O que é a história ?
● Aquele que vê
● Aquele que sabe
● Procurar saber, informar se (investigações, procuras)
1. Objeto da procura- a realidade histórica( vida dos homens ao longo do tempo);
2. Resultado da procura- conhecimento histórico( conhecimento da vida dos homens
ao longo do tempo);
3. Área do saber ou ciência - dedica -se ao estudo da vida dos homens ao longo do
tempo: A História.
Conceitos:
● Historiografia: obras elaboradas por historiadores de temas históricos e divulgam o
conhecimento disponível.
● Filosofia da história: dedica-se ao estudo dos pensadores que refletiram sobre o
sentido da história.
● Teoria da história:aborda os modelos elaborados pelos historiadores.
● Memória histórica: construção seletiva do passado, com informação de uma
investigação científicamente conduzida.
● Fontes: vestígios de uma realidade passada ou contemporânea.
•Conjunção do passado vivido pelo homem e do presente onde se desenvolve o esforço da
recuperação desse passado.
● Epistemologia ->estudo do conhecimento e da sua validade( Teoria do
Conhecimento: Filosofia das Ciências), relação sujeito-objeto num processo de
conhecimento.
○ Sujeito:historiador
○ Objeto:realidade histórica fixada em fontes.
•Institucionalizou-se como campo de docência universitária no séc.XIX.
● Discurso positivista: tem que ser compreendido à luz das circunstâncias em
que foi produzido ( mudanças políticas, institucionais,económicas,sociais da
revolução liberal) ( reações ao Romantismo)(crença no progresso)(otimismo
científico)
Fustel de Coulanges:
“História é ciência pura. Consiste em constatar os factos, analisá-los,estabelecer a
ligação entre eles.Ver bem os factos e compreendê-los , atingindo-os só através da
observação minuciosa dos textos.”
•Procura da objetividade, imparcialidade, e da verdade sustentada em factos
fundamentados em provas.
“Independentes de qualquer opinião política e religiosa.Sem dúvida que as opiniões
particulares influenciam sempre numa determinada medida a maneira como se estuda,
como se vê e
como se julgam os factos ou os homens. Mas devemos esforçar-nos por afastar estas
causas de prevenção e de erro para só julgarmos os acontecimentos e os personagens em
si mesmos.Com a condição que sejam apoiadas em provas, seriamente discutidas, e em
factos, e que não sejam simples afirmações.”
Revue Historique, 1876.
Com os novos acontecimentos do século XIX e XX, os historiadores mudaram os
discursos sobre o conhecimento histórico e sobre as práticas historiográficas:
1. Discurso da escola Francesa:
a. Pode haver inúmeras transformações( manipulação , deformação…)
b. Terão de obedecer às regras fundamentais da razão- sem renunciar à sua
originalidade e sem envergonhar se dela.
c. Os factos históricos, mesmo os mais humildes, é o historiador que os chama
à vida. Sabemos que esses factos, esses fatos diante dos quais nos
inclinamos devotamente, são outras tantas abstrações – e que, para os
determinar é preciso recorrer aos testemunhos mais diversos, e por vezes
mais contraditórios – entre os quais, necessariamente, escolhemos.
-Combates pela História, Lucien Febvre
d. a. O conhecimento histórico foi apresentado como produto do “diálogo”,
cientificamente conduzido, entre o historiador e as fontes, atribuindo-se,
assim, um papel ativo a ambos os intervenientes.
e. Historiadores franceses demonstraram a impossibilidade de “descrever os
factos tal como aconteceram”.
2. Discurso presentista:
a. contrapunham a subjetividade do conhecimento e a ideia de que a visão do
passado é sempre uma projeção do pensamento e dos interesses do
presente
b. Abria-se o caminho ao relativismo histórico.
Pensamento pós-modernista:
● fenómeno que viria a colocar no mesmo plano o discurso histórico e o discurso
literário.-história como num livro de ficção.
● “o fim da crença de que fosse possível a explicação científica coerente das
transformações do passado” (Lawrence Stone)
● Há historiadores que dizem que não existe nenhum critério histórico-científico da
verdade : história =filosofia da história
○ Para obter uma visão global e coerente tem se de determinar por
apreciações estéticas e morais.
Positivista: objetividade
Pós-moderna:subjetividade radical
“História A Debate”, Manifesto: Processo de construção do conhecimento histórico e
sobre a verdade desse conhecimento.
● Se apela a uma atualização do conceito de ciência , nem a positivista nem a
pós-modernista
○ uma ciência com sujeito humano que descobre o passado à medida que o
constrói. pág.24
● Os consensos historiográficos são sempre “verdade provisória”, o conhecimento
histórico está sempre em reconstrução , devido às novas problemáticas e novas
fontes/metodologias/teorias.
● “Com efeito, tanto o real na sua totalidade como cada um dos seus fragmentos são
infinitos na medida em que é infinita a quantidade das suas correlações e das suas
mutações no tempo.”-“por este processo, enriquecemos sem cessar o nosso
conhecimento” “não pode ser atingido num único acto cognitivo, permanecendo
sempre um devir infinito”.
→O conhecimento histórico é fruto do diálogo, cientificamente conduzido, entre o historiador
e as fontes:é o historiador que dá vida e significado aos vestígios do passado ao inseri- los
num determinado contexto sociocultural;seleciona e interpreta a informação colhida nas
fontes condicionado por um conjunto de circunstância.
página.26
● “O progresso é a acumulação de verdades”
● “A importância dos dados e dos factos somos nós que a atribuímos “
● “Para ser inteiramente conhecido,precisa de vários ângulos, perspectivas e o
discurso que produzimos corresponde apenas a um ponto de vista.”
● Tudo tem sentidos segundos/múltiplos
3. A HISTÓRIA, AS cIêNcIAS SOcIAIS e AS HUmANIDADeS
“Tende-se cada vez mais a considerar como único, como um só e o mesmo, o objecto das
diferentes ciências humanas, que apenas diferem na maneira como o perspectivam, de
modo que o centro da pesquisa passa a ser o problema, atacado pelos focos convergentes
dessas várias atividades científicas.”
slado muitos consideram as ciências sociais como um só -pois estudam ambos os homens
e a sociedade.
arrow a defesa da interdisciplinaridade por muitos historiadores.- graças à convergência das
perspectivas que se tem obtido melhores resultados.
História arrow “síntese por excelência de tudo o que é humano”, forma de pensar as ações
humanas na multiplicidade das suas motivações e expressões
↳ alarga o conhecimento da experiência humana, constituindo-se como “campo de
experimentação do humano”.
↳ evidencia as raízes e os caminhos (path dependance) que nos conduziram às sociedades
atuais.
4.O ofício do historiador
“Para que servem os historiadores? Para mim existem para interpretar o passado no
presente. São um tipo de intérpretes, de tradutores, de tradutores culturais. Como outros
tradutores, enfrentam-se com o dilema de ser fiéis ao texto, ao passado e, ao mesmo tempo
inteligíveis ao leitor do presente”.
Peter Burke
4.1.Marcos da construção do ofício do historiador
(ver página 32, sumarização)
4.1.1. Os séculos xvii e xviii: o lançamento das bases de uma investigação cientificamente
conduzida
● Para saber todos os factos, temos de conduzir um conhecimento por vestígios
● Vestígios, testemunhos, traços, evidências, dados, fontes primárias
● as fontes históricas são o elo de ligação
● a pesquisa,recolha,… constitui o processo de construção
● Jean Mabillon que lançou as bases para a construção científica do conhecimento
histórico, definiu as regras do método crítico que permitiam aferir da autenticidade
dos documentos.
4.1.2. A escola metódica
● Há vários níveis de análise : o discurso sobre a História , a sistematização do
método crítico e a narrativa/elaboração do texto.
● Introduction aux études historiques arrow livro que mostra as diferentes etapas do
processo de construção , destaque às críticas
↳ Mabillon cria método crítico
● autora comenta muitas vezes sobre como a história,maneira de analisá-la e usá-la
para legitimar, mudou com a revolução francesa e as seguintes liberais(mundo
contemporâneo)
● construção :36
● ponto fraco : explicação
4.1.3.Problematização e teorização: precursores
● críticas à historiografia antes do século XVIII e XIX.
○ Alexandre Herculano: limitações da periodização da história
○ 38- citação
● Temos que examinar bem a história e todas as suas “faces”
● O homem é abstrato,ou seja, podemos saber quando ele nasceu, morreu, o seu
trabalho, etc mas não sabemos quais os seus pensamentos nem hábitos. Mas é
normal haver uma grande diferença entre os tempos
● Karl Marx:para explicar a evolução das sociedades-“materialismo histórico”-40 final
○ conjunto das relações de produção- que é a estrutura económica da
sociedade, e assim corresponde a formas de consciência social.A mudança
na base económica vai ter grandes alterações, assim temos de explicar a
consciência pelas contradições da vida material( entre forças produtivas e
relações de produção)
4.1.4.O processo de renovação da História na 1ºmetade do século XX: a escola dos
Annales
1ºMetade so século XX → profunda crise de consciência e de valores
4.1.5.Por uma “História Nova”
Marc Bloch e Lucien Febvre → distinguiram-se no processo de construção do
conhecimento histórico.
↳ trabalho honesto,consciencioso e solidamente fundamentado
4.1.5.1.Uma redefinição do objeto da História:”o homem todo e todos os homens”.
Conceção de Vitorino Magalhães:
● história humana
Diziam ter de haver mudança no objeto da história(aquilo que devemos “estudar”)
● Marc Bloch: objeto da história é o homem
↳ isso implica uma mudança no processo de construção do conhecimento(METODOLOGIA)
histórica.
4.1.5.2.No início: a defenição de problemas e a formulação de hipóteses
Ponto de partida da investigação histórica → procura de respostas para problemas e
formulação de hipóteses., então numa investigação temos de começar pelas questões.
Assim, as fontes selecionadas vão ser aquelas que respondem a essas perguntas antes
colocadas.
➔ Fonte é uma “construção” do historiador, pois o historiador é que lhe vai dar sentido
ao integrá-la num contexto.
4.1.5.3.O alargamento do conceito de fonte
Tudo vai ser uma fonte, pois dá para retirar algo do conhecimento humano, e assim passa a
haver ainda mais áreas do saber para fazer o uso das fontes.
4.1.6.Factos de repetição e metodologia serial/quantitativa
Temos de parar de estudar o individual e estudar o social.
● usar fontes com dados contínuos e semelhantes e usar um tratamento quantitativo
desses dados
● temos de cruzar a informação, o que vai permitir uma compreensão mais alargada
4.1.7.A metodologia comparativa
● Usar para comparar aspectos formais dos documentos
● Comparar sociedades, economias ou culturas é complexo
● escolher fenómenos que parecem ter semelhanças, encontrar aquilo que é igual e
diferente entre eles
4.1.8.Uma nova conceção de tempo histórico
➔ alargamento do conhecimento histórico demonstrou as limitações da periodização
cronológica
◆ história do homem com o meio que o rodeia, que é lenta.
◆ história social, a história dos grupos e agrupamentos
◆ história tradicional
↳ decomposição da história em tempo social, tempo geográfico e de um tempo individual.
|
longa duração
4.1.9.A elaboração de modelos explicativos
● Para vermos o que há de único numa situação, temos de a comparar, não a
podemos aceitar logo nem forçar para encaixar.
● A história deixou os factos particulares, identificando o que era geral → o que a
aproximou das ciências sociais
4.1.10.Prosopografia e estudo de redes sociais
↳ biografia coletiva
➔ “é a pesquisa das características comuns do passado de um grupo de atores através
do estudo coletivo das suas vidas” Lawrence Stone,p.55
4.1.11.A micro-história
● cruzar a informação de várias fontes para captar todos os aspectos do objeto em
estudo
4.1.12.Uma História à escala global.As “connected histories”
● Escala global → adequada ao estudo de fenómenos internacionais, assim o
historiador tem de ajustar a distância que vai estudar dependendo do objeto de
estudo.
5.Tendências Historiográficas(1900-70)
● p.61
● Historiadores oitocentistas: vários campos, cariz político e institucional, factos únicos
numa sequência de causalidades
○ muitos criticavam esse género, por só usar o cronológico, político e o factual.
↳ historiadores criaram processo de renovação da pesquisa e da construção histórica
● Substituíram o individual pelo coletivo e o estudo dos acontecimentos políticos pelos
económicos, sociais e mentais.
● Grande uso de fontes seriais e uma metodologia quantitativa;
● Cruzam-se indicadores, método comparativo e procura-se os comportamentos
diferentes
● Meta de uma «história total»
● defesa da interdisciplinaridade
Economic History Review (1926); Annales d’Histoire Économique et Sociale (1929); Past
and Present (1952); Comparative Studies in Society and History (criada em 1958); Journal
of interdisciplinary History (1970)
● mais os historiadores estrangeiros que escolheram como tema de investigação a
realidade portuguesa, e os portugueses faziam carreiras no estrangeiro
● historiadores portugueses: pág.63 dicionários de historiadores portugueses
5.1.História económica
● Destacam-se na historiografia europeia mais o estudo económico, que pretendiam
dar uma resposta ao problema do crescimento nas sociedades pré-industriais.
● França → medieval e moderna
● Inglaterra e Alemanha → séc.XIX e XX.
5.2.Demografia histórica
● uma das maiores áreas, mais na Inglaterra e França.
● estudos de freguesias urbanas e rurais é algo novo (em Pt)
5.3.História social
➔ Estruturas, hierarquias e relações sociais
● temos de captar e entender a sociedade na sua estruturação e nas suas dinâmicas
● França e Polónia: camponeses e respectivos senhores
● Inglaterra e Alemanha: burguesias e operariado
➔ Movimentos sociais
5.4.As monografias regionais-71
● muitos estudos conseguidos com o trabalho de grandes equipas de
investigação
● estudos locais e regionais
● O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo no tempo de Filipe II, marco da
historiografia do séc.XX, «aproximou-se da utopia da construção da história
total» → mostrou que o processo histórico tem vários ritmos, sejam avanços
e recuos.
5.5.As primeiras sínteses-72
➔ Dicionário de História de Portugal, Joel Serrão
➔ Histórias de Portugal
6.Os anos setenta: balanços e abertura de novos campos
● historiadores franceses → dominaram entre 2ºguerra mundial e meados anos
setenta
● retoma do objetivo de Marc Bloch: estudo “ homem todo e de todos os homens”
● “ estudo dos indivíduos e dos acontecimentos
↳ França → segunda renovação da história( 1~de Marc Bloch e Lucien Febvre), “Nouvelle
Histoire”, História Nova.
● A história é o domínio do passado, da consciência do tempo, e agora também da
mudança e transformação, para estudar aquilo que tivesse a ver com os problemas
do presente.
Novos objetivos → clima, inconsciente, mitos, mentalidades, língua, livro, jovens, corpo,
cozinha, opinião pública, filme e a festa.
(pág.75 sobre livro “A nova História”)
A partir da década de 70 → história da cultura material, dos marginais, do imaginário e das
mentalidades.
6.1.A história das mentalidades
● comportamentos sexuais e a atitude perante o corpo, a morte, criança ou velhice,
múltiplas crenças, rituais, expressões culturais, morais e de valores
● revelações de aspetos da vida humana
● melhor compreensão dos vários comportamentos
● dos valores partilhados por um coletivo
6.2.Uma nova história social
até década de 70:
● Organização das sociedades, estruturação e composição dos grandes grupos
sociais e socioprofissionais, estudo dos movimentos sociais.
a partir da década de 70:
● novos grupos sociais→ os marginais e as mulheres.
● atenta às particularidades, diferenças sociais entre grupos e do mesmo grupo.
● “Estudos sobre o corpo, a sexualidade, a habitação, o vestuário, a alimentação ou os
costumes.”
● construção, modelação e aculturação de comportamentos.
● pobreza, violência.criminalidade, instituições estatais, eclesiásticas e sociais de
repressão e controlo social.
● história da vida quotidiana ou história da cultura material
● história da vida privada
6.3.História das mulheres
● movimentos feministas e de igualdade de género
6.4.A nova história política
● estudo das manifestações simbólicas de poder, dos «homens do poder»
6.5.História da cultura
➔ A cultura popular e a cultura das elites. As culturas subalternas
◆ cultura agora com um papel importante na organização das vivências sociais
7.As incertezas no campo da História na viragem do séc.XX-83
final XX e início XXI → proclamação do «fim da história»
● por Hegel
● Francis Fukuyama, «O fim da história e o último homem»
● “linguistic turn” → ideia do conhecimento ser da imaginação do historiador
● perda de protagonismo da ciência histórica, assim outras ciências sociais
começaram a ter dimensão histórica.
7.1.A história da historiografia
● luta pela valorização do papel da história no campo científico e na sociedade
● Dicionário de Historiadores Portugueses , online no site da Biblioteca Nacional
8.Rumos da pesquisa historiográfica actual
● Globalização, assimetrias de desenvolvimento, questões ecológicas, culturais e
religiosas.
8.1.História ecológica ou do meio ambiente
● história do clima, paisagens, usos e gestão de recursos naturais
● maior diálogo com outras disciplinas, como a biologia, etc.
● Rede Portuguesa de História Ambiental
● para enriquecer os projetos de desenvolvimento sustentável.
8.2.A história dos poderes, das múltiplas formas de domínio e de governação-86
● história social do poder
● poder distribuído por vários grupos e instituições
8.3.A história das vivências religiosas e das religiões
● história das religiões
8.4.A história da ciência
● conhecer o passado das áreas de saber
● investigação interdisciplinar
9.Usos e abusos da história: a construção ideológica da
memória e das identidades-89
● no período das duas guerras mundiais, houve uma história que foi aproveitada
ideologicamente pelos poderes, alterando-a.
● Estratégia militar → “fundamentar historicamente as ações, ambições do presente
através da invocação do passado, para obter a legitimação eficaz”-aproveitavam-se
da história numa maneira abusiva e falsificada
● pessoas e grupos sociais usavam genealogias falsas para favorecer a sua ascenção
social
9.1.História e ideologia no Estado Novo
● A história era usada para justificar e glorificar Portugal e os fundamentos da vida
social imposta pelo estado novo: família, fé, princípio de autoridade, firmeza do
governo, respeito da hierarquia
● vigilância e controlo da história-história perigosa, condicionou esta como ciência
9.2.Comemorações e construção da memória histórica
Comemorações de eventos históricos → os poderes usam, evocam eventos do passado e
esquecendo outras,para construir a sua identidade e memória coletiva.
↳ Estado novo ex.:8ºcentenário da Independência, Restauração, como a Exposição do
Mundo Português.
● “interesse em desviar as atenções das questões atuais, esforço de fazer regressar
hoje o que foi outrora, tradicionalismo, defesa das glórias do passado”, Vitorino
Godinho.
● Mas deviam ser de consciência cívica e aprofundamento do saber
9.3.A história contada às crianças-92
● representação ideológica da História nos manuais escolares, e por isso são
mudados quando há revoluções políticas- manipulações ideológicas.
● investigação de Marc Ferro
○ visão eurocêntrica da História marcou a história de vários países como se
demonstra na periodização
● História pode ser manipulada no sentido de servir o interesse de ideologias
10.Pensar historicamente: a consciência crítica do tempo
Renovando a ligação entre o passado e o futuro e utilizando
passado para pensar criticamente sobre o que está por vir, são as ferramentas
que precisamos agora
Jo Guldi, David Armitage, “The history Manifesto”
Marc Bloch: “A ignorância do passado não se limita a prejudicar o conhecimento do
presente; compromete, no presente, a própria acção”
● Pensar historicamente é pensar os fenómenos atuais tendo em conta a sua
densidade temporal, integrar os detalhes num todo, analisar os problemas de hoje e
saber intervir -97
Conclusão
● O conhecimento é a procura de uma resposta para os problemas, e essa procura
deve se tornar numa investigação científica.
● a verdade é a definida pela comunidade de historiadores-diálogo entre pares do
mesmo ofício- validação internacional do conhecimento
● ideia do “fim da História” está ultrapassada
História a debate
★ história não se faz só com as fontes, mas sim também com as ideias, hipóteses,
explicações e interpretações.
★ criar novos estudos de história de acordo com as necessidades científicas, culturais,
sociais e políticas.
★ cresceu a exagerada influência do mercado, dos meios de comunicação e das
instituições políticas, em que escolhem os temas e os métodos → recuperar a
autonomia crítica dos historiadores
★ a história fornece os dados, as outras disciplinas analisam
★ responsabilidade dos historiadores ajudar a construir um mundo melhor, aprendendo
com os erros da história, para todos desfrutarem dos avanços.
★ os historiadores têm de combater os mitos que manipulam a história, tem de assumir
um papel na definição do futuro