensões deixadas por
cônjuge/companheiro ou de pensão + aposentadoria o benefício menos vantajoso sofrerá redução. Essa regra
de redução só é aplicável a estes benefícios acima referidos. As demais hipóteses de acumulação resultam no
pagamento integral dos benefícios acumulados.
Um último esclarecimento: a regra de redução de valor se dá pela acumulação de pensão deixada por
cônjuge ou companheiro; logo, não pode se estender aos demais dependentes. Se houver, portanto, esposo(a)
e 2 filhos menores para ratear a pensão:
1) Apura-se o valor total da pensão, seguindo as regras estabelecidas na Emenda Constitucional nº 103
(50% + 10% por dependente);
2) Este valor total é rateado por igual entre os 3 dependentes;
3) Sobre a cota do cônjuge é aplicado o redutor, nos exatos termos da tabela acima. Os filhos não sofrem
redução nenhuma em suas cotas.
II – Carência
LBPS:
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao
benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
RPS:
Art. 26. Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o
beneficiário faça jus ao benefício, consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu limite
mínimo mensal.
→ para manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial, que garante a viabilidade do regime previdenciário.
LBPS:
Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de
aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova
filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 desta Lei.
Nas hipóteses em que ocorrer perda da qualidade de segurado, as contribuições vertidas ANTES dessa
perda não valerão para fins de carência, enquanto o segurado não efetuar contribuições em número equivalente
a, no mínimo, metade da carência fixada para o benefício.
Esta regra se aplica SÓ AO AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA (novo nome do auxílio-
doença), À APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE (nova denominação da outrora
chamada aposentadoria por invalidez), AO SALÁRIO-MATERNIDADE E AO AUXÍLIO-RECLUSÃO.
Regra do ½:
Daniel contribuiu regularmente para o INSS durante 20 anos, veio a perder o emprego e, em função disso,
permaneceu 5 anos sem recolher um único centavo — perdeu a qualidade de segurado, sem dúvida, né?
Para poder requerer um benefício por incapacidade (auxílio por incapacidade temporária ou aposentadoria por
incapacidade permanente) ele precisa de 12 contribuições.
Sabemos que ele já tem 240, mas todas foram vertidas ANTES da perda da qualidade de segurado. Em razão
da benesse legislativa esse segurado não precisará contribuir por 1 ano antes de pedir seu benefício; bastará
recolher seis contribuições (metade da carência exigida para o benefício) e, com isso, ganha o direito de somar
todas as contribuições anteriores.
Esta restrição não se aplica às hipóteses em que o benefício é isento de carência.
Contagem da carência:
Não importa o tamanho dos intervalos entre as contribuições, todo o histórico contributivo do segurado contará
para fins de carência.
► Isenção de carência:
São isentos de carência todos os benefícios previdenciários decorrentes de eventos IMPREVISÍVEIS (morte,
acidente/doença profissional e moléstias graves), com exceção do salário-família.
Salário-família:
a dispensa de carência é uma opção do legislador, derivada do CARÁTER SOCIAL do benefício. Ele é devido
aos segurados de baixa renda na proporção do número de filhos. Quanto mais filhos, maior o pagamento. Por
isso a urgência.
Dos Benefícios
. Da Aposentadoria Por Invalidez
. Da Aposentadoria Por Idade
. Da Aposentadoria Por Tempo de Contribuição
. Da Aposentadoria Especial
. Das Aposentadorias por Tempo de Contribuição e por Idade do Segurado com Deficiência
. Do Auxílio-Doença
. Do Salário-Família
. Do Salário-Maternidade
. Do Auxílio-Acidente
. Da Pensão por Morte
. Do Auxílio-Reclusão
1. Sistema de pontos: A soma da idade com o tempo de contribuição precisa atingir 101 pontos para homens e 91
para mulheres em 2024. Esse modelo foi ajustado anualmente para manter a progressividade do sistema.
2. Pedágio de 50%: Voltado para aqueles que estavam a dois anos de atingir o tempo mínimo de contribuição em
novembro de 2019. Nesse caso, o trabalhador deve contribuir por mais 50% do tempo que faltava.
. Do Abono Anual
. Acidente de Trabalho
. Seguro Desemprego, FAT e Abono Salarial
. Do Reconhecimento da Filiação
. Da Contagem Recíproca de Tempo de Serviço
. Da Habilitação e Reabilitação de Profissionais e do Serviço Social
. Da Justificação Administrativa
. Das Disposições Diversas e Transitórias Relativas às Prestações (Prescrição, Decadência e Outros)
Do Custeio da Previdência Social
. Do Salário-de-Contribuição
. Da Arrecadação e Recolhimento das Contribuições (Prescrição, Decadência e Outros)
. Receitas das Contribuições Sociais
. Receitas de Outras Fontes
Sistema Nacional da SS - Órgãos Colegiados
No artigo 201 da Constituição Federal Brasileira observa-se a organização do RGPS, que tem caráter
contributivo e de filiação obrigatória, e onde se enquadra toda a atuação do INSS, respeitadas as políticas e
estratégias governamentais oriundas dos órgãos hierarquicamente superiores, como os ministérios. A entidade
vinculada atualmente ao Ministério da Previdência Social.