67bd419ea6ea554eba096c60 Nebokepef
67bd419ea6ea554eba096c60 Nebokepef
Gonzaga.Trata-se de um longo poema lírico que foi publicado em Lisboa, a partir de 1792.Resumo e trechos da obra Marília de DirceuAs liras de Marília de Dirceu exploram o tema do amor entre dois pastores de
ovelhas.No decorrer da obra, o eu lírico expressa seu amor pela pastora Marília e fala sobre suas expectativas futuras.Dentro do contexto do Arcadismo, Dirceu revela a ambição de ter uma vida simples e bucólica ao lado de sua amada.A natureza torna-se, portanto, uma forte característica, a qual é descrita em diversos momentos. No entanto, esse
amor não pode ser consumado, visto que Dirceu foi exilado de seu país.Na primeira parte da obra, o foco maior é a exaltação da beleza de sua amada e da natureza.Parte I, Lira I “Os teus olhos espalham luz divina, A quem a luz do Sol em vão se atreve: Papoula, ou rosa delicada, e fina, Te cobre as faces, que são cor de neve. Os teus cabelos são uns
fios d’ouro; Teu lindo corpo bálsamos vapora. Ah! Não, não fez o Céu, gentil Pastora, Para glória de Amor igual tesouro. Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela!” Na segunda parte, o tom de solidão já começa a aparecer, uma vez que o eu lírico vai para a prisão. Isso porque Dirceu esteve envolvido no movimento da Inconfidência Mineira, em
Minas Gerais.Parte II, Lira I “Nesta cruel masmorra tenebrosa Ainda vendo estou teus olhos belos, A testa formosa, Os dentes nevados, Os negros cabelos. Vejo, Marília, sim, e vejo ainda A chusma dos Cupidos, que pendentes Dessa boca linda, Nos ares espalham Suspiros ardentes” E, por fim, na terceira parte, o tom de melancolia, pessimismo e
solidão é notório.Exilado na África, o eu lírico revela a saudade que sente de sua amada:Parte III, Lira IX “Chegou-se o dia mais triste que o dia da morte feia; caí do trono, Dircéia, do trono dos braços teus, Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! Ímpio Fado, que não pôde os doces laços quebrar-me, por vingança quer levar-me
distante dos olhos teus. Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus!” Estrutura da obra Marília de DirceuMarília de Dirceu é um longo poema lírico e narrativo. Escrito em versos, a linguagem utilizada é simples.Quanto à estrutura, a obra está dividida em três partes, com um total de 80 liras e 13 sonetos. Primeira parte: composta por 33
liras publicadas em 1792. Segunda parte: composta por 38 liras publicadas em 1799. Terceira parte: composta por 9 liras e 13 sonetos publicadas em 1812.Os protagonistas da história são os pastores de ovelhas: Marília e Dirceu. Ele representa a voz do poema (eu lírico).Interessante notar que o espaço, ou seja, o local em que se passa a história, não
é revelado na obra.Você Sabia?A lira é um instrumento musical de cordas. Na literatura, ela designa uma poesia cantada. Na Grécia antiga, as poesias eram acompanhadas pela lira.Análise da obra Marília de DirceuMarília de Dirceu é uma das mais importantes do movimento árcade no Brasil. As principais características são: romantismo, bucolismo,
pastoralismo, descrição e culto à natureza e à simplicidade.De caráter autobiográfico, Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) escreveu essa obra inspirado na sua própria história de amor.Conheceu sua musa inspiradora quando estava morando e trabalhando como Ouvidor Geral na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Seu nome era Maria Doroteia
Joaquina de Seixas Brandão.Chegaram a ficar noivos, entretanto, Tomás foi acusado de conspiração, uma vez que estava envolvido com o movimento da Inconfidência Mineira.Sendo assim, ele foi preso e exilado na África, se afastando de sua amada. Nesse tempo, escreveu a obra que o consagraria.Confira a obra na íntegra, fazendo o download do
PDF aqui: Marília de Dirceu.CuriosidadeA cidade de Marília, no interior de São Paulo, foi batizada com esse nome em homenagem à obra do poeta Tomás Antônio Gonzaga.Quer saber mais sobre o movimento Árcade? Leia os artigos: Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela
Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line. DIANA, Daniela. Marília de Dirceu. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: . Acesso em: Marília de Dirceu é o livro mais famoso de Tomás Antônio Gonzaga e fala do amor idealizado entre Dirceu e
Marília. Assim, o apaixonado poeta declara seu amor à jovem Maria Doroteia. Mas também demonstra sua angústia por estar encarcerado, uma dor que encontra alívio somente na certeza do afeto da mulher amada. Pertencente ao arcadismo brasileiro, a obra possui idealização amorosa, pastoralismo e referências greco-latinas. É dividida em três
partes, tendo ao todo 71 liras e 14 sonetos. No mais, traz características tanto do gênero lírico quanto do narrativo, de forma que o personagem Dirceu pode ser tanto o narrador quanto o eu lírico da obra. Leia também: Arcadismo — o principal movimento literário do século XVIII Tópicos deste artigo Análise da obra Marília de Dirceu Alceste ou
Glauceste (Cláudio Manuel da Costa) Alceu (Alvarenga Peixoto) Cupido Dirceu (Tomás Antônio Gonzaga) Eulina Laura Marília (Maria Doroteia) Vênus Os acontecimentos e sentimentos expostos na obra Marília de Dirceu estão relacionados ao final do século XVIII. O livro está ambientado em Vila Rica (atual Ouro Preto), no estado de Minas Gerais, e
possivelmente na ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Não existe um enredo propriamente dito, mas fatos fragmentados sobre Dirceu e Marília. Na maior parte do livro, publicado em 1792, Marília é a interlocutora de Dirceu, já que o poeta dirige suas palavras a ela. O personagem tenta convencer a
amada de que ele não é qualquer pastor, pois os outros, segundo ele, respeitam “o poder do [seu] cajado”. Ele também faz elogios à amada e, a todo momento, evidencia sua beleza e perfeição. Ela é assim descrita por ele: Os teus olhos espalham luz divina, A quem a luz do Sol em vão se atreve; Papoula ou rosa delicada e fina Te cobre as faces, que
são cor de neve. Os teus cabelos são uns fios d’ouro; Teu lindo corpo bálsamo vapora. Ah! não, não fez o Céu, gentil Pastora, Para glória de Amor igual tesouro. Desse modo, o livro mistura poesia com narrativa. Dirceu compara Marília ao próprio amor. Também relata que, quando se apaixonou por ela, se dispôs a servir à amada, levava o gado dela
para beber na “fonte mais clara” e ao prado “de relva melhor”. Fala também da resistência de Marília em corresponder ao seu amor. Para dar uma ideia do próprio estado amoroso, Dirceu usa uma alegoria. Conta que um dia encontrou o deus do amor “descuidado”, sem as flechas na mão. Logo “a raiva acende no coração” e Dirceu matou Cupido.
Porém, Marília se compadeceu e, chorando, lavou as feridas dele com as lágrimas, o que acabou ressuscitando Cupido, ou seja, o amor. Dessa forma, Dirceu conclui que enquanto vive “Marília bela/ Não morre Amor”. Porém, Dirceu tem a consciência da efemeridade das coisas e exorta Marília a aproveitar “o tempo, antes que faça/ O estrago de
roubar ao corpo as forças,/ E ao semblante a graça”. E, usando Glauceste como interlocutor, diz que sua amada Eulina é inferior a Marília. Na primeira parte da obra, ele também sugere haver determinada pastora interessada nele, o que causa ciúme em Marília. Ele então a tranquiliza ao dizer: “Nunca receies/ Dano daquela/ Que igual não for”. Mais
uma vez, atesta a superioridade de Marília. E novamente relata um acontecimento que envolve Cupido. O deus do amor estava conversando com seus Gênios, e um deles comparou o coração de Dirceu a uma rocha, pois as flechas batiam e se quebravam. Afirmou: “Só as graças de Marília/ Podem vencer um tão duro,/ Tão isento coração”. Cupido então
aproximou Marília a Dirceu, e o pastor se apaixonou. Além desse, outros episódios que envolvem o deus do amor são relatados. Já na segunda parte da obra, Dirceu, apesar do estado em que se encontra, obedece ao amor e continua a falar de seu sentimento por Marília. Diz estar em uma “cruel masmorra tenebrosa”, onde se lembra dos “olhos belos”
da amada. Afirma que o que o levou ali foi uma “vil calúnia”. Nessa situação, seu loiro cabelo vai branquejando e caindo, e seu rosto, perdendo a cor e enrugando. Relembra acontecimentos vividos ao lado da amada, em um ambiente bucólico, onde ele colocou uma ovelha no colo e “mil coisas ternas” lhe disse. Mas Marília percebeu que as palavras
eram direcionadas a ela e não à ovelha. Assim, ele alterna sua dura realidade com a lembrança da amada, a única coisa que o impede de desistir: Nesta triste masmorra, De um semivivo corpo sepultura, Inda, Marília, adoro A tua formosura. Ao contrário da primeira parte, em que tudo se passa em um ambiente agradável e bucólico, na segunda parte,
o espaço é uma masmorra. Em comum, elas têm o amor o tempo todo sendo declarado e os elogios à beleza de Marília. Dirceu continua seu lamento e diz que “a sorte impia” roubou tudo dele em um só “funesto dia” e o meteu em uma “infame sepultura”, “masmorra, escura”. Ainda assim, ele tem a companhia de Marília, por meio da lembrança e de
suas cartas, que dizem para ele seguir seu destino, além de lhe prometer lealdade. No entanto, na terceira e última parte, ocorre a despedida: Parto, enfim, e vou sem ver-te, Que neste fatal instante Há-de ser o teu semblante Mui funesto aos olhos meus. O narrador da obra é o personagem Dirceu, mas ele também pode ser considerado o eu lírico, já
que a história transita entre os gêneros lírico e narrativo. A obra Marília de Dirceu é dividida em três partes. A primeira é composta por 33 liras. A segunda, por 38 liras. Por fim, a terceira parte tem nove liras e 14 sonetos. Esse livro é pertencente ao arcadismo brasileiro, portanto possui as seguintes características: ◦ pastoralismo; ◦ amor e mulher
idealizados; ◦ referências greco-romanas; ◦ fugere urbem (fugir da cidade); ◦ aurea mediocritas (mediocridade áurea); ◦ locus amoenus (lugar ameno); ◦ inutilia truncat (cortar o inútil); ◦ carpe diem (aproveitar o momento). Leia também: Cláudio Manuel da Costa — outro grande nome do arcadismo brasileiro Tomás Antônio Gonzaga Tomás Antônio
Gonzaga. Tomás Antônio Gonzaga nasceu em 11 de agosto de 1744, em Porto, cidade portuguesa. Era filho de um brasileiro e de uma portuguesa. Em 1752, o autor passou a morar no Brasil, em companhia de seu pai, que ocupou o cargo de ouvidor-geral de Pernambuco. Aqui, estudou no colégio de jesuítas, na Bahia. Voltou a Portugal em 1761 para
estudar leis na Universidade de Coimbra. Por volta de 1782, se tornou ouvidor-geral de Vila Rica, em Minas Gerais. Nessa cidade, ficou noivo de Maria Doroteia (a Marília de Dirceu). Mas o casamento não se realizou, pois o poeta foi acusado de conspiração, preso e condenado ao degredo em Moçambique, onde faleceu em 1810. Contexto histórico de
Marília de Dirceu Os fatos apresentados em Marília de Dirceu estão situados no contexto do século XVIII no Brasil. Portanto, se referem ao período que precedeu a Inconfidência Mineira, mas também ao período em que Tomás Antônio Gonzaga estava preso, à espera do julgamento que o levou ao degredo. A Inconfidência Mineira foi uma conspiração
ocorrida em 1789, no estado de Minas Gerais. Estiveram envolvidos intelectuais, padres e militares, como o alferes Tiradentes. Inspirados pelos ideais iluministas, eles pretendiam conseguir que o estado de Minas se transformasse em um país independente. Por Warley Souza Professor de Literatura Doutora em Estudos da Cultura Obra essencial do
arcadismo brasileiro, o extenso poema autobiográfico Marília de Dirceu foi composto pelo poeta luso-brasileiro Tomás Antônio Gonzaga. O poema, dividido em três partes, foi escrito e divulgado em diferentes momentos da vida do escritor. A publicação saiu em 1792 (primeira parte), em 1799 (segunda parte) e em 1812 (terceira parte). Em termos de
estilo literário, a escrita mescla características do arcadismo com uma emoção pré-romântica. Resumo e análise de Marília de Dirceu Com forte cunho autobiográfico, os versos de Marília de Dirceu fazem referência ao amor proibido de Maria Joaquina Dorotéia Seixas e do poeta, que se vê refletido nos versos como o pastor Dirceu. Dirceu é, portanto,
sujeito lírico de Gonzaga, e canta seu amor pela pastora Marília, sujeito lírico de Maria Joaquina. Era uma convenção da altura cultuar as musas como sendo pastoras. A jovem é idealizada pela sua beleza, assim como o cenário onde os dois se encontram. A paisagem bucólica do campo é igualmente louvada: É bom, minha Marília, é bom ser dono De
um rebanho, que cubra monte e prado; Porém, gentil pastora, o teu agrado Vale mais que um rebanho e mais que um trono. O pastoralismo era bastante frequente na criação literária da época. Os poetas criavam pseudônimos e se identificavam com pastores a fim de estabelecer uma nobre simplicidade, deixando de lado as diferenças sociais e a
hipocrisia que acreditavam residir nas cidades. A idealização do amor não foi uma criação exclusiva de Tomás, que louvava a sua pastora Marília. A convenção da época ilustrava sempre a amada como sendo branca (Marília tinha as faces cor da neve), com o rosto perfeito, o cabelo frequentemente loiro (os cabelos são uns fios d’ouro). Bela por dentro
e por fora, Marília não só é um exemplo de beleza como também de gentileza. Noto, gentil Marília, os teus cabelos. E noto as faces de jasmins e rosas; Noto os teus olhos belos, Os brancos dentes, e as feições mimosas; Quem faz uma obra tão perfeita e linda, Minha bela Marília, também pode Fazer os céus e mais, se há mais ainda. Segundo os versos
presentes no poema, para o eu-lírico alcançar a felicidade plena seria preciso apenas um aceno da amada. Ele é uma espécie de cativo do amor, de Marília, do sentimento maior que reina em seu coração: Para viver feliz, Marília, basta Que os olhos movas, e me dês um riso. Deixando um pouco de lado o poema, na vida real a imensa diferença de idade
entre o casal (ele tinha quarenta anos e ela apenas dezessete) foi um dos fatores que levou a família da moça a proibir a relação. No entanto, apesar de todas as desavenças, os dois ainda chegaram a noivar, embora nunca se tenham efetivamente casado. No poema, o entorno do amor é marcado por um bucolismo típico dos poetas da época: a
natureza é tida de modo altamente idealizado, primaveril, alegre e acolhedor. Aspira-se uma vida tranquila, equilibrada e feliz no cenário campestre, singelo e simplório, em sintonia com os que estão ao redor. Os pastores que habitam este monte Respeitam o poder de meu cajado. Com tal destreza toco a sanfoninha O amor é tão forte que o eu-lírico
imagina a vida inteira ao lado da amada e planeja até a própria morte, com um sepultamento conjunto dos corpos, lado a lado. Dirceu aspira que o seu amor seja exemplo para os pastores que ficam: Depois que nos ferir a mão da morte, Ou seja neste monte, ou noutra serra, Nossos corpos terão, terão a sorte De consumir os dois a mesma terra. Na
campa, rodeada de ciprestes, Lerão estas palavras os pastores: “Quem quiser ser feliz nos seus amores, Siga os exemplos que nos deram estes.” É interessante notar que, a determinada altura da escrita, o próprio poema traz instruções da localização geográfica para se chegar à casa de Marília. Na realidade, trata-se do endereço de Maria Dorotéia,
em Ouro Preto. O detalhe espacial encontra-se na segunda parte do poema, mais precisamente durante a lira XXXVII: Entra nesta grande terra, Passa uma formosa ponte, Passa a segunda, a terceira Tem um palácio defronte. Ele tem ao pé da porta Uma rasgada janela, É da sala, aonde assiste A minha Marília bela. Contrariando as convenções da
época, apesar de Marília ser uma mulher extremamente idealizada, ela oferece traços de sensualidade, subvertendo a postura casta e imaculada da mulher da altura. Personagens do poema Pastora Marília O nome de batismo da pastora Marília do poema é Maria Dorotéia Joaquina de Seixas. Ela chegou a ser noiva do poeta Tomás António Gonzaga. A
jovem, nascida em 1767 fruto de uma família abastada, vivia em Ouro Preto e apaixonou-se quando tinha apenas quinze anos. Maria Dorotéia ficou órfã de mãe aos sete anos, quando passou a ser criada pela família. Tradicionalmente o seu sobrenome era associado à coroa portuguesa, esse teria sido um dos fatores que dificultaram a sua relação com
Tomás António Gonzaga (que participou ativamente da Inconfidência Mineira). A pastora Marília representa uma típica pastora do movimento árcade, uma jovem bela, altamente idealizada e cheia de dotes, que vive no campo e é cortejada por um talentoso pastor. Pastor Dirceu Pastor Dirceu é a personagem poética que representa Tomás António
Gonzaga. O escritor aos quarenta anos caiu nos encantos de Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, que era apenas uma adolescente na época. Devido a enorme diferença de idade e as divergências políticas e ideológicas, a família da moça foi contra a relação. O poeta participou da Inconfidência Mineira e acabou sendo preso em 1792 e condenado. O
matrimônio anunciado, portanto, nunca chegou a acontecer. O pastor de ovelhas Dirceu é um representante bastante característico do movimento árcade. O eu-lírico é um entusiasta do campo e da vida não citadina e divide o seu tempo louvando a natureza e a amada, a pastora Marília. Principais características do Arcadismo no livro Marília de
Dirceu Os versos de Marília de Dirceu são caracteristicamente árcades, vejamos abaixo algumas das características centrais que norteiam o poema e o caracterizam como pertencente ao movimento literário: culto à natureza (ao pastoralismo, a vida em harmonia com o ambiente), traço associado à tradição Greco-latina;repúdio à vida citadina;culto à
simplicidade;exaltação ao bucolismo;forte preocupação formal com o poema;linguagem simples e coloquial;profunda louvação do amor e da amada;presença de um forte grau de racionalismo.Estrutura do poema A primeira parte do poema celebra a pastora Marília como musa e reúne textos escritos antes da prisão. Já a segunda parte, que continua a
louvar a pastora Marília, condensa os poemas escritos durante a prisão. A terceira parte contém poemas que possuem Marília como musa ao lado de outras pastoras também igualmente louvadas. Essa reunião contempla poemas que Gonzaga escreveu antes de conhecer a sua paixão, quando ele apenas começava a ser um árcade treinando as
convenções da escrita do movimento. A origem do Arcadismo O movimento surgiu na Europa, durante o século XVIII. Os poetas árcades faziam uso de pseudônimos e escreviam sob métrica perfeita, seus versos exaltavam a natureza e as musas inspiradoras eram figuras pastoris. O Arcadismo original mencionava inúmeros deuses e figuras gregas e
latinas da literatura clássica. Sobre a publicação O extenso poema foi escrito em três momentos distintos da vida do autor. A primeira parte, que reúne 33 liras, foi publicada em 1792, em Lisboa. A segunda parte, com 38 liras, foi divulgada em 1799. E a terceira e última parte, com 9 liras e 13 sonetos, foi lançada em 1812. Confira abaixo as capas das
primeiras edições da publicação de Thomaz Antonio Gonzaga: Descubra Tomás Antônio Gonzaga Nascido em agosto de 1744, na cidade do Porto, o autor viveu no Brasil (foi levado para Pernambuco pelo pai brasileiro) e morreu degredado na África entre 1807 e 1809. Foi jurista, poeta árcade e ativista político. Enquanto poeta, Gonzaga foi fortemente
influenciado por Cláudio Manuel da Costa. Trabalhou como Ouvidor Geral na cidade de Ouro Preto, onde conheceu seu grande amor. A eleita, Maria Doroteia Joaquina de Seixas, nasceu no dia 8 de novembro de 1767, em Vila Rica, e era vinte e três anos mais jovem que o poeta. Casa onde viveu Tomás António Gonzaga em Ouro PretoTomás precisou
se afastar da amada porque foi condenado durante a Inconfidência Mineira, tendo sido preso em 1789. O escritor esteve preso na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, onde aguardou julgamento desde 1789, até finalmente sair a sentença no dia 20 de abril de 1792, quando foi condenado ao degredo. Degredado pela rainha Maria I, foi enviado para
Moçambique. 1792 foi um ano simultaneamente doce e amargo para o poeta: se na vida pessoal o destino ia de mal a pior, foi neste mesmo ano que, em Lisboa, seus versos ganhavam forma pela Tipografia Nunesiana. Enquanto esteve na prisão, em Fortaleza, escreveu parte significativa de Marília de Dirceu. A paixão por Marília ficou tão famosa na
região que, a cidade no interior de São Paulo onde a eleita nasceu foi batizada com esse nome em homenagem à obra do poeta Tomás Antônio Gonzaga. O próprio crítico literário brasileiro Antônio Cândido reconhece: "Gonzaga é dos raros poetas brasileiros, e certamente o único entre os árcades, cuja vida amorosa tem algum interesse para a
compreensão da obra. Marília de Dirceu é um poema de lirismo amoroso tecido à volta duma experiência concreta – a paixão, o noivado e a separação de Dirceu (Gonzaga) e Marília (Maria Dorotéia Joaquina de Seixas)." Assinatura do escritor.Conheça também: Formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2010), mestre
em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013) e doutora em Estudos de Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa (2018).
Marília de dirceu poema. Marília de dirceu poema completo. Marília de dirceu lira 1. Marília de dirceu resumo. Marília de dirceu análise. Marília de dirceu personagens. Marília de dirceu arcadismo. Marília de dirceu pdf. Marília de dirceu características. Marília de dirceu trechos. Marília de dirceu de tomás antônio gonzaga. Marília de dirceu
pastelaria. Marília de dirceu e cartas chilenas. Marília de dirceu epub. Marília de dirceu contexto histórico.