TÉCNICAS ANESTÉSICAS MANDIBULAR
Aluna: Giselle Guimarães
Essa dificuldade na obtenção da anestesia mandibular levou, ao longo do tempo, ao desenvolvimento de
técnicas alternativas ao bloqueio do nervo alveolar inferior tradicional (abordagem de Halsted). Essas
técnicas incluíram o bloqueio do nervo mandibular de Gow-Gates, o bloqueio do nervo mandibular com a
boca fechada de Akinosi-Vazirani,injeção do ligamento periodontal (LPD, intraligamentar),' a anestesia intra-
óssea,® e, mais recentemente, anestésicos locais tamponados. Embora todas elas tenham algumas
vantagens em relação à abordagem tradicional de Halsted, nenhuma delas é desprovida de falhas e
contraindicações.
Seis bloqueios nervosos vão ser descritos neste capítulo. Dois deles — envolvendo o nervo mentual e o
bucal — proporciona - nam anestesia regional unicamente aos tecidos moles e têm uma frequência de êxito
extremamente elevada. Em ambos os casos o nervo anestesiado se situa diretamente sob os tecidos moles,
e não encerrado no osso. Os quatro bloqueios remanescentes — alveolar inferior, incisivo, mandibular de
Gow-Gates e mandibular de Vazirani-Akinosi (de boca fechada) - proporcionam anestesia regional à polpa
de alguns dos dentes mandibulares num quadrante ou de todos eles. Três outras injeções importantes na
anestesia mandibular — do ligamento periodontal, intraóssea e intrasseptal—
BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR
O bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI), designado comumente (porém de maneira incorreta) como
bloqueio nervoso mandibular, é a segunda técnica de injeção mais frequentemente usada (depois da
infiltração) e provavelmente a mais importante na odontologia.
Nervos Anestesiados
1. Alveolar inferior, um ramo da divisão posterior da divisão mandibular do nervo trigêmeo (V3)
2. Incisivo BLOQUEIO DO NERVO LINGUAL
3. Mentual
nervo lingual retira a agulha até metade de seu cumprimento
4. Lingual (comumente) Reaspirar, se negativo
Injetar lentamente aproximadamente a solução restante para anestesiar o nervo lingual
Áreas Anestesiadas.
1. Dentes mandibulares até a linha média Aguardar 3 a 5 minutos
2. Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula
3. Mucoperiósteo bucal, membrana mucosa anteriormente ao forame mentual (nervo mentual)
4. Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral
(nervo lingual)
5. Periósteo e tecidos moles linguais (nervo lingual)
Indicações
1. Procedimentos em múltiplos dentes mandibulares num quadrante
2. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles
bucais
3. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles
linguais
Contraindicações
1. Infecção ou inflamação aguda na área de injeção (rara)
2. Pacientes que tenham maior probabilidade de morder o lábio ou a língua, como uma criança muito
pequena ou um adulto ou criança portador de deficiência física ou mental
Vantagens.
Uma injeção proporciona uma ampla área anestesia (útil para a odontologia de quadrantes).
Desvantagens
1. Ampla área de anestesia (não indicada para procedimentos localizados).
2. Frequência de anestesia inadequada (31% a 81%)
3. Marcos intra-orais não consistentemente confiáveis
4. Aspiração positiva (10% a 15%, a mais alta de todas as técnicas de injeção intraoral)
5. Anestesia da língua e do lábio inferior, desagradável para muitos pacientes e possivelmente perigosa
(trauma autoinfligido aos tecidos moles) em alguns indivíduos
6. Anestesia parcial possível em casos em que estão presentes um nervo alveolar inferior bífido e
canais mandibulares bífidos; inervação cruzada na região anteroinferior
Técnica
aspiração positiva: 10 a 15%
Identificação do ponto correto: profundidade de penetração
Profundidade de 20 a 25mm (2/3 a do comprimento da agulha longa)
O osso deve ser tocado, recuar 1mm
Agulha localizada um pouco acima do forame mandibular
Técnica Aspirar várias vezes, se negativo
Injetar lentamente 1,5ml durante 60"
1. Uma agulha dentária longa é recomendada em pacientes adultos. Dá-se preferência a uma agulha
longa de calibre 25;
uma agulha longa de calibre 27 é aceitável.
2. Área de inserção: membrana mucosa do lado medial
(lingual) do ramo da mandíbula, na interseção de duas linhas — uma horizontal, representando a
altura de inserção da agulha, e a outra vertical, representando o plano anteroposterior de injeção
3. Área-alvo: nervo alveolar inferior ao descer em direção ao forame mandibular, porém antes de ele
entrar no forame
Tempo
Aproximadamente de 1h a 1:30
Tecidos moles até 3h
BLOQUEIO DO NERVO BUCAL - O nervo bucal é um ramo da divisão anterior de V
Nervo Anestesiado. Bucal (um ramo da divisão anterior de V3).
Área Anestesiada. Tecidos moles e periósteo bucal dos dentes molares mandibulares
Indicação. Casos em que a anestesia dos tecidos moles bucais é necessária para procedimentos
dentários na região molar mandibular. sinais e sintomas
Ausência de qualquer sinal de anestesia
Contraindicação. Infecção ou inflamação na área da injeção. Ausência de dor na região (ao toque)
Vantagens
1. Elevada frequência de sucesso anestesia na região do segundo molar
2. Tecnicamente fácil
3.
Desvantagens.
Potencial de dor se a agulha entrar em contato com o periósteo durante a injeção.
Técnicas
1. E recomendada uma agulha longa de calibre 25 ou 27.
Isso é usado mais frequentemente porque o bloqueio do nervo bucal é administrado em geral
imediatamente após um BNAI. A agulha longa é recomendada devido ao local de depósito posterior,
e não à profundidade de inserção tecidual (que é mínima).
2. Area de inserção: membrana mucosa distal e bucal em relação ao dente molar mais distal no arco.
3. Área-alvo: nervo bucal ao passar sobre a borda anterior do ramo da mandíbula
Tempo complicações
2h a 3h no tecido mole (depende do anestésico) Hematoma
Mas cerca de 20 a 30 minutos que ele dura
Falhas anestésicas
Volume inadequado de anestesia nos tecidos
técnicas posição: direito 8h
aspiração positiva: 0,7% esquerdo 10h
Preparar o tecido
Dedo indicador tracionar o tecido mole vestibular
Orientar a seringa paralela ao plano oclusal no lado da
injeção na face vestibular e distal dos dentes
avançar a agulha até tocar suavemente o periósteo
(aproximadamente 1 a 2mm)
precaução
Evitar tocar o periósteo - dor Aspirar
Vazamento da solução anestésica Injetar lentamente 0,3ml durante 10 segundos
Retirar a agulha lentamente e protegê-la
Aguardar 1 minuto
área anestesiada
BLOQUEIO DO NERVO MENTUAL
Nervo Anestesiado. Mentual, um ramo terminal do alveolar inferior.
Áreas Anestesiadas. Membrana mucosa bucal, anteriormente ao forame mentual (em torno do segundo
pré-molar) até a linha média e a pele do lábio inferior e do queixo.
Indicação. Casos em que a anestesia dos tecidos moles bucais é necessária para procedimentos na
mandíbula anteriormente ao forame mentual, como os seguintes:
1. Biópsias dos tecidos moles
2. Sutura de tecidos moles
Contraindicação. Infecção ou inflamação aguda na área de injeção .
sinais e sintomas
Vantagens Formigamento do lábio inferior
1. Elevada frequência de éxito Ausência de dor ao tratamento
2. Tecnicamente fácil Região anatomicamente segura
3. Em geral totalmente atraumático Contato com osso pode produzir desconforto
Desvantagem. Hematoma. aspiração positiva: 5,7%
Técnica
1. É recomendada uma agulha curta de calibre 25 ou 27.
2. Area de inserção: prega mucobucal no forame mentual ou imediatamente anterior ao mesmo
3. Área-alvo: nervo mentual à saída do forame mentual (geralmente localizado entre o ápice do primeiro
pré-molar e o do segundo)
tempo
Cerca de 35 a 45 minutos e tecidos moles geralmente até 2h
técnicas
Localização do forame.
Colocar o dedo indicador no fórnice vestibular e pressionar contra o corpo
da mandíbula na área do primeiro molar.
Achar uma concavidade,
BLOQUEIO geralmente
NERVO entre os ápices dos dois pré-molares.
INCISIVO
A pressão pode resultar em dor.
Preparar o tecido e tracioná-los.
Bisel voltado para o osso.
Perfurar a mucosa na região de canino ou
primeiro pré-molar, orientando a seringa para o
forame mentual.
NÃO PENETRAR NO FORAME.
Profundidade de penetração será 5 a 6 mm.
Área anestesiada
Técnica Aspirar.
Localizar o forame mentual. Injetar lentamente 0,6ml durante 20
Preparar o tecido e tracionar os tecidos. segundos.
Orientação do bisel para o osso. durante a injeção manter a pressão
Perfurar a mucosa na região de canino ou primeiro pré- digital e continuar por 2 minutos.
BLOQUEIO NERVO INCISIVO
molar, orientando a seringa para o forame mentual. Retirar a seringa.
Aguardar 3 minutos.
Áreas anestesiadas
1. Membrana mucosa bucal anterior ao forame mentual, geralmente do segundo pré-molar até a linha
média
2. Lábio inferior e pele do queixo
3. Fibras nervosas pulpares aos pré-molares, ao canino e aos incisivos
Indicações
1. Procedimentos dentários envolvendo a anestesia pulpar em dentes mandibulares anteriores ao
forame mentual
2. Casos em que o BNAI não está indicado:
a. Quando são tratados seis, oito ou 10 dentes anteriores
(p. ex., de canino a canino ou de pré-molar a pré-molar), o bloqueio do nervo incisivo é recomendado em
lugar de BNAI bilaterais.
Contraindicação. Infecção ou inflamação aguda na área da injeção.
Vantagens
1. Proporciona anestesia pulpar e dos tecidos duros sem anestesia lingual (que é desconfortável e
desnecessária em muitos pacientes); útil em lugar de BNAI bilaterais
2. Elevada frequência de êxito
Desvantagens
1. Não proporciona anestesia lingual. Os tecidos linguais devem ser injetados conforme descrito
anteriormente caso se deseje a anestesia.
2. Pode haver uma anestesia parcial na linha média devido à superposição de fibras nervosas do lado
oposto (extremamente rara). Pode ser necessária a infiltração local de 0,9 ml do anestésico local
tanto no aspecto bucal como no lingual dos incisivos centrais mandibulares para se obter a anestesia
pulpar completa.
Técnica
1. E recomendada uma agulha curta de calibre 27.
2. Área de inserção: prega mucobucal no forame mentual ou imediatamente anterior a ele
3. Área-alvo: forame mentual, através do qual o nervo mentual sai e no interior do qual o nervo incisivo
está localizado
Complicações
1. Poucas com alguma consequência
2. Hematoma (coloração azulada e tumefação do tecido no local da injeção). O sangue pode sair do
local de punção para a prega bucal. Para tratar: aplicar pressão com gaze diretamente à área por 2
minutos. Isso raramente é um problema, porque um protocolo de bloqueio nervoso
3. incisivo apropriado envolve a aplicação de pressão no local de injeção por 2 minutos.
4. Parestesias do lábio e/ou do queixo. O contato da agulha com o nervo mentual ao sair do forame
mentual pode ocasionar a sensação de um "choque elétrico" ou graus
5. variáveis de parestesia (rara).
sinais e sintomas igual ao bloqueio do
Tempo Aspectos de segurança nervo mentual
Cerca de 30 a 45 minutos aspiração positiva: 5,7% Precauções
Tecidos moles: pode durar até 2h falhas
Volume inadequado de solução anestésica
Duração inadequada de pressão após a injeção
BLOQUEIO DO NERVO MANDIBULAR: A TÉCNICA DE GOW-GATES - A técnica Gow-Gates é um
verdadeiro bloqueio nervoso mandibular, por proporcionar anestesia sensorial em praticamente toda a
distribuição de V3. O nervo alveolar inferior, o lingual, o milo-hióideo, o mentual, o incisivo, o
auriculotemporal e o bucal são todos bloqueados pela injeção de Gow-Gates.
TÉCNICAS ANESTÉSICAS MAXILARES
RÁDIOLOGIA
MÉTODOS EE LOCALIZAÇÃO RADIOGRÁFICAS
Se o objeto que estiver mais vestibular desloca-se no sentido
contrário ao deslocamento do tubo de raio-X
Técnicas de Clark - 1909
Também chamada de Projeção Excêntrica Por outro lado, o objeto que estiver mais palatinizado ou
lingualizado desloca-se no mesmo sentido do tubo de raio-X
A teoria de Clark, de 1909, consiste na variação da
angulação horizontal de incidência do feixe principal de
raio-X
Baseada no princípio de paralaxe indicações
Quando dois objetos estão em linha reta, Localização de dentes irrompidos, corpos
na mesma direção em relação ao tubo de estranhos e processos patológicos.
raios-X, é este se desloca, os dois objetos Localização de reparos anatômicos, como os
deslocam-se em direção contrária foremes mentual e incisivos, distinguido-os de
possíveis alterações periapicais.
Dissociação de raizes e canais radiculares.
Pesquisa de fratura radiculares transversais
variando-se o ângulo vertical.
duas tomadas radiográficas, uma ortorradial e outra mesiorradial ou distorradial
se a incidência é distorradial e a imagem se desloca para a distal, o dente está por P (L)
se a incidência é distorradial e a imagem se desloca para a mesial, o dente está por V
se a incidência é mesiorradial e a imagem se desloca para a distal, o dente está por V
TÉCNICA DE LE MASTER - 1924
O método permite que seja, observados os objetos que se
encontravam sobrepostos e com maior ou menor grau de
distorção
TÉCNICA DE DONOVAN
TÉCNICA DE PARMA - 1936