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Apostila Previdenciario

O documento aborda a origem e evolução da seguridade social no Brasil, destacando a criação de marcos legais como a Lei Eloy Chaves em 1923 e a Lei Orgânica de Previdência Social em 1960. A partir da Constituição de 1988, o conceito de Seguridade Social foi estabelecido, unificando saúde, assistência e previdência. Além disso, o texto detalha a legislação previdenciária, seus princípios, fontes e a estrutura dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

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Apostila Previdenciario

O documento aborda a origem e evolução da seguridade social no Brasil, destacando a criação de marcos legais como a Lei Eloy Chaves em 1923 e a Lei Orgânica de Previdência Social em 1960. A partir da Constituição de 1988, o conceito de Seguridade Social foi estabelecido, unificando saúde, assistência e previdência. Além disso, o texto detalha a legislação previdenciária, seus princípios, fontes e a estrutura dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

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APOSTILA PREVIDENCIARIO

SEGURIDADE SOCIAL:
ORIGEM E EVOLUÇÃO NO BRASIL; E
No Brasil, desde a época do Império, já existia mecanismo de cunho previdenciário. Contudo, somente a
partir de 1923, com a aprovação da Lei Eloy Chaves, que na verdade tratou-se do Decreto Legislativo nº 4.682,
de 24 de janeiro de 1923, o País adquiriu um marco jurídico para a atuação do sistema previdenciário,
composto pelas Caixas de Aposentadorias e Pensões – CAPs.
A Lei Eloy Chaves abarcava, especificamente, as CAPs das empresas ferroviárias, pois seus sindicatos
eram bem mais organizados e possuíam maior poder de pressão política. O objetivo inicial era o de apoiar esses
trabalhadores durante o período de inatividade. Essa situação sofreu alterações ao longo da década de 1930. O
crescimento da população urbana e a ampliação do sindicalismo levaram a uma tendência de organização
previdenciária por categoria profissional, o que fortaleceu as instituições de previdência, que foram
assumidas pelo Estado, surgindo então os Institutos de Aposentadorias e Pensões – IAPs.
Rapidamente os institutos representantes de categorias com renda superior se tornaram politicamente
fortes, pois dispunham de mais recursos financeiros e políticos. Tal fato gerou um problema de distorção entre
os diversos institutos, com categorias efetivamente representadas e outras sub-representadas. Dessa forma, era
clara a necessidade de um sistema previdenciário único.
A Lei n° 3.807, de 26 de agosto de 1960, criou a Lei Orgânica de Previdência Social – LOPS, que
unificou a legislação referente aos Institutos de Aposentadorias e Pensões.
Posteriormente, o Decreto-Lei n° 72, de 21 de novembro de 1966, uniu os seis Institutos de
Aposentadorias e Pensões existentes na época (IAPM, IAPC, IAPB, IAPI, IAPETEL, IAPTEC), criando o
Instituto Nacional de Previdência Social – INPS. O INPS unificou as ações da previdência para os
trabalhadores do setor privado, exceto os trabalhadores rurais e os domésticos.
No decorrer da década de 1970, a cobertura previdenciária expandiu-se com a concentração de recursos
no governo federal, especialmente devido às seguintes medidas: em 1972, a inclusão dos empregados
domésticos; em 1973, a regulamentação da inscrição de autônomos em caráter compulsório; em 1974, a
instituição do amparo previdenciário aos maiores de 70 anos de idade e aos inválidos não-segurados (idade
alterada posteriormente); em 1976, extensão dos benefícios de previdência e assistência social aos
empregadores rurais e seus dependentes.
Na década de 70, inovações importantes aconteceram na legislação previdenciária, disciplinadas por
vários diplomas legais, surgindo a necessidade de unificação, que de fato ocorreu com a CLPS (Consolidação
das Leis da Previdência Social), em 24/01/1976, por meio do Decreto nº 77.077. No ano seguinte, foi criado o
Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social – SINPAS.
Com a Constituição de 1988, foi instituído o conceito de Seguridade Social composto pelas áreas da
Saúde, Assistência e Previdência Social.
O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS foi criado em 27 de junho de 1990, por meio do Decreto n°
99.350, a partir da fusão do Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social –
IAPAS com o Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, como autarquia vinculada ao então Ministério da
Previdência e Assistência Social – MPAS.

CONCEITUAÇÃO

ORGANIZAÇÃO

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ESPECÍFICOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - Decreto Nº 3.048, Art. 4º:

A previdência social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos:

I - universalidade de participação nos planos previdenciários;


►acesso irrestrito aos planos previdenciários a todos que contribuírem.

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios;

IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos monetariamente;


.
V - irredutibilidade do valor dos benefícios, de forma a preservar-lhe o poder aquisitivo;
► Não confundir com o princípio da IVB — Irredutibilidade do valor dos benefícios. Essa regra constitucional
(art. 194, V) é, nas palavras do STF, destinada a assegurar a irredutibilidade do valor nominal. A manutenção
do valor real (ou seja, do poder aquisitivo) é assegurada, na Constituição, pelo art. 201, §4º e, em nível inferior,
de Lei, pelo princípio ora transcrito.

VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho dose
gurado não inferior ao do salário mínimo; e
► Nenhum benefício substituto do salário de contribuição ou do rendimento do segurado pode ser inferior ao
mínimo. Mas há dois benefícios que não têm caráter substitutivo: o auxílio-acidente (natureza indenizatória) e o
salário-família (complemento de renda).

VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos
trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos colegiados.

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA:

● Conteúdo
Conjunto de normas e atos administrativos que disciplinam a estrutura e o funcionamento da seguridade
social. A legislação previdenciária compreende desde a norma constitucional que rege o sistema até os atos
administrativos internos que organizam o funcionamento das instituições públicas.

● Fontes:
→ primárias (diretas ou imediatas): aquelas que derivam da estrutura de poder e que estabelecem
direitos e deveres à sociedade - Constituição Federal, emendas constitucionais, leis complementares, medidas
provisórias, legislação ordinária, decretos legislativos.e a jurisprudência (?)

→ secundárias (indiretas ou mediatas): interpretam ou aplicam a regra jurídica.- atos legislativos e


administrativos praticados por autoridades para fiel cumprimento das leis -decretos, instruções normativas,
ofícios, notas técnicas, memorandos, portarias, jurisprudência, doutrina e costumes.

→ materiais: São fontes potenciais do Direito, ou seja, os fatos sociais, políticos, econômicos que
ensejam o surgimento da norma jurídica previdenciária.
→ formais: As fontes formais consistem na forma pela qual o direito se exterioriza, são atos normativos
concretos. Incluem a CF e as Leis n.º 8.212/1991 e n.º 8.213/1991 –princípio da legalidade.

● Autonomia:
É ramo autônomo pois possui objeto, princípios/regras e institutos jurídicos próprios, que o difere dos
demais ramos do Direito

● Aplicação das normas previdenciárias


→ No tempo (Teoria Da Atividade) – tempus regit actum: lei vigente à época da ocorrência do fato.
STJ – Sum. 340: A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data
do óbito do segurado.
→ No espaço: Princípio da territorialidade (regra)
Exceção: extraterritorialidade (brasileiro contratado filiado ao RGPS, exercendo atividade no exterior).
→ Não há direito adquirido, há a expectativa de direito (regras de transição servem para isso);
● Vigência
Salvo disposição em contrário (APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA), a lei previdenciária começa a vigorar em
todo o país 45 dias após oficialmente publicada (art. 1º, LINDB);
- RESPEITAR O PRINCÍPIO NONAGESIMAL – TRIBUTAÇÃO .

● Hierarquia
As normas que regem a seguridade social observam a supremacia constitucional e a hierarquia das leis,
se adequando formal e materialmente às normas superiores.

● Interpretação
- Princípios orientam a interpretação das regras;
- Juízo de ponderação para a solução dos conflitos de princípios; (ROBERT ALEXY)
- Métodos: gramatical, teleológico (LÓGICA DAS FINALIDADES, OBJETIVOS), sistemático (INTEGRADO,
COMO UM TODO), histórico (O CONTEXTO QUE ORIGINOU A NORMA), autêntico (INICIATIVA PRÓPRIA DE
QUEM EDITOU A LEI).

● Integração:
Preenchimento de lacunas normativas
Métodos integrativos; analogia, equidade, costumes e princípios gerais do Direito.
LINDB, Art. 4 º -
Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.

DOS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

Dos Beneficiários (RGPS)


Dec. 3048/99, art. 8º - São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social as pessoas físicas classificadas
como segurados e dependentes, nos termos das Seções I e II deste Capítulo.

A legislação previdenciária divide os beneficiários (ou seja, os destinatários dos benefícios


previdenciários) em duas classes: Segurados e Dependentes.
Segurado é todo aquele que, seja em razão do exercício de atividade de vinculação obrigatória, seja por
opção, é diretamente vinculado ao RGPS.
Dependente é a pessoa física que não possui vínculo direto, mas indireto com o RGPS, em razão de sua
dependência econômica de um segurado. A esposa é beneficiária do RGPS como dependente do marido; o
marido é beneficiário do RGPS como dependente da esposa; os filhos menores são beneficiários como
dependentes dos pais. É possível que uma pessoa seja, ao mesmo tempo, segurada e dependente. É o caso
do marido que é empregado em uma fábrica (por essa atividade, é segurado) e é dependente
previdenciário de sua esposa; ela, por sua vez, é secretária (por essa atividade, ela é segurada) e,
concomitantemente, dependente previdenciária de seu marido.

Dos Segurados
Disposições gerais:

- sistema previdenciário funciona pelo regime de repartição, ou seja, as contribuições dos trabalhadores da
ativa são utilizadas para o pagamento dos benefícios dos aposentados e pensionistas.

- atividades concomitantes:
LBPS, Art. 11. [...] § 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de
Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.
Ex.: Um advogado que à noite leciona em universidade privada; ele será filiado como contribuinte individual em razão da
advocacia e como empregado pela função de magistério.

- trabalhando após aposentadoria:


Art. 11. [...] §3º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade
abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata a Lei nº
8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da Seguridade Social.
Aqueles economicamente ativos contribuem para pagar as aposentadorias. O aposentado que ainda permanece trabalhando
pode ser considerado economicamente ativo. Ele não contribui sobre os seus proventos de aposentadoria, mas é obrigado a contribuir
sobre os rendimentos da atividade profissional que permanece exercendo.

- dirigente sindical:
§4º... o dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no RGPS de antes da investidura.

Obs: esta mesma regra vale para o magistrado da Justiça Eleitoral nomeado por meio da lista sêxtupla prevista no art. 119, II (para o
TSE) ou 120, §1º, III (para os TREs) da Constituição. Esta previsão está no Decreto 3.048/99, art. 9º, §11.

I - Empregado (RGPS) – em apostila anexa.


É o maior grupo de segurados do Regime Geral. Abrange todos os trabalhadores urbanos e rurais que
tenham relação de emprego. São, ao todo, DEZENOVE hipóteses de enquadramento de um segurado como
empregado; 10 delas, na LBPS; outras 9 foram inseridas no RPS (Decreto 3.048/99).
Os trabalhadores rurais foram incluídos no RGPS apenas com a Constituição de 1988.

Obs.: Um pedreiro contratado para reformar a empresa, dependendo da dimensão da obra, pode trabalhar
durante vários meses. Ele é um ‘trabalhador urbano prestando serviço não eventual a uma empresa’. Será
considerado empregado? NÃO! Embora APARENTEMENTE ele preencha os requisitos da alínea "a", veja o que
diz o §4º do art. 9º do RPS:
Art. 9º. [...] § 4º Entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele relacionado direta ou indiretamente
com as atividades normais da empresa.
Obs.: segurados empregados acrescidos pelo RPS:

II - Empregado Doméstico (RGPS) - art. 11, inciso II, da LBPS:

Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: [...]
II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito
residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;

Lei Complementar 150 (PEC das domesticas):


Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e
pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana,
aplica-se o disposto nesta Lei.
Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito)anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo
com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho
de 2008.
RPS, atualizado pelo Decreto 10.410/2020, adotou redação semelhante:

Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: [...]
II - como empregado doméstico - aquele que presta serviço de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal a pessoa ou
família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos, por mais de dois dias por semana;

III - Contribuinte Individual (RGPS)

V - como contribuinte individual:


a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em
área, contínua ou descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferiora quatro módulos fiscais ou
atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8o e 23
deste artigo;
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em caráter permanente ou temporário,
diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não
contínua;
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa;
d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado
e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
e) desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa:
1. o empresário individual e o titular de empresa individual de responsabilidade limitada, urbana ou rural;
2. o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima;
3. o sócio de sociedade em nome coletivo; e
4. o sócio solidário, o sócio gerente, o sócio cotista e o administrador, quanto a este último, quando não for empregado em
sociedade limitada, urbana ou rural;
(...)
i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o
síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;
j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;
l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;
m) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho, na forma dos
incisos II do § 1º do art. 111 ou III do art. 115 ou do parágrafo único do art. 116 da Constituição Federal, ou nomeado magistrado da
Justiça Eleitoral, na forma dos incisos II do art. 119 ou III do § 1º do art. 120 da Constituição Federal;
n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada
ao trabalho executado; e (Incluída pelo Decreto nº 4.032, de 2001)

p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006,
que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais;
q) o médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil, instituído pela Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, exceto na
hipótese de cobertura securitária específica estabelecida por organismo internacional ou filiação a regime de seguridade social em seu
país de origem, com o qual a República Federativa do Brasil mantenha acordo de seguridade social;
r) o médico em curso de formação no âmbito do Programa Médicos pelo Brasil, instituído pela Lei nº 13.958, de18 de dezembro de 2019.

IV - Trabalhador Avulso (RGPS)


VI - como trabalhador avulso - aquele que:
a) sindicalizado ou não, preste serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, ou equiparados, semvínculo empregatício, com
intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos do disposto na Leinº 12.815, de 5 de junho de 2013, ou do
sindicato da categoria, assim considerados:
1. o trabalhador que exerça atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga evigilância de embarcação
e bloco;
2. o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério;
3. o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios);
4. o amarrador de embarcação; .
5. o ensacador de café, cacau, sal e similares;
6. o trabalhador na indústria de extração de sal;
7. o carregador de bagagem em porto;
8. o prático de barra em porto;
9. o guindasteiro; e
10. o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos; e
b) exerça atividade de movimentação de mercadorias em geral, nos termos do disposto na Lei nº 12.023, de 27de agosto de 2009, em
áreas urbanas ou rurais, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do sindicatoda categoria, por meio de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, nas atividades de:
1. cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura, pesagem, embalagem, enlonamento,ensaque, arrasto,
posicionamento, acomodação, reordenamento, reparação de carga, amostragem, arrumação,remoção, classificação, empilhamento,
transporte com empilhadeiras, paletização, ova e desova de vagões, carga edescarga em feiras livres e abastecimento de lenha em
secadores e caldeiras;
2. operação de equipamentos de carga e descarga; e
3. pré-limpeza e limpeza em locais necessários às operações ou à sua continuidade.

- necessidade da percepção de remuneração para o enquadramento como segurados obrigatórios. Essa


exigência permeia todas as atividades ali relacionadas.
Atenção também na situação do síndico de condomínio, pois ele pode ser remunerado ou isento da taxa de
condomínio. Nessas duas hipóteses, será segurado obrigatório → JURISPRUDENCIA!!!

V - Segurado Especial (RGPS)

VI - Segurado Facultativo (RGPS)

Da Manutenção e da Perda da Qualidade de Segurado


A Qualidade de Segurado é um instituto exclusivo do direito previdenciário, que significa que o segurado
está filiado, vinculado, ao sistema previdenciário. É o vínculo entre o segurado e o RGPS. A manutenção dessa
qualidade é, em regra, indispensável para a concessão dos benefícios previdenciários. A maneira mais comum
de o segurado ostentar essa condição é permanecer vertendo contribuições.
Para manter a qualidade de segurado, basta permanecer contribuindo. Para perder essa qualidade,
basta deixar de contribuir por um prazo superior ao período de graça estabelecido para o caso.

Períodos de graça – LBPS, art.15 –

Desemprego comprovado - para ter direito à ampliação do período de graça por força do art. 15, §2º da
LBPS, basta a comprovação do desemprego, por qualquer meio. Por certo tempo o simples registro da baixa
na CTPS foi aceito, mas o STJ, mais recentemente, se tornou um pouco mais exigente; o registro no "órgão
próprio" é, de fato, dispensável, mas só a CTPS não basta.
O STJ entende que a ausência de registro no Ministério do Trabalho e na Previdência Social poderá
ser suprida quando comprovada a situação de desemprego por outras provas constantes dos
autos, inclusive a testemunhal.

Perda da qualidade de segurado


A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia posterior ao fim do prazo para recolhimento da
contribuição do contribuinte individual ou facultativo referente ao mês posterior ao do fim do período de graça.

Roberto era um funcionário de um escritório de contabilidade durante 20 anos. Foi demitido em 31 de


dezembro de 2016.
A regra geral válida para Roberto é o período de graça de 12 meses (LBPS, art. 15, II); mas ele tem mais
de 120 contribuições, sem interrupção que cause perda da qualidade de segurado. Desse modo, por força do
§1º do art. 15 da LBPS, seu período de graça é ampliado para 24 meses. Ele está desempregado — comprovou
mediante registro no SINE (Lembre-se de que o STJ admite a comprovação do desemprego por outros meios,
embora não seja suficiente o simples registro de baixa na CTPS, em razão da disseminação do trabalho informal
no Brasil). Com isso, há o acréscimo de 12 meses em seu período de graça (art. 15, §2º), totalizando,
portanto, 36 meses.
 O termo final do prazo fixado para o período de graça é 31.12.2019;
 o mês imediatamente posterior ao término do prazo é, obviamente, janeiro de 2020;
 um contribuinte individual pode recolher a contribuição referente a janeiro de 2020 até o dia 15 de
fevereiro;
 Isso significa que Roberto perderá a qualidade de segurado em 16 de fevereiro de 2020.
Até dezembro de 2019 o Roberto será segurado, independentemente de contribuição. Se ele recolher
uma contribuição referente ao mês de janeiro de 2020, haverá mera continuidade na relação previdenciária, sem
quebra de vínculo.

Como o recolhimento de contribuições sempre se dá no mês POSTERIOR ao da competência, não há


alternativa, a não ser conceder essa "ampliação" de prazo. Só podemos afirmar com total convicção a perda da
qualidade de segurado do nosso exemplo se, passado o dia 15 de fevereiro, ele não contribuir.

OBS.: Os dependentes previdenciários não possuem vínculo direto com a Previdência; são ligados ao
RGPS apenas pelo liame que existe entre eles e o segurado. Em decorrência disso, se o segurado perde seus
direitos previdenciários em decorrência da perda da qualidade de segurado, os dependentes também são
atingidos. Portanto, se alguém que perdeu a qualidade de segurado vem a falecer, seus dependentes não têm
direito à pensão por morte.

EXCEÇÕES à perda da qualidade de segurado:

APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE — também buscando a proteção do direito


adquirido, o segurado que deixa de contribuir por se encontrar incapacitado para o trabalho (mas, por
qualquer motivo, não formula requerimento de concessão de benefício por incapacidade) não perde a
qualidade de segurado. Aqui os tribunais reconhecem que não ocorre a perda da qualidade de segurado.
Simples assim:
PREVIDENCIÁRIO - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. 1. Não perde a
qualidade de segurado o trabalhador que, por motivo de doença, deixa de recolher as contribuições
previdenciárias. 2. Precedente do Tribunal. 3. Recurso não conhecido.
(STJ – RESP 134212 – Relator Ministro ANSELMO SANTIAGO – Sexta Turma – Julgamento em 25.08.1998 –
Publicação em 13.10.1998)
Manutenção e Perda da Qualidade de Dependente
Art. 17 do RPS.
 o filho, quando faz 21 anos;
 o cônjuge/companheiro quando se separa ou se divorcia;
 qualquer dependente, quando vem a falecer;
 o filho ou irmão inválido, se a invalidez cessar.

Casos não tão óbvios:

1 - Ex-cônjuge/ex-companheiro – se o ex-cônjuge/companheiro RECEBE PENSÃO ALIMENTÍCIA ele SERÁ


DEPENDENTE PREVIDENCIÁRIO, pois nesse caso se presume a existência de dependência econômica do
segurado, OK? RPS, art. 17, I e II.
Art. 17. A perda da qualidade de dependente ocorre:
I - para o cônjuge, pelo divórcio ou pela separação judicial ou de fato, enquanto não lhe for assegurada a prestação de
alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado;
II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for
garantida a prestação de alimentos;

CUIDADO – Se a questão for baseada NA LEI, o ex-cônjuge só é dependente se receber pensão alimentícia;
mas OS TRIBUNAIS PENSAM DIFERENTE. A legislação abre espaço para a manutenção da dependência
previdenciária do ex-cônjuge e os tribunais afirmam, categoricamente, que ele será dependente se
comprovar, por QUALQUER MEIO, sua dependência econômica (demonstrar necessidade superveniente):

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE. CÔNJUGE SEPARADO DE FATO. COMPROVAÇÃO


DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. CONSECTÁRIOS LEGAIS. Para a concessão do benefício de pensão por morte, no
caso de cônjuge separado judicialmente ou de fato, ou ainda divorciado, que não recebia pensão alimentícia na ocasião
do óbito, deverá comprovar a dependência econômica em relação ao "de cujus" na ocasião do óbito ou demonstrar
necessidade superveniente, nos termos do art. 76, §2º da Lei n.º 8.213/91. [...]
(TRF4 – AC 200304010079398 – Rel. Des. Federal LUCIANE AMARAL CORRÊA MÜNCH – Turma Suplementar –
Julgamento em 22.11.2006 – D.E. 13.12.2006).

2 - Filho, irmão, enteado ou menor tutelado – art. 17, III do RPS:


Art. 17. A perda da qualidade de dependente ocorre: [...]
III - ao completar vinte e um anos de idade, para o filho, o irmão, o enteado ou o menor tutelado, ou nas seguintes hipóteses, se
ocorridas anteriormente a essa idade:
a) casamento;
b) início do exercício de emprego público efetivo;
c) constituição de estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou
d) concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do outro, por meio de instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença judicial, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos
completos. [...]
§ 1º O filho, o irmão, o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica dos três últimos, se
inválidos ou se tiverem deficiência intelectual, mental ou grave, não perderão a qualidade de dependentes desde que a invalidez
ou a deficiência intelectual, mental ou grave tenha ocorrido antes de uma das hipóteses previstas no inciso III do caput.
§ 2º Para fins do disposto no § 1º, a data de início da invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou grave será estabelecida
pela Perícia Médica Federal.

Como a Lei Previdenciária prevê que é dependente o filho não emancipado, o cumprimento de qualquer
dos requisitos das alíneas "a" a "d" causa perda da condição de dependente. E uma vez perdida, a qualidade
de dependente não se recupera.
Em relação aos dependentes inválidos, os Tribunais têm uma visão diferente, mais flexível do que as
regras impostas pela legislação. O STJ reconhece que a dependência do filho maior inválido deve ser
aferida no momento do óbito do instituidor da pensão. Para essa Corte, ainda que a invalidez tenha
surgido após os 21 anos de idade, se for anterior ao óbito é suficiente para justificar a concessão da
pensão.
Dos Dependentes (RGPS)
LBPS relaciona forma taxativamente os dependentes previdenciários no art. 16.
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave;

► O segurado deve, mediante declaração escrita, afirmar que seu enteado, ou menor sob sua tutela, são
seus dependentes:

§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a
dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.

Já a comprovação da dependência econômica deve se dar apenas no momento do requerimento do


benefício pelos dependentes, com a apresentação de no mínimo dois dos documentos arrolados no art. 22, §3º
do RPS.

► União estável:

§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado
ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.

RPS, art. 16, §6º, o conceito:


Art. 16. [...] § 6º Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre o
homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família, observado o § 1º do art. 1.723 do Código
Civil, instituído pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002.
Entre homossexuais:
STF reconhece sua dependência previdenciária e o INSS, administrativamente, já acolhe este
entendimento, como podemos ver no art. 130 da IN 77/2015.

► Dependência econômica:
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.

Embora sejam equiparados a filhos (e, portanto, são dependentes de primeira classe) o enteado e o
menor tutelado PRECISAM comprovar sua dependência, OK? Essa equiparação concedida pela lei tem efeitos
apenas quanto à ordem de preferência na habilitação à pensão/auxílio-reclusão.

► Contemporaneidade das provas EU

§ 5º As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos,
produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do
segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso
fortuito, conforme disposto no regulamento.

Este é o início de prova material. Este início de prova pode ser complementado por prova testemunhal,
não admitindo — excepcionada apenas a hipótese de força maior ou caso fortuito — é a prova exclusivamente
testemunhal.
.

► Comprovação de UE por mais de 2 anos.

§ 6º Na hipótese da alínea c do inciso V do § 2º do art. 77 desta Lei, a par da exigência do § 5º deste artigo, deverá ser
apresentado, ainda, início de prova material que comprove união estável por pelo menos 2 (dois) anos antes do óbito do
segurado.

► Exclusão de condenado criminal

§ 7º Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado criminalmente por sentença
com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido
contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.

► Menor sob guarda


A Emenda Constitucional 103/2019 (a Reforma da Previdência) e excluiu expressamente o menor sob
guarda do rol de dependentes. Em seu art. 23, nos traz o seguinte parágrafo:

Art. 23. [...] § 6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o
menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica.

Menor sob guarda pode receber um auxílio-reclusão? NÃO! O auxílio-reclusão é um benefício devido
nas condições da pensão por morte; é isso que diz o art. 86 da LBPS. Logo, quem não faz jus à pensão
também não recebe o auxílio.

Das Inscrições (RGPS)


OBS.: §3º - se o segurado exerce mais de uma atividade remunerada ele será inscrito em relação a ambas;
deverá então contribuir sobre os rendimentos de ambas. O mesmo vale para a filiação, conforme previsão do art.
11, §2º da LBPS. E sobre o tema filiação/inscrição, esse é um dos pontos mais cobrados.

► Exceção do §5º: o único segurado que pode ser inscrito post mortem é o segurado especial
→ LBPS, §7º do art. 17: não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual
e de segurado facultativo. A mesma vedação está no RPS, art. 18, §5º-B.

► §6º do art. 18 do RPS → comprovação dos dados pessoais e de outros elementos (ou seja, a inscrição)
poderá ser exigida pelo INSS a qualquer tempo para fins de atualização cadastral, inclusive para a concessão do
benefício.
Art. 20. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e esta, do qual
decorrem direitos e obrigações.
§ 1º A filiação à previdência social decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada para os segurados
obrigatórios, observado o disposto no § 2º, e da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição para o
segurado facultativo

Conceito de Empresa e Empregador Doméstico

Para a legislação previdenciária, empresa abrange, além daquela firma/sociedade que assume o risco de
atividade econômica (esse seria o conceito civilista), também OS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA direta, indireta e fundacional. Já o empregador doméstico tem como característica
marcante a ausência de finalidade lucrativa. Vamos ao conceito legal, extraído do art. 15 da LOCSS — Lei
8.212/91?

Art. 15. Considera-se:


I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins
lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional;
II - empregador doméstico - a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, empregado
doméstico.

RPS, art. 12, parágrafo único:

OBS.: Segurado Trabalhador Avulso → Sua prestação de serviços é intermediada, em regra, por um OGMO.
Para a arrecadação previdenciária esse OGMO funciona como EMPRESA. Mas atenção: NÃO HÁ VÍNCULO
EMPREGATÍCIO ENTRE OGMO E AVULSO, essa “equiparação a empresa” é restrita às regras de CUSTEIO
previdenciário.

DAS PRESTAÇÕES EM GERAL

I -Das Espécies de Prestações

O Direito Previdenciário possui 2 núcleos fundamentais


a. regras de financiamento da Seguridade Social - o dinheiro entra no caixa da seguridade e, assim, no do
RGPS.
b. saída de recursos do RGPS, por meio das prestações previdenciárias.

A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis
de manutenção, por motivo de:
(1) incapacidade;
(2) desemprego involuntário – salario-desemprego: min. trabalho
(3) idade avançada;
(4) tempo de serviço;
(5) encargos familiares; e
(6) prisão ou
(7) morte daqueles de quem dependiam economicamente.

Com a Reforma da Previdência de 2019, pode-se dizer que o item (4) perdeu a relevância. O tempo de
serviço deixou de ser um “risco” coberto pelo RGPS, já que não mais existe a aposentadoria por tempo de
contribuição que outrora existia desvinculada de qualquer requisito etário.
São benefícios previdenciários destinados a cobrir cada um dos riscos/contingências acima listados:

(1) incapacidade — auxílio por incapacidade temporária, aposentadoria por incapacidade permanente, auxílio-
acidente;
(2) desemprego involuntário — nenhum, por força do que diz o art. 9º, §1º da LBPS:

Art. 9º. [...]§1º O Regime Geral de Previdência Social - RGPS garante a cobertura de todas as situações expressas no
art. 1º desta Lei, exceto as de desemprego involuntário, objeto de lei específica, e de aposentadoria por tempo de
contribuição para o trabalhador de que trata o § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

LEMBRETE – O seguro-desemprego é um benefício previdenciário, mas não pertencente ao Regime Geral –


pago pelo MTE.

(3) idade avançada — aposentadoria programada;


(4) tempo de serviço — não é mais coberto pelo RGPS, salvo em hipóteses excepcionais de regras de transição;
(5) encargos familiares — salário-família e salário-maternidade;
(6) prisão — auxílio-reclusão; e
(7) morte — pensão por morte

Atualmente não há mais cinco aposentadorias. O que temos hoje é, basicamente:


- aposentadoria por incapacidade permanente (novo nome da famosa Aposentadoria por Invalidez);
- aposentadoria programada (da qual derivam ainda a aposentadoria especial e a aposentadoria programada do
professor);
- aposentadoria por idade do trabalhador rural (com os mesmos requisitos da falecida aposentadoria por idade
rural);
- aposentadoria da pessoa com deficiência, que ainda subsiste, até que sobrevenha nova regulamentação, sem
a imposição de idade mínima.

Aposentadoria programada → depende do cumprimento de requisitos mínimos de idade e tempo de


contribuição, simultâneos. Por isso o "risco" denominado tempo de serviço não existe mais. Se a aposentadoria
depende de idade mínima, o risco a ser tratado é a idade avançada.
► LBPS instituiu, em seu §3º, o Conselho Nacional de Previdência Social — CNPS, órgão superior de
deliberação colegiada, composto por 15 membros.

A eles (titulares e suplentes) é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o
término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente
comprovada através de processo judicial.
Poderá ser convocada reunião extraordinária por seu Presidente ou a requerimento de um terço de seus
membros, conforme dispuser o regimento interno do CNPS.
As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atividades
do Conselho, serão abonadas, computando-se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e
efeitos legais.

Dos Regimes da Previdência Social:

Segundo a LBPS, 9º a Previdência Social = RGPS + RPC; já com base no RPS, 6º temos que Previdência
Social = RGPS + RPPS + RPPM.

RPC – Regime Complementar Facultativo


RPPM – regime próprio servidores públicos e militares

LBPS::
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão de
eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez;
b) aposentadoria por idade;
c) aposentadoria por tempo de contribuição;
d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença;
f) salário-família;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-acidente;
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
(...)
c) reabilitação profissional.

► A Reforma da Previdência reduziu o rol de benefícios. Alterou completamente o mapa das aposentadorias.

Acumulação De Benefícios - art. 167 do RPS, salvo no caso de direito adquirido:

PROIBIDAS
Auxílio por incapacidade temporária

Outra aposentadoria

Aposentadoria com Abono de permanência

Auxílio-acidente

Seguro-desemprego

Deixada por cônjuge

Mais de uma pensão Deixada por companheiro


(permitida a opção)
Deixada uma pelo cônjuge, uma pelo
companheiro

Auxílio por incapacidade temporária


Salário Maternidade com
Seguro-desemprego

Auxílio-acidente
Auxílio-acidente com Qualquer aposentadoria (respeitados
direitos adquiridos)

Qualquer benefício, exceto pensão


Seguro-desemprego com por morte, auxílio-reclusão, auxílio-
acidente ou abono de permanência
Aposentadoria pelo
Auxílio-reclusão recebido pelos
segurado recluso com
dependentes
(permitida a opção)

Auxílio por incapacidade


temporária pelo segurado Auxílio-reclusão recebido pelos
recluso em regime dependentes.
fechado com

OBS.: A Emenda Constitucional 103/2019 (Reforma da Previdência) não vedou a acumulação de benefícios,
mas inovou ao prever, em seu art. 24, um redutor do valor de um dos benefícios - embora permaneça possível
acumular benefícios (pensões de regimes distintos, ou pensão e aposentadoria), o benefício mais vantajoso (ou
seja, o de maior valor) será integralmente pago; o outro sofrerá redução:

Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito
do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo instituidor decorrentes do exercício de
cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição Federal.

O desconto se dá por faixa (em tabela), no caso de acumulação de pensões deixadas por
cônjuge/companheiro ou de pensão + aposentadoria o benefício menos vantajoso sofrerá redução. Essa regra
de redução só é aplicável a estes benefícios acima referidos. As demais hipóteses de acumulação resultam no
pagamento integral dos benefícios acumulados.
Um último esclarecimento: a regra de redução de valor se dá pela acumulação de pensão deixada por
cônjuge ou companheiro; logo, não pode se estender aos demais dependentes. Se houver, portanto, esposo(a)
e 2 filhos menores para ratear a pensão:
1) Apura-se o valor total da pensão, seguindo as regras estabelecidas na Emenda Constitucional nº 103
(50% + 10% por dependente);
2) Este valor total é rateado por igual entre os 3 dependentes;
3) Sobre a cota do cônjuge é aplicado o redutor, nos exatos termos da tabela acima. Os filhos não sofrem
redução nenhuma em suas cotas.

II – Carência

LBPS:
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao
benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.

RPS:
Art. 26. Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o
beneficiário faça jus ao benefício, consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu limite
mínimo mensal.
→ para manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial, que garante a viabilidade do regime previdenciário.

LBPS:
Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de
aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova
filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 desta Lei.

Nas hipóteses em que ocorrer perda da qualidade de segurado, as contribuições vertidas ANTES dessa
perda não valerão para fins de carência, enquanto o segurado não efetuar contribuições em número equivalente
a, no mínimo, metade da carência fixada para o benefício.
Esta regra se aplica SÓ AO AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA (novo nome do auxílio-
doença), À APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE (nova denominação da outrora
chamada aposentadoria por invalidez), AO SALÁRIO-MATERNIDADE E AO AUXÍLIO-RECLUSÃO.

Regra do ½:
Daniel contribuiu regularmente para o INSS durante 20 anos, veio a perder o emprego e, em função disso,
permaneceu 5 anos sem recolher um único centavo — perdeu a qualidade de segurado, sem dúvida, né?
Para poder requerer um benefício por incapacidade (auxílio por incapacidade temporária ou aposentadoria por
incapacidade permanente) ele precisa de 12 contribuições.
Sabemos que ele já tem 240, mas todas foram vertidas ANTES da perda da qualidade de segurado. Em razão
da benesse legislativa esse segurado não precisará contribuir por 1 ano antes de pedir seu benefício; bastará
recolher seis contribuições (metade da carência exigida para o benefício) e, com isso, ganha o direito de somar
todas as contribuições anteriores.
Esta restrição não se aplica às hipóteses em que o benefício é isento de carência.

Contagem da carência:
Não importa o tamanho dos intervalos entre as contribuições, todo o histórico contributivo do segurado contará
para fins de carência.

OBS: art. 39 da LBPS – segurado especial:


O segurado especial precisa de 180 meses de exercício de atividade rural para aposentar-se
voluntariamente; precisa de 12 meses de exercício de atividade rural para aposentar-se por incapacidade
permanente. É por isso que o art. 26 da LBPS diz que independem de carência os benefícios devidos aos
segurados especiais que contribuem com base na receita bruta da comercialização de sua produção.
Esse período de atividade rural a comprovar deve ser imediatamente anterior ao requerimento do benefício.

► Salário Maternidade – CI, especial e facultativa – RPS:


Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social, ressalvado o disposto no art. 30,
depende dos seguintes períodos de carência: [...]
III - dez contribuições mensais, no caso de salário-maternidade, para as seguradas contribuinte individual, especial e
facultativa, respeitado o disposto no § 2º do art. 93 e no inciso II do art. 101.
► Também são computadas para fins de carência as contribuições vertidas para REGIMES PRÓPRIOS de
previdência.
► Contribuintes Individuais e Segurados Facultativos com renda de um salário mínimo podem optar por recolher
suas contribuições TRIMESTRALMENTE (RPS, art. 216, §15). Conta-se NORMALMENTE, mês a mês,
iniciando-se no mês da inscrição do segurado, desde que ele tenha efetuado o primeiro recolhimento dentro do
prazo (RPS, art. 28, §3º).

► Hipóteses expressas de vedação à contagem como carência:


- Atividade rural anterior a novembro de 1991: são computados apenas como TEMPO DE SERVIÇO (ou
tempo de contribuição, para usar a terminologia atual que, na hipótese em estudo, não corresponde à
verdade por não haver contribuições), mas não como carência → art. 26, §3º do RPS.
- Contribuições em atraso: O art. 27, II da LBPS prevê que para os segurados contribuinte individual,
facultativo e segurado especial que contribui a contagem do prazo de carência inicia com a primeira
contribuição sem atraso.

► Isenção de carência:
São isentos de carência todos os benefícios previdenciários decorrentes de eventos IMPREVISÍVEIS (morte,
acidente/doença profissional e moléstias graves), com exceção do salário-família.

Salário-família:
a dispensa de carência é uma opção do legislador, derivada do CARÁTER SOCIAL do benefício. Ele é devido
aos segurados de baixa renda na proporção do número de filhos. Quanto mais filhos, maior o pagamento. Por
isso a urgência.

III - Do Cálculo do Valor do Benefício

Dos Benefícios
. Da Aposentadoria Por Invalidez
. Da Aposentadoria Por Idade
. Da Aposentadoria Por Tempo de Contribuição
. Da Aposentadoria Especial
. Das Aposentadorias por Tempo de Contribuição e por Idade do Segurado com Deficiência
. Do Auxílio-Doença
. Do Salário-Família
. Do Salário-Maternidade
. Do Auxílio-Acidente
. Da Pensão por Morte
. Do Auxílio-Reclusão

Resumo das mudanças mais relevantes - 2024


 Eliminação da idade mínima: Agora, homens podem se aposentar com 35 anos de contribuição e mulheres com
30 anos, sem exigência de idade.
 Sistema de pontos ajustado: A nova regra exige 101 pontos para homens e 91 para mulheres, considerando
tempo de contribuição e idade.
 Manutenção da aposentadoria especial: Com novas pontuações que variam conforme o tempo de atividade em
condições insalubres ou perigosas.
 Regras de transição: Adaptam as condições para segurados próximos de atingir os requisitos antigos.

Regras de transição para quem está próximo de se aposentar


Para não prejudicar trabalhadores que estavam prestes a se aposentar com base nas regras antigas, foram criadas
condições de transição. As principais são:

1. Sistema de pontos: A soma da idade com o tempo de contribuição precisa atingir 101 pontos para homens e 91
para mulheres em 2024. Esse modelo foi ajustado anualmente para manter a progressividade do sistema.
2. Pedágio de 50%: Voltado para aqueles que estavam a dois anos de atingir o tempo mínimo de contribuição em
novembro de 2019. Nesse caso, o trabalhador deve contribuir por mais 50% do tempo que faltava.

Aposentadoria especial continua para atividades de risco


A aposentadoria especial foi mantida para trabalhadores expostos a condições insalubres ou perigosas. No entanto, houve
ajustes na pontuação mínima exigida, que agora considera tanto a idade quanto o tempo de contribuição em atividades de
risco. As novas pontuações são:

 25 anos de atividade especial: Exigem-se 86 pontos.


 20 anos de atividade especial: Necessita de 76 pontos.
 15 anos de atividade especial: Requer 66 pontos.

Resumo das mudanças mais relevantes


 Eliminação da idade mínima: Agora, homens podem se aposentar com 35 anos de contribuição e mulheres com
30 anos, sem exigência de idade.
 Sistema de pontos ajustado: A nova regra exige 101 pontos para homens e 91 para mulheres, considerando
tempo de contribuição e idade.
 Manutenção da aposentadoria especial: Com novas pontuações que variam conforme o tempo de atividade em
condições insalubres ou perigosas.
 Regras de transição: Adaptam as condições para segurados próximos de atingir os requisitos antigos.

. Do Abono Anual
. Acidente de Trabalho
. Seguro Desemprego, FAT e Abono Salarial
. Do Reconhecimento da Filiação
. Da Contagem Recíproca de Tempo de Serviço
. Da Habilitação e Reabilitação de Profissionais e do Serviço Social
. Da Justificação Administrativa
. Das Disposições Diversas e Transitórias Relativas às Prestações (Prescrição, Decadência e Outros)
Do Custeio da Previdência Social
. Do Salário-de-Contribuição
. Da Arrecadação e Recolhimento das Contribuições (Prescrição, Decadência e Outros)
. Receitas das Contribuições Sociais
. Receitas de Outras Fontes
Sistema Nacional da SS - Órgãos Colegiados

Legislação Especial Previdenciária


. Lei nº 7.070/1982 - Pensão Especial para Portadores da "Síndrome de Talidomida"
. Lei nº 7.986/1989 - Pensão Especial aos Seringueiros
. Lei nº 8.059/1990 - Pensão Especial devida aos Ex-Combatentes da Segunda Guerra Mundial
. Lei nº 9.422/1996 - Pensão Especial às Vítimas de Hemodiálise de Caruaru
. Lei nº 9.425/1996 - Pensão Especial às Vítimas do Acidente Nuclear Ocorrido em Goiânia (CÉSIO 137)
. Lei nº 10.559/2002 - Aposentadoria e Pensão Excepcional ao Anistiado Político
. Lei nº 10.779/2003 - Seguro Desemprego ao Pescador Artesanal (Seguro defeso)
. Lei nº 11.520/2007 - Pensão Especial às Pessoas Atingidas pela Hanseníase
. Lei nº 13.985/2020 - Pensão Especial Destinada a Crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus
. Decreto nº 8.424/2015 - Regulamenta a Lei nº 10.779/2003 (Seguro Defeso)

Regulamento da Previdência Social:

Decreto nº 3048, de 06/05/1999 e alterações.


OS INSS/DSS nº 607, de 05/08/98; OS INSS/DSS nº 608, de 05/08/98; OS INSS/DSS nº 609, de 05/08/98; IN 45
de 06/10/2010.
Lei 8.029 de 12/04/1990.
Decreto nº 7.556, de 24/08/2011- Estrutura do Instituto Nacional do Seguro Social.

Funções institucionais do INSS


Ao INSS compete operacionalizar:
I - o reconhecimento do direito, a manutenção e o pagamento de benefícios e os serviços previdenciários do
Regime Geral de Previdência Social – RGPS, inclusive do seguro-desemprego ao pescador profissional
artesanal, conforme disposto no Decreto nº 8.424, de 31 de março de 2015;
II - o reconhecimento do direito, a manutenção, o pagamento de benefícios assistenciais (Lei nº 8.742, de 7 de
dezembro de 1993) e dos Encargos Previdenciários da União previstos na legislação; e
III - o reconhecimento do direito e a manutenção das aposentadorias e das pensões do Regime Próprio de
Previdência Social da União – RPPU, no âmbito das autarquias e das fundações públicas, nos termos do
disposto no Decreto nº 10.620, de 5 de fevereiro de 2021.

No artigo 201 da Constituição Federal Brasileira observa-se a organização do RGPS, que tem caráter
contributivo e de filiação obrigatória, e onde se enquadra toda a atuação do INSS, respeitadas as políticas e
estratégias governamentais oriundas dos órgãos hierarquicamente superiores, como os ministérios. A entidade
vinculada atualmente ao Ministério da Previdência Social.

O INSS caracteriza-se, portanto, como uma organização pública prestadora de serviços


previdenciários para a sociedade brasileira. É nesse contexto e procurando preservar a integridade da
qualidade do atendimento a esse público que o Instituto vem buscando alternativas de melhoria contínua, com
programas de modernização e excelência operacional, ressaltando a otimização de resultados e de ferramentas
que fundamentem o processo de atendimento ideal aos anseios dos cidadãos.
Ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) compete reconhecer o direito e viabilizar o acesso de todos
os cidadãos aos benefícios e serviços da Previdência Social, como aposentadoria, pensão e salário-
maternidade, dentre outros.
Missão: Garantir proteção social aos cidadãos por meio do reconhecimento de direitos.
Visão: Ser reconhecido pela excelência no relacionamento com o cidadão.
Valores: Ética, respeito, segurança, transparência, profissionalismo, responsabilidade socioambiental.

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